Notícias representação

 

 

LAR: Unidade de Rações é premiada pela Acime

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

PLANO SAFRA II: Governo modifica linhas de financiamento para agricultura

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O governo antecipou nesta terça-feira (31/05) algumas das medidas que vão estar no plano safra 2011/2012 --o material será anunciado oficialmente no próximo mês. As informações foram dadas nesta terça-feira pelo Ministério da Agricultura. As principais novidades divulgadas foram em relação a mudanças nas linhas de financiamento para os produtores rurais.

Procap e Prodecoop - Segundo o ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, as linhas Procap-Agro (Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias) e Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção) foram reajustadas para atual conjuntura brasileira. Elas foram criadas durante a crise de 2008 para auxiliar o agricultor a conseguir crédito. Com o fim da crise, elas foram reestruturadas para atender a novas demandas do setor.

 

Liberação - No caso do Procap-Agro, foi autorizada a liberação de financiamento para federações e confederações que atuem na fabricação de produtos agrícolas, no processamento e na industrialização da produção. Antes, somente produtores rurais e cooperativas eram autorizadas a pegar financiamento. Em relação ao Prodecoop, foi elevado o limite de crédito de R$ 50 milhões para R$ 60 milhões.

 

Cana - O governo também ampliou uma linha de financiamento especifica para a fundação e renovação das lavouras de cana-de-açúcar. O crédito para esses agricultores passou de R$ 200 mil para R$ 1 milhão. Segundo Gilson Bittencourt, secretário adjunto de política econômica do ministério da Fazenda, o objetivo dessa linha é financiar uma maior produção de cana-de-açúcar para o etanol. "O objetivo é estimular a renovação de canaviais e [a implantação] de novos canaviais, para uma maior produção de etanol", afirmou Bittencourt. (UOL)

TECNOLOGIA I: Institutos tentam reaver mercado de sementes

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Depois de assistir ao avanço das empresas estrangeiras e perder a liderança no mercado doméstico de sementes de soja, os institutos de pesquisa agrícola nacionais correm para recuperar o espaço perdido. Para frear o crescimento vertiginoso da participação de multinacionais nesse segmento, instituições verde-amarelas como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec) redesenham estratégias e prometem ampliar sua presença nos campos brasileiros nos próximos anos.

Conglomerados - Os dois institutos, que há cinco anos eram responsáveis por quase 70% das sementes de soja vendidas no mercado brasileiro, foram engolidos por conglomerados transnacionais. Não existem estatísticas oficiais para monitorar a participação das empresas no país, mas o setor produtivo estima que cerca de 60% da área cultivada na última safra tenham sido cobertos com três variedades, todas produzidas por empresas estrangeiras. Apolo, da Argentina DonMario, Nidera, da empresa holandesa de mesmo nome, e V Max, da franco-suíça Syngenta, teriam sido as preferidas do produtor brasileiro.

 

Características - "São materiais de ciclo curto e crescimento indeterminado, características diferentes das de variedades que predominavam até pouco tempo atrás. A preferência do produtor mudou nos últimos anos e talvez as empresas estrangeiras tenham tido uma sensibilidade maior para perceber e se adequar mais rapidamente a essa mudança de perfil", pontua Cássio Camargo, secretário-executivo da Associação Paulista de Produtores de Sementes (APPS).

 

Método - "Tivemos que repensar todo o nosso método de pesquisa. Antes, os produtores queriam plantas viçosas, que fecham logo a linha para ajudar no controle de ervas daninhas. Hoje preferem plantas mais compactas, que facilitam os tratos culturais", diz o pesquisador Marcelo Rodrigues, gerente comercial da Coodetec. Segundo ele, a transformação do mercado foi percebida há anos pela cooperativa, que, desde 2003, estuda sementes de soja que possam atender às demandas atuais do campo. A maior dificuldade, relata o técnico, é que o desenvolvimento de novos materiais leva tempo. Em média, são necessários entre 8 e 10 anos e cerca de R$ 1 milhão para se chegar a uma nova variedade, calcula.

 

Retomada - Com lançamentos agendados para as próximas safras, a Coodetec promete retomar parte do terreno perdido. A cooperativa, que em 2006 detinha 28% do mercado nacional, hoje responde por aproximadamente 12% das vendas de sementes de soja e espera elevar essa participação para 20% até 2015.

 

Participação - Tombo ainda maior levou a Embrapa, que chegou a ser líder absoluta com mais de 60% do mercado de sementes de soja no ano 2000 e viu sua participação cair a 40% em 2006. Hoje responde por menos de 10% da comercialização brasileira. A empresa não trabalha com meta de participação, mas declara que a escalada de volta ao topo requer atuação em duas frentes diferentes.

 

Parceria - Para ganhar espaço no mercado de sementes transgênicas, a estratégia adotada é a parceria com empresas estrangeiras. É o caso da soja Cultivance - variedade geneticamente modificada tolerante a herbicidas desenvolvida em conjunto com a alemã Basf -, que foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) no final de 2009 e deve chegar ao mercado na safra 2012/13.

