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PRIMATO: Plano de atividades para 2011 é apresentado em assembleia

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COPAGRIL I: Semana da Indústria saudável é realizada em parceria com o Sesi

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Na busca por apresentar as melhores condições de trabalho aos funcionários da cooperativa, a Copagril em parceria com o Serviço Social da Indústria, o Sesi, está desenvolvendo a chamada "Semana da Indústria Saudável". Este projeto faz parte de uma série de avaliações que estão sendo realizadas nos funcionários das Unidades Industriais, como a de aves e de rações. O Sesi está promovendo, por exemplo, consultas onde são mensurados a higiene bucal, teste de pressão arterial e glicemia. Também está sendo aplicado um questionário com 80 questões sobre condições de saúde e estilo de vida. Os testes são, em sua maioria, ou seja 70%, sobre estado físico e 30% sobre o psicológico. "Com o consentimento da companhia, aplicamos os testes psicológicos e físicos, apuramos e mandamos os dados à central do Sesi, em Brasília. Depois, eles retornaram com os resultados. Assim, a cooperativa terá um diagnóstico onde pode melhorar e aprimorar em termos de condições aos trabalhadores", comentou Ivanir Krug, da Unidade do Sesi de Marechal Cândido Rondon.

Cronograma - A expectativa dos organizadores, representantes do Sesi, é que a Semana da Indústria Saudável vá até o final desta semana na Copagril, visitando e consultando 80% do plantel geral de funcionários das áreas industriais, iniciado nesta segunda-feira (28/02) pela Unidade Industrial de Aves, passando pelas Unidades Industriais de Rações de Rondon e Entre Rios do Oeste. "A ideia é apresentar os resultados a diretoria e encarregados sobre quais são os principais pontos a ter um cuidado especial e quais as melhores soluções para saná-los, mas sem dúvida sempre pensando no bem-estar dos funcionários", concluiu Ivanir.

 

Excelência - Como estas Unidades Industriais trabalham sempre em busca da excelência em termos de higiene e conservação para que seja possível estar sempre exportando e cada vez mais em outros mercados internacionais, se faz necessário pensar na saúde, física e mental dos funcionários de forma mais acentuada. Este tipo de parceria enaltece a atuação e a preocupação da cooperativa com a vida e a saúde de seus colaboradores, afinal, eles são responsáveis pela produção de nossos alimentos e rações animais. (Imprensa Copagril)

COPAGRIL II: Dia de Campo 2011 começa nesta quarta-feira (02/03)

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COCAMAR: Purity patrocina artistas em exposições no país e no exterior

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A Cocamar, por meio da sua linha de produtos Purity, vai patrocinar sete artistas paranaenses que representarão o Estado no XVI Circuito Internacional de Arte Brasileira promovido pelo Colege Arte de Belo Horizonte (MG). Para isso, a cooperativa criou o concurso "Fazendo Arte com Sabor" em que serão selecionados artistas que desenvolverem as obras mais criativas, utilizando embalagens cartonadas em sua composição, nas modalidades escultura, pintura em óleo sobre tela, acrílica, aquarela, pastel, carvão, grafite, desenho ou fotografia.

Regulamento - O concurso, que foi aberto no último dia 14, é válido para o Estado do Paraná e está restrito a participantes maiores de 18 anos de idade e que cumprirem os requisitos estabelecidos no regulamento (disponível no site www.purity.com.br). Os trabalhos devem ser enviados esta terça-feira (1º/03) e após a primeira avaliação, 14 seguem para Belo Horizonte, onde apenas 7 serão selecionados. Os prêmios, para os ganhadores será o pagamento da taxa de inscrição no XVI Circuito e todas as despesas de deslocamento e apresentação das obras na Áustria, Espanha, Portugal e, por fim, no Brasil, onde poderão ser comercializadas. Os nomes dos artistas ganhadores serão divulgados, naquele mesmo site, a partir das 16h do dia 15 de março. (Imprensa Cocamar)

COOPERATIVISMO: OCB vai coordenar ações do Ano Internacional no Brasil

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"Cooperativas Constroem um Mundo Melhor", foi o slogan escolhido oficialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o Ano Internacional das Cooperativas. O Diretor Geral da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Charles Gould, disse que o slogan transmite uma imagem de modelo baseado em valores, e que ambos os aspectos de desenvolvimento econômico e social das cooperativas coincidem com os princípios cooperativos. A ACI, segundo Gould, espera que um maior nível de reconhecimento público promova o surgimento de novas cooperativas e fomente um ambiente legislativo e regulatório favorável ao crescimento e desenvolvimento do cooperativismo no mundo.

Tradução - O slogan, em inglês, "International Year of Cooperatives 2012: Co-operative enterprises build a better world" foi traduzido para os seis idiomas oficiais da ONU. A OCB, juntamente com as lideranças do cooperativismo, definiu como melhor tradução em português "Cooperativas Constroem um Mundo Melhor". Para o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, o tema sugere ações que tenham por objetivo mostrar as empresas cooperativas e sua possibilidade de desenvolvimento inclusivo, tais como: ações de empoderamento feminino, inclusão de jovens e oportunidades de empregos, encorajando o empreendedorismo e mostrando o cooperativismo como instrumento minimizador da pobreza.

