DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

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Ministro Pratini - Ao comemorar, ontem (16), o Dia Mundial da Alimentação, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pratini de Moraes, reafirmou a necessidade de o mercado da produção agrícola ser mais aberto, "sem os pesados subsídios dados na Europa e nos Estados Unidos, que provocam elevação artificial dos preços e se tornam fator impeditivo para se dar maior velocidade ao programa de combate à fome mundial". Em pronunciamento a embaixadores, o ministro enfatizou que o Brasil tem feito "esforço concreto" nos últimos anos para melhorar a qualidade alimentar de seus filhos, a ponto de a produção de grãos haver crescido 71% de 1990 para cá, e a produção de carnes também quase acompanhar o aumento, com crescimento de 60%. Mas ele salientou que "ainda não estamos satisfeitos, porque há muito por fazer na luta para erradicar a fome". Razão porque o Brasil reitera, segundo ele, o compromisso de ampliar os acessos aos alimentos e se põe à disposição das nações amigas para a transferência de novas tecnologias para o aumento da produtividade agrícola, desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Senador Osmar Dias - O senador Osmar Dias (PDT-PR) disse ontem (16) que "uma criança morre a cada dois minutos no País, vítima da desnutrição, que é a forma mais humilhante de um ser humano morrer". A declaração foi feita na abertura da sessão ordinária do Senado, dedicada ao Dia Mundial da Alimentação, data instituída pela FAO em 1945. Osmar citou que essa guerra silenciosa que atinge a todos tira a vida de 340 mil crianças por ano, além de causar evasão escolar ou repetência e maior suscetibilidade a doenças infecto-contagiosas, além de outras mazelas. "Combater a fome deve se constituir a prioridade número um de todos os políticos que pretendem se candidatar à presidência da República e aos governos estaduais", adiantou. No Brasil vivem cerca de 44 milhões de pessoas com renda diária inferior a US$ 1, sendo que comer todos os dias "tornou-se para elas uma expectativa de difícil realização". O senador lembrou que se nos países em desenvolvimento os alimentos disponíveis fossem distribuídos à população carente o PIB poderia ter um incremento de 45%. Ele revelou que o flagelo da fome atinge também a metade da população rural brasileira, tornando ainda mais cruel a contradição ao se considerar que "uma grande parte do contingente utilizado na produção dos alimentos não tem acesso a eles".

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