 

Transgênica - "A participação das sementes transgênicas nas vendas tem crescido. Temos um share importante na soja convencional e é muito importante manter a oferta desses materiais para dar opção ao produtor", afirma Alexandre Cattelan, chefe geral da Embrapa Soja, de Londrina. Para avançar nesse nicho de mercado, a empresa aposta na cooperação com entidades nacionais.

 

Cadeia - Nesse caso, a parceria envolve não apenas institutos de pesquisa agrícola, mas todos os elos da cadeia, como ocorre no Soja Livre. O programa, desenvolvido em conjunto com a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja) e a Associação Brasileira dos Produtores de Grãos Não-Geneticamente Modificados (Abrange) visa ampliar a oferta de variedades de soja convencional ao produtor.

A ideia, explica Cattelan, é estender o programa, cujo projeto piloto foi lançado na safra 2010/11 em Mato Groso, para outros estados brasileiros nos próximos anos. O Paraná é um dos alvos, revela o pesquisador. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

TECNOLOGIA II: Lei dos royalties tornou projetos de empresas estrangeiras viáveis

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O crescimento da participação das estrangeiras no mercado brasileiro de sementes de soja reflete um movimento iniciado no final dos anos 90. O realinhamento foi deflagrado em 1997, com a aprovação da Lei de Proteção de Cultivares (LPC), que garante a propriedade intelectual e pagamento de royalties e taxas de utilização sobre o uso da tecnologia.

Concorrência - Criada para impedir a produção e comercialização de sementes por terceiros sem autorização e estimular investimentos, a LPC acirrou a concorrência no mercado nacional de sementes. Foi a partir desta época que grandes corporações multinacionais como Monsanto, Syngenta e Dupont entraram no mercado brasileiro.

 

Lei de Biossegurança - Com a regulamentação da Lei de Biossegurança, em 2005, instituições de pesquisa nacionais e empresas estrangeiras retomaram projetos que estavam engavetados, reacendendo e dinamizando a competição. O mercado brasileiro de sementes agrícolas, que era dividido entre seis obtentoras nacionais, foi pulverizado com a entrada desses novos players. Hoje, seis institutos nacionais, seis empresas multinacionais, duas empresas argentinas e uma paraguaia disputam a preferência do produtor. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

EXPEDIÇÃO SAFRA I: Mercado da soja em reforma na UE

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O principal mercado do farelo de soja do Brasil está em reforma. A União Europeia (UE) revê a relação tarifária com o Mercosul, as regras de apresentação dos alimentos convencionais e transgênicos nos supermercados e sua própria política agrícola. Em viagem de 2,8 mil quilômetros pelo velho continente, a Expedição Safra apurou que o quadro vai reformatar a demanda e a promete mudar a relação do agronegócio brasileiro com o velho continente.

Desconhecimento - O caso seria apenas de reajuste se não fosse o evidente desconhecimento do Brasil em relação a esse processo de mudança e também da Europa a respeito do que ocorre com a produção brasileira. Os representantes da UE não vêm acompanhando a expansão do uso de sementes transgênicas nas lavouras do Brasil. Mostram preocupação ao saber que apenas 15% das plantações foram cultivadas com sementes convencionais na última safra.

 

Segregação - Para que esses grãos cheguem ao mercado europeu sem ser misturados aos transgênicos, dependem de segregação, o que acarreta custos adicionais. E, apesar de o Brasil ser o principal fornecedor de farelo para a UE, atendendo à indústria europeia da carne, o bloco vem pagando apenas entre R$ 3 e R$ 5 a mais por tonelada que os demais mercados, mostram as estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior brasileiro.

 

Demanda - A demanda europeia por grãos e farelo de soja do Brasil continuará existindo e pode inclusive crescer, disse Birgit Risch, chefe do Departamento Internacional do Ministério da Agricultura, Nutri­ção e Proteção do Consumidor da Alemanha. "Mas o pagamento está condicionado ao cumprimento de todos os padrões e exigências estabelecidos pela UE", afirmou.

 

Proporção - A União Europeia não possui estatística sobre a proporção dos transgênicos nas importações dos 27 países do bloco. O volume importado de 37 milhões de toneladas de soja e derivados (23 milhões de farelo, 13 milhões de grãos e 750 mil de óleo) mostra-se estável, mas a participação dos produtos convencionais teria caído de 35% para 25% nos últimos anos, estimam os executivos do setor.

 

Percentual - "Esse porcentual pode voltar a 35% a partir do momento que o consumidor receber informação sobre o que é produzido com soja convencional e o que deriva de soja transgênica", avaliou Vincent Magdelaine, da Coop de France, organização das cooperativas que representa 450 mil dos 600 mil produtores da França. A impressão de informações nas embalagens está em discussão. Sem uma avaliação do impacto da medida, os governos dos países europeus preferem não falar em prazos por enquanto.