 

Coordenação de ações - Freitas diz ainda que a instituição vai coordenar as ações em âmbito nacional e planeja trabalhar em conjunto com o Governo Federal para alcançar o sucesso das atividades previstas para o Ano Internacional das Cooperativas no Brasil. "Esperamos que tais iniciativas fortaleçam o cooperativismo frente à opinião pública brasileira fazendo, assim, de 2012, um ano ímpar para o cooperativismo brasileiro", conclui Freitas. (Informe OCB)

2011 OUTLOOK FORUM: Plantio recorde nos EUA não garante folga nos estoques

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Os Estados Unidos irão plantar na próxima temporada a sua maior área de soja e milho da história, mas, ainda assim, o país vai precisar de mais dois anos para reconstruir os seus estoques de grãos e frear o aumento dos preços no mercado internacional. A avaliação foi feita pelo USDA, o departamento norte-americano de agricultura, durante o seu fórum mundial do agronegócio, o Outlook Forum, na semana passada em Arlington, no estado da Virgínia.

Estimativas - De acordo com as estimativas apresentadas pelo governo norte-americano durante o encontro, os EUA irão semear neste ano recordes 31,5 milhões de hectares de soja e 37,2 milhões de hectares de milho, área que só perde para os 39 milhões de hectares cultivados em 2007/08. Com rendimentos próximos à linha de tendência, o USDA projeta safras de, respectivamente, 91 milhões e 348,7 milhões de toneladas.

 

Reservas - Com ligeira redução no consumo de soja e pequeno aumento na demanda pelo milho, ao final da temporada 2011/12, as reservas norte-americanas de soja devem somar 3,35 milhões de toneladas, volume suficiente para apenas duas semanas de consumo, enquanto os estoques de milho recuam a 16,84 milhões de toneladas, o menor nível desde 1996.

 

Estoques apertados - "Embora se diga que a cura para os preços altos são justamente as cotações fortalecidas, mesmo com a oferta maior de grãos prevista para este ano, é muito provável que os estoques continuem apertados e a que esse aperto não seja atenuado em uma ou até duas temporadas. A menos que o clima seja absolutamente perfeito e que os rendimentos fiquem muito acima da média, os estoques de grãos devem ter apenas uma reconstrução modesta em 2011/12", disse o economista chefe do USDA, Joseph Glauber, durante a plenária de abertura da conferência, na última quinta-feira.

 

Etanol - A produção maior, explicou Glauber, é ofuscada por estoques de passagem baixos e, no caso do cereal, o aperto é agravado pelo aumento da demanda para a fabricação de etanol, que neste ano deve consumir 127 milhões de toneladas, quase 40% da safra norte-americana de milho. Para a oleaginosa, o USDA projeta estabilidade no consumo doméstico e leve recuo nas exportações, principalmente devido à "renovada competição com a América do Sul", segundo o economista-chefe do departamento.

 

América do Sul - "Os EUA estão começando a se preocupar com a competitividade da América do Sul, e principalmente do Brasil, na soja. Eles ainda não percebem que também somos muito competitivos no milho", avaliou o gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flavio Turra, que acompanhou uma equipe da Expedição Safra no Outlook Forum.

 

Benefícios - Segundo ele, os números apresentados pelo USDA durante o congresso beneficiam tanto a soja quanto o milho brasileiro, "apesar de serem mais favoráveis para a oleaginosa no curtíssimo prazo, nos próximos dois anos". No médio prazo, contudo, tendem a incentivar também o cereal brasileiro. "Nas discussões do fórum, ficou muito claro que o milho é um produto muito demandado que nos oferece uma ótima alternativa de internacionalização da nossa produção, principalmente com as vendas para a China, que deve passar a comprar muito a partir de agora."

 

Diferencial - Segundo Turra, a disponibilidade de áreas novas que ainda podem ser incorporadas à produção confere ao Brasil um diferencial competitivo frente aos EUA. "Para nós é muito mais fácil aumentar a área se houver preço e mercado para isso. Já eles, só podem crescer em cima de aumento de produtividade", observou. "A realidade é que estamos olhando para uma população de 9 bilhões de pessoas até o ano de 2050. Ao mesmo tempo, assistimos também ao crescimento da classe média e à consequente mudança dos hábitos alimentares em países com grandes populações, a China e a Índia, para citar dois. Essa situação nos impõe um grande desafio, tão grande que os agricultores americanos não poderão enfrentar sozinhos. Eles vão precisar da ajuda de produtores, do resto do mundo, para produzir alimentos suficientes para alimentar a essa população mundial crescente", reconheceu o secretário da Agricultura dos EUA, Tom Vilsack. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

EXPEDIÇÃO SAFRA I: Escala é pouco para Mato Grosso

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A corrida por aumento na produção foi vencida nas últimas safras, mas, por si só, ainda é in­­suficiente para garantir lucratividade aos agricultores no estado do "tudo ou nada". Prejudicado pela logística, Mato Grosso ainda apresenta rentabilidade inferior aos vizinhos e segue em busca de alternativas de ganho. Em passagem pela região na última semana, a Expedição Safra Gazeta do Povo apurou que existe um mo­­vimento renovado para agregar valor à produção.

Adicional - Boa parte dos produtores de soja tenta garantir o adicional pago à produção não-transgênica. As estimativas locais são de que as se­mentes convencionais ocupem 30% da área plantada. Os produtores de soja convencional recebem até R$ 2 a mais por saca, diferença que os agricultores não podem dispensar.

