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AGRICULTURA: Plantio direto terá estratégias para melhorar produtividade

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Integrantes da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha e da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento vão trabalhar juntos nas estratégias para melhorar esta técnica, aplicada em 5 milhões de hectares no Paraná. Segundo o secretário Norberto Ortigara é necessário estabelecer indicadores de qualidade e processo de certificação, conforme projeto-piloto já desenvolvido em parceria entre a Federação e a Itaipu Binacional, na região do lago de Itaipu.

 

Parceria - A parceria foi discutida, nesta quinta-feira (10/03), pelo secretário da Agricultura com diretor-presidente da Federaçaõ, Herbert Bartz, e o secretário da entidade, Ricardo Ralisch, e será intensificada com a Emater (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural) e Iapar (Instituto Agronômico do Paraná). Ortigara é um dos defensores do plantio direto, para contribuir com uma agricultura sustentável. O Paraná foi pioneiro na adoção do plantio direto na palha. "A meta é qualificar a técnica em todos os cerca de 5 milhões de hectares paranaenses, para melhorar a produtividade das lavouras para o agricultor e proteger o meio ambiente em benefício de toda a sociedade paranaense", disse o secretário.

 

Área - Segundo Ralisch, o Brasil conta com 30 milhões de hectares de plantio direto na palha e nem toda essa área apresenta qualidade técnica. A proposta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é ampliar em 8 milhões de hectares o plantio direto no País. "Com qualidade no plantio direto, conseguimos realmente proteger o solo, a água e reduzir as emissões de carbono", disse Ralisch. No ano que vem, o plantio direto na palha completa 40 anos e atividades serão programadas para marcar a implantação desta técnica. (AEN)

BOI: Arroba se sustenta acima de R$ 100

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Pesquisas do Cepea mostram que os preços da arroba negociada no mercado paulista vêm se sustentando acima dos R$ 100,00 desde meados de outubro de 2010. De modo geral, o mercado pecuário, do bezerro à carne, registra relativa estabilidade em São Paulo. Nos últimos sete dias, apenas pequenas oscilações de preços foram observadas. Na parcial de março, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa subiu 0,14%, fechando em R$ 105,52 na quinta-feira. Segundo pesquisadores do Cepea, a sustentação vem da oferta menor que a demanda. (Cepea/Esalq)

COMMODITIES: Cotações de trigo e milho caem após relatório do USDA

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Ainda que não tenha oferecido subsídios capazes de provocar alterações expressivas nos atuais quadros americano e mundial de oferta e demanda de grãos, o novo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre esses fundamentos, divulgado na quinta-feira (10/03), teve impacto considerável sobre trigo, milho e soja na bolsa de Chicago - principal referência global para os preços desses produtos, importantes bases para a produção de alimentos e rações.

 

Trigo - Entre as três commodities, o trigo foi a que sofreu o ajuste mais significativo promovido pelo USDA. Por conta de um corte maior na estimativa de exportações do que na de importações, o ministério americano ajustou sua projeção para os estoques finais globais do cereal nesta safra 2010/11 para 181,9 milhões de toneladas, 2,3% mais que o previsto em fevereiro. O órgão também reduziu em 1,9% a projeção para as exportações dos EUA na temporada, e a combinação desse fatores provocou a queda dos preços do cereal em Chicago.

 

Queda - Os contratos com vencimento em maio - que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez - encerraram a sessão a US$ 7,4050 por bushel (27,2 quilos), queda de 2,4% em relação à véspera. Com isso, cálculos do Valor Data mostram que a segunda posição passou a apresentar baixa acumulada de 9,78% este ano, mas nos últimos 12 meses a alta ainda chega a 53,79%. O atual patamar das cotações é o menor desde novembro do ano passado, mas o ainda elevado nível mantém vivas as preocupações inflacionárias.

 

Milho - A queda do trigo tirou sustentação do milho, em parte porque ambos têm finalidades comuns. E como o USDA também diminuiu em 0,5% sua projeção para os estoques finais mundiais de milho em 2010/11, seus preços também foram abaixo. A segunda posição (maio) perdeu 2,6% de seu valor e fechou a US$ 6,8275 por bushel (25,2 quilos), mas ainda acumula altas de 7,27% em 2011 e de 86,8% em 12 meses.

 

Soja - No caso da soja, o "efeito USDA" foi inverso. O órgão reduziu suas estimativas de estoques finais e iniciais do grão desde a safra 2007/08, o que praticamente anulou a elevação da estimativa para a produção global em 2010/11. Em Chicago, a segunda posição (maio) subiu 0,48% e encerrou a sessão a US$ 13,5550 por bushel (27,2 quilos). Em 12 meses, a alta chega a 41,49%. (Valor Econômico, com Dow Jones Newswires)

SOJA I: Abiove eleva previsão de exportação do Brasil

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O Brasil colherá na atual temporada um recorde de 70,1 milhões de toneladas de soja, estimou nesta quinta-feira (10/03) a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que reviu para cima a sua estimativa e também elevou a sua projeção de exportações do país. No mês passado, a Abiove havia estimado a safra brasileira em 68,8 milhões de toneladas. Na temporada passada, o Brasil colheu um recorde de 68,7 milhões de toneladas.

