Notícias representação

 

 

COMMODITIES: Receita agrícola vai crescer menos em 2012, projeta RC

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

As turbulências financeiras concentradas na Europa, a difícil recuperação da economia americana e os reflexos dessa combinação sobre o crescimento de países emergentes e sobre os preços das commodities deverão resultar em um crescimento modesto da receita agrícola ("da porteira para dentro") das principais lavouras brasileiras em 2012, conforme projeções divulgadas na sexta-feira (04/11) pela RC Consultores.

 

Receita - Segundo o economista Fabio Silveira, da RC, os grãos (soja, milho, trigo, algodão, arroz e feijão, entre outros), deverão render receita conjunta de R$ 107,3 bilhões em 2012, 1,4% mais que em 2011 - quando o valor deve crescer quase 30% em relação a 2009 e alcançar sua máxima histórica, como apontam todos os levantamentos do gênero. Somadas as lavouras perenes, como cana, café, laranja e fumo, a receita das lavouras tende a subir para R$ 228,1 bilhões em 2012, 3% acima do ano passado.

 

Líderes - Segundo a RC, a receita total continuará a ser puxada pela soja, seguida por café, cana e milho. Para todos esses "líderes" - açúcar e etanol, no caso da cana -, a previsão de Silveira é de preços internacionais médios menores em 2012 do que neste ano, mas graças a volumes maiores de produção e vendas antecipadas em algumas cadeias, as receitas poderão subir. Trata-se, porém, de um cenário bem menos otimista que exigirá cautela por parte dos produtores brasileiros, especialmente os que foram impulsionados nos últimos anos pela alta das exportações.

 

IICA - Esse mesmo cenário está no radar do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). Na semana passada, a entidade enviou às principais autoridades agrícolas da região um diagnóstico indicando que, ainda que os países da América Latina e do Caribe estejam todos vulneráveis à crise nos países desenvolvidos, seus reflexos negativos tendem a ser mais sentidos por países exportadores de alimentos no curto prazo, por causa da queda de preços no mercado internacional, e pelos importadores no médio e longo prazos, em virtude da provável redução da produção derivada de preços menos estimulantes.

 

Capacidade de resposta - "A região não é uniforme em termos de sua capacidade de resposta ante uma crise, dado que alguns países são mais vulneráveis que outros por sua condição de alta dependência da importação de alimentos e de energia, baixas reservas monetárias e elevados níveis de endividamento e déficit fiscal", afirma documento assinado por Víctor M. Villalobos, diretor-geral do IICA. Conforme Villalobos, nos últimos dois anos os países da América Latina e do Caribe registraram em geral forte recuperação após as rachaduras globais provocadas pela quebra do banco Lehman Brothers, em setembro de 2008, graças ao fluxo de capital para a região, preços recordes das exportações de produtos básicos e expansão do crédito interno, mas uma freada é quase inevitável.

 

2010 - Em 2010, lembra o IICA, a região cresceu, em média, 6%. Para 2011, projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) já reduz a taxa para 4,5%, e o instituto acredita possível que em 2012 a expansão regional fique abaixo de 4%. (Valor Econômico)

ARGENTINA: Produção de etanol de milho ganhará força no país vizinho

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A crise energética na Argentina e as restrições às exportações de grãos no país estão, paradoxalmente, abrindo o caminho para a expansão da produção de milho no país. A próxima safra deverá ser marcada pela maior produção e plantio desde 1971.O crescimento poderá ser sustentado por parte dos 800 mil automóveis que o país está produzindo por ano. A expectativa é que até 2013 o país deverá estar produzindo 400 mil toneladas métricas de etanol de milho.

 

Cana - No ano passado, a Argentina produziu 120 mil toneladas de etanol de cana, montante que deve se elevar a 190 mil este ano. Mas os altos preços do açúcar e as limitações climáticas para a expansão da produção fizeram com que o setor sucroalcooleiro permitisse a mistura de apenas 2% do combustível na gasolina. A meta do governo era elevar este percentual para 5% já no próximo ano e chegar aos níveis brasileiros - 20% - em dez anos. Apenas três Províncias (Tucumán, Salta e Jujuy) produzem a cana. Já o milho é cultivado no país inteiro.

 

Crescimento - A área cultivada deve crescer cerca de 7%, segundo previsão do governo argentino, atingindo 4,9 milhões de hectares, mas o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima um produção 20% maior, da ordem de 27 milhões de toneladas. Mas não é o mercado externo que está animando os produtores.

