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RELAÇÕES EXTERNAS I: País negocia remoção de barreiras com a China

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A China está em negociações com o Brasil com o objetivo de remover barreiras comerciais cuja eliminação permitiria ao país vender mais produtos agrícolas processados, disseram funcionários do governo brasileiro ao "Financial Times". Durante as negociações com Chen Deming, ministro do Comércio da China, em Brasília na semana passada, o governo do Brasil entregou a Pequim uma lista de dez produtos processados que deseja começar a exportar, como asas de frango congeladas e óleo de soja. A iniciativa é a primeira etapa de um plano para vender mais produtos de valor agregado para a Ásia.

Esforço - "A relação com a China é muito desequilibrada, não em termos de valor, mas em termos do que negociamos", disse um funcionário bem informado sobre as negociações comerciais. "Os chineses reconheceram isso e disseram que vão fazer um esforço para mudar a situação."

 

Produtos - Minério de ferro, soja e petróleo respondem por cerca de 80% das exportações do Brasil para a China, em parte porque os produtos que passam por processamento mais intenso são limitados por tarifas alfandegárias mais elevadas. O Brasil alega que a tarifa aplicada ao óleo de soja é nove vezes maior do que sobre a soja in natura. Por seu turno, a China, exporta ao Brasil principalmente componentes industrializados baratos, como televisores e peças para aparelhos de ar-condicionado.

 

Alerta - Economistas alertam para que, se o Brasil não puder em breve começar a exportar mais produtos processados, correrá o risco de se tornar vítima da "doença holandesa", caracterizada pelo fato de a valorização da moeda nacional, puxada pelos preços das commodities, sufocar a produção local.

 

Sapatas e joias - O governo brasileiro também exortou a China a estimular a venda de sapatos de luxo e joias do país em seu mercado doméstico. A presidente Dilma Rousseff fez no mês passado uma de suas primeiras viagens ao exterior, indo à China numa tentativa de diversificar o comércio. (Financial Times / Valor Econômico)

RELAÇÕES EXTERNAS II: Brasil e Argentina deixam tudo como está

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Depois de dois dias de reuniões, os governos do Brasil e da Argentina chegaram a um impasse nas tentativas de derrubar as barreiras mútuas que impuseram ao comércio bilateral. As licenças não automáticas de importação serão mantidas como estavam e os dois países se comprometeram a retomar as discussões em até duas semanas, em São Paulo ou no Rio de Janeiro. "Não houve avanço prático de curto prazo", resumiu o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Alessandro Teixeira.

Igual - Ele admitiu que, para os exportadores brasileiros prejudicados pelo estouro argentino no prazo de liberação das licenças, a situação permanece relativamente igual. Os dois lados ficaram de "liberar gradualmente" as licenças que estão pendentes, mas evitaram se amarrar a prazos, quantidades ou valores. Insistiram na necessidade de ter "gestos de boa vontade" um com o outro. E foi só. "Gestos não são acordos", esclareceu Teixeira.

 

Veículos - O secretário de Indústria da Argentina, Eduardo Bianchi, pediu a retirada das licenças não automáticas adotadas pelo governo brasileiro para veículos importados. Cerca de 7 mil automóveis argentinos são enviados ao mercado brasileiro todas as semanas. No início da tarde, já havia ficado claro para os negociadores que um acordo era impossível. Para ceder, o Brasil tentou arrancar uma medida concreta dos argentinos. Deixou claro que não se satisfazia com o eventual compromisso de liberar as licenças em 60 dias. Esse é o prazo que a Organização Mundial do Comércio (OMC) permite para a análise do documento, mas vem sendo descumprido seguidamente pela Argentina. Negociadores brasileiros mencionaram o caso de produtos que aguardam licenças há 450 dias.

 

Sinal verde - Diante do impasse, Bianchi chegou a deixar a reunião para conversar a sós com a ministra Débora Giorgi, sua chefe, na tentativa de obter sinal verde para avançar. Enquanto isso, um funcionário argentino comentava, com ar de decepção: "A cada episódio como esse, há uma deterioração no grau de barreiras comerciais que aplicamos uns aos outros." Cerca de uma hora depois, houve apenas o compromisso vago de mais celeridade na liberação das licenças. "Não podemos perder o sentido de proporcionalidade", disse um integrante da delegação brasileira, explicando que o governo só pretende retirar a barreira aos automóveis quando a Argentina tiver algo melhor para oferecer.

 

Novo encontro - Ao sair da reunião, Teixeira se esforçou em minimizar a falta de entendimentos com os argentinos. "Não estabelecemos um pré-acordo para vir à reunião. O compromisso de ambos os países é que o comércio não seja freado", disse. Ele informou que voltará a encontrar-se com Bianchi em até 15 dias, com uma pauta que incluirá temas como o desvio de comércio a mercadorias chinesas, integração das cadeias produtivas e harmonização de dados estatísticos. Houve divergências em números usados nos setores de equipamentos agrícolas e de linha branca.

