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CARNES III: Setores questionam bloqueio

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Para o presidente da Associação Paranaense de Suinocultures, Carlos Geesdorf, o bloqueio russo às exportações paranaenses de suínos já ocorre há alguns meses e, como consequência do aumento de oferta do produto no mercado interno, os preços do quilo tiveram redução de aproximadamente R$ 1. ''Não se sabe oficialmente o que os russos alegam, mas esse é um problema constante. Precisamos abrir novos mercados'', alerta.

Medidas - Nesta quinta-feira (02/06) a União Brasileira de Avicultura (Ubabef) e a Associação Brasileira das Empresas Produtoras e Exportadoras de Carne Suína (Abipecs) solicitaram ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, medidas urgentes com relação à decisão do governo da Rússia. De acordo com o gerente de mercados da Ubabef, Adriano Zerbini, a circular russa não descreve os motivos que levaram à tomada de decisão. Segundo ele, o Ministério pretendia entrar em contato com as autoridades russas para solucionar o impasse. ''Essa falta de esclarecimento gera uma especulação negativa quanto ao sistema sanitário brasileiro'', lamenta Zerbini, que espera que a situação seja resolvida antes do dia 15.

 

Confiança- O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) informou, em nota enviada à imprensa, que ''reitera a confiança nas boas práticas de produção por parte das indústrias paranaenses''. Segundo a nota, 16 empresas do setor avícola foram afetadas pela medida no Estado. O Sindiavipar airma que a metodologia usada pela Rússia ''já está sendo objeto de discussão do setor avícola com o Ministério da Agricultura''. O Paraná é o maior produtor nacional de aves e divide com Santa Catarina o título de maior exportador de carne de frango. ''Exportamos para 120 países e não temos nenhum problema com eles'', ressalta o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins. (Folha de Londrina)

RELAÇÕES EXTERNAS: Brasil e Argentina decidem tornar mais rápida concessão de licenças

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Sem acordo para retirar as exigências de licença prévia de importação que violam as promessas de livre comércio do Mercosul, Brasil e Argentina concordaram nesta quinta-feira (02/06) em um pacto de convivência, com o compromisso de "agilizar" a emissão dessas licenças e a sugestão de acordos "voluntários" de cotas de exportação à Argentina para um número limitado de setores industriais brasileiros. A ministra da Indústria argentina, Débora Giorgi, listou os setores em que quer limitar exportações brasileiras: calçados, têxteis (cama, mesa e banho), máquinas agrícolas, eletrodomésticos e freios e baterias de automóveis para o varejo.

Universo - "A exigência de licenças de importação, no caso do Brasil, cobre um universo que não chega a 20% das exportações brasileiras à Argentina, que cresceram 34% no ano passado", ponderou Giorgi, ao afirmar que "definitivamente não faz parte da política industrial argentina reter produtos na alfândega ou atrasar licenças de importação." Ela reconheceu, porém, que a Argentina, como parte de sua política industrial, quer aproveitar sua competitividade em agricultura para desenvolver a fabricação local de tratores e colheitadeiras e incluiu esses produtos entre os "sensíveis", que deverão ter limitações de entradas no mercado argentino. Ela garantiu que está havendo liberação de licenças para as três principais empresas do setor, que se queixam, porém, de retenção de produtos na alfândega.

 

Crise - Giorgi reuniu-se por mais de duas horas com o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, em Brasília, para resolver a crise gerada pelos atrasos na liberação de mercadorias nas aduanas argentinas, no início do ano, respondidas com a decisão brasileira de impor exigência de "anuência prévia" na importação de carros argentinos. Os dois decidiram estabelecer reuniões mensais entre os técnicos, para evitar atrasos na emissão de licenças superiores a 60 dias, prazo máximo admitido pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

 

Sinal - Como sinal de boa vontade, Pimentel, que vem sendo pressionado pela indústria automotiva, preocupada com os desdobramentos da crise, informou, na reunião, estar disposto a liberar as licenças de entrada automóveis em no máximo 15 dias. Conciliador, o ministro negou a existência de crise comercial entre os dois maiores sócios do Mercosul e informou até que desengavetou, para análise, um antigo pedido da Argentina, de financiamento do BNDES para compra de caminhões argentinos, fabricados em parte com componentes importados do Brasil.

 

Caminhões - "Há possibilidade muito grande de incluir caminhões argentinos na linha do Finame, do BNDES, até porque têm muitas peças brasileiras", disse Pimentel, ressalvando que a decisão cabe ao Conselho do BNDES. Recusando-se a retirar a exigência de licenças de importação prévias, porém, ele insistiu, na reunião reservada e na entrevista à imprensa que se seguiu, que a medida não tem como alvo a Argentina, mas o monitoramento das importações crescentes de carros, de todos os destinos.

 

Prejudiciais - Ao falar aos jornalistas, Giorgi reproduziu seus argumentos para mostrar que as licenças não automáticas de importação de automóveis são prejudiciais ao Brasil, porque as partes e peças de origem brasileira compõem grande parte dos carros fabricados no país vizinho. Ela lembrou que, no ano passado, o setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas gerou um déficit na relação bilateral de US$ 2 bilhões, e que, nos primeiros quatro meses do ano, o déficit já chegou a US$ 1 bilhão.

