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COMÉRCIO EXTERIOR: Mercosul ajusta proposta à UE para venda de frango

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Os exportadores de frango do Mercosul adequaram a proposta conjunta que o segmento preparou para apresentar à União Europeia no próximo mês de março, em Bruxelas. A primeira versão, que previa o fim das cotas de exportação ao bloco europeu e a criação de uma tarifa única, foi alterada. O novo pedido admite a política de cotas, mas com volumes maiores que os apresentados até agora e com tarifa zero para as vendas dentro da cota.

Sigilo - Por enquanto, os exportadores do bloco sul-americano mantêm sob sigilo o volume exato de frango que será pedido para a cota. O receio é que os produtores europeus se mobilizem com antecedência para elevar as pressões sob o parlamento europeu. O que já se sabe é que a proposta do Mercosul contempla um volume superior às 250 mil toneladas de frango in natura já solicitadas pelo bloco em 2006.

Desgravação - A alteração na proposta foi feita com objetivo de transformar o que era considerado "ideal" pelos exportadores de frango por um pedido realista dentro do histórico das negociações com a Europa. A mudança, contudo, ainda considera fundamental a manutenção do sistema de desgravação, ou seja, a redução gradual das tarifas impostas aos produtos que são importados pelo bloco europeu.

Posição conjunta - Ainda que o Brasil seja o principal exportador de carne de frango do Mercosul, a posição conjunta do bloco confere uma força maior nas negociações junto aos europeus. "Nosso objetivo foi unir o discurso dos membros do Mercosul para levar aos respectivos ministérios das Relações Exteriores de cada país uma proposta única do setor privado, antecipando o processo", afirma Francisco Turra, presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef).

Crescimento das exportações - O representante dos exportadores brasileiros reconhece que o país terá suas exportações impulsionadas, mas lembra que Paraguai e Uruguai poderão se associar a empresas do Brasil para passar a exportar carne de frango aos europeus. "Em sendo aprovada a proposta, acredito que nossas exportações para os países europeus poderão crescer de forma significativa. O mercado europeu é muito importante e aquele que demanda produtos de maior valor agregado", diz. No ano passado, foram mais de 471 mil toneladas de frango exportadas do Brasil para a Europa, que renderam ao país US$ 1,2 bilhão.

Cota individual - A proposta conjunta apresentada pelo Mercosul não altera em nada a cota individual obtida pelo Brasil nas negociações diretas com o bloco europeu. Hoje, o Brasil possui, sozinho, uma cota de 11 mil toneladas para carne de frango in natura, 170 mil toneladas de peito de frango salgado, 94 mil toneladas de carne de peru e 79 mil toneladas de produtos cozidos. A Ubabef informa que essas cotas foram conseguidas junto à UE quando os europeus elevaram as tarifas para importação de frango acima dos limites da Organização Mundial do Comércio (OMC). Com isso, as cotas foram concedidas ao Brasil como forma de compensação. A cota que o Mercosul obtiver e o que dela for destinado ao Brasil na divisão que o bloco acertar se somará ao que já está garantido ao país. (Valor Econômico)

AGROTÓXICOS: Anvisa recebe até março sugestões para aperfeiçoar registro

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu uma consulta pública para discutir novas exigências para o registro de agrotóxicos. Entre as propostas, a agência pede a apresentação de estudo sobre a avaliação de risco à saúde do trabalhador rural que utiliza o produto. Qualquer pessoa pode apresentar, até março, sugestões e críticas. Para isso, basta entrar no site da Anvisa.

Estudos - Outra novidade proposta pela agência é que os estudos sejam feitos em laboratórios com certificação de Boas Práticas Laboratoriais. Para o gerente-geral de Toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles, as mudanças sugeridas aumentam a segurança no uso dos agrotóxicos. Segundo ele, as alterações apenas aperfeiçoam norma que já existe em relação à segurança dos produtos utilizados no Brasil. De acordo com o toxicologista, aqueles que causam mutações genéticas, câncer, alterações fetais e danos reprodutivos vão continuar proibidos. (Agência Brasil)

PNRS: Será criado este mês comitê que vai regular devolução de resíduos

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Cinco ministros iniciam este mês a elaboração das normas que vão regular o retorno aos fabricantes do material reciclável consumido no país. Os ministros da Agricultura; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; da Fazenda; da Saúde; e do Meio Ambiente vão integrar o Comitê Orientador para Implantação de Sistemas de Logística Reversa, um dos órgãos previstos no decreto que regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Formalização - Segundo o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Silvano Silvério da Costa, a criação do grupo deve ser formalizada no dia 17. A partir daí, o grupo vai trabalhar para garantir que todo resíduo sólido seja reutilizado, reciclado ou recolhido pela indústria responsável. A ideia do MMA é que sejam firmados acordos setoriais com cadeias produtivas de  vidros, latas, embalagens e óleo, entre outras. Fabricantes, distribuidores, comerciantes e consumidores vão compartilhar a responsabilidade pelos resíduos.

Logística reversa - Caso os setores não cheguem a um acordo, o comitê irá editar normas sobre a logística reversa dos materiais. Essas normas serão válidas para todo país e terão como base a PNRS. "O comitê se instala em fevereiro e, ao longo de 2011, tem uma série de atividades. Inclusive, a definição da estratégia da logística reversa e um cronograma para sua implantação", complementou Costa.

Interesse - O secretário, que participou de um debate sobre a PNRS promovido pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), afirmou nesta terça-feira (1º/02) que alguns setores já demonstraram interesse em fechar um acordo para retorno de resíduos. Os fabricantes de embalagens de vidro, de bebidas e de óleos e lubrificantes são alguns deles.

