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FIPE: SUBSÍDIOS CRESCERAM NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS

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O volume de subsídios diretos ao setor agrícola cresceu em vários países desenvolvidos. Hoje discutiremos o destino desses subsídios por commoditie e por programa. Os subsídios oferecidos por commoditie são sistematizados pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) de duas formas: valor total (valor do PSE) e razão entre este e o valor da produção de cada commoditie (PSE/VP). O valor total das commodities, embora mostre o montante de pagamentos diretos oferecidos, não pode ser comparado entre culturas. Já a relação subsídio/valor de produção permite a comparação entre produtos quanto se pretende classificar aqueles mais protegidos.

Valor da produção - Observa-se que produtos como carne bovina, arroz, leite, milho e trigo são aqueles que recebem os subsídios de maior monta. O importante, entretanto, é analisar quando esse subsídio representa no total produzido, que é medido pelo valor da produção. O arroz, por exemplo, é um dos produtos mais protegidos tendo em vista que o valor dos subsídios representa 80% de sua produção total. Esse valor é extremamente elevado em decorrência da super-proteção do Japão sobre a cultura. O segundo produto mais beneficiado é o açúcar tendo em vista a importância do subsídio sobre o produto total, 54%, e pelo fato dos subsídios totais terem aumentado de 1986-88 até 1998-00.

Crescimento - É importante analisar a variação no valor do PSE e no PSE/valor da produção no período de 1986-88 a 1998-00. Açúcar, carne bovina, carne de aves e oleaginosas são produtos que apresentaram crescimento maior no valor do PSE e menor ou negativo no PSE/VP. Carne suína é o único produto que apresentou crescimento no PSE/VP superior ao valor do PSE. Leite, milho e trigo tiveram queda no valor do PSE e queda ainda maior no PSE/VP. No arroz a relação ficou constante e nos outros grãos o valor do PSE caiu mais do que o PSE/VP. No balanço de todas as culturas, o crescimento do valor do PSE foi positivo mas houve queda no PSE/VP. Os dados mostram que embora o valor do PSE tenha crescido, os governos dos países subsidiadores não foram capazes de acompanhar os preços domésticos ou a elevação da produção.

Instrumento - A análise por programa mostra que o subsídio via preço para regulação de mercado, embora em queda, ainda é o mais importante instrumento. Em segundo lugar vêm os pagamentos por área plantada, número de animais e/ou produção obtida. Em linhas gerais, esse tipo de instrumento ganhou espaço de 1986-88 até 1998-00 e os mecanismos de suporte de preço, embora grandes, caíram em termos relativos ao total dos subsídios. O carro-chefe no uso de mecanismos de suporte de preço é o Japão, seguido da União Européia e depois os Estados Unidos. A UE dá claros sinais de mudança nos seus programas. Os mecanismos de suporte de preço representavam 85% do total dos subsídios no final dos anos 80 e caíram para 61% no final dos anos 90. Já EUA e Japão não dão sinais de fortes de queda.

GATT - Os países da OCDE, entretanto, estão fortalecendo os programas do tipo pagamentos anuais. EUA e UE mostram isso claramente. Essa tendência segue coerente com as normas do Acordo Agrícola do GATT, tendo em vista que os subsídios via suporte de preço foram sujeitos a cortes e a limites máximos pois foram inseridos na "caixa amarela". É natural, portanto, que os países migrem para outros tipos de programas que estão alocados na "caixa verde".

Excedentes - De todos os programas de apoio, aqueles via suporte de preços são o tipo de subsídio mais "danoso" ao mercado porque, quando são oferecidos de forma generalizada e sem instrumentos de controle de área plantada ou produção, tendem a gerar excedentes e provocar quedas artificiais nos preços. Nesse sentido, é salutar para o mercado que esses subsídios venham perdendo importância ao longo do tempo. Essa queda, entretanto, não garante que essa forma de subsídio esteja se extinguindo porque o volume total de subsídios vêm crescendo, conforme discutido no artigo anterior.

Mecanismos - Dado esse cenário de subsídios crescentes e ainda forte presença dos mecanismos de suporte de preços, para os países do Mercosul seria fundamental o início de uma rodada multilateral que permitisse a revisão, a fundo, dos termos do Acordo Agrícola. A dificuldade não está no início da nova rodada da OMC mas na disposição dos países desenvolvidos a colocar esse assunto em negociação.