 

Indeterminado - De acordo com Teixeira, o licenciamento não automático de veículos está mantido por prazo indeterminado, com a promessa de "ficar dentro dos 60 dias (de análise)". Ele insistiu em que a medida foi adotada para monitorar o aumento das importações de automóveis como um todo, não apenas da Argentina, mas de fornecedores como Coreia e China. Contrariou, assim, até mesmo o que foi dito pelo assessor de assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, quem havia admitido que as licenças foram uma "minirrepresália" às barreiras argentinas. Calçados, pneus e baterias são os setores mais afetados das exportações brasileiras ao país vizinho. (Valor Econômico)

ENCONTRO DE NÚCLEOS: Evento em Mangueirinha reúne 65 cooperativistas do Sudoeste

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Cerca de 65 representantes de cooperativas da região Sudoeste do Estado participaram, na manhã desta terça-feira (24/05), em Mangueirinha, do Encontro de Núcleo Cooperativo promovido pelo Sistema Ocepar. O evento foi prestigiado pelo prefeito Albari Guimorvam Fonseca dos Santos e pelo vice-prefeito Edenilson Luiz Palauro. A Codepa foi a anfitriã do evento. Na abertura, o presidente da cooperativa, Nelson José Konzen, destacou os dez anos completados pela Codepa no último mês de março. A cooperativa possui 116 associados. Atua na prestação de assistência técnica, recebimento de grãos, fornecimento de insumos agrícolas e produtos veterinários. É a única da região que trabalha com agricultura de precisão.
 
Infraestrutura – Em Mangueirinha não foi possível fazer o debate sobre a importância da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) com a presença dos deputados paranaenses que a integram já que todos estão em Brasília, acompanhando a votação do novo Código Florestal. A importância da aprovação do projeto foi ressaltada pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski. “É preciso que a matéria seja votada buscando equilíbrio entre a produção agropecuária e a preservação ambiental, sem radicalismo”, frisou. Ele também ministrou palestra sobre infraestrutura durante a reunião. Já o superintendente José Roberto Ricken apresentou o plano estratégico do Sescoop/PR para o período de 2011 a 2014.
 
Programação – Este foi o segundo Encontro de Núcleo Cooperativo ocorrido nesta semana. Nesta segunda-feira (23/05), o evento foi realizado em Medianeira, com 150 participantes. Nesta sexta-feira (27/05), a Ocepar vai sediar, em Curitiba, mais uma reunião com as cooperativas do Centro Sul e cuja anfitriã será a Sicredi Central. O último encontro será no dia 30 de maio, em Mandaguari, tendo a Sicredi Agroempresarial como anfitriã e presença de cooperativistas do Norte e Noroeste do Estado. 

COPA DO MUNDO: Sebrae faz pesquisa para identificar oportunidades no agronegócio

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O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) está iniciando os trabalho para a implementação do projeto Copa do Mundo Fifa 2014: Mapa de oportunidades para as micro e pequenas empresas nas cidades-sede. Trata-se de um estudo realizado pelo Sebrae Nacional, Sebrae PR e Fundação Getúlio Vargas. Uma pesquisa de campo foi feita na manhã desta terça-feira (24/05), em Curitiba, para identificar as oportunidades geradas pela Copa no setor de agronegócios. O analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti, participou do levantamento, fornecendo informações referentes ao cooperativismo. O Brasil vai sediar a competição e algumas partidas serão realizadas em Curitiba. 

CÓDIGO FLORESTAL I: Cooperativistas aguardam votação na Câmara Federal

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Cooperativistas de todo o País estão em Brasília (DF), nesta terça-feira (24/05), acompanhando a tramitação do Projeto de Lei (PL) nº 1.876/1999, sobre o novo Código Florestal Brasileiro, na Câmara Federal. Fazem parte da delegação paranaense o superintendente adjunto da Ocepar, Nelson Costa, o assessor da área de meio ambiente, Silvio Krinski, os presidentes das cooperativas Integrada, Carlos Murate; Coamo, José Aroldo Galassini e CVale, Alfredo Lang. A sessão extraordinária para discutir a matéria iniciou às 10h da manhã e a expectativa dos cooperativistas é de que a votação da matéria ocorra ainda nesta terça.

CÓDIGO FLORESTAL II: Tempo no limite para a regularização ambiental

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A reforma do Código Florestal brasileiro está numa encruzilhada. Com o prazo para a regularização ambiental das propriedades rurais batendo à porta, o setor rural teme que a votação do projeto, marcada para esta semana, seja novamente adiada. “O pior dos mundos seria não votar o texto na Câmara até o dia 11 de junho”, considera o consultor jurídico da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Leonardo Papp. “Nesse caso, a discussão esfriaria e ficará muito mais difícil aprovar qualquer coisa”, explica.
 
Votos suficientes  - Após três adiamentos, a matéria deve ser apreciada no plenário da Câmara Federal entre esta terça e quarta-feira (24 e 25/05). “Indo à votação, o prognóstico em Brasília é que não há como perder. Temos votos suficientes para aprovar o texto. Mas essa não é uma guerra que se vence na Câmara”, diz o advogado. Ele lembra que, para virar lei, o projeto ainda depende de aprovação no Senado e sansão da presidente Dilma Rousseff, caminho que pode demorar até o final do ano para ser percorrido.
 
Primeiro round - Mesmo que não haja tempo para que o novo Código chegue ao gabinete da presidente até dia 11, quando entra em vigor o Decreto 7029, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais, é fundamental que o primeiro round da batalha seja vencido até essa data, defende assessor de Meio Ambiente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Silvio Krinski. “Se for votado na Câmara, a pressão continua para que o projeto seja aprovado no Senado e sancionado. Caso contrário, começa a causar preocupação”, avalia.
 