Prioridade - Costa disse, entretanto, que o comitê deve priorizar a regulação da logística reversa dos resíduos mais prejudiciais ao ambiente. Por isso, lâmpadas, produtos eletrônicos e embalagens (devido ao grandes volume) devem ser os primeiros resíduos que terão regulamentados os procedimentos de retorno à indústria. Além do comitê de logística reversa, Costa afirmou que também deve ser criado até o mês que vem o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos. O grupo será formado por representantes de dez ministérios e será responsável por acompanhar o cumprimento da PNRS.

Lei - A lei que instituiu a política de resíduos sólidos foi sancionada em agosto do ano passado e regulamentada em dezembro. Ela estabelece diretrizes e responsabilidades sobre descarte, reciclagem e reutilização do lixo. Um dos principais pontos da PNRS determina que todos os lixões do país sejam fechados até 2014. O lixo que não pode ser reciclado terá de ser enviado a aterros sanitários, onde serão estocados de forma adequada para evitar a contaminação do solo e da água. "É uma meta difícil, mas está na lei. Temos que cumprir", afirmou Costa. (Agência Brasil)

BANCO CENTRAL: BC amplia foco para além da inflação

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Diante da nova realidade, onde há um extraordinário nível de liquidez no mundo e fortes pressões inflacionárias no Brasil, o Banco Central ampliou o leque de atuação para cumprir dois objetivos: a estabilidade monetária, e a estabilidade financeira. Para manter a inflação sob controle, continuará usando a taxa básica de juros (Selic). Em sua última reunião, a primeira do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou o ciclo de alta dos juros, ao puxar a taxa para 11,25% ao ano. Para assegurar a estabilidade financeira, prosseguirá adotando medidas macroprudenciais.

Fluxo excessivo - O BC está atento ao fato de que o cenário internacional, hoje, demanda uma atuação firme para evitar que o fluxo excessivo de moedas que ingressam no país traga consequências perversas, no futuro, tanto para o setor produtivo quanto para o mercado de crédito. Apesar de terem destinações distintas, juros e ações prudenciais têm vasos comunicantes que produzem freios sobre o crescimento da demanda agregada da economia. É o crescimento espetacular da demanda um dos motores da inflação, ao lado do não menos importante choque de preços das commodities que já espalha os efeitos de segunda ordem sobre os demais preços.

Atuação distinta - A atuação do BC brasileiro, dessa forma, se distingue de outros bancos centrais de países emergentes, como o chileno, o turco e o colombiano, que para evitar novas apreciações de suas moedas, decorrentes do intenso fluxo de capitais, estão optando por uma maior tolerância inflacionária, mantendo e até mesmo reduzindo os juros. Conduzido por Alexandre Tombini, o BC vai se diferenciando também das instituições das economias desenvolvidas, como a Inglaterra, por exemplo, que já trabalha com uma inflação anualizada de 5%. Embora seja uma variação bem acima da sua meta, o banco central inglês não dá sinais de que pretenda, pelo menos no curto prazo, elevar os juros.

Estagflação - Países da União Europeia enfrentam o espectro da estagflação - alta inflação com estagnação econômica. Essa é uma situação temida pelos bancos centrais, que se veem sem instrumentos para frear os preços, pois não há como desacelerar economias já frágeis.

Medidas prudenciais - No caso brasileiro, as medidas prudenciais jogam um papel importante no combate aos novos desequilíbrios. Para os bancos, elas seguirão as diretrizes básicas do Comitê de Basileia, de combate à insuficiência de capital e à baixa qualidade dos ativos. Por elas controla-se o segmento do crédito, hoje um canal potente de expansão do consumo e do nível de atividade no país.

Câmbio - Há um outro grande desafio, no entanto: a questão cambial que também requer ações de cunho prudencial. O câmbio é e continuará sendo flutuante, enfatizam as autoridades governamentais. Mas há ciência de que é preciso tratar dos efeitos indiretos do fluxo de capitais e que não cabe, nesse tema, uma visão ingênua. O fluxo de recursos externos para o Brasil produz aumento da liquidez interna, expande o mercado de crédito e se traduz em impacto direto sobre os preços dos ativos, sejam eles imóveis ou a própria taxa de câmbio, que também é um ativo. Uma reversão na cotação da moeda, no futuro, causaria imensos estragos no setor produtivo.

Deslocado - O câmbio está fora do lugar, deslocado dos fundamentos, no entendimento dos principais economistas do governo. O país carrega um déficit em transações correntes de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), que caminha para a casa dos 3% do PIB. Segundo projeções do Banco Central, divulgadas na última segunda-feira, o déficit em conta corrente este ano deve chegar a 2,84% do PIB, o que significa que o país terá que captar US$ 64 bilhões no mercado internacional para fechar as contas do balanço de pagamentos. Ainda assim, o real se valoriza frente ao dólar.

Condições diferentes - O BC teve condições de fazer uma política monetária independente das condições mundiais nos últimos anos, com absorção de capitais, acumulação de reservas cambiais e taxa de juros no patamar necessário para conduzir a inflação para a meta. Hoje as condições são diferentes, sobretudo em relação à enorme liquidez decorrente das políticas de juro zero e da oferta de recursos pelos bancos centrais dos países desenvolvidos.

Reforço - Para fazer mais do mesmo, portanto, entende-se no governo que a autoridade monetária precisa reforçar a sua caixa de ferramentas. Ou seja, o BC vai continuar com a política do regime de metas, mas ampliará seu raio de ação para lidar com as questões que, a rigor, são da sua alçada, decorrentes direta e indiretamente do farto fluxo de capitais. Até porque não está no horizonte visível uma reversão importante dos estímulos dados pelos países desenvolvidos, como a política americana do "quantitative easing".