 

Alta - A alta da previsão da Abiove ocorreu no mesmo dia em que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) também elevou a sua estimativa de produção de soja, em 1,5 milhão de tonelada, para 70 milhões de toneladas. Também nesta quinta-feira (10/03), o Ministério da Agricultura apontou ligeira alta na sua projeção para 70,3 milhões de toneladas. "Com as informações mais recentes de campo, de produtividade melhores, isso permitiu que a gente ajustasse a safra, o nosso número estava desatualizado", afirmou o secretário-geral da Abiove, Fábio Trigueirinho.

 

Colheita - Quando a Abiove divulgou a sua última estimativa, em fevereiro, a colheita havia apenas começado. Atualmente, o Brasil já colheu cerca de um quarto de sua safra. Mas os números ainda não consideram eventuais perdas citadas por produtores de Mato Grosso do Sul, onde chuvas intensas ocorreram na última semana. "Não sei a extensão do nível de problema mostrado na TV, tem que esperar. De qualquer forma, Mato Grosso do Sul é menos importante em termos de produção, o volume não é tão expressivo como o Mato Grosso", disse ele.

 

Mato Grosso do Sul - O Mato Grosso do Sul é o quinto produtor nacional, com safra estimada em pouco mais de 5 milhões de toneladas. Com base em uma safra maior no país, a Abiove elevou a sua expectativa de exportação do Brasil na atual temporada, para 31,5 milhões de toneladas, ante 31 milhões de toneladas previstas em fevereiro. Na temporada passada, o Brasil exportou 29,2 milhões de toneladas de soja.

 

Receita - Com maiores exportações, a estimativa de receita cambial com as vendas externas com complexo soja do Brasil (grão, farelo e óleo) foi elevada pra 22 bilhões de dólares, ante 21,8 bilhões previstos em fevereiro, um aumento de cerca de 5 bilhões de dólares ante a temporada passada, também por conta de preços mais altos dos produtos neste ano. "Aumentamos a exportação de grãos porque a China está firme, os Estados Unidos não vão ter produto para os próximos seis meses, e abriu uma janela interessante para o Brasil", explicou Trigueirinho. (Reuters / Agrolink)

SOJA II: China compra 6,1% a mais

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A China, principal importador de soja do mundo, comprou 7,45 milhões de toneladas da oleaginosa no exterior nos dois primeiros meses do ano, 6,1% mais que no mesmo período de 2010, segundo dados oficiais da alfândega divulgados na quinta-feira. Mas, segundo o governo, apenas em fevereiro as importações alcançaram 2,32 milhões de toneladas, o que representa uma forte baixa ante o volume de 5,14 milhões de toneladas de janeiro.

 

 

Fevereiro - O volume comprado em fevereiro foi o mais baixo desde novembro de 2008, em parte pelos feriados do Ano Novo Lunar, quando as fábricas ficaram fechadas, e pelas importações mais altas em janeiro, que registraram aumento anual de 26%. Os esmagadores aumentaram suas importações após o ano novo chinês, logo que as margens para compras futuras ficaram positivas, após as perdas recentes nos preços da soja em Chicago. (Reuters / Valor Econômico)

IPEA: Brasileiro reduz otimismo sobre economia

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O brasileiro reduziu um pouco o otimismo quanto ao cenário socioeconômico do país para os próximos meses. É o que mostrou nesta quinta-feira (10/05) o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou a sétima edição do Índice de Expectativas das Famílias (IEF). O indicador apontou queda de 2,8% em fevereiro em relação a janeiro. Segundo o Ipea, o índice, calculado em uma escala de zero a 100 pontos, recuou de 67,2 pontos para 65,3 pontos de janeiro para fevereiro. Porém, resultados entre 60 e 80 pontos ainda são considerados otimistas.

 

Levantamento - A pesquisa foi realizada em 3.810 domicílios em mais de 200 municípios em todo o país. Na análise por localidades, todas as regiões apresentaram queda no IEF de janeiro para fevereiro. O Sul foi a região que apresentou a queda mais forte no indicador, que passou de 70,1 pontos para 65,9 pontos no período. As outras regiões apresentaram queda menos intensa: Norte (de 64,8 pontos para 63,8 pontos), Nordeste (de 65,1 pontos para 62,9 pontos), Sudeste (de 66,1 pontos para 64,9 pontos) e Centro-Oeste (de 76 6 pontos para 73,6 pontos).

 

Situação econômica - O Ipea informou ainda que a fatia de famílias pesquisadas que projetam melhora na situação econômica do país nos próximos 12 meses caiu de 64% para 61,8% de janeiro para fevereiro. Além disso, o porcentual de famílias que apostam em uma piora na economia brasileira nos próximos cinco anos aumentou de 12,41% para 15,8% no mesmo período.

 

Finanças pessoais - O instituto também apurou uma piora na autoavaliação sobre finanças pessoais. Do total de famílias, 75,5% informaram estar melhor financeiramente em fevereiro que há um ano - porém, este porcentual, para esta mesma resposta, era maior em fevereiro (76 8%). De janeiro para fevereiro, também houve aumento na fatia de famílias que informaram piora financeira, no período de um ano, de 17,3% para 19,3%.

