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O Manejo Integrado de Pragas em Grãos Armazenados (MIP Grãos), programa desenvolvido pela Embrapa e implantado na Unidade de Marialva, desde 2009, será tema de um Dia de Campo, no dia 9 de fevereiro, quando a unidade vai abrir suas portas para os cooperados, clientes, parceiros e fornecedores para visitação e conhecimento dos trabalhos realizados na cooperativa e as melhorias conquistadas com a implantação do MIPGrãos. O presidente da Cocari, Vilmar Sebold, fará a abertura do evento, que contará com a presença do chefe geral da Embrapa, Alexandre José Cattelan.
Programa - O pesquisador da Embrapa Soja, Irineu Lorini, fará explanação sobre o Programa MIPGrãos. Já a evolução do MIPGrãos na cooperativa será abordada pelo gerente da Divisão Operacional da Cocari, Geraldo Semensato. O técnico de Segurança do Trabalho do Departamento de Segurança, Engenharia e Meio Ambiente da Cocari (Desema), Diego Chemin, tratará do tema Segurança no Trabalho, que também faz parte do processo de adequação da unidade. O tratamento automatizado de grãos na fita será abordado pelo engenheiro agrícola Jyann Marian Antonelli e o gerente regional de Marialva, Augusto Cesar Bozelli, tratará sobre as melhorias realizadas na estrutura.
Serviço - Dia de Campo MIPGrãos - Manejo Integrado de Pragas em Grãos Armazenados / Data: 9 de fevereiro de 2010 / Horário: das 13h30 às 18h / Local: Cocari - Unidade de Marialva -Avenida Cristóvão Colombo, 4309 - Marialva-PR. Mais informações:
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Os colaboradores da Uniodonto Curitiba, responsáveis pelo atendimento ao público, passaram por um treinamento para melhor atender os nossos beneficiários nos dias 27 e 28 de janeiro. Participaram os colaboradores das Unidades de Curitiba, do interior e de outros estados. Dentre os temas abordados estiveram liberação de intercâmbio; parcelamento de atos coparticipativos com opção de pagamento no cartão de crédito; pesquisa de satisfação, dentre outros itens. O objetivo da capacitação foi apresentar as novas situações e esclarecer dúvidas. No decorrer deste ano ocorrerão três outros treinamentos, em 14 e 15 de abril, 21 e 22 de julho e 20, 21 de outubro. (Imprensa Uniodonto Curitiba)
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A safra de grãos 2010/11 começa a ser colhida no País em condições favoráveis, de acordo com avaliação do analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti. O fenômeno climático La Niña, por exemplo, não se caracterizou no Paraná. "Em 75% dos anos com a influência do La Niña são registradas chuvas abaixo da média e mal distribuídas. Mas, este ano, fomos contemplados com um clima excelente para as lavouras", afirmou Mafioletti. "Melhor ainda que isso tenha afetado fortemente o terceiro maior produtor mundial de soja, a Argentina, e as perspectivas iniciais de safra, que eram de 55 milhões de toneladas passou para 50,5 milhões de toneladas, de acordo com estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda). Além disso, algumas consultorias já falam em 47 milhões de toneladas", acrescenta ele.
Milho - Em relação ao milho, até setembro de 2010, a situação era de preços muito baixos - R$ 13/saca. Isso provocou redução na área do cereal e expectativa de aumento muito forte para soja no Brasil e Argentina. Esta situação mudou radicalmente devido à confirmação da quebra de parte da safra de milho 2010/11 nos Estados Unidos, estimada inicialmente em 339 milhões de toneladas, mas que fechou com produção de 316 milhões de toneladas, quebra de 23 milhões de toneladas. "Esse volume é superior à toda safrinha brasileira", compara Mafioletti.
Preço - O apoio do governo federal via leilões PEP (Prêmio de Escoamento do Produto) para escoamento da safra foi outro fator que contribuiu para elevar o preço do cereal. O aumento da adição compulsória na gasolina de 10% para 15% de etanol para veículos fabricados a partir de 2007 ou mais novos nos Estados Unidos, aprovado pela EPA (Agência de Proteção Ambiental), também interferiu na valorização do milho. "No final de janeiro, foi contemplada praticamente toda a frota norte americana de veículos de 2001 para cá", diz Mafioletti. Outra situação que ajudou a elevar o preço do cereal foi a entrada recente da China no mercado, adquirindo mais de 5 milhões de toneladas dos Estados Unidos, algo que não era provável há bem pouco tempo. "O apetite chinês foi ainda registrado com a compra de 57 milhões de toneladas de soja, sendo que na safra 2008/09, eles compraram 41 milhões de toneladas. Isso representa um aumento de 39% em compras mundiais em apenas duas safras", destaca o analista da Ocepar.
Cotações na CBOT - Nos últimos 30 dias, as cotações na Bolsa de Chicago (Cbot) aumentaram 6%, na soja; 12%, no milho e 9% no trigo. Já no último ano, a variação nos três produtos foram, respectivimente de 54%, 74% e 79%.