 

Alteração - Na prática, com a tentativa de conter as compras de máquinas brasileiras por argentinos, Giorgi está alterando oficiosamente o acordo automotivo do Mercosul, que estabeleceu limitações para comércio de autos, partes e peças, mas não criou limites no comércio de máquinas como tratores e colheitadeiras. Ela comemorou o anúncio, por empresas do setor, de instalação de fábricas em território argentino, uma delas com início de operação em junho. Após descrever como outros países incorporaram ao setor agrícola um setor industrial sofisticado, "empregador de mão de obra e gerador de tecnologia", Giorgi, sorrindo, concluiu: "Essa é a política industrial argentina."

 

Promessas - Embora adotasse o mesmo tom conciliador de Pimentel, Giorgi foi bem mais econômica nas promessas, e se comprometeu apenas a "agilizar" a liberação de importações nos itens referentes ao Ministério da Indústria - deixando de lado as barreiras sanitárias, fitossanitárias e técnicas, como as que, na Páscoa, impediram a entrada de chocolates e doces do Brasil. Os produtos que enfrentam atrasos superiores a 60 dias por demora do ministério são só 0,3% do comércio bilateral, minimizou ela. (Valor Econômico)

SOJA: Vencedores do Concurso Estadual de Redução de Perdas são premiados

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A Comissão Organizadora do VIII Concurso Estadual de Redução de Perdas na Colheita da Soja faz nesta sexta-feira (03/06), em Maringá, a divulgação e premiação dos vencedores da competição que nesta safra teve a inscrição de 256 operadores, em 14 municípios da região. A média nacional de desperdício de grãos na colheita de soja, segundo a Embrapa, é estimada em 120 quilos por hectare; no Paraná este índice fica na casa dos 60 quilos por hectare. Nos 55 mil hectares colhidos pelos operadores que participaram do Concurso, a média de perdas foi de 20,09 quilos por hectare. Isso significa que, comparado com a situação estadual, os colhedores deixaram de desperdiçar o equivalente a 36,5 mil sacas de soja na região de Maringá. Este volume na cotação do grão desta semana daria R$1,64 milhão, ou o equivalente a 34 novos tratores de 55 CV, cotados pelo Programa Trator Solidário.

Máquinas - O extensionista Joaquim Nereu Girardi, coordenador do Concurso, destaca que os operadores colheram com máquinas de todas as marcas e, o mais importante, algumas com tempo de uso superior a 25 anos. "Com base nisso, concluímos que as perdas não dependem do ano de fabricação da máquina e sim da situação da cultura, quanto aos aspectos relacionados à população de plantas, época de semeadura, infestação de ervas daninhas, umidade dos grãos; das condições da colhedora, nos aspectos de regulagens e manutenção;  e da habilidades do operador", comenta. Segundo o técnico, os cursos para treinamento dos operadores, filhos de proprietários de máquinas e funcionários, realizados nos últimos anos junto com o Senar também têm contribuído para a redução dos volumes de perdas. Os 30 melhores classificados no Concurso receberão prêmios que foram patrocinados por empresas da região ligadas à atividade do agronegócio. O primeiro colocado leva para casa, nesta noite, uma moto zero quilômetro de 125 CC.

 

Maior - O concurso, considerado o maior no gênero em todo o Brasil, é promovido pelo Governo do Estado, através da Emater, uma autarquia da Secretaria de Estado da agricultura, em parceria com Sociedade Rural de Maringá, Agro-Júnior/UEM, Cesumar e Prefeituras Municipais e tem o apoio dos patrocinadores dos prêmios.A divulgação dos melhores classificados no Concurso acontecerá na tradicional Festa da Soja que reúne todo o ano cerca de mil pessoas. Entre elas, agricultores, técnicos, lideranças do agronegócios e autoridades políticas do Estado. O secretário de estado da agricultura, Norberto Ortigara, e o diretor-presidente da Emater, Rubens Niederheitmann, também confirmaram presença no evento.

 

Serviço - Festa da Colheita / Data: 03 de junho de 2011/ Horário à partir das 19h / Local: Sociedade Rural de Maringá - Av. Colombo - Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro - Pavilhão Azul. (Assessoria de Imprensa da Emater)

FAZENDA: Governo paranaense aprova decisão do STF sobre incentivos fiscais

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O secretário estadual da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, afirmou nesta quinta-feira (02/03) que é muito bem-vinda a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de considerar inconstitucionais medidas de incentivo fiscal criadas por diversos estados brasileiros - a partir da redução de alíquotas de ICMS em operações interestaduais - sem anuência do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Segundo Hauly, o julgamento vai ao encontro do trabalho que está sendo feito desde o início do ano pelo governo paranaense, Confaz e pelo Fórum dos Estados do Sul e do Sudeste, criado em maio para pacificar a guerra fiscal. "Era uma decisão esperada", comentou.

Política - De acordo com o secretário, o entendimento do Supremo sobre incentivos fiscais não afeta a política de atração de empresas em vigor no Paraná. "As decisões não têm qualquer efeito sobre o programa Paraná Competitivo, porque se trata de programa interno, baseado em lei estadual, que não abre mão de receita, apenas a posterga", explica Luiz Carlos Hauly.