 

Mercado - O mercado dos produtos convencionais pode ser ainda menor do que a UE estima. "O consumidor europeu responde emocionalmente às pesquisas sobre alimentos transgênicos mas, no supermercado, é racional, opta pela carne mais barata", relatou Sylvain Maestracci, chefe do setor de Grandes Culturas do Ministério da Agricultura da França.

 

Produção europeia - A produção de soja na Europa fica entre 1 milhão e 2 milhões de toneladas, ou seja, mal abastece um único país do bloco como a França. Mesmo assim, as regras sobre as importações se mantém rígidas, em nome do respeito ao consumidor e como forma de proteger os produtores do continente, que recebem subsídios para cultivar a terra, independente do volume produzido. "Nosso agricultor defende os transgênicos. Mas, sendo governo, não podemos ir além da opinião pública. Os acordos com o Mercosul não podem prejudicar em nenhum momento o mercado europeu", disse Maestracci.

 

Produtores e subsídios - Os produtores e os subsídios estão incluídos nesse mercado. A Política Agrícola Comum (PAC), criada em 1962, é o primeiro pilar da UE. Trata-se do único campo com regras comuns e orçamento dividido entre os países que integram o bloco. Considerada estratégica logo após a Segunda Guerra para garantir alimentação ao continente, mostra-se ainda sólida, apesar das constantes alterações de regras.

 

Orçamento - Perto de 45% do orçamento do bloco - cerca de R$ 130 bilhões do total de R$ 290 bilhões previstos para 2011 - referem-se à PAC. Para o setor produtivo, o valor não é tão alto. "As demais áreas não têm uma distribuição de recursos comum e, por isso, não aparecem no orçamento. Nossa participação já chegou a 60%. Está caindo", defendeu Paulo Gouveia, diretor da Copa Cogega, organização que representa os produtores e as cooperativas da UE.

 

Dados distorcidos e lentidão prejudicam posição brasileira - As discussões sobre alimentos na União Europeia (UE) seguem informações que, em certos casos, tornam o Brasil uma ameaça para o bloco, relata Odilson Luiz Ribeiro, adido agrícola que representa os interesses do agronegócio brasileiro em Bruxelas. No caso da carne bovina, os dados da produção nacional vêm sendo elevados, desconsiderando o consumo interno do país, para que, diante de um quadro de superoferta, o protecionismo ao sistema produtivo europeu seja reforçado, detalhou. Em relação à soja, como a União Europeia vem aprovando lentamente a entrada de novas variedades transgênicas, há risco de cargas produzidas com sementes em processo de avaliação serem barradas, adverte.

 

Defesa - O trabalho de defesa do agronegócio brasileiro tem se tornado árduo e consumido boa parte do tempo da Missão do Brasil na UE, disse o Eduardo Ferreira, primeiro-secretário do programa. O temor é que, ao ter alguma carga barrada, os importadores interrompam negócios com o Brasil. Os representantes brasileiros relataram os conflitos de informações aos representantes da UE durante as entrevistas que a Expedição Safra realizou em Bruxelas e obtiveram reações de surpresa. Em relação à soja, eles tentam estabelecer contatos entre a Europa e o Brasil para que importadores e exportadores evitem atritos nas relações comerciais do país com o bloco. A Expedição constatou que a preocupação chegou aos portos europeus, que não determinam a origem e o tipo de carga, mas podem enfrentar problemas logísticos em caso de bloqueios. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

PORTO: Itapoá atrai paranaenses

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Santa Catarina começa a operar nesta semana seu sexto porto, forçando a concorrência com Paranaguá e Antonina, no Paraná, e consolidando seu perfil portuário. O porto de Itapoá, no Norte do Estado, é tocado pela iniciativa privada e tem foco na exportação de cargas em contêineres.Por causa de sua localização (divisa entre PR e SC), deve atrair parte das empresas paranaenses que hoje exportam e importam via Paranaguá, que fica especialmente congestionado na época da safra de grãos.Itapoá terá capacidade inicial para movimentar cerca de 300 mil contêineres por ano - pouco mais da metade do que passa pelo porto de Itajaí, o maior terminal catarinense.

Paranaguá - "Paranaguá evoluiu muito, mas o problema lá é o excesso de mercadorias", afirma Domingos Martins, presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas do Paraná. Segundo ele, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP, também da iniciativa privada) - uma das unidades do porto de Paranaguá - tem boa estrutura, mas sofre com o excesso de demanda. O TCP já se prepara para a concorrência e vai investir R$ 180 milhões para ampliar em 70% a capacidade de movimentação de contêineres. As obras dependem de licença ambiental, mas o plano é concluí-las até o fim de 2012. (Diário Catarinense)

MERCOSUL I: Dilma promete aumentar cooperação com o Uruguai

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O aumento da cooperação entre o Brasil e o Uruguai nas áreas de infraestrutura e tecnologia foi a tônica da visita da presidente Dilma Rousseff, ao Uruguai, ontem. Ao lado do presidente uruguaio José Mujica, Dilma disse que até o fim do ano serão concluídos dois trechos da ferrovia que liga os dois países. Os trechos a serem reativados ligam as cidades gaúchas Cacequi a Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai. O Brasil é o principal destino das exportações uruguaias e também o principal fornecedor do país vizinho. Na declaração conjunta que fez ao lado de Mujica, Dilma enfatizou a necessidade de ampliar as trocas comerciais e ressaltou que o Mercosul foi fundamental para que o Cone Sul tivesse crescimento acima das taxas mundiais nos últimos anos.