O gerente de unidade da Cooperativa Agroindustrial C.Vale em Sorriso, Nilson Roque, afirma que, neste ano, os preços pago à produção não-transgênica chamaram a atenção dos produtores. "Percebemos que os armazéns intensificaram a campanha de recebimento de convencionais."

 

Infraestrutura - Os produtores precisam investir em infraestrutura para ter direito ao "prêmio". Alcebi Soldera, de Primavera do Leste (Sul do Mato Grosso), que planta 900 hectares, relata que vai montar estrutura de segregação para receber adicional. O lucro desta temporada deve ser direcionado ao projeto. Consideradas centros de produção de soja convencional, as regiões Norte e Oeste de Mato Grosso devem seguir na contramão da tendência nacional e continuar usando as cultivares tradicionais. Cosultor agronômico do maior grupo produtor de soja em Nova Mutum, Marcos Lima afirma que a área destinada ao grão convencional deve se manter em 50% nas fazendas que monitora. Ele confirma que os compradores pagam adicional de até US$ 1,5/sc.

 

Integração - Outra alternativa usada para aumentar a lucratividade das extensas lavouras de grãos é a integração com pecuária e florestas (ILPF). O sistema ganha espaço em áreas onde só se via soja, ou só pasto. De acordo com o superintendente do Instituto Mato-gros­­sense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidonio, o produtor está mais consciente do problema de desmatamento. "É muito mais viável para o agricultor transformar áreas de pastagens degradadas em cultiváveis e investir na integração do que desmatar florestas", acrescenta.

 

Sapezal - Com cerca de 3 mil hectares em Sapezal (Oeste), Eduardo Godoi é referência na adoção da integração lavoura-pecuária. No inverno, Godoi destina 1,6 mil hectares ao plantio do milho safrinha, onde também semeia braquiária (pasto). Depois de colher entre 5 e 6 mil toneladas do cereal, o produtor coloca quatro cabeças de gado por hectare, que se alimentarão da pastagem. "Consigo fazer três safras em uma mesma área (soja, milho e gado)". Tanto as sementes de soja como as de milho são convencionais em 100% da área. "Quase toda a minha soja e boa parte do milho vão para o mercado Europeu, assim como o boi", revela.

 

Embrapa - A ILPF terá apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Mato Grosso. Uma unidade do órgão será inaugurada em junho deste ano em Sinop. Uma das linhas de ação será justamente o melhor aproveitamento da terra. Essa meta deve pautar pesquisas de campo no estado. "Estamos capacitando 100 técnicos de campo, que terão a funções de multiplicadores. Eles darão consultoria aos produtores", revela Lineu Alberto Domit, chefe de transferência de tecnologia da Embrapa. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

EXPEDIÇÃO SAFRA: Cotações prometem renda maior neste ano

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Prestes a confirmar novo recorde de produção, Mato Grosso vislumbra rentabilidade ampliada na safra 2010/11. O setor calcula que, neste ano, os produtores terão lucro de aproximadamente R$ 400 por hectare. O valor está baseado no preço da oleaginosa, impulsionado pela demanda internacional e pela redução nos estoques norte-americanos.

Custo operacional - O produtor José Rezende, de Querência, conta que o custo operacional médio desta safra equivale a 30 sacas de soja por hectare. A expectativa de produtividade é de 60 sacas por hectare e o preço médio de comercialização deve ficar em R$ 38 por saca. Isso permite uma arrecadação acima de R$ 2,2 mil/ha. Considerando o custo operacional, a remuneração pelo uso da terra e a depreciação do maquinário, ainda sobram mais de 20% da arrecadação. Poderia ser melhor se os produtores não tivessem vendido tanta soja antecipadamente, por cotações na faixa de R$ 35 a saca. Por outro lado, esses contratos garantiram a compra de insumos. "Nesta safra, a antecipação da comercialização diminuiu a média do preço de venda, mas ajudou na compra de insumos", destaca Rezende.

 

Colheita atrasada - Colheita está pelo menos 20 pontos porcentuais atrasada em relação a esse mesmo período de 2010, quando metade da produção tinha sido retirada do campo. De todo modo, as chuvas não devem impedir que Mato Grosso colha cerca de 20 milhões de toneladas de soja este ano, estima o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuá­ria (Imea), Otávio Celidonio. A Expedição Safra identificou potencial para 21,6 milhões de toneladas durante o plantio e agora reavalia o quadro.

 

Algodão - A aposta para o inverno está concentrada sobre o algodão, já que o milho perdeu espaço devido ao aperto na janela de plantio, ocasionado pelo atraso da colheita. "O produtor até teve intenção de manter a área do safrinha, mas o risco de perdas falou mais alto", diz Celidonio. Ele acredita que a área do safrinha vai recuar 7% no estado em relação ao ano passado. O algodão plantado em janeiro, primeira safra, ganhou 200 mil hectares, segundo o superintendente do Imea. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

AGRICULTURA: Brasil garante alimentos de qualidade

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Para garantir alimentos de qualidade aos consumidores do Brasil e do exterior, o Ministério da Agricultura analisa a presença de substâncias que podem causar prejuízos à saúde, como agrotóxicos e produtos veterinários. Em 2010, das 19.235 amostras coletadas em produtos de origem animal (carnes bovina, suína, equina e de aves, leite, ovos, mel e pescado), apenas 32 apresentaram irregularidades. O resultado indica que 99,83% dos produtos estão dentro dos padrões estabelecidos pelo Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC/Área Animal). O índice é semelhante ao registrado em 2009, de 99,82%. Os números foram divulgados nesta segunda-feira, 28 de fevereiro, na Instrução Normativa n° 6, publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Resíduos - "Verificamos a quantidade de resíduos de produtos veterinários que são aplicados pelos produtores rurais, como antibióticos e vermífugos, nos alimentos monitorados. Além disso, identificamos se os produtores estão obedecendo ao período de carência, desde a aplicação do medicamento até o abate do animal", informa Leandro Feijó, coordenador do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC/ Animal).