Quadro 01 - comparativo das cotações da soja, milho e trigo nos últimos 12 meses na CBOT
CULTURA | Cotação (US$/bushel) Fev/2010 | Cotação (US$/bushel) Fev/2011 | Var (%) |
SOJA | 9,20 | 14,20 | +54% |
MILHO | 3,75 | 6,50 | +73% |
TRIGO | 5,04 | 9,04 | +79% |
Fonte: http://www.cbot.com/ elaboração: Ocepar/Getec - fev. 2011. 1 bushel de soja e trigo = 27,216 kg e 1 bushel de milho = 25,40 kg.
Quadro 02 - Cotações da SOJA na CBOT - Chicago Board of Trade em 04 de fevereiro (fechamento)
SOJA | ||||
04 de fevereiro | Cotações | Cotações | Variação - dia ant. | Variação |
mar/11 | 1433,50 | 31,59 | -2,00 | -0,04 |
mai/11 | 1444,00 | 31,83 | -1,75 | -0,04 |
jul/11 | 1450,00 | 31,96 | -1,00 | -0,02 |
ago/11 | 1422,50 | 31,35 | 1,25 | 0,03 |
set/11 | 1390,50 | 30,65 | 0,00 | 0,00 |
nov/11 | 1369,00 | 30,17 | 3,50 | 0,08 |
Fonte: Cbot, http://www.cbot.com/ Elaboração: Ocepar/Getec - fevereiro/11 - 1 bushel de soja = 27,216 kg.
Quadro 03 - Cotações da MILHO na CBOT - Chicago Board of Trade em 04 de fevereiro (fechamento)
MILHO | ||||
04 de fevereiro | Cotações | Cotações | Variação - dia ant. | Variação |
mar/11 | 678,50 | 16,03 | 16,00 | 0,38 |
mai/11 | 689,25 | 16,28 | 16,00 | 0,38 |
jul/11 | 694,25 | 16,40 | 16,25 | 0,38 |
set/11 | 644,00 | 15,21 | 15,00 | 0,35 |
dez/11 | 601,75 | 14,21 | 13,25 | 0,31 |
mar/12 | 611,50 | 14,44 | 11,50 | 0,27 |
Fonte: Cbot, http://www.cbot.com/ Elaboração: Ocepar/Getec - fevereiro/11 - 1 bushel de soja = 25,400 kg.
Quadro 04 - Cotações do TRIGO na CBOT - Chicago Board of Trade em 04 de fevereiro (fechamento)
TRIGO | ||||
04 de fevereiro | Cotações | Cotações | Variação - dia ant. | Variação |
mar/11 | 853,75 | 18,82 | -5,25 | -0,12 |
mai/11 | 884,75 | 19,50 | -5,25 | -0,12 |
jul/11 | 908,25 | 20,02 | -3,75 | -0,08 |
set/11 | 930,75 | 20,51 | -3,25 | -0,07 |
dez/11 | 944,25 | 20,81 | -2,75 | -0,06 |
Fonte: Cbot, http://www.cbot.com/ Elaboração: Ocepar/Getec - fevereiro/11 - 1 bushel de soja = 27,216 kg.
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A forte demanda mundial por alimentos vai turbinar a posição brasileira no mercado internacional na próxima década. A previsão é que a participação do País nas exportações mundiais de grãos e carnes cresça, pelo menos, 7 pontos porcentuais até 2020. Em contrapartida, a fatia de alguns produtos de maior valor agregado, como o farelo de soja e o óleo de soja, sofrerá uma redução no período, em torno de 3 pontos porcentuais.
Crescimento - As exportações desses produtos continuarão a crescer, mas em ritmo menor que o dos concorrentes, afirma o coordenador de planejamento estratégico do Ministério da Agricultura, José Gasques. Estudo preliminar do governo mostra que, no caso do farelo de soja, a participação do Brasil no mercado internacional vai encolher de 22% para 19,5% até 2020; e a de óleo de soja, de 21% para 18%.
Concorrência - "Vamos perder participação nesse mercado por causa da concorrência de países como Argentina e Estados Unidos", diz Gasques. Na avaliação dos produtores, essa redução decorre de uma série de fatores. Um deles é que todos os países querem importar grãos para beneficiarem e agregarem valor ao produto. Assim geram mais investimentos e empregos.
Carnes - O destaque, no entanto, ficará com o avanço das exportações de carne, diz Gasques. Até o fim da década, a fatia de mercado da carne de frango brasileira saltará de 42% para 48%; e a de carne bovina, de 25% para 32%. Nesse caso, o maior aumento deverá ocorrer também na carne de frango in natura, que é mais barata que a industrializada, completa o coordenador do Ministério da Agricultura. Detalhe: o preço médio da carne in natura é de US$ 1,673 a tonelada e a industrializada, US$ 2,755 a tonelada.
Ganhos - Para Gasques, embora a expectativa de crescimento da exportação dos produtos de maior valor agregado seja menor que a de matéria-prima, o Brasil terá ganhos significativos no agronegócio. Um deles é a diversificação dos produtos vendidos. "Antes era só café, açúcar e soja. Agora temos o avanço das carnes, sucos, leite, milho e frutas." No futuro, a lista de mercados liderados pelo Brasil pode incluir produtos como algodão, celulose, frango e etanol. As informações são do jornal O Estado de São Paulo. (Agência Estado)
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O plantio de florestas comerciais é uma atividade incentivada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para promover o aumento da renda do agricultor e a sustentabilidade. Ao optar pelo cultivo de pinus ou eucalipto, o produtor tem a oportunidade de atender à crescente demanda dos setores madeireiro, moveleiro, energético e de celulose, contribui para o desenvolvimento sustentável da agricultura.