Integração - Além da construção da ferrovia, Dilma também disse que o governo brasileiro apoiará outros projetos de integração com o Uruguai. "Seguiremos adiante com os grandes projetos de integração física, basicamente integração logística e energética fundamentais para o desenvolvimento da região." Entre os projetos está a construção de uma segunda ponte sobre o rio Jaguarão, trabalhos de dragagem, sinalização e balizamento para a construção de 1,2 mil quilômetros de hidrovia ligando os dois países. A hidrovia, de acordo com a presidente, ligará a Lagoa Mirim e a Lagoa dos Patos.

 

Energia elétrica - Para a integração no setor de energia elétrica, Dilma defendeu a criação de um novo marco jurídico para reger a relação entre os dois países. "Esse marco tem uma característica de tentar uma relação estruturante, a longo prazo, entre o Brasil e o Uruguai no quadro de energia elétrica e ao mesmo tempo vamos resolver nosso problema de curto prazo, assegurando ao Uruguai a segurança de que o Brasil pode fornecer na área energética."

 

Linha de transmissão - O Uruguai compra energia brasileira. Um dos projetos anunciados por Dilma é a construção de uma linha de transmissão de 500 quilovolts (kV) que vai interligar o Brasil com o Uruguai. Essa linha, que segundo Dilma ficará pronta no próximo ano, interligará Candiota, no Rio Grande do Sul, a San Carlos, cidade próxima a Montevidéu. O projeto será desenvolvido pela Eletrobras em conjunto com a UTE, uma empresa uruguaia. A cooperação na área de tecnologia, de acordo com a presidente, também foi uma prioridade da visita. "Vamos apoiar projetos nos campos da biotecnologia, nanotecnologia e tecnologia da informação." (Agência Brasil)

MERCOSUL II: Ministros tentam pôr fim à disputa Brasil-Argentina

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Ministros do Brasil e da Argentina tentarão, na quinta-feira, resolver a crise comercial entre os dois países, que tem retido mercadorias nas alfândegas dos dois maiores sócios do Mercosul. A ministra da Indústria argentina, Débora Giorgi, que disse ontem ver "boas perspectivas" de acordo, viajará a Brasília, para se encontrar com o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. O ministro já deu orientação aos auxiliares para que reduzam a dez dias no máximo o prazo para concessão de "anuência prévia", necessária para liberar as licenças de importação a automóveis argentinos.

Pressão - As montadoras de automóveis no Brasil têm pressionado o governo para voltar atrás na decisão tomada no início do mês, de represar a entrada de carros, especialmente os argentinos, no país. A medida foi tomada em represália à prática argentina de retardar, às vezes por mais de 120 dias, a liberação de importações de produtos brasileiros, como têxteis, máquinas agrícolas, calçados e eletrodomésticos.

 

Medidas - Os argentinos, segundo informou o Valor, na semana passada, apostam que, para não prejudicar a indústria automotiva brasileira, o governo vai afrouxar a retenção de automóveis e acabar aceitando as medidas tomadas para estimular a produção nacional argentina, como a barreira a máquinas agrícolas e eletrodomésticos da linha branca. O Ministério do Desenvolvimento prefere acreditar que os argentinos aceitarão um acordo que envolva limitação voluntária de exportações do setor privado brasileiro ao vizinho, como propôs o próprio secretário da Indústria da Argentina, Eduardo Bianchi.

 

Normas - Pimentel e outros integrantes do governo insistem que a Argentina tem de comprometer-se em cumprir as normas da Organização Mundial de Comércio e não deixar que se atrase por mais de 60 dias a emissão de guias de importação. O Brasil pretende insistir na necessidade de dar previsibilidade nas transações comerciais do bloco, enquanto os argentinos insistem em lembrar a existência de "assimetrias" que os prejudicam, como os empréstimos do BNDES aos exportadores no Brasil.