 

Problemas - Nas amostras que apresentaram irregularidades, os principais problemas encontrados foram a detecção de resíduos de vermífugo na espécie bovina e equina e de contaminantes inorgânicos (cádmio e arsênio) em bovinos, suínos e equinos. "Os setores produtivos envolvidos serão comunicados desses resultados e deverão desenvolver ações para diminuir o risco de novas ocorrências dessa natureza", acrescenta Feijó.

 

Educação sanitária - O Ministério da Agricultura recomenda aos produtores que sejam adotadas medidas de educação sanitária para evitar o risco da ocorrência de resíduos em produtos de origem animal acima do permitido. A ação contribui para orientar melhor o setor produtivo em relação aos princípios das Boas Práticas Agropecuárias. Para este ano, o Ministério da Agricultura tem aprovado recursos de R$ 7 milhões para custear as análises do programa de monitoramento e capacitar técnicos e profissionais envolvidos no programa da Secretaria de Defesa Agropecuária. No período 2011/2012, a expectativa do Ministério da Agricultura é ter mais dois Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagros), em Goiás e no Pará, para analisar amostras do PNCRC. Com isso, haverá, pelo menos, um Lanagro em cada região do país, além dos seis laboratórios privados ou públicos credenciados pelo ministério.

 

Saiba mais - Desde 1999, existe o Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) da Área Animal. Os fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura são os responsáveis pelas coletas dos produtos. As amostras são sorteadas semanalmente, por meio do Sistema de Resíduos e Contaminantes (Sisres), no sítio do ministério, acessado pelos fiscais, com senha. Esse procedimento contribui para garantir a rastreabilidade e a confiabilidade no processo. (Mapa)

CORTES: Agronegócio perde R$ 2,3 bilhões

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O corte de despesas anunciado nesta segunda-feira (28/02) pelo governo federal deve tirar mais de R$ 2,3 bilhões das pastas relacionadas ao campo. O Ministério da Agricultura (Mapa) terá corte de R$ 1,46 bilhão e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), de mais R$ 929,37 milhões. Além disso, o Proagro aparece entre as reduções de despesas obrigatórias, junto a subsídios e subvenções, com corte total de R$ 8,92 bilhões. O detalhamento dos programas contingenciados deve ser conhecido hoje com a publicação do decreto de Reprogramação Orçamentária. Os ministérios do Planejamento e da Fazenda informaram apenas que os cortes referem-se à limitação de diárias e passagens, suspensão de contratos de aluguel, aquisição e reforma de imóveis, veículos, máquinas e equipamentos. "É uma cota de sacrifício, um esforço para cumprir tarefas com menos recursos", disse o ministro da Agricultura, Wagner Rossi.

Exceção - O Mapa informa que uma das áreas a ser poupada é a de sanidade agropecuária. O secretário de Política Agrícola, Edilson Guimarães, disse que ainda não recebeu informações sobre restrições relativas a instrumentos de comercialização, mas confia que os recursos prometidos serão mantidos. (Agrolink)

TRANSPORTE: Heinze sugere compatibilização dos limites de peso por eixo

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O deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS) protocolou, na mesa diretora da Câmara dos Deputados, requerimento de indicação ao Executivo que sugere a compatibilização das normas brasileiras sobre pesos e dimensões de veículos de transporte rodoviário de passageiros e de carga com as regras estabelecidas pelos países integrantes do Mercosul.

Unificação - O parlamentar gaúcho destaca que os limites impostos na legislação internacional apresentam-se ligeiramente mais elevados do que os da norma nacional. Por isso, ele defende que a unificação deles possibilitará não só a harmonização das regras, mas também reduzirá os casos de autuação controversa, relacionados a excesso de peso por eixo. "Os caminhoneiros brasileiros enfrentam muitos transtornos por causa dessa incompatibilidade. É preciso que o Contran reveja e compatibilize as regulamentações", afirma Heinze.

 

Desassossego - Heinze observa que os transportadores vivem em posição de enorme desassossego, pois ele precisa atuar com plena eficiência no competitivo mercado de transporte rodoviário de cargas e, simultaneamente, respeitar os limites de peso dos veículos. (Assessoria de Imprensa do deputado Luis Carlos Heinze)

PAP 2011/12: Paraná apresenta propostas para o próximo plano safra

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LAR: Cooperativas paulistas buscam exemplo no Paraná

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COOPERATIVISMO: OCB e MDS discutem ações para o setor

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Cooperativismo, meio ambiente, saúde, crédito e segurança alimentar foram alguns dos temas da audiência ocorrida na sexta-feira (25/02) entre o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras, Márcio Lopes de Freitas, e a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello. O encontro ocorreu por solicitação da OCB com o objetivo de apresentar à ministra as proposições do cooperativismo para os próximos anos, bem como reforçar a necessidade de interlocução do setor com o governo federal.