 

Mercado de trabalho - Quanto ao mercado de trabalho, o Ipea apurou um leve aumento de insegurança entre os trabalhadores. Dentro do universo da pesquisa, caiu a fatia de pesquisados responsáveis pelo domicílio que se sentem seguros quanto a sua ocupação atual, de 80% em janeiro para 78% em fevereiro. (Agência Estado)

GASTOS PÚBLICOS: Governo cria sistema para avaliar gestão orçamentária

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Depois de três anos em gestação no governo, foi criado nesta quinta, por meio de portaria do Tesouro Nacional, o Sistema de Custos do Governo Federal, que irá avaliar e acompanhar a gestão orçamentária, financeira e patrimonial da União. A ideia é criar um novo conceito para avaliação dos gastos públicos, de forma que eles sejam tratados como custo e não como despesa orçamentária.

Qualidade dos gastos - O subsecretário de contabilidade pública do Tesouro Nacional, Gilvan da Silva Dantas, explicou que o sistema deve ser usado como instrumento de gestão para melhorar a qualidade dos gastos do setor público. O objetivo do sistema é mostrar o custo de execução de um programa ou do funcionamento da máquina pública. "Nem tudo que é despesa orçamentária é custo, nem tudo que é custo é despesa orçamentária", disse.

 

Salário - O salário do servidor ativo é custo, explicou Dantas, porque ele está ajudando a gerar um bem ou ativo para o setor público. O salário de um inativo é só despesa orçamentária. A depreciação de um bem é custo, mas não é despesa orçamentária. A compra de material para estoque é despesa no ato da compra, mas só passará a ser custo quando for utilizado. "Queremos mostrar quanto gastamos e quanto produzimos", afirmou o subsecretário.

 

Contabilidade pública - A criação do Sistema de Custos significa uma mudança na contabilidade pública, iniciada no governo Lula pelo então secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado. Neste primeiro momento, apenas os órgãos públicos terão acesso aos dados. Após "um refinamento" dos dados, disse Dantas, eles passarão a ser públicos como o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).

 

Tesouro - O Tesouro fará a gestão do novo sistema que será abastecido pelos órgãos públicos. O Siafi e o Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento (Sigplan), do Ministério do Planejamento, serão utilizados para subsidiar o Sistema de Custos. O Sigplan mostra, por exemplo, a execução do Plano Plurianual (PPA) pelos ministérios. "Queremos chegar ao menor nível de detalhamento possível de cada ação do governo", disse Dantas. "Nunca olhamos para o custo da administração pública", completou. Segundo o subsecretário do Tesouro, é preciso criar a cultura de custos no serviço público. (Agência Estado)

IMIGRAÇÃO: Dilma sanciona lei que institui Ano da Holanda no Brasil

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RAMO SAÚDE I: Unimed PR inicia ciclo de capacitação em Responsabilidade Social

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A Unimed Paraná iniciou o Ciclo de Capacitação em Responsabilidade Social e Sustentabilidade, previsto para este ano. A primeira fase do ciclo aconteceu nos dias 21/02 (em Curitiba), 22/02 (em Cascavel), 24/02 (em Maringá) e 25/02 (em Londrina). Ministrado pelo consultor Leonardo Venâncio, da Fundação Unimed, e pelo analista Yuri Beltramim, da Federação Unimed PR, o ciclo tem como objetivo discutir, alinhar e afinar conceitos sobre Responsabilidade Social, Sustentabilidade e Gestão, para posteriormente apresentar e implantar uma metodologia de gerenciamento dos projetos de Responsabilidade Social e ferramentas de apoio às Singulares. Essa foi a primeira capacitação de uma série de cinco encontros que deverão acontecer até o mês de junho. (Assessoria de Imprensa Unimed Paraná)

AGROLEITE: Empresas patrocinam evento da Castrolanda

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Mais uma empresa anunciou apoio financeiro para a realização da Agroleite 2011. A fornecedora de equipamentos de ordenha DeLaval assinou o contrato de patrocínio Diamante para o evento. Também adquiriram cotas Diamante as empresas Nutron e Dekalb. Além de garantir a exposição expressiva da marca, a DeLaval vai montar dois estandes para receber seus clientes e prepara uma programação especial para a feira, que será realizada em Castro, no Paraná, de 8 a 12 de agosto.

A empresa - Presente em mais de 115 países, o grupo destaca o Agroleite como principal evento do calendário nacional da empresa e já organiza a vinda de produtores de outros países para visitar o Agroleite e conhecer a tecnologia empregada no Município, que ganhou destaque nacional em 2010 com o título de "capital nacional do leite". "É uma alegria para a DeLaval poder apoiar a Agroleite, seus organizadores e produtores. A busca pela excelência não tem linha de chegada, fato este observado no progresso consistente da região. A DeLaval estará trazendo produtores de toda America Latina para prestigiar a feira, visitar propriedades e participar dos eventos técnicos. Com certeza, a Agroleite é um evento de sucesso, para sempre", disse o diretor presidente da DeLaval na América Latina, Fabiano Amaro.

Cota Diamante - A cota Diamante é um tipo de patrocínio que permite ampla visualização e sobressai em todos os materiais de divulgação do evento (impressos, internet, rádio e televisão) garantindo que a presença e o investimento da empresa patrocinadora sejam ainda mais marcantes. (Com informações da Imprensa Castrolanda)

FLORESTAS: Seab e Embrapa buscam mais parcerias para desenvolver setor

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O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, recebeu no dia 04 de fevereiro o chefe-geral da Embrapa Florestas, com sede em Colombo, Helton Damin da Silva, para discutir estratégias e ações articuladas para o desenvolvimento florestal do Estado. Foi a primeira reunião entre a Seab e Embrapa com o objetivo de envolver diversos segmentos para execução da proposta.