 

Barato - "Aqui está o milho mais barato do mundo", afirmou Martín Fraguío, diretor executivo da Associação do Milho e do Sorgo Argentino (Maizar). Os exportadores conseguem colocar de 15 a 16 milhões de toneladas no exterior e o consumo interno responde por 8 milhões de toneladas. Segundo Fraguío, o governo retém hoje a expansão das exportações, estabelecendo cotas, e impõe uma retenção de 20% sobre as vendas externas. "A tonelada é negociada a US$ 163 em Rosario, e pode cair a US$ 100 em Salta", disse. A cotação de ontem do USDA para a tonelada era de US$ 283. É nesta conjuntura que o suprimento para fins de energia entra na equação.

 

Diesel e gasolina - Nos últimos oito anos, o consumo de diesel e gasolina cresceu 43% no país e a balança comercial caiu do setor energético deixou de ser superavitária em US$ 5,6 bilhões em 2006 para uma previsão de déficit este ano de US$ 3 bilhões. O agravamento do problema coincidiu com o início do programa argentino do etanol.

 

Cotas - Depois do investimento exclusivo no etanol de cana e no biodiesel de soja, o governo passou a oferecer cotas para o combustível de milho e créditos subsidiados do programa bicentenário, que são linhas financiadas com recursos vindos da estatização dos fundos de pensão, em 2008. "Dos cerca de US$ 600 milhões que estão sendo aplicados em cinco projetos, pelo menos US$ 100 milhões são de origem pública", comentou Fraguío.

 

Investimentos - Os dois maiores investimentos projetados são da ordem de US$ 200 milhões cada. O de maior capacidade de moenda deverá ser o da Promaiz, uma associação entre a empresa local AGD e a multinacional Bunge. O segundo é o da Associação das Cooperativas Argentinas, que reúne 50 mil pequenos produtores. A eles se somarão as usinas da Biocuatro, um grupo que reúne 20 produtores na Província de Córdoba e da Agroectano, de produtores de Salta. Também produzirá a Vicentin, que hoje já moi soja para a produção de biodiesel com a multinacional Glencore. (Valor Econômico)

INTERNACIONAL: Fundação Gates apresenta relatório sobre agricultura

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O potencial da agricultura no combate à fome e à miséria mundial foi destaque no relatório apresentado pela Fundação Bill & Melinda Gates na quinta-feira (03/11), durante reunião de cúpula do G20, na França. Conforme o documento, as economias emergentes representadas no grupo do G20, como o Brasil, tem desempenhado importante papel no impulso do progresso e desenvolvimento dos países mais pobres, principalmente nas áreas de saúde e agricultura. 

 

Iniciativas pioneiras - O relatório destaca ainda a importância de iniciativas pioneiras na produção e regulamentação de vacinas e sementes, como forma de fomento ao crescimento das nações mais necessitadas. Além da experiência do Brasil, China, México, Turquia e Indonésia são citados como exemplos a serem seguidos, com capacitação técnica adequada e criação de métodos que incentivem o desenvolvimento e inovação científica nos países mais pobres.

 

Parceria - A parceria brasileira que será firmada com Japão e Moçambique é mencionada no documento. A iniciativa vai auxiliar o país africano na adaptação do plantio de soja, arroz e outras culturas na savana africana, que tem clima e solo semelhantes ao cerrado do Brasil. O Japão ficará a cargo da atualização do sistema de infraestrutura moçambicano.

 

Assistência - Na última semana, a Gates Foundation anunciou mais uma parceria com o Brasil para compartilhar conhecimento sobre agricultura, saúde e vacinas com países africanos. O acordo é resultado da última visita que o diretor de Desenvolvimento Agrícola da fundação, Sam Dryden, fez ao Brasil em junho. Na ocasião, foram avaliadas a potencialidade de alguns setores agrícolas e os métodos mais eficientes para a formação de estoque alimentar. O desenvolvimento de novas tecnologias de apoio e fomento à agricultura em países africanos, desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), também está previsto na parceria da fundação com o governo brasileiro. Além de programas de cooperação científica com a empresa, ligada ao Ministério da Agricultura. 