TABELA 1: Países da OCDE: Equivalente Subsídio ao Produtor (PSE) nas Principais Culturas

TABELA 2: Participação dos Tipos de Programas de Apoio no Valor Total do PSE

ENDIVIDAMENTO RURAL DISCUTIDO NO CONGRESSO

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Em continuidade às negociações sobre o endividamento rural, foi realizada, em 23/10, audiência com o Presidente do Congresso Nacional, senador Ramez Tebet, com a presença dos parlamentares deputados Luis Carlos Heinze, presidente da Comissão de Agricultura, Kátia Abreu, Ronaldo Caiado, Abelardo Lupion e os representantes da OCB e CNA. Durante a audiência, os parlamentares levaram ao conhecimento do Presidente do Congresso a preocupação do setor produtivo quanto ao endividamento rural, informando que entregaram, na semana passada, ao ministro da Fazenda uma proposta de novos mecanismos de renegociação e alongamento de todas as dívidas rurais, já analisada pelos técnicos do governo. Depois da reunião com Tebet, os parlamentares e os representantes da OCB e CNA se dirigiram ao gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, deputado Aécio Neves, a quem solicitaram apoio.

Discussão com Malan - O Deputado Aécio Neves disse que somará forças na gestão junto ao ministro Malan, visando um encaminhamento político, com a maior brevidade possível, por parte do Ministério da Fazenda. E solicitou ao deputado Luis Carlos Heinze que elaborasse um paper sobre o assunto para subsidiá-lo nas discussões da matéria com o ministro Malan. Quanto ao pagamento da parcela que vence no próximo dia 31, há expectativa de que saia alguma norma permitindo o pagamento de 15% da parcela e o saldo remanescente ficaria para o final do contrato. A informação, no entanto, não é oficial.

GT ELABOROU NORMAS CONTÁBEIS PARA COOPERATIVAS

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O grupo de trabalho nomeado pelo Conselho Federal de Contabilidade para elaborar estudos para realização da norma brasileira de contabilidade para sociedades cooperativas, se reuniu em São Paulo, na sede da Ocesp, nesta semana (22 a 25). Sob coordenação do contador José Aparecido Moreno, do Sescoop Paraná, e com participação de representantes de todos os ramos do cooperativismo, o grupo concluiu o trabalho, remetendo o resultado para o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), para apreciação, possível adequação e votação em plenária, o que deve ocorrer em novembro. Se a norma for aprovada em novembro, deve entrar em vigor em janeiro de 2002.

Uma norma para as cooperativas: Como a legislação brasileira é genérica, o CFC concordou em nomear um grupo de trabalho para redigir uma proposta de norma adequada às peculiaridades das sociedades cooperativas. Os técnicos do grupo de trabalho produziram a norma NBC-T-10.8, com o título Entidades Cooperativas, que estabelece critérios e procedimentos específicos para as entidades cooperativas, por serem diferentes das demais sociedades nos aspectos contábeis, fiscais e societários. A norma tem um total de 8 páginas, com destaque para os critérios mínimos para a elaboração das demonstrações contábeis a serem elaboradas pelas cooperativas. A falta dessas normas tinha como conseqüência a desuniformidade dos procedimentos contábeis.

Infra-estrutura rural: AÇÃO DA ABRADEE CONTRA AS COOPERATIVAS É UM TIRO NO PÉ

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As 122 cooperativas brasileiras de infra-estrutura (energia e telefonia) vão entrar com ações individuais contra a prorrogação dos contratos de distribuição de energia das concessionárias, que foram feitos sem licitação, em desacordo ao que determina a Constituição de 1988. Essa decisão foi tomada ontem à noite, durante o I Fórum da Inconstitucionalidade dos Contratos de Distribuição de Energia, realizado em Curitiba pela Infracoop (Confederação Nacional das Cooperativas de Infra-estrutura) e com a participação de representantes das cooperativas dos Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. A promessa de ação judicial das cooperativas é uma das estratégias de defesa contra ação movida pela Abradee (Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica, sob a alegação de que a regulamentação da atuação das cooperativas, que estava sendo conduzida pela Aneel, seria inconstitucional, pois isso exigiria licitação.

Tiro no pé: Essa ação é um tiro no pé da própria Abradee, pois a prorrogação dos contratos de distribuição feita para elas também foi feita sem licitação. Se a licitação é exigida das cooperativas, também tem que ser exigida das demais empresas distribuidoras. A regulamentação da atuação das cooperativas na distribuição estava seguindo os mesmos procedimentos adotados para prorrogar os contratos de distribuição das distribuidoras estatais e privadas, esclareceu o engenheiro eletricista e advogado Odílio Ortigoza Lobo, consultor da Infracoop. As ações a serem movidas pelas cooperativas serão individuais em função de estarem atuando em diferentes regiões de diversos Estados brasileiros.