Crédito - O Ministério da Agricultura apoia o produtor de florestas comerciais mediante a concessão de crédito. A principal linha de financiamento que atende ao setor é o Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora), com recursos de R$ 150 milhões nesta safra. "O agricultor poderá produzir floresta comercial de forma direta ou integrada a outros sistemas de produção sustentáveis. Dessa forma, poderá utilizar as linhas de crédito do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC)", destaca o coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos do Ministério da Agricultura, Elvison Ramos.
Programa ABC - O Programa ABC, que dispõe de R$ 2 bilhões, é uma das principais ações adotadas pelo Ministério da Agricultura para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. O governo oferece financiamento a produtores rurais e promove estudos por meio da Embrapa. Além disso, capacita profissionais para facilitar a difusão de práticas como plantio direto na palha, fixação biológica de nitrogênio, recuperação de pastagens degradadas e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Todas essas técnicas contribuem para a conservação das áreas de produção.
Aumento - A intenção do governo com o programa é aumentar a área de florestas, até 2020, de seis milhões de hectares para nove milhões de hectares. Isso permitirá a redução da emissão de oito milhões de toneladas a 10 milhões de toneladas de CO2 equivalentes, no período de dez anos.
Produsa - Os produtores do setor de florestas comerciais também podem contar com o Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa). Nesta safra, o Produsa dispõe de R$ 1 bilhão e financia a implementação da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. A técnica é uma das vertentes da chamada "agricultura verde", que alia aumento da produtividade na fazenda e conservação do meio ambiente. O sistema combina atividades agrícolas realizadas com base no plantio direto na palha, promovendo a recuperação de pastagens em degradação.
Negócio- A silvicultura (atividade ligada à implantação e regeneração de florestas) no Brasil desenvolveu bases tecnológicas nos últimos 50 anos, com material genético de qualidade e garantia de produtividade. Os investimentos aplicados tornaram a atividade uma das mais produtivas do país, com destaque na balança comercial do agronegócio. Os produtos florestais foram responsáveis, no ano passado, por 12% das exportações do setor, com US$ 9,3 bilhões, o que representa o crescimento de 20% em relação a 2009.
Biomassa - Em 2010, a utilização da madeira para lenha e carvão foi de quase 30 milhões de toneladas, equivalente a 12% da oferta de energia proveniente da biomassa florestal. O consumo anual de carvão vegetal nas indústrias de aço e de outras ligas metálicas, de baixo custo de produção e processamento, é estimado em seis milhões de toneladas por ano. A preferência pelo carvão deve-se à facilidade de transporte e combustão.
Conciliáveis - O chefe-geral da Embrapa Florestas, Helton Damin da Silva, reforça que a produção agrícola e a preservação ambiental são conciliáveis, considerando o plantio de árvores. Por isso, o centro de pesquisa desenvolve tecnologias e variedades para utilização em áreas degradadas ou sem tradição florestal. "O país possui perto de 65 milhões de áreas subutilizadas e a implantação da agricultura de base florestal é uma alternativa viável", pondera. Ele avalia que o desafio passa pela transformação da celulose em energia limpa, pois os custos de produção de biomassa ainda são muito elevados. (Mapa)
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A Organização Mundial de Saúde Animal reconheceu a Zona de Alta Vigilância de Mato Grosso do Sul como área livre de febre aftosa com vacinação. Com isso, todo o Estado passa a ter a classificação. (Valor Econômico)
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Os estoques de matérias-primas intermediárias para a produção de fertilizantes disponíveis nas indústrias confirmaram as expectativas e encerraram 2010 em um patamar ligeiramente inferior ao de 2009. Ainda que a diferença apurada seja mínima (0,5%), o resultado consolidou a recuperação do segmento depois da crise de 2008, quando uma paradeira no mercado - também influenciada pelos reflexos do debacle do banco Lehman Brothers nos EUA - enxugou o crédito, paralisou as vendas e ampliou os estoques.
Estoques - Em 31 de dezembro daquele ano, apontam estatísticas da associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), os estoques alcançaram 6,404 milhões de toneladas, 45,6% a mais que no fim de 2007. As indústrias tiveram que carregá-los, e por conta disso tanto a produção nacional quanto as importações recuaram em 2009. Mas os estoques também diminuíram, para 3,470 milhões de toneladas em 31 de dezembro, e o movimento permitiu a recuperação do segmento em 2010.
Entregas - Conforme a Anda, as entregas das misturadores de adubos - companhias que fabricam o produto final a partir da mistura de nutrientes - às revendas no país somaram 24,516 milhões de toneladas, 9,4% mais que em 2009, a produção nacional de fertilizantes intermediários cresceu 11,6%, para 9,340 milhões de toneladas, e as importações desses produtos atingiram 15,270 milhões de toneladas, um salto de 38,6% em relação ao ano anterior. As vendas se recuperaram, e a dependência das importações voltou a superar 60%, como tradicionalmente acontece.