 

Alíquota zero - Hauly lembrou que em reunião recente com o ministro Guido Mantega o governador Beto Richa defendeu a redução para zero das alíquotas de ICMS nas operações interestaduais. "Mas os 4% propostos pelo Ministério da Fazenda são aceitáveis", disse. O Paraná também pediu o fim da redução nas alíquotas de importação e que seja acelerada a diminuição interna das alíquotas de toda a cadeia alimentar.

 

Outros atrativos - O secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, avalia que o Paraná tem outros atrativos para receber as empresas interessadas em se instalar no Brasil. "A decisão é boa e precisa ser implantada. Temos energia, ótima localização geográfica, infraestrutura e qualificação profissional para oferecer aos investidores. É o nosso diferencial", afirmou o secretário. Ele reforça que o programa Paraná Competitivo não será afetado com a decisão do STF, pois apenas posterga o pagamento do imposto.

 

Confaz - As leis de incentivo estarão no centro das discussões da próxima reunião do Confaz, que será realizada em Curitiba entre 6 e 8 de julho. Hauly acredita que a reunião do Confaz vai tomar decisões importantes com relação ao ICMS e acredita que elas serão "propositivas e importantes para a economia dos estados". "Esta reunião pode ser decisiva e definitiva para todos os pontos da guerra fiscal, principalmente agora com as decisões da Justiça", disse.

 

Efeitos - Para o secretário, ainda não é possível avaliar os efeitos do julgamento do STF sobre as transações realizadas com base nas normas que foram derrubadas. "É preciso esperar pela publicação da decisão", disse. Hauly afirma que, a partir daí, os estados resolverão de forma conjunta as medidas que podem ou devem ser tomadas. Ele disse também que espera que o Supremo agilize a apreciação de outras ações sobre a guerra fiscal. "Isso ajudaria muito na pacificação do setor", afirma. O secretário defende a redução das alíquotas de ICMS nas operações interestaduais - "de preferência a zero, mas os 4% propostos pelo Ministério da Fazenda são aceitáveis"; o fim da redução nas alíquotas de importação; e que seja acelerado a diminuição interna das alíquotas de toda a cadeia alimentar. (AEN)

FÓRUM DE MERCADO: Evento discute tendências dos preços das commodities

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As tendências de preços para as commodities agrícolas na safra 2011/12 será um dos temas em debate no Fórum de Mercado que o Sistema Ocepar promove, no dia 10 de junho, das 9h às 16h, em parceira com as cooperativas agropecuárias paranaenses, na sede da Agrária, em Guarapuava, região Centro Sul do Estado. O evento vai ainda tratar das Instruções Normativas publicadas pelo Ministério da Agricultura sobre classificação de trigo e milho; certificação de unidades armazenadoras e política de segregação do trigo. O Fórum é destinado a profissionais dos departamentos da área comercial e operacional das cooperativas e cooperados.

Clique aqui e confira a programação completa do Fórum de Mercado das Cooperativas do Paraná

RAMO CRÉDITO II: Mês dos Namorados é comemorado com sorteio de notebooks

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COAMO I: A base do processo produtivo

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A safra de soja deste verão teve um significado especial para o cooperado Albino Coltro, de Manoel Ribas, no Centro do Paraná. Orientado pela Coamo, ele destinou parte da sua lavoura para a produção de sementes e experimentou um sentimento que até então desconhecia: a oportunidade de dividir o resultado do seu trabalho por meio da multiplicação de sementes, já que elas são a base do processo produtivo, representando mais de metade do sucesso da lavoura.

Trunfo - Mais experiente nesse negócio, o cooperado Valentino Menegatti Júnior, de Mangueirinha, no Sudoeste paranaense, aponta que a produção de sementes é o grande trunfo do agricultor. "Dela, depende a colheita do ano e das safras seguintes. Então, posso garantir que essa função social está ligada, diretamente, à questão cultural do agricultor, que busca contribuir com o desenvolvimento de toda a sociedade", enfatiza. "O resultado do nosso trabalho não será aproveitado apenas por nós mesmos. Outros produtores também se beneficiarão. Sendo assim, é uma atividade que pressupõe uma grande responsabilidade na busca constante pela qualidade na produção de cada material multiplicado na propriedade", acrescenta o cooperado.

 

Vetores de tecnologias - O sentimento de Coltro e Menegatti está fundamentado em um conceito de produção responsável, seguido à risca pela Coamo desde a sua fundação, há 40 anos. Para a cooperativa, no campo a semente é sinal de uma nova vida. "Hoje, quase tudo está na semente. Ela é vetor de tecnologias e tem potencializado os resultados das últimas safras", aponta João Batista da Silveira Luiz, responsável pelo Laboratório de Produção de Sementes da Coamo. Ele cita como exemplos as produtividades alcançadas pelas cultivares de soja, nesta safra, nas regiões Sul do Paraná e Oeste de Santa Catarina. "Efeito da carga genética que as sementes carregam e transferem para a planta", considera.

 

Insumo principal - Com os avanços em melhoramento propiciados pelas obtentoras do banco genético de sementes, as características desejadas pelos agricultores expressam cada vez mais os seus potenciais. "Não é um produto isolado que faz isso e, sim, a semente", afirma Ivo Marcos Carraro, diretor-executivo da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec). O dirigente lembra que é possível cultivar uma lavoura sem adubo ou sem agroquímicos. "No entanto, sem a semente esse processo não acontece. Sendo assim, no contexto da produção de grãos o principal insumo, sem dúvida, é a semente", completa Carraro.

