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AFTOSA: VACINAÇÃO ATINGE 98% DO REBANHO

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Segundo levantamentos feitos pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, durante a última campanha de vacinação contra febre aftosa, no mês de maio, foram imunizados cerca de 98% do nosso rebanho bovino. O Paraná tem hoje cerca de 9,5% milhões de cabeças. Mesmo após o encerramento da campanha, técnicos da Seab estão vacinando ainda os animais da Fazenda 7 mil, em Jardim Alegre, que é uma área de invasão.

DEPUTADO PARABENIZA COOPERATIVAS PELA LEI BRANDÃO

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Em ofício enviado a diretoria da Ocepar, o deputado estadual Cleiton Kielse Crisóstomo, ressalta a importância da aprovação da Lei 219/01 - Lei Brandão, principalmente pela importância que ela representa para o Estado do Paraná e para as entidades que atuam no setor. Segundo o deputado, esta lei terá uma repercussão econômica e social em todo o Estado e no mercado nacional de carnes e de leite em pó. Na opinião do parlamentar, "o sucesso de uma parceria somente acontece, quando os envolvidos contribuem de uma maneira igual, para que assim, possamos atingir objetivos únicos que venham a gerar resultados positivos para um povo", destacou Kielse

ARTIGO DE ROBERTO RODRIGUES

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Transcrevemos a seguir o artigo "Águias, pombas e avestruz" publicado pela revista "Agroanalysis" de fevereiro de 2001 e citado pelo Dr. Roberto Rodrigues, presidente da ACI em seu discurso "O Cooperativismo como Instrumento de Desenvolvimento Econômico e Social", proferido durante a comemoração do 79º Dia Internacional do Cooperativismo e 30 anos da Ocepar.

ÁGUIAS, POMBAS E AVESTRUZES

O megaevento organizado pela Aliança Cooperativa Internacional e pela OCB no Rio de Janeiro em dezembro passado, com mais de 3 mil participantes de cerca de 78 países, mostrou uma dura realidade: o cooperativismo no mundo e no Brasil não reagiu homogeneamente às importantes mudanças determinadas pela globalidade econômica e pelo liberalismo comercial.

Tais fenômenos, empurrados pela impressionante rapidez das comunicações, exigiram adequações de todos os setores sociais e econômicos sob o signo da competitividade, em que qualidade de produtos e serviços, preços, custos de produção, tecnologia, produtividade, eficiência e marketing passaram a ser objetivos habituais.

Ocorre que esses objetivos só são alcançáveis quando há gerência competente, administração profissional e capaz, ágil e com visão global.

No caso das cooperativas de qualquer ramo as exigências são ainda mais imperiosas, em função do modelo tradicional de administração conservadora em que as decisões são tomadas com lentidão e em função da agressão que sofrem por parte das empresas concorrentes.

As cooperativas que se deram conta dessa mudança de ambiente e conseqüente necessidade de adaptação, modernizaram seus procedimentos e, sem perder de vista os valores e princípios da cooperação, cresceram no mercado de forma espetacular. Transformaram-se em verdadeiras águias comerciais, usando todos os mecanismos conhecidos no mercado capitalista para melhorar seus serviços aos associados.

É o caso das cooperativas de seguro dos Estados Unidos e do Japão, das cooperativas de grãos do Canadá, de leite da Dinamarca e Nova Zelândia, das cooperativas de consumo da Suécia, Finlândia e Noruega (hoje unidas em joint ventures como verdadeiras transnacionais), dos bancos cooperativos da França, Holanda, Alemanha, das cooperativas de cana da Austrália, de trabalho da Itália e da Espanha.

Muito bem administrada, estão combatendo a exclusão social em seus países, gerando empregos e assim defendendo a democracia e a paz. Como tal se constituem em pombas mensageiras de tranqüilidade social e do progresso coletivo, merecendo o apoio de governos preocupados com a estabilidade socioeconômica e com a organização da sociedade.