Apoio parlamentar e audiência pública - O senador Osmar Dias participou, no começo da noite de ontem, do fórum da Infracoop, e se comprometeu em defender o sistema cooperativista nessa desigual queda de braço, diante do poderio econômico das grandes empresas que demonstram não quererem deixar espaço às pequenas cooperativas. Ao final da reunião de ontem ficaram definidas duas audiências públicas a serem realizadas no Congresso, uma através da Comissão de Constituição e Justiça, a ser requerida pelo senador Osmar Dias, e outra no Ministério da Agricultura, uma vez que envolve interesses diretamente ligados à atuação das cooperativas na área rural. Essas audiências poderão ser realizadas ainda na primeira semana útil de novembro (5 a 9).

Lutando para sobreviverem - As cooperativas de infra-estrutura brasileiras foram constituídas nos anos 70 como exigência do BID para financiamento da implantação da rede de eletrificação rural. As 122 cooperativas atendem a 722 mil usuários em 17 Estados através de 115 mil km de redes de distribuição, com patrimônio estimado em quase US$ 1 bilhão. Quando foram constituídas não havia interesse das concessionárias estaduais de energia fazerem a distribuição nas áreas agrícolas, que eram pouco ou nada rentáveis, diante da extensão das redes necessárias para alcançarem as propriedades agrícolas e comunidades rurais. O presidente da Infracoop, Jânio Vital Stefanello, afirmou que o fórum realizado em Curitiba foi muito proveitoso, pois além de obter o apoio parlamentar na condução das discussões, mostrou que o sistema tem todas as condições de sobreviver, apesar da perseguição que vem sofrendo.

Vítimas da prepotência: Durante as quase seis horas de discussão do fórum, os dirigentes das cooperativas, o senador Osmar Dias e o ex-deputado federal Nelton Friedrich deixaram claro que as cooperativas, com a ação judicial movida pela Abradee, estão sendo vítimas da prepotência econômica, especialmente de empresas multinacionais estrangeiras que compraram estatais brasileiras. Essa constatação foi feita diante do fato de que concessionárias do Rio Grande do Sul (CEE) e de Santa Catarina (Celesc) terem enviado correspondência à Abradee solicitando que a pendência com as cooperativas fosse resolvida administrativamente e não judicialmente. A própria Copel teria concordado, pelo menos verbalmente, com o procedimento sugerido pelas duas concessionárias. O que está incomodando as compradoras das concessionárias estatais são as áreas nobres onde atuam as cooperativas, muitas das quais, anos atrás, eram áreas rurais e agora se transformaram núcleos urbanos lucrativos. "Certamente essas concessionárias não têm interesse por todas as áreas operadas pelas cooperativas, que são de baixa ou nula rentabilidade", afirma Odílio Lobo.

Está na hora de reagir: O senador Osmar Dias discorreu sobre a importância das cooperativas de infra-estrutura para o desenvolvimento da agricultura e lamentou que algumas concessionárias desejem impedir que continuem atuando. Osmar Dias foi enfático ao afirmar que é difícil não se indignar com o que está acontecendo, e afirmou aos dirigentes de cooperativas que está na hora de reagir. Estamos num momento que temos que reagir ou vamos perder a soberania nacional, afirmou, referindo-se aos problemas enfrentados pelas cooperativas e por que afetam o País, como a incoerência do governo na questão da biopirataria. Lembrou que a crise do setor de leite também é resultado da cartelização do setor.

ENCONTRO DA FETRABALHO

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Cerca de 40 dirigentes e técnicos de cooperativas de trabalho do Paraná se reuniram nesta sexta-feira, em Curitiba, para o Encontro Estadual de Dirigentes de Cooperativas de Trabalho, promovido pela Ocepar, Sescoop Paraná e Federação das Cooperativas de Trabalho. A mesa de abertura foi composta pelo presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, pelo presidente da Fetrabalho, Paulo Roberto Carvalho, pelo assessor jurídico da OCB, Guilherme Krueger, e pelo professor e conferencista Albino Gawlak. Entre os cooperativistas estava Sílvio Galdino de Carvalho Lima, ex-coordenador do Incra no Paraná no final dos anos 60 e início de 70, que liderou ações para reorganizar o cooperativismo paranaense e atualmente incentivador voluntário do crescimento das cooperativas de trabalho. Na abertura do encontro, o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, lembrou que a cada dia cresce a qualidade e o número de cooperados nas cooperativas de trabalho e que essa qualidade é importante para o aumento da credibilidade do sistema, cuja boa imagem tem sido, periodicamente, desgastada por cooperativas constituídas à margem da lei.