 

Características desejadas - Anualmente a pesquisa oficial lança novos materiais no mercado. E eles são cada vez mais competitivos. "Uma semente de alto potencial é responsiva, quando se trata de atender a demanda do mercado. Do contrário, não adianta melhorar essa tecnologia", explica Roberto Destro, gerente de Sementes da Coamo. Entre as características desejadas pelos produtores rurais está a transgenia, a precocidade, a tolerância ao acamamento, a arquitetura indeterminada e a alta produtividade. "Todos esses fatores, juntos, determinam a escolha do agricultor. Entretanto, o fator produtividade ainda é o que mais enche os olhos do homem do campo", salienta Destro. (Imprensa Coamo)

COAMO II: Dos campos dos cooperados para as lavouras do Brasil

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A Coamo produz sementes por meio de um processo de certificação própria de soja, trigo e aveia preta. A multiplicação é feita em campos próprios dos cooperados e o beneficiamento em 13 Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBS's), localizadas em regiões aptas para a atividade sementeira nos estados do Paraná e Santa Catarina. O diretor-presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, explica que o mercado paga um prêmio aos produtores rurais por cada saca de semente produzida por eles. "É mais uma fonte de renda para os nossos cooperados, que são recompensados por essa multiplicação", avalia Gallassini. O dirigente adianta que para a safra 2010/11 a cooperativa produzirá cerca de 1,3 milhão de sacas de 50 quilos de sementes de soja, 600 mil de trigo e 200 mil de aveia preta, totalizando 2,1 milhão de sacas de sementes. "Com esse volume atendemos não apenas os nossos cooperados, como também os produtores rurais de várias partes do país", garante Gallassini.

Bem recebida - Na propriedade de Menegatti, a produção de sementes já está inserida no projeto anual de trabalho há diversos anos. Ele é multiplicador desde 1982, e conta que região de Mangueirinha favorece a produção das sementes, principalmente em função do clima. "A nossa semente é uma das melhores do Brasil. Para onde ela for, com certeza, vai ser bem recebida pelos agricultores e ter resultados satisfatórios no campo", afirma o cooperado, que, no caso da soja, tem destinado 40% da área de cultivo para a produção de sementes.

 

O processo de produção e o controle da qualidade - Da multiplicação ao beneficiamento; da análise à comercialização, o processo de produção e certificação de sementes da Coamo tem como ponto-chave a qualidade. Todo o sistema é rastreado, já que a cooperativa é auto-certificadora do produto, com a anuência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As sementes são classificadas em quatro tamanhos (5,5, 6,0, 6,5 e 7,0 milímetros), oferecendo maior uniformidade ao plantio e menor descarte no beneficiamento. A qualidade fisiológica da produção é garantida por meio de testes de vigor, germinação e sanidade.

 

Laboratório próprio - Feita em laboratório próprio, a análise da semente garante a pureza varietal e o grau de germinação e vigor. Desde 2003, os testes realizados constam de um sistema de gestão da qualidade baseado na versão atualizada da norma NBR ISSO/IEC17025, que garante qualidade ao processo de análise das sementes. Além disso, a Coamo mantém parcerias com empresas e instituições de pesquisa oficiais e privadas. Todo o processo, da multiplicação à comercialização, obedece a padrões de identidade e qualidade, como a lei 10.711; o decreto 5.173; e as instruções normativas 09 e 25.

 

Controle de qualidade - Para assegurar as garantias do alto grau de germinação e vigor, oferecidas aos cooperados e demais usuários das Sementes Coamo, a cooperativa realiza um controle interno de qualidade, por meio de testes de solo. Eles são conduzidos alguns dias antes das entregas das sementes aos agricultores. "É como se fosse uma última análise do potencial do material, muito valorizado pelos produtores rurais", revela Roberto Destro, gerente de Sementes da Coamo.

 

Germinação e vigor - O teste é aplicado com o propósito de conferir e garantir o percentual de germinação e vigor das sementes, momentos antes do plantio. Anualmente, são realizados mais de seis mil testes de solo. Eles são conduzidos em condições semelhantes às que os agricultores têm no campo. "O controle visa apontar o stand ideal para cada espécie de cultivar, e obedece rigoroso monitoramento e controle, buscando oferecer mais segurança ao sistema de qualidade da produção de sementes da cooperativa", completa Destro. (Imprensa Coamo)

COPACOL: Reunião semestral atualiza avicultores

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Os produtores que participaram no mês de maio das reuniões semestrais de avicultura, promovidas pela Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata), nas unidades de Cafelândia, Nova Aurora, Jesuítas e Formosa do Oeste, receberam informações sobre como colocar em prática a nova sistemática para o tratamento da cama dos aviários. A apresentação da nova sistemática foi realizada pelo médico veterinário e supervisor da integração Avícola da Copacol Rafael Piovezan, após um estudo detalhado a campo, envolvendo 35 aviários integrados à cooperativa.