Licenças - Nos próximos dias, espera-se que, como vem acontecendo no Brasil com carros argentinos, a Argentina acelere a liberação de licenças de importação dos produtos brasileiros. Os argentinos, até agora, comprometeram-se em liberar mais rapidamente apenas pneus, baterias e calçados, deixando de fora da lista tratores e colheitadeiras, ou eletrodomésticos, cuja retenção nas aduanas vem causando prejuízos milionários a empresas brasileiras.  (Valor Econômico)

COMÉRCIO EXTERIOR I: UE deve comprar 26% mais soja em 2010/11

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Em seu último relatório mensal, o Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em ingês) calculou que as importações de soja da União Europeia vão aumentar em 26% no ciclo 2010/11 e alcançar 13,7 milhões de toneladas. Já as compras do farelo de soja devem chegar a 23,9 milhões de toneladas, 11% mais do que o registrado na temporada anterior. O interesse maior é atribuído ao notório aperto da oferta de outras oleaginosas, como a colza, que tem mantido os preços da commodity em alta na Bolsa de Chicago (CBOT). Para o quadro mundial, o Conselho projetou incremento de 4,7% no comércio de soja, o que corresponde ao volume recorde de 97,4 milhões de toneladas. Entre os países importadores, a União Europeia e a China se destacam com o maior apetite pela oleaginosa. O comércio de farelo de soja também deve crescer neste ano, 8,3%, para 58,5 milhões de toneladas. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

COMÉRCIO EXTERIOR II: Derrubada barreira russa às exportações

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

As perspectivas animadoras com a safra atual levaram o primeiro ministro russo, Vladimir Putin, a derrubar a barreira para exportação de grãos em 1.º de julho. O anúncio era esperado desde dezembro de 2010, quando expirava o primeiro prazo estipulado pelo governo. Diante de uma nova ameaça de quebra, a suspensão foi adiada. Ano passado, a Rússia sofreu com uma forte seca, que reduziu a produção a um terço do potencial estimado. Ao final do ciclo, o país colheu 61 milhões de toneladas de grãos, contra 97 milhões alcançados um ano antes. A projeção atual aponta para uma retomada dos números. Agora, o governo russo espera que sejam produzidos de 85 milhões a 90 milhões de toneladas de grãos. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

CRÉDITO: Governo libera mais R$ 350 milhões para capitalização das cooperativas

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

As cooperativas agropecuárias têm mais R$ 350 milhões para utilizarem ainda nesta safra e terão de fazer isso até o final de junho. Foi publicada hoje (27/5) a Resolução nº 3974 do Banco Central autorizando o repasse do recurso para o Programa de Capitalização das Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro). A decisão ocorreu nesta quinta-feira (26/5) durante reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) e decorre de uma solicitação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) ao governo federal.  

Necessidade - O analista de Mercados da entidade Paulo César Dias informa que o pedido foi consequência de uma necessidade da base. "Em abril deste ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, publicou um aviso informando que não liberaria novos montantes para projetos do Procap-Agro. O segmento já tinha usado o total liberado, de R$ 2 bilhões", diz.

 

Prodecoop - O dinheiro virá de outra linha destinada ao setor, o Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop). "Muitas cooperativas já têm projetos e cadastros aprovados pelas instituições financeiras e aguardavam apenas a liberação do recurso pelo BNDES. A expectativa é contar com mais recursos  na próxima safra", comenta o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas. (Informe OCB)

AGENDA PARLAMENTAR: Votação do Código Florestal foi o destaque da semana

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) divulgaram o resultado da Agenda da Semana, referente ao período de 23 a 27 de maio, com as deliberações pertinentes ao cooperativismo no Congresso Nacional. A Assessoria Parlamentar da OCB também disponibilizou um documento estatístico referente à votação do novo Código Florestal, ocorrido no dia 24, na Câmara dos Deputados. O estudo contém o desempenho na votação das emendas 186 e 164 por partido e estado. Clique aqui para acessá-lo. (Com informações da Assessoria Parlamentar da OCB)

RAMO SAÚDE: Unimed Londrina realiza o Fórum de Desenvolvimento Estratégico 2011

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A Unimed Londrina realizou o Fórum de Desenvolvimento Estratégico 2011 no sábado (28/05), no Hotel Sumatra. Foi um momento de extrema importância em que os cooperados tiveram a oportunidade de conhecer e opinar sobre o caminho que será percorrido pela cooperativa até 2014. Os participantes também puderam avaliar a atual situação e traçar novas metas.

Objetivo comum - O economista Rubens Mazzali esteve presente no Fórum para discutir sobre "Interdependência e seus desdobramentos". Interdependência é o conceito que entende a individualidade a partir do convívio com o outro. É a compreensão de que nada, e nem ninguém, é completamente independente.  Quando se trata de uma cooperativa, isso fica ainda mais claro. Cooperados, colaboradores, diretoria e prestadores, todos tem um objetivo comum: a visão de tornar a Unimed Londrina a melhor cooperativa médica do Brasil até 2014.

 

Outros temas - Além disso, foram discutidos temas como governança corporativa, prontuário eletrônico e pagamento por performance. As comissões, criadas em 2009 para tratar desses três assuntos, dependem das contribuições do fórum para dar continuidade a seus trabalhos. A plenária é o espaço ideal para troca de opiniões e ideias que possam conduzir o negócio para melhores resultados em curto, médio e longo prazos.