ENCONTRO COOPERATIVAS DE TRABALHO NESTA SEXTA (26/10)

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Até hoje de manhã 47 pessoas de 22 cooperativas haviam se inscrito ao Encontro Estadual de Cooperativas de Trabalho, a ser realizado amanhã, em Curitiba, nas dependências do Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército (a uma quadra da Ocepar). O objetivo desse primeiro encontro é a integração das cooperativas de trabalho entre si e com o sistema Ocepar/Sescoop, além da discussão de assuntos de interesse. O encontro, que será aberto pelo presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, terá os seguintes palestrantes: professor Albino Gawlak, que falará sobre ?Cooperativismo como instrumento de trabalho frente ao novo modelo econômico; O assessor jurídico da OCB, Guilherme Krueger, que falará aos participantes sobre ?Aspectos tributários incidentes sobre as cooperativas de trabalho?; e o jurista Eduardo Gibello Pastore, falará sobre ?Aspectos tributários incidentes sobre as cooperativas de trabalho?.

CARLOS MELLES ASSINA COM OCB ACORDO DE COOPERAÇÃO

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Presidente do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo(Sescoop), Márcio de Freitas, e o ministro do Esporte e Turismo, Carlos Melles, assinaram, ontem (24.10), convênio para apoio financeiro ao Programa de Turismo Rural Cooperativo. O objetivo do programa é promover o desenvolvimento de áreas rurais de municípios brasileiros através da implementação de modelos de gestão e de organização social e da ampliação da oferta turística nessas áreas, visando agregar valor à atividade rural e melhorar a qualidade de vida das populações. Na solenidade, o presidente Márcio agradeceu a oportunidade dada ao Cooperativismo de desenvolver, junto ao Ministério, um programa que irá melhorar a renda dos agricultores e comunidades envolvidas. Agradeceu, também, ao vice-presidente Alfeu Mendes, mentor dessa idéia, pelo trabalho e dedicação que transformou-a em realidade. O ministro Carlos Melles afirmou que esse convênio é o primeiro passo para alavancar o desenvolvimento do Cooperativismo rural no País. Melles ressaltou, também, que o Sescoop é a grande ferramenta que irá fortalecer o Cooperativismo, lembrando que o trabalho está apenas começando e que o Sescoop fará um grande e importante serviço pela sociedade.

OCB PEDE A FHC PRORROGAÇÃO DA SECURITIZAÇÃO

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A OCB encaminhou, ontem (24.10), ofício ao presidente Fernando Henrique Cardoso solicitando, em caráter de urgência, a prorrogação da parcela da Securitização, que vence no final deste mês. No ofício, a OCB apresentou, resumidamente, a proposta sobre a renegociação das dívidas ao amparo das Leis nºs 9.138/95 e 9.866/99, que faz parte de um trabalho técnico desenvolvido pela OCB, em conjunto com outras entidades da classe agropecuária e pela Comissão de Agricultura e Política Rural ? CAPR. O presidente da Câmara, deputado Aécio Neves, e do Senado, senador Ramez Tebet, receberam, ontem, o coordenador parlamentar da OCB, Valdir Colatto e o gerente Técnico Ramon Belisário, e uma comitiva de deputados, para tratarem do endividamento rural. A OCB assumiu o compromisso de estudar um acordo, fazendo contato pessoal com o ministro da Fazenda Pedro Malan. A sinalização dos parlamentares e do Governo é de que o acordo acontecerá. Como a urgência é a prorrogação do prazo de pagamento da parcela de securitização, que vence no próximo dia 31, a OCB articula com o Congresso e o Governo anúncio oficial que venha ao encontro do que está sendo solicitado.

ESCOLHA PARA O FÓRUM DE LÍDERES TERMINA NESTA SEXTA

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Termina nesta sexta-feira o prazo para os assinantes do jornal Gazeta Mercantil indicarem, através de voto, os três empresários paranaenses que comporão o Fórum de Líderes, reapresentando o Paraná. Essa eleição é feita anualmente, no último trimestre. Quem não recebeu ou extraviou a cédula de votação pode fazer a escolha pela Internet, através do endereço . Para votação através da Internet é preciso estar munido do código de assinatura do jornal. Esse código, se extraviado, pode ser obtido pelo fone 0800-14-6000.

