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DÍVIDAS RURAIS: NEGOCIAÇÃO CONTINUA

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Os deputados federais continuam se movimentando em busca de uma solução para o problema do endividamento agrícola, de total estimado em cerca de R$ 28 bilhões. Os produtores rurais e as entidades ligadas ao setor estão ainda mais preocupados, porque neste mês de outubro vencem as parcelas da dívida de securitização, algo por volta de R$ 2,5 bilhões. Para o ano de 1999 foi de 10% o pagamento da parcela devida, em 2000 de 15%, e a lei determina que a quitação será integral em 2001. Este é o principal problema. Propostas para resolver a questão existem, como o projeto de lei nº 2.650/2000, aprovado pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados em agosto, prevendo que sejam concedidas as mesmas regras do Programa de Recuperação Fiscal - REFIS, que renegociou a dívida fiscal dos comerciantes junto à Receita, que inclui também as dívidas do Pronaf, entre R$ 3 a R$ 4 milhões. Mas o projeto depende de um longo caminho.

ACERTADO O PAGAMENTO DE DÍVIDAS COM FUNCAFÉ

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A dívida de R$ 1,05 bilhão dos produtores de café com o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) deve ser rolada em 12 anos com juros de 8,75% e carência de apenas um ano, segundo confirmou ontem fonte do governo. A partir de 2002, os débitos serão pagos em parcelas crescentes, partindo de valores mais baixos, informou a assessoria do deputado federal Moacir Micheletto. A área econômica do governo descartou adotar o chamado "equivalente-produto", onde as parcelas seriam convertidas em café e reajustadas anualmente durante os contratos. A operação, segundo o governo, poderia significar desembolsos do Tesouro Nacional via subsídios diretos. A saída ainda está em negociação entre os ministérios da Fazenda e da Agricultura, mas será apresentada como voto na reunião mensal do Conselho Monetário Nacional (CMN). Os cafeicultores pediram 20 anos para a rolagem das dívidas e uma carência mínima de três anos. O ministro Pratini de Moraes tem conduzido pessoalmente a renegociação e promete a solução final ainda para esta semana. Outro pedido dos produtores que deve ser descartado é o recalculo das dívidas com base num preço médio de R$ 161 por saca, em vigor na época da contratação dos empréstimos.

BARBERINI, DA ITÁLIA, ASSUME A ACI

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Na Assembléia Geral da Aliança Cooperativa Internacional ? ACI, realizada no último dia 17, em Seul, na Coréia do Sul, o líder cooperativista brasileiro passou o cargo de presidente para o italiano Ivano Barberini. Américo Utumi, diretor da OCA - Organização das Cooperativas das Américas, e que atuava como chefe de gabinete de Rodrigues, no escritório da ACI no Brasil, foi indicado para assumir posto na diretoria da ACI como representante do Brasil. Desde 1993, quando assumiu a presidência da ACI, Roberto Rodrigues viajou mais de mil dias por 79 países. ?Foi uma experiência instigante visitar num dia o Japão, que tem renda per capita de mais de US$ 20 mil, e no outro dia estar no Nepal, onde a renda é de US$ 200?, lembrou o líder. Na visão dele, os países ricos precisam dar oportunidade para os pobres de reerguerem. E um dos mecanismos mais baratos para isso é uma mudança de postura dos ricos no sentido de desproteger seus agricultores e abrir mercados para os pobres. ?Ainda estamos no meio da noite e teremos um caminho duro até o amanhecer?, frisou Rodrigues.

COSESP: DECRETO LIBERA R$ 35 MILHÕES

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Conforme noticiamos na edição de ontem (18), foi assinado e publicado nesta sexta-feira, o Decreto nº 3957 que libera R$ 35 milhões para o pagamento das pendências do seguro rural da Cosesp. O Ministério da Fazenda deve publicar até a próxima quarta-feira (24), portaria autorizando a liberação dos recursos. Esse valor irá cobrir 50% das pendências, o restante, será objeto de um outro decreto, que, segundo informações extra-oficiais, deverá sair até o final de novembro.