Presenças - Também participaram do encontro o diretor-geral da Seab, Otamir César Martins, o diretor do Deagro (Departamento de Desenvolvimento Agropecuário), Rômulo de Assis Lima, e os pesquisadores da Embrapa Floresta, Edson Tadeu Iede e Erich Schaitza, que já foi secretário executivo do Programa de Gestão Ambiental, da Secretaria da Agricultura.

Programa conjunto - De acordo com o chefe da Embrapa Florestas, a empresa já vem desenvolvendo algumas parcerias na área de pesquisas com outros Estados visando o desenvolvimento florestal. "Podemos estabelecer um programa conjunto envolvendo as Secretarias da Agricultura, do Meio Ambiente e a da Ciência e Tecnologia, além de outros segmentos - como cooperativas, universidades, associações de produtores florestais e outras instituições públicas e privadas - para mudar o quadro do setor florestal", disse Helton Damin da Silva.

Campo fértil - De acordo com ele, há um campo fértil para trabalhar essa ideia, e o Paraná pode sair na frente de outros Estados que também estão carentes de área florestal. O secretário Norberto Ortigara gostou da proposta e lembrou que faz parte do Programa de Governo do Estado fortalecer o setor florestal que tem como meta aumentar a área em 800 mil hectares.

Carência - "Há carência de madeira, seja para celulose, para a indústria moveleira ou para a construção civil, e é preciso rever essa situação com urgência", diz Ortigara. O Plano de Governo - observa - já prevê o incentivo de plantio de florestas na região noroeste e em outras áreas degradadas do Estado, envolvendo nesta missão a Emater e outras instituições. "A contribuição da Embrapa Florestas nesse momento é valiosa para dar consistência à esses projetos", explica o secretário.

Valor Bruto - O VBP (Valor Bruto de Produção) de Florestas em 2009 foi de R$ 2,8 milhões, o que corresponde a 7,65% do VBP total do Estado.

Nova reunião - No final do encontro ficou decidido que uma nova reunião deve acontecer ainda neste mês de março, com a participação de todo o setor produtivo florestal para a realização de um diagnóstico das necessidades, elaborar o programa de atuação conjunta e formalizar o início da parceria. (AEN)

IBGE: Em fevereiro, Instituto prevê safra de grãos 1,2% maior que a de 2010

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Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, nesta quinta-feira (10/03), que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve somar 151,2 milhões de toneladas, quantidade 1,2% superior em relação à safra recorde de 2010 (149,5 milhões de toneladas). É o que indica a segunda estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) em 2011. A área a ser colhida em 2011, de 48,1 milhões de hectares, apresenta acréscimo de 3,3%, frente à área colhida em 2010. As três principais culturas, que somadas representam 90,5% da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, o arroz, o milho e a soja, respondem por 82,3% da área a ser colhida e registram, em relação ao ano anterior, variações de +1,6%, +1,9% e +1,8%, respectivamente. No que se refere à produção, o arroz e a soja apresentam, nessa ordem, acréscimos de +12,7% e +0,7%, enquanto que o milho, decréscimo de -1,6%.

Regiões- Entre as grandes regiões, esse volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresenta a seguinte distribuição: Região Sul, 60,3 milhões de toneladas; Centro-Oeste, 55,1 milhões de toneladas; Sudeste, 16,5 milhões de toneladas; Nordeste, 15,1 milhões de toneladas e Norte, 4,2 milhões de toneladas. Comparativamente à safra passada, são constatados incrementos nas Regiões Norte, 4,5%, Nordeste, 27,6% e Centro-Oeste, 4,9% e decréscimos na Sudeste, 3,1% e Sul, 5,9%. Nessa avaliação para 2011 o Paraná retorna a posição de liderança na produção nacional de grãos, com uma participação de 20,0%.

Variação - Dentre os vinte e cinco produtos selecionados, treze apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (57,4%), amendoim em casca 1ª safra (6,6%), arroz em casca (12,7%), batata-inglesa 1ª safra (13,8%), batata-inglesa 2ª safra (12,1%), feijão em grão 1ª safra (30,5%), feijão em grão 2ª safra (17,4%), mamona em baga (59,4%), mandioca (5,8%), milho em grão 2ª safra (0,4%), soja em grão (0,7%), sorgo em grão (6,1%) e triticale em grão (17,8%). Com variação negativa: amendoim em casca 2ª safra (10,7%), aveia em grão (24,5%), batata-inglesa 3ª safra (5,3%), cacau em amêndoa (3,4%), café em grão (9,3%), cana-de-açúcar (9,3%), cebola (4,5%), cevada em grão (10,9%), feijão em grão 3ª safra (9,6%), laranja (2,6%), milho em grão 1ª safra (2,9%) e trigo em grão (18,3%).

Outros - O IBGE esclarece que, para os cultivos de segunda e terceira safras de alguns produtos e para as culturas de inverno (trigo, aveia, centeio e cevada) que, devido ao calendário agrícola, não permitem que se tenha ainda uma avaliação da produção, os dados correspondem às projeções obtidas a partir das informações ocorridas em anos anteriores. Mais detalhes em www. ibge.gov.br. (IBGE)

EXPEDIÇÃO SAFRA I: Argentinos com um pé no Brasil

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Mesmo com as crescentes restrições à compra de terras por estrangeiros, o Brasil segue representando peça-chave para a ampliação dos negócios de empresas agropecuárias da Argentina. No rastro de multinacionais como Los Grobo e El Tejar, que diluem riscos e multiplicam seu faturamento cultivando grãos nos países vizinhos, o Grupo Gaviglio quer ampliar sua movimentação de 400 mil para 1 milhão de toneladas de grãos expandindo sua atuação e entrando em território brasileiro.