Projeções - Por ter entre os sócios empresas de capital aberto com ações negociadas em bolsa, a Anda não faz mais projeções. Mas, no segmento, a expectativa é de que 2011 seja mais um ano de crescimento, sobretudo em virtude dos preços elevados, nos mercados internacional e doméstico, da maior parte das commodities agrícolas produzidas no país, em um movimento que também tem valorizados as cotações do próprio insumo, que depende de derivados do nitrogênio e, por isso, guarda estreita relação com as oscilações do petróleo.
Preços - "Diferentemente do que aconteceu em 2009, os preços dos fertilizantes dispararam no fim de 2010", afirmou recentemente ao Valor Alexandro Alves, assessor técnico para cana-de-açúcar e bioenergia da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). Ele reforça informações da indústria de que há produtores de grãos do Estado que, capitalizados pela remuneradora colheita atual estão tentando antecipar as compras de fertilizantes visando o plantio da próxima safra de verão, que só começará em setembro no país.
Defensivo irregular - Levantamento realizado pelo Ministério da Agricultura indica que das 650 marcas de defensivos analisadas em 2010, 74 apresentaram irregularidades - desde problemas no rótulo a usos não autorizados. Com isso, o governo considera que 88,6% dos produtos estavam dentro dos padrões determinados. A pesquisa do Ministério da Agricultura surge dias depois de o Ibama ter divulgado seu primeiro relatório sobre a venda de agrotóxicos no país em 2009. Segundo o Ibama, 88% deles são perigosos, muito perigosos ou altamente perigosos. Apenas 12% foram considerados "pouco perigosos".(Valor Econômico)
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Instrumentos como valoração aduaneira, verificação de regras de origem e maior coordenação entre as secretarias de Comércio Exterior (Secex) e da Receita Federal serão usados para barrar importações consideradas desleais, e os empresários terão novo canal de denúncias para levar ao governo queixas contra a concorrência estrangeira. Esses são alguns dos instrumentos em estudo pelo governo para defender o setor produtivo, como anunciou o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel.
Antidumping - O ministério constatou que o uso das barreiras antidumping não deve ter efeito significativo sobre o volume de importações, mesmo após as medidas em preparação para acelerar os processos. A intenção de encurtar os prazos, para menos de seis meses, esbarra nas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), que estabelece procedimentos-padrão rígidos, com pouca margem de manobra.
Digitalização - Com a digitalização dos processos do Departamento de Comércio Exterior (Decom), será possível facilitar o acesso aos documentos das partes envolvidas nas ações antidumping. Hoje, quando o processo é entregue para consulta a uma das partes, há prazos para devolução, o que atrasa as conclusões. Esse problema deve ser eliminado em breve.
Prazos - Os técnicos avaliam que, explorando as possibilidades da legislação e com o reforço do time de investigadores, será possível encurtar os prazos nos processos antidumping, que hoje levam cerca de um ano e meio. Porém, devido aos limites da OMC, a redução não será tão grande quanto se gostaria.
Normas - Está fora de questão descumprir as normas da OMC, respeitadas nos processos abertos até agora. Isso garantiu ao Brasil o título de um dos maiores responsáveis por processos antidumping sem que o país sofresse contestação de nenhuma dessas medidas de defesa comercial.
Institucionalização -Pimentel deve propor ao Ministério da Fazenda uma maior institucionalização do trabalho conjunto entre Secex e Receita Federal, para investigar mais a fundo a entrada de mercadorias suspeitas de fraude ou irregularidades. O aperto sobre os certificados de origem dos produtos importados começou ainda no ano passado, com a decisão de reduzir o número de entidades empresariais autorizadas a emitir esses documentos.
Medidas adicionais - Devem ser adotadas medidas adicionais sobre controle de regras de origem para reprimir a chamada circunvenção, pela qual produtos sujeitos a barreiras comerciais são exportados como se fossem originados de outro local, não submetido a impedimentos de importação. Pimentel já recebeu de sua assessoria uma lista dos produtos importados em maior volume, e pediu uma análise detalhada de cada um, para verificar a existência de similares nacionais e a possível existência de elementos para abrir medidas de defesa comercial contra os importados. Os encarregados da tarefa sabem que o objetivo é explorar as possibilidades da legislação.
Substituição - Não se pensa, entretanto, em retornar ao regime de substituição de importações com critérios usados no passado, quando, segundo lembra um integrante do ministério, automóveis Porsche tinham importação proibida porque o país tinha o Puma como "similar nacional", e o uísque Johnny Walker Red Label também era barrado nas alfândegas em favor do "similar" Drury's. (Valor Econômico)
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O 6º Encontro das Unimeds do Polo Mercosul e o 19º Suespar (Simpósio das Unimeds do Paraná) serão realizados nos dias 23, 24 e 25 de junho, no Mabu Thermas & Resort, em Foz do Iguaçu. Em um mesmo local, dirigentes, técnicos, colaboradores e parceiros vão se encontrar para adquirir e trocar experiências, a fim de aprimorarem a gestão do seu negócio e estreitar relacionamentos.Todos os anos, renomados palestrantes e autoridades são convidados para discutir temas atuais e relevantes sobre gestão em saúde suplementar, política e economia. Entre os nomes que já passaram pelo evento estão Max Gueringher, Ricardo Amorim, Gabriel Chalita, Steven Dubner, Leila Navarro e Cristiana Lobo.