CMN APROVOU CPR PARA LEITE

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O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou ontem a Resolução nº 2896, que estabelece uma linha de financiamento para a aquisição de leite dos produtores pelas indústrias. A criação da chamada Cédula do Produto Rural (CPR) do leite, uma antiga reivindicação do segmento, dará ao produtor a chance de antecipar as vendas de leite, travar as cotações e ainda formar o capital de giro. As indústrias terão a garantia de entrega do produto e planejamento dos custos. Para o governo, a CPR deve funcionar como o principal instrumento de superação da grave crise do setor provocada pelos baixos preços do produto nesta entressafra. Em algumas regiões, o preço caiu abaixo de R$ 0,25 por litro, quando a cotação normal ficaria próxima a R$ 0,40 por litro. A nova linha de crédito terá juros de 8,75% ao ano e prazo de 270 dias, a partir da data de contratação, limitado a 30 de setembro de 2002. Os empréstimos devem ser contratados até abril. A linha deve contar com R$ 125 milhões para o ano safra 2001/02. Com essa medida espera-se que o mercado se normalize em, no máximo, 60 dias.

PREVISÃO DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA BRASILEIRA PARA 2002

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O Banco Mundial (Bird) projeta para o Brasil crescimento de 2% a 3,5% no próximo ano. Segundo os diretores da instituição, a taxa de crescimento do País ficará acima dos 1,6% estimados para o resto do mundo em 2002. O Bird prevê também que os países industrializados crescerão pouco mais de 1% no ano que vem e a América Latina ficará na casa dos 2%. O vice-presidente para a América Latina do banco, David de Ferranti, disse que a instituição não vê com temor o processo eleitoral no Brasil. Segundo ele, o Bird não tem dificuldade em trabalhar com governos de oposição, tendo em vista que este relacionamento já existe em outros países do mundo. Ferranti ressaltou, contudo, que é preciso ter a convicção de que, para se reduzir a pobreza, é necessário manter a economia saudável e zelar pela estabilidade monetária e fiscal. E o diretor do banco, no Brasil, Vinod Thomas, afirmou que o País fez grande progresso na gestão da economia e nos indicadores sociais, mas ressaltou que a desigualdade de renda ainda é grande. 'O crescimento reduz a pobreza. Thomas enumerou três fatores que contribuíram para que o País crescesse menos nos anos 90 (menos de 1% per capita) do que nos anos 70 (cerca de 6% per capita): menos crescimento mundial; rendas mais altas; e inflação mais alta no início dos anos 90. De acordo com análise do Bird, muitos obstáculos ao crescimento no Brasil ainda existem, como os entraves burocráticos ao investimento e ao comércio, pouca possibilidade de inovação, entraves na educação e alto custo do capital e incertezas advindas da dívida pública elevada.

SECURITIZAÇÃO: OCB PEDE MAIOR PRAZO AO PRESIDENTE FHC

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O presidente da OCB, Márcio Freitas Lopes, enviou no último dia 22, ao Presidente da República FHC uma correspondência manifestando preocupação com relação a securitização dos produtores rurais que tem débitos vencendo no próximo dia 31 de outubro. Dívidas estas que foram renegociadas com o amparo das Leis nºs 9.138 e 9.866, de 29/11/95 e 09/11/99, respectivamente, e regulamentadas pelas Resoluções nºs 2.238/96 e 2.666/99. Para Márcio Freitas, ?a falta de renda da atividade agrícola dificultará a maioria dos produtores de liquidar sua parcela integralmente?, lembra. Diante do clamor dos produtores rurais, a Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB em conjunto com outras entidades da classe agropecuária e da Comissão de Agricultura e Política Rural - CAPR desenvolveram um trabalho técnico com propostas de novos mecanismos de renegociação e alongamento de todas as dívidas rurais, o qual, na semana passada foi entregue ao Ministro da Fazenda, Pedro Malan. Veja a seguir um resumo das propostas apresentadas a FHC.

Encargos Financeiros - Taxa Efetiva de Juros de 3% ao ano, consolidando o valor das parcelas a serem pagas a partir de 31/10/2002, em moeda corrente, eliminando a equivalência em produto.

Cronograma de Reembolso - Pagamento em 31/10/2001 de 10% do valor da parcela; nos anos subseqüentes, acréscimo de 5% ao ano, até atingir o montante de 70% da parcela, e a partir daí, o acréscimo passa a ser de 10% até atingir 100% da parcela.

Pronaf - Manutenção dos Bônus estabelecidos pela Lei nº 9.866/99, com acréscimo de mais 10%, totalizando assim 40% de bônus, para as propriedades do semi-árido e agricultores enquadrados no PRONAF.