 

História - A Gates Foundation é uma organização sem fins lucrativos. Criada em janeiro de 2000 pelo fundador da empresa Microsoft, Bill Gates. A organização tem como foco a melhoria das condições de vida de pessoas carentes, especialmente em países em desenvolvimento com problemas de extrema fome e pobreza. Confira a íntegra do relatório apresentado pela Gates Foundation na reunião do G20. (Mapa)

PROEX: Governo corta verba de apoio a exportador

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O governo fez um corte substancial nos recursos orçamentários do Proex, um dos principais instrumentos de crédito às exportações brasileiras. O Proex-Financiamento teve orçamento de R$ 1,3 bilhão neste ano e os representantes no Comitê de Financiamento e Garantia de Exportações (Cofig) propuseram elevá-lo para R$ 2,78 bilhões. Após o corte, o programa ficou com R$ 800 milhões.

 

Equalização - O Proex-Equalização, que cobre a diferença entre juros internos e externos, caiu de R$ 1 bilhão neste ano para R$ 400 milhões em 2012. O Ministério Planejamento argumenta que, se necessário, poderá complementar a verba, mas os projetos já previstos comprometem mais do que a quantia reservada, o que desestimula a busca de mercados. (Valor Econômico)

CLIMA I: La Niña fraco pode permitir safras recordes no Brasil

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A configuração de um La Niña mais fraco durante a temporada 2011/12 indica apenas problemas climáticos isolados para a produção de soja e milho do Brasil, disseram agrometeorologistas. E num cenário de crescimento de área plantada e maiores investimentos, as chances de safras recordes ficam maiores. O Brasil está na fase intermediária de plantio de soja e milho, os dois principais grãos produzidos no país, e ainda serão necessários pelo menos mais dois meses para que as culturas atinjam fases críticas em que chuvas são necessárias.

 

Preocupação - Mas no que depender dos modelos climáticos, e do que eles indicam em relação ao La Niña, o produtor não tem muito com o que se preocupar. "Pelo menos por enquanto, não tem nada tão alarmante", afirmou a agrometeorologista Ana Ávila, diretora do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp, parceira da estatal Embrapa.

 

Menor intensidade - O La Niña, fenômeno caracterizado pelo esfriamento das águas na região central do oceano Pacífico, tende a interferir no clima em algumas regiões brasileiras importantes produtoras de grãos. Mas neste ano ele se configura como menos intenso e ocorrerá em um período mais curto, explicam os especialistas. "A grande característica dessa La Niña, diferente da de 2010/11, é que ela vai ser de intensidade moderada, por isso que ela é 'light', mas estão falando isso porque ela vai ser de tiro curto, de curta duração", afirmou o agrometeorologista da Somar, Marco Antônio dos Santos.

 

Período - O La Niña na safra passada estendeu-se de junho de 2010 até o outono de 2011. O atual provavelmente começará na segunda metade da primavera, acabando no outono. "No que depender do fenômeno, os problemas serão mínimos", acrescentou Santos, lembrando que na safra atual o La Niña no Sul do Brasil deve ser marcado por alguns períodos de falta de chuva, que podem variar de uma semana a dez dias.

 

Chuvas - O La Niña pode causar a redução do volume de chuvas na metade sul do Rio Grande do Sul, no sudoeste do Paraná e oeste de Santa Catarina. Além disso, o fenômeno pode trazer chuvas intensas e concentradas em períodos de colheita no Centro-Oeste e Sudeste. Mas "a intensidade da La Niña a princípio vai ser bastante fraca, a diferença da temperatura do oceano Pacífico em relação à média está baixa, menos de um grau na região estudada. Então o reflexo não é tão significativo", ressaltou Samuel Braun, meteorologista do Simepar, do Paraná.

 

Cautela - No entanto, o La Niña tem feito alguns órgãos públicos e privados a manterem a cautela em relação à próxima safra, apesar de tudo indicar que o plantio de soja será recorde, em torno de 25 milhões de hectares, com produtores estimulados pelos bons preços das commodities agrícolas. Na safra passada, quando o tempo foi extremamente favorável apesar do desenvolvimento de um La Niña mais forte, a produtividade média da soja brasileira foi recorde, de 3.115 quilos por hectare, e a safra do segundo produtor mundial da oleaginosa superou 75 milhões de toneladas.

 

Conab - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgará na próxima quarta-feira (09/11) sua segunda previsão de safra 2011/12, terá a chance de rever seus números após a avaliação do mês passado refletir temores com o La Niña. Por ora, a estatal vê uma safra de soja de no máximo 73,3 milhões de toneladas, apesar do crescimento de 800 mil ha no plantio. No caso do milho, para a Conab, também poderá ser uma das maiores áreas da história, de 14,5 milhões de hectares.

