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COCARI: 1.200 mulheres cooperativistas se reúnem em encontro anual

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SAFRA 2011/12: Governo lança no fim do mês o Plano Agrícola e Pecuário

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A presidenta da República, Dilma Rousseff, lançará o Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 no dia 29 de junho, no Palácio do Planalto. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, divulgou a data nesta quarta-feira (08/06) durante o nono levantamento de grãos da safra 2010/2011, com previsão de colheita de 161,5 milhões de toneladas. Já havia sido divulgado anteriormente o aumento de crédito para a agricultura empresarial de R$ 100 bilhões para R$ 107 bilhões. O lançamento seria feito na próxima semana, mas devido a compromissos da presidenta Dilma e à viagem de Rossi a Paris a data foi confirmada para o fim do mês. O ministro participa, na França, da reunião do G20 com ministros da Agricultura, quando serão abordados temas como a regulação do mercado de commodities agrícolas com o objetivo de diminuir os impactos de especulações sobre o setor. (Agência Brasil)

GRÃOS: Brasil bate novo recorde: 161,5 milhões de toneladas

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O Brasil vai quebrar novo recorde na produção de alimentos. De acordo com estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, a produção nacional de grãos em 2010/2011 deve chegar a 161,5 milhões de toneladas. "Essa é uma conquista dos produtores rurais e chega em um momento decisivo para a nossa agricultura e pecuária", diz o ministro Wagner Rossi. "Superamos uma marca importante, que nos coloca em uma posição privilegiada no mercado mundial de alimentos". Rossi lembrou que além de garantir o abastecimento do mercado interno, o excedente da produção agrícola brasileira chega a 212 destinos ao redor do globo.

Levantamento - Os dados com as estimativas da safra 2010/2011 constam do novo levantamento realizado pela Conab, divulgado nesta quarta-feira (08/06), em Brasília. Segundo o ministro Wagner Rossi, os dados confirmam a previsão de recorde, com aumento de 8,2%, ou cerca de 12,2 milhões de toneladas a mais que a safra passada. A colheita passada chegou a 149,2 milhões de toneladas de grãos.Segundo a Conab, a produção de grãos cresceu 1,25% - o equivalente a 2 milhões de toneladas - se comparada ao último levantamento, realizado em maio. A área cultivada também aumentou 3,8%, atingindo 49,2 milhões de hectares. Isso representa 1,82 milhões de hectares a mais do que em 2009/10, quando a área plantada foi de 47,4 milhões de hectares.

 

Responsáveis - As ampliações das áreas de cultivo de algodão, feijão - primeira e segunda safras - soja e arroz foram os principais responsáveis pelo crescimento, juntamente com a boa influência do clima sobre o desenvolvimento das plantas. A previsão da safra de milho é também positiva. O levantamento da Conab foi realizado por técnicos, no período de 16 a 21 de abril. Foram consultados representantes de cooperativas e sindicatos rurais, de órgãos públicos e privados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além de parte da região Norte. Abaixo os destaques.

 

Algodão - A cultura teve o maior crescimento percentual em área (1,39 milhão de hectares), com cerca de 66,4% a mais que no ano passado (836 mil hectares). A produção deve chegar a 2 milhões de toneladas da pluma, ou seja, cerca de 800 mil toneladas a mais que o número do levantamento anterior (1,2 milhão de toneladas).

 

Feijão - A área cultivada deve aumentar de 3,6 milhões de hectares registrados no ano passado para 3,9 milhões de hectares, o que representa crescimento de 7,1%.  Já a produção pode alcançar 3,8 milhões de toneladas, elevação de 14,3 % em comparação ao mesmo período de 2010. A área da primeira safra é de 1,4 milhão de hectares, enquanto a da segunda safra deverá atingir 1,7 milhão de hectares e a da terceira safra, 771 mil hectares.

 

Soja - O aumento de área foi de 2,9 %, passando de 20,4 milhões de hectares para 24,1 milhões de hectares. A produção cresceu 9,2%, subindo para 75 milhões de toneladas. A colheita do grão está encerrada.

 

Arroz - A área cultivada registrou crescimento de 3,6% e deve chegar a 2,86 milhões de hectares. A produção apresenta um aumento de 18,4%, ampliando para 13,8 milhões de toneladas a safra anterior, que foi de 11,7 milhões de toneladas.

 

Milho - A produção de milho total deverá ser de 56,7 milhões de toneladas, pouco acima da safra passada (56 milhões de toneladas). Para o milho segunda safra, a estimativa é de 5,7 milhões de hectares, equivalente a um aumento de 8,8%. A produção deve chegar a 21,7 milhões de toneladas.

 

Canola - Nesta safra, a área cultivada deve ser de 89 mil hectares, o que representa um aumento de 11,4% sobre a área anterior, (80 mil hectares). A produção esperada é de 290,8 mil toneladas, 15% a mais que na safra anterior (252,9 mil toneladas). O cultivo é realizado principalmente na Região Sul do país.

