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BALANÇO I: Superávit comercial é US$ 496 mi na semana

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Balança comercial inicia 2011 com déficit de US$ 486 milhõesMercado eleva previsão para inflação em 2011 A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 496 milhões na segunda semana de janeiro, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Entre os dias 10 e 16, as exportações somaram US$ 3,883 bilhões, com média diária de US$ 776,6 milhões enquanto as importações chegaram a US$ 3,387 bilhões, com média de US$ 677,4 milhões.

Acumulado - No acumulado do mês até a segunda semana, a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 10 milhões. Nos dez primeiros dias úteis de janeiro, as exportações totalizaram US$ 6,664 bilhões e as importações somaram US$ 6,654 bilhões. Em relação à média diária de embarques de janeiro do ano passado, houve crescimento de 17,9%. Na comparação com dezembro, houve queda de 26,7%. No caso das importações, o valor foi 15,9% superior à média registrada no primeiro mês de 2010 e 1,6% inferior ao apurado em dezembro. (Agência Estado)

BALANÇO II: Para analistas, commodities impedirão queda maior do superávit

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A previsão do novo ministro de Desenvolvimento, Fernando Pimentel, de que o saldo na balança comercial brasileira pode atingir apenas US$ 10 bilhões neste ano - o pior desde 2001 - não está fora da realidade, segundo bancos e consultorias. Alguns agentes, como o Fator, estimam resultado um pouco melhor (US$ 13 bilhões). Outros, como o Barclays Capital, são mais pessimistas (US$ 7 bilhões). Já os economistas consultados pelo Valor avaliam, de maneira geral, que o resultado comercial de 2011 só será superior ao do ano que vem, quando o derretimento do superávit da balança brasileira atingirá seu ponto mais baixo.

Perspectivas - "De maneira geral, as perspectivas estavam piores no início de 2010, quando os preços das commodities estavam em baixa. Como os preços subiram muito no ano passado, ajudaram o saldo comercial, algo que deve ocorrer de novo este ano, mesmo com nova elevação das importações", explica José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Fator.

Exportações - Para Gonçalves, os preços das commodities continuarão impulsionando as exportações brasileiras, em valor, mantendo o saldo em US$ 13 bilhões neste ano, mesmo nível de 2002 - estimativa próxima aos US$ 14,1 bilhões calculados pelo departamento de pesquisas econômicas do Bradesco. As commodities têm preços negociados internacionalmente na Bolsa de Chicago (EUA), onde é calculado o índice CRB, que coleta a média de preços de itens básicos. Depois de subir 17,4% em 2010 - sendo 10,4% apenas no mês de dezembro - o CRB perdeu força na primeira semana deste ano, diante do otimismo quanto ao crescimento econômico americano e voltou a subir na semana passada, quando, em apenas sete dias, acumulou uma alta de 2,8%.

Abaixo do recorde - O nível atual, de 333 pontos, continua muito abaixo do recorde de 473,5 pontos, alcançado em julho de 2008, antes da crise mundial, mas muito acima do vale, de 200 pontos, atingido em março de 2009. "As commodities são o ponto de fuga dos investidores estrangeiros, que veem na enorme demanda chinesa para itens como minério de ferro e alimentos em grãos uma oportunidade de investimentos mais vantajosos que os títulos ofertados por países ricos em crise", avalia Marcelo Salomon, economista-chefe do Barclays.

Inflação - "Foram as commodities que fizeram ressurgir a inflação no ano passado, nos países emergentes, junto a um processo de aumento da renda, ao mesmo tempo que mantiveram os saldos comerciais, num cenário de valorização cambial e aumento das importações", diz Salomon, para quem o movimento de preços das commodities será "central" para entender o ano de 2011.

Certo - Para Gonçalves, do Fator, o novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior acerta ao se dizer "estupefato" com o avanço da China - exportando mais bens manufaturados ao Brasil e adquirindo, em doses cavalares, produtos primários. "O ministro é o primeiro, no cargo, que entende que a China existe e faz parte do jogo. Não vamos vender mais sapatos e roupas nas mesmas proporções aos países ricos, e o ímpeto chinês acaba sendo bom para a balança comercial ", diz.

Importados - Diante de um mercado interno aquecido, graças à queda do desemprego, alta nos salários e expansão do crédito, a demanda por importados continuará forte ao longo do ano, aposta Thaís Zara, economista-chefe da Rosenberg & Associados. Para ela, as exportações brasileiras ficarão concentradas em commodities e a uma melhora nas vendas de produtos industriais, que contarão com o mercado americano mais receptivo.

2012 - "Em 2012 o saldo comercial pode ficar próximo de zero, caso os preços das commodities caiam, com a melhora da economia americana. O saldo responde à nossa dependência das exportações de commodities. Hoje, os preços em alta ajudam. Mas quando a China começar a migrar para um modelo de crescimento focado no mercado interno, as coisas podem mudar", afirma Thaís. (Valor Econômico)

ECONOMIA: Crescem pressões por alta mais acentuada dos juros

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A piora considerável do cenário inflacionário nas últimas semanas amplia o peso da decisão que será tomada nesta quarta-feira (19/01) pelo Comitê de Política Monetária (Copom), em sua primeira reunião no governo Dilma e com o Banco Central (BC) sob o comando de Alexandre Tombini. O relatório Focus já aponta previsão de um IPCA de 5,42% neste ano, acima do centro da meta de 4,5%.

Alta - Há consenso no mercado de que o BC deve elevar o juro básico de 10,75% ao ano para 11,25% ao ano. Mas cresce o número de economistas que defendem um aperto maior, de até 2,75 pontos ao longo do ano. A curva de juros futuros, que responde mais rapidamente aos dados conjunturais, já projeta um aperto monetário maior, com alta de 0,75 em março.

Preços agropecuários - Depois de uma trégua em dezembro, os preços agropecuários voltaram a subir no atacado nos primeiros dez dias de janeiro. No IGP-10 deste mês, divulgado ontem, as cotações desses produtos subiram 0,6%, bem acima do nível de dezembro. O movimento reflete principalmente a renovada pressão sobre as commodities agrícolas, como café em grão, milho, trigo, açúcar e algodão. O café, por exemplo, teve alta de 8,63% em um mês. O impacto das chuvas neste começo do ano, que afeta os alimentos in natura, foi pequeno, porque esses produtos têm peso bem menor no atacado.