Mas em muitos países o cooperativismo continua estacionário. Os discursos em defesa da doutrina são formidáveis, mas não se dão passos concretos na direção da modernização da gerência. Os líderes ficam reclamando do governo, queixando-se da concorrência, da difamação a que são submetidos, dos cooperados que não aparecem, dos maus funcionários, de seus representantes nos legislativos, das suas sogras e do clima.

E nada fazem. Não cuidam de fusões e incorporações para reduzir custos e aumentar o poder de barganha. Não estruturam suas gestões em termos empresariais. Não investem em marketing, não trombeteiam a beleza da diferença cooperativa. Não treinam seus recursos humanos nem fazem alianças estratégicas e gastam tempo e dinheiro em seminários e congressos com excelentes teses, belas conclusões e poucas ações.

Nesse caso, as cooperativas ficam de avestruz, a cabeça no buraco, com as vergonhas expostas.

No Brasil temos tudo: águias, pombas e avestruzes.

É bem verdade que nos falta uma legislação adequada, o que marginaliza as cooperativas de trabalho, de crédito, de turismo e impede o nascimento das cooperativas de seguro.

Mas os dirigentes precisam sair do discurso e ir para a ação executiva logo, logo. E aí nosso movimento prestará extraordinários serviços a todas as categorias econômicas do país, como acontece em todo o mundo. O potencial do cooperativismo brasileiro é formidável.

Caso isso não ocorra, assistiremos ao naufrágio de muito mais cooperativas do que se pode imaginar. (Roberto Rodrigues é presidente a ACI - Aliança Cooperativa Internacional)

BAHIA CRIA PROGRAMA DE INCENTIVO AO ALGODÃO

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O governo da Bahia lançou ontem (10), o programa de apoio à cultura do algodão que prevê incentivo mediante renúncia de 50% do ICMS aos cotonicultores por três anos, renováveis se o aumento do plantio confirmar as expectativas. A previsão de plantio é de aumentar dos atuais 45 mil hectares para 150 mil hectares em quatro anos. Da renúncia de 50% do ICMS, um percentual de 10% irá para um fundo destinado ao apoio à pesquisa. Esse mesmo incentivo já é praticado por outros estados, dentre eles, Mato Grosso. No Paraná, ontem foi entregue pela Ocepar ao Secretário da Indústria e do Comércio, Eduardo Sciarra, proposta para criação do Proalpar - Programa de Incentivo a Produção e Industrialização do Algodão do Paraná. Segundo o Secretário, o projeto de lei do Deputado Nelson Tureck, que tramita na Assembléia Legislativa, que trata do mesmo assunto, será reformulado para acoplar as propostas da Ocepar, devendo na volta do recesso parlamentar a matéria ser encaminhada, a fim de que ainda este ano venha ser aprovado e contemple o próximo plantio de algodão.

FERTILIZANTES COM VENDAS EM QUEDA

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As vendas de fertilizantes no primeiro semestre atingiram 5,313 milhões de toneladas, quantidade ligeiramente inferior (1%) às vendas de igual período do ano passado que foram de 5,36 milhões de toneladas. Em valor as vendas deste ano foram menor em 3%, o faturamento foi de US$ 977 milhões contra US$ 1,077 milhões, de acordo com dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos - Anda. No de 2000 as vendas chegaram a 16,392 milhões de toneladas e a previsão para este ano é de 16,0 milhões de toneladas.

PRESIDENTE SANCIONA LEI QUE ALTERA INSS DA AGROINDÚSTRIA

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Foi sancionada ontem (11) pelo Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, a lei que altera a forma de contribuição das agroindústrias de 20% sobre a folha de pagamento para 2,5% sobre o faturamento bruto. O artigo que permitia as agroindústrias e empregadores rurais deduzirem do seu próprio recolhimento 50% das contribuições previdenciarias recolhidas em favor de seus empregados foi vetado pelo Presidente. Às sociedades cooperativas não se aplica este dispositivo. A íntegra da nova Lei nº 10.256/01 segue em anexo no mesmo e-mail deste informe. Confira!