Meta - De acordo com a organização, a edição de 2010 superou todas as expectativas, com a presença de mais de 700 pessoas e satisfação de mais de 95% dos participantes. A programação contemplou mais de 45 palestras, eventos sociais, além da presença de mais de 20 expositores de diferentes segmentos de negócios. A ideia é repetir esse sucesso em 2011. "Nossa meta é que este evento marque a lembrança de todos, possibilitando maior capacitação para os diferentes públicos", disseram os organizadores. Mais informações no site da Unimed Paraná (www.unimed.com.br/parana).
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O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Afonso Florence, recebeu nesta quinta-feira (03/02) o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, em seu gabinete para tratar de assuntos referentes ao cooperativismo brasileiro. Na ocasião, Freitas falou do papel da OCB, destacando o setor agropecuário. "Somos parceiros deste ministério, pois temos objetivos em comum, principalmente o de promover a sustentabilidade dos pequenos produtores brasileiros". O presidente lembrou que os produtores de cooperativas, em sua grande maioria, são pequenos: "Cerca de 80% dos agricultores têm propriedades inferior a 100 hectares". Por sua vez o ministro do MDA aposta na parceria do ministério com a OCB. "O cooperativismo e a OCB são fundamentais para o avanço da organização produtiva, na geração de oportunidades, distribuição de renda e continuidade do desenvolvimento social", disse.
Projetos - A OCB, em conjunto com o MDA, vem contribuindo para a elaboração do plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas, visando à consolidação de uma agricultura de baixa emissão de carbono. Além disso, desde o ano passado, o MDA é signatário do protocolo de intenções para disseminação de ações de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) junto às cooperativas. Seu objetivo é promover ações estruturantes, visando apoiar a implementação de programas, projetos e ações no âmbito de mercado de carbono, voltados para a aplicação de metodologias e tecnologias de mitigação de gases de efeito estufa, uso de instrumentos que viabilizam o acesso à assistência financeira, realização de capacitações e estruturação e disseminação de dados e informações.
Ações - Entre outras ações trabalhadas em conjunto pelas duas instituições, esta à construção de um Projeto Integrado Setorial do Leite, que contará com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), para a sua implantação. Também estiveram presentes na reunião o superintendente da OCB, Renato Nobile, o secretário Laudemir Muller, o chefe de gabinete do MDA, Welliton Rezende Hassegawa, o secretário executivo adjunto do MDA, Jerônimo Rodrigues. (Informe OCB)
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Depois de alcançar uma receita de R$ 3,1 bilhões em 2010, 13% mais que no ano anterior, e recuperar perdas devido à crise internacional em 2009, a Coopercentral Aurora se prepara para entrar em um novo ano de crescimento. De acordo com o vice-presidente da cooperativa, Neivor Canton, há previsão de investimentos de R$ 200 milhões em 2011. O comportamento do mercado vai definir os aportes. Mas, na ordem de prioridade, estão aquisições de três unidades hoje arrendadas pela Aurora - a Cooperativa Tritícola Erechim (Cotrel), no Rio Grande do Sul, a unidade de processamento de aves da Avepar, em Abelardo Luz, e unidade da massa falida da Chapecó.
Aportes - Em 2010, os aportes da Aurora somaram R$ 25 milhões. Segundo Canton, o foco da administração no ano passado foi otimizar processos nas unidades. A Aurora vinha de uma fase de investimentos intensivos, em 2008, quando a crise financeira global eclodiu. Apesar do plano para 2011 ser mais arrojado, o vice-presidente diz que a Aurora deve acompanhar a movimentação do mercado. A alta de grãos como soja e milho - matéria-primas que respondem por quase um terço dos custos da Aurora - assustou no começo deste ano.
Derivados do leite - A Aurora mantém, no entanto, a intenção de ampliar a participação dos produtos derivados do leite em seu faturamento. Em 2010, o setor representou R$ 237 milhões em vendas, menos de 10% do valor global. Segundo Neivor Canton, há potencial para que o segmento alcance participação de 20% das vendas da cooperativa. A unidade de lácteos de Pinhalzinho deve entrar em plena produção ainda em 2011, segundo ele, produzindo leite longa vida, queijos, leite em pó e outros. O processamento irá atingir 1 milhão e meio de litros de leite por dia. Em 2010, a Aurora processou 302,2 milhões de litros, aumento de 22,7% sobre o ano anterior.
Aves - Há expectativa de crescimento também na área de aves. No ano passado, as vendas do setor somaram R$ 579 milhões. Segundo Canton, o negócio pode representar 33% das vendas da Aurora este ano. Em 2010, foram abatidos 109,8 milhões de frangos nas cinco plantas instaladas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, alta de 5,44%.
Carne suína - As vendas de carne suína, que totalizaram R$ 1, 675 bilhão em 2010, devem permanecer como principal negócio da Aurora, porém com crescimento pouco elevado ou estável, avalia Canton. As sete plantas de processamento de suínos em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul abateram 3,331 milhões de cabeças ano passado, com aumento de 1,4% em relação a 2009. (Valor Econômico)
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A Câmara deverá votar o projeto do novo Código Florestal em março. O anúncio foi feito pelo presidente da Casa, Marco Maia, que antecipou, em entrevista coletiva realizada logo após a sua eleição, os temas que terão prioridade neste biênio (2011-2012). Segundo Maia, ainda este mês o texto do relator do projeto, deputado Aldo Rebelo(PCdoB-SP), será colocado em discussão no Plenário. A matéria já foi aprovada em comissão especial presidida pelo deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR).