Commodities industriais - Para complicar o cenário, algumas commodities industriais também retomaram a alta. O preço do minério de ferro no mercado à vista subiu de US$ 170,1 a tonelada no fim de dezembro para US$ 180,8 a tonelada ontem. Ou seja, uma alta de 6,4% nesse curto período, com impacto nos custos industriais. E os analistas preveem que a cotação pode chegar a US$ 200 a tonelada em fevereiro, caso a demanda mundial continue crescendo por conta das compras antecipadas das usinas chinesas.

Carvão metalúrgico - O carvão metalúrgico, que tem problemas de oferta em razão das inundações na Austrália, também subiu. Com a interrupção do fornecimento australiano, o preço do carvão chinês de alta qualidade já subiu de US$ 299 a tonelada para US$ 323 - uma elevação de 6%. Como o carvão é um importante insumo na produção siderúrgica, os preços do aço acompanharam a alta. Nos últimos dois meses, a elevação acumulada já alcança 35% no mercado internacional (Valor Econômico)

GOVERNO ESTADUAL: Grupo promete pôr o Paraná na linha de crescimento

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Recuperar a competitividade do estado, investir em tecnologia e agregar valor à produção da casa. Esses são alguns dos principais pontos que serão "atacados" pelo novo time de gestores públicos do estado ligados à área econômica para que o Paraná saia da retranca e recupere seu espaço no cenário nacional. Jogando para o gasto (ou nem isso) nos últimos anos, o Paraná perdeu participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Sua fatia no bolo diminuiu de 6,4% em 2003 para 5,9% em 2010, segundo o novo presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço. O estado ficou para trás porque seu crescimento econômico no período - de 3,6% ao ano, em média - ficou abaixo da média nacional, de 4%. "O Brasil viveu um ciclo de crescimento, tendo sua maior fase de fortalecimento, e o Paraná não acompanhou. O governo anterior abandonou vários pontos importantes, como infraestrutura e atração de capital externo", aponta Lourenço.

Diagnóstico - A Gazeta do Povo ouviu os secretários da Fazenda, Indústria e Comércio, Ciência e Tecnologia, Agricultura e Planejamento, além dos presidentes do Ipardes e da Companhia Paranaense de Energia (Copel) para fazer um diagnóstico da situação econômica do estado e, também, identificar as áreas que vão receber atenção especial durante a gestão do governador Beto Richa. Há poucos dias nos cargos e ainda sem projetos consolidados, os sete são unânimes em apontar que o Paraná, digamos, se encontra na zona de rebaixamento. Mas dizem que ele pode, em breve, voltar a frequentar a parte de cima da tabela de classificação.

Cássio Taniguchi, secretário de Planejamento - Taniguchi assume o cargo trazendo na bagagem a experiência de ter sido ex-prefeito de Curitiba por dois mandatos e secretário de Planejamento no governo de Jaime Lerner. Segundo ele, é fundamental voltar a investir em áreas prioritárias, o que não teria ocorrido na gestão passada. "A ordem do governador para redução dos custos, no mínimo em 15%, é para sobrar mais dinheiro para investimento. A prioridade será infraestrutura e logística para que o Paraná volte a ter competitividade", destaca. Os primeiros investimentos, segundo ele, devem ocorrer em inovação tecnológica e na prestação de serviços, para que o Paraná volte a fazer pesquisa de ponta em algumas áreas, ultrapassando o Rio Grande do Sul nesse quesito. "O avanço da tecnologia vai qualificar a mão de obra parananense e ajudá-la a ter melhor remuneração", acredita Taniguchi. O secretário diz saber da importância do agronegócio e da indústria automobilística para o estado, mas defende que é preciso diversificar a matriz econômica.

Luiz Carlos Hauly, secretário da Fazenda - À frente da pasta responsável pela arrecadação estadual, Hauly vai administrar um orçamento de R$ 6,6 bilhões em 2011, um dos maiores do estado. A prioridade, segundo ele, é aumentar a competitividade do Paraná, trazendo mais empresas ao estado - o que, no futuro, vai resultar em mais arrecadação. "Dar condições de competitividade aos produtos daqui garante emprego, renda e tributos", afirma. O caminho, segundo ele, é agregar valor aos produtos primários - que hoje, em sua maioria, deixam o estado na forma "in natura". "Isso será feito através de investimentos em tecnologia", diz Hauly. Outros pontos importantes, segundo o secretário, são diminuir o custo dos encargos e "cobrar o tributo justo" - algo que, contudo, ele não revela como será feito. Entre as heranças deixadas pelo último governo, o secretário da Fazenda destaca como positivo os benefícios tributários dados a micro e pequenas empresas. "O Paraná teve política adequada para beneficiar essas empresas."

Lindolfo Zimmer, presidente da Copel - Apesar da mudança de governo, o novo presidente da Copel - que entrou na empresa em 1965 e se aposentou em 2003 - promete manter a postura arrojada adotada pela gestão mais recente quando o assunto é a participação em leilões por concessões de transmissão e geração de energia, inclusive fora do Paraná. Outro assunto prioritário é a renovação do contrato de concessão da Copel Distribuidora, que expira em 2015. Ele pretende reforçar o pedido de apoio da bancada paranaense de deputados federais e promover uma ação integrada com outras empresas que também estão na dependência de renovação. Zimmer assume o cargo com R$ 1,8 bilhão nos cofres da empresa para iniciar a execução dos seus projetos. Em 2011, o plano de investimento é de R$ 2,06 bilhões, o maior da história da companhia. Um dos projetos mais ambiciosos foi anunciado pelo executivo em sua posse - segundo ele, até o fim do ano a estatal vai oferecer internet banda larga em todos os municípios aonde chega a rede de fibra ótica da empresa.