 

Trigo - A área planta com trigo deve diminuir em 4,3%, de 2,1 milhões de hectares para 2 milhões de hectares. A produção deve ser de 5,4 milhões de toneladas, com redução de 7,6% sobre a anterior (5,9 milhões de toneladas). As variedades mais semeadas neste ano são as destinadas à panificação. (Mapa, com informações da Conab)

Clique aqui e confira o levantamento da Conab:

AGROSAFRA: Plantio de grãos prossegue com atraso nos EUA

AGROSAFRA: Plantio de grãos prossegue com atraso nos EUA

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Até o último domingo (05/06), 94% do milho, 68% do trigo e 68% da soja foram plantados, sendo que, no mesmo período de 2010 tinham sido plantados, 99%, 97% e 83% respectivamente, apresentando assim, um atraso significativo nos trabalhos de plantio devido a problemas climáticos. "É provável que áreas destinadas inicialmente para a cultura do milho e trigo migrem para a soja", afirma o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti. As informações consolidadas das áreas efetivamente plantadas com cada cultura serão divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) no relatório de encerramento de plantio, em 30 de junho.

 

Trigo de inverno - As condições das lavouras de trigo de inverno estão desanimadoras para os produtores norte-americanos pois 66% das lavouras estão em condições regular/ruim/péssimo e 34% na condição de bom e excelente. Há um ano, 34% das lavouras estavam na condição de regular/ruim/péssimo e 66% na condição de bom e excelente. "Na União Europeia, maior produtor mundial de trigo, a situação também é preocupante, com estiagem na França e Alemanha, onde já são contabilizados perdas de pelo menos 3 milhões de toneladas no trigo de inverno", comenta Mafioletti.

 

Quadro 01 - Evolução da área plantada nos Estados Unidos até 05 de junho de 2011

Culturas

Até 06 de junho de 2011

Até 30 de maio de 2011

Até 06 de junho de 2010

Média de 5 anos

Milho

94%

86%

99%

98%

Trigo primavera

79%

68%

97%

98%

Soja

68%

51%

83%

82%

Fonte: Usda, http://usda.mannlib.cornell.edu/usda/current/CropProg/ - elaboração: Ocepar/Getec - junho/11

 

Mapa 01 - localização da produção de trigo de inverno nos Estados Unidos - concentração das regiões em verde

 

Fonte: Usda, junho de 2011. A produção de trigo de inverno representa 70% da produção Norte Americana de trigo que é estimada para 2011/12 em 55,6 milhões de t.

 

Cotações - Nos últimos 30 dias,  as cotações da soja, milho e trigo na Bolsa de Chicago - Cbot variaram cerca de +3,5%, +2,0% e -4,5%, respectivamente, em relação ao mês anterior. As cotações médias dos contratos negociados na Cbot em 07 de junho foram de:

•·                     US$ 13,90/bushel = US$ 30,65/saca de 60 kg para a soja;

•·                     US$ 7,00/bushel = US$ 16,55/saca de 60 kg para o milho;

•·                     US$ 8,20/bushel = US$ 18,10/saca de 60 kg para o trigo.

 

Quadro 02 - Cotações da soja na CBOT - Chicago Board of Trade em 07 de junho (fechamento)

SOJA

07 de junho

Cotações
(cents US$/bushel)

Cotações
(US$/saca)

Variação - dia ant.
(cents US$/bu)

Variação
(US$/Sc)

jul/11

1394,00

30,72

10,75

0,24

ago/11

1388,00

30,59

10,25

0,23

set/11

1387,00

30,57

13,25

0,29

nov/11

1385,25

30,53

12,50

0,28

jan/12

1392,75

30,70

12,50

0,28

mar/12

1381,00

30,44

2,50

0,06

Fonte: Cbot, www.cbot.com Elaboração: Ocepar/Getec - junho/11 - 1 bushel de soja = 27,216 kg.

 

 

Quadro 03 - Cotações do milho na CBOT - Chicago Board of Trade em 07 de junho (fechamento)

MILHO

07 de junho

Cotações
(cents US$/bushel)

Cotações
(US$/saca)

Variação - dia ant.
(cents US$/bu)

Variação
(US$/Sc)

jul/11

736,50

17,40

4,50

0,11

set/11

717,00

16,94

5,50

0,13

dez/11

676,50

15,98

9,50

0,22

mar/12

688,50

16,26

10,50

0,25

mai/12

696,25

16,45

11,00

0,26

Fonte: Cbot, www.cbot.com Elaboração: Ocepar/Getec - junho/11 - 1 bushel de milho = 25,400 kg.

 

Quadro 04 - Cotações do trigo na CBOT - Chicago Board of Trade em 07 de junho (fechamento)

TRIGO

07 de junho

Cotações
(cents US$/bushel)

Cotações
(US$/saca)

Variação - dia ant.
(cents US$/bu)

Variação
(US$/Sc)

jul/11

733,75

16,17

-10,25

-0,23

set/11

780,50

17,20

-9,75

-0,21

dez/11

837,00

18,45

-6,00

-0,13

mar/12

876,25

19,31

-3,75

-0,08

Fonte: Cbot, www.cbot.com Elaboração: Ocepar/Getec - junho/11 - 1 bushel de trigo = 27,216 kg.