OCEPAR TAMBÉM QUER EQUIPARAÇÃO DE ICMS PARA OUTROS PRODUTOS DA CADEIA PRODUTIVA

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No final da tarde de ontem (10), o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski acompanhado do assessor jurídico, Paulo Roberto Stoberl e do presidente do Sindileite, Wilson Thiesen, entregou ao secretário da Indústria e Comércio do Estado do Paraná, Eduardo Sciarra, um documento contendo três importantes pleitos.

- O primeiro, diz respeito ao setor leite, onde as entidades solicitam ao Governo que adeqüe a tributação desta cadeia produtiva nos moldes do Paraná Agroindustrial, mesmo tratamento dado às carnes pela chamada "Lei Brandão".

- O segundo pleito entregue pela Ocepar, sugere a criação do PROALPAR - Programa de Incentivo a Produção e Industrialização do Algodão do Paraná, que pretende reduzir a incidência do ICMS sobre a comercialização do algodão e seus derivados.

- E a terceira e última proposta diz respeito a equiparação do tratamento tributário (ICMS) interestadual para óleos vegetais (soja) e margarina. A Ocepar pede que o Governo conceda a estes produtos também a mesma equiparação dada a farinha de trigo.

MA PLANEJA REDUZIR O ÁLCOOL NA GASOLINA

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Segundo matéria publicada no jornal Gazeta Mercantil, a redução da mistura do álcool anidro na gasolina de 22% para 20% é uma hipótese que tem sido discutida no Ministério da Agricultura e que vai ser levada como sugestão para os representantes do setor sucroalcooleiro na próxima semana, diz uma fonte do governo. "Não é nenhuma proposta oficial, mas já tem sido discutida com os usineiros", afirma a fonte. O presidente da Unica - União da Agroindústria Canavieira - de São Paulo, Eduardo Pereira de Carvalho, nega que este assunto esteja em discussão entre as usinas e rechaça a proposta.

ITAMBÉ MONTARÁ NOVA FÁBRICA DE LEITE EM PÓ E QUEIJO

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A Itambé, cooperativa com sede em Minas Gerais, promete investir US$ 60 milhões em uma nova fábrica de leite em pó e queijos que elevaria sua capacidade total de industrialização para 5,1 milhões de litros por dia. Segundo Jacques Gontijo, vice-presidente da cooperativa, o local será definido até o fim deste mês; entre as regiões estudadas estão o Alto Paraíba e o Triângulo Mineiro, em Minas Gerais, e o sul de Goiás.

INTEGRADA INAUGURA NOVA UNIDADE EM MARIALVA

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A Cooperativa Integrada, com sede em Londrina e com forte atuação nas regiões, Norte, Noroeste e Oeste do Paraná, inaugurou no sábado (7), uma unidade de recebimento de grãos em Marialva, como parte das comemorações ao Dia Internacional do Cooperativismo. A nova unidade tem capacidade para armazenar 19 mil toneladas de grãos e é composta por um conjunto de quatro silos, cada um com capacidade para receber 4,3 mil toneladas, dois silos pulmão (1.000 toneladas) e um silo-expedição (60 t/hora). A unidade também está equipada com três moegas (150 toneladas), um tombador e duas balanças de alta precisão, dois secadores 60 toneladas/hora, além de um armazém para insumos com mil metros quadrados. Participaram a solenidade de inauguração, o vice-presidente do Sistema Ocepar, Almir Montecelli e Cícero Isolani Souza, da Gerência de Desenvolvimento Humano do Sescoop-PR, além da deputada estadual, Serafina Carrilho, do deputado estadual Divanir Braz Palma e do deputado federal, Abelardo Lupion.

LUIZ LOURENÇO É HOMENAGEADO EM MARINGÁ

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O presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, recebe amanhã o prêmio de Empresário do Ano de Maringá. A solenidade será as 20 horas, no Clube Olímpico. Natural de Garça (SP), 58 anos, Lourenço comanda hoje a maior empresa instalada naquele município, com 5,5 mil produtores associados. O prêmio, em terceira edição é uma promoção da Associação Comercial e Industrial (Acim), Sindicato do Comércio Varejista (Sivamar), coordenadoria regional da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e regional Noroeste da Associação Paranaense de Supermercados (Apras).