Compromisso - De acordo com o presidente, a votação no próximo mês é um compromisso que ele assumiu com a bancada ruralista na Câmara. O Ministério do Meio Ambiente já foi avisado da votação. Para Marco Maia, a legislação ambiental em vigor traz "instabilidade" para os setores que lidam com o assunto e uma nova legislação deve ser aprovada para não prejudicar o agronegócio e, ao mesmo tempo, garantir a preservação ambiental.
Comissão especial - "Há realmente esse compromisso do presidente Marco Maia com a bancada ruralista de colocar em discussão agora em fevereiro e votação em março o projeto do novo Código Florestal", disse Micheletto. Ele explicou que a comissão especial promoveu cerca de 60 audiências públicas em visita a todos os biomas e 20 estados quando ouviu centenas de entidades representativas do agronegócio e do meio ambiente. "Este assunto foi amplamente discutido da maneira mais democrática e transparente possível", ressaltou.
Prioridades - O novo líder do PDT, deputado Giovanni Queiroz (PA), afirmou que o partido definirá as prioridades para esta legislatura em uma reunião marcada para a próxima quarta-feira (09/02). Ele adiantou, porém, que a legenda procurará defender temas "de interesse nacional" como as reformas tributária, política e eleitoral e a revisão no Código Florestal (Lei 4.771/65). No caso novo Código Florestal (PL 1876/99), o líder do PDT afirma que o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) foi bem elaborado e é muito importante. O deputado vai convidar Rebelo para debater o relatório na reunião da bancada na próxima quarta-feira. (Assessoria de Imprensa deputado Moacir Micheletto)
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O mercado brasileiro de trigo começa a reagir, após vários meses de lentidão. A dificuldade em negociar trigo argentino, devido à greve de produtores daquele país, e a boa qualidade do trigo nacional colhido nesta safra fizeram com que moinhos retomassem as negociações no mercado interno. Esse posicionamento leva em conta também as exportações brasileiras, que têm sido estimuladas pelas intervenções do governo (leilões de PEP) e pelos bons níveis de preços do trigo no mercado internacional. Dessa forma, os moinhos passam a enfrentar maior concorrência, o que tende a elevar os preços domésticos. Nesse contexto, compradores têm antecipado parte das aquisições.
Altas - Levantamentos do Cepea mostram que, neste início de ano (até 2 de fevereiro), os preços do trigo em grão tiveram altas mais expressivas no Rio Grande do Sul. Os valores aumentaram 4,36% no mercado de balcão (preço pago ao produtor) e 4,74% no de lotes (negociações entre empresas). No Paraná, os preços também subiram, mas de forma moderada: 1,14% no mercado de balcão e 3,74% no de lotes. Em São Paulo, no mercado de lotes, a alta foi de 3,3% no mesmo período.
Colheita - A colheita de trigo no Brasil terminou em dezembro, e a partir de março, produtores fazem planejamentos para a safra de inverno, na qual o trigo concorre com o milho. Na Argentina, dados da Bolsa de Cereales do último dia 27 apontam o término da colheita, com a produção estimada em 15 milhões de toneladas. Ainda segundo a Bolsa, os rendimentos médios foram históricos, com a produtividade chegando a 8.900 kg/ha em algumas regiões. A média nacional é de 3.450 kg/ha.
EUA - Quanto às bolsas norte-americanas, os valores atingiram novas máximas. Na quarta-feira (26/01), os preços foram os maiores desde março de 2008. No acumulado de 2011 (30 de dezembro a 2 de fevereiro), o primeiro vencimento (Março/11) na Bolsa de Chicago (CME/CBOT) teve elevação de 8,7%. Segundo analistas dos Estados Unidos, os preços foram impulsionados pelas preocupações com a oferta de trigo de boa qualidade, devido à baixa produção dos principais exportadores - Rússia, Austrália e Canadá. Além disso, agentes de mercado estão atentos aos protestos pelo mundo, especialmente no Egito, que é o principal importador mundial de trigo. (Assessoria de imprensa CEPEA)
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O bom desenvolvimento da safra de grãos de verão no Brasil e os elevados patamares de preços de commodities agrícolas - que têm no Brasil um importante exportador - continuam a animar os agricultores do país. Termômetro disso é o Índice de Confiança do Produtor Rural (ICP) da consultoria Uni.Businesse Estratégia, que em janeiro atingiu 121,1 pontos, 2,5 pontos percentuais a mais que em dezembro e 33,7 pontos acima de janeiro de 2010.
Reflexo - "O nível recorde do indicador é reflexo do atual momento em que os preços dos principais produtos agrícolas estão em patamares bastante elevados. O resultado reflete também a avaliação por parte dos produtores rurais de que as condições atuais do seu negócio estão melhores nesta safra do que na safra anterior", afirma a empresa em comunicado.
Soja - No caso dos produtores de soja, o carro-chefe do agronegócio nacional, a confiança é ainda maior que a geral. Em janeiro, o ICPSoja da Uni-Business chegou a 124,9 pontos, 8,2 pontos a mais que em dezembro e 50,6 pontos acima de janeiro de 2009. Nesse caso, além de os preços estarem próximos às máximas de meados de 2008 - apesar da queda de ontem nas bolsas -, o desempenho das lavouras vem até surpreendendo, sobretudo após meses de preocupação com eventuais reflexos adversos do fenômeno climático La Niña.