 

Paraná - No Paraná, os preços médios recebidos pelos produtores paranaenses nesta terçafeira (07/06), levantados pela Seab/Deral, para a soja foram de R$ 41,46/saca de 60 kg, de R$ 24,14/saca de 60 kg para o milho e de 26,96/saca de 60 kg para o trigo, com certa estabilidade de preços no período.

 

Quadro 05 - Evolução dos preços da soja, milho e trigo (em R$ por saca de 60 kg)

Culturas

Preços atuais

Preços há 30 dias

Var (%)

Soja

41,46

41,69

-0,55%

Milho

24,14

23,24

+3,9%

Trigo

26,96

27,07

-0,4%

AVES: Brasil caminha para ser o maior exportador de frango

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Dados divulgados nesta quarta-feira (08/06) pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, por sua sigla em inglês) apontam que, em 2011, o Brasil será já o maior exportador de frango do mundo, com um terço do comércio global. Além disso, dá passos importantes para se aproximar dos EUA na liderança da soja no planeta. Setores como carne bovina, milho e arroz também registraram ganhos importantes no ano. Se os avanços são claros no País, a FAO alerta que um salto maior exigirá que o governo dê uma solução aos entraves que a falta de infraestrutura está causando para as exportações nacionais. No setor de carnes, a FAO aponta que o Brasil já o segundo maior produtor do mundo. (DCI - Diário do Comércio & Indústria)

FAZENDA: Fim da guerra fiscal pode começar em Curitiba, diz Hauly

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O secretário estadual da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, acredita que haverá um grande acordo para por fim à guerra fiscal na reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que acontecerá em Curitiba entre 6 e 8 de julho. De acordo com o secretário paranaense, a proposta principal é pacificar a guerra fiscal travada pelas unidades da federação que oferecem benefícios fiscais à revelia do Confaz. "O objetivo, que era nobre, acabou por criar efeito contrário, em que todos perdem: empresários, trabalhadores, governo e consumidor", avalia Hauly.

Pauta - Pauta do encontro está sendo trabalhada por Hauly, em conjunto com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, e o coordenador do Confaz e secretário da Fazenda da Bahia, Carlos Martins Santana.

 

ICMS - Com relação ao ICMS, os secretários de Fazenda discutirão a redução da alíquota em operações interestaduais - que tem o maior peso na guerra fiscal. Também estão na pauta o pleito dos estados menores de dividir o imposto nas transações do comércio eletrônico; a redução da alíquota aplicada a todos produtos primários; a unificação da alíquota de importação e uma nova proposta para a distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE - 25% do IR e do IPI). "Hoje estes recursos são divididos em condições desiguais", diz Hauly.

 

Dívidas - Hauly e Nelson Barbosa conversaram longamente nesta semana para acertar a agenda do encontro do Confaz. Ao lado de questões relativas ao ICMS, o secretário adianta que a repactuação da dívida dos estados junto à União também estará em debate no Conselho. "Com a atuação conjunta dos governos estaduais obtivemos a garantia de que haverá um bom encaminhamento para o problema, que representa hoje um peso excessivo nas finanças dos Estados e impede a ampliação de investimentos", informa o secretário. Hauly explica que os juros pagos pelos estados são indexados ao IGP, mais uma taxa que varia entre 6% e 9%. Com isso, a taxa de juros pode chegar a 21% ao ano, enquanto o governo federal pratica, para si, uma taxa próxima à Selic, que fica entre 10% e 11% ao ano.

 

Simples nacional - Outro tema que estará na mesa de negociações do Confaz é a ampliação do teto do Super Simples Nacional, de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões de faturamento por ano. Este regime especial unifica oito tributos (seis federais, um estadual e um municipal) e, com isso, facilita e reduz a carga tributária de micro e pequenas empresas. (AEN)

PREÇOS: Queda da inflação é movida a etanol

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A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), começou a desacelerar em Curitiba e no país. Em maio, a alta dos preços na capital paranaense foi de 0,50%, índice próximo da média nacional de 0,47% e bem abaixo dos 1,14% de março e 1,23% de abril na capital paranaense.

Etanol - A maior influência nesse resultado foi dos combustíveis, mais precisamente do etanol. O combustível apresentou queda de 14,09% em Curitiba e 11,34% no país. "Essa grande queda em um índice que girava em torno de 0,80% na série histórica ocorreu por causa do avanço na colheita e na moagem da cana-de-açúcar, que aumentou a oferta do produto e fez com os preços recuassem. Um freio no consumo do etanol por parte dos consumidores, por causa da alta anterior nos preços, também ajudou", analisa a coordenadora da pesquisa do IPCA/INPC no IBGE, Eulina Nunes.

 

Redução - O movimento de redução de preços (13% para o álcool e 6% para a gasolina) pela BR Distruibuidora, subsidiária da Petrobras, na primeira quinzena de maio, também influenciou os números. Essa redução faz parte das medidas de combate à inflação do governo federal e tinha sido anunciada ainda em abril. Mesmo com a queda, o etanol permanece com alta de 17,82% no acumulado do ano. Já a gasolina, que teve pequena alta de 1,08% em maio, registra 10,04% no acumulado.