Custo benefício - A avaliação dos diferentes métodos testados indicou que o sistema de enleiramento da cama, já utilizado pelos produtores, foi o que apresentou o melhor custo-benefício. Segundo Rafael Piovezan, devido às semelhanças nos resultados zootécnicos alcançados, o enleiramento da cama, além de ter um custo-benefício melhor para os produtores, preserva o meio ambiente devido à economia do uso de maravalha. "Após os resultados ficou definido que os avicultores realizarão o tratamento com retirada parcial da cama do aviário, iniciando na área do pinteiro, a troca total da cama, será no décimo quinto lote", finaliza Rafael. Para os integrados que estão com o lote em andamento, em cada caso existe um protocolo definido, ficando a cargo da Equipe Técnica de Fomento da Copacol o repasse da orientação para os avicultores.

 

Desafios do manejo inicial - "Os primeiros 15 dias são fundamentais para que os frangos se desenvolvam e alcancem resultados econômicos positivos no final de cada lote", afirma o médico veterinário e consultor técnico Alexandre Zocche, que falou sobre o manejo inicial das aves durante as reuniões. Segundo Alexandre, já na chegada dos pintainhos nos aviário os produtores devem manter uma uniformidade da temperatura utilizando os equipamentos indicados, disponibilizando um ambiente em que as aves possam se sentir à vontade e estimuladas para o consumo de ração e água. "Se os produtores seguirem corretamente as orientações técnicas priorizando uma ambiência e manejo adequado das aves, os resultados no final de cada lote serão satisfatórios", afirma Alexandre.

 

Rações - As reuniões também contaram com apresentação do sistema de distribuições de rações ministrado pelo supervisor do departamento de Transportes da cooperativa, Marcos Effting, que reforçou a importância dos produtores se programarem com antecedência quando precisarem realizar pedidos de rações. Para finalizar, o diretor-presidente da cooperativa, Valter Pitol, fez uma análise do mercado avícola nesse primeiro semestre e uma previsão para os próximos meses, destacando a grande oferta no mercado interno, que recuaram os preços da carne de frango. (Imprensa Copacol)

CÓDIGO FLORESTAL I: Líder do governo pede seis meses a Dilma para Senado avaliar projeto

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O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), pediu nesta quarta-feira (01/06) que a presidenta da República, Dilma Rousseff, dê um prazo de seis meses para que o Senado analise a reforma do Código Florestal. A solicitação também envolve a prorrogação do decreto que suspende os efeitos da Lei de Crimes Ambientais pelo mesmo período. O decreto vence no próximo dia 11. O assunto foi discutido no almoço oferecido por Dilma à bancada do PMDB. Os senadores do PMDB saíram do encotnro sem a resposta da presidenta sobre o pedido de prorrogação do decreto. "A presidenta ouviu o pleito, ficou de analisar, no fim desta semana deveremos ter uma posição", afirmou Jucá. Segundo os senadores, com a chegada do projeto de reforma do Código Florestal ao Senado nesta quarta, a Casa ficaria com o prazo apertado para analisar o projeto antes que os produtores rurais fiquem em situação de ilegalidade. (Agência Brasil)

CÓDIGO FLORESTAL II: Grupo irá propor lei florestal para o Paraná

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Um debate sobre as consequências e as oportunidades de mercado com a aprovação do novo Código Florestal Brasileiro marca o lançamento do grupo de trabalho para elaboração do anteprojeto de Lei Florestal do Paraná. O evento será realizado na sexta-feira, (03/06), em Curitiba (PR), no auditório da OAB-PR, a partir das 9 horas. Participam das discussões o deputado estadual Rasca Rodrigues, o assessor jurídico da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Paulo de Tarso Lara Pires, o diretor da Valor Florestal, Edson Balloni, o engenheiro agrônomo e representante da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná, Luiz Antonio Luchesi, e Alessandro Panasolo, representando a OAB-PR.

Serviço - Debate: Novo Código Florestal Brasileiro - oportunidades de mercado / Data: 3 de junho / Horário: 9 horas / Local: Auditório OAB-PR - Rua Brasilino Moura, 253 - Ahú - Curitiba - PR / Inscrição no local / Ingresso: 1kg de alimento não perecível/ Informações: www.direitoambiental.ufpr.br / (41) 3350.5784 / 3350.5696 / Realização: PECCA Direito Ambiental - UFPR e OAB-PR /Apoio: APEF (Associação Paranaense dos Engenheiros Florestais), APRE e AEAPR - Curitiba (Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná). (Assessoria de Imprensa)

ORGÂNICOS: Aprovada lista de especificação para produtos fitossanitários

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A Instrução Normativa que aprova as primeiras "especificações de referência" para produtos fitossanitários - insumos para prevenção e controle de pragas e doenças da agricultura orgânica - foi assinada pelos secretários de Defesa Agropecuária (SDA), Francisco Jardim, e de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), Erikson Chandoha, na manhã desta quarta-feira (01/06), em Brasília. A lista com os produtos liberados será divulgada até o final desta "Semana Nacional dos Orgânicos" no Diário Oficial da União (DOU). A cerimônia de assinatura aconteceu durante a reunião da Câmara Temática de Agricultura Orgânica.

Protocolo - Após a publicação da norma, o produtor poderá protocolar pedido no Ministério da Agricultura, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para conseguir o registro do insumo criado. Após a aprovação da solicitação, uma faixa branca com as letras em preto deverá ser colocada no rótulo e na bula com os dizeres: "Produto fitossanitário com o uso aprovado para a agricultura orgânica". É a garantia para o comerciante e para o consumidor de que o produto é testado e aprovado pelo governo federal.