Novidade - O uso de ferramentas macroprudenciais é uma novidade para o mercado, até então acostumado à previsibilidade que o instrumento tradicional, o juros, oferecia. Aos operadores do mercado é confortável saber o tamanho do impacto das ações de política monetária para fazer suas contas e suas apostas. O governo reconhece que as medidas prudenciais têm impacto na macroeconomia, mas não dimensiona esse efeito e entende que não cabe ajudar o mercado a fazer suas contas.

Passos - Isso, de fato, torna mais difícil e complexa a leitura sobre os passos da autoridade monetária por parte do mercado daqui para frente. Mesmo considerando que a transparência é parte relevante da coordenação das expectativas inflacionárias, e que a previsibilidade de sua atuação seja um elemento interessante desse processo, o governo não a vê como necessária agora, devido às peculiaridades do cenário internacional.

Inflação - O quadro inflacionário no Brasil ainda é incerto. A inflação corrente, no momento, é um dos fatores que mais influenciam as expectativas inflacionárias. Além dos elevados índices, sob impacto dos reajustes de início de ano nas tarifas de transporte e nos preços dos serviços de educação, há os fatores climáticos e os aumentos de preços das commodities. Sobre tudo isso pesará, ainda, uma componente estatística. Como a inflação ficou próxima de zero entre os meses de abril e julho do ano passado, a comparação este ano será feita sobre uma base pequena. O resultado será um indicador mais pronunciado até que os dados do ano passado saiam do radar. (Valor Econômico)

COODETEC: Cooperativas estão representadas no disputado mercado de sementes

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LAR: Resultados de 2010 são apresentados aos cooperados

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A cooperativa Lar, com sede em Medianeira, no Oeste do Estado, cresceu 9,7% em 2010, em relação ao exercício anterior. O faturamento líquido chegou a R$ 1,566 bilhão no ano passado - resultado 3,5% superior ao estimado inicialmente. De acordo com a diretoria, 2010 foi o melhor ano para a cooperativa, que finalizou a implementação de diversos projetos destinados a viabilizar os associados por meio da diversificação das atividades e agregação de valor à produção. Os resultados obtidos pela Lar no ano passado foram apresentados na Assembleia Geral Ordinária (AGO), realizada dia 28 de janeiro, com a presença dos cooperados e também do presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski.

 

Investimentos - A cooperativa está concluindo diversas obras iniciadas no ano passado, como a duplicação da Unidade Industrial de Aves, a ampliação das unidades Produtora de Pintainhos, Industrial de Rações e Industrial de Mandioca. Por outro lado, concluiu a implantação das unidades Produtora de Leitões, Produtora de Sêmen Suíno, de Recria de Novilhas e Tecnológica, além da serraria na Unidade de Tratamento de Madeira. Novas lojas da Lar foram inauguradas em Medianeira, completando os investimento na rede existente. Recursos foram aplicados ainda na geração e distribuição de energia; reflorestamento de eucalipto; informática; aluguéis de armazéns e melhoria nos processos, com destaque para a certificação ISO 9001 nas Unidades de Produção de Leitões de Serranópolis do Iguaçu e produção de sêmen de Matelândia. Na área de formação profissional e promoção social foram realizados, com apoio do Sescoop/PR, 194 eventos com 6206 participantes, entre cooperados e seus familiares, e outros 200 eventos destinados aos funcionários, envolvendo 4700 participantes.

 

2011- Após implantar e ampliar importantes projetos em 2010, a Lar pretende operar em capacidade máxima em 2011. Na avicultura, os planos são duplicar a capacidade de abate até o final do ano para atingir 285 mil unidades; na suinocultura, produzir 11 mil matrizes por meio das duas Unidades de Produção de Leitões (UPLs) e iniciar a produção própria de amido de milho. Também, ampliar a recepção de grãos com a implantação de armazém graneleiro para 50 mil toneladas e secador para 200 toneladas em São Miguel do Iguaçu. Construir um silo para 10 mil toneladas e secador de 200 toneladas/hora em Serranópolis do Iguaçu e um secador para processar 200 toneladas/hora em Missal. Outra meta da cooperativa para o ano é definir projeto e iniciar implantação de uma unidade industrial de rações em São Miguel do Iguaçu; estudar a implantação de supermercados em Matelândia e em Foz do Iguaçu; implantar padrões de processos baseados na norma ISO 9001 na unidade de atendimento ao associado de Medianeira; continuar a investir em recursos humanos nos quadros de funcionários e associados; contratar uma instituição acadêmica para melhorar a gestão da cooperativa e dar continuidade às ações de irrigação, articulando com prefeituras e outros órgãos públicos.

PESQUISA: OCB sedia reunião do Conselho do Observatório do Cooperativismo

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Aconteceu nesta segunda-feira (31/01), na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF), uma das reuniões previstas do Conselho do Observatório do Cooperativismo. O objetivo principal deste encontro foi a elaboração de uma diretriz nacional para pesquisa, ensino e extensão em cooperativismo no Brasil, sob a coordenação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Participação - A reunião foi coordenada pelo presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, e contou com a participação de: Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas; Luís Tadeu Prudente Santos, superintendente do Sescoop; Renato Nobile, superintendente da OCB; Vergilio Perius, presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS; José Roberto Ricken, superintendente do Sistema Ocepar-Sescoop/PR; Sigismundo Bialoskorski Neto, diretor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP/USP); Davi Moura, professor da FEARP/USP e Andrea Sayar, gerente de Apoio ao Desenvolvimento em Gestão do Sescoop. 