FRANCESES QUEREM PARCERIA COM COOPERATIVAS DO PR

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O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski acompanhado por Nelson Costa e Flávio Turra, da gerência técnica e econômica, participaram na manhã desta sexta-feira (19), de uma reunião de trabalho no auditório do BRDE em Curitiba, com integrantes do Clube de Consumidores da França, organização constituída há dois anos, por um grupo de cooperativas e produtores de grãos, carne e leite, para compra de farelo de soja não transgênica, com o objetivo de estabelecer uma relação comercial direta entre consumidores europeus e produtores brasileiros. A reunião foi coordenada pelo vice-presidente do BRDE, Aldo Almeida e contou ainda com a presença de dirigentes de diversas cooperativas paranaenses, Tecpar e representantes do Governo.

Garantia - Segundo François Bettinger, coordenador do clube, há dois anos foi firmada uma parceria pioneira com a Coamo, que cumpriu todas as exigências do grupo, vendendo naquela ocasião 7 mil toneladas de farelo por mês. Hoje a cooperativa vende para o grupo, 23 mil toneladas/mês, com um ganho adicional que pode variar entre US$ 6 e US$ 10 por tonelada. Pretendemos aumentar este volume para 60 mil toneladas/mês para 2002, por isso estamos sugerindo que outras cooperativas também venham participar desta parceria. Cremos que somente as cooperativas podem nos dar a garantia de que precisamos, que o produto adquirido cumprirá com todas as exigências estabelecidas, principalmente no que diz respeito a rastreabilidade da origem até o consumidor, informou Bettinger. Hoje a França compra aproximadamente 4,4 milhões de toneladas de soja por ano, deste total, 60% é produto brasileiro.

Interlocutor - Para Aldo Almeida do BRDE, foi uma oportunidade para que este grupo de empresários franceses pudessem conhecer melhor o que são e o que representam as cooperativas paranaenses. ?Hoje, as cooperativas de nosso Estado procuram, além da qualidade, diversificar seus pontos de comercialização e o banco pretende ser um interlocutor, patrocinando eventos, onde se possa firmar parcerias de alcance internacional, como este que já existe entre o clube Francês e a Coamo", frisou Koslovski

Na avaliação do presidente da Ocepar, a reunião foi extremamente positiva, principalmente pelo fato desta parceria estar acontecendo na prática, onde o grupo já comercializa com a Coamo, cooperativa de Campo Mourão. "Eles foram muito claros ao colocar todas as exigências necessárias, como a metodologia utilizada para detectar a qualidade do produto, sua certificação e rastreabilidade. Diante das posições manifestadas há uma tendência de um crescimento significativo nesta área e as cooperativas precisam se organizar, como vem acontecendo com a Coamo, que neste mês está exportando aproximadamente 23 mil toneladas de farelo para o grupo. Acreditamos que num trabalho integrado, junto com o Tecpar, que poderia ser nosso órgão certificador mais as cooperativas que esmagam soja, ampliar este mercado e ter novas perspectivas comerciais, principalmente pelo fato da garantia de colocação do produto soja, uma vantagem competitiva aos demais produtores do país", salientou Koslovski.

COSESP: RECURSOS PODEM SAIR

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Conforme informações extra-oficiais, repassadas pelos deputados Moacir Micheletto e Luiz Carlos Hauly nesta quinta-feira (18), nos próximos dias deverá ser assinado um decreto que autoriza o repasse de 50% do total dos recursos que ainda faltam para que a Cosesp possa pagar parte das indenizações agrícolas ainda pendentes. Produtores paranaenses aguardam com ansiedade uma solução para o problema que vem se arrastando há mais de um ano sem solução.

GAZETA MERCANTIL FIRMA PARCERIA COM JB

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Os jornais Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil (JB) fecharam uma parceria inédita na área comercial, anunciada na semana passada. Os jornais uniram seus departamentos comerciais para venda conjunta de assinaturas e anúncios. A operação não envolveu troca de ações. A Gazeta continua sendo propriedade de Luiz Fernando Levy e o JB, de Nelson Tanure, presidente de Docas Investimentos S.A., holding controladora do jornal. 'Esse acordo operacional é muito importante e pode trazer frutos para os dois grupos. A partir daí, outros poderão surgir para otimizar nossos esforços', afirmou Levy. 'Hoje, quem não otimiza seus esforços perde espaço.'