 

Passagens aéreas - As passagens aéreas também tiveram comportamento de queda, com -14,88% em relação a abril. As promoções das companias áereas para compensar o período morno, longe das férias escolares e de verão, seriam o principal fator desses resultados, além da influência dos combustíveis.

 

Acumulado - Entre as 11 regiões metropolitanas pesquisadas, a de Curitiba apresenta a inflação mais alta no acumulado dos quatro primeiros meses de 2011 (4,55%) e nos últimos 12 meses (8,29%). Na capital paranaense, a pressão inflacionária dentro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados para compor o IPCA foi maior em Alimentação e Bebidas. Esse item e outro relacionado a ele, o da alimentação fora de casa, tiveram aumentos de 1,48% e 2,66%, respectivamente, em Curitiba - bem acima das médias nacionais de 0,63% e 0,91%. "Os alimentos mantiveram a mesma tendência de alta dos meses anteriores. No caso dos produtos in natura, como o tomate, a grande causa da alta nos preços foi o clima. O mês de maio foi marcado por algumas tempestades de granizo no estado de São Paulo, que produz mais da metade do tomate brasileiro", avalia Eulina.

 

Previsões - A pesquisadora prefere não falar em previsões para o próximo mês, mas a possível divulgação do limite de reajuste dos planos de saúde familiares e individuais pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), retroativo a abril, e também um reajuste na tarifa da energia elétrica pela Copel, que ocorre todo mês de junho, podem influenciar os preços nos próximos meses. Em maio, os preços com plano de saúde tiveram aumento de 0,59% (2,99% no acumulado do ano), enquanto os da energia elétrica subiram apenas 0,03% em maio, e registram 0,43% no acumulado. A ANS não admite, mas o índice em análise pelo Ministério da Fazenda seria algo em torno de 6,6%. Já a Copel diz que a autorização é feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O reajuste médio da tarifa em 2010 foi de 2,46%. (Gazeta do Povo)

LÁCTEOS: Cooperativas do Sul contra importação de leite

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EVENTO: Seminário na FEA discute relação entre agro e sociedade

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Nesta quinta-feira (09/06), às 9h, na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), ocorre o seminário "Em busca de relações de equilíbrio entre o agro e a sociedade" e o lançamento de uma rede de conhecimento sobre o segmento. O gerente de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileira (OCB), Gregory Honczar, vai representar a entidade, que faz parte da rede de conhecimento criada pelo Instituto de Estudos e Comércio em Negociações Internacionais (Icone) com o objetivo de melhorar a comunicação do setor do agronegócio com a sociedade.

Professores - O seminário será ministrado pelos professores Reinaldo Guerreiro, José Vicente Caixeta Filho e Sigismundo Bialoskorsi Neto. O evento é gratuito, mas é necessário confirmar presença pelo telefone (11) 2626-2385. O encontro será realizado no auditório do edifício FEA-5 da FEA, que fica na Av. Prof. Luciano Gualberto, 908, Cidade Universitária, São Paulo (SP).

 

Informações - Mais informações pelo telefone (11) 2626-2385 ou email Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.. Este endereço está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. (Informe OCB)

SEGUROS: Setor quer novas regras para ampliar cobertura popular

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O mercado segurador se reúne em Brasília (DF) nesta semana para promover a 5ª Conferência Brasileira de Seguros (Conseguro) e pedir ao governo regulação dos microsseguros, aqueles oferecidos à população de baixa renda por valores de até R$ 50 por mês. Desde 2008, o setor pleiteia junto à Superintendência de Seguros Privados (Susep) e ao Congresso Nacional normas específicas para o segmento, ainda sem definição.

Regulação - Para o coordenador Jurídico da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Adriano Alves, o encontro representa uma oportunidade ao Sistema OCB para debater o assunto e requerer do governo a regulação das cooperativas de seguro, permitindo que os consumidores se organizem pelo modelo cooperativista e operem, em comum, seguros privados e microseguros. Segundo Alves, no passado, essas operações eram permitidas ao setor, no entanto, pela falta de justificativa plausível, acabaram proibidas pela legislação.

 

Riscos - "O ambiente cooperativo permite identificar melhor os riscos dos sinistros, evitando a assimetria de informações que geralmente ocorre no mercado, uma vez que os segurados são os próprios seguradores e atuam em comum, sob o regime de mutualidade, contribuindo para a redução dos custos", explica o coordenador Jurídico da OCB. Ele adiantou ainda que está planejando uma consulta à Susep para discutir o assunto, atendendo a solicitações de organização estaduais.