Situação irregular - Papp adverte que, mesmo antes de11 de junho, aqueles produtores que não possuem reserva legal e Áreas de Preservação Permanente (APPs) averbadas estão em situação irregular. “Mas, ainda que a data limite para averbação não seja prorrogada, o Artigo 55 do Decreto 7029 estabelece um prazo de 180 dias para que o produtor apresente ao órgão ambiental estadual o termo de compromisso de regularização. Até lá, as multas ficam suspensas”, esclarece.
 
Ponto de partida - Para o consultor, a reforma do Código Florestal não é um ponto de chegada, mas um ponto de partida. “Depois de aprovada a reforma, vai ser necessário muito empenho para adequar a legislação dos estados à nova realidade”, pontua. “No Paraná, o trabalho interno será para alterar normas do Sisleg (Sistema de Manutenção, Recuperação e Proteção da Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente) e algumas portarias dos corredores da biodiversidade que entrarão em conflito com a nova legislação federal”, sugere a técnica da Federação da Agricultura do Paraná (Faep) Carla Beck.
 
Articulação - Enquanto os ruralistas se esforçam para aprovar a nova lei federal em Brasília, o setor produtivo paranaense se articula para criar um código florestal estadual. A ideia não seria competir com a legislação federal, mas sim complementá-la. A Constituição Federal prevê que cabe à União editar normas gerais e aos estados estabelecerem normas suplementares levando em conta as circunstâncias regionais para otimizar aplicação da legislação federal.
Mais tempo - Enquanto os ruralistas se articulam para votar no novo Código Florestal o mais rápido possível, ambientalistas pedem tempo para estabelecer debate mais amplo com toda a sociedade. “Não se trata de um embate entre desenvolvimento de conservação, mas sim de uma discussão sobre o uso do território brasileiro”, diz a jornalista e militante Teresa Urban. Ela defende que qualquer mudança imposta à legislação ambiental, seja para impor mais rigor ou apenas para adequar as regras atuais, deve ter embasamento teórico científico.
 
Debate - “O governo foi negligente, não entrou no debate a tempo. Mas nós estamos em vigília no país inteiro e vamos cobrar da presidente Dilma o cumprimento da promessa feita durante as eleições. Esperamos que ainda nesta terça-feira o governo corra atrás de uma solução, suspendendo a votação e abrindo a possibilidade de uma nova negociação. É preciso ao menos mais dois anos de discussão”, afirma Teresa.
 
Veto - O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza, disse nesta segunda-feira (23/05) que a presidente Dilma Rousseff poderá vetar itens do novo Código Florestal, como a anistia para desmatadores e o fim da prerrogativa de o Executivo federal regulamentar por decreto o uso das Áreas de Preservação Permanente (APPs). A primeira medida consta do relatório apresentado pelo deputado Aldo Rebelo há duas semanas. A outra faz parte de emenda apresentada ao parecer que transfere aos estados o poder de autorizar o desenvolvimento de atividades agrosilvopastoris em áreas de conservação.
 
Impasse - O impasse sobre as o uso de APPs em áreas agropecuárias consolidadas antes de 22 de julho de 2008 foi uma das questões que travaram a votação no último dia 11 e continua sendo um dos principais pontos de divergência entre governo e oposição. O setor produtivo defende a bandeira de que, como o país tem dimensões continentais, com muitas peculiaridades, algumas questões deveriam ser decididas pelos estados, inclusive a consolidação das áreas que já estão em produção. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

RAMO CRÉDITO I: Parceria com o Rabobank deixa o Sistema Sicredi \"ainda mais forte\"

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A parceria aprovada na semana passada pela presidente Dilma Rousseff entre o Banco Cooperativo Sicredi e o holandês Rabobank, um dos maiores bancos de crédito cooperativo do mundo, abre perspectivas para que a instituição brasileira “fique ainda mais forte”, segundo avalia o presidente da Sicredi União, Wellington Ferreira. O Rabobank adquiriu 30% de participação no Banco Sicredi, fundado em 1996, o que significa um aporte de R$ 100 milhões no capital deste.
 
Expertise - Ferreira informa: “Mais do que apenas injetar recursos, o banco cooperativo holandês de atuação global deverá colocar toda a sua ‘expertise’ a serviço do Sistema Sicredi, que é o mais importante”. E assegura: “Vamos agregar novos conhecimentos que se transformarão em serviços e oportunidades”, relacionando como exemplos operações com leasing e crédito imobiliário, nas quais o Sicredi ainda não atua. 
 
Solidez - Mais do que “um marco histórico”, a aproximação do Sicredi com o Rabobank revela, na visão do presidente, como o mercado internacional está vendo esse sistema de crédito cooperativo brasileiro. “O Rabobank se sentiu atraído pela solidez e a maneira sistêmica de atuar do Sicredi, que assim passa a ter uma nova dimensão”, cita Ferreira, resumindo: “ele vem para ser nosso parceiro”.
 
Interesse - Depois que o Rabobank firmou parceria com o Banco Cooperativo Sicredi, outras grandes instituições financeiras da Europa e da América do Norte procuraram a instituição brasileira, conta o presidente, colocando-se à disposição para negócios. (Imprensa Sicredi União)

RAMO SAÚDE: Unimed Maringá é vice em prova de atletismo em Cascavel

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LAR: Unidade Produtora de Pintainhos será inaugurada dia 26

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COODETEC: Encontro deve reunir mais de seis mil pessoas nesta semana

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Tem início, nesta quarta-feira (25/05), uma das mais importantes feiras do agronegócio do Mato Grosso. O Encontro Nacional de Tecnologias de Safras, ENTEC$ 2011, que segue até o dia 28 e contará com mais de cem expositores. Entre eles, está a Coodetec, que apresentará híbridos com qualidade de grãos e produtivos para os agricultores da região Norte do Mato Grosso. Além dos híbridos CD 308, CD 384 e CD 384Hx, já apresentados no passado aos visitantes da ENTEC$, em 2011, o produtor terá acesso aos novos híbridos de milho CD.
 