Mato Grosso - Em Mato Grosso, que lidera a produção do grão no Brasil e teve que atrasar o plantio em quase um mês por causa da estiagem provocada pelo evento, a recuperação foi praticamente completa. Segundo o último levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a área plantada no Estado somou 6,413 milhões de hectares em 2010/11, 3,2% a mais que no ciclo passado, e a colheita, que está atrasada mas prossegue, deverá render 19,2 milhões de toneladas, um novo recorde.
Produção - Conforme números também frescos da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a produção brasileira de soja alcançará 68,8 milhões de toneladas na temporada atual, também um novo recorde histórico. Em janeiro, a entidade estimava 67,2 milhões. Em 2009/10, foram 68,7 milhões de toneladas, segundo a Abiove. Algumas consultorias já preveem 70 milhões de toneladas. (Valor Econômico, com Reuters)
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O Índice de Preços de Alimentos da FAO, braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, voltou a bater recorde em janeiro, pelo segundo mês consecutivo. O indicador, composto a partir do comportamento dos preços de uma cesta formada por carnes, lácteos, cereais, óleo e gorduras e açúcar, subiu 3,5% em relação a dezembro e atingiu 231 pontos. Desde junho de 2010, quando adversidades climáticas começaram a ceifar a safra de grãos de Rússia e países vizinhos, o índice apresenta apenas variações positivas.
Tendência - "Os preços dos alimentos vão continuar muito altos, mais que em 2011, e até agosto não vejo correção significativa", disse Abdolreza Abbassian, economista da FAO, ao Valor. Ele lembra que, na situação atual, os principais ganhadores serão os Estados Unidos, maior exportador agrícola do mundo, o Brasil, que exporta quase tudo no setor, e também a União Europeia, por causa de seus embarques de grãos. A nova alta do índice também reforça a posição da França de buscar no G20 maneiras de regular o mercado agrícola e coibir a grande volatilidade atual. O Brasil vê com preocupação ideias de intervenção direta nos mercados.
Carnes - Dos índices específicos que compõem o "Food Price Index" consolidado da FAO, apenas o referente às carnes não apresentou elevação em janeiro na comparação com dezembro. Na Europa houve até queda, em virtude do escândalo provocado pela contaminação de rações com dioxina, uma substância cancerígena, na Alemanha. Todos os demais índices específicos subiram. No dos cereais, houve alta de 3%, mas o patamar do mês passado ainda é 11% inferior ao pico de abril de 2008, quando uma disparada global dos preços de alimentos deflagrou revoltas nas ruas em diversos países.
Reação - A escalada atual também já motiva reações em vários mercados. Na Tailândia, segundo maior país exportador de açúcar do planeta, atrás do Brasil, os clientes são aconselhados a só comprarem até três pacotes do produto cada vez nos supermercados, enquanto o governo tenta frear a alta de custos. Já a Indonésia está sendo obrigada a fazer grandes importações de arroz depois que a produção doméstica sofreu com pesadas chuvas. A inflação subiu para 7%, alimentada pela alta de 16% nos preços de commodities. No Brasil, que resiste a intervenções diretas nos mercados agrícolas globais, o índice de commodities agropecuárias do Banco Central atingiu o pico de 186,99 pontos em janeiro, 4,44% a mais que em dezembro, e acentuou ainda mais as já agudas preocupações inflacionárias.
Pressão - A FAO constatou que, globalmente, a pressão altista dos alimentos não diminuiu e que a fatura vai pesar para os países pobres que são importadores líquido de alimentos. Segundo o economista Abdolreza Abbassian, o único fator positivo até agora é que alguns países vêm obtendo boas colheitas e podem manter os preços domésticos de produtos de base mais baixos que os internacionais. Mas nem sempre isso é verdade. No Brasil, as cotações do milho no mercado interno subiram mais de 60% em relação ao mesmo período do ano passado, como informou recentemente o Valor. (Valor Econômico)
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As vendas de produtos orgânicos no Brasil alcançaram R$ 350 milhões em 2010. O valor é 40% superior ao registrado em 2009, conforme os números divulgados pelo Projeto Organics Brasil, organização não-governamental (ONG) que reúne empresas exportadoras de produtos e insumos orgânicos. "Esse crescimento representa a difusão do setor. Cada vez mais pessoas buscam informações sobre produtos orgânicos e, consequentemente, consomem mais esse tipo de alimento", destaca o coordenador do Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias. "As novas regras para a cadeia produtiva de orgânicos, que passaram a ser obrigatórias a partir de 1º de janeiro deste ano, fomentam ainda mais o crescimento do setor", diz.
Exportações - O mercado externo de orgânicos também cresceu em 2010. As 72 empresas associadas ao Organics Brasil, que representam mais de 60% do setor, exportaram cerca de U$ 108 milhões no ano passado, segundo levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Esse valor é 30% superior às receitas geradas em 2009. Os produtos mais exportados são os do complexo soja (grão, farelo e óleo), açúcar, café, cacau e frutas (abacaxi, mamão e manga). Os principais países consumidores são Holanda, Suécia, Estados Unidos, França, Reino Unido, Bélgica e Canadá.