Ameaças - Roberto Rodrigues falou sobre a importância de se discutir esse tema, uma vez que atualmente existe uma série de ameaças às cooperativas em decorrência da concentração empresarial, resultante da globalização da economia. "Cada vez mais é preciso despertar, estimular e impulsionar esta questão do pertencimento - do cooperado que pertence à cooperativa, que pertence ao cooperado. Essa relação bilateral só existe no cooperativismo. O cooperado é dono e usuário da cooperativa, além de ser investidor. Esse sentimento precisa ser muito fortemente analisado, investigado, pesquisado, estudado, porque, do crescimento do pertencimento, depende o crescimento do cooperativismo", declarou Rodrigues.

Rede - De acordo com a gerente Andrea Sayar, "os temas discutidos na reunião serão canalizados para a Rede Brasileira de pesquisadores em Cooperativismo (RBPC)". O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, acrescentou que "essas discussões visam colocar em prática tanto as diretrizes estabelecidas no XIII Congresso Brasileiro do Cooperativismo, realizado em 2010, quanto às dos planejamentos estratégicos da OCB e do Sescoop." (Informe OCB)

Confira mais detalhes na entrevista de Roberto Rodrigues à RádioCoop.

ESTRUTURA PÚBLICA: Órgãos da agricultura prometem reforço

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Os dois principais órgãos públicos da agricultura do Paraná prometem intensificar suas atividades neste novo governo. Os presidentes do Instituto Emater e do Instituto Agronômico do Paraná, o Iapar, afirmam contar com orçamentos limitados, mas dizem que conseguirão colocar os planos de governo de Beto Richa (PSDB) em prática. Buscam apoio em outras estruturas: prefeituras, universidades, instituições de pesquisa e governo federal.

Emater - A Emater precisa das prefeituras para manter atuação em 395 dos 399 municípios do Paraná e conseguir ajudar essas regiões a enfrentarem problemas como a migração de famílias do campo para os centros urbanos, defende Rubens Niederheitmann, de volta ao comando da instituição, que exerceu pela primeira vez entre 1999 e 2000 durante o governo de Jaime Lerner.

Iapar - O Iapar tem de reforçar a interação com redes de pesquisas para que seus trabalhos sejam úteis ao campo, num ambiente em que o acesso às tecnologias determina a competitividade da agropecuária, afirma Florindo Dalberto, novo presidente do instituto, que também está retornando ao posto deixado no início do governo de Roberto Requião (PMDB).

Pessoal - Um dos principais problemas para Emater e Iapar é a falta de pessoal. Para que todos os cargos sejam ocupados, o estado teria de contratar mais 700 pessoas, o que, segundo os novos presidentes, deve ocorrer aos poucos ao longo dos próximos quatro anos. No caso do Iapar, a questão é contornada com estagiários e pesquisadores que se associam ao instituto durante projetos de pós-graduação.

Responsabilidades - As responsabilidades que pesam sobre os dois órgãos são consideradas cruciais para o desenvolvimento do Paraná. A condição de estado mais pobre do Sul está relacionada à falta de alternativas de renda estruturadas que mantenham a população em cidades menores, defende Niederheitmann. Para Dalberto, um dos fundadores do Iapar, a função básica da instituição é garantir o desenvolvimento da agricultura familiar, um mercado "que nem sempre interessa às instituições privadas" de pesquisa e produção de insumos. Veja ao lado os principais trechos das entrevistas concedidas por ambos ao Caminhos do Campo após suas posses.

Emater: Assistência e extensão - 1,3 mil funcionários, com déficit de aproximadamente 300; R$ 100 milhões no orçamento deste ano, mais os investimentos de prefeituras e do governo federal; sede em Curitiba e atuação com escritórios em 395 dos 399 municípios.

Iapar: Pesquisa e tecnologia - 1,2 mil funcionários, com déficit de aproximadamente 500; R$ 110 milhões em orçamento e parcerias com outras instituições de pesquisa. Conta com 119 pesquisadores; sede em Londrina, dois polos regionais (Curitiba e Ponta Grossa) e 19 estações experimentais. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

ENTREVISTA I: O foco da Emater será o desenvolvimento

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Abaixo, a entrevista por Rubens Niederheitmann, novo presidente da Emater, à Gazeta do Povo:

Qual o quadro funcional da Emater e quantos funcionários seriam necessários?

Trabalhamos com 1.309 funcionários, mas nosso quadro é de 1.600. É o quadro mínimo que foi aprovado pela última legislação para que a gente pudesse desenvolver todas nossas ações. A Emater está em todo o Paraná, em 395 dos 399 municípios. Tem lugar que tem um ou dois funcionários. De 2002 para cá, o quadro é praticamente o mesmo.

Qual seu objetivo, chegar aos 1.600?

Nossa proposta é trabalhar com o governo do estado e chegar, não de hoje para amanhã, mas dentro de quatro anos, próximo de 1,6 mil funcionários contratados por tempo indeterminado. Funcionários efetivos. Preci­samos de gente que venha e incorpore, que fique na instituição. Na Emater, leva-se de três a quatro anos para um funcionário estar preparado para ser um bom chefe regional.

Em termos de projetos, o que vocês devem lançar?

