Notícias representação
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Acontecem, na próxima terça-feira (08/11), as eleições que definirão os rumos do Sistema Confea/Crea, do qual faz parte o Crea-PR-Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná. O pleito está agendado das 9h às 19h em todo o País, e, no Paraná, envolverá um universo de cerca de 40 mil profissionais. No Brasil inteiro, o número sobe para 800 mil votantes, em um universo de cerca de um milhão de profissionais. As eleições institucionais decidem o novo presidente do Confea-Conselho Federal, do presidente do Crea-PR, Conselheiro Federal, Diretor Geral e Administrativo da Mútua-Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea-PR.
Importância - “Os profissionais das áreas tecnológicas que os Conselhos representam estão presentes em todos os setores, e a sua importância aumenta consideravelmente em um momento como o atual, com um Brasil que se desenvolve em patamares inéditos, com uma imensa demanda no setor de infraestrutura”, explica o presidente em exercício do Crea-PR, engenheiro civil André Gonçalves. “As eleições não são obrigatórias, por isso temos que mobilizar os profissionais a comparecer às urnas e exercer o seu direito à cidadania, mostrando com responsabilidade quais caminhos serão seguidos nos próximos anos e quais os compromissos econômicos e sociais que assumiremos daqui para frente”, adiciona.
Candidatos - Concorrem às eleições os seguintes candidatos: para presidente do Confea, o engenheiro agrônomo Álvaro Cabrini Jr (presidente licenciado do Crea-PR), o engenheiro mecânico Francisco Machado da Silva, o engenheiro civil José Tadeu da Silva e o tecnólogo Luis Fernando Buch. Para presidente do Crea-PR: engenheiros civis Gilberto Piva e Joel Kruger. Para conselheiro Federal: engenheiro civil Ivo Mendes Lima (titular)/engenheiro civil João Kovalechyn (suplente) e engenheiro civil Francisco José Teixeira Ladaga (titular)/engenheiro civil Luz Mitsuaki Sato (suplente). Para diretor Geral da Mútua: técnico em Eletrônica Waldir Aparecido Rosa. Para diretor administrativo: engenheiro agrônomo Paulo Gatti Paiva.
Locais de votação - Os locais de votação e demais informações podem ser acessados no site www.crea-pr.org.br (Assessoria de imprensa do Crea-PR)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Vários eventos estão sendo promovidos pelas cooperativas em todas as regiões do Estado, com apoio do Sescoop/PR. Clique aqui e confira a programação.
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O Sistema Ocepar promove o curso “Implantação de florestas de eucalipto”, nos dias 10 e 11 de novembro, na sede da Cooperativa Copacol, em Cafelândia, Oeste do Estado. Além de tratar sobre o cultivo, a ideia é preparar e promover a atualização dos participantes também para questões ligadas ao financiamento e manejo de florestas comerciais de eucalipto. O curso é destinado a profissionais de assistência técnica das cooperativas do Paraná Mais informações com Leandro Macioski (
Clique aqui e confira a programação completa da capacitação Implantação de Florestas de Eucalipto
Fórum das Fiações acontece em Campo Mourão
Representantes da área comercial, industrial e técnica das fiações das cooperativas do Paraná e da Copasul, do Mato Grosso do Sul, participam, no dia 10 de novembro, às 9h, do Fórum das Fiações, promovido pela Ocepar na indústria da Coamo, em Campo Mourão, Centro-Oeste do Estado. O gerente de logística da Cooperativa Lar, Ademir da Silva, vai tratar do tema “Logística unificada no setor de exportação”. Também estarão em debate temas relacionados ao mercado de algodão e de fios, como preço, qualidade e disponibilidade; índice de rotatividade e absenteísmo; energia elétrica, entre outros. Os participantes devem confirmar presença até o dia 08 de novembro, com Aline Bernardo pelo e-mail
Clique aqui e confira a programação completa do Fórum das Fiações
Dois mil cooperativistas vão se reunir em Curitiba no dia 02 de dezembro
Dois mil representantes das cooperativas de todo o Estado são esperados em Curitiba, no dia 02 de dezembro, para comemorar as conquistas obtidas ao longo de 2011, no Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses. A programação contempla um painel com autoridades, coordenado pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, e que terá a presença do governador Beto Richa, ministros, senadores, deputados federais e estaduais, presidentes de entidades representativas e diretores da organização.