 

Conhecimento - "Já há muito conhecimento acumulado pelos três grupos desde então. Algumas propostas seguiram caminhos que não eram imaginados em 2009, como o do prontuário eletrônico, que agora está sendo pensado dentro de um grande projeto chamado ‘Atenção Primária em Saúde'", explica o superintendente de Desenvolvimento Estratégico, Weber Guimarães. É necessário que o conjunto de cooperados atualize suas expectativas, aponte rumos e acompanhe o desenrolar dos trabalhos. "O Fórum de Desenvolvimento Estratégico 2011 representa, sem dúvida, um marco para o alinhamento dos interesses dos médicos na gestão do negócio" conclui o superintendente. (Imprensa Unimed Londrina)

TRIGO I: Em dois anos, área reduz 24% no Paraná

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Nas últimas duas safras de inverno, a área plantada com trigo no Paraná sofreu redução de 24%. A dificuldade de comercialização e os baixos preços praticados no mercado, aliados à forte concorrência exercida pelo milho safrinha, são os principais fatores que levaram o produtor a substituir o trigo. Na safra 2010/2011, a área ocupada com o cereal deve atingir 1.024.136 hectares, uma diminuição de 13% em relação à safra anterior, quando foram plantados 1.170.838 hectares com trigo.

País - O Paraná é o maior produtor nacional de trigo, sendo responsável por 53% da produção brasileira. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, o País também apresentou redução na área de trigo plantada. Este ano, o Brasil deve cultivar cerca de 2 milhões de hectares com o cereal, área 4,5% menor do que no ano anterior. Com isso, a produção nacional de trigo deve ser de 5,3 milhões de toneladas, quantidade 9,6% menor do que na safra passada.

 

Área plantada - Até o último dia 23, 67% da área de trigo no Paraná já estava plantada. A diminuição da área também deve acarretar em redução na produção. O Estado deve colher 2.847.086 toneladas do cereal, 18% a menos em comparação às 3.452.401 toneladas do ano passado. De acordo com o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Alberto Salvador, essa oscilação de área cultivada é cíclica e ocorre historicamente.

 

Preocupante - Já para o economista da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Pedro Loyola, a situação é preocupante. ''Apesar das variações constantes, chegou o momento em que o produtor vê falta de política agrícola para o trigo. Há um desestímulo ao plantio por falta de garantia de preço e de seguro agrícola'', avalia. Na última quinta-feira (26/05), o valor pago aos produtores foi de R$ 26,97 pela saca de 60 quilos do cereal. A quantia ainda está abaixo do preço mínimo estipulado pelo governo, de R$ 28,62 para o trigo tipo 1, pão. O atual custo de produção estipulado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para Londrina é de R$ 30,68.

 

Concorrência - Loyola ressalta o problema da concorrência com o trigo importado da Argentina, Paraguai e Uruguai. Segundo ele, antes da colheita paranaense, a produção externa já foi comercializada para os moinhos nacionais. ''Um dos fatores que favorece a importação é a qualidade do trigo argentino, vendido em cargas homogêneas com padrão que atende a indústria. Além disso, esse trigo muitas vezes é financiado com condições especiais'', esclarece.

 

Custo de produção - O economista também destaca que o custo de produção é mais barato nos países vizinhos e que o transporte da Argentina para o Nordeste brasileiro é mais barato do que transportar do Sul do País. ''A demanda nacional de trigo é de 11 milhões de toneladas por ano e historicamente o Paraná e o Rio Grande do Sul conseguem atender 50% dessa demanda, o restante é importado'', afirma.

 

Perspectiva econômica - Para o gerente técnico da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Flávio Turra, ao analisar o preço favorável do milho 2ª safra, os agricultores optaram pelas melhores perspectivas econômicas. ''Não foi um problema para os produtores que encontraram essa alternativa'', comenta. Mas ele lembra que o cultivo de inverno reduz os custos para produção da safra de verão.

 

Qualidade - ''A produção de trigo na região é autossuficiente e tem sobra, por isso, há pressão no preço na época da safra'', explica. Turra acredita que a redução da produção será pequena e, dessa forma, não haverá grandes mudanças para o abastecimento industrial do produto. Segundo ele, o produtor deve continuar investindo em qualidade para tentar facilitar a comercialização. (Folha Rural / Folha de Londrina)

TRIGO III: Falta de opção prejudica produtores

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Em Assaí e Santa Cecília do Pavão, no Norte Pioneiro, a situação não é diferente. De acordo com o engenheiro agrônomo da Cooperativa Integrada, Vanildo José Paes Pinto, em anos anteriores as lavouras de trigo ocupavam 90% da região. ''Hoje 50% da área da regional está plantada com trigo e os outros 50% com milho safrinha'', revela.

Mudança - O agricultor Mário Hatori planta trigo desde 1975, mas nesta safra, pela primeira vez, optou por cultivar o milho safrinha. Agora, o trigo ocupa apenas 45,98 hectares de sua propriedade, em Assaí, enquanto os 50,98 hectares restantes estão tomados pelo milho. ''No ano passado produzimos bem, mas a comercialização foi um desastre. Hoje, só o trigo não dá mais sobrevivência'', argumenta. Hatori afirma que só manteve o trigo porque possui contrato com a cooperativa que garante a troca da produção por insumos. Dessa forma, ele cobre os custos de produção, mas não obtém renda. Hatori conta que só conseguiu vender a safra passada por meio dos leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP).