Quem é Luís Lourenço - Atualmente em seu terceiro mandato como presidente da Cocamar, Luís Lourenço atuou como diretor de Comercialização da Cocamar durante as gestões de 1979 e 1989, a Diretoria Industrial da Cocamar; foi presidente da Credimar nas gestões 1990/92 e 1993/96; foi vice-presidente da Ocepar no período 1997/2000; e foi membro do Conselho Deliberativo da OCB, na qualidade de representante do segmento agropecuário entre 1995 e 1997. Na Cocamar o seu trabalho tem se destacado porque vem conduzindo todo o processo de reestruturação administrativa/financeira, envolvendo o passivo da cooperativa e a adequação de processos industriais, adequação de estruturas de atendimento e recepção de produtos. Convergiu a Cooperativa para o seu foco principal que é o negócio. Também desenvolveu e implantou projetos agroindustriais de fiação de algodão, produção de casulo e fiação de seda; plantio e industrialização de laranja (suco concentrado). Na última década, a Cocamar se transformou na maior empresa de Maringá e região, através da reorganização e reestruturação, credibilidade junto aos cooperados, crescimento no recebimento de produtos agrícolas e o desenvolvimento de projetos para o crescimento econômico no noroeste, destacando-se entre eles o Arenito Nova Fronteira.

30 ANOS DA OCEPAR - DIA DO COOPERATIVISMO

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Mensagem I - Relativo às comemorações dos 30 anos da Ocepar e do 79º Dia Internacional do Cooperativismo, a Ocepar recebeu ofício do presidente da Federação do Comércio do Paraná, Rubens Brustolin, lamentando o fato de não ter podido comparecer à solenidade realizada no último dia 5, mesmo assim manifesta suas congratulações afirmando que acompanhou de perto, nessas três últimas décadas, o magnífico trabalho que a Ocepar vem realizando no desenvolvimento do cooperativismo em nosso Estado. "Minhas homenagens ao prezado amigo João Paulo, seus companheiros de diretoria, colaboradores e também aos fundadores e a todos os dirigentes que, no passado, contribuíram para que essa organização alcançasse a posição de destaque que hoje ocupa no cenário da economia paranaense", frisa Brustolin.

Mensagem II - Correspondência enviada pela Câmara Municipal de Cascavel, assinada pelo seu presidente, Altair Gomes da Silva, ressalta que "estimular às praticas de bom gerenciamento, o cooperativismo situa-se como o melhor sistema para enfrentar as vicissitudes, favorecer o desenvolvimento de atividades sociais e o manejo correto das novas tecnologias. Comemorando o Dia do Cooperativismo, saudamos os representantes dos cooperados, reafirmando que o sistema firma-se na qualidade dos produtos, a política de comercialização e sua fácil introdução no mercado".

OCEPAR DEFENDE JUROS MENORES

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(O Estado do Paraná - Lyrian Saiki)

O anúncio feito pelo presidente Fernando Henrique Cardoso na última terça-feira, de destinar R$ 16,6 bilhões para a safra agrícola de 2002, foi bem recebido pelos agricultores do Paraná. O que não significa, porém, que todos os itens pleiteados tenham sido atendidos. "O pacote é bom, vai ampliar o volume de recursos e de limite em diversos programas, como o Proleite. Também vai ajudar os pequenos agricultores na diversificação de plantio. O problema são os juros: 8,75% ao ano é muito alto", criticou ontem o presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski, momentos antes da solenidade de comemoração do 30º aniversário da entidade e 79º Dia Internacional do Cooperativismo, em Curitiba.