Palestras - Também serão apresentadas duas palestras: “Acelerando resultados para conquistar a liderança”, ministrada pelo consultor técnico da Ferrari, Clovis Tavares de Melo Filho, e “A música venceu”, com o maestro João Carlos Martins. No Encontro, haverá ainda a apresentação de talentos culturais do cooperativismo paranaense e homenagens.
Clique aqui e confira a programação completa do Encontro Estadual dos Cooperativistas Paranaenses
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Profissionais de assistência técnica das cooperativas do Paraná têm até esta sexta-feira (04/11) para efetuar as inscrições ao curso “Implantação de florestas de eucalipto”, promovido pelo Sistema Ocepar. A capacitação acontece dias 10 e 11 de novembro, na sede da Cooperativa Copacol, em Cafelândia, Oeste do Estado. Além de tratar sobre o cultivo, a ideia é preparar e promover a atualização dos participantes também para questões ligadas ao financiamento e manejo de florestas comerciais de eucalipto.
Informações - Mais informações com Leandro Macioski (
Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41- 3200 1128) ou com Gilson Martins (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41- 3200 1113).
Clique aqui e confira a programação completa da capacitação Implantação de Florestas de Eucalipto
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O Sistema Ocepar promove, no dia 10 de novembro, às 9h, o Fórum das Fiações, na indústria da Coamo, em Campo Mourão, Centro-Oeste do Estado. O evento vai reunir representantes da área comercial, industrial e técnica das fiações das cooperativas do Paraná e da Copasul, do Mato Grosso do Sul. O gerente de logística da Cooperativa Lar, Ademir da Silva, vai tratar do tema “Logística unificada no setor de exportação”. Também estarão em debate temas relacionados ao mercado de algodão e de fios, como preço, qualidade e disponibilidade; índice de rotatividade e absenteísmo; energia elétrica, entre outros.
Confirmação de presença - Os participantes devem confirmar presença até o dia 08 de novembro, com Aline Bernardo pelo e-mail
Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. . Mais informações podem ser obtidas com Robson Mafioletti ou Silvio Krinski pelo fone: (41) 3200-1100.Clique aqui e confira a programação completa do Fórum das Fiações
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Avaliar os avanços do cooperativismo na região em 2011 e os objetivos para o próximo ano. Este é um dos temas do Encontro de Casais Cooperativistas que será promovido em três etapas, nos dias 4, 17 e 18 deste mês, respectivamente em Rolândia, Cianorte e Maringá. A previsão é que, no total, 500 casais que exercem papel de liderança e formação de opinião em seus municípios, participem dos eventos. Realizado sempre no final de ano, o Encontro é também “uma oportunidade para fortalecer o relacionamento entre os participantes”, conforme salienta a coordenadora de Relação com o Cooperado da Cocamar, Cecília Adriana da Silva.
Imersão – De 9 a 11 deste mês, os integrantes dos grupos do programa Lidercoop na cooperativa fazem uma viagem de imersão em cooperativismo pela rota eslava-germânica, na região centro sul do Paraná. Iniciado em 2010, o Lidercoop, cujo objetivo é formar novas lideranças, possui duas turmas: uma com 60 cooperados da faixa etária de 18 a 30 anos, e outra com 50, para participantes acima de 30 anos. (Imprensa Cocamar)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O Sicredi, novamente, figura no Ranking da Agência Estado, desta vez referente ao terceiro trimestre de 2011. Dentre as instituições participantes, o Sicredi ficou entre as dez melhores no ranking TOP 10 Básico, que leva em conta as projeções para quatro indicadores: IPCA, IGP-M, Selic e Câmbio.