Bônus de Liquidação Antecipada - O débito a ser liquidado será apurado mediante aplicação dos seguintes percentuais constantes no quadro a seguir: (tabela)

Regularização das Parcelas Atrasadas Relativas ao ano de 1997 e de 1998 ? Desde que a prorrogação tenha sido solicitada oportunamente pelo mutuário, e em conformidade com a Resolução nº 2.433, de 16/10/97 e Resolução nº 2.566, de 06/11/98, permitir que as respectivas parcelas sejam prorrogadas, respeitadas as condições estabelecidas nos referidos normativos.

Regularização das Parcelas Atrasadas Relativas ao ano de 1999 e de 2000 ? Desde que sejam efetuados os pagamentos mínimos estabelecidos na Lei nº 9.866 (10% para a parcela de 1999 e 15% para a parcela de 2000), considerada a situação de normalidade, autorizar a prorrogação das referidas parcelas.

Prorrogação do prazo - O presidente da OCB pede a Fernando Henrique que seja encontrada uma solução definitiva para a dívida securitizada dos produtores rurais. ?Mas, como o tempo é exíguo para que a área econômica do Governo possa analisar e normatizar as questões em tela, solicitamos a Vossa Excelência, em caráter de urgência, a prorrogação da parcela que vence no final deste mês?, pede Márcio Freitas.

COOPERATIVAS DE ELETRIFICAÇÃO NA ANEEL

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O Ramo de Infra-estrutura da OCB, coordenado pelo Vice-Presidente da OCB, Jânio Stefanello, esteve reunido com os procuradores da Aneel e com os presidentes de cooperativas de todo o Brasil, para discutir e analisar a regulamentação das cooperativas de eletrificação rural (processo jurídico Abradee/Aneel), e levar propostas para reformulação da resolução 333/99, que trata das concessionárias e distribuidoras de energia elétrica. O Ramo manifestou a posição, incondicional, de que às cooperativas não abrirão mão de suas prerrogativas legais vigentes, tanto como concessionárias de serviços, quanto de energia elétrica. Após apresentar essa posição, o Ramo juntamente com a Conbraq e Infracoop, reuniram-se na sede da OCB e decidiram tratar do assunto partindo de duas frentes: na área jurídica, contestando a ação da Abradee que limita as atividades das cooperativas elétricas, e na área política, solicitando audiência com o Ministro Pedro Parente, e pedindo aos parlamentares da Frencoop que façam um requerimento de audiência pública junto à Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara dos Deputados, convocando o Ministro das Minas e Energia, José Jorge, o representante da Abradee e a OCB para os devidos esclarecimentos sobre o assunto. O Coordenador Parlamentar e Institucional da OCB, Valdir Colatto, espera que com essas ações o impasse entre as cooperativas de energia elétrica e as concessionárias seja solucionado. (Fonte: Ascom/OCB)

COOPAGRICOLA RECEBE TÍTULO ?AMIGO DA SAÚDE?

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A Coopagrícola recebeu da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, o título de ?Amigo da Saúde? em agradecimento a doação de duas máquinas de fabricação de fraudas ao Instituto de Saúde do município. A homenagem foi prestada no último dia 23, na sede da cooperativa com a presença do prefeito Péricles de Hollebem Mello, do secretário de Saúde, Dr. Antônio Alcides Klug Jr., diretores e funcionários da Coopagrícola e demais autoridades municipais. O presidente da Coopagricola, Gabriel Nadal ressaltou sobre a necessidade da iniciativa privada investir mais em projetos de sociais, tendo em vista a necessidade que existe neste setor em nossos municípios.

OCEPAR E SESCOOP REALIZAM CURSO DE ALGODÃO EM LONDRINA

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Teve início nesta quarta-feira (24), na sede da Claspar em Londrina o curso de formação para classificadores de algodão em pluma, perfazendo um total de 204 horas aulas. Este evento conta com a participação de 14 técnicos, sendo 10 de cooperativas agropecuárias paranaenses e o restante da Claspar e Ministério da Agricultura. O curso abordará os seguintes assuntos: Legislação fiscal; Padronização; Classificação ? Portaria Padronizante; Manuseio e Equipamentos de Amostragens; Tecnologia de Fibras; Visita a Usina de Beneficiamento; Orientação ? Funcionamento do aparelho HVI ? Classificação Tecnológica; Classificação especializada. Entre as finalidades do curso está a construção de conhecimentos e habilidades de classificador de algodão em pluma para Engenheiros Agrônomos, Técnicos Agrícolas e Técnicos Têxteis; Capacitar através da realização de curso oficial devidamente homologado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, com aulas teóricas e práticas sobre legislação, métodos e técnicas de classificação do referido produto; Habilitar os técnicos participantes, atendendo as exigências legais para o credenciamento como classificadores de algodão em pluma. Este curso está sendo coordenado pelo engenheiro agrônomo, Flávio Enir Turra, da Gerência Técnica e Econômica da Ocepar.