Temos três desafios principais. O papel da Emater é extensão rural, vai além da assistência técnica. E o Paraná está tendo um desenvolvimento heterogêneo e concentrado. Os grandes centros estão inchando, as pessoas vêm das cidades pequenas, com menos de 20 mil habitantes, buscando novas oportunidades nas cidades, mas acabam indo morar na periferia, nas favelas, porque não há condições. Em contrapartida, as cidades de onde elas saíram se esvaziam de pessoas ativas economicamente. Isso acontece porque lá não tem oportunidades. Como a Emater está em todos os municípios, nosso primeiro grande desafio é discutir oportunidades para as pessoas ficarem nas cidades onde estão. Vamos aperfeiçoar as cadeias produtivas que já existem: leite, carne, grãos. E fomentar opções como fruticultura, olericultura, floricultura, aquicultura e outras opções.

Quais os outros desafios?

Nossa segunda grande ação vai se dar no âmbito dos territórios (os programas do governo federal focam quatro territórios no Paraná: Cantuquiriguaçu, Norte Pioneiro, Paraná Centro e Vale do Ribeira). As prioridades serão o Norte Pioneiro e o território de Cantuquiriguaçu, com problemas mais urgentes. Essas regiões concentram a pobreza do estado. O Paraná é o mais pobre dos estados do Sul e precisa resolver esse problema com a presença do estado. Nessas áreas deprimidas, vamos buscar geração de renda com cadeias alternativas, como a do leite, e com programas de produção direcionada à alimentação, para que a população não passe fome. Ainda temos 100 mil famílias que vivem em situação praticamente de penúria, alguns até com dificuldades na alimentação. O terceiro desafio é fazer o estado retomar e reforçar práticas de manejo correto do solo e da água. Vamos retomar o trabalho do antigo programa Paraná Rural, trabalhando nas 23 microbacias do Paraná.

Há orçamento para isso?

Nosso principal custo é com pessoal. Na Emater, 100% da folha são pagos pelo governo do estado. O orçamento é de 100 milhões, folha mais encargos. Temos ajuda de custeio das prefeituras e, para equipamentos, buscamos recursos do governo federal. Engatilhado, temos projeto de R$ 20 milhões para treinar agricultores e técnicos.

Quando o senhor acha que o produtor rural vai sentir esse reforço no trabalho da Emater?

As contratações dependem de tempo, seis meses a um ano. Mas o produtor já está começando a sentir as diferenças dentro desses desafios que traçamos. Vai sentir mais quando lançarmos programa habitacional rural. Nosso foco será o desenvolvimento.

Carreira linear - Agrônomo, 54 anos, há 32 anos na Emater, Niederheitmann conheceu a estrutura interna do órgão atuando em Ponta Grossa (Campos Gerais), Morretes (Litoral) e São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba). Foi gerente na unidade regional de Curitiba por seis anos. Em 97, se tornou coordenador estadual de operações. Em 98, diretor técnico do Paraná Rural, importante programa de manejo de solo executado na década passado. Foi presidente da Emater de 1999 a 2002, sob o governo de Jaime Lerner, cargo que reassume agora no governo de Beto Richa. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

ENTREVISTA II: O desempenho do Iapar depende de interação

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Abaixo, a entrevista por Florindo Dalberto, novo presidente do Iapar, à Gazeta do Povo:

Quantos funcionários tem o Iapar e quantos são necessários?

O Iapar tem atualmente cerca de 730 funcionários, enquanto o quadro formal aprovado é de cerca de 1.210. Há uma defasagem de cerca de 500 para o quadro aprovado dez anos atrás. Além desses 730 de carreira, o órgão conta também com quase o mesmo número de pessoas na categoria de estagiário e temporário, pessoal de campo, terceirizados e estudantes de pós-graduação das universidades que vêm completar seus estudos no Iapar. Esse conjunto compõe passa de 1,2 mil pessoas.

O objetivo é chegar a esses 1.210 efetivos?

Pelo porte de sua agricultura e para manter a independência tecnológica, o Paraná precisa que o poder público invista nessa estrutura, independentemente do número de funcionários. Aqui nós falamos muito em qualidade, que o Paraná precisa ter capacidade que dê conta de manter a competitividade da agropecuária paranaense dentro da questão tecnológica. Termos certo grau de independência para formular propostas para poder interagir com as estruturas técnicas que existem no estado. Neste ano, devemos abrir concurso para 256 permanentes. Mas nosso desempenho depende de mais interação com outros segmentos.

O novo governo quer intensificar atividades do Iapar. Existem projetos novos?

A pesquisa é uma atividade que vai produzindo resultados ao longo do tempo, é muito incremental. A intensificação aqui significa neste momento muito mais essa interação. A gente potencializar tudo o que já existe. Especialmente em torno de fomentar redes de pesquisa e inovação, juntando universidades e demais centros de pesquisas. A grande força do Iapar neste momento é ampliar e organizar todo esse processo de interação com o setor de pesquisa.

Como está a integração entre Iapar e Emater?

Fazemos parte de um mesmo sistema. Direcionamos nossos esforços em torno dos objetivos comuns, numa linha de total integração.

O sr. acha que falta integração para que as tecnologias do Iapar cheguem mais rapidamente ao produtor?

Esse processo de levar a tecnologia é um processo complexo, muitas vezes a gente tem uma tendência achar que não está sendo bem levado. Na verdade, é muito mais o mercado que determina isso, desde o pequeno produtor até uma grande empresa agroindustrial. O conhecimento é fator chave para o desenvolvimento e geração de riqueza. Quem não tem acesso ao conhecimento certamente acaba perdendo sua competitividade, ficando para trás no mercado. Somos parte desse processo.

Quantas pesquisas existem hoje em andamento no Iapar?

Na somatória dos 16 de programas de pesquisas, o Iapar executa 255 grandes projetos com temas que vão do manejo de solo à gestão da tecnologia. São de 500 a 600 pesquisas em 19 estações experimentais. Entre permanentes e parceiros existem 119 pesquisadores. Com mais interação podemos somar forças e ampliar esse quadro.