Proposta - A proposta do ranking é premiar as instituições cujas projeções para os principais indicadores econômicos do País mais se aproximaram da realidade. De acordo com Alexandre Barbosa, gerente de Análise Econômica e Riscos de Mercado do Banco Cooperativo Sicredi, "a intensificação dos problemas econômicos e financeiros nos EUA e na Europa seguem desafiando a capacidade preditiva a respeito do cenário econômico mundial e brasileiro. A presença do Sicredi no ranking sinaliza que, mais uma vez, estamos no caminho certo", ressalta. O reconhecimento também reitera o destaque em rankings importantes, como o Top Five do Banco Central, concedido ao Sicredi em 2008, 2009 e 2010 pela acuracidade nas projeções econômicas. (Imprensa Sicredi)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) divulgou na segunda-feira (31/10) o último relatório global, que apresenta as 300 maiores cooperativas do mundo. Juntas eles obtiveram 1,6 trilhão de dólares em receita, valor comparável à nona maior economia do mundo. A Cooperativa de Produtores de Cana-de-açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo, (Copersucar) está entre elas. Criada em 1959, a história da cooperativa é marcada pela superação de desafios e pelo pioneirismo num dos setores que, hoje, mais impulsionam a economia e as exportações brasileiras. O anúncio foi feito em Nova York (EUA), no mesmo dia em que a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou o Ano Internacional das Cooperativas.
Cerimônia - O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, acompanhou a cerimônia ao lado do presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg), Ronaldo Scucato, do conselheiro da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) Américo Utumi e do presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), senador Waldemir Moka.
Governança cooperativa - Para Freitas, a Copersucar fortaleceu a governança corporativa, concentrando a participação dos cooperados nos conselhos fiscal e de administração e profissionalizando a gestão. Adotou também práticas de governança semelhantes às de companhias de capital aberto, expondo seus resultados, cenários, produção, estratégias e expectativas, de maneira transparente e detalhada, a seus clientes, instituições financeiras e outros parceiros no Brasil e no Exterior. “Esta postura tem assegurado à cooperativa acesso a crédito de primeira linha e a conceituadas instituições financeiras no Brasil e no Exterior e o reconhecimento é mais do que justo”.
.
Modelo de risco mensurado - O relatório revela que o modelo de risco mensurado, com ênfase nas pessoas, proporcionou estabilidade, mesmo com a grande crise econômica, em 2008. O resultado do modelo cooperativo, segundo o documento, representa um contribuição importante para a economia e o bem estar social da população e da sua comunidade. “A diversidade e a robustez do modelo cooperativo estão baseados em princípios e valores” disse a presidente da instituição, Pauline Green. “Esta é a razão das cooperativas terem sobrevivido à crise financeira global, empregando mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo”, avalia a líder.
Setores analisados - O estudo analisou cooperativas dos seguintes setores econômicos: o agropecuário e florestal; banco e crédito, consumo, seguros, trabalho e industrial, saúde, utilidades entre outros. Mesmo fora do ranking das 300 maiores cooperativa, a Unimed do Brasil foi citada no relatório que pode ser conferido clicando aqui. (Informe OCB)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
A organização do Concurso Café Qualidade Paraná 2011 divulga nesta sexta-feira (04/11) os vencedores da nona edição do certame, em evento que terá início às 8h30, na Associação Cultural e Esportiva de Apucarana (Acea), com participação do secretário de agricultura e abastecimento Norberto Ortigara. Concorrem 19 finalistas, que superaram mais de 300 concorrentes em seletivas regionais nas categorias café natural e cereja descascado. Indústrias torrefadoras e cafeterias buscam esses grãos para produzir blends e séries de cafés especiais.
Regulamento – Para participar, o cafeicultor deve escolher a categoria em que deseja concorrer e inscrever lotes de no mínimo 10 sacas. Pequenos agricultores familiares podem competir com microlotes, de duas sacas.
Regiões - O Concurso Café Qualidade Paraná 2011 envolveu as regiões de Apucarana, Campo Mourão, Cianorte, Cornélio Procópio, Ivaiporã, Londrina, Maringá, Santo Antonio da Platina e Toledo. Todas elas realizaram concursos locais e enviaram o lote campeão de cada categoria para competir no certame de âmbito estadual. Finalizadas as seletivas regionais, uma comissão integrada por experientes provadores avalia os lotes nos quesitos doçura, acidez, corpo, sabor e balanço da bebida e seleciona quatro lotes em cada categoria, que serão conhecidos em Apucarana. O campeão é encaminhado para representar o Paraná no Concurso Nacional de Qualidade do Café, promovido pela Associação da Indústria do Café (Abic).