Estabilidade econômica - A Expedição Safra Gazeta do Povo entrevistou os diretores do grupo numa de suas fazendas em Clucellas, pronvíncia de Santa Fé, a 530 quilômetros de Buenos Aires. Eles disseram que buscam no Brasil a estabilidade econômica e a coerência na política agrícola que não encontram em "casa". Neste ano, procuram uma forma de se estruturar no país com aquisições de terras ou parcerias com produtores e empresas. O Gaviglio vem atuando por meio de duas empresas na Argentina: a Cuatro Lunas, dedicada a atividades agropecuárias em áreas próprias e arrendadas, e a Gaviglio Comercial, que administra a compra de insumos e a venda da produção. A área de atividade abrange 22 mil hectares para agricultura e 17 mil para criação de gado - 20 mil próprios e o restante arrendado. Mas o alcance do braço comercial vai além dessas terras.

Áreas próprias - Do total de 400 mil toneladas de grãos movimentadas anualmente, apenas entre 15% e 20% são originadas em áreas próprias. Para chegar a 1 milhão de toneladas, será necessário crescer na Argentina e passar a atuar no Brasil, afirma Analía Gaviglio, diretora da Gaviglio Comercial. "Deixamos de ser uma empresa exclusivamente familiar para atuar de forma competitiva com participação de gestores externos. Isso é que permite esse salto", argumenta.

Diferenciais - O encarregado de traçar as estratégias do grupo, José Bonansea, toma como referência empresas que, além de atuarem na produção, se especializaram na comercialização de grãos e insumos e na prestação de serviços financeiros. Ele redesenha o grupo buscando diferenciais ante a concorrência. "Na Argentina, nosso diferencial é estar mais perto dos produtores do que dos terminais de embarque portuários como a maioria das empresas de logística e comercialização", cita. A área de atuação do Gaviglio se estende a um raio de aproximadamente 50 quilômetros de suas fazendas. Elas ficam a 250 quilômetros de Rosário, região que embarca 80% da soja e do milho produzidos na Argentina.

Volume - Para competir com gigantes do setor, o grupo tenta gerar volume de grãos cada vez maior, ganhando força de barganha, e se obriga a oferecer mais agilidade no transporte dos produtos agrícolas que o mercado. A capacidade de armazenagem ainda é pequena para o volume de grãos movimentados: 80 mil toneladas. Uma forma de ampliar a atuação seria arrendando mais terras na própria Argentina. No entanto, a instabilidade das políticas nacionais faz com que a atuação no Brasil se torne cada vez mais atraente, afirma Horacio Gaviglio, gerente da Cuatro Lunas. "Nossas leis de arrendamento estão mudando à revelia. A impressão que temos é que as decisões de governo são tomadas com tal improviso que geram o caos", reclama.

Próximos anos - As multinacionais agropecuárias de origem argentina consideram que o Brasil tem 30 milhões de hectares para expandir sua produção de grãos nos próximos anos - área maior que toda a extensão dedicada atualmente à soja (24 milhões de hectares). As terras cultivadas no Brasil pelos grupos argentinos El Tejar, em Mato Grosso, e Los Grobo, concentrado no Nordeste, somam 240 mil hectares, correspondentes a 1% dos campos cobertos pela oleaginosa, principal cultivo brasileiro. Nessa área, as duas empresas colhem no Brasil mais de 2 milhões de toneladas de grãos por ano.

Seguradora sonda mercado do PR - O grupo argentino Sancor Seguros, que vem sondando o mercado brasileiro desde o ano passado com um escritório em Campinas (SP), decidiu se instalar em Curitiba ainda neste semestre para expandir seus negócios no Brasil a partir dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A empresa, que funciona como uma cooperativa, chegou há seis anos ao Uruguai e há quatro anos à Bolívia e ao Paraguai, onde é líder em seguros agrícolas.

Brasil - O mercado de seguro agrícola será o foco da Sancor também no Brasil. Os investimentos totais ainda não foram definidos. Num primeiro momento, a empresa vai buscar parcerias com organizações ligadas ao agronegócio, para em seguida buscar espaço no setor de garantia à produção. Para a cooperativa, o país tem um amplo mercado a ser explorado. A Sancor considera que, na Argentina, perto de 55% da área de produção de grãos é assegurada enquanto, nas lavouras brasileiras, esse porcentual não chega a 15%.

Liderança - Com faturamento de US$ 1 bilhão em 2010, a empresa alcançou a liderança na Argentina vendendo principalmente contratos de seguro agrícola contra granizo. No Brasil, deverá oferecer cobertura também a riscos como seca, inundação e geada, como fazem as seguradoras que já operam no país. O presidente do grupo, Raúl Colombetti, avalia que nem todos os riscos têm cobertura viável do ponto de vista das seguradoras, mas considera que uma parcela maior que a atual das plantações brasileiras pode ser garantida.