MDL - Durante a conversa, Tereza ficou bem impressionada com a apresentação do presidente Márcio do Programa MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) que visa envolver cooperativas rurais ligadas ao Sistema OCB no desenvolvimento de projetos para avaliar o potencial econômico (custos versus benefícios) de ações de MDL florestal para o setor da agricultura. Para a ministra, o envolvimento das cooperativas e, consequentemente, dos produtores rurais nessa questão será o grande diferencial, pois, reforça Tereza, o Brasil é o único país a ter uma agenda para os assuntos climáticos no mundo.

 

Crédito - Sobre o cooperativismo de crédito, Freitas apresentou os principais números do ramo, elucidando as boas perspectivas para o setor em 2011. Ele avaliou com a ministra a importância da interlocução com o Banco Central que muito tem contribuído para a profissionalização do ramo crédito, bem como para os resultados positivos obtidos nos últimos anos. O presidente da OCB enfatizou com Tereza a importância das cooperativas de crédito especialmente nos pequenos municípios, onde atuam como agentes de desenvolvimento econômico e social.

 

Frentes - Na oportunidade ainda, Campello defendeu com Márcio que na agenda de geração de renda do seu ministério há duas grandes frentes que necessariamente contam com a participação da OCB e do cooperativismo. A primeira diz respeito à educação e nesse sentido, a ministra acredita muito no potencial do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo- Sescoop. Ela destacou que a instituição, enquanto integrante do Sistema S, tem condições de contribuir com a melhoria dos padrões de qualificação no país.

 

Segurança alimentar - A segunda frente da geração de renda se refere à segurança alimentar. A ministra Tereza pediu ao presidente Márcio e à sua equipe um esforço no sentido de ajudar o ministério a detectar quais são os entraves que dificultam a democratização de acesso aos produtores rurais aos mecanismos que visam a aquisição de alimentos, por exemplo, para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), bem como a inserção dos mesmos na política de garantia de preços mínimos. E mais, a ministra entende que está no cooperativismo o caminho para inserir os públicos já organizados nesse contexto. (Informe OCB)

CERTIFICAÇÃO: Mais de nove mil produtores orgânicos estão regularizados

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O Ministério da Agricultura divulgou avaliação mostrando que cerca de 9,5 mil produtores de orgânicos já estão de acordo com as novas regras do setor. As normas começaram a valer desde o dia 1º de janeiro deste ano. "A meta do Ministério é chegar ao número de 15 mil agricultores cadastrados no sistema, que vale para todo o país, até o final deste ano", destaca o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias. As informações foram divulgadas durante a Reunião da Câmara Setorial de Agricultura Orgânica, ocorrida entre os dias 24 e 25 de fevereiro. Representantes do governo e do setor privado participaram do encontro, no Ministério da Agricultura, em Brasília.

Entidade certificadora - O agricultor que ainda não se cadastrou no sistema deve se adequar às novas regras e vincular-se a alguma entidade certificadora. Aqueles que fazem venda direta devem se cadastrar no site do Ministério da Agricultura. Os interessados também podem procurar as superintendências federais do ministério para as orientações sobre o processo de regularização. "Hoje temos três certificadoras atendendo aos interessados e três sistemas participativos. Além do credenciamento, em andamento, de mais cinco certificadoras e dois sistemas participativos", reforça Rogério Dias.

 

Instrumentos - Dias explica que a legislação brasileira estabelece três instrumentos para garantir a qualidade dos alimentos: a certificação, os sistemas participativos de garantia e o controle social para a venda direta sem certificação. Os agricultores que buscarem a certificação e estiverem de acordo com as normas poderão usar o selo oficial nos seus produtos. "O selo é fornecido por certificadoras cadastradas no Ministério da Agricultura que são responsáveis pela fiscalização dos produtos", explica o coordenador de Agroecologia.

 

Novidades - Rogério Dias também destacou algumas novidades que surgem como oportunidade para o setor de orgânicos. "Temos a indústria de cosméticos, têxteis e sementes como áreas promissoras", diz. Segundo ele, um número cada vez maior de pessoas está interessado na origem dos alimentos que estão consumindo, dos produtos que utilizam como cosméticos, cremes e sabonetes.

 

Têxtil - A indústria têxtil é outra área de destaque no setor de orgânicos e se torna mais viável no Brasil. O algodão colorido naturalmente, por exemplo, é produzido em várias regiões do país. Já no caso das sementes orgânicas os benefícios também são visíveis. "A nossa legislação estabeleceu um prazo de cinco anos para que os produtores trabalhem com sementes orgânicas", informou. Para isso, o país precisa de produtores de sementes orgânicas, que agregam valor à cadeia produtiva. Assim, o produtor terá mais uma opção de renda nesse mercado que vem crescendo a cada ano. (Mapa)

INFRAESTRUTURA: Porto de Paranaguá começa o ano com aumento na movimentação

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O Porto de Paranaguá movimentou em janeiro um volume total de mercadorias de 2,66 milhões de toneladas. O número representa um aumento de 28,89% em relação ao mesmo período de 2010. O desempenho do terminal paranaense é ainda mais expressivo se forem consideradas apenas as exportações de granéis sólidos (farelo de soja, soja, milho, açúcar e trigo), que aumentaram 60%, chegando a 999.659 toneladas em janeiro.