Concorrentes – Em ordem alfabética, os finalistas na categoria cereja descascado são Alisson Francisco dos Santos (Grandes Rios); Carlos Roberto Massa (Apucarana); Irineu Sella (Roländia); Luiz Boranelli (Curiúva) e Shige Sera (Congonhinhas). O prêmio de melhor café natural é disputado por Adão Santo Daré (Grandes Rios); Ademir Rosseto (Mandaguari); Benedito Lázaro Penachi (Jesuítas); José Leonardi (Cambé); José Pereira Batista (Carlópolis) e Nildo Kern (Apucarana).
Microlotes - Na disputa com microlotes classificaram-se Ailson Anelli (Cornélio Procópio); Antonio Faustino de Oliveira Filho (Carlópolis); João Paulino Neto (Terra Boa); Mário Alex dos Santos (Grandes Rios); Olívia A. F. Silva (Mandaguari); Patrick R. de Souza (Apucarana); Reginaldo Ferrer Lopes (Londrina) e Sebastão Afonso Oliveira (Jesuítas). Nesta classe não há distinção entre os métodos de preparo do grão para secagem – competem tanto produtores de café natural quanto de cereja descascado.
Produção – Há cerca de 90 mil hectares plantados com café no Paraná. Desse total, cerca de 76 mil hectares são constituídos de lavouras em plena produção, sendo mais de 60% delas conduzidas no sistema adensado. A produção familiar é predominante: das 13 mil propriedades que se dedicam à cafeicultura, 85% têm menos de 50 hectares. Neste ano, o Estado deve colher em torno de 1,8 milhão de sacas beneficiadas, com produtividade média de 24 sacas por hectare.
Realização - O concurso Café Qualidade Paraná é uma realização da Câmara Setorial do Café do Paraná; Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), por meio das vinculadas Iapar e Emater-PR; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café; Ministério da Agricultura e Abic. Também conta com o apoio de cooperativas, indústrias torrefadoras e empresas ligadas à cadeia produtiva da bebida. (Assessoria de Imprensa Iapar)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Após a publicação de sete portarias que dão mais clareza ao processo de licenciamento das grandes obras de infraestrutura, o governo se prepara para fechar o cerco às empresas com histórico ruim na elaboração de estudos de impactos ambientais. Em 2012, o Ibama deverá abrir ao público um banco de dados com informações sobre o desempenho dos escritórios que fazem os chamados EIA-Rima, numa tentativa de criar estímulos à qualidade dos estudos e de desestimular a contratação de quem tem má performance. "Essa informação vai estar disponível para todo empreendedor que quiser contratar novos estudos ambientais", explica a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Estudos ruins - Izabella, bióloga e funcionária de carreira do Ibama desde 1984, já viu muitos estudos ruins. Agora, com o aumento das obras de infraestrutura, esse problema tornou-se maior. "Há pessoal atuando sem registro técnico. Tivemos o caso de um empreendimento que trouxe uma equipe com 51 estagiários. Não dá", diz. Izabella avisa que não haverá tolerância com estudos de má qualidade. O Ibama e o empreendedor só terão uma única oportunidade para pedir e apresentar complementações aos estudos. "Se pedirmos uma complementação e ela se revelar insuficiente, o Ibama vai negar [a licença]. Está rejeitado, arquive-se e publique-se no "Diário Oficial". Não tem mais puxadinho no licenciamento."
Grandes e pequenas hidrelétricas - Na análise de grandes hidrelétricas, principalmente na Amazônia, o ministério tentará minimizar conflitos, trazendo entidades como a Fundação Nacional do Índio (Funai) para o início do processo de licenciamento. "Hoje não há obrigação nenhuma de prazo. O Ibama chama quando quer, fecha quando dá." Para as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), cujo trâmite sobe com frequência da esfera estadual para o Ibama, por determinação judicial, apesar da dimensão reduzida dos projetos, Izabella diz que fará uma ação coordenada com os Estados para apresentar ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) uma proposta de resolução com regras mais claras sobre o tema.