Milho híbrido - O estande da Coodetec, localizado ao lado da praça de alimentação e da tenda principal, demonstrará o potencial produtivo do milho CD 316. Este híbrido superprecoce, possui excelente sanidade foliar e possui excelente performance de colmo. Outro híbrido da Coodetec que tem chamado muito a atenção do produtor, principalmente pelo visual, é o milho CD 393. “Este milho CD possui alta produtividade, com uniformidade de espigas. Além disso, podemos destacar a sanidade e a apresentação de grãos: duros e alaranjados. É um híbrido que se destaca na lavoura”, informou o representante técnico de vendas da Coodetec, Jones Panassolo.
 
Lançamentos - As parcelas de milho CD do ENTEC$ também contarão com exposição dos híbridos CD 353 e CD 395. Ambos são lançamento e estarão disponíveis para a próxima safra. O primeiro possui ampla adaptação e, o segundo, alta performance, com tecnologia de ponta.
 
Expectativa - “Os agricultores, que passarem pelo nosso estande, poderão tirar dúvidas e aprimorar seus conhecimentos. Nossa equipe esta preparada para atendê-los. Neste ano, haverá um dia a mais para visitação e a nossa expectativa é muito boa com relação a este evento. Vamos oportunizar uma atualização técnica aos produtores”, garantiu o gerente comercial da Coodetec, Hilário Molina. Os organizadores do evento esperam mais de seis mil visitantes nesta edição do ENTEC$. (Imprensa Coodetec)

AGRICULTURA: Primeira mulher a ocupar a pasta em São Paulo

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AGROSAFRA: Com atraso, plantio de milho deve ser finalizado em 15 dias nos EUA

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A Gerência Técnica e Econômica da Ocepar (Getec) divulgou novo boletim Agrosafra com dados sobre a evolução do plantio de grãos nos Estados Unidos. De acordo com o levantamento, até domingo (22/05), 79% do milho, 54% do trigo e 41% da soja haviam sido plantados pelos norte-americanos, sendo que, no mesmo período de 2010, o cultivo já tinha alcançado 92%, 89% e 51%, respectivamente, apresentando assim um atraso significativo nos trabalhos de plantio, principalmente na cultura do trigo. “Nos próximos 15 dias o cultivo do milho deve ser finalizado. A previsão é que  até meados de junho a soja e o trigo também sejam encerrados a semeadura”, afirma o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti. Ainda de acordo com ele, as condições das lavouras de trigo de inverno estão desanimadoras nos EUA pois, 68% das lavouras estão nas condições regular/ruim/péssimo e 32% na condição de bom e excelente. “Há um ano, 34% das lavouras estavam na condição de regular/ruim/péssimo e 66% na condição de bom e excelente”, ressalta Mafioletti.
 
Quadro 01 – Evolução da área plantada nos Estados Unidos até 22 de maio de 2011

Culturas

Até 22 de maio de 2011

Até 15 de maio de 2011

Até 22 de maio de 2010

Média de 5 anos

Milho

79%

63%

92%

87%

Trigo primavera

54%

36%

89%

89%

Soja

41%

22%

51%

51%

Fonte: Usda, http://usda.mannlib.cornell.edu/usda/current/CropProg/ - elaboração: Ocepar/Getec – maio/11
 
Bolsa de Chicago - Nos últimos 30 dias, as cotações da soja, milho e trigo na Bolsa de Chicago (Cbot) variaram cerca de -2,0%, - 4,5% e -5,0%, respectivamente, em relação ao mês anterior. “Essa situação é reflexo principalmente de fatores dos mercados de ações e commodities não agrícolas, dado que o quadro de oferta e demanda não se alterou significativamente neste período”, diz o analista da Ocepar. As cotações médias dos contratos negociados na CBOT nesta terça-feira (23/05) foram de US$ 13,60/bushel = US$ 30,00/saca de 60 kg para a soja; US$ 7,00/bushel = US$ 16,50/saca de 60 kg para o milho e US$ 8,70/bushel = US$ 18,20/saca de 60 kg para o trigo.
 
Quadro 02 - Cotações da soja na CBOT – Chicago Board of Trade em 23 de maio (fechamento)

SOJA

23 de maio

Cotações
(cents US$/bushel)

Cotações
(US$/saca)

Variação - dia ant.
(cents US$/bu)

Variação
(US$/Sc)

jul/11

1373,75

30,28

-6,50

-0,14

ago/11

1367,25

30,13

-4,50

-0,10

set/11

1358,25

29,94

-2,00

-0,04

nov/11

1350,75

29,77

0,25

0,01

jan/12

1358,25

29,94

-0,50

-0,01

mar/12

1361,00

30,00

0,00

0,00

Fonte: Cbot, www.cbot.com Elaboração: Ocepar/Getec – maio/11 – 1 bushel de soja = 27,216 kg.
 