Gilmar Mendes Lourenço, presidente do Ipardes - "O Paraná perdeu uma série de referências e oportunidades. Ficamos absolutamente estagnados. Precisamos rapidamente recuperar essa capacidade", diz Lourenço. Para isso, afirma ele, o governo deve trabalhar com uma linha gerencial de recuperação. E, a partir de agora, os estudos e pesquisas fornecidos pelo Ipardes ganham status de "bússola", sendo o ponto de partida para a tomada de decisões futuras, tanto públicas como privadas. Outro ponto crítico que precisa ser combatido imediatamente, segundo o novo presidente do instituto, é a falta de representatividade do estado no plano nacional - o Paraná tem pouco mais de 1% do Orçamento da União. "Um exemplo é o Programa de Aceleração do Crescimento [PAC], do qual o Paraná está à margem", diz. Para Lourenço, outras medidas importantes são o ajuste fiscal, para reverter a deterioração da máquina pública, e a recuperação da competitividade das empresas do estado.

Norberto Ortigara, secretário da Agricultura - Após muito tempo de insatisfação, produtores rurais e profissionais da área parecem finalmente ter concordado com o titular da pasta, que atende a um setor que responde por um terço do PIB do estado. O secretário Norberto Ortigara, técnico agrícola e funcionário de carreira da secretaria desde 1979, é especialista na sua área. Ciente da responsabilidade e dos desafios, ele diz esperar eliminar os gargalos que afetam o desenvolvimento e a competitividade dos produtos paranaenses.Uma das prioridades é fazer com que o Paraná conquiste o status de estado livre da febre aftosa sem vacinação - depois dos casos da doença, em 2005, o estado acumulou perdas de US$ 1 bilhão. "Essa e outras doenças inibem a presença dos produtos paranaenses no mundo, pois existe retaliação", afirma. Uma das medidas previstas é reforçar as barreiras interestaduais, hoje precárias. O secretário também espera melhorar a vida de quem mora no campo. A promessa é construir 10 mil habitações em quatro anos, entre outras benfeitorias. Ortigara também prevê investimentos em conservação das estradas rurais, e anuncia o retorno do investimento em pesquisa, com concurso para contratar de cerca de 450 técnicos.

Ricardo Barros, secretário da Indústria e Comércio - Barros planeja apresentar ao governador, dentro de 30 dias, o programa "Paraná Competitivo". O objetivo é fazer um raio-x das condições para investimento e novos negócios no estado através da análise dos concorrentes em cada setor. "Precisamos criar um bom ambiente de negócios e investimentos, para ficarmos competitivos. Nos últimos anos, a política e os esforços de atração de empresas foram baixos. Por exemplo, o Porto de Paranaguá precisa saber o que os outros portos estão oferecendo para definir as prioridades por aqui. Queremos buscar investimentos no Brasil e no Mercosul", diz. O programa, articulado pela pasta de Ricardo Barros, reúne esforços da Secretaria de Fazenda, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Compagas, Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), aeroportos, Copel, Lactec e Agência de Fomento. A secretaria também quer "interiorizar" as novas indústrias e dar suporte para o desenvolvimento das atividades preponderantes em cada região do estado.

Alípio Leal, secretário de Ciência e Tecnologia - A Secretaria de Ciência e Tecnologia será uma espécie de "mãe de todas", já que uma das diretrizes do governo é o investimento em tecnologia. Por isso, o novo secretário quer trabalhar em parceria com as outras secretarias, para aplicar a tecnologia adquirida e também otimizar a aplicação dos recursos. "A secretaria sempre estará com as portas abertas. Não vamos trabalhar de forma restrita, como era antes", afirma. Leal trabalha com três prioridades iniciais: estabelecer um conselho de reitores das universidades públicas, para que os projetos envolvam todas elas; criar uma rede estadual de ensino superior para integrar as instituições; e implantar o sistema estadual de educação. "Precisamos ver a educação como um todo, desde o ensino infantil até a pós-graduação. Isso evitará ações sobrepostas."O secretário também planeja investimentos na ampliação do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). "Nos últimos anos, o Tecpar não foi bem tratado. Hoje ele depende do estado, mas antes era autossuficiente. Precisamos fazer com que ele volte a ser uma referência nacional." (Gazeta do Povo)

VÍTIMAS CHUVAS: Afoca arrecada donativos entre funcionários do Sistema Ocepar

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A Associação dos Funcionários da Ocepar e Sescoop/PR (Afoca) está arrecadando, entre os funcionários das duas entidades, doações para as vítimas das enchentes que afetam o Rio de Janeiro e São Paulo. Os donativos serão recebidos até a manhã desta quarta-feira (19/01) e depois encaminhados ao Corpo de Bombeiros.

C.VALE: Começam as reuniões preparatórias à AGO

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COOPERATIVISMO: Boletim da ACI traz dados sobre o setor

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A Aliança Cooperativa Internacional - ACI (ou, em inglês, ICA) divulgou em seu último Boletim Informativo (ICA Digest 70) informações importantes sobre o cooperativismo mundial. A publicação traz notícias sobre o cooperativismo brasileiro, como o discurso do presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, no Senado, a participação do Dr. Eudes Freitas de Aquino no Seminário das Cooperativas de Saúde, realizado em Washington-EUA, além de uma homenagem prestada pela OCB ao ex-Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Clique aqui e acesse. (Informativo OCB)

AGRONEGÓCIO III: Vigilância sanitária para além da aftosa

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A febre aftosa tem dado o que falar há alguns anos no Paraná. Em 2010 foi assunto por conta da tentativa do Estado em se tornar área livre da doença sem vacinação. Sem sucesso, principalmente, pela deficiência de fiscalização nas barreiras sanitárias do Paraná. Mas além das questões que envolvem a febre aftosa, a melhoria da vigilância sanitária é importante para atender todas as cadeias e impulsionar os negócios. ''Precisamos de sanidade e qualidade na produção'', afirma João Paulo Koslovski, presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).

Defesa Agropecuária - Segundo ele, um dos pedidos do setor é a criação do órgão de Defesa Agropecuária, responsável por controlar todas as questões que envolvem a sanidade do setor. ''Temos que ter muita responsabilidade nessa área, pois medidas fortes de controle sanitário valorizam nosso produto'', afirma Koslovski.

Exportações - E a responsabilidade da nova administração é grande se for observado que as exportações do agronegócio do Estado crescem ano a ano. Dados da Ocepar dão conta de que em 2009, somente as cooperativas foram responsáveis por movimentar US$ 1,450 bilhão. Em 2010, a exportação cresceu e a expectativa da organização é ter fechado o período com um volume de exportação de US$ 1,7 bilhão.