Fortalecimento - A ministra rechaça as avaliações de que o processo de licenciamento foi afrouxado e diz "estar rindo" de quem faz esses comentários. "As medidas fortalecem o licenciamento. Elas apostam na segurança jurídica e na segurança ambiental da tomada de decisão. Não existe nada, nos atos, que vá ameaçar a participação de órgãos ou os prazos de análise. Vai exigir maior preparação dos órgãos como a Funai e o Iphan no processo de licenciamento. Em vez de ações pontuais, uma ação contínua. É isso o que o governo determinou a essas instituições."
A seguir, os principais trechos da entrevista:
Valor: O licenciamento ambiental vai passar por um choque de gestão?
Izabella Teixeira: Modificamos uma série de processos dentro e fora do Ibama. Ainda há muito a ser feito para dizer que se trata de um choque de gestão, mas percebemos que decisões simples têm se revelado muito eficientes. Era insustentável o que estava ocorrendo com o processo de licenciamento.
Valor: Quais eram as principais críticas?
Izabella: Elas apontavam para alguns problemas. Primeiro, para a ausência de uma gestão coordenada dentro do sistema nacional de meio ambiente, ou seja, procedimentos aplicados em certos Estados não eram encontrados em outros. O Ibama, como órgão central de meio ambiente, vinha lidando, muitas vezes, com conflitos de competência. A segunda crítica é que muitas resoluções do Conama [Conselho Nacional do Meio Ambiente], capazes de levar mais celeridade ao processo de licenciamento, ainda não tinham sido traduzidas em procedimentos para que os órgãos ligados ao rito do licenciamento pudessem agir e levar segurança jurídica para o analista ambiental. Se o analista ambiental não tem regras, ele fica exposto. Qualquer servidor público precisa da regra clara. O fato de ela não existir gera incerteza.
Valor: A sra. pode dar exemplo dos efeitos que as mudanças vão gerar?
Izabella: Vamos pegar um caso de uma rodovia que exista há 40 anos, como a que liga Belém a Brasília. Ali a faixa de domínio está decretada. Não tem licença ambiental, porque foi construída antes da legislação do setor. Digamos que o empreendedor queira construir uma terceira faixa na rodovia, por questões de segurança. Seria na mesma faixa de domínio, portanto, de baixo impacto, sem desmatamento. Logo, deveria ser objeto de uma avaliação ambiental simples, e não de um estudo de impacto detalhado. Esse simples ato era prejudicado pela falta de regras. O que poderia ser autorizado em três meses, levava dois, três anos. Isso ocorreu várias vezes, pela ausência de critério.
Valor: Que resultado a sra. espera a partir dessas mudanças?
Izabella: Na realidade, o que estamos procurando é o fim dos advérbios usados no setor - essa ideia de que o impacto de tal obra é "extremamente" alto. A avaliação de impacto ambiental tem que ter métodos qualitativos e quantitativos. Licenciamento é um processo administrativo. É um instrumento de política, mas apoiado pelo suporte técnico de uma avaliação de impacto ambiental.
Valor: O governo parece ter feito a sua parte. O que a sra. espera dos empreendedores, agora, incluindo as grandes empresas, que precisam de licenças ambientais para obras?
Izabella: Essa reorganização vai exigir algo essencial: a qualificação das equipes que são contratadas por essas empresas. Hoje, há muitos estudos ruins, porque as equipes não são treinadas. Há pessoal atuando sem registro técnico. Acontece que agora passa a ser obrigatório o registro profissional de toda a equipe. Tivemos o caso de um empreendimento que trouxe uma equipe com 51 estagiários. Ninguém era graduado, mas estava assinando estudo de impacto ambiental (EIA). Não dá.
Valor: E as medidas que foram anunciadas coíbem isso?
Izabella: Estamos dividindo a responsabilidade com o empreendedor. Ou ele apresenta estudos que são corretos e permitam a tomada de decisão, ou terá que começar tudo de novo. Hoje é comum a situação em que uma empresa apresenta o EIA com estudos em parcelas. Agora, isso acabou. Estamos acabando com os puxadinhos dos estudos de impacto ambiental. Não tem mais puxadinho. Se pedirmos uma complementação, e ela se revelar insuficiente, o Ibama vai negar [a licença]. Está rejeitado, arquive-se e publique-se em "Diário Oficial". Então, dizem por aí que estamos afrouxando o licenciamento ambiental. Eu estou rindo de quem diz isso.