Quadro 03 - Cotações do milho na CBOT – Chicago Board of Trade em 23 de maio (fechamento)

MILHO

23 de maio

Cotações
(cents US$/bushel)

Cotações
(US$/saca)

Variação - dia ant.
(cents US$/bu)

Variação
(US$/Sc)

jul/11

754,00

17,81

-5,50

-0,13

set/11

719,75

17,00

2,25

0,05

dez/11

670,50

15,84

4,00

0,09

mar/12

683,00

16,13

6,25

0,15

mai/12

690,25

16,30

6,50

0,15

Fonte: Cbot, www.cbot.com Elaboração: Ocepar/Getec – maio/11 – 1 bushel de milho = 25,400 kg.
 
Quadro 04 - Cotações do trigo na CBOT – Chicago Board of Trade em 23 de maio (fechamento)

TRIGO

23 de maio

Cotações
(cents US$/bushel)

Cotações
(US$/saca)

Variação - dia ant.
(cents US$/bu)

Variação
(US$/Sc)

jul/11

803,00

17,70

-3,50

-0,08

set/11

850,50

18,75

1,25

0,03

dez/11

898,25

19,80

5,25

0,12

mar/12

928,25

20,46

7,75

0,17

Fonte: Cbot, www.cbot.com Elaboração: Ocepar/Getec – maio/11 – 1 bushel de trigo = 27,216 kg.
 
Paraná - Os preços médios recebidos pelos produtores paranaenses em 23 de maio levantados pela Seab/Deral, para a soja foram de R$ 41,69/saca de 60 kg, de R$ 23,24/saca de 60 kg para o milho e de 27,07/saca de 60 kg para o trigo, com certa estabilidade de preços no período.
 
Quadro 05 – Evolução dos preços da soja, milho e trigo (em R$ por saca de 60 kg)

Culturas

Preços atuais

Preços há 23 dias

Var (%)

Soja

41,69

40,77

+2,3%

Milho

23,24

24,15

-3,8%

Trigo

27,07

27,31

-0,9%

Fonte: Seab/Deral, elaboração: Ocepar/Getec – maio/11. 

EXPEDIÇÃO SAFRA I: Equipe confere desafios da produção e do mercado na UE

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A Expedição Safra encerrou no último fim de semana viagem de 2,7 mil quilômetros pela Alemanha, Holanda, Bélgica e França. Jornalistas da Gazeta do Povo e da RPC TV, acompanhados por técnicos da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), conferiram os desafios europeus na produção – fortemente direcionada ao mercado interno – e no mercado – cada vez mais regrado e sob custos adicionais.
 
Posição firme - Na Alemanha, o grupo conferiu a posição firme do país ante as discussões internas da União Europeia (UE), que está revendo sua política agrícola, e os acordos internacionais do bloco ante o Mercosul. O governo alemão defende que qualquer mudança relacionada aos alimentos leve em conta as exigências dos consumidores, sem concessões. Porém, no campo, os agropecuaristas defenderam mais flexibilidade nas regras impostas à produção, alegando que o consumidor final se guia essencialmente pelos preços.
 
Café - Os jornalistas e técnicos brasileiros visitaram ainda uma processadora de café alemã que importa grãos de países como o Brasil e distribui o produto beneficiado para as grandes indústrias do setor, uma prova de que a especialização pode ser um diferencial de peso. No Porto de Hamburgo, constatou que as operações de embarque e desembarque de contêineres são cada vez mais controladas por computadores, dispensando a presença de pessoas nos pátios.
 
Porto de Roterdã - Na Holanda, a complexidade do Porto de Roterdã, a principal porta de entrada dos produtos importados pela UE, não impede que as operações ocorram de forma ordenada. A logística beneficia também produtores de grãos, carnes e leite holandeses, que alcançam alta produtividade e, com áreas de menos de 100 hectares em média, se associam para ganhar expressão no mercado. Empresas de importação do país mostraram-se atentas à produção e ao potencial da América do Sul.
 
Pauta - As discussões político-econômicas e as relações internacionais esquentam a pauta dos organismos da UE e do Brasil ligados ao agronegócio em Bruxelas, na Bélgica. Em torno da sede da União Europeia, os representantes de cada país se articulam para remodelar o mercado do velho continente e redefinir a participação das regiões produtoras de alimentos que suprem os países mais exigentes do mundo.
 
França - Os debates ganham sentido prático na França, maior produtor agrícola do bloco. As exigências impostas aos produtores franceses fazem com que o setor tenha lucros reduzidos e desenvolva dependência de subsídios, que consomem mais de 40% do orçamento do bloco. É a partir dessas mesmas exigências, sanitárias e ambientais, que são definidas as regras impostas aos países que exportam alimentos para a UE, com o argumento de que é necessário equilibrar a concorrência no bloco.
 
Importações - A própria França é responsável por boa parte das importações de grãos da Europa. No Porto de Montoir, a Expedição Safra conferiu o desembarque de um navio de farelo de soja que havia partido do Porto de Paranaguá e atravessou o Atlântico em duas semanas. As relações entre o bloco e o Brasil estão cada vez mais próximas, disseram empresários e executivos. Eles mostraram conhecer em detalhes a logística e o perfil da produção brasileira e destacaram a importância de o Brasil também monitorar de perto o mercado europeu. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

CARNES I: Cesta básica animal pressiona renda no campo

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As altas nas cotações da soja e do milho no mercado internacional está pressionando a rentabilidade da cadeia de carnes no Brasil. A valorização das duas commodities – principais matérias-primas da indústria de ração animal – tem aumentado os custos de criação e levado o setor produtivo a refazer planos diante da nova conjuntura. No Paraná, a saca de 60 quilos de milho subiu 43% de abril de 2010 para o mesmo mês deste ano, saindo de R$ 13,68 para R$ 23,67, mostra levantamento da Secretaria Estadual da Agricultura (Seab). O farelo de soja, por sua vez, teve alta de 40% no mesmo período passando de R$ 0,35 para R$ 0,59 por quilo.
 