 

Autorização - O fabricante só poderá criar e comercializar produtos fitossanitários com as substâncias autorizadas pelo Ministério da Agricultura, definidas pela Instrução Normativa nº 64/208. "Pretendemos aprovar até o final deste ano cerca de 90 especificações. Com isso, avançaremos na disponibilidade de insumos no mercado para a agricultura orgânica", afirmou o secretário da SDC, Erikson Chandoha.

 

Integração - Para o secretário da SDA, Francisco Jardim, o setor agrícola de orgânicos cresce cada vez mais graças à integração entre o Ibama, Ministério do Meio Ambiente, Anvisa e Ministério da Agricultura. "Hoje, temos no Brasil mais de 1,8 milhão de hectares utilizados para o cultivo de produtos orgânicos. Chegamos a esse patamar devido à atenção e aos cuidados que o setor está recebendo dos órgãos do governo", destacou Jardim.

 

Produtores - No Distrito Federal existem cerca de 180 produtores orgânicos, responsáveis por inserir R$ 8 milhões na economia local. "O impacto na economia pode crescer ainda mais, pois cerca de 600 produtores orgânicos devem ser cadastrados", afirma o secretário do SDC.

 

Estudos - Durante a reunião da Câmara Temática dos Orgânicos foi anunciada também a proposta de expansão dos núcleos de estudos em agroecologia. A intenção do Ministério da Agricultura é criar uma parceria com o Ministério da Educação e incentivar a criação de cursos ligados ao setor para formar mais técnicos da área nas instituições de ensino. O objetivo é atender a todos os produtores que tiverem interesse em cultivar orgânicos.

 

Lançamento - Houve, ainda, o lançamento do caderno do Plano de Manejo Orgânico, e dos livros "Orientações técnicas para produção de leite de cabra em sistema orgânico" e "Produção de ovos em sistema orgânico", os dois últimos da Embrapa. À tarde, representantes do setor vão discutir as diretrizes da Política Nacional dos Produtos Orgânicos.

 

Semana de alimentos orgânicos - A 7ª Semana dos Alimentos Orgânicos no Brasil, que acontece entre 29 de maio e 5 de junho, chama a atenção para as formas de identificação do produto orgânico: o selo brasileiro oficial e a declaração de cadastro do agricultor familiar. O evento é organizado regionalmente, pelas Superintendências Federais de Agricultura nas unidades da federação. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é responsável pela articulação nacional entre as regiões e as instituições governamentais e privadas envolvidas. (Mapa)

CARNES I: Rússia proíbe importações de carne de 89 empresas brasileiras

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A Rússia, um dos maiores importadores de proteínas do Brasil, anunciou nesta quinta-feira (02/06) que a partir do próximo dia 15 estarão proibidas as importações de carne e produtos de carnes de 89 empresas de três estados brasileiros: Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná. De acordo com Alexei Alexeyenko, porta-voz do órgão para segurança alimentar no país, os produtos não atendem ao padrão russo, diz a agência de notícias russa Interfax. "Com a decisão, expressamos nossa desconfiança com relação aos serviços veterinários destes estados, que não puderam garantir o cumprimento dos requisitos", afirmou Alexeyenko.

Inspeção - A inspeção realizada este ano no Brasil revelou várias deficiências no funcionamento dos serviços veterinários do país sul-americano, apontou o porta-voz em declarações à agência. São 23 empresas do Mato Grosso (16 delas produtoras de carne bovina), 27 do Rio Grande do Sul (10 que produzem carne de frango) e 39 no Paraná (16 delas produtoras de carne de frango e 11 de carne suína). Antes da proibição, havia 236 empresas brasileiras exportando carne à Rússia.

 

Embargo - "Essencialmente, o embargo é um voto de não-confiança nos serviços veterinários destes estados, que não foram capazes de introduzir um sistema para atender os requerimentos da União Alfandegária", disse Alexeyenko, de acordo com a agência. O porta-voz acrescentou que mais de 260 carregamentos de carne desses produtores continham parasitas e bactérias de diferentes tipos. Em 2010, o produto brasileiro respondeu por 35%, ou 215 mil toneladas, das importações de carne suína da Rússia; 45%, ou 269 mil toneladas de carne bovina; e 19%, ou 121 mil toneladas, das de carne de frango, segundo os dados do Instituto de Marketing Agrícola de Rússia (G1.com, com informações da Reuters e da EFE)

CARNES II: País pode dobrar embarque de suíno

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As recentes aberturas de mercados à carne suína do Brasil - e as previstas aberturas do Japão e da Coreia do Sul - têm potencial para dobrar as exportações brasileiras do segmento, estima Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Juntos China, Estados Unidos - já abertos - Coreia do Sul e Japão importam 2 milhões de toneladas do produto ao ano. Considerando que, historicamente, o Brasil tem 30% do mercado internacional de carnes, Camargo Neto projeta que o país pode abocanhar 600 mil toneladas desse total em três anos.