Ele conta que a categoria havia solicitado juros de 6%. Também o volume destinado à área de armazenagem (R$ 100 milhões) é pouco na opinião de Koslovski. "O Programa deveria contemplar no mínimo com R$ 1 bilhão", aponta, lembrando que no Paraná há déficit de armazenagem. "Ontem (quarta-feira) estivemos em Brasília com o ministro Pratini de Moraes (da Agricultura). Ele pediu para levarmos os itens que achamos que falta e disse estar aberto a discussões", contou Koslovski.

O cooperativismo agropecuário reponde hoje por cerca de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) da agricultura paranaense. "Crescemos muito nesses trinta anos. As cooperativas de crédito já somam trinta no Estado, além das de trabalho, de saúde", afirma Koslovski, que avalia as três décadas de cooperativismo com um balanço positivo. Para ele, os problemas no setor estão atrelados principalmente à falta de política agrícola. "A política deveria ser mais consistente, com planos a médio e longo prazo", defende.

Solenidade

A solenidade de comemoração do 30º aniversário da Ocepar e 79º Dia Internacional do Cooperativismo, realizada na tarde de ontem no auditório da Ocepar, foi marcada pela realização de duas palestras: "Cenário Econômico Atual e Perspectiva 2001", com o economista e professor da USP, José Roberto Mendonça de Barros, e "Cooperativismo como instrumento de desenvolvimento econômico e social", com Roberto Rodrigues, presidente da Aliança Cooperativa Internacional. Houve ainda o lançamento do livro "Cooperativismo: filosofia de vida para um mundo melhor", de autoria do professor Albino Gawlak e Fabianne Allage Y Ratzke.

Defesa das cooperativas

A Ocepar foi criada em 2 de abril de 1971 por decisão de 34 cooperativas. Sua missão se constitui em representar e defender os interesses do sistema cooperativista paranaense perante as autoridades constituídas e a sociedade, bem como prestar serviços adequados ao pleno desenvolvimento das cooperativas e de seus integrantes. É filiada à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e reúne todos os ramos de cooperativas do Paraná. De acordo com a OCB, as cooperativas brasileiras se classificam em agropecuário, consumo, crédito, educacional, especial, habitacional, infra-estrutura, mineral, produção, saúde, trabalho, turismo e lazer.

INFLAÇÃO DEVE SE AGRAVAR NO SEGUNDO SEMESTRE

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(Folha do Paraná - Vânia Casado)

O efeito do repasse do reajuste das tarifas públicas para os preços só não será maior porque a demanda se reprimiu novamente

Os efeitos da inflação sobre o mercado devem se agravar neste segundo semestre, quando forem repassados os reajustes das tarifas públicas. Apesar disso, não deverá ocorrer surto inflacionário porque a demanda se reprimiu novamente e a população conteve o consumo. A análise é do economista José Roberto Mendonça de Barros, que foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, durante o primeiro governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Mendonça de Barros esteve em Curitiba, na sede da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) durante comemorações do 79º Dia Internacional do Cooperativismo e 30º ano de existência da Ocepar. O economista e consultor falou aos empresários e presidentes de cooperativas sobre o cenário econômico atual e perspectivas para 2001.

Para Mendonça de Barros, o governo já reviu a projeção de inflação que era de 4% este ano para 5,8 a 6,1% até o final do ano, por conta da crise de energia e da explosão do câmbio. No entanto, o efeito perverso da inflação vai ser sentido daqui para frente, com a incorporação dos reajustes das contas públicas. Até o mês de junho, o índice de inflação medido pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi de 2,42%. Portanto o pior está por vir, disse.

Segundo o economista, nem o governo nem o mercado contava com o comportamento do consumidor das regiões afetadas pela falta de energia, que provocou uma freada brusca nas expectativas de crescimento. Depois de chamado a contribuir com a economia de energia elétrica, o consumidor percebeu a gravidade da situação e conteve o consumo, porque sabia que o que estava em jogo, além de uma economia, doméstico era o emprego. "Foi uma reação voluntária de queda no padrão de vida das pessoas e isto está influenciando no mercado porque a economia de 20% no consumo de energia elétrica implica na desaceleração da atividade econômica", destacou.