 

Versões simples - Os microsseguros são versões mais simples do que os produtos comuns e custam entre R$ 2 e R$ 50 por mês. Em geral, são seguros de vida ou similares com cobertura reduzida, mas com algum benefício como capitalização, assistência-funeral, sorteios ou descontos em redes de varejo. O encontro de dois dias (08 e 09/06) ocorrerá no Centro de Convenções Brasil 21, e as inscrições terminaram na última sexta-feira (03/06). (Informe OCB)

EMBARGO RUSSO I: Suinocultores devem abater 10% das matrizes

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Os criadores de suínos do Sul do Brasil planejam reduzir o número de matrizes em 10% para evitar queda nos preços. A medida já vinha sendo estudada e ganhou defensores depois que a Rússia suspendeu importações do Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso (de carne suína, bovina e de frango), na semana passada. O grupo que pretende reduzir a produção oferece atualmente 10 mil suínos por dia, a maior parte ao mercado interno. O setor alega operar no prejuízo, com perda de até R$ 40 por leitão de 100 quilos. Os suinocultores reivindicam do governo isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por 120 dias e oferta de milho com redução do preço praticado pela Companhia Nacional de Abastecimenhto (Conab). O embargo da Rússia, que alegou problemas sanitários nas regiões exportadoras, vem sendo interpretado como um jogo de mercado. "A Rússia frequentemente adota essa posição quando quer retornar à mesa de negociação das exportações", disse o secretário estadual da Agricultura e do Abaste­cimento do Paraná, Norberto Ortigara. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

EMBARGO RUSSO II : Avicultura enfrenta bloqueio com faturamento em alta

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A avicultura enfrenta a crise comercial diante da Rússia com menos preocupação que a suinocultura e a própria bovinocultura. O faturamento das exportações de frango do Paraná foi 25% maior em abril na comparação com o mesmo mês de 2010, conforme o sindicato das indústrias do setor, o Sindiavipar. Isso porque o preço médio subiu 19,9% e o volume, 4,2%. Assim, a receita passou de US$ 141,9 milhões em abril de 2010 para US$ 177,3 milhões em abril último. O embargo russo pode abater as exportações em 3%. O preço médio do frango subiu 19,9% no último ano, passando de US$ 1.657 para US$ 1.988/tonelada embarcada. A especialização cada vez maior garante maior valor ao produto brasileiro, avalia o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins. O Paraná exporta atualmente para 120 países. O maior consumidor externo das aves do estado é a Arábia Saudita. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

EMBARGO RUSSO III: Brasil vai mandar missão a Moscou

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O governo brasileiro vai mandar, dentro de duas semanas, uma missão oficial à Rússia para discutir a retomada das negociações e superar o embargo à carne. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, discutiu o impacto da decisão do governo Dmitri Medvedev, tomada na semana passada, de suspender as importações de carne brasileira. O ministro disse que o governo vai analisar as alegações russas e que as exigências fitosanitárias serão atendidas. "Vamos reforçar as análises laboratoriais e fazer o nosso dever de casa", comentou. De acordo com o serviço sanitário russo, pelo menos 89 plantas de frigoríficos brasileiros tiveram suas vendas embargadas.

Reunião - Wagner Rossi esteve reunido, durante a tarde desta segunda-feira (06/06), com representantes do setor produtivo de carne. Também participaram da reunião o ministro do Desenvolvimento, Indústra e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e representantes do Ministério das Relações Exteriores. O governo anunciou apoio ao setor brasileiro exportador de carnes. A Rússia é um dos maiores importadores de carne brasileira. O ministro anunciou que o governo brasileiro vai tomar as providências necessárias para retomar as vendas de carne para a Rússia e não descarta ir, pessoalmente, a Moscou para tratar das negociações. "O Brasil é um dos principais fornecedores de proteína animal no mercado externo. Esse protagonismo nos obriga a redobrar os esforços para cumprir as expectativas dos compradores", disse.

 

Relatório técnico - Ele comentou que o governo ainda não recebeu o relatório técnico russo apontando as supostas deficiências fitosanitárias alegadas pelo governo Medvedev, que embasaram a decisão de suspender as importações. "O relatório tem 32 páginas e deve chegar nas próximas horas às minhas mãos. A nossa Secretaria de Defesa Agropecuária vai analisar o documento e apontar as nossas possíveis falhas", comentou Rossi.

 

Pauta - As carnes são um dos principais itens da pauta de exportações brasileiras, que inclui outros produtos vendidos à Rússia como açúcar, fumo e café. Atualmente, o Brasil comercializa carnes bovina, suína e de aves, com regras definidas numa política de cotas que contempla outros parceiros comerciais russos, como Estados Unidos e União Europeia.