Habilitação - A empresa tentará se habilitar junto ao programa nacional de subvenção ao seguro agrícola, que custeia até 70% do prêmio ao produtor, no caso do trigo. O risco de corte na subvenção - de R$ 400 milhões para R$ 200 milhões - não vai afetar os planos da Sancor, afirma o gerente de Seguros Agro­pecuários, Carlos Hoffmann. O seguro tende a ser adotado como uma ferramenta da política agrícola, defende o operador de Seguros Agropecuários Andrés Martino.

Nova sede - Em Sunchales, na província argentina de Santa Fé, a Sancor inaugura nesta semana nova sede com área de 16 mil metros quadrados e investimento de US$ 33 milhões. Conforme os diretores da cooperativa, 600 pessoas vão trabalhar no local. Entre os dias 4 e 9 de abril, os executivos vão percorrer o Paraná para conhecer melhor a estrutura das cooperativas e das unidades de produção do estado.  (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

CARNE SUÍNA: Exportação brasileira cresce em fevereiro, diz Abipecs

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As exportações brasileiras de carne suína tiveram incremento em volume e receita em fevereiro na comparação com o mesmo período do ano passado, mas o número ficou aquém do esperado, informou nesta quarta-feira a associação que reúne produtores e exportadores do setor (Abipecs). Os embarques aumentaram 7,62 por cento em volume, para 39 mil toneladas, na comparação com fevereiro do ano passado, também ficando acima das 34,8 mil toneladas exportadas em janeiro.

 

Recuo - Contudo, o volume embarcado no acumulado do ano recuou para 73,8 mil toneladas, queda de 1,97 por cento sobre o primeiro bimestre de 2010. "Não se iniciou, portanto, o movimento de ampliação das exportações, que, esperamos, ocorra mais adiante", disse em comunicado Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).

 

Destinos - Os principais destinos no período foram Rússia, Hong Kong, Argentina, Angola e Cingapura, desbancando a Ucrânia que figurou entre os grandes compradores no mesmo período do ano passado. A receita com as vendas externas de carne suína em fevereiro subiu 20 por cento, para 100,58 milhões de dólares, contra 83,8 milhões de dólares de igual mês no ano passado. A Abiec destaca que a tendência de elevação dos preços prevalece e aponta um aumento de 11,5 por cento no preço médio da tonelada embarcada no mês passado, se comparado ao mesmo mês de 2011.

 

China - Em nota, a Abiec disse ter expectativas positivas com a visita à China da presidente Dilma Rousseff, prevista para o início de abril. Em Pequim, "espera-se que na reunião bilateral entre os presidentes do Brasil e da China a habilitação dos frigoríficos brasileiros de carne suína seja finalizada, permitindo o início imediato de exportações", afirmou Camargo Neto em nota. (Reuters / Gazeta do Povo)

CAFÉ: Preço alcança maior patamar em 33 anos

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Nos últimos 33 anos, os valores médios do café no mercado internacional nunca estiveram em um patamar tão elevado. O indicador de preços medido pela Organização Internacional do Café (OIC), que leva em conta os valores dos cafés suaves colombianos, suaves de outras origens, os naturais brasileiros, o café robusta e também as cotações de Nova York, fechou fevereiro a US$ 2,1603 por libra-peso, o maior nível desde 1977.

Janeiro - E essa valorização não é de hoje. Em janeiro deste ano, o indicador da OIC já havia alcançado o valor mais alto em 17 anos. Mas, sem qualquer sinal de retração da demanda, de aumento explosivo da oferta ou sequer de influência negativa de outros mercados, o café parece ainda não ter encontrado um fator de resistência que possa interromper sua escalada.

Preços - Em seu relatório mensal, a própria OIC reconhece que nem mesmo o aumento da safra de café no Brasil, maior produtor mundial, está sendo capaz de limitar o aumento dos preços. Segundo a OIC, as cotações seguem sustentadas na baixa disponibilidade da variedade arábica - de melhor qualidade - no mercado internacional e também pelo crescente consumo do produto, em especial no Brasil, atual segundo maior consumidor global.

Terceira alta - Diante da atual conjunta, os preços em Nova York tiveram a terceira alta consecutiva e já se aproximam dos US$ 3,00 por libra-peso. Ontem, os contratos com vencimento em maio fecharam o dia a US$ 2,9485 por libra-peso, ganho de 765 pontos, ou 2,66%. Com níveis tão atrativos, as exportações crescem em um ritmo superior à capacidade de produção. Dessa forma, os estoques nos países exportadores, segundo a OIC, estavam em 13 milhões de sacas em outubro do ano passado, primeiro mês da safra 2010/11. "Nos países importadores os estoques eram de 18,3 milhões de sacas em dezembro de 2010", diz o relatório da OIC. (Valor Econômico)

INSUMOS I: Crescem os investimentos em fertilizantes

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Após aumentarem quase 30% no ano passado, os investimentos no segmento de fertilizantes deverão bater um novo recorde histórico no país em 2011. Liderados pela Vale e mais concentrados na ampliação da oferta de nutrientes derivados do fosfato, os aportes poderão superar a marca de R$ 1,5 bilhão, segundo estimativas de mercado.

2010 - Em 2010, quando o faturamento líquido da indústria alcançou cerca de US$ 11,2 bilhões, a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) identificou pelo menos US$ 646 milhões em manutenção e expansão da oferta - ou pouco mais de R$ 1,1 bilhão, segundo conversão realizada pelo Valor Data. Como já informou o Valor, Vale e Petrobras (cujo foco está em nutrientes derivados do nitrogênio) responderam por 80% do montante do ano passado, conforme fontes do segmento.