Esse comportamento - continuou - ficou evidente na queda das vendas de eletrodomésticos da linha branca e os estoques de veículos nas montadoras começam a se elevar. Ele prevê uma avalanche de férias coletivas daqui para frente para conter a produção. Segundo o economista e consultor, 100% das indústrias de eletroeletrônicos de Manaus estão em férias coletivas.

Diante dessa reação, Mendonça de Barros disse que o aumento dos juros por parte do Banco Central foi uma overdose, que vai custar caro ao setor produtivo. Por conta da queda de consumo, a alta dos juros, crise de energia e crises externas, a indústria que previa crescer 6% este ano, deverá crescer só 3%. Ou seja, esse percentual refere-se ao crescimento do primeiro semestre.

Para os setores eletrointensivos, que não têm geração própria e dependem basicamente da energia elétrica para a produção, a trombada é grande, disse.

DIA INTERNACIONAL DO COOPERATIVISMO

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Mais de 200 pessoas compareceram à solenidade relativa ao Dia Internacional do Cooperativismo e 30 Anos da Ocepar, realizada ontem em Curitiba. A governadora em exercício Emília Belinatti, os presidentes da ACI, Roberto Rodrigues, da OCB, Márcio Lopes de Freitas, os secretários Antonio Poloni (Agricultura), Eduardo Sciarra (Indústria e Comércio) e Antoninho Caron (em exercício, do Planejamento) os deputados estaduais Augustinho Zucchi (representando o senador Osmar Dias) e Orlando Pessuti, e os federais Abelardo Lupion e Moacir Micheletto, além de inúmeras outras autoridades, compareceram às festividades.

As reportagens dos principais jornais do Paraná, que transcrevemos a seguir, refletem a solenidade, o movimento cooperativista paranaense e a realidade em que está inserido.

PROJETO ARENITO OBTÉM AMPLO APOIO

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Foi muito bem recebido pelo ministro da Agricultura, Pratini de Morais, o projeto Arenito Caiuá, apresentado ontem durante reunião que contou com a presença da governadora em exercício, Emília Belinatti, do secretário da Agricultura Antônio Poloni, dos presidentes da Ocepar, João Paulo Koslovski, da Cocamar, Luiz Lourenço, da Faciap, Ardisson Akel, e do diretor da Faep, João Luiz Biscaia. Participaram da reunião também os deputados federais Moacir Micheletto, Osmar Seraglio e Ricardo Barros; os deputados estaduais Braz Palma e Nelson Garcia; os prefeitos de Umuarama, Cianorte e Maringá; além do diretor do Bando do Brasil, Ricardo Conceição, e técnicos da Secretaria da Agricultura do Paraná e do Ministério da Agricultura. Essa significativa presença mostrou a importância do projeto, defendido por todas as lideranças do Paraná.

O projeto foi apresentado pelo secretário da Agricultura do Paraná, Antonio Poloni, que é um grande entusiasta da expansão da agricultura na região do Arenito Caiuá. Se for implantado em apenas 25% da área total, propiciará um aumento de renda de R$ 860 milhões, com geração de 82 mil novos empregos. Após a apresentação de Poloni, o ministro da Agricultura, Pratini de Morais, solicitou aos técnicos do ministério que detalhem o projeto e enquadrem nos programa de crédito anunciados pelo governo. O diretor de Crédito Rural do Bando do Brasil, Ricardo Conceição, disse que é possível enquadrar esse projeto no que se refere aos recursos para investimentos.