Dobro - Como atualmente, o Brasil exporta cerca de 600 mil toneladas de carne suína, isso significaria dobrar as vendas externas a partir de 2014. "Para elevar a exportação em 25% ao ano, a produção de carne suína teria de crescer 4% ao ano, o que é factível", disse o dirigente. O diretor de Assuntos Sanitários e Fitossanitários do Ministério da Agricultura, Otávio Cançado, acaba de chegar de missão a Indonésia, Malásia e Japão, para negociar a abertura desses mercados às carnes do Brasil, conforme comunicado da pasta.

 

Missão japonesa - Em Tóquio, foi definida a vinda de uma missão japonesa ao Brasil na segunda quinzena de agosto para verificar o sistema de inspeção de carne suína. Segundo Camargo Neto, como o Brasil já respondeu a questionamentos enviados pelos japoneses e a análise de risco já foi feita, a expectativa é de que processo de abertura do Japão à carne suína in natura brasileira seja concluído até o fim deste ano.

 

Coreia - Os cálculos da Abipecs também consideram a abertura da Coreia, que recebeu missão do Ministério da Agricultura há duas semanas. Segundo o presidente da Abipecs, que esteve na missão, a delegação esclareceu dúvidas levantadas pela autoridade sanitária coreana em relação à carne suína brasileira.

 

Habilitados - A missão do Ministério da Agricultura, encerrada na terça-feira, teve, em sua passagem pela Malásia, a informação de que dois frigoríficos de carne bovina, um de Goiás e outro de São Paulo, foram habilitados a exportar para o país asiático, que exige o abate halal, conforme os preceitos islâmicos. Segundo o ministério, a autorização é o resultado das inspeções realizadas em fevereiro deste ano, pelas autoridades sanitárias da Malásia, a frigoríficos brasileiros. Foram auditadas 22 indústrias de aves e duas de bovinos.

 

Sanitário - De acordo com Cançado, do ponto de vista sanitário, todos os frigoríficos de aves foram aprovados, mas houve restrições quanto a requisitos específicos da Malásia para abate halal. Técnicos daquele país virão ao Brasil para dar o treinamento e adequar o abate para possibilitar as exportações de aves ao país.

 

Exportações - Na Indonésia, também foi acertada a vinda de missão veterinária ao Brasil até o fim do ano para habilitar frigoríficos brasileiros para exportação de peru. Também no Japão, a delegação do ministério concluiu a negociação de um novo certificado sanitário para exportação de carne de aves ao país, que já é grande cliente do Brasil. O documento garante que, em caso de qualquer foco de doença, apenas a área afetada sofrerá restrições para exportar e não o país inteiro, como é hoje. (Valor Econômico)

CARNES III: Brasil cumpre apenas 4% da cota Hilton

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Pelo terceiro ano consecutivo, o Brasil ficará muito distante de cumprir o volume de vendas de cortes nobres bovinos para a União Europeia, ao qual tem direito dentro da chamada Cota Hilton. Estimativa da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carnes (Abiec) indica que o país conseguirá vender apenas cerca de 400 toneladas do volume total de 10 mil toneladas no ano-cota iniciado em julho de 2010 e que se encerra em junho deste ano. No ano-cota anterior, o 2009/2010, o desempenho do Brasil já havia sido pífio. As empresas de carne bovina conseguiram exportar apenas 791 toneladas dentro da cota Hilton, ou menos de 8% do volume total. (Valor Econômico)

COMÉRCIO EXTERIOR I: Exportação brasileira fica mais concentrada

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Nunca um pedaço tão grande da exportação brasileira esteve nas mãos de tão poucos. De janeiro a abril de 2011, 107 empresas exportaram acima de US$ 100 milhões. Juntas, elas responderam por 68% do valor total dos embarques brasileiros. No mesmo período do ano passado, esse valor de exportação foi alcançado por 81 empresas, responsáveis por 61% do valor total embarcado. O resultado indica uma concentração na faixa dos maiores exportadores, já que o número total de quem exportou no primeiro quadrimestre caiu de 13.788 no ano passado para 13.612 em 2011. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento (Mdic).

Pauta - "O superávit comercial do país depende de um número cada vez menor de empresas", comenta Fábio Silveira, sócio da RC Consultores. Há cinco anos, no primeiro quadrimestre de 2006, 14.830 fizeram exportações. O número de empresas na faixa dos US$ 100 milhões era de 69, com 52% do valor exportado pelo Brasil. Sílvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria, diz que a maior dependência de um grupo menor de empresas para a exportação é reflexo da concentração da pauta de produtos vendidos ao exterior pelo Brasil.

 

Básicos - Dados do Mdic mostram que de janeiro a maio de 2011 os básicos representaram 52,1% da exportação total do Brasil. No mesmo período do ano passado, a fatia era de 48,4%. "Há um avanço dos básicos em razão de um ritmo maior da demanda por esse tipo de produto pelos países asiáticos enquanto há um crescimento menor nos países para os quais o Brasil vende produtos manufaturados", diz Campos Neto.

 

Valorização do real - Além da tendência de concentração das exportações em commodities, sejam agrícolas ou metálicas, o que tem intensificado o quadro de concentração é a valorização do real em relação ao dólar, lembra Silveira. Isso, explica, tem afetado mais os fabricantes de produtos manufaturados, com maior densidade tecnológica. "Com o câmbio essa indústria tem sido mais afetada pela perda de rentabilidade para exportar, o que desestimula o fabricante a vender para o exterior." A valorização do real, aponta, acaba tornando-se mais um fator desfavorável ao se juntar a custos que pesam na produção, como mão de obra e carga tributária. Nos produtos básicos, os preços altos, lembra o economista, ainda têm mantido rentabilidade para os exportadores.