EXPOMILK 2001 E FÓRUM DA CADEIA LEITE

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De 23 a 27 de outubro acontece no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, mais uma edição da Exposição Nacional da Pecuária Leiteira e Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite ? Holandês, Jersey, Pardo-Suíço, Leite Brasil, Girolando, Gir leiteiro ? Expomilk 2001. Produtores, criadores, empresários, técnicos e profissionais do agronegócio do leite também podem participar do I Fórum Expomilk da Cadeia Produtiva do Leite, nos dias 25 e 26 de outubro, a partir das 14 horas. São três painéis discutindo oito temas relevantes, como: "Experiência de Produção de Leite a Pasto", "Nutrição Mineral na Produção de Leite a Pasto", "Experiência de Produção de Leite em Confinamento", "Sistema de Produção de Leite nos Estados Unidos", e outros. A Expomilk é o principal evento do setor, atraindo produtores de leite e derivados. No ano passado, a feira movimentou R$ 12 milhões e a estimativa de crescimento para esse ano é de 30%. Ocupando uma área total de 40 mil m2, cerca de 350 criadores de gado de leite das principais bacias leiteiras do país, e aproximadamente 140 expositores comerciais, apresentarão o que há de mais moderno e avançado no setor. Ao todo estarão em exposição mais de mil animais das cinco raças representadas pelas associações. Informações pelo e-mail: Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou telefone: (11) 3845-0828, fax: (11) 3845-3763

AFTOSA: JOÃO PAULO PARTICIPA DE REUNIÕES DO CONESA

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A partir da próxima segunda-feira (22), tem início a série de reuniões promovidas pelo Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária ? CONESA e pelo Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Estado do Paraná ? FUNDEPEC ? PR. Serão sete reuniões ao todo, iniciando pela cidade de Castro. A finalidade é conscientizar os produtores, técnicos e lideranças para que participem de forma maciça da campanha de vacinação contra febre aftosa, de 1º a 20 de novembro. ?Convocamos todas as lideranças do cooperativismo para participem destas reuniões, mobilizem os cooperados. É necessário o engajamento de todos nesta luta, para que nosso Estado continue sendo considerada área livre para que possamos continuar exportando carne para fora, principalmente para o mercado Europeu?, frisa o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski que participará de todas as reuniões em companhia do presidente do Fundepec e da Faep, Ágide Meneguete, do Delegado do Ministério da Agricultura, Gil Bueno de Magalhães e do secretário da Agricultura, Antônio Leonel Poloni.

Desafio ? O presidente da Ocepar encara como um importante desafio esta segunda etapa de vacinação. ?Não podemos vacilar, precisamos mobilizar todas as lideranças para que o Paraná atinja a meta de vacinar 100% do seu rebanho?, lembra. A segunda etapa da campanha 2001 contra a aftosa foi lançada na semana passada, com a entrega pelo governador Jaime Lerner de 88 veículos para o serviço de Defesa Agropecuária. Os carros foram adquiridos através de convênio entre o Ministério da Agricultura e o Governo do Estado, com investimentos de R$ 1,1 milhão. Os carros serão destinados aos 20 núcleos regionais da Secretaria da Agricultura para reforçar o serviço de fiscalização da produção animal e vegetal. Com este repasse, a frota de veículos do serviço de Defesa Agropecuária totaliza 400 carros, a grande maioria com menos de cinco anos de uso. Dos 88 veículos repassados agora, seis são Kombis que vão funcionar como unidades volantes de fiscalização, percorrendo pontos estratégicos do Estado. Os outros 82 são carros populares, que serão usados pelos núcleos regionais da Secretaria da Agricultura nos serviços de rotina da fiscalização.