O orçamento será reforçado?

Para esse ano, a previsão é que tenhamos 110 milhões de reais ao todo, sendo que 64% se destinam ao pessoal, já contando novas contratações. É um valor considerável que representa o esforço que o governo do estado faz para investir em tecnologia para a agricultura. Cabeça, cérebro é o insumo mais importante para uma instituição como o Iapar. Mas precisamos também de máquinas agrícolas, tratores, laboratórios, equipamentos, que ficam obsoletos muito rapidamente.

Gestão pública - Agrônomo, 66 anos, Florido Dalberto se aposentou como funcionário do Iapar antes de assumir a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Londrina, em 2008. Desde então, se voltou para a gestão pública e a atuação política. Participou da formulação do programa de governo de Beto Richa, o que tornou "natural" sua indicação para a presidência do Iapar, comenta. Já esteve no mesmo cargo entre 1997 e 2002. Participou da fundação do Iapar, na década de 70. Foi para Campinas (SP), mas retornou ao Paraná na década de 90. Sempre manteve atuação classista, desde o Iapar da década de 80. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

PECUÁRIA: Brasil disputa espaço da carne argentina

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Um dos setores do agronegócio brasileiro mais abatidos pela crise de 2008/09, a pecuária deu a volta por cima no ano passado e traça metas ambiciosas para 2011. A disparada dos preços da carne e o reaquecimento do consumo que marcaram 2010 anunciam um novo ciclo de expansão para o setor, que planeja retomar investimentos para continuar crescendo neste ano. Sem deixar de lado a demanda doméstica, os pecuaristas brasileiros miram o mercado externo e querem alcançar US$ 5 bilhões em exportação em 2011 - marca atingida em 2008, mas perdida no ano seguinte.

Mercados - O momento é especialmente favorável para a retomada de mercados perdidos durante a crise, afirmam especialistas. Isso porque o Brasil seria o principal candidato a ocupar a lacuna deixada pela Argentina no mercado internacional. O país vizinho, que há seis anos era o terceiro maior fornecedor mundial de carne bovina, tem reduzido drasticamente os seus embarques nos últimos anos.

Queda nas exportações  - Desestimulados por políticas públicas que impõem fortes restrições às vendas externas, os argentinos viram suas exportações irem à lona no ano passado. Os dados oficiais mostram uma amarga queda de 53% no volume exportado pelo país em 2010. E o Brasil segue como maior exportador do mundo em volume, graças a um rebanho de mais de 200 milhões de cabeças, concentrado no Centro-Oeste. A expansão pode finalmente destravar as vendas externas de estados como o Paraná - que vem tentando recuperar embarques desde a crise da aftosa de 2005.

Plantel reduzido - Antes da crise econômica internacional, os pecuaristas argentinos mantinham um rebanho de cerca de 50 milhões de animais. Mas a conjuntura política e uma das mais severas secas dos últimos anos - que devastou as pastagens e aumentou o abate de fêmeas - reduziram o plantel argentino de gado de corte em 10 milhões de cabeças no ano passado, conforme as entidades do setor. Como consequência, os abates caíram de 13,5 milhões em 2009 para 11 milhões em 2010. Um dos maiores consumidores de carne bovina do mundo, o país vizinho também vê a sua demanda interna minguar. O consumo per capita anual recuou de 70 quilos em 2009 para 55 quilos em 2010 e pode fechar 2011 próximo de 40 quilos. Cerca de 90% da produção de carne do país, que no ano passado somou 2,5 milhões de toneladas, são destinados ao mercado doméstico.

Tiro no pé - "O governo da Argentina deu um tiro no pé ao limitar as exportações. O país pode virar importador nos próximos anos. E o Brasil é o único país que pode ocupar esse gap. Uruguai, Paraguai, Austrália e Estados Unidos têm potencial limitado de crescimento, seja por já terem alcançado o limite de área ou de tecnologia ou por terem um mercado interno muito forte", analisa Alex Lopes da Silva, da Scot Consultoria. A avaliação de Silva é compartilhada, ainda que com ressalvas, pelo analista Carlos Cogo, da Cogo Consultoria Agroeconômica. Ele observa que o Brasil já abocanhou em 2010 parte do mercado aberto pela Argentina, mas afirma que havia espaço para um crescimento muito maior. "Se tivéssemos produzido meio milhão de toneladas a mais esse volume teria sido escoado facilmente", declara.

Vendas brasileiras - As exportações brasileiras de carne bovina, que vinham crescendo desde 2004, quando ultrapassaram pela primeira vez a marca de 1 milhão de toneladas, levaram um tombo em 2008/09. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostram que 1,23 milhão de toneladas de carne bovina in natura e processada deixaram os portos brasileiros no ano passado. Em 2006, chegou-se a 1,52 milhão de toneladas.

Faturamento - Os preços em alta no mercado internacional amparam o faturamento do setor. A receita das exportações somou US$ 4,8 bilhões no ano passado, acima dos US$ 4,1 de 2009, mas ainda atrás do recorde de US$ 5,3 milhões de 2008. A meta da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) para 2011 é se aproximar do resultado de três anos atrás.