 

Diferença - "O fator preço está fazendo a diferença", diz José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Para ele, com a alta de preços de commodities agrícolas e metálicas, aumentou o valor total comercializado no mercado internacional por exportadores desse tipo de produto. Com isso, as empresas que já exportavam acima de US$ 100 milhões passaram a exportar um valor maior. "E as que estavam nas faixas abaixo alcançaram esse patamar maior porque os preços altos elevaram o valor comercializado por elas."

 

Acentuando - Castro lembra que a concentração das exportações vem se acentuando desde 2005, quando a valorização do real frente ao dólar passou a tirar rentabilidade na exportação de produtos industrializados, provocando tendência de queda no número total de exportadores. Levantamento da AEB mostra que em 2001 o valor embarcado por empresa exportadora era de US$ 3,4 milhões. Em 2005, o valor subiu para US$ 6,7 milhões e no ano passado atingiu US$ 10,4 milhões. Ao mesmo tempo aumentou também a participação das empresas que exportam acima de US$ 100 milhões nos embarques totais do Brasil. No primeiro quadrimestre de 2001 essa faixa de empresas representava 34% do valor total exportado pelo país. Em 2005, a fatia saltou para 46% e no acumulado de janeiro a abril do ano passado, para 61%.

 

Manutenção - Castro acredita que a tendência de concentração deve se manter no decorrer do ano em razão da alta de preços, que contribui para o avanço dos básicos na exportação brasileira e para o aumento do valor comercializado por exportadores de commodities. Dados do Mdic mostram que os três principais produtos básicos exportados pelo Brasil atualmente - minério de ferro, soja em grão e petróleo - apresentaram aumento de valor embarcado em maio na comparação com o mesmo mês de 2010. A elevação foi puxada principalmente pelo preço. O valor médio diário do petróleo em bruto exportado no período, por exemplo, aumentou 46,8%, resultado de um aumento de preço de 44,2% e de aumento de volume de 1,8%. (Valor Econômico)

COMÉRCIO EXTERIOR II: Vendas crescem 31% no trimestre

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As exportações brasileiras em valor subiram 31% no primeiro trimestre comparado ao mesmo período de 2010, só perdendo para os 42% da Índia, enquanto as importações subiram 25%, só atrás dos 41% da Rússia e 33% da China, entre as principais economias. No primeiro trimestre, o valor do comércio mundial subiu 22% comparado ao mesmo trimestre de 2010, pela primeira vez atingindo um nível superior ao da pré-crise de julho de 2008.

Queda - O Brasil foi o único dos grandes países que registrou queda no valor tanto das exportações como das importações no primeiro trimestre em comparação ao trimestre anterior, de acordo com dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). De janeiro a março, o valor das exportações brasileiras declinou 10% e das importações 3%, enquanto a média mundial foi nos dois casos de alta de 2%. Os preços de commodities subiram 15% em média nesse período. O comércio em volume cresceu a uma taxa anualizada de 15%. Mas as evidências apontam para desaceleração nas exportações, com queda de novas encomendas em grandes países exportadores. (Valor Econômico)

CENÁRIO: Economia mundial desacelera

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A economia mundial está claramente em desaceleração e o ritmo é mais rápido do que se esperava. O nível de atividade já é o menor desde setembro, num movimento que atinge Estados Unidos, Europa, China, Índia, Coreia do Sul e muitos emergentes, inclusive o Brasil. O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês), que mede a atividade de milhares de fábricas em todo o mundo, divulgado nesta quarta-feira (0 1/06), mostra que essa tendência é quase global, segundo Chris Williamson, economista-chefe da consultoria britânica Markit, que elabora o índice. A ruptura de fornecimento de peças pelo Japão à industria automobilística e ao setor eletrônico, após o terremoto de março, afetou a produção global mais do que se previa. Outro fator foi a alta das commodities, que tirou poder de consumo das famílias.

Nova York - A bolsa de Nova York sentiu  nesta quarta-feira (01/06) o impacto das notícias negativas, inclusive sobre a criação de empregos no setor privado americano, e caiu 2,28%. O barril de petróleo baixou US$ 2,41 e fechou a US$ 100,29 para entrega em julho. A expectativa é de que o preço fique aquém de US$ 90 até o fim do ano.

 

China - A China, que teve um papel importante para estabilizar o crescimento da economia global nos últimos dois anos, vai desacelerar suavemente. Não haverá uma "aterrissagem forçada" na avaliação de boa parte dos analistas. Em meio a medidas do governo para segurar a inflação, a produção de manufaturados já perdeu ritmo e as vendas no varejo desmoronaram. Entre consumir, poupar e investir em imóveis ou ações, a primeira alternativa nunca foi particularmente popular na China. Mas os gastos das famílias chinesas está em declínio maior do que se poderia esperar.

 

Curto período - A boa notícia é que a desaceleração global pode ser curta, pelo menos na previsão do Instituto Internacional de Finanças (IIF), que representa os maiores bancos do mundo. Outros analistas são mais pessimistas, sobretudo porque políticas de estímulo estão sendo retiradas nos países ricos. (Valor Econômico)