BAGGIO PARTICIPA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA

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O vice-presidente da Ocepar e coordenador nacional do Ramo Agropecuário junto à OCB, Luiz Roberto Baggio, participou na última terça-feira (16) de audiência pública no Senado Federal, da Comissão Mista do Congresso Nacional que analisa a Medida Provisória 2.196-3, que "estabelece a criação da Empresa Gestora de Ativos-Emgea". Acompanhado pelo gerente técnico da OCB, Ramon Belisário e pelo assessor parlamentar, Valdir Colatto, Baggio apresentou aos parlamentares uma proposta para o equacionamento do endividamento agropecuário no sentido de se buscar uma solução conforme a proposta técnica apresentada pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, OCB, CNA e Contag. Após a audiência os senadores e os deputados estiveram com o Ministro da Fazenda, Pedro Malan, apresentando essa proposta que será discutida nesta quinta-feira (18.10), entre os deputados, as entidades de classe e a equipe econômica. O senador Jonas Pinheiro, relator da MP, informou a complexidade da matéria e disse estar ciente da necessidade da definição de regras claras para o tratamento das dívidas rurais. Compartilhou a preocupação do encaminhamento de uma solução para a parcela da securitização que vence no final do mês, sendo que este assunto será tratado com o ministro Malan. A presidente da Comissão Mista, Deputada Yeda Crusius, encerrou a audiência agradecendo a contribuição dos representantes das entidades para os trabalhos da Comissão e confirmou a reunião dos membros da Comissão Mista com o Ministro da Fazenda, Pedro Malan, para o início da tarde.

Principais itens da proposta:

* A discussão do endividamento rural não mereceu a devida atenção da equipe econômica do Governo e não podemos tratar de forma isolada a questão das transferências das dívidas rurais para o Tesouro Nacional. Fica claro que a Medida Provisória veio para resolver o problema das instituições financeiras federais, e não o da agricultura brasileira, ao jogar o produtor rural na dívida ativa da União, no caso de inadimplência. O Recoop, apesar de ter sido lançado como um programa de governo e de representar a revitalização do setor cooperativista, não contou com a colaboração dos agentes financeiros.

* Não podemos aceitar a transferência das dívidas rurais para o Tesouro Nacional sem conhecer de forma clara as regras que serão aplicadas às dívidas rurais, cabendo aí, a necessidade de que a Comissão Mista convoque para uma audiência pública o Ministro da Fazenda, os gestores da EMGEA e os Presidentes das instituições financeiras federais, para que os produtores rurais e suas cooperativas tenham conhecimento das implicações legais dessa medida.

* Solicitamos que seja acatada a emenda apresentada pelo Deputado Silas Brasileiro e outros, que representa a proposta elaborada pelas entidades de classe do setor rural, apoiada pela Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara dos Deputados, pelo eminente Senador Jonas Pinheiro, relator do Projeto de Conversão da Medida Provisória 2.196-3 por apresentar avanços inegáveis na busca de uma solução definitiva para o endividamento rural brasileiro.

* Não podemos esquecer de que o governo precisa reconhecer que a agricultura brasileira continua sendo a âncora verde do Plano Real e que boa parte da renda do setor agrícola está sendo transferida para outros setores da economia. Frente a morosidade no tratamento das alternativas propostas para solucionar o endividamento rural, e preocupados com a dificuldade dos agricultores e suas cooperativas em saldarem suas dívidas vencidas e vincendas em 2001, em particular as dívidas da securitização e do PESA, é necessário que uma medida emergencial seja tomada pelo Governo Federal até o próximo dia 31/10/2001.

VIAGEM: OCB E SESCOOP AVALIAM RESULTADOS

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Depois de cinco dias na Alemanha, conhecendo as cooperativas e o sistema de crédito cooperativo do país, o superintende do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo ? SESCOOP, Flodoaldo de Alencar, volta com a certeza de que o Cooperativismo brasileiro está no caminho certo, já que os programas de Autogestão, e de Capacitação, realizados pelo sistema OCB/SESCOOP, são similares aos praticados na Alemanha e estão sendo direcionados de forma parecida. Outro ponto importante observado pelo Superintendente Flodoaldo foi a fusão dos bancos cooperativos alemães (urbano e rural), constituindo o Banco Central Cooperativo, que proporcionará o fortalecimento e a continuidade do Cooperativismo no país. A grande consistência e confiabilidade que os cooperativistas alemães têm no sistema é, segundo o Superintendente Flodoaldo, devido ao Fundo Garantidor, um fundo nacional que garante todas as cooperativas do país, e às auditorias, que são realizadas pelo próprio sistema através da Central da região. Nos próximos dias, o Superintendente Flodoaldo continuará nos informando sobre os conhecimentos adquiridos na Alemanha, falando, dentre outros assuntos, sobre os programas de treinamento e de capacitação do país. (Fonte: Ascom/OCB)