VACINAR É OBRIGAÇÃO DE TODO CRIADOR

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A vacinação contra a febre aftosa é uma obrigação que os criadores de bois e búfalos devem cumprir duas vezes por ano. Não existe contra-indicação para a vacina, que é fabricada por cinco indústrias farmacêuticas. "Em hipótese alguma a vacina pode prejudicar a saúde do animal", tranqüiliza o coordenador da área de Sanidade Animal da Secretaria da Agricultura, veterinário Felisberto Baptista. As doses podem ser adquiridas em cerca de 800 lojas de produtos veterinários espalhadas pelo Estado. O preço médio de cada dose é estimado em R$ 0,85. Dependendo do tamanho do rebanho, os criadores podem comprar ampolas com 10, 20 ou 50 doses. Cada dose corresponde a 5 mililitros da vacina e para esta segunda campanha serão colocadas à disposição 173 milhões de doses.

Vacinadores - Para diminuir as despesas dos pequenos criadores, a Secretaria da Agricultura está treinando e cadastrando uma equipe de vacinadores que percorrerá parte das propriedades para fazer a aplicação. O grupo, que pode ser composto por voluntários, como estudantes e produtores e até soldados do Exército, ainda está sendo formado. O objetivo é fazer com que o pecuarista pague somente pelo número de doses que serão aplicadas no rebanho, já que algumas propriedades tem somente uma vaca leiteira. A vacina é injetável e deve ser aplicada na região do pescoço dos animais, por via intramuscular ou subcutânea. A imunização acontece sete dias após a aplicação para os que já tomaram a vacina antes e, por isso, têm memória imunológica, e 21 dias depois para os que entram em contato com o produto pela primeira vez.

SEGURO RURAL SAI PORTARIA QUE LIBERA R$ 35 MILHÕES PARA COSESP

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Na semana passada foi assinado e publicado o Decreto nº 3957 que libera R$ 35 milhões para o pagamento das pendências do seguro rural da Cosesp. Conforme informações do deputado federal Moacir Michelletto, nesta quarta-feira (24), foi publicado pelo Ministério da Fazenda e Planejamento, Orçamento e Gestão, a Portaria Interministerial nº 295 que autoriza a liberação dos recursos para compor o Fundo de Estabilidade do Seguro Rural. Esse valor irá cobrir 50% das pendências, o restante, será objeto de um outro decreto, que, segundo informações extra-oficiais, deverá sair até o final de novembro. A partir de hoje a Cosesp poderá iniciar o pagamento das indenizações.

COROL COMEMORA 38 ANOS COM NOVA INDÚSTRIA

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No último final de semana, em solenidade realizada no distrito de São Martinho, em Rolândia, com a presença de diversas autoridades, a Corol inaugurou a sua nova indústria de sucos. O projeto de citricultura da Corol começou no ano de 1989, quando o presidente da cooperativa, Eliseu de Paula e o produtor Klaus Kaphan viajaram para os Estados Unidos com o objetivo de conhecer o plantio de laranja na Flórida. A concretização deste sonho acaba de se transformar em realidade com a inauguração da indústria. Emocionado, o presidente da Corol, Eliseu de Paula recordou da trajetória deste importante projeto para a região. Desde a luta para livrar o Paraná das amarras que proibiam o Estado cultivar qualquer tipo de citros, luta esta que contou com o apoio incondicional do então secretário da Agricultura na época, Osmar Dias, apoio de prefeitos, lideranças rurais e da pesquisa, através do Iapar.

Recoop ? Em seu discurso, Eliseu fez questão de mencionar os recursos que foram conseguidos pela cooperativa graças ao Recoop e ao Banco de Boston que acreditou no projeto. ?Esse é mais um passo importante para que nossos associados possam se transformar em empresários do campo, observou. O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, que prestigiou o evento em Rolândia, lembrou que o agronegócio representa hoje 35% do PIB, gerando 19 milhões de empregos. Ele também destacou o exemplo do cooperativismo desenvolvido pela Corol classificando-o como justa distribuição de renda entre os produtores. Além de Koslovski, participaram da solenidade o prefeito de Rolândia, Eurides Moura, o deputado federal Luiz Carlos Hauly, vereadores, representantes de instituições financeiras e do governo do Estado.