Momento - O presidente da Sociedade Rural do Paraná, Gustavo Andrade e Lopes, afirma que o momento pede a criação desse órgão de vigilância sanitária para trabalhar especificamente em prol do setor. Quanto à transformação do Paraná em área livre de aftosa, Lopes observa que os pecuaristas sempre estiveram ao lado do governo, respeitando as campanhas de vacinação, executando-as da melhor forma possível e que assim deverá continuar. Ele considera muito responsáveis até o momento as atitudes do governo no sentido de tornar o Estado área livre da doença sem vacinação. ''Tudo tem sido feito com muito cuidado, dialogando com outros estados'', afirma.

Prioridade - Na opinião de Ágide Meneguette, a criação da Agência de Defesa Sanitária, também é prioridade para o setor. ''Vai garantir a qualidade sanitária de nossos produtos pecuários e agrícolas e abrir novas perspectivas de mercado'', reitera.

Requisito básico - A sanidade plena é requisito básico, para o representante da Seab, Norberto Ortigara. ''É a base para sermos mais competitivos'', afirma. Para isso, confirma a criação da Agência de Defesa Agropecuária. Segundo ele, o projeto já está pronto e só falta tramitar pelo governo e seguir para a Assembleia. Atualmente, acrescenta Ortigara, o setor tem muitas deficiências, principalmente no quesito pessoal. ''Vamos recompor as equipes das barreiras sanitárias e adequar a capacidade física dos locais'', adiantou. O secretário reforça, por exemplo, que voltará a pleitear ao Ministério da Agricultura o status de área livre de febre aftosa quando essa medidas de adequações forem tomadas. ''Vamos gastar o ano para isso''. (Folha Rural / Folha de Londrina)

SANIDADE: Avicultura recebe OIE para análise de projeto

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Técnicos da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) visitam, esta semana, quatro empresas associadas da União Brasileira de Avicultura (UBABEF) que participam de um projeto piloto, em nível mundial, com o objetivo de adotar a compartimentalização da sanidade na produção avícola. A proposta do projeto começou a ser discutida na OIE há três anos. Trata-se de um sistema de produção avícola, incluindo, além do frigorífico, também os produtores integrados, incubatórios etc, que comprovar a excelência em biosseguridade poderá continuar capacitada a fornecer carne de frango no mercado internacional, mesmo que eventualmente o país registre um caso de gripe aviária.

Empresas - As empresas brasileiras que participam desse projeto piloto são Sadia (unidade de Lucas do Rio Verde-MT), Perdigão (de Rio Verde-GO), Seara (Itapiranga-SC) e Cobb (São José do Rio Preto-SP), sendo que esta última é fornecedora de material genético. Segundo o diretor de Produção e Técnico Científico da Ubabef, Ariel Antonio Mendes, a expectativa é que o processo seja concluído até o final de 2011, quando o governo brasileiro informará formalmente à OIE que as unidades atendem aos mais elevados requisitos de biosseguridade. "O Brasil já tem a mais elevada biosseguridade entre os países produtores e exportadores de carne de frango. Mas a adoção da compartimentalização representará também um verdadeiro upgrade, destacando ainda mais a excelência de nossa avicultura", destacou Mendes. (DCI - Diário do Comércio & Indústria)

CARNES: Abate religioso ganha espaço nas agroindústrias do BR

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Alguns povos condicionam sua alimentação a preceitos religiosos. Hindus não comem carne bovina, por considerarem a vaca um animal sagrado. Budistas também evitam carne e costumam adotar o estilo vegetariano. Judeus e muçulmanos, por sua vez, não aceitam a ingestão de carne suína, já que para os padrões dessas religiões, o porco é um animal impuro. Nessas duas últimas culturas, as carnes bovina e de aves são permitidas, desde que o animais tenham sidos mortos sob as bênçãos de suas crenças. As agroindústrias brasileiras vêm se especializando para atender as exigências desses mercados nos quais a fé rege também os hábitos alimentares.

Oriente Médio - O incremento das exportações para o Oriente Médio, onde a maioria da população (90%) segue os preceitos do líder espiritual Maomé, despertou o interesse de frigoríficos e, por outro lado, ampliou a possibilidade de compra da população daqueles países e de outros que seguem as mesmas leis, a exemplo dos asiáticos Malásia e Indonésia. Carnes com abate diferenciado, conhecido como halal, ganham espaço nas linhas de produção de grandes empresas.

Princípios - Na prática, o termo halal significa permitido para consumo, mas o conceito ultrapassa o simples consentimento, tratando de princípios que vão do respeito a todos os seres vivos até questões sanitárias. A preocupação com a higiene do alimento estende-se ao bem-estar do animal, no caso dessas proteínas. Para os islâmicos, o ritual de abate do boi ou do frango deve ser feito apenas pela degola, para garantir a morte instantânea do animal. No sistema tradicional de abate bovino, a insensibilização por meio de métodos que levam ao atordoamento deve ser feita antes da sangria. Todos os procedimentos com o abate devem ser realizados por um muçulmano praticante, em geral árabe, treinado especificamente para essa função.

Alá - O oficio do degolador é estritamente ligado às tradições religiosas e o abate, permeado de ritos. Cada animal que passa pela mão desse profissional, é oferecido a Alá antes de ser morto. Com um facão minuciosamente afiado em punho, ele pronuncia, em árabe, a frase "em nome de Deus" e sacrifica o animal. Omar Chahine, supervisor islâmico do frigorífico Minerva, em Barretos (SP), explica que esse oferecimento ocorre na intenção de que o animal não sofra, e que o sacrifício seja apenas para o sustento de quem dele se alimenta. "É um agradecimento pelo alimento e mostra que o trabalho é voltado exclusivamente à alimentação humana, sem crueldade pela morte de outro ser vivo", afirma. Sempre que possível, o animal deve estar posicionado na direção da cidade sagrada de Meca (Arábia Saudita), intensificando o caráter ritualístico do ato.

Sangue - É preciso ainda dissociar os elementos vitais e, por isso, é preconizada a retirada total do sangue do animal. "A doença vive no sangue e queremos um animal saudável", diz o supervisor-geral de abate da Central Islâmica Brasileira de Alimentos Halal (Cibal), Tamer Mansur. Dessa forma, a sangria é uma parte importante, assim como os cuidados no pré-abate. Antes da morte, o boi ou o frango deve descansar, no mínimo, 12 horas "para não ficar agitado e esvaziar o estômago", diz Omar Chahine. Deve-se evitar, também, que tenham comido ração com proteína animal ou recebido hormônios. O post mortem também é regido pela doutrina e as carcaças halal são separadas das convencionais. O contato com o produto convencional é estritamente proibido, mesmo já embalado.