As despedidas de Roberto Rodrigues da ACI Mais de mil dias

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ROBERTO RODRIGUES (*)

A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) é uma das mais antigas Organizações Não-Governamentais do mundo. Criada em 1895 para unificar os princípios e valores da doutrina cooperativista e disseminar a idéia da solidariedade pelo planeta, conta hoje com 250 organizações nacionais, regionais ou setoriais de cooperativas de uma centena de países. Seus associados individuais somam 800 milhões de pessoas e, se cada um tiver três familiares, existem 2,4 bilhões de almas abrigadas por uma única filosofia, valores e princípios universalmente aceitos.

O Brasil filiou-se a ACI por meio da Organização das Cooperativas Brasileiras em 1989, muito depois de diversos países latino-americanos. Mas a importância do cooperativismo brasileiro logo lhe valeu a presidência da Organização Mundial das Cooperativas Agrícolas (Icao), em 1992, a presidência do Conselho Continental da ACI/Américas (1994) e a presidência mundial da entidade, desde setembro de 1997.

Tive a grande honra de representar o País nestas três posições. Foi um período fantástico, e durante os últimos nove anos visitei 79 países de todos os continentes, em mais de mil dias fora do Brasil, discutindo cooperativismo com presidentes, rainhas e reis, primeiros-ministros, líderes de parlamentos e da sociedade civil, acumulando uma instigante experiência.

Tive também o privilégio de participar de eventos das Nações Unidas, de conselhos agrícolas e das negociações na Organização Internacional do Trabalho, na Organização Mundial do Comércio, e na FAO, e de inúmeras reuniões multilaterais e regionais ligadas aos agronegócios e a questões sociais.

Neste interminável aprendizado foi possível constatar o estrago que a exclusão social e a concentração de riqueza - filhas do fatídico casamento entre a globalidade econômica e o liberalismo comercial ocorrido no dia da queda do Muro de Berlim - fazem pelo mundo afora, em especial na contundente ameaça à democracia e à paz.

Compreendi que os governos contemporâneos não conseguem resolver os problemas ordinários de gente comum porque ficaram reféns do fluxo de capitais. Estes sim, sem ideologia, religião ou cor, interessados apenas na acumulação, são os responsáveis pela produção de empregos e pelos investimentos, produtivos ou especulativos. São eles que criam ou destroem esperanças, perspectivas e expectativas.

Aprendi que os valores fundamentais da eqüidade, responsáveis pela construção de sociedades harmoniosas, como solidariedade, ética, coletivismo, justiça social, são cada vez mais atropelados pela ambição, egoísmo, má-fé, individualismo e corrupção. E que tudo isso se reflete de maneira dramática sobre feitos importantes, como as negociações internacionais de comércio: aí prevalecem a hipocrisia e a distância entre o discurso e a prática.

Aprendi que o amor é o grande combustível da esperança: só lutamos por um mundo melhor por amor aos familiares, amigos, a nós mesmos, aos nossos ideais... Que os problemas básicos da sobrevivência - oportunidades iguais, emprego e renda, educação e saúde, casa e comida, lazer e justiça - só podem ser solucionados por meio da organização comunitária: no município, no bairro, no cluster. Onde as forças vivas precisam articular-se: prefeitos, câmaras municipais, clubes de serviço, sindicatos, associações, empresas (as cadeias produtivas), poderes constituídos e igrejas. E que neste cluster do bem-estar social, da felicidade mesmo, as cooperativas joguem um papel maravilhoso. Elas podem ser a locomotiva do cluster porque estão embasadas em princípios seculares e universais. São o braço econômico da organização social. Para que o cooperativismo seja a ponte entre o mercado e a felicidade, a esperança, a democracia e a paz, é preciso preparar gente, maciçamente e estabelecer leis que não marginalizem o setor.

(*)Roberto Rodrigues é engenheiro agrônomo e agricultor, professor de Economia Rural da Unesp/Jaboticabal, presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag) e hoje se despede, em Seul, Coréia, da ACI

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

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Ministro Pratini - Ao comemorar, ontem (16), o Dia Mundial da Alimentação, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pratini de Moraes, reafirmou a necessidade de o mercado da produção agrícola ser mais aberto, "sem os pesados subsídios dados na Europa e nos Estados Unidos, que provocam elevação artificial dos preços e se tornam fator impeditivo para se dar maior velocidade ao programa de combate à fome mundial". Em pronunciamento a embaixadores, o ministro enfatizou que o Brasil tem feito "esforço concreto" nos últimos anos para melhorar a qualidade alimentar de seus filhos, a ponto de a produção de grãos haver crescido 71% de 1990 para cá, e a produção de carnes também quase acompanhar o aumento, com crescimento de 60%. Mas ele salientou que "ainda não estamos satisfeitos, porque há muito por fazer na luta para erradicar a fome". Razão porque o Brasil reitera, segundo ele, o compromisso de ampliar os acessos aos alimentos e se põe à disposição das nações amigas para a transferência de novas tecnologias para o aumento da produtividade agrícola, desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Senador Osmar Dias - O senador Osmar Dias (PDT-PR) disse ontem (16) que "uma criança morre a cada dois minutos no País, vítima da desnutrição, que é a forma mais humilhante de um ser humano morrer". A declaração foi feita na abertura da sessão ordinária do Senado, dedicada ao Dia Mundial da Alimentação, data instituída pela FAO em 1945. Osmar citou que essa guerra silenciosa que atinge a todos tira a vida de 340 mil crianças por ano, além de causar evasão escolar ou repetência e maior suscetibilidade a doenças infecto-contagiosas, além de outras mazelas. "Combater a fome deve se constituir a prioridade número um de todos os políticos que pretendem se candidatar à presidência da República e aos governos estaduais", adiantou. No Brasil vivem cerca de 44 milhões de pessoas com renda diária inferior a US$ 1, sendo que comer todos os dias "tornou-se para elas uma expectativa de difícil realização". O senador lembrou que se nos países em desenvolvimento os alimentos disponíveis fossem distribuídos à população carente o PIB poderia ter um incremento de 45%. Ele revelou que o flagelo da fome atinge também a metade da população rural brasileira, tornando ainda mais cruel a contradição ao se considerar que "uma grande parte do contingente utilizado na produção dos alimentos não tem acesso a eles".

VISITAS TÉCNICAS DO SISTEMA OCEPAR CONTINUAM

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Nesta quarta-feira (17), profissionais da Ocepar e do Sescoop visitaram a cooperativa Batavo em Carambeí, quando participaram da 37ª visita técnica às cooperativas. Além da apresentação do Sistema de Análise e Acompanhamento (SAAC), estas visitas também tem o objetivo de conhecer melhor a realidade de cada cooperativa, permitindo o eventual redirecionamento das ações do Sistema Ocepar, especialmente na área técnica, comercial e de comunicação. Ao chegar em cada cooperativa a equipe se reúne com a diretoria e gerências para explicar os objetivos e sistemática de trabalho. Depois, cada área da Ocepar se reúne com os profissionais da cooperativa de sua afinidade para troca de informações e levantamento da demanda junto à Ocepar. Participam das visitas nesta semana os seguintes profissionais: Nelson Costa (Flávio Turra), Gerson Lauermann, Aparecido Moreno dos Santos, Pedro Salanek Filho e Eloy Olindo Setti. Na quinta-feira (18) eles visitam a Coopramil, cooperativa de Cambará e na sexta-feira (19), a Witmarsum, cooperativa de Palmeira.

PESSUTI QUER CPI DO LEITE NO PARANÁ

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O deputado estadual, Orlando Pessuti, presidente do Bloco Agropecuário da Assembléia Legislativa do Paraná, irá propor a formação de uma comissão parlamentar especial para investigar a crise do leite, a partir de denúncias sobre a prática de cartel pelas indústrias. Segundo o parlamentar, o objetivo dos trabalhos desta comissão seria de avaliar porque também os supermercados estão pagando menos pelo produto, embora o leite tenha mantido o preço final ao consumidor. Nos últimos meses, segundo dados dos produtores, o leite sofreu queda de 30% nos preços pagos à eles, exatamente quando houve aumento de oferta. Outra questão que Pessuti afirma ser necessário investigar é o monopólio da Tetra Pak na fabricação das embalagens do leite longa vida, que atualmente custam aproximadamente entre R$ 0,27 e R$ 0,30 cada caixinha, valor muitas vezes superior ao preço que o produtor recebe pelo litro de leite produzido. Minas Gerais, Goiás e Santa Catarina já tem suas CPI?s instaladas nas Assembléia Legislativas para investigar a crise do leite.

RECOOP: OCB ENCAMINHA PROPOSTA AO MINISTRO PEDRO PARENTE

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A OCB ? Organização das Cooperativas Brasileiras encaminhou mensagem ao Ministro Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Pedro Parente, manifestando a preocupação do sistema cooperativo quanto a implementação do RECOOP (Programa de Revitalização das Cooperativas Agropecuárias), lembrando-o também que a organização enviou à Casa Civil, na primeira quinzena de agosto passado, a Proposta de Reestruturação do Programa. Como a Proposta ainda não foi analisada pelo Comitê Executivo e o prazo de contração do Programa expira em 28 de dezembro deste ano, a OCB percebe que a execução de ações que garantam a prorrogação do Programa, neste momento, é imprescindível.

Frencoop - Por outro lado, a articulação dos parlamentares da Frencoop ? Frente Parlamentar Cooperativista do Congresso Nacional foi a grande decisão da reunião, na Casa do Cooperativismo, entre a OCB e a Frente. Para o desencadeamento deste processo, a OCB organizará reuniões setoriais, onde serão debatidos os assuntos prioritários da Agenda Legislativa do Cooperativismo, tendo a participação dos deputados afinados com o tema que estiver em questão. Na reunião, além de discutirem a Agenda, decidiram que a OCB definirá quais são as questões prioritárias que, portanto, demandam ações urgentes. O Presidente da OCB, Márcio de Freitas, informou que os representantes dos ramos do Cooperativismo e os técnicos da organização poderão apoiar os parlamentares com estudos e informações sobre os assuntos cooperativistas, inclusive, subsidiando-os nas questões do Endividamento Rural, do RECOOP, do Código Florestal, dentre outros.

DIRIGENTES DE SEIS OCE?S VISITAM OCEPAR

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Durante dois dias (15 e 16), os presidente das Organizações Estaduais de Minas Gerais (Ocemg), Alagoas (Oceal), Espírito Santo (Ocees), Rio de Janeiro (Ocerj), Santa Catarina (Ocesc) e o superintendente da Ocesp (São Paulo), estiveram participando de uma reunião de trabalho na sede da Ocepar e que contou com a presença do presidente, João Paulo Koslovski. O principal objetivo da reunião foi discutir sobre a constituição da Organização Sindical Federativa, tendo em vista a necessidade em dar respaldo para formação da Confederação Nacional das Cooperativas, junto à OCB. Todas as definições desta reunião foram condensada em um documento que será encaminhado à OCB, onde também consta uma proposta para que aquela entidade e o Sescoop Nacional realizem eventos de interesse direto da próprias OCE?s, de forma a possibilitar o conhecimento de informações técnicas, políticas, sociais para que em conjunto possam debater os problemas comuns e buscar soluções. Os dirigentes também puderam conhecer o dia-a-dia do Sistema Ocepar e conhecer o trabalho que é realizado em todos os setores, principalmente no que diz respeito ao Sistema de Análise e Acompanhamento das Cooperativas (SAAC).

BALANÇA COMERCIAL

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A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 65 milhões na segunda semana de outubro (de 8 a 14), informou ontem o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Na semana anterior, a balança havia registrado um déficit de US$ 36 milhões. Com o resultado da segunda semana, o saldo acumulado da balança em outubro fica positivo em US$ 29 milhões. O superávit entre os dias 8 e 14 de outubro foi resultado de exportações de US$ 936 milhões e importações de US$ 871 milhões. Em setembro, a balança teve superávit de US$ 594 milhões com queda do volume de importações devido ao desaquecimento da demanda interna. Também contribuiu para o resultado positivo a depreciação do real, que torna os preços dos produtos brasileiros para exportação mais atraentes. No ano, o saldo da balança é positivo em US$ 1,282 bilhão.