Valor: O governo tomará alguma atitude para banir os estudos mal feitos?
Izabella: Um dos próximos passos que tomaremos será, a partir dos estudos ambientais rejeitados, entrar no cadastro técnico federal. O Ibama tem uma lista de todas as pessoas jurídicas com potencial poluidor e de quem trabalha com estudos ambientais. Já sabemos quem é quem no Brasil, mas queremos a modernização do cadastro. Vamos discutir a viabilidade legal para expor os profissionais ruins, que têm seus estudos rejeitados, divulgando publicamente essa informação. Essa informação vai estar disponível para todo empreendedor que quiser contratar novos estudos ambientais.
Valor: As empresas e consultorias que estiverem nessa lista ficarão proibidas de fazer novos estudos ambientais?
Izabella: Proibidas não, mas terão sua performance divulgada. O empreendedor pode ir ao cadastro e obter informações sobre quem produziu o quê e por que o estudo foi rejeitado. Queremos aprimorar o controle da sociedade. Isso é para o ano que vem. Em seguida, vamos trabalhar no processo de informatização. O meu sonho de consumo é entregar o ministério com o processo de licenciamento todo informatizado, em meio digital, sem papel.
Valor: Há alguma mudança específica prevista para as hidrelétricas?
Izabella: Os projetos de grandes usinas sempre terão de ser suportadas por EIA. São projetos de grandes impactos. O que temos observado com atenção especial são os processos que envolvem as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
Valor: Por quê?
Izabella: Há uma situação que acontece muito com os órgãos estaduais, uma discussão que deverá ser levada ao Conama. Há muita PCH em andamento e há Estados, como o Rio Grande do Sul e Paraná, que fizeram estudos por bacia hidrográfica para aferir a cumulatividade de impacto. Ocorre que o Conama não tem regra para isso. É algo que ele, junto com os órgãos estaduais, poderia fazer.
Valor: Qual é o reflexo dessa limitação?
Izabella: Muitas ações judiciais de PCHs contra licenciamentos estaduais estão vindo parar no Ibama. São ações reclamando que os estudos não são bons, que a tomada de decisão é tendenciosa, tem de tudo. É comum a situação em que o juiz decide que o caso tem de ser tratado no Ibama. Isso acontece, porque não há regras no rito de PCHs. Está havendo um aumento de demanda, muito modulado pela Justiça, para que o Ibama entre licenciando essas usinas, que são de competência dos Estados.
Valor: Qual é a solução?
Izabella: O ministério está buscando uma ação coordenada com os Estados para propor uma norma, no âmbito do Conama, capaz de determinar como funcionará o licenciamento de PCHs, os trâmites, se precisa de audiência pública.
Valor: As experiências de licenciamento de grandes projetos hidrelétricos, principalmente na Amazônia, foram muito traumáticas até agora. Isso deve mudar?
Izabella: Estamos fazendo um processo de modernização. O fato de ter regras claras, qualificar as equipes e acabar com o achismo ambiental tende a minimizar os conflitos mais à frente. Vamos a um exemplo concreto. Hoje, quando vou elaborar um termo de referência de um projeto que envolva a questão indígena, eu chamo a Funai, que faz o seu estudo. Com a nova portaria, temos agora uma referência clara mostrando em que momento a Funai entra no processo. Não é mais um processo aleatório. Isso permite que a Funai chame os índios envolvidos desde o início. Ela não precisa mais esperar o EIA. Ao estabelecer os procedimentos, nós colocamos regra. Agora, depois que recebe o projeto do empreendedor, o Ibama tem dez dias para comunicar à Funai, que, por sua vez, passou a ter prazo de 15 dias para responder ao termo de referência. Estamos limpando a área. Hoje não há obrigação nenhuma de prazo, o Ibama chama quando quer, fecha quando dá. Muitas vezes o Ibama chama as instituições, mas elas nem vêm. Agora elas terão que comunicar o recebimento do processo e chamar formalmente a reunião com o Ibama. A partir de agora, as instituições acompanharão cada passo e terão de agir antes para que não paralisem o processo. (Valor Econômico)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, elogiou as medidas do governo para simplificar o processo de licenciamento ambiental. Para o empresário, a clareza maior de procedimentos e a definição de prazos impedem que órgãos como a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) atrasem os processos. "Esses movimentos de postergação são desgastantes para o empreendedor e geram prejuízos enormes. Às vezes, por meio de brechas legais e processuais, não conseguem negar projetos, mas conseguem adiá-los", afirma Godoy.
