SISTEMA OCEPAR: Diretores discutem infraestrutura com secretário Richa

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, participou, na manhã desta segunda-feira (13/06), em Curitiba, de reunião da diretoria da Ocepar. Na oportunidade, o presidente da organização, João Paulo Koslovski, entregou-lhe um estudo elaborado pelo setor cooperativista intitulado "Impactos do pedágio no transporte de grãos e insumos no Paraná". "O custo do pedágio é muito elevado comparativamente à qualidade das estradas. O peso é maior que a própria tributação em cima de alguns produtos, o que faz com que nós percamos em competitividade. O pedágio e o Porto de Paranaguá são duas questões que nos causam muita preocupação", afirmou Koslovski.

Pedágio - Em relação ao pedágio, Richa explicou porque o governo decidiu começar as negociações com as concessionárias a partir da suspensão por 180 dias das mais de 140 ações em tramitação na justiça. "Iniciamos as negociações há pouco tempo pela suspensão das ações por entendermos que é difícil você sentar para discutir com a faca no seu pescoço, te pressionando. Senão, você avança na negociação e de repente sai uma decisão do juiz para A ou para B e você tem que recomeçar tudo de novo. Então, o primeiro passo foi suspender as ações. Fizemos algumas reuniões para uniformizar também as informações, tanto do lado do governo, como do lado das concessionárias, e percebemos que temos que agir daqui para frente individualmente, negociando com cada um dos lotes. São seis lotes ao todo em nosso Estado", disse o secretário.

 

Reuniões técnicas - "Agora, nós vamos iniciar reuniões de caráter técnico. Eu não devo participar delas para dar realmente um cunho técnico e não político porque já percebemos, e a história comprova, que nada acontece quando a questão é tratada politicamente ou por vias judiciais. O povo e o setor produtivo precisam que as obras sejam executadas, que haja uma discussão séria sobre o pedágio e não vemos nada acontecendo na prática porque é advogado de um lado, advogado do outro. Nós estamos superando essa fase, virando essa página, sentando à mesa, até porque, independente das negociações de abaixar as tarifas ou de retomar os investimentos, há também as questões do dia a dia que estavam sendo prejudicadas devido a essa falta de diálogo", acrescentou Richa. Ele informou ainda que a prorrogação dos contratos não está em discussão. "Não temos como falar em prorrogação nesse momento. Primeiro, temos que discutir e ter clareza da situação e das ações que vamos tomar para, num segundo momento, debater esse assunto", frisou. O presidente do Sistema Ocepar sugeriu ao secretário que, antes do governo tomar qualquer decisão em relação ao tema, as entidades representativas do setor produtivo do G8 sejam ouvidas. Integram o G8: Faciap, Ocepar, Faep, ACP, Fecomércio, Fiep, Fetranspar e Fampepar.

 

Porto - O secretário de Infraestrutura também falou sobre os investimentos que governo está realizando no modal portuário. Richa lembrou que a primeira obra realizada foi a dragagem emergencial nos berços e que o Ibama já autorizou uma nova dragagem, cuja audiência pública deverá acontecer até o dia 28 de julho. "Após a audiência pública, vamos iniciar as tratativas para a dragagem e contratar empresas, junto com a secretaria dos portos, com quem estamos trabalhando muito, e também com a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), com a qual antes o governo não tinha essa boa relação", disse.

 

Recursos - De acordo com Richa, estão sendo pleiteados recursos federais dentro de um programa de dragagem em que o Paraná foi o único estado que ainda não tinha sido beneficiado. "Havia em torno de R$ 160 milhões disponíveis para o nosso estado, que não foram utilizados. Já conseguimos recuperar R$ 50 milhões e estamos atrás de mais R$ 110 milhões para fazer a dragagem do canal, aprofundar as cortinas no cais, entre outras obras. Também está prevista a ampliação dos berços, atualmente são 20 e estamos pleiteando um projeto para até 32 berços, portanto, mais 12 novos berços. Outra ação será o repotenciamento da capacidade do porto de carga e descarga para dar mais agilidade. Ou seja, são várias frentes de trabalho e nós entendemos que, ao longo desses quatro, talvez cinco anos, possamos estar com tudo isso funcionando e com um novo porto no estado do Paraná."

 

Avaliação - Richa fez ainda uma explanação geral sobre as ações previstas em outros modais, como o ferroviário, e demais projetos que estão sendo viabilizados na secretaria de Infraestrura e Logística, de forma integrada com outras secretarias. Ele também ouviu as reivindicações dos cooperativistas. "A minha avaliação sobre esse encontro é extremamente positiva. O governador nos cobra bastante uma participação maior, uma conversa com os diversos segmentos para entender melhor as demandas, as necessidades para que possamos tomar decisões lá e errarmos o mínimo possível. Hoje, a aplicação dos recursos públicos tem que ser respeitada. Custa muito caro quando você erra na aplicação do recurso público. É algo que não se pode mais admitir por falta de diálogo, por falta de um entendimento. Então, eu atribuo essa oportunidade que nos foi dada aqui hoje, de poder conversar com as diversas cooperativas, como fundamental para que possamos tomar as decisões corretas, mais acertadamente", completou.

{gallery}noticias/2011/Junho/13/2011613153149/{/gallery}

Conteúdos Relacionados