MERCOSUL QUER FIM AOS SUBSÍDIOS

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O Mercosul vai propor à União Européia (UE) que seja estudada uma fórmula de eliminar as distorções que os subsídios oferecidos aos agricultores europeus causam no comércio desse setor. Os negociadores do Mercosul pediram aos europeus um relatório contendo todas as proteções e incentivos dos itens mais importantes da pauta comercial entre as duas regiões. Conforme os negociadores brasileiros, o problema é que nem os europeus sabem dizer qual o nível real de proteção que oferecem. Segundo os brasileiros, os diferentes benefícios que os produtores europeus recebem tornam a discussão pouco transparente. A UE poderia baixar a tarifa de um produto, mas os subsídios ainda o manteriam artificialmente mais competitivo do que o similar do Mercosul, dizem os brasileiros. Por exemplo, o Brasil produz o açúcar mais competitivo do mundo e esse é o produto mais protegido na Europa. Além de quota para a importação, os europeus aplicam uma tarifa de importação, que chega a 73%. E ainda recebem subsídios para produzir, exportar e estocar. A UE também paga pelo produto preços acima dos praticados pelo mercado internacional, quando o preço cai. O que o Mercosul propôe é converter todos esses benefícios em tarifas, mesmo que sejam muito elevadas. A idéia é ter noção do tamanho da proteção para poder negociar em condição de igualdade.

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