Equipe - Cada frigorífico tem na equipe um degolador e um supervisor de abate. A certificação do produto halal, que hoje alcança mercados no Oriente Médio, África e Ásia, é feita há mais de 30 anos por empresas especializadas, como a Cibal Halal e o Centro de Divulgação do Islam para a América Latina (CDIAL). Com equipes próprias para averiguar todo o processo, essas empresas dão a garantia ao importador de que a produção foi realizada segundo os preceitos da religião.

SIF - O Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura não atua em certificações de cunho religioso, como a halal. No entanto, todo estabelecimento, independentemente do tipo de abate realizado, conta com fiscais que examinam as áreas dos matadouros e frigoríficos e verificam o cumprimento de programas relativos à higiene, à documentação do estabelecimento e às condições de saúde do animal.

Mercado mundial - O mercado halal em todo o mundo é estimado em mais de US$ 400 bilhões, com crescimento de 15% ao ano. Dados da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras) apontam que 33% da produção de frango do Brasil são destinadas ao mercado halal, tendo a Arábia Saudita como o principal comprador. Na carne bovina, o percentual chega a 40%, com destaque para o Egito.

Promovendo o produto nacional - Para ampliar esse mercado, a Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB) ajuda a promover produtos nacionais em eventos do setor e feiras de alimentos. Em parceria com o Ministério da Agricultura, a entidade já realizou missões aos Emirados Árabes, Argélia e Egito, com destaque para as carnes halal.

Árabes - O secretário-geral da entidade, Michel Alaby, ressalta que pelo menos metade dos US$ 480 bilhões anuais movimentados pelo mercado halal vêm dos países árabes. Ele vê o sistema de abate como vantagem competitiva para as indústrias brasileiras. "Há grande chance de crescer, mas devemos nos preparar, pois essa é uma certificação oneros a que exige tempo e trabalho. Mas as empresas deveriam investir mais, por se tratar de um mercado cativo", ressalta. Malásia, Inglaterra, Estados Unidos, Turquia e Egito são grandes fornecedores de alimentos industrializados halal no mundo.

Brasil - Levantamento da CCAB mostra que os países árabes importam cerca de US$ 70 bilhões de produtos agroindustriais e que o Brasil supre apenas 10% desse total. Alaby acredita que é possível abocanhar fatias maiores desse mercado, desde que se preste mais atenção à importância da agregação de valor aos produtos. Nesse fluxo, as carnes halal apresentam esse diferencial, na opinião do secretário da entidade. (Mapa)

COMÉRCIO EXTERIOR I: Índia avança em commodities brasileiras

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Depois da China, é a vez da Índia. Um novo gigante asiático despertou seu apetite pelas matérias-primas brasileiras, provocando temores de que se repita uma relação comercial "colonial" de exportação de commodities e importação de produtos manufaturados. Nos últimos dois anos, as vendas de produtos básicos para a Índia quase quintuplicaram, saindo de US$ 370 milhões em 2008 para US$ 1,74 bilhão em 2010. Os principais alvos do "ataque" foram o petróleo e o açúcar, mas as perspectivas são positivas para outros produtos como carne de frango.

Vendas - Em 2010, o petróleo liderou as vendas brasileiras para os indianos, gerando uma receita de US$ 1,24 bilhão. Foi seguido pelo açúcar bruto, com US$ 875 milhões. A Índia saiu de uma posição insignificante entre os clientes do petróleo brasileiro para se tornar o terceiro maior comprador, depois de Estados Unidos e China. Procurada, a Petrobrás não quis comentar o assunto. Os indianos também foram o segundo maior importador do açúcar brasileiro, logo depois da Rússia. A explosão de vendas foi provocada por uma forte seca em 2009 e em 2010 no país. A Índia ocupa a vice-liderança da produção mundial de açúcar, atrás do Brasil. Em épocas de boas safras, como a atual, torna-se exportadora.

Inserção - Segundo André Sacconato, economista da consultoria Tendências, a Índia tem cerca de 500 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza que serão inseridas no mercado consumidor nos próximos anos, graças ao forte crescimento da economia. Isso significa um novo mercado para as commodities brasileiras. (Agência Estado)

COMÉRCIO EXTERIOR II: Governo vai atuar para proteger saldo comercial

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"Estupefato" com o avanço da China e outros países asiáticos no comércio internacional, o novo ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, anuncia: o governo terá "uma política mais proativa" para proteger o saldo positivo no comércio exterior, e tomará iniciativas de defesa comercial sem esperar provocação do setor privado. "Vamos fazer frente a essa avalanche asiática com tudo aquilo que for possível dentro da Organização Mundial do Comércio e com alguma criatividade extra-OMC", diz em entrevista ao Valor.

Queda - Se nada for feito, o superávit da balança comercial poderá cair à metade em 2011, para US$ 10 bilhões, prevê o ministro. "O saldo da balança comercial chegou a US$ 50 bilhões, hoje é de US$ 20 bilhões, e a previsão neste ano é de US$ 10 bilhões", compara. Ele se diz preocupado com o efeito da queda sobre o já significativo déficit nas contas correntes brasileiras. "O país pode ter déficit em suas transações correntes, não é problema; mas a previsão para este ano é de déficit de US$ 70 bilhões", diz. "Com US$ 10 bilhões de saldo comercial, esse déficit é preocupante". O governo buscará "mecanismos que possam ajudar a, no mínimo, manter o saldo da balança comercial, e, talvez, ampliá-lo".

Medidas - Segundo Pimentel, o que chama de medidas "extra-OMC" depende de discussões no governo. "Não tem nada por enquanto; mas vai ter", avisa. Uma das opções que antecipa é a intenção de mudar a sistemática nos processos anti-dumping (contra importados com preços desleais, abaixo dos de mercado) e outras medidas de defesa comercial: tradicionalmente deslanchados a pedido do setor privado, eles poderão ser iniciados a partir de estudos do próprio governo, com base em seu efeito sobre as contas de comércio externo, conta.