 

Principal destino - A Rússia tem sido o principal destino das exportações brasileiras de carnes suína e bovina, produto da qual é a maior compradora individual. Apenas de carne bovina in natura, o Brasil embarca anualmente o equivalente a US$ 1 bilhão, o que representa 25% da pauta de exportações para aquele país. (Mapa)

MILHO: Colheita de segunda safra começa com preços 68% maiores

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A colheita de milho de segunda foi iniciada no Paraná e, nos próximos dias, deve começar também no Centro-Oeste, segundo informações do Cepea. Para os produtores, a boa notícia é que os preços estão cerca de 68% maiores que os observados no mesmo período de 2010 - tanto ao produtor quanto no lote, na média das regiões pesquisadas pelo Cepea. O lado ruim é que a produtividade será bem inferior no comparativo com aquela que foi a maior do histórico nacional para a segunda safra, segundo a Conab. Quanto aos preços atuais, seguem firmes. Entre 30 de maio e 6 de junho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas-SP; valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa de desconto CDI) subiu expressivos 3,86%, fechando a R$ 30,65/saca de 60 kg na segunda-feira, 6. Se considerada a taxa de desconto NPR, na região de Campinas o preço médio à vista foi de R$ 29,06/sc de 60 kg nessa segunda-feira, com alta de 2,29% no comparativo com a segunda anterior, 30. (Cepea/Esalq)

EXPEDIÇÃO SAFRA: Um porto dominado pelas máquinas

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O cenário é de um porto abandonado, mas as atividades seguem ritmo intenso. O terminal automatizado do Porto de Hamburgo, na Alemanha, funciona sob o domínio das máquinas, num ambiente limpo e organizado regido pela eficiência. O funcionamento Conteiner Terminal Altenwerner (CTA) foi conferido pela Expedição Safra Gazeta do Povo, em viagem de 2,8 mil quilômetros pela União Europeia. O empreendimento pertence à Hamburger Hafen und Logistic (HHLA) (74,9%) e à Hapag-LLoyd (25,1%). São 980 mil metros quadrados de área para operações, ao longo de 1,4 quilômetro do Rio Elbe, o que permite que até quatro navios atraquem ao mesmo tempo.

Sem filas - Na chegada, não há filas para os caminhões. Das quatro pistas de estacionamento, eles são encaminhados para carga e descarga quase que imediatamente. Os motoristas recebem instruções sobre onde se posicionar por rádio, sem sair do volante. O acesso à área de operações a pé é proibido por questões de segurança. No vaivém do pátio, ao invés de veículos carregadores e motoristas, existem 65 guias de carga controlados por computadores e softwares. Cada guia, chamado de AGV (Automated Guide Vehicle), encontra seu próprio caminho, por sinais de rádio e informações de satélite, via GPS (Global Positioning System).

 

Contêineres - O pátio de contêineres ocupa a maior parte da área do CTA e conta com 22 pares de guindastes. O terminal tem 500 funcionários e, segundo a HHLA, seriam necessários 1,2 mil pessoas se o sistema não fosse praticamente todo robotizado. Com capacidade para movimentar 3 milhões de contêineres ao ano, o CTA opera atualmente com 80% de sua capacidade. O pátio recebe até 30 mil contêiners e, pela disposição orquestrada dos compartimentos, pouco lembra um porto com alto fluxo. É necessário operar com a maior carga possível para garantir a rentabilidade, afirma um dos diretores do empreendimento, Klaus Schmöcker.

 

Manutenção - O sistema fica parado apenas cinco dias ao ano, para manutenção. Não é necessário observar feriados ou interromper os carregamentos por causa da chuva ou da neve. "As máquinas têm sempre a mesma motivação, todos os dias", frisa Dennis Kögeböhn, da HPC Hamburg Port Consulting, subsidiária da HHLA. As operações são controladas de cabines onde ficam 120 dos 500 funcionários.

 

Entre navios  - As máquinas fazem o transporte também de navio para navio. As embarcações ficam menos de uma semana no terminal. Uma operação de carga ou descarga pode ser concluída em quatro ou cinco dias. A automatização exigiu 500 milhões de euros, investimento realizado num momento de ampliação da movimentação no Porto de Hamburgo. A previsão inicial era de que seria necessário uma década para a recuperação do aporte inicial, o que ocorreu surpreendentemente em apenas três anos, a partir de 2001, conta Schmöcker.

 

Consultoria - O retorno ocorreria apenas neste ano, mas, atualmente, os investidores podem se concentrar em serviços de consultoria para portos de todo o mundo, inclusive os de Suape (PE), Santos (SP) e Itapoá (SC). A estratégia foi tornar-se logo a primeira opção para o embarque e desembarque de contêineres na Alemanha, contam os investidores. A automatização chegou ao ponto de as máquinas com defeito seguirem sozinhas para as oficinas. O que tem dentro dos contêineres pouco importa na rotina do porto. Os operadores sequer sabem que transportam de eletrônicos a alimentos industrializados.

 

Granéis seguem tendência - A automatização é uma tendência também nos terminais de granéis da Europa, com as operações cada vez mais controladas por guindastes guiados de cabines remotas. A preocupação com custos abre caminho para investimentos na área, inclusive em portos menores. No porto de Nantes, interior da França, que aproveita as condições de navegação do Rio Loire, a preocupação ocorre ao mesmo tempo em que mostram-se necessários investimentos básicos, como a cobertura das correias que retiram os produtos dos navios.

 

Descoberta - Atualmente, a parte das correias que fica sobre os navios, bem como os porões dos mesmos, roda descoberta. As operações de descarga são interrompidas pelos operadores de Nantes quando começa a chover, como ocorre no Paraná. Só são retomadas se o cliente autorizar, assumindo os riscos de problemas com a carga.