Confiança - Para a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), os números traduzem a confiança de armadores e operadores na nova gestão do porto. Isso pode ser comprovado também pela comparação com portos concorrentes, como o de Santos. Segundo dados da Appa, enquanto Paranaguá registrou um aumento de 31,55% nas exportações gerais em janeiro, em comparação com o mesmo mês do ano passado, no porto de Santos as exportações caíram 14%. O volume exportado pelo porto paranaense no primeiro mês do ano foi de 1,49 milhão de toneladas. Em 2010, as exportações somaram 1,13 milhão de toneladas.

 

Granéis sólidos - O aumento nas exportações de granéis sólidos foi impulsionado pela movimentação do milho. No primeiro mês de 2011, foram exportadas quase 300 mil toneladas do produto, enquanto que no mesmo período de 2010 foram cerca de 108 mil toneladas exportadas - o que significa um crescimento de 176%. Outro destaque foi a exportação do farelo de soja, que saltou de 186,8 mil toneladas em janeiro de 2010 para 286,2 mil toneladas este ano.

 

Geral - Na movimentação geral, o porto paranaense também mostra um desempenho bem melhor, com aumento de 28,89% no volume. O Porto de Santos registrou, no mesmo período, uma queda de 2% no volume total movimentado.

 

Recuperação  - De acordo com a Appa, o desempenho do Porto de Paranaguá em janeiro representa o início de um movimento de recuperação da credibilidade e eficiência do terminal. As ações nesse sentido começaram nos primeiros dias do governo Beto Richa, com a dragagem dos berços de atracação, já concluída. A obra devolveu aos berços de atracação do Porto suas profundidades originais: de oito, dez e 12 metros. A Appa também está concluindo as reformas e melhorias no pátio de triagem, além de já ter feito toda a manutenção nos shiploaders, nos armazéns da faixa portuária e no Silo Público, o "silão".

 

Licença ambiental - Na semana que vem o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, vai a Brasília para tratar da licença ambiental para dragagem do canal de acesso e da bacia de evolução do Porto de Paranaguá, obra essencial para garantir as condições ideais para movimentação de mercadorias. (AEN)

INTERNACIONAL I: Crise árabe traz risco a multis brasileiras e preocupa exportador

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A onda de protestos no Oriente Médio e no norte da África colocou os países da região em um ambiente de profunda instabilidade política e ameaça gerar uma crise econômica num dos mercados mais promissores para empresas do Brasil. Algumas das maiores multinacionais do Brasil mantêm operações em países árabes. Exportadores acreditam que a atual turbulência política na região não trará danos às vendas brasileiras, embora em alguns setores já se cogite mercados que possam ser alternativos ao mundo árabe.

Aumento - Nos últimos anos, as exportações brasileiras para os países árabes aumentaram 12 vezes, resultado em parte da política ofensiva do governo Lula na região. Em 2010, um quarto do superávit comercial brasileiro se deveu ao comércio com os países da região.

 

Risco - O risco maior neste momento de protestos e confrontos parece ser às companhias que têm bases e projetos nesses países. No Egito, por exemplo, durante os protestos que praticamente paralisaram o país nos dias que antecederam à queda do presidente Hosni Mubarak, a fábrica da Marcopolo teve de fechar as portas temporariamente.

 

Países - No ano passado, 61% das exportações brasileiras para a região - que totalizaram US$ 12,57 bilhões - foram para apenas quatro países: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes e Argélia. Quatro itens responderam por 78,6% do total exportado: carnes, açúcares, minério e cereais.

 

Atento - "O setor não está preocupado, mas está atento", disse Ricardo Santin, diretor de mercados da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), que reúne empresas exportadoras de carne de frango. Só o Oriente Médio importou no ano passado um total de US$ 2,23 bilhões em carne de frango do Brasil, de um total de US$ 6,8 bilhões exportados pelo país, diz a Ubabef. Nesse grupo, destaca-se a Arábia Saudita, principal cliente do Brasil. Os sauditas importaram US$ 923 milhões no ano passado - ou 550 mil toneladas de frango.

 

Apreensão - Uma fonte de indústria de frango, que pediu não ter seu nome citado, admitiu apreensão com a possibilidade de problemas na Arábia Saudita, mas afirmou que o país é considerado "mais estável politicamente". Questionado sobre o que os exportadores brasileiros farão se os distúrbios se espalharem para o reino saudita, Santin disse que as empresas já têm um plano de contingência. A opção, afirmou, é redirecionar o frango para outros mercados importadores, como ocorreu na crise financeira de 2008. Disse também que o Brasil tem capacidade de armazenagem, caso seja necessário, já que os estoques de carne de frango nas empresas são baixos.

 

Solução rápida - Santin avalia ainda que uma eventual interrupção das vendas seria solucionada rapidamente, como no caso egípcio. "No Egito, não houve quebra de contratos, algumas empresas postergaram embarques, mas não houve cancelamentos", disse ele.

 

Carne bovina - Na indústria de carne bovina, a expectativa também é de retomada rápida caso as turbulências se ampliem. "O problema no Egito prejudicou temporariamente as exportações, mas o país já está até comprando mais", afirmou uma fonte do setor. "O que mais preocupa [na região] é o Irã e o Egito, países com população maior e mercados mais importantes", disse a fonte do setor. Os dois países só ficam atrás da Rússia na importação de carne bovina in natura do Brasil. O Irã - não atingido até agora pela onda de protestos dos vizinhos árabes - foi o segundo maior em 2010, com US$ 807 milhões, seguido pelo Egito, com US$ 410 milhões.