Suínos - O estreitamento dos lucros, que varia conforme o peso da ração na “cesta básica animal” de cada cadeia, é sentido mais fortemente pelos suinocultores. A alimentação representa atualmente 80% na composição dos custos atuais, aponta a Associação Brasileira da Indús­tria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Historicamente, essa relação era de 65%. Sustentada no aumento mundial do consumo de grãos e também de carnes, “a tendência é que os preços se mantenham em patamares mais altos do que no ano passado”, estima Jurandi Soares Machado, diretor de mercado interno da entidade.
Avicultura
 
Aves - Favorecida por um mercado externo mais aberto, consumo per capita maior e flexibilidade de produção com ciclo produtivo curto, a avicultura é a segunda cadeia que mais perde com a alta da soja e do milho. O presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, avalia que, com o preço de R$ 1,70 oferecido ao avicultor pelo quilo do frango vivo, “a equação está complicada”. O valor não cobre os custos de produção, estimados pelo executivo em R$ 1,85/kg. De acordo com Turra, a ração representa cerca de 65% do custo de produção da avicultura, indice que, apesar da alta dos grãos, permanece dentro da média histórica.
 
Câmbio desfavorável - “O custo dos insumos subiu no mundo todo, pois as commodities estão mais caras. Mas no Brasil o aperto nas margens é potencializado pelo câmbio desfavorável”, explica Turra. Nos últimos 12 meses, a cotação do dólar passou de R$ 1,75 para R$ 1,60. Segundo ele, o dólar em queda reduz a competitividade do setor no exterior e faz com que o Brasil perca espaço no mercado internacional. “As exportações norte-americanas de carne de frango, que vinham caindo nos últimos quatro anos, aumentaram 3% no primeiro trimestre de 2011”, cita.
 
Vendas externas - As vendas externas do Brasil também subiram, mas em ritmo menor que o esperado, afirma Turra. “O setor havia se preparado para uma demanda muito grande, que não se concretizou”. Levantamento da Ubabef mostra que, entre janeiro e abril, as exportações brasileiras cresceram 8,6% em volume e 28% em receita. “A demanda mundial é forte, mas não existe mais espaço para o preço subir em dólar”, diz. O esmagamento das margens já teria levado algumas empresas a reduzir o alojamento de aves, num movimento ainda pontual, informa Turra. Mas “se o cenário negativo permanecer, o ajuste tende a ocorrer de maneira natural”.
 
Mais afetados - Com um custo atual 15% maior do que em 2010, os produtores de suínos do Paraná estão entre os mais afetados pela alta da soja e do milho. A APS, associação que representa o setor no estado, sustenta que hoje o preço pago ao produtor (R$ 2,10 o quilo) está abaixo do custo, estimado em R$ 2,40 por quilo. No ano passado, o gasto era de R$ 2,10 e o preço de venda era de R$ 2,50 por quilo. “Estamos perdendo entre R$ 30 e R$ 40 por animal”, reclama Carlos Francisco Geesdorf, presidente da entidade. Ele considera que 2011 deve ser um dos piores anos para a rentabilidade dos suinocultores. O fechamento dos mercados russo e argentino – dois dos três maiores consumidores – para a carne brasileira contribuem para o aumento da oferta interna do produto e pressiona os preços. No primeiro quadrimestre deste ano, o Brasil embarcou volume 4,3% menor do que no mesmo período de 2010, aponta a Abipecs. Nesse período, foram enviadas 169,1 mil toneladas de carne suína ao exterior, contra 176,7 mil em 2010. Rússia e Argentina absorveram 48% desse volume.
 
Boi - Depois de ver o preço da arroba (15 quilos) alcançar valor histórico em novembro passado, o criador de boi sentiu menos o impacto provocado pela alta da soja e do milho no mercado internacional. De acordo com Rafael Ribeiro, da Scot Consultoria, os custos de produção da pecuária extensiva foram impulsionados principalmente pela alta dos fertilizantes. “O que pesa mais é o suplemento mineral, utilizado nas pastagens. Grãos e farelo ficam para a base da dieta do confinamento.” Segundo ele, o custo de uma arroba de boi gordo está em R$ 95. Na comparação com maio do ano passado, a alta é de 25%.
 
Leite - Já o custo da pecuária de leite subiu 17% neste ano. Puxado pelos grãos, o gasto para produzir um litro de leite varia atualmente entre R$ 0,40 e R$ 0,70 centavos, aponta o consultor paulista.Apuração realizada pelo Laboratório de Pesquisa em Bovinocultura (Lapbov) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) mostra que o valor da arroba do boi gordo subiu 18% no estado desde maio do ano passado, saltando de R$ 82 para cerca de R$ 100 atualmente. Enquanto isso, o quilo da ração se manteve praticamente estável em R$ 7,80.
 