Investimentos - Com R$ 667 milhões, 68% mais que em 2009, a Vale puxou os investimentos no ano passado, confirmando as expectativas que gerou em janeiro, quando comprou os ativos minerais de fertilizantes da Bunge no Brasil e assumiu o controle da Fosfertil, maior fabricante de matérias-primas para adubos do país.

Aportes totais - Como em 2011 apenas os aportes da Vale Fertilizantes deverão subir para R$ 1,25 bilhão, segundo relatório de resultados operacionais e econômicos resumidos divulgados pela empresa em 25 de fevereiro, é quase "barbada" no mercado que os aportes totais vão superar R$ 1,5 bilhão. E, dependendo do ritmo do projeto que a Petrobras desenvolve em Mato Grosso do Sul, o valor previsto poderá aumentar de forma expressiva.

Licença prévia - A petroleira recebeu recentemente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) a licença prévia ambiental para a fábrica que pretende erguer no município de Três Lagoas a partir de investimentos totais estimados em cerca de US$ 2 bilhões. Terceira Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN) da Petrobras no país, e a maior delas, a fábrica produzirá ureia e amônia e deverá estar concluída em 2014.

Petrobrás - No fim de fevereiro, a Petrobras informou que as obras de terraplenagem no município sul-matogrossense deverão começar em abril e que a construção da unidade em si deverá ter início em setembro. A empresa também lembrou que tem outros dois projetos em andamento com impacto em fertilizantes, em Linhares (ES) e Uberaba (MG).

Orçamento - No caso da Vale Fertilizantes, o orçamento de investimentos prevê que R$ 756 milhões do montante total projetado servirão para financiar os investimentos de capital, R$ 482 milhões serão aplicados na "sustentação de projetos correntes" e R$ 12 milhões irrigarão projetos da área de pesquisas e desenvolvimento. Ainda segundo o relatório de resultados divulgado recentemente pela empresa - que foi procurada pelo Valor, mas preferiu não conceder entrevista -, os principais projetos de capital programados para este ano estão em Patrocínio/MG (R$ 621 milhões), Uberaba/MG (R$ 80 milhões), Cubatão/SP (R$ 18 milhões) e Araxá/MG (R$ 13 milhões).

Patrocínio - Desses, o maior e já em andamento é o de Patrocínio, que envolve exploração e produção de fosfatados e foi orçado inicialmente em US$ 2 bilhões. A Vale também tem projetos nas áreas de nutrientes derivados do potássio e do nitrogênio, mas de menor porte. Investimentos da mineradora no exterior não estão incluídos no pacote de R$ 1,25 bilhão.

Abertura de capital - Com os aportes programados no país, a Vale Fertilizantes, que planeja abrir o capital no segundo semestre deste ano, projeta ampliar sua capacidade de produção em mais de 40% até 2014, atendendo à demanda do governo e dos agricultores, que querem ver reduzida a dependência brasileira de fertilizantes importados, que ainda ronda 70%. (Valor Econômico)

INFRAESTRUTURA I: Paranaguá suspende senha para caminhões

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Para evitar o aumento da fila de caminhões na BR-277, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) suspendeu ontem a emissão de senhas do Carga On-Line, sistema que gerencia o fluxo de veículos até o porto. O programa estabelece cotas diárias de recebimento de caminhões de acordo com o espaço livre para armazenagem dos grãos. Os caminhões só deixam a origem em direção ao litoral quando já têm uma senha determinando o local e a data do desembarque.

Caráter emergencial - De acordo com o superintendente do porto, Airton Maron, a medida tem caráter emergencial e deve ser mantida até que haja a regularização dos embarques. "Assim que a chuva parar voltaremos a liberar as senhas. Isso deve durar um dia", prevê o executivo. Por outro lado, quem acompanha de perto os embarques no porto paranaense não acredita em uma solução tão rápida para o problema. "Nenhuma safra é igual a outra. Sempre tivemos fila no porto e esse gargalo não é tão simples de resolver quanto parece", analisa Maurício Silva Xavier, sócio da Gransol, operadora portuária que movimenta 1,5 milhão de toneladas de grãos anualmente.

Carregamento - O superintendente do porto revela que o último navio a deixar a Baía de Paranaguá levou seis dias para ser carregado, quase cinco dias a mais que o considerado padrão. Mas, segundo Xavier, o tempo de carregamento dos navios tem sido maior do que estima a administração do porto. "Vi dois navios levando dez dias entre atracação e saída. Esse processo deveria durar, no máximo, quatro dias", descreve.

 

Capacidade - Em condições normais de clima, o porto paranaense embarca 100 mil toneladas de grãos por dia - carga equivalente a cerca de 3,3 mil caminhões. O volume atual, porém, tem sido de 20 mil toneladas por dia. A Appa atribui essa redução às constantes chuvas, que elevam o risco de apodrecimento caso a carga seja embarcada com umidade.

 

Atraso - O atraso no carregamento dos produtos atrapalha não só a partida dos navios já atracados, mas também a chegada dos que aguardam autorização para atracar. De acordo com a Appa, nesta quarta-feira (09/03) havia 16 navios ao largo aguardando autorização para serem carregados com soja, milho, trigo e farelo. Outros três estão em processo de carregamento no porto, com muita lentidão.