Cuidado - "Tem que fazer com cuidado, mas se tivermos foco vamos descobrir um conjunto de bens (importados a preços desleais) que tenham impacto na balança comercial", avisa. "Podemos submetê-los a análises para formação de processo anti-dumping". Embora essa prática não esteja prevista nas regras da OMC, Pimentel diz que o governo, dentro de sua "criatividade", vai respeitar as normas internacionais de comércio.

Como fazer - "Esse é o segredo que temos de descobrir como fazer: combinar uma dose de protecionismo, que não pode ser exagerada senão tira o estímulo à competitividade, com a exposição ao risco, à competição". Ele anunciou que espera levar ao Congresso, no primeiro trimestre, medidas para reduzir impostos sobre a produção e outros obstáculos à competitividade. (Valor Econômico)

PESQUISA: Brasileiro é o mais otimista entre os Brics

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Os brasileiros são os mais otimistas em relação à melhora em suas finanças pessoais entre as populações de sete países em desenvolvimento, incluindo aqueles do grupo do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). Com essa perspectiva, também são os que têm maior intenção de adquirir bens que vão além dos produtos essenciais. Imóveis, carros, plano privado de saúde e educação estão no topo da lista.

Pesquisa - Pesquisa feita pelo Credit Suisse Research Institute, que será divulgada nesta segunda-feira (17/01) em vários países, busca estabelecer um perfil das preferências e padrões de gastos dos consumidores que estão no centro de uma mudança estrutural na demanda global. Foram entrevistadas 13 mil pessoas dos países do Bric, além de Egito, Indonésia e Arábia Saudita.

Melhora da renda - No Brasil, onde foram ouvidas 1,5 mil pessoas de diferentes classes sociais, 63% disseram que contam com a melhora de sua renda nos próximos seis meses. Na China, o porcentual foi de 45% e na Índia de 43%. Arábia Saudita e Indonésia têm 35% de otimistas, enquanto a Rússia tem 27%. A população do Egito é a mais pessimista: apenas 12% apostam na melhora das condições financeiras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Agencia Estado)

TRANSPORTES: Plano para novas ferrovias depende de trilho importado

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O governo brasileiro planeja transformar as ferrovias no principal motor do transporte nacional no futuro, mas, apesar disso, não fabrica trilhos e é obrigado a importar, todos os anos, centenas de toneladas do material da Ásia e do Leste Europeu. Essa deficiência na cadeia produtiva do setor, que já era uma pedra no sapato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tende a causar um desconforto ainda maior para o governo Dilma Rousseff, que tem nas mãos a meta de tocar o plano mais ambicioso do segmento dos últimos 40 anos.

Custo - Com a retomada da Valec, estatal que lidera a abertura de novas estradas de ferro pelo país, o governo tem sentido na pele o custo pelo abandono que o setor ferroviário viveu entre as décadas de 80 e 90. O preço é alto. A estatal acaba de colocar na rua um edital para compra de 244,6 mil toneladas de trilhos. A licitação, dividida em vários lotes, tem orçamento total de R$ 807,2 milhões. Serão adquiridos, de uma só tacada, 1.711 km de trilhos de aço, o que daria para ligar São Paulo a Palmas, no Tocantins. Tudo chegará ao país transportado por barcos chineses ou por companhias do Leste Europeu, onde estão concentrados os grandes fornecedores desse material.

Ferrovias - Desse total de trilhos importados, 1.044 km ficarão na Bahia, onde será iniciada a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), partindo de Ilhéus, no litoral, até Barreiras, na fronteira com o Estado de Tocantins. A previsão é e que até o fim de 2012 seja concluído o trecho entre Ilhéus e Caetité, no semi-árido baiano, chegando a Barreiras em 2013. Os demais 667 km de trilhos vão ser usados para construir o trecho sul da Ferrovia Norte-Sul (FNS), partindo de Ouro Verde, em Goiás, até Estrela D'Oeste, em São Paulo, com previsão de conclusão para dezembro de 2012.

Impostos - Sem produção local, o caminho encontrado pelo governo para estimular o setor foi a retirada de impostos para a importação do material. As barras de aço que hoje entram no país são isentas de Imposto de Importação, ICMS, PIS e Cofins. Mesmo assim, o preço médio da tonelada de trilho importado em 2010 ficou em US$ 864, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), enquanto a tonelada de minério de ferro exportada pelo Brasil ficou na casa dos US$ 130.

Fabricação nacional - "Já tentei de tudo para induzir a fabricação de trilhos no Brasil, mas as empresas não se animaram. Acho essa situação um absurdo, o certo é produzir aqui", diz José Francisco das Neves, presidente da Valec. "Continuo conversando com empresários sobre esse assunto, mas por outro lado, não podemos mais esperar. O setor está muito atrasado. O que estamos construindo hoje já devia estar pronto há muito tempo."

Importação - A retomada dos projetos ferroviários está estampada no volume de importação dos trilhos. Em 2009, as concessionárias e a Valec gastaram US$ 170,1 milhões com a importação de 147,2 mil toneladas de barras de aço. No ano passado, com a queda de preço, o volume mais que triplicou, saltando para 496,4 mil toneladas. Foram gastos US$ 429 milhões com os trilhos.

Vagões de cargas - Não são apenas os projetos de expansão das estradas de ferro do país - que hoje somam 30 mil km de malha - que evidenciam a fase de crescimento do setor. O balanço feito pela Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) mostra que, em 2010, a produção nacional de vagões de carga atingiu 3.300 unidades, contra 1.022 vagões montados em 2009. "Para este ano, a previsão é que o setor compre mais 5 mil vagões, ou seja, voltamos ao ritmo pré-crise de 2008, quando foram comprados 5.118 vagões", diz Vicente Abate, presidente da Abifer. Puxado até agora pelo setor privado, o cenário também é estimulante para a produção de locomotivas. O volume de 22 máquinas fabricadas em 2009 saltou para 65 em 2010 e neste ano deve superar 100 locomotivas. O número de vagões de passageiros fechou 2010 com 421 carros e deve atingir 450 este ano. Num cenário de médio prazo, até 2019, comenta Abate, o mercado brasileiro vai produzir 40 mil vagões de carga, contra 28,2 mil da década passada.