 

Saudade - ''Tenho saudade de quando o comércio de trigo era bom. Precisamos de garantia de compra e venda e de melhora no preço. Hoje plantamos, mas é inseguro'', reclama. O produtor afirma que há cinco anos pensa na possibilidade de produzir milho, mas continuava ''teimando'' no trigo. Segundo o agrônomo da Integrada, nos casos em que há empate de rentabilidade entre trigo e milho, os produtores preferem o trigo por ser mais seguro no inverno. ''É uma opção triste ter que mudar para o milho. Sempre gostei de plantar trigo, mas hoje infelizmente está acontecendo isso e tive que mudar'', lamenta Hatori.

 

Sem opção - Para o triticultor Sergio Munhoz, o problema é mais grave. Sem a opção de plantar milho no inverno, devido às condições climáticas de Santa Cecília do Pavão, o produtor precisou deixar metade de sua área em pousio. Cultivando trigo há mais de 20 anos, Munhoz deixou cerca de 278 hectares de terra sem plantar. ''É a primeira vez que deixo sem plantar nada'', salienta. Para ele, o preço deveria estar em R$ 32 para compensar.

 

Orientação técnica - O produtor adotou a medida mesmo contrariando as orientações técnicas, tendo em vista que a terra desprovida de cobertura pode sofrer erosão, causar aumento de ervas daninhas e falta de palhada. ''Estou deixando de produzir e de gerar emprego. A cadeia produtiva deixa de funcionar'', ressalta. Sobre a possibilidade de cultivar outras culturas de inverno, como canola, Munhoz argumenta que não há empresas para as quais possa comercializar na região. ''O objetivo do agricultor é plantar, produzir, comercializar bem e continuar plantando. Mas com esse preço, não dá'', lamenta.

 

Cobertura de solo - Em parte da propriedade, Munhoz está plantando aveia para a cobertura de solo. Sem intenções comerciais, ele arca com o custo, mas não tem rentabilidade. ''Vou ter uma redução de 50% na renda'' revela. Se a situação não mudar, Munhoz pretende manter a estratégia na próxima safra. ''Imagino o caos, porque solução em curto prazo não se vê. A sensação é de tristeza e frustração. O que fazemos é uma espécie de greve silenciosa para que o poder público sinta através da alimentação'', ressalta Munhoz.(Folha Rural / Folha de Londrina)

AGROTÓXICOS II: Senado aprova dois anos para registro de novos produtos

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal aprovou, na última quarta-feira (24/05), o Projeto de Lei do Senado (PLS) 88/11, que estabelece prazo de dois anos para o início da produção e comercialização de novos agrotóxicos no Brasil após o registro dos produtos. O objetivo da proposta, de autoria da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, é alterar a legislação vigente, que não define prazos para a fabricação e a venda destes insumos. A matéria também prevê a suspensão do registro caso a fabricação e a venda não comece no período definido pelo projeto.

Concentração - Ao defender a proposta, a senadora Kátia Abreu alega haver alta concentração no segmento, prejudicando a ampliação da concorrência. Ela defende a oferta de mais defensivos no mercado para baratear os custos de produção da atividade rural. "Muitas empresas que registram seus produtos se preocupam apenas em aumentar o seu valor comercial. Não estão interessadas em colocar o produto no mercado. O registro serve mais para compor o ativo patrimonial do que para incrementar a concorrência", justifica a presidente da CNA. A relatora do PLS na CAS foi a senadora Ana Amélia (PP-RS), que encaminhou parecer favorável à matéria.

 

Custos de produção - Na avaliação da presidente da CNA, a baixa disponibilidade de produtos comercializados é um dos vários problemas enfrentados pelos produtores rurais em relação aos insumos, que estão entre os itens que mais pesam nos custos de produção da agricultura. A senadora Kátia Abreu afirma que as seis maiores empresas de agrotóxicos no País, controlam 85% do mercado. O Brasil hoje responde por 16% do mercado mundial, movimentando cerca de US$ 7,2 bilhões.

 

Tramitação - O PLS está agora na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado, onde será relatada pelo senador Acir Gurgacz (PDT-RO). A matéria será analisada em decisão terminativa, ou seja, se aprovada na CRA, não precisará ser votada em Plenário e será encaminhada diretamente à Câmara dos Deputados. (CNA)

PORTOS III: Paranaguá tem plano de R$ 2 bi para acabar com filas da safra

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

As longas filas de caminhões carregados de soja que se formaram à beira da BR-277, rodovia que liga Curitiba ao litoral do estado do Paraná, durante o transporte da safra 2011 expõem um dos vários problemas de infraestrutura do Porto de Paranaguá. A demora no embarque em dias de chuva é um dos principais gargalos do maior porto graneleiro do Brasil. Na tentativa de minimizar essas dificuldades, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) planeja investir R$ 2 bilhões até 2014.