 

Uso de fertilizantes - Isso num ano em que o uso de fertilizantes será recorde, assim como os investimentos em variada gama de biotecnologia, o que geralmente favorece o aumento da produtividade agrícola.

 

Chuvas no Centro-Oeste e Sudeste - "O grande problema que vejo pelo La Niña é o excesso de chuva na colheita de soja do Centro-Oeste e Sudeste", acrescentou o especialista da Somar, lembrando que isso não quebra a safra, mas pode afetar a qualidade. Já a agrometeorologista do Cepagri avalia que produtores ainda podem tomar algumas ações para evitar problemas com o La Niña, como o uso de sementes adequadas e o escalonamento do plantio para evitar que alguns períodos de estiagem afetem a safra como um todo. (Reuters / Agrolink)

AGENDA: Fórum das Fiações acontece em Campo Mourão

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Representantes da área comercial, industrial e técnica das fiações das cooperativas do Paraná e da Copasul, do Mato Grosso do Sul, participam, no dia 10 de novembro, às 9h, do Fórum das Fiações, promovido pela Ocepar na indústria da Coamo, em Campo Mourão, Centro-Oeste do Estado. O gerente de logística da Cooperativa Lar, Ademir da Silva, vai tratar do tema “Logística unificada no setor de exportação”. Também estarão em debate temas relacionados ao mercado de algodão e de fios, como preço, qualidade e disponibilidade; índice de rotatividade e absenteísmo; energia elétrica, entre outros. Os participantes devem confirmar presença até o dia 08 de novembro, com Aline Bernardo pelo e-mail Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.. Mais informações podem ser obtidas com Robson Mafioletti ou Silvio Krinski pelo fone: (41) 3200-1100.

 

Clique aqui e confira a programação completa do Fórum das Fiações 

 

Curso de implantação de florestas de eucaliptos, dias 10 e 11

O Sistema Ocepar promove o curso “Implantação de florestas de eucalipto”, nos dias 10 e 11 de novembro, na sede da Cooperativa Copacol, em Cafelândia, Oeste do Estado. Além de tratar sobre o cultivo, a ideia é preparar e promover a atualização dos participantes também para questões ligadas ao financiamento e manejo de florestas comerciais de eucalipto. O curso é destinado a profissionais de assistência técnica das cooperativas do Paraná Mais informações com Leandro Macioski ( Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41- 3200 1128) ou com Gilson Martins (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41- 3200 1113).

 

Clique aqui e confira a programação completa da capacitação Implantação de Florestas de Eucalipto

 

Dois mil cooperativistas vão se reunir em Curitiba no dia 02 de dezembro

Dois mil representantes das cooperativas de todo o Estado são esperados em Curitiba, no dia 02 de dezembro, para comemorar as conquistas obtidas ao longo de 2011, no Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses. A programação contempla um painel com autoridades, coordenado pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, e que terá a presença do governador Beto Richa, ministros, senadores, deputados federais e estaduais, presidentes de entidades representativas e diretores da organização.

 

Palestras - Também serão apresentadas duas palestras: “Acelerando resultados para conquistar a liderança”, ministrada pelo consultor técnico da Ferrari, Clovis Tavares de Melo Filho, e “A música venceu”, com o maestro João Carlos Martins. No Encontro, haverá ainda a apresentação de talentos culturais do cooperativismo paranaense e homenagens.

 

 Clique aqui e confira a programação completa do Encontro Estadual dos Cooperativistas Paranaenses

 

COCAMAR: Ano deve ser fechado com 25 núcleos femininos e 560 participantes

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Com 560 participantes, entre cooperadas e esposas de produtores associados, os 25 núcleos femininos mantidos pela Cocamar nas regiões onde atua (noroeste e norte do Estado), programam agora o calendário de atividades de 2012. O aumento de participações foi expressivo ao longo do ano, observa a coordenadora de Relação com o Cooperado, Cecília Adriana da Silva. No início de 2011, eram 445. Segundo ela, o principal objetivo dos núcleos é possibilitar que as mulheres conheçam melhor a cooperativa, o sistema cooperativista, bem como os desafios do setor em que estão inseridas. “Com isso, elas conseguem participar mais da administração das propriedades, ao lado dos maridos.”

 

Percentual - Atualmente, 12% do quadro de associados da Cocamar é composto de mulheres, algumas das quais reconhecidas pelo seu profissionalismo na agricultura. A produtora Cecília Falavigna está entre os principais destaques. Em 2011, ela foi