Crescimento - Se o Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), criado pelo Ministério dos Transportes, for cumprido, até 2025 a rede ferroviária atual, de 30 mil km, vai crescer em mais 20 mil km. A Valec, que planeja a construção de 9 mil km de linhas nos próximos anos, tem tudo para turbinar ainda mais o setor. Desde 2007, quando foi ressuscitada, até 2010, a estatal já gastou cerca de R$ 550 milhões com 1.350 km de trilhos. Outros projetos já em andamento, incluídos na segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), somam mais 3.757 km. O desconforto, diz Neves, presidente da empresa, é saber que nada disso será produzido no Brasil. "Não temos alternativa, o jeito é importar." (Valor Econômico)

COPAGRIL: Programa de Desenvolvimento da Agricultura Familiar

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A Copagril, sempre buscando dar a seus associados opções de rentabilidade, crescimento e qualidade de vida, buscou o credenciamento junto ao MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário para o desenvolvimento do PRODAFC - Programa de Desenvolvimento da Agricultura Familiar Copagril. O objetivo é contribuir para o fortalecimento e desenvolvimento dos agricultores familiares na área de ação da cooperativa no Paraná e Mato Grosso do Sul. O PRODAFC permite ao associado agricultor que possui a DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf) em dia e optar por se cadastrar no programa, comercializar sua produção de soja e ter ganhos extras sobre essa produção. Ou seja, o soja vendido pelo participante do PRODAFC será comercializado diretamente com empresas que produzem BIODISEL e que participam do Programa Nacional de Produção de Biodiesel - PNPB.

 

Biodisel - O MDA participa da gestão do PNPB e Uso do Biodiesel, por meio do qual, além de estimular a produção do novo combustível, procura apoiar a participação da agricultura familiar na cadeia de produção. Instrumentos como crédito, zoneamento, assistencia técnica,  fomento, benefícios fiscais (Selo Combustível Social) estão disponíveis para promover o fortalecimento da agricultura familiar na produção de biodiesel. Para participar do PRODAFC o produtor, cooperado da Copagril deixa a intenção de comercialização de uma certa quantidade de sacas de soja na sua Unidade, com a área técnica. O técnico por sua vez, registra a intenção e dá continuidade no processo.

 

Atenção aos critérios - O cooperado deve entregar a produção do ano na cooperativa e comercializar a soja no mesmo ano. Quem se cadastrou no PRODAFC e deixou a intenção de comercialização de soja, mas NÃO efetuou a venda no mesmo ano, não receberá o benefício. No dia 20 de janeiro de 2011, no Pavilhão da Comunidade Católica de Marechal Cândido Rondon a partir das 14:00 hs, a Copagril estará realizando o lançamento oficial do PRODAFC onde mais de 700 pessoas entre representantes da Copagril, do MDA, imprensa e associados estarão conhecendo mais sobre o programa. Na ocasião a Copagril fará as primeiras bonificações aos associados que entregaram sua produção de soja dentro dos requisitos necessários no ano de 2010. (Imprensa Copagril)

C.VALE: Campeões da Stock Car no Dia de Campo

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AVICULTURA: Exportação de frango do Brasil buscará recorde em 2011

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As exportações de carne de frango do Brasil, maior exportador mundial, deverão buscar em 2011 o recorde em receita que escapou por pouco em 2010, afirmaram nesta quinta-feira executivos da Ubabef (União Brasileira de Avicultura). Segundo a entidade que reúne produtores e exportadores, a receita com as exportações de carne de frango no ano passado subiu 17 por cento na comparação com 2009, para 6,80 bilhões de dólares, mas ficou abaixo do recorde de 6,94 bilhões de dólares de 2008, quando o preço médio atingiu patamar jamais visto.

Embarques - Já os embarques de carne de frango do país foram recordes em 2010, totalizando 3,819 milhões de toneladas, aumento de 5,1 por cento na comparação com 2009 e contra 3,645 milhões de toneladas em 2008. "Em 2011, esperamos que seja recorde (em receita e volume). A gente não sonha com preços baixando em 2011", declarou o diretor de Mercado da Ubabef, Ricardo Santin, em entrevista a jornalistas. Neste ano, a Ubabef prevê crescimento nas exportações, em volumes, entre 3 e 5 por cento na comparação com 2010. Mas a entidade não quis fazer projeções sobre preços. "Esperamos que os preços continuem se valorizando", disse o presidente-executivo da Ubabef, Francisco Turra. As commodities agrícolas, como soja e milho, estão em patamares mais altos neste início de ano, em relação a 2010. Turra disse ainda que, com um real valorizado frente ao dólar e um mercado interno aquecido, o preço do frango em dólar tem que continuar sustentado no exterior, caso contrário algumas vendas podem ser feitas internamente. "Tem gente que migrou para o mercado interno (em 2010), alguns exportadores tiveram dificuldade de entregar no preço em dólar", acrescentou Turra, lembrando que o câmbio e o custo dos insumos também tem grande relação com a efetivação de negócios com o exterior. "O câmbio não sinaliza que vai melhorar."


China - Uma grande aposta da Ubabef em 2011 é a China, um mercado que ganhou importância em 2010 após acordos sanitários. "Estamos na luta para vender mais à China, queremos habilitar mais plantas, é lá que temos certeza de que precisamos trabalhar", disse Turra. As vendas anuais para a China cresceram para 121 mil toneladas em 2010, alta de mais de 300 por cento em relação a 2009, quando os negócios começaram. "Temos a sinalização da China, que quer que a gente habilite mais plantas", disse Turra. Ele acredita que o Brasil praticamente dobrará as unidades habilitadas a exportar para a China este ano, para mais de 40 plantas.