Mazelas históricas - "O porto tem mazelas históricas" diz Airton Vidal Maron, superintendente da Appa. Funcionário da autarquia há 31 anos, ele assumiu o cargo em janeiro, a convite do governador Beto Richa (PSDB), com a promessa de resolver os antigos problemas e de fazer o porto recuperar o espaço perdido no cenário nacional ao longo da última década.

Pré-plano - A intenção inicial é de que todo o recurso seja obtido por meio do pré-plano apresentado recentemente à Secretaria Especial de Portos do governo federal. Se disponível, o dinheiro será utilizado para pelo menos nove projetos de melhoria da infraestrutura portuária. O anúncio deve ocorrer entre os meses de setembro e outubro. Caso a quantia não seja liberada em sua totalidade, a autarquia estuda atrair a iniciativa privada para participar dos investimentos futuros.

Recursos - "A história do Porto de Paranaguá sempre foi de parceria com a iniciativa privada. Se o governo não puder fazer, eu vou buscar recursos com empresas", aponta o superintendente. "É abrir a boca que a turma vem. Está cheio de gente querendo fazer investimento aqui", comenta, sem revelar o nome dos possíveis parceiros em potencial, alegando questões estratégicas. Ele confirma apenas que são companhias das mais diversas áreas - cooperativas, indústrias, fundos de investimento, entre outras - e que estão entre as maiores do mundo.

Prioridade - No momento, a Appa só pode contar com seus recursos próprios. Assim, a prioridade é utilizar os R$ 440 milhões em caixa em obras menores, mas que podem surtir resultados imediatos. "O caixa alto é ilusão. Ele está elevado porque as administrações anteriores deixaram de investir o que tinha que ser investido. Vamos gastar com as obrigações", afirma Maron. É preciso considerar, ainda, as ações trabalhistas. Em 2010, a Appa acumulou despesas do tipo na ordem de R$ 65 milhões. A estimativa é que o passivo alcance R$ 350 milhões.

Potencial - Uma das primeiras ações, já visando a safra de 2012, será expandir em 30% o potencial do atual corredor de exportação. A Appa vai gastar cerca de R$ 15 milhões para ampliar a capacidade dos equipamentos. Com a troca de algumas peças, os seis carregadores de navio passarão a operar, cada um deles, com capacidade para movimentar 2 mil toneladas/hora - atualmente é de 1,5 mil toneladas/hora.

Dragagem de manutenção - Outra obra programada para ser executada com recursos próprios é a dragagem de manutenção do Canal da Galheta e da bacia de evolução. A Appa aguarda as licenças ambientais do Ibama para iniciar a dragagem do Canal da Galheta e da bacia de evolução. A expectativa é que a autorização seja concedida nos próximos 30 dias e que o serviço, orçado em R$ 100 milhões, comece em julho. Paranaguá planeja reassumir o posto de maior exportador de soja até 2014.

Necessária - "Uma medida necessária em curto prazo é a dragagem. O porto fez um quebra galho, mas não é suficiente. O processo tem que ser permanente", aponta José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo Agroindustrial Cooperativa. Segundo o superintendente do porto, a intenção é realizar as dragagens de manutenção a cada dois anos. "O gasto anual com todas as dragagens é em torno de R$ 20 milhões. Gastou [esse valor], o porto está em condições", rebate Maron.

 

Estudo - A Appa estuda, ainda, uma forma de acabar com os problemas gerados pela chuva que impossibilita carregar os navios. Nos últimos anos, a interrupção no processo durante o mau tempo gerou atrasos no embarque da safra e, consequentemente, filas ao longo da estrada de acesso ao porto. Uma possibilidade estudada é a cobertura da área de embarque. Porém, a autarquia não sabe se a obra teria resultado satisfatório, observa Maron.

 

Solução complexa - "É uma solução bem mais complexa. Seriam US$ 60 milhões para cobrir cada berço e não se sabe se resolve, outra solução é uma cobertura específica do porão", diz Maron. A ampliação do pátio de triagem também é um objetivo da autarquia. O projeto prevê o aumento da área em 250 mil metros quadrados, possibilitando abrigar mais mil caminhões, além das 900 vagas atuais. Outra opção seria a parceria com a Ecovia, concessionária de pedágio que administra a BR-277. "Já fizemos contato. Eles têm o mesmo interesse que nós", ressalta Maron. Caso a parceria seja viabilizada, seria uma cópia do Ecopátio Logística Cubatão. O estacionamento para 3,5 mil vagas - passam cerca de 10 mil caminhões por dia pelo local. O sistema futuro terá píers formando uma espécie de "T" avançando no mar, perpendicular ao cais, e dobrará a capacidade de embarque atual de 9 mil toneladas/hora. A obra está avaliada em R$ 670 milhões. "O projeto ficaria pronto em três anos e Paranaguá voltará a ser o principal terminal de soja do País". (Valor Econômico)