Instituições acionadas - A Abdib nota que, com o aumento da exploração do potencial energético e novos projetos de infraestrutura nas regiões Norte e Centro-Oeste, instituições como a Funai, o Iphan e o Instituto Chico Mendes serão cada vez mais acionados no processo de licenciamento. O problema é que, excluindo-se o Ibama, "as demais instâncias têm pouco compromisso com esses prazos, porque o licenciamento ambiental não é a sua atividade-fim", ressalta o presidente da Abdib.
Luz - "Vínhamos pleiteando e discutindo com o governo, em várias frentes, para dar mais racionalidade ao processo. Por isso, as portarias dão uma luz para que as coisas fiquem mais racionais e transparentes", afirma Godoy.
Contradição - Em boletim enviado aos seus associados para explicar as medidas, a Abdib desfaz uma aparente contradição: "É interessante notar que as novas regras aumentam o rigor do licenciamento ambiental para projetos de infraestrutura. Mesmo que mais rigoroso, o trâmite deve tornar-se mais eficiente e célere, pois as portarias esclarecem e padronizam centenas de requisitos ordinários necessários para a gestão do licenciamento federal".
Sugestão- A entidade sugere que Estados e municípios adotem regras semelhantes às anunciadas pelo Ministério do Meio Ambiente, a fim de agilizar obras que não vão para a análise do Ibama. Mas a Abdib pondera que as medidas recentes têm uma fragilidade: foram todas tomadas por meio de portarias. "As portarias são procedimentos administrativos de hierarquia inferior no arcabouço legal e, infelizmente, poderão ser alvo de questionamentos por instituições que não concordem com os princípios e normas que elas trazem ao licenciamento ambiental", afirma o boletim da Abdib. (Valor Econômico)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
A primeira alteração no contrato de pedágio no Paraná na gestão Beto Richa será formalizada nesta quinta-feira (03/11). Representantes do governo estadual e da concessionária Ecocataratas assinaram nesta manhã a inclusão da duplicação de 14,4 quilômetros na BR-277, entre as cidades de Medianeira e Matelândia, no Oeste do estado. A decisão de realizar a obra foi anunciada no final de setembro, depois que um acidente causou a morte de cinco pessoas. A pavimentação deve custar R$ 48 milhões e a forma como o valor será pago ainda está sendo negociada. A duplicação do trecho estava prevista no contrato original de pedágio, mas foi retirada em 2004 juntamente com outras obras, em um acordo para a redução em 30% no valor da tarifa.
Inclusão - O governo estadual negocia com as concessionárias a possibilidade de incluir a duplicação de toda a BR-277, que corta o estado, de Paranaguá a Foz do Iguaçu. A rodovia tem 731 quilômetros e destes apenas 196 são de pista dupla. Ainda mais prioritária em função do alto índice de acidentes é a duplicação do trecho de 80 quilômetros na BR-277 entre Cascavel e Medianeira, no Oeste do estado. Essa obra já está orçada em R$ 490 milhões em função de vários trechos com viadutos, pontes e trincheiras, excedendo o custo médio estimado por quilômetro. (Gazeta do Povo)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O preço da soja segue abaixo dos patamares de 2010 pela primeira vez neste ano no Paraná. O mercado abre nesta quinta-feira (03/11) pagando R$ 41,7 pela saca de 60 quilos da oleaginosa, valor 3,9% menor que o praticado em novembro do ano passado (R$ 43,4). Com a queda na cotação do dólar – que passou de R$ 1,89 para R$ 1,74 no último mês (-7,9%) –, o mercado interno passou a refletir a desvalorização internacional da commodity registrada nos últimos meses. Os preços internos ainda são considerados bons, mas preocupam os produtores, que podem ter faturamento menor que o previsto no auge das vendas, entre fevereiro e abril de 2012.