Novos mercados em 2011 - O Brasil ainda buscará abrir mercados importantes em 2010, como a Malásia e a Indonésia.  Exportar para a Índia, um consumidor com grande potencial, já é possível. Mas tarifas impostas pelos indianos tornam as vendas brasileiras proibitivas, e o setor espera alguma negociação política para que as exportações aconteçam. Em 2010, o Oriente Médio se manteve como o principal destino para a carne de frango do Brasil. A região importou 1,36 milhão de toneladas, seguida pela Ásia, com 1 milhão de toneladas. A África superou a União Europeia em volumes, com compras de 495,3 mil toneladas. Em geração de receita, os europeus ainda aparecem à frente dos africanos, com importações de 1,2 bilhão de dólares em 2010. (Reuters)

CAFÉ: Mercado internacional amplia preferência por café brasileiro

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O desempenho do café nas exportações brasileiras atingiu nível recorde em 2010, com mais de 33 milhões de sacas destinadas ao mercado externo e cerca de US$ 5,7 bilhões em divisas. O crescimento foi de 37,8% em relação ao valor exportado em 2009. Para o diretor do Departamento de Café do Ministério da Agricultura, Robério Silva, o aumento na participação do grão brasileiro nos blends (mistura de grãos) internacionais e os preços favoráveis foram os fatores que aqueceram o comércio externo do produto. "Os preços pagos já no início da colheita alcançaram R$ 300 a saca de 60 kg do café torrado de melhor qualidade, sendo que um grande volume de grãos com essas propriedades chegou a ser comercializado a níveis superiores a R$ 400 a saca", destaca Robério Silva. Ele ressalta que o café cereja descascado também teve preço muito acima da média dos anos anteriores.

 

Blends - A participação mundial do café nos blends também teve papel importante nas exportações. "A crescente preferência pelos cafés brasileiros no mercado internacional demonstra que estamos aproveitando o espaço dos concorrentes que não aumentaram a produção e a exportação, colocando o nosso café de uma forma bastante competitiva em todo o mundo", informa o diretor. A situação indica que os cafeicultores brasileiros terão ainda mais campo de trabalho para aumentar a produção, obedecendo aos critérios de sustentabilidade incentivados pelo governo federal. Segundo o diretor, o Brasil é o único país que não está com a produção de café estagnada e sim em crescimento, inclusive nas exportações. Vietnã e Indonésia também se desenvolveram, mas os embarques brasileiros para outros países são maiores. Os principais importadores dos grãos brasileiros são Alemanha, Estados Unidos, Itália e Japão.

 

Apoio - A cafeicultura teve integral apoio do governo federal para fortalecer o setor, ampliando a liberação de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Foram alocados mais de R$ 2 bilhões para as atividades cafeeiras, principalmente na pré-comercialização, já que a cultura está atravessando uma safra de ciclo alto para ciclo baixo e há necessidade de carregar os estoques para que os preços não caiam.

 

Saiba Mais - O ciclo alto ou baixo, também conhecido como bienalidade, se caracteriza pela maior ou menor produção de café, em anos alternados. Isto se dá porque a plantação de café precisa de cerca de um ano para voltar a produzir maior quantidade de frutos. (Imprensa Mapa)

DÓLAR: Ação no câmbio é ineficaz, diz Bird

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Os controles de capitais impostos recentemente pelo Brasil tiveram "vida curta" para conter a enxurrada de investimentos estrangeiros e não impediram a valorização da taxa de câmbio a um ponto que compromete a competitividade das empresas exportadoras, afirma o Banco Mundial no seu relatório "Perspectivas para a Economia Global em 2011", divulgado na quinta-feira (13/01). Para o Banco Mundial, em um ambiente de economia aquecida, o Banco Central tem pouca margem de manobra para apertar a política monetária, diante do risco de atrair mais capital estrangeiro e valorizar ainda mais a taxa de câmbio. "Talvez seja necessário um aperto adicional na política fiscal", afirma o organismo.


FMI - O relatório do Banco Mundial foi divulgado semanas antes de uma importante reunião de sua instituição irmã, o Fundo Monetário Internacional (FMI), sobre as experiências recentes de controles de capital. Em fevereiro, o FMI deve examinar a eficácia e as consequências para a economia global das recentes medidas de controle de capital como as adotadas pelo Brasil, num primeiro passo para redefinir o papel da instituição sobre os fluxos globais de capitais. Segundo o Banco Mundial, o fluxo de capital à América Latina deverá equivaler a 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB) da região em 2011, levemente menor do que os 4,5% do PIB observados em 2010. O organismos não divulgou projeções individuais para o Brasil. Os principais motores desse fluxo de capitais, afirma o organismo multilateral, são as baixas taxas de juros nas economias desenvolvidas e as boas perspectivas de crescimento econômico nos países emergentes.


Renda média - "Os fluxos de capitais colocaram pressões excessivas e potencialmente prejudiciais de valorização em moedas de algumas economias de renda média", afirma o relatório. "Muitos desses fluxos são temporários, voláteis e às vezes especulativos por natureza". Os países emergentes colocaram em ação uma série de instrumentos para lidar a forte apreciação da moeda. No caso dos países que acumulam reservas, a oferta de moeda cresceu rapidamente, alimentando pressões inflacionárias. "A soma da emissão monetária no Brasil, Rússia, China e Índia cresceu 27% em 2010" afirma o relatório. Em 2010, o Brasil aumentou em US$ 48,87 bilhões as suas reservas, que chegaram a US$ 287,8 bilhões, segundo o BC.


Controle nacional - O Brasil lançou mão também de medidas de controles de capitais, como a imposição de uma alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6% em renda fixa. "A eficácia dos controles em reduzir os fluxos de capitais de curto prazo continua em questão", afirma o Banco Mundial. "Os efeitos dos aumentos de IOF no Brasil e a imposição de um prazo mínimo de permanência dos capitais na Indonésia tiveram ambos vida curta." O organismo não faz comentários sobre a recente medida que impõe compulsórios sobre a posição de câmbio dos bancos.


Restrições chilenas - O Banco Mundial diz, no relatório, que quando o Chile impôs restrições aos capitais de curto prazo nos anos 1990, alguns investidores criaram empresas dentro do país para que o capital especulativo pudesse entrar com a roupagem de investimentos diretos. Segundo projeções divulgadas no relatório, o Brasil crescerá 4,4% em 2011 e 4,3% em 2012, abaixo dos 7,6% estimados pelo organismo para o ano passado. Mesmo assim, a expansão será acima da média mundial, que avançará 3,3% em 2011, recuo em relação aos 3,9% estimados para o ano passado. A desaceleração do crescimento econômico no Brasil é explicado pelo esgotamento da capacidade produtiva. O país está crescendo entre 0% e 2% acima do PIB potencial, ou seja, do percentual máximo de crescimento sem causar aceleração da inflação. "As autoridades brasileiras devem se assegurar que o crescimento fique dentro dos níveis sustentáveis no longo prazo", diz o Banco Mundial. (Valor Econômico)