 

Atividade acelerada - Por enquanto, as máquinas são aproveitadas para manter o porto em atividade acelerada e, ao mesmo tempo, limpo e organizado. Além disso, para que não haja filas, os caminhões têm vias de acesso diretas ao terminal, sem atravessar centros urbanos. A segregação de convencionais e transgênicos complica a descarga e o armazenamento em Nantes. Porém, como o volume de produto livre de ingredientes geneticamente modificados é menor, reserva-se uma correia e um armazém para que não haja mistura. A logística exige gerenciamento à parte, facilitado por softwares internos. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

SANIDADE: Assinado protocolo de intenções com a Venezuela

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, assinou nesta segunda-feira (06/06), um protocolo de intenções com o ministro da Agricultura e Terras da Venezuela, Juan Carlos Loyo, para a implementação de planos de erradicação da febre aftosa. O documento foi firmado na presença da presidente do Brasil Dilma Rousseff e do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto.

Comitê técnico - O acordo prevê a formação de um comitê técnico que vai elaborar, em 30 dias, um plano de ação para auxiliar no processo de eliminação da doença na Venezuela, que teve registros de casos de aftosa em 2010. Com o acerto, os dois países vão promover um maior intercâmbio de conhecimentos e de experiências para erradicar a enfermidade. "Temos muito interesse em promover ações conjuntas de combate à aftosa, principalmente nas fronteiras, que são regiões de grande preocupação para o Brasil", destaca o secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim.

 

Compromisso - A assinatura do termo foi um dos compromissos acertados pelos dois países no Memorando de Entendimento para Implementação de Planos de Erradicação da Febre Aftosa, estabelecido em 6 de agosto de 2010. As ações desenvolvidas serão complementares e não substituem outras atividades mutuamente acordadas.

 

Integrantes - Por parte do Ministério da Agricultura, o grupo será composto pelo Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA); Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários da SDA; Departamento de Negociações Sanitárias e Fitossanitárias da Secretaria de Relações Internacionais (SRI); e Coordenação-Geral de Apoio Laboratorial da SDA. A Venezuela será representada por membros da Direção-Geral de Circuitos Agrícolas e Pecuários, Instituto Nacional de Saúde Agrícola e Instituto Nacional de Investigações Agrícolas.

 

Saiba mais - O acordo que envolve o Ministério da Agricultura faz parte de uma série de parcerias que estão sendo firmadas por Brasil e Venezuela com o objetivo de intensificar as relações bilaterais. Em 2010, o comércio entre os dois países totalizou US$ 4,6 bilhões, um crescimento de 11,8% em relação a 2009. As  exportações brasileiras representaram US$ 3,8 bilhões desse total. Os principais produtos vendidos pelo Brasil para a Venezuela são frango desossado e carne bovina, enquanto os venezuelanos exportam para o Brasil, essencialmente, petróleo e derivados. A Venezuela tem o terceiro maior produto interno bruto (PIB) da América do Sul e importa 75% dos alimentos que consome. (Mapa)

GERAÇÃO DE RENDA I: PAA ainda é para poucos, no país e no estado

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Fuscas, Brasílias, carroças e caminhões carregados com batata, feijão preto, morango e outros mais de 20 itens, movimentam o centro da pequena cidade de Contenda, a 50 quilômetros de Curitiba, todas as segundas-feiras à tarde. É esse o dia mais importante da semana para cerca de 100 agricultores familiares do município, que dependem da ajuda do governo para continuar na atividade. Os produtos são vendidos por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), criado em 2003, e destinados a redes sócio-assistenciais, bancos de alimentos e famílias em situação de risco alimentar. Outra boa parte recheia a merenda escolar de milhares de alunos do ensino público.

Restrito - Embora garanta comercialização e renda para o campo, o PAA ainda é para poucos. Dados do Ministério do Desenvolvi­mento Agrário (MDA) mostram que os R$ 680 milhões liberados pelo programa no ano passado não atingiram nem 0,5% dos 4,5 milhões de estabelecimentos da agricultura familiar registrados no país. Somente 160 mil famílias tiveram acesso ao dinheiro disponibilizado pelo plano em 2010. Com cerca de 6% dessa fatia, o Paraná absorveu R$ 40 milhões e permitiu que apenas 4% das 302,9 mil famílias rurais no estado pudessem participar do programa.

 

Proporção - A proporção de beneficiados no Paraná (13,5 mil agricultores) acompanha o índice de pobreza que acomete a Região Sul do país - 3% da população tem renda mensal inferior a R$ 70 por pessoa, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). "O Nordeste é a área prioritária porque tem metade dos agricultores familiares do Brasil e concentra a pobreza", argumenta Arnoldo de Campos, diretor de geração de renda do MDA. O alto índice de miséria faz com que mais da metade dos recursos do PAA sejam direcionados aos nordestinos, complementa o executivo. A região concentra 60% das pessoas em estado de extrema pobreza no Brasil.