 

Caminhões - Consequência dessa situação, a quilométrica fila de caminhões persistia na tarde desta quarta-feira na BR-277, desta vez com 29 quilômetros de extensão. Além das chuvas, o superintendende do porto diz que o episódio está atrelado à concentração da colheita da safra brasileira de grãos. "Estamos colhendo com atraso uma safra muito grande e muito vendida. Tem muita soja para ser escoada ao mesmo tempo. Isso explica o tumulto nos principais portos do país", diz o analista da Informa Economics FNP Aedeson Pereira.

 

Aglutinação - Segundo a consultoria, até o fim do mês passado 51,5% da produção brasileira da oleaginosa havia sido comercializada. Na mesma época do ano passado, esse índice era de 35%. "O line up dos portos está gigantesco. Haverá aglutinação em março porque o que não foi cumprido em fevereiro terá de ser escoado neste mês", avalia Pereira.

 

Investimentos - Puga destaca que a ampliação da formação bruta de capital fixo no país cresceu muito nos últimos anos, com a colaboração do BNDES. Os investimentos que contaram com a colaboração do banco oficial chegaram a R$ 987 bilhões entre 2006 e 2009. Esse montante deve subir, segundo o presidente do banco, Luciano Coutinho, para R$ 1,6 trilhão até 2014. "A concessão de empréstimos pelo BNDES, que atende todos os setores, ocorre com grande controle, o que gera um nível de inadimplência mínimo, 0 2% em 2010 e 2009", disse Puga. (Gazeta do Povo)

INDÚSTRIA: Produção cresce 9% em janeiro no Paraná

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A produção industrial do Paraná cresceu 9% em janeiro, em relação a dezembro, ficando bem acima da média nacional (0,2%). O resultado foi o segundo melhor do País, atrás do Espírito Santo (9,4%), mas à frente de Bahia (2%) São Paulo (0,7%), Santa Catarina (-0,4%), Minas Gerais (-1,2%), Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul (-2,3%). No acumulado dos últimos 12 meses, o avanço do Paraná foi de 14,8%, também acima da média nacional (9,4%). Os dados foram divulgados na sexta-feira (04/03), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Paraná Competitivo - Para o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, o recente lançamento da nova política fiscal do Estado com o programa Paraná Competitivo vai criar condições para a manutenção dos índices positivos: "Temos hoje uma política fiscal flexível e inteligente para atrair investimentos nacionais e internacionais. Da mesma forma vamos dar total suporte aos empresários já instalados aqui no Estado". Ricardo lembra que o Paraná Competitivo já começou a mostrar resultados. Na quarta-feira, o governador Beto Richa assinou protoloco de intenções com a empresa Potencial Petróleo para a construção de uma usina de biodiesel na Lapa, com investimentos de R$ 87 milhões e a geração de pelo menos 120 empregos diretos. "Esse foi o primeiro empreendimento do Paraná Competitivo, mas já temos outros 11 autorizados, que somam mais de R$ 265 milhões de investimentos e devem abrir mais de 3,5 mil postos de trabalho", detalha Ricardo Barros.

 

Setores - Entre os setores com resultado positivo na comparação de janeiro com o mesmo mês do ano anterior, destacam-se edição e impressão (115,2%), madeira (18,8%), produtos de metal (14%), minerais não metálicos (13%), mobiliário (12,2%), bebidas (10,4%), alimentos (9,3%), veículos automotores (8,3%), celulose e produtos de papel (2,5%), refino de petróleo e álcool (1,5%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,4%). Apresentaram resultados negativos os segmentos de máquinas e equipamentos (-2,2%), borracha e plástico (-5,1%) e outros produtos químicos (17,2%).

 

Destaques - De acordo com Fernando de Lima, pesquisador do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a produção de materiais didáticos, automóveis, móveis e madeira, derivados da soja, rações, café solúvel, cimento e massa de concreto foram os produtos que mais se destacaram. Ricardo Kureski, pesquisador do Ipardes e professor da PUC-PR, acrescenta que o crescimento da produção da indústria de produtos de madeira se deu pelo aumento do volume exportado. Comparando-se janeiro de 2011 com janeiro de 2010, a produção industrial paranaense cresceu este ano 18,4%, enquanto na média nacional o crescimento foi de 2,5%. (AEN)

CÓDIGO FLORESTAL II: Setor produtivo pede agilidade na votação do relatório

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Representantes do governo e do setor produtivo do Paraná organizaram uma comitiva e foram a Brasília pedir agilidade na votação das alterações do Código Florestal. As lideranças se preocupam que a nova lei entre em vigor em junho deste ano sem as alterações propostas pelo relator Aldo Rebelo. O presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Ágide Meneguette, destacou a necessidade de aprovação do documento e fez um apelo aos deputados para que o tema seja encaminhado ao plenário da Câmara com prioridade. "O decreto federal sobre o Código Florestal já foi prorrogado por duas vezes, em julho e dezembro de 2009. Isso tem causado uma incerteza muito grande nos agricultores, que não sabem o que fazer diante dessa situação", completou o presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski. O secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, afirmou que a falta de uma solução para a questão é prejudicial aos produtores e tem representado ainda um acúmulo de trabalho nos órgãos públicos vinculados à secretaria de Meio Ambiente. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)