SINDICARNE DENUNCIA ABUSO DE SUPERMERCADOS

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Em nota divulgada à imprensa no último final de semana, o presidente do Sindicarne, Péricles Pacheco Salazar, denuncia que os supermercados paranaenses, a idêntico o que acontece com o leite, também estão tendo lucros exorbitantes com carne, principalmente a suína, que varia de 41% a 162%. Segundo ele, ?estas margens brutas elevadas encarecem os produtos e dificultam o giro de estoque, além de prejudicar todos os elos da cadeia produtiva. Não estamos ainda considerando as diversas cobranças feitas por fora pelos supermercados, tipo: rapél, bonificação, aniversário, enxoval, gôndola, etc. Se considerarmos estes itens veremos que grande parte dos lucros auferidos pelas redes é na atividade não operacional, ou seja, imposições aos fornecedores sob pena de ser retirado da lista de fornecedores?, denuncia Péricles.

Veja nesta recente pesquisa realizada pelo Sindicarne a variação das margens médias praticadas no produtos suínos:(tabela)

KOSLOVSKI RESSALTA A IMPORTÂNCIA PARA O AGRONEGÓCIO

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Em entrevista ao jornalista José Marinho, do jornal Gazeta Mercantil Paraná, o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, afirmou que ?as conquistas, a partir de maio do ano passado, vieram principalmente no mercado externo?, ligando, por isso, o incremento dos negócios ao reconhecimento do Estado de área livre de febre aftosa. Entre janeiro e julho deste ano, segundo Koslovski, os paranaenses embarcaram 7,4 mil toneladas de carne bovina desossada e congelada, ante 6,1 mil toneladas no mesmo período de 2000, significando uma elevação de 21,3%. As vendas de outros setores também cresceram. O frango em cortes, por exemplo, passou de 44 mil toneladas, entre janeiro e julho do ano passado, para 56 mil toneladas neste ano, num aumento de 27,2%. E a exportação da carne suína, de acordo com dados da Ocepar, passou no período de 7,2 mil toneladas para 12 mil, representando 66,6% a mais.

Sanidade - Na esteira dessa abertura de mercado a produtos brasileiros, Koslovski salienta que merece destaque a venda ao estrangeiro de milho, que não era negociado principalmente na Europa, em função dos problemas sanitários. Nos primeiros sete meses deste ano, conforme ele, o Paraná embarcou em torno de 2 milhões de toneladas do grão, e tende a fechar 2001 com 3,2 milhões vendidas ao exterior, respondendo, caso se confirme esta projeção, por 74,4% dos 4,3 milhões de toneladas estimados para saírem do Brasil.

Exportações - No geral, observa o presidente da Ocepar, as exportações paranaenses, de janeiro a agosto deste ano, aumentaram 24,1% em comparação com o período de 2000, ampliando o faturamento de US$ 2,9 bilhões para US$ 3,6 bilhões. Foi o Estado do Sul que mais cresceu, já que o Rio Grande do Sul incrementou seus negócios em 14,9%, e Santa Catarina, em 12,3%, segundo Koslovski. Consequentemente, a participação do Paraná nas vendas externas do País passou de 7,94% para 9,09%. Entre os 11 produtos primeiros colocados no ranking, nove são do setor agropecuário.

Números - Em primeiro lugar, aparece a soja, com 2,8 milhões de toneladas e US$ 476 milhões, depois o farelo de soja, com 2,2 milhões de toneladas e US$ 406 milhões, seguido pelo item automóveis (US$ 397 milhões). Na seqüência, por volume e valor, consta o milho em grão (2 milhões de toneladas/US$ 174 milhões), carne de frango (307 mil toneladas/US$ 113 milhões), óleo de soja (307 mil toneladas/US$ 86 milhões), automóveis com motor a diesel ( US$ 74 milhões), frango em cortes (56 mil toneladas/US$ 74 milhões), madeira e compensados (US$ 62 milhões), café solúvel (14,7 mil toneladas/US$ 55 milhões), e açúcar de cana (255 mil toneladas/US$ 53 milhões). ?Existem países da Europa, da África, além, e principalmente, do Japão, que mesmo com o reconhecimento de área livre de febre aftosa, não aceitam nossos produtos por causa da exigência da vacinação?, comenta Koslovski, acreditando que, a partir da liberação do medicamento, os negócios tenderão a melhorar mais para os diversos setores da economia paranaense. ?E, principalmente, os produtores poderão ser melhor remunerados?, acrescenta.