Feiras - Rogério Dias destaca também que o número de feiras de produtos orgânicos tem crescido bastante no país, o que também favorece e incentiva a comercialização. Segundo o coordenador, hoje, os produtos orgânicos mais procurados pelos brasileiros são as hortaliças, legumes, frutas e produtos processados como sucos, arroz, açúcar e café. "O consumidor busca esses produtos nas feiras agroecológicas, onde há uma relação de confiança com o agricultor, que garante a origem dos alimentos oferecidos", ressalta Dias.
Regulamentação do setor - De acordo com o Ministério da Agricultura, cerca de 5,5 mil produtores já estão de acordo com as novas regras de produção orgânica. Desde o dia primeiro de janeiro, o produto comercializado na rede varejista como orgânico deve conter o selo do Sistema Brasileiro de Conformidade Orgânica. Durante alguns meses, os consumidores ainda poderão encontrar produtos sem o selo em função da comercialização de parte dos estoques produzidos em 2010. Os agricultores que vendem em feiras livres não recebem o selo, mas também devem estar cadastrados no Ministério da Agricultura.
Adequação - Quem ainda não se cadastrou no sistema deve se adequar às novas regras e vincular-se a alguma entidade certificadora. Produtores que fazem venda direta devem se cadastrar no hosite do Ministério da Agricultura. Os interessados também podem procurar as superintendências federais do Ministério da Agricultura para as orientações sobre o processo de regularização.
Instrumentos - A legislação brasileira estabelece três instrumentos para garantir a qualidade dos alimentos: a certificação, os sistemas participativos de garantia e o controle social para a venda direta sem certificação. Os agricultores que buscarem a certificação e estiverem de acordo com as normas poderão usar o selo oficial nos seus produtos. O selo é fornecido por certificadoras cadastradas no Ministério da Agricultura que são responsáveis pela fiscalização dos produtos. (Mapa)
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O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, vai discutir com o governo brasileiro formas de ressuscitar as negociações da Rodada Doha de liberalização comercial e também reafirmar interesses comuns dos dois países para lidar com a subvalorização da moeda chinesa, em visita que faz a Brasília e São Paulo na próxima segunda-feira.
Interesse - "Os dois países têm interesse em dar prosseguimento às discussões de Doha", disse ao Valor um funcionário do Tesouro, sem apontar nenhum caminho concreto. Segundo essa fonte, a Rodada Doha certamente fará parte da agenda econômica da visita do presidente americano, Barack Obama, ao Brasil em março. As negociações estão emperradas desde 2008, devido sobretudo à resistência de economias avançadas em cortar subsídios agrícolas.
Subvalorização - Os EUA afirmam ter interesses comuns com o Brasil em relação à subvalorização da moeda chinesa, porque os dois países mantêm regimes de câmbio flutuante. " "É importante que grandes economias emergentes também permitam que suas taxas de câmbio respondam às forças de mercado", afirmou o funcionário do Tesouro. No governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a equipe econômica manteve posição ambígua em relação à manipulação da moeda chinesa, apontando a política monetária expansionista dos EUA como o principal motor da valorização do real, ao alimentar fortes fluxos de capitais estrangeiros ao país. A presidente Dilma Rousseff, porém, tem indicado que adotará uma postura mais dura em relação à China.
Déficit - No ano passado, o déficit comercial do Brasil com os EUA subiu de US$ 4,5 bilhões para US$ 8 bilhões, o que significa que boa parte do ajuste externo americano recente está recaindo sobre a economia brasileira. Na visão dos EUA, porém, o desequilíbrio comercial entre as duas economias ocorre porque os consumidores americanos estão mais retraídos e reduzindo dívidas, enquanto países emergentes, como a China, continuam baseando o crescimento na demanda externa.
Ajuste - Se países como a China não estimularem a demanda doméstica nem deixarem o câmbio se valorizar, economias com regime cambial mais flexível, como o Brasil, vão arcar com uma parcela maior do ajuste feito pelos consumidores americanos. "De novo, é uma história em que Brasil e EUA têm interesses comuns, não divergentes."
Fluxo capital estrangeiro - Para o funcionário do Tesouro americano, o que realmente está por trás dos fortes fluxos de capitais estrangeiros ao Brasil não é a expansão monetária feita pelo Federal Reserve, mas sim o ritmo mais forte de recuperação econômica no Brasil do que nos EUA. "Temos que trabalhar juntos para administrar as diferentes velocidades de recuperação econômica", afirmou.
Commodities - Nas reuniões em Brasília, Geithner deverá também se mostrar um aliado do Brasil contra eventuais mudanças no mercado mundial de commodities. A França, país que coordena os trabalhos do G-20, defendeu uma regulação nos mercados futuros de commodities para evitar altas exageradas de preços, que têm levado as cotações aos maiores patamares em décadas. O Brasil, como grande exportador de alimentos e outras commodities, é contra mexer nas regras do jogo. "Certamente é preciso melhorar a transparência dos preços e assegurar que esse mercado seja o mais sólido possível", afirmou o funcionário do Tesouro. "Mas acho que temos muita coisa em comum com o Brasil, pois ambos os países têm demonstrado o interesse de ter os preços das commodities determinados pelo mercado."
(Valor Econômico)
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