 

Centros de distribuição - A JBS, que tem dois centros de distribuição no Egito e um escritório comercial em Dubai, informou que suas operações seguem normalmente na região. A BRF Brasil Foods tem escritório comercial em Dubai, mas atua no Oriente Médio em parceria com distribuidores locais. Segundo a companhia, as operações de distribuição e embarques estão normais.

 

Açúcar - Os exportadores de açúcar - segundo item da pauta das vendas brasileira para a região -, não têm relatado dificuldades associadas aos protestos em muitos países árabes, segundo Antonio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da Unica, entidade que reúne produtores brasileiros. "O que pode haver é uma redução da demanda de açúcar pela região, mas provavelmente as nossas exportações seriam demandadas por refinarias de outros países." Os países árabes são o terceiro maior mercado do açúcar do Brasil, depois de Índia e Rússia.

 

Força - Os laços comerciais entre Brasil e mundo árabe ganharam força nos anos 80, mas foi só nos últimos anos que o governo acentuou seus esforços para diversificar seus mercados e diminuir a dependência dos países centrais, diz o economista Luis Afonso Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet). Esse esforço coincidiu com a o crescimento da demanda dos países árabes por serviços e produtos, que foi alimentada pelo aumento da renda associada à alta do petróleo.

 

Dificuldades - Apesar do avanço no mercado árabe, as empresas brasileiras se queixam das dificuldades de atuar nos regimes fechados da região, que agora são alvo de intensa pressão popular. "Os brasileiros falam das barreiras aos investimentos, do ambiente regulatório muito instável, de regimes políticos de alto risco e também da concorrência com a China", disse Lima.

 

Preocupação - O economista diz que empresas brasileiras que têm sociedade com estatais devem ter razão para se preocupar com a possibilidade de os atuais regimes caírem e serem substituídos por outros que possam mudar as condições dos contratos em vigor. E mais: "Poderá sempre haver um período de indefinição nesses casos, o que poderá acarretar dificuldade de pagamentos para as empresas".

 

Companhias - Entre as companhias com bases na região, a Vale está construindo um complexo industrial em Omã, país que faz fronteira com a Arábia Saudita e o Iêmen - este também palco de conflitos. Até agora, porém, Omã, que tem um regime de monarquia absolutista, parece infenso à agitação no seu entorno. O empreendimento da Vale, estimado em US$ 1,3 bilhão, tem como sócio minoritário, com 30% de participação, o governo de Omã. A primeira unidade pelotizadora está entrando em fase de pré-testes. O Valor não conseguiu localizar nenhuma fonte da Vale para saber se o negócio da empresa em Omã estava sendo afetado pelos confrontos na região.

 

Governo brasileiro - No governo brasileiro, a avaliação é que não interessa ao país e aos investidores alianças sustentadas por governos instáveis, fruto de repressão à população. "Nossa preocupação é que haja um ambiente em que nossas parcerias e investimentos sejam de longa duração, não em situação de fragilidade política", disse ontem, de Washington, o porta-voz do Itamaraty, Tovar Nunes. "É do nosso interesse cada vez mais democracia e participação popular; queremos nossos investimentos vistos como bem vindos, não como resultado de momentos de fragilidade na governança dos países". (Valor Econômico)

INTERNACIONAL II: Inflação será exportada para o mundo

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Por décadas, a política agrícola da região do Oriente Médio e Norte da África foi extremamente simples: as exportações de hidrocarbonetos custeiam as importações de carboidratos. À medida que a agitação social e política varre a região, essa política tem duas implicações para os mercados de commodities: os países tentarão de tudo para manter elevados os preços do petróleo e acumularão estoques de alimentos, o que empurrará para cima os preços dos produtos agrícolas.

Troca - Esse intercâmbio - fornecer ao mundo petróleo e gás em troca de cereais - é claro num país como a Líbia, que é um dos maiores importadores per capita de trigo no mundo. E é também claro na Argélia e na Arábia Saudita. Não surpreende que, ao definir um nome para seu programa de ajuda ao Iraque, suspendendo parcialmente um embargo após a Guerra do Golfo (1990-91), a ONU tenha optado por Petróleo por Comida.

 

Recursos naturais - O Oriente Médio e o Norte da África têm pouca terra cultivável e ainda menos água. Por isso a região se tornou, nos últimos 40 anos, o maior importador mundial de alimentos, especialmente cereais. O Egito é o maior comprador mundial de trigo; a Arábia Saudita é a principal importadora de cevada. E a região é também a principal importadora de açúcar.

 

Dependência - É improvável que sua dependência da importação de alimentos mude em prazo previsível. A riqueza da região, baseada em hidrocarbonetos, gerada a partir da primeira crise do petróleo (em 1973-74) e a falta de responsabilização política levaram a região a soluções insustentáveis para solucionar seu problema alimentar.