Sustentação - Para Ribeiro, os preços do boi dificilmente retornarão para baixo de R$ 80 no curto prazo. “Teremos sustentação em torno dos R$ 100 a arroba.” Ele acredita que as perspectivas são positivas por conta da falta de boi no pasto. Segundo o consultor, entre 2004 e 2006 houve um abate de fêmeas que prejudica até hoje o quadro de oferta. Além disso, ele lembra que há um esperado movimento de aumento da demanda por carnes. Quarto maior consumidor de carnes no mundo, o Brasil espera manter os números de exportação de bovinos em 2011, diferentemente do que prevê o setor de aves e suínos. Ano passado, o país enviou 1,81 milhão de toneladas de carcaças de boi para o exterior.  (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

CARNES II: Governo busca novos mercados para produto brasileiro

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A partir desta terça-feira (24/05), o diretor de Assuntos Sanitários e Fitossanitários do Ministério da Agricultura, Otávio Cançado, inicia missão à Indonésia, Malásia e Japão. O objetivo da viagem é avançar nas negociações para a abertura do mercado de carnes suína, bovina e de aves dos três países. Em Jacarta, nesta terça e  quarta-feira, Cançado tem reunião com técnicos do Ministério da Agricultura da Indonésia para buscar a permissão do início dos embarques das carnes bovina e de aves do Brasil. O governo da Indonésia precisa reconhecer o princípio da regionalização para controle da febre aftosa, pré-requisito para o comércio bilateral do produto. “Já cumprimos com todas as exigências do país. Falta apenas uma questão mais burocrática, que esperamos resolver nessa reunião”, informa o diretor do Ministério da Agricultura.
 
Comitê Consultivo - O encontro faz parte da 5º reunião do Comitê Consultivo Agrícola Brasil-Indonésia, instituído para a resolução dos temas de interesse bilateral. Durante a reunião, o diretor começará ainda a negociação para exportação de frutas tropicais ao país. “A Indonésia tem uma população de 245 milhões de habitantes, que hoje apresenta baixo consumo de proteína animal porque o custo de produção interna é alto. O Brasil tem condições de fornecer carne de qualidade com preços mais acessíveis”, explica Otávio Cançado. Além dessas vantagens, o Brasil pode exportar carne sob o sistema Halal, abate feito de acordo com regras da religião muçulmana, professada pela maioria da população da Indonésia.
 
Inspeções - Em Kuala Lumpur, o diretor do Ministério da Agricultura conhecerá o resultado das inspeções realizadas em fevereiro deste ano, pelas autoridades sanitárias da Malásia, a frigoríficos brasileiros de aves e bovinos. Ao todo, 22 indústrias foram auditadas. Se a avaliação pelo serviço veterinário for positiva é possível a habilitação imediata das indústrias nacionais. Atualmente, o Brasil não exporta carne para aquele país.
 
Missão japonesa - A vinda de uma missão japonesa ao Brasil será o foco da visita do diretor a Tóquio. Em reunião com técnicos do Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca do Japão, será apresentada proposta brasileira de antecipar para julho a missão japonesa ao Brasil, prevista para setembro. Os técnicos do país asiático precisam verificar o sistema de inspeção brasileiro para liberar as vendas de carne suína e bovina nacional. Hoje, o Brasil já é o principal fornecedor de carne de aves para o Japão. Em 2010, a receita com carne de frango exportada para o país asiático ultrapassou US$ 200 milhões. (Mapa)

COMMODITIES: Demanda chinesa será menos robusta, diz economista

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A perspectiva de que a demanda chinesa vai continuar a impulsionar os preços das commodities parece “cada vez mais frágil” e “há razões estruturais sólidas pelas quais o consumo do país deverá decepcionar nos próximos anos”. A avaliação é do economista Ross Strachan, especialista em commodities da consultoria britânica Capital Economics, especializada em pesquisa macroeconômica. O declínio nas importações de commodities importantes, especialmente metais industriais, é, “em parte, um reflexo do movimento cíclico da economia chinesa”, afirmou. A China é o maior consumidor mundial de matérias-primas como o cobre, estanho, soja, algodão, entre outros, e, por isso, tem sido o motor que puxou a demanda por muitas commodities na última década. Strachan diz que uma “demanda sem brilho” na China é um dos vários fatores que estão puxando os preços desses produtos para baixo. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

MDIC: Superávit comercial é de US$ 286 mi na semana

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A balança comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 286 milhões na terceira semana de maio (do dia 16 ao dia 22), o que representa uma média diária de R$ 57,2 milhões, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O superávit comercial é resultado de US$ 5,209 bilhões em exportações (média diária de US$ 1,041 bilhão) e US$ 4,923 bilhões em importações (média de US$ 984,6 milhões). Em maio, até a terceira semana, a balança acumula um superávit de US$ 2,746 bilhões, resultado de US$ 16,265 bilhões em exportações e US$ 13,519 bilhões em importações. No acumulado de 2011, o superávit comercial é de US$ 7,775 bilhões, obtido a partir de US$ 87,670 bilhões de exportações e US$ 79,895 bilhões de importações. (Agência Estado)

CÓDIGO FLORESTAL I: Câmara deve votar mudanças no projeto nesta terça

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A votação do projeto de lei que muda o Código Florestal (PL 1876/99) está prevista para esta terça-feira (24) pelo Plenário. Conforme acordo entre os líderes partidários, também deverá ser votada nesta semana a Medida Provisória 517/10, que trata de incentivos tributários. Devido à viagem do presidente da Câmara, Marco Maia, à Coreia do Sul, a pauta oficial do Plenário para esta semana ainda não foi divulgada. Depois de um impasse entre governo e oposição em torno de mudanças no relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), os líderes fecharam um acordo para votar o texto e uma emenda que será destacada para votação em separado.
 