PROIBIDA A IMPORTAÇÃO DE DERIVADOS DE CARNE DO CANADÁ E EUA

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A Agência Canadense de Inspeção Alimentar informou nesta terça-feira (3), que o Brasil proibiu a importação de gado vivo de Canadá e dos Estados Unidos, além de sêmen e embriões dos animais, devido a temores de incidência da encefalopatia espongiforme bovina (BSE), ou doença da vaca louca. "As autoridades brasileiras nos disseram que têm uma suspensão", disse Frederique Moulin, veterinária e gerente da divisão de saúde da agência. "Os EUA estão incluídos também", disse, mas acrescentou que o Brasil ainda tem de notificar oficialmente a interdição que aparentemente começou no dia 27 de junho. Segundo Moulin, o bloqueio foi uma surpresa, uma vez que o Canadá é considerado livre desta doença. Ela disse que o Canadá alertou sobre o bloqueio a seus exportadores, que vendem cerca de 1 milhão de dólares canadenses (US$ 600 mil) de derivados de carne anualmente ao Brasil. O Canadá suspendeu temporariamente a importação de derivados de carne do Brasil em fevereiro pelos mesmos motivos. Os dois países também estão travando uma disputa comercial envolvendo subsídios à suas respectivas indústrias de aeronaves.

BALANÇA COMERCIAL REDUZ DÉFICIT

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A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 277 milhões no mês de junho, o que reduz o déficit acumulado no ano de US$ 347 milhões, em maio, para US$ 70 milhões. Mesmo com o superávit de junho, os primeiros seis meses do ano foram piores que o mesmo período de 2000, quando a balança terminou com superávit de US$ 784 milhões. As exportações de junho somaram US$ 5,042 bilhões, com uma média diária de US$ 252,1 milhões, a maior média diária já registrada. No semestre, as exportações totalizaram US$ 28,927 bilhões, com média diária de US$ 233,3 milhões de janeiro a junho. As importações de junho foram de US$ 4,765 bilhões, com uma média diária de US$ 238,3 milhões. No semestre, as importações totalizaram US$ 28,997 bilhões, com média diária entre os meses de janeiro a junho de US$ 233,8 milhões.

MERCOSUL QUER FIM AOS SUBSÍDIOS

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O Mercosul vai propor à União Européia (UE) que seja estudada uma fórmula de eliminar as distorções que os subsídios oferecidos aos agricultores europeus causam no comércio desse setor. Os negociadores do Mercosul pediram aos europeus um relatório contendo todas as proteções e incentivos dos itens mais importantes da pauta comercial entre as duas regiões. Conforme os negociadores brasileiros, o problema é que nem os europeus sabem dizer qual o nível real de proteção que oferecem. Segundo os brasileiros, os diferentes benefícios que os produtores europeus recebem tornam a discussão pouco transparente. A UE poderia baixar a tarifa de um produto, mas os subsídios ainda o manteriam artificialmente mais competitivo do que o similar do Mercosul, dizem os brasileiros. Por exemplo, o Brasil produz o açúcar mais competitivo do mundo e esse é o produto mais protegido na Europa. Além de quota para a importação, os europeus aplicam uma tarifa de importação, que chega a 73%. E ainda recebem subsídios para produzir, exportar e estocar. A UE também paga pelo produto preços acima dos praticados pelo mercado internacional, quando o preço cai. O que o Mercosul propôe é converter todos esses benefícios em tarifas, mesmo que sejam muito elevadas. A idéia é ter noção do tamanho da proteção para poder negociar em condição de igualdade.

ALGUMAS DAS MEDIDAS DO PACOTE TRIBUTÁRIO

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A equipe econômica do governo federal estuda a possibilidade de baixar uma série de medidas nas áreas tributárias, dentre elas:

ICMS - Envio de emenda constitucional ao Congresso, criando o ICMS Único, que unificará as cobranças das alíquotas do imposto em cinco classes de produtos. Essa medida tem por objetivo principal acabar com a chamada "guerra" fiscal entre os Estados, impedindo assim que cada unidade da federação não possa mais legislar sobre tal matéria.

CPMF - A contribuição será cobrada até o final de 2004, com alíquota de 0,38%.

Energia - A alíquota do PIS/Cofins será zero para carvão, gás de usina e energia.

Exportações - Através de Medida Provisória, o governo baixou normas que permitem o ressarcimento do PIS/Cofins através de um crédito presumido do imposto sobre produtos industrializados (IPI).