 

Investimento zero - Mesmo sendo considerado um salva-vidas para a agricultura familiar, o PAA não oferece condições de investimentos aos beneficiados. O valor disponibilizado - de R$ 4,5 mil por agricultor, na modalidade de compra com doação simultânea, a mais utilizada no campo - é considerado limitado pelo setor, pois equivale a uma renda mensal de R$ 375.

 

Recurso - "É esse dinheiro que mantém a família na propriedade e permite que muitos paguem parcelas do Pronaf (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar). Mas, por outro lado, não sobra nada para o produtor reinvestir na lavoura", analisa Diego Sigmar Kohwald, secretário-geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf-Sul). Ele acredita que os recursos governamentais teriam de ser dobrados para permitir maior fôlego financeiro dos agricultores e que a política pública deveria ser efetivada assim como os programas de financiamento do governo. "A proposta da Fetraf é que o valor do PAA para cada produtor seja de R$ 12 mil. Com isso, ele poderia reinvestir cerca de R$ 1 mil por safra", estima Kohwald.

 

Integrante - Retrato típico da categoria, Floriano Slago, cultivador nato de verduras de Contenda, é um dos poucos nomes que integram a lista de contemplados pelo PAA no Paraná. Ao programar com a cooperativa a entrega de alguns maços de beterraba alface e rabanete para o início da semana seguinte, ele conta que a quantia recebida será usada para a compra de sementes da próxima safra.

 

Sobra - "O pouco que sobrar vou gastar para comer e também para pagar algumas contas de casa", diz. Para levar as mercadorias até o barracão da igreja central do município, onde são recebidos semanalmente os produtos de 40 produtores que participam do PAA na região, Slago conta com a ajuda de um vizinho do campo. "Eu não tenho caminhão, só uma carroça e uma bicicleta", relata.

 

Parte das verduras produzidas na horta de Slago vão direto os pratos de 1,3 mil alunos do Colégio Miguel Franco na hora do recreio. O diretor da instituição, João Francisco Cordeiro, diz que ainda não calculou quanto economiza com a compra dos alimentos, mas "foi bastante", diz. "A qualidade dos produtos não se compara a de nenhum supermercado. Aqui eles comem muita verdura", ressalta. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

INFRAESTRUTURA: Porto de Paranaguá terá quatro novas linhas para contêineres

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O Porto de Paranaguá terá, a partir da primeira semana de julho, quatro novos serviços nas operações do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). As novas linhas somam-se às atuais 16 já existentes, ampliando a abrangência de atendimento do Porto de Paranaguá, além de possibilitar aumento direto na movimentação de contêineres. Para o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Airton Vidal Maron, a ampliação dos serviços ofertados pelo terminal é resultado do esforço conjunto de armadores, praticagem, Capitania dos Portos e da Appa. "Com esta ampliação, estamos atingindo o objetivo do Governo do Estado de atender as demandas dos exportadores e importadores paranaenses, ampliando a oferta de serviços e otimizando as instalações existentes", disse Maron.

Movimentação - De janeiro a maio deste ano, foram movimentados por Paranaguá 276,5 mil TEUs. As quatro novas linhas de navegação atenderão a Europa, Ásia, Caribe e Golfo do México e a Costa Leste dos Estados Unidos. De acordo com o diretor superintendente do terminal de contêineres, Juarez Moraes e Silva, as novas linhas permitirão um aumento na movimentação de contêineres em Paranaguá. "Com as novas linhas, o volume de contêineres movimentado crescerá potencialmente 15%", destaca.

 

Novas linhas - Para o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, as novas linhas de operação do Terminal de Contêineres de Paranaguá ampliarão a competitividade dos portos paranaenses. "Oferecer mais serviços significa atender a demanda do empresariado paranaense, principalmente. Sabemos que existem empresas do Paraná que não estavam usando o Porto de Paranaguá porque faltavam algumas linhas de operação. Com esta medida da Appa, solucionamos esta deficiência e estamos aptos a aumentar ainda mais a movimentação do porto", disse.

 

Ampliação - Estão previstas para terem início no segundo semestre as obras de expansão física do terminal de contêineres. Serão investidos R$ 137 milhões na ampliação em 315 metros do cais para abrigar o terceiro berço do terminal e na aquisição de mais equipamentos. Estes investimentos somam-se a outros já realizados no Terminal que, após ter 50% de seu capital adquirido pelo fundo global de private equity Advent International em janeiro deste ano, iniciou um programa de expansão e melhoria de produtividade.

 

Guindaste - No início e 2011, a entrada em operação de um quarto guindaste, possibilitou um aumento de produtividade de aproximadamente 20% em comparação com ano anterior. Mais dois portêineres póx-panamax (guindastes aptos a operar em navios de grande porte), além de diversos equipamentos como transtêineres, empilhadeiras e caminhões estão a caminho, com chegada prevista em outubro próximo. Com estes R$ 50 milhões de investimentos já realizados será possível aumentar a capacidade operacional de contêineres em até 50%, passando dos 700 mil TEUs/ano no ano passado para 1,2 milhão de TEUs/ano já em 2012. A capacidade prevista do TCP em 2013 chegará a 1,5 milhão de TEUs/ano. (AEN)