Demanda - Diante da crise que afeta mercados consumidores como Europa e Estados Unidos, a soja perde demanda e, consequentemente, cai de preço, explicam os especialistas. Isso só não ocorreria se os investidores apostassem mais na commodity. Além da soja, o trigo e o milho perderam cerca de 20% de seu valor na Bolsa de Chicago em setembro. Em outubro, a oleaginosa teve a maior queda entre essas três commodities: 9,17%, na comparação com setembro. O milho caiu 8,21% e o trigo, 7,07%. O dólar valorizado diante do real vinha amortecendo esse efeito no Brasil.
Colapso - A entrada da colheita americana no mercado e o avanço do plantio na América do Sul também contribuem para a derrubada dos preços internacionais, dizem o analistas. “As cotações estavam favoráveis até às vésperas do plantio da safra brasileira, mas entraram em colapso. O que ainda segura os valores é a demanda em alta e os estoques em baixa”, aponta a economista da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) Gilda Bozza.
Venda antecipada - Os produtores que venderam parte da produção antecipadamente conseguiram melhores preços que praticados nesta semana. É o caso de Leucir Brocco, de Pato Branco, no Sudoeste do Paraná, que acertou em cheio. Com 400 hectares de soja e 200 de milho, ele comercializou durante o plantio 35% e 50% da produção esperada, respectivamente. Conseguiu vantagem de R$ 4 por saca de soja e de R$ 1 por saca de milho na comparação com os preços atuais. Na safra anterior, não havia trabalhado com vendas antecipadas.
Produtor - Diante dos preços em queda, produtores como Dalci Martarello, de Vitorino (Sudoeste), gostariam de ter comprometido uma parcela maior da produção com negócios antecipados. Ele planta 60 hectares de soja e 45 de milho e vendeu, nessa ordem, 30% e 40% do que espera colher. No caso da oleaginosa, já tinha comercializado 50% da produção nesta época de 2010. Nos contratos que assinou, garantiu cotação de R$ 48 para a soja e R$ 24 para o milho, com vantagem de R$ 6 e R$ 1 por saca.
Dólar - O dólar chegou a R$ 1,90 em 22 de setembro e hoje vale R$ 1,74. Os picos atingidos pela moeda norte-americana funcionavam com barreira protetora do mercado interno para os preços que seguem cotações em dólar. “O preço das commodities agrícolas é atrelado ao dólar, o que influencia os negócios. O pessoal está esperando a moeda encontrar um patamar de equilíbrio para analisar o que fazer”, afirma o analista do mercado de soja Adriano Machado, da consultoria Safras & Mercado. (Gazeta do Povo)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
A queda do valor da soja tende a acentuar a tradicional entressafra de negócios entre o plantio e a colheita de verão. Os analistas ouvidos pela reportagem explicaram que os produtores fizeram bons negócios na safra passada e estão tendo custos de plantio relativamente baixos nesta temporada (pouco acima dos registrados em 2010, mas bem menores que a remuneração oferecida pelos grãos). Capitalizado, o setor não tem necessidade de vender a produção às pressas num cenário de preços oscilantes.
Como empresários - “Os produtores estão agindo como empresários rurais. Eles vão esperar e aproveitar os picos de preço para vender”, diz a economista Gilda Bozza. O fato de as vendas antecipadas terem aumentado nesta temporada é avaliado como um fator positivo. Por outro lado, não estão descartados reajustes nas cotações nos próximos meses, que podem inverter o quadro atual.
Estimativas - As estimativas mais aceitas entre os especialistas são de que 30% da soja a ser colhida no início de 2012 no Brasil já foram vendidos. O índice está 8 pontos além do considerado normal. No milho, os negócios também teriam sido acelerados, passando de 20%. O Paraná estaria com taxas pouco abaixo das nacionais e ainda tem cerca de 10% da safra da soja e do milho da safra 2010/11 para vender. Boa parte das vendas antecipadas refere-se a contratos de troca, em que o produtor se compromete a entregar parte da colheita em troca de insumos, a um preço prefixado. (Gazeta do Povo)