 

Trigo - A Arábia Saudita iniciou um programa para cultivar trigo no deserto, acessando aquíferos. Com dinheiro abundante e nenhuma hesitação quanto a esgotar recursos hídricos, Riad conseguiu uma vitória inicial. O reino estava não apenas cultivando trigo suficiente para se alimentar como também para colher um excedente destinado à exportação para toda a região. Mas o sucesso veio com um preço muito alto: Riad pagou preços cinco vezes acima dos níveis internacionais. E, por fim, a água acabou. Dois anos atrás, durante a crise alimentar de 2007-08, Riad anunciou o fim de seu programa de cultivo de trigo. Desde então, o reino se tornou um dos maiores importadores de trigo no mundo.

 

Tendência - Com população jovem em crescimento, nos próximos dez anos a necessidade de importação de alimentos só tenderá a crescer na Arábia Saudita e na região. Seus governos parecem concordar: os países estão acumulando estoques estratégicos ou até mesmo criando suas próprias corretoras de produtos agrícolas. O menor sinal de alguma insatisfação social - especialmente se acompanhada de inflação no preço dos alimentos - é enfrentado, em pânico, com um esforço de compras no mercado internacional de alimentos, em tentativas de inundar os mercados locais com suprimentos e baixar os preços no mercado doméstico. Todos esses fatores contribuem para manter elevados os preços das commodities agrícolas em todo o mundo.

 

Caro - Os alimentos estão mais caros na região, e os subsídios, também maiores, e por isso a região tem todo incentivo para manter elevados os preços do petróleo. O Oriente Médio e o Norte da África estão vivendo uma crise política que para o resto do mundo constitui-se em ameaça inflacionária. (Financial Times / Valor Econômico)

OPINIÃO: A semente crioula e a fome

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* Irineo da Costa Rodrigues

Conceitos e opiniões expressam teses que, num país democrático, são importantes na medida que levantam as discussões, enriquecem o conhecimento e clareiam caminhos. Seguidamente ouvimos conceitos, recebemos mensagens, analisamos teses e temos dificuldade de encontrar fundamento racional em tais pensamentos, talvez baseados em ideologias ultrapassadas, para não conceituar como falidas.

O que nos deixa mais estarrecido é que estes "pensadores" normalmente não defendem suas ideias, mas rotulam outros pensamentos, entidades e pessoas com pensamentos inventados, confundindo pessoas ingênuas, que, embarcando em conceitos inviáveis, comprometem o seu negócio. No dia a dia e nos últimos anos, temos assistido a pregações e iniciativas, normalmente patrocinados com dinheiro público, que não se perpetuam, não passam de modismo, cópia de programas falidos em outros regimes e que tanta perda de tempo tem causado.

Nosso país tem se destacado, nas últimas duas décadas principalmente, gerando superávit na balança comercial, devido à tecnologia e à iniciativa privada. Apesar do governo, a agricultura moderna tem impressionado países mais competitivos, mesmo perdendo competitividade quando saímos da porteira. Imaginem se o governo fizesse a sua parte.

O que mais impressiona é que toda a riqueza gerada pela moderna agricultura irriga os cofres públicos e são usados para financiar os conceitos atrasados, ONG's inimigas de nosso país e fortalecem estruturas públicas que, ao invés de remar a favor, criam dificuldades e quase sempre tentam vender facilidades.

Seguidamente assistimos a divulgação de "teses isoladas" a favor da semente crioula, agricultura orgânica ou agroecologia que, isoladamente, faliriam nosso país, os agricultores e ampliariam a fome no país e no mundo.

Quem defende estas teses tem o olhar para o passado. É como se fosse um motorista que, ao dirigir olhando pelo retrovisor, certamente iria trombar como sempre trombam. Mas também são pessoas que tem a vida ganha. Invariavelmente ganham do erário público, irrigado pelos agricultores brasileiros, e não precisam pagar a conta de seus atos, porque nós contribuintes já pagamos.

A agricultura orgânica, o turismo rural e todos estes conceitos passados serão vitoriosos, quando profissionalmente abordados e houver poder aquisitivo para pagar, uma vez que se constituem nichos de mercado.

Os adeptos, os conquistados e os sobreviventes destes conceitos só sobrevivem porque o erário público paga o improviso, socializado entre os modernos agricultores brasileiros. Há um contingente de pessoas que não quer suar a camisa e tem nestes programas uma bolsa família disfarçada, mas que estão sendo iludidos ou tem vocação para a preguiça, que por avançar devagar será alcançada pela pobreza.

Os dias atuais estão nos deixando uma lição. A queda do governo do Egito, da Tunísia e de outros foi turbinada pela fome, devido a uma falta de planejamento. Há prognóstico de que a fome mundial não vai diminuir e se ampliada vai gerar desestabilização, ameaçando a governabilidade. Guardadas as proporções vivemos este fenômeno em nosso país, com a inflação dos alimentos, devido a falta de profissionalismo de quem deveria ter o dever de ter políticas adequadas.

Uma notícia recente nos animou. O centro de pesquisa da  Syngenta em Santa Tereza do Oeste, que havia sido invadida pelo MST e desapropriada pelo governo do Estado por também pesquisar sementes transgênicas, e que seria usado para implantar um centro de agroecologia, agora o próprio IAPAR declara que vai redirecionar, inclusive para pesquisas com transgênicos. Parece uma ironia? Não, a inteligência venceu a ignorância, a demagogia, o populismo e a irresponsabilidade.

*Irineo da Costa Rodrigues é engenheiro agrônomo, presidente das cooperativas Lar e Coodetec

FRIMESA: Cooperativa fecha 2010 com faturamento de R$ 867,9 milhões

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