Resultados - "Com a dissipação dos efeitos da crise econômica global, os resultados voltam a aparecer. Mas para crescer com segurança o setor precisa de incentivo do governo. As políticas públicas que temos hoje são incompatíveis com o status da pecuária brasileira no mercado internacional", frisa Péricles Salazar, presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) e do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarne- PR). (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

CONSERVAÇÃO: Práticas agrícolas podem evitar deslizamentos de terra

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Projeto da unidade Solos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pode reduzir os deslizamentos de terra por erosão do solo em até 80%. A prática é historicamente conhecida por produtores. Consiste na agricultura caracterizada por períodos de descanso da terra antes de voltar a produzir, aliada à rotação de culturas. Pesquisadores da Embrapa Solos monitoram, há mais de dez anos, propriedades rurais no município de Bom Jardim, na Região Serrana do Rio de Janeiro, que utilizam a técnica agrícola. Lá são produzidos alternadamente inhame, feijão, mandioca, batata, batata-doce, maracujá e diversas outras culturas.

 

Resultados - Os resultados demonstram que o processo erosivo, comum na região, é bastante reduzido. O uso conjunto dessas práticas evita deslizamentos de terra. As técnicas diminuem o transporte de sedimentos aos leitos dos rios, bem como os riscos de inundações após chuvas fortes, a exemplo das que ocorreram no início de janeiro na região. "Avaliamos as propriedades onde executamos o projeto em Bom Jardim, após as recentes chuvas. As terras praticamente não sofreram danos", destaca o pesquisador da Embrapa Solos, Heitor Coutinho.

 

Ideal - O sistema é considerado ideal para evitar futuros deslizamentos de terra em regiões montanhosas. Com o apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro Rio) e da Secretaria Estadual de Agricultura do Rio de Janeiro, a Embrapa pretende expandir o projeto para outras áreas da Região Serrana, incluindo Teresópolis e Nova Friburgo. No futuro, a ideia é implantar esse sistema em outras localidades do país, também acometidas pelo mesmo problema.

 

Técnica - A rotação de culturas, que faz parte do processo, consiste em alternar espécies vegetais numa mesma área agrícola. As variedades escolhidas normalmente têm viabilidade comercial e de manutenção ou recuperação do meio ambiente. Para a obtenção de máxima eficiência da capacidade produtiva do solo, o planejamento de rotação considera aquelas destinadas à cobertura do solo, que produzam grandes quantidades de biomassa, fonte de nutrientes. "A rotação permite o fortalecimento do solo com o plantio alternado de diversas culturas, principalmente as raízes, como batata e inhame, que dão estabilidade à terra", destaca o pesquisador da Embrapa.

 

Baixa fertilidade - Outro problema comum em propriedades da região é a baixa fertilidade do solo, que deixa a terra fraca e vulnerável. As plantas consideradas invasoras, daninhas, acabam melhorando a fertilidade quando essas terras descansam por um período mínimo de cinco anos. Pesquisas comprovam que a técnica é uma das melhores alternativas para manter a produtividade do solo, sem depender de insumos externos.

 

Fortalecimento do solo - "O sistema de agricultura com períodos de descanso da terra antes de voltar a produzir, que estamos monitorando na região de Bom Jardim, tem funcionado muito bem no controle da perda de solos por erosão e redução do assoreamento (obstrução) dos rios", explica Heitor Coutinho, da Embrapa. A técnica fortalece o solo, já que a terra tem um tempo para poder se recuperar antes de voltar a ser utilizada. (Mapa)

OPINIÃO: Análise das condições climáticas e próximas tendências

OPINIÃO: Análise das condições climáticas e próximas tendências

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O mês de janeiro foi marcado por chuvas acima da média histórica na maior parte das áreas produtoras de grãos do Brasil. No Sul, foram observados extremos na distribuição das precipitações. Enquanto, o centro-sul e oeste do Rio Grande do Sul registraram precipitações muito abaixo da média, comprometendo o desenvolvimento das lavouras, no leste do Paraná e de Santa Catarina foram observados totais de precipitação acima dos 300 mm, valores muito acima da média para a época do ano. Este excesso de precipitação prejudicou as lavouras de feijão. A distribuição da precipitação também foi muito irregular, no oeste da região, algumas áreas passaram de 20 a 25 dias sem precipitação, entre o final de  dezembro e início de janeiro, porém o solo vem mantendo condições hídricas em níveis excelentes e as lavouras, na maior parte do Sul, vem apresentando um ótimo desenvolvimento. 

Outras regiões - Nas regiões Sudeste, Centro-oeste e áreas produtoras de grãos do Nordeste, as chuvas também foram bem distribuídas e acima da média na maior parte destas regiões, mantendo excelentes condições hídricas no solo, para o bom desenvolvimento das lavouras.  A formação de áreas de convergência de umidade, da Região Amazônica para o leste do Brasil, favoreceu a ocorrência de chuvas de forte intensidade, em várias regiões do país, que excederam a climatologia, persistindo com chuvas acima da média para o mês de janeiro. As temperaturas se mantiveram acima da média, na maior parte do Centro-sul do Brasil. No Centro-oeste, as temperaturas vem mantendo os padrões médios, para a época do ano.

La Niña - O atual fenômeno climático "La Niña", manteve-se estável e continua bem configurado, com anomalias de até -02°C nas temperaturas das águas superficiais no Oceano Pacífico Equatorial, numa extensa área daquele Oceano, conforme podemos observar na figura 01.  Os modelos de previsão climática, seguem mostrando uma tendência da continuidade do La Nina, pelo menos, até o segundo semestre de 2011.