Pontos de discórdia - Um dos principais pontos de discórdia no texto apresentado pelo relator no último dia 11, o uso das áreas de preservação permanente (APPs), será decidido no voto. Enquanto o relatório de Aldo prevê a regulamentação por decreto das atividades que poderão continuar em APPs já desmatadas, como quer o governo, a emenda que será destacada remete à lei a definição desse uso dentro de requisitos de utilidade pública, interesse social e baixo impacto ambiental.
 
Estados - O texto da emenda também dá aos estados, por meio do Programa de Regularização Ambiental (PRA), o poder de estabelecer – além de atividades agrossilvipastoris (que integra atividades agrícolas, pecuárias e a cultura de árvores), de ecoturismo e turismo rural – outras que podem justificar a regularização de áreas desmatadas. (Agência Câmara de Notícias)

CÓDIGO FLORESTAL II: Dilma intervém e rejeita acordo do PMDB

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Em meio a fortes divergências na coalizão governista sobre o novo Código Florestal, a presidente Dilma Rousseff interveio diretamente nas negociações orientando ministros e coordenadores políticos a rejeitar acordo proposto pelo PMDB na semana passada. Sob o impacto negativo do avanço do desmatamento na Amazônia Legal, a presidente determinou aos seus auxiliares uma ofensiva para convencer partidos aliados a aceitar um texto costurado pelo governo no fim de abril.
 
Movimento - O movimento começará nesta segunda-feira (23/05) na reunião de líderes da Câmara. Mesmo em situação política fragilizada, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, coordenará as discussões para convencer o relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP) a mudar seu texto. Mas o relator deve resistir.
 
Carta - Neste domingo (22/05) pela manhã durante uma manifestação popular no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, contra o Código Florestal, a ex-senadora Marina Silva disse que todos os ex-ministros do Meio Ambiente assinarão uma carta a ser entregue à presidente com um apelo contra a votação. "Diante da forma pouco transparente com que foi feito esse acordo para votar na terça-feira o relatório do deputado Aldo Rebelo, todos os ex-ministros do meio ambiente estão assinando uma carta e irão entregar à presidente Dilma. Já pedimos uma audiência. Espero que ela nos receba", afirmou Marina.
 
Pontos - A ordem de Dilma, apurou o Valor, é defender quatro pontos: evitar "anistia" a derrubadas ilegais, compensar matas ciliares em beiras de rios, manter as áreas de reserva legal e dar prioridade à agricultura familiar, isolando o segmento de médios e grandes produtores. Em contrapartida, Dilma oferecerá pagamento por serviços ambientais da vegetação preservada. E manterá a promessa de vetar qualquer acordo fora desses termos. O líder do governo Cândido Vaccarezza (PT-SP) foi escalado para costurar um novo acordo. Hoje, a presidente tem audiência com o principal líder do PMDB, o vice-presidente Michel Temer.
 
Aliados - O texto do PMDB rejeitado por Dilma foi aprovado por todos os aliados, à exceção do PT. Prevê a consolidação de plantios e criações em matas ciliares sem compensação. E deixa aos programas de regularização dos Estados a análise "caso a caso" das áreas que devem ser consolidadas ou recuperadas. "A presidente reiterou 100% de seus compromissos de campanha. Não aceita retrocesso, anistia nem pressão. Disse que é inaceitável o que houve em Mato Grosso. Não quer aumento de desmatamento no seu currículo", relatou um auxiliar.
 
Novo decreto - Em reunião com três ministros na sexta-feira (20/05), a presidente resolveu editar novo decreto para prorrogar a suspensão das multas e sanções da Lei de Crimes Ambientais. Ela afirmou que o texto "abre as portas" para o fim das Áreas de Preservação Permanente (APPs). E lembrou os desastres ambientais no Rio para pedir "sensibilidade e bom senso" aos parlamentares. "A proposta do governo é boa. Vamos negociar", defendeu um participante da reunião.
 
Rossi - Atento aos gestos da presidente, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirma que "vários passos" já foram dados e os "avanços foram significativos" até agora ao setor rural. "O ótimo é inimigo do bom. Conquistar tudo coloca em risco o que já foi garantido", disse. Rossi defende "um passo à frente do governo" ou "um passo atrás da base do governo" para "não atrasar ainda mais" uma solução.
 
Base - A intervenção direta de Dilma na costura de um acordo definitivo desagradará sua base no Congresso. E deixará em apuros alguns líderes partidários. O principal deles é o pemedebista Henrique Alves (RN), que avalizou o acordo para atender aos ruralistas do PMDB.
 
Votação - Alves avisou ao governo que nada mais será votado, enquanto não se deliberar sobre o código. Palocci, segundo ele, disse que Dilma não concorda com o texto. "O melhor remédio é o voto, mas vamos continuar tentando convencer [o governo], para evitar que se repita o que aconteceu com os royalties do pré-sal", afirmou Alves, em referência ao veto do ex-presidente Lula ao texto. Alves mantinha o otimismo na sexta-feira (20/05): "Vamos votar. Temos 400 votos para aprovar", afirmou. E alertava o governo sobre a alternativa de enfrentar um texto "mais radical" da oposição DEM e PSDB. (Valor Econômico)