TRIGO: PRODUTOR BATE RECORDE COM VARIEDADE DA COODETEC

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O triticultor do município de Cambé e associado da Corol, cooperativa de Rolândia, norte do Estado, Odair Aparecido Favali conseguiu na safra de inverno deste ano bater o recorde em produtividade de trigo com a variedade CD 104, desenvolvida pela Coodetec. O produtor colheu 698 sacas em 6,6 hectares, ou seja, 6.345 kg/ha. A média brasileira gira em torno de 1,8 mil kg/ha. Este recorde faz parte de um concurso promovido pela Corol em parceria com uma empresa de insumos que monitoraram toda a área (1.400 há) através de GPS. Segundo Favali, o segredo deste desempenho é a utilização de boas variedades como a CD 104, além da utilização de uma tecnologia adequada, boa adubação e rotação de cultura. A data do plantio foi em 18 de abril e a colheita aconteceu em 10 de setembro último, tudo sob a orientação dos agrônomos do departamento técnico da cooperativa.

FRANGO: PR SUPERA SC GRAÇAS BOM DESEMPENHO DAS COOPERATIVAS

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O Paraná está se consolidando como o maior produtor nacional de frango graças ao bom desempenho das cooperativas. De janeiro a agosto, o Estado alojou 454,2 milhões de pintos de corte, 20,06% da produção total do país, que somou 2,264 bilhões no período. Santa Catarina, que durante anos figurou na liderança do ranking, terminou o período com 416,1 milhões, 18,37% do total, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Pinto de Corte (Apinco). O avanço do Paraná sobre Santa Catarina começou a tomar força em 2000. O resultado foi que os dois Estados fecharam o ano quase empatados em participação: respectivamente, 18,95% e 18,7% da produção nacional de 3,254 bilhões de cabeças, conforme matéria publicada no jornal ?O Valor? de segunda-feira (15).

Cooperativas ? Para o jornal, as maiores responsáveis pelo crescimento da avicultura no Paraná são as cooperativas agrícolas da região oeste do Estado. A pioneira delas, que entrou no negócio há 20 anos, foi a Copacol, de Cafelândia do Oeste, que hoje abate 140 mil frangos/dia e exporta 20% do que produz. A estrutura fundiária da região, formada por pequenas propriedades em que os produtores têm limitações para ampliar a renda, levou as cooperativas a buscar diversificação na avicultura, explica o gerente comercial da Copacol, Hélio Schorr. Segundo ele, só a produção de grãos não seria suficiente para manter a rentabilidade dos cooperados. Nos últimos quatro anos, outras cooperativas, entre elas Cotrefal, de Medianeira, Coopavel, de Cascavel e a Coopervale, de Palotina, também decidiram apostar na avicultura. A entrada delas foi fundamental para o crescimento da participação paranaense na produção nacional, afirma José Carlos Godoy, secretário-executivo da Apinco. Ele lembra que em 1991, o Paraná era o terceiro produtor do país.

Avipar - Paulo Muniz, presidente da Associação dos Abatedouros e Produtores Avícolas do Paraná (Avipar), acrescenta que um dos atrativos para as cooperativas investirem na avicultura é fato de o Estado ser o principal produtor de milho e um importante produtor de soja, insumos fundamentais na ração das aves. A proximidade com o principal mercado consumidor do país, São Paulo, também colabora. Além das cooperativas, a retomada da produção pela Chapecó, em Cascavel, também contribuiu para o aumento da produção no Estado, afirma Muniz. Enquanto o Paraná cresce, a produção tende a se estabilizar em Santa Catarina, segundo Godoy, da Apinco. Para Jurandir Machado, do Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina, a produção no Estado tende a crescer numa velocidade menor que a do Paraná porque não há espaço para avançar - pelo menos no oeste, onde a atividade está concentrada. Segundo ele, outra tendência é de redução na produção de frango em São Paulo, onde ainda há avicultores independentes. Há dez anos, o Estado era o maior produtor de frango do país, com 22,88% do alojamento de pintos de corte, segundo a Apinco. No acumulado de janeiro a agosto deste ano, ocupa a quarta posição, com alojamento de 382,2 milhões de pintos.