Próximos meses - Para os próximos meses, no Sul do Brasil e sul do Mato Grosso do Sul, seguem os prognósticos de precipitações abaixo da média, principalmente no oeste da região. A distribuição destas precipitações continua muito irregular, intercalando períodos de muita chuva com períodos maiores de pouca ou nenhuma precipitação. Para a região Centro-Oeste, áreas agrícolas do Nordeste e maior parte da região Sudeste as chuvas, devem continuar com o mesmo padrão, ou seja, chuvas bem distribuídas, abundantes e acima da média.Quanto às temperaturas, devem continuar acima da média na maior parte da Região Centro-sul do Brasil. Nas demais regiões as temperaturas seguem os padrões normais para a época do ano. (Luiz Renato Lazinski / Meteorologista Inmet/Mapa)

 

       Figura 01 - Anomalia da temp. da superfície do mar, semana de 16.01.2011 a 22.01.2011     (Fonte: CPC/NOAA).

SHOW RURAL: Estande da Ocepar terá palestras e outras atividades

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INTERCÂMBIO: Cooperativa italiana apresenta projeto de desenvolvimento

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RAMO CRÉDITO I: Participação do Rabobank vai ampliar negócios do Sicredi

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A participação do Rabo Financial Institutions Development, o Rabobank, sediado na Holanda, no capital do Banco Cooperativo Sicredi (Bansicredi) integra um processo que visa o crescimento do sistema cooperativo em âmbito nacional e sela o comprometimento de ambas as instituições na busca por resultados, afirmou, na manhã desta segunda-feira (31/01), o presidente da Central Sicredi PR/SC, Manfred Alfonso Dasembrock. "É algo que temos sonhado há décadas e que deverá propiciar uma grande troca de aprendizado, já que as cooperativas brasileiras terão acesso à experiência internacional do grupo holandês, que possui grande know how. Também, a expansão dos negócios do Sicredi, com ampliação de limites, implantação de novas linhas e de novos negócios do Sicredi, especialmente no segmento do agronegócio, área que concentra mais de 80% das operações do Rabobank, que está presente em 43 países", disse Manfred.  "Para o Sicredi, representa ainda um ganho em função de termos firmado parceria com uma instituição internacional com menor risco (AAA) na classificação apurada pelas principais agências de Rating", acrescentou o presidente da Central Sicredi. 


CMN - Na última quinta-feira (27/01), o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a proposta de decreto que reconhece como de interesse do governo brasileiro a participação estrangeira de até 49% no capital do Bansicredi. A participação do Rabobank, firmada em acordo, será de  30%. A proposta deve ainda ser sancionada pela presidente da República, Dilma Rousseff. "Depois, deveremos realizar uma assembleia para eleger os novos conselheiros, já que o Rabobank terá assento em nosso Conselho e, na sequência, iremos providenciar a parte legal para internalizar os recursos que serão adicionados em patrimônio", esclarece Manfred. Ainda de acordo com ele, a previsão é de que essa parceria deverá se estender por cerca de 20 anos. "Temos muito a construir juntos", completou Manfred.

RAMO CRÉDITO II: Entre Rios ganha unidade de atendimento do Sicredi

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Uma unidade de atendimento do Sicredi Terceiro Planalto foi inaugurada, neste sábado (29/01), em Entre Rios, distrito de Guarapuava, na região Centro-Sul do Estado. O evento contou com a presença do presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski.

COOPERATIVISMO: Atuação junto ao Poder Legislativo é discutida na sede da OCB

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"A interlocução com os parlamentares no acompanhamento de projetos que impactam, direta ou indiretamente, no setor cooperativista é uma parte essencial do trabalho de representação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) em defesa do movimento".  Desta forma, Renato Nobile, superintendente da OCB, iniciou, na manhã desta sexta-feira (28/01) o workshop Atuação Política no Congresso Nacional, um evento promovido pela instituição em parceria com a Strategos - Empresa Jr. de Consultoria Política da Universidade de Brasília. O encontro acontece na sede da OCB, em Brasília (DF), e tem a coordenação da Assessoria Parlamentar (Aspar) da entidade.

Frencoop - Nobile também ressaltou o trabalho conjunto com a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). "Contamos com uma frente atuante e comprometida, com uma permanência, nessa última eleição, de 60% dos integrantes no Congresso. Essa articulação constante entre a OCB e a Frencoop é fundamental para nossa atuação junto ao Poder Legislativo", disse.

Aspar - Em seguida, a assessora Parlamentar da OCB, Tânia Zanella, falou sobre o papel da Aspar nesse processo. "Hoje, trabalhamos, basicamente, com ações junto à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, mas a idéia é ampliar essa atuação para o Executivo, por exemplo". "Nosso papel é identificar e implementar estratégias que fortaleçam, ampla e nacionalmente, o movimento cooperativista brasileiro no Congresso Nacional. Isso ocorre a partir do acompanhamento da tramitação de proposições e questões prioritárias discutidas no âmbito do Legislativo", ressaltou.

Participantes - Os participantes do evento, estudantes de graduação em Ciência política da Universidade de Brasília (UnB), assistiram ainda a painéis sobre o funcionamento de assessorias parlamentares no âmbito público e em gabinetes parlamentares, noções de processo legislativo e estratégias de atuação. Eles também fizeram parte de uma mesa redonda sobre o tema "Começo de carreira e perspectivas do mercado de trabalho".  Os assuntos foram apresentados pelos integrantes da Assessoria Parlamentar da OCB, Clara Maffia, Eduardo Queiroz, Fabíola Motta e Thiago Abrantes, além de convidados. São eles - Lelyne Paes Leme, assessora Parlamentar do senador Gilberto Goellner, Moema Bonelli, assessora de Relações Institucionais da Unimed do Brasil, Eduardo Macedo, assessor de Relações Governamentais da Associação Brasileira de Indústria Têxtil, e Leonardo Barreto, coordenador do curso de Ciência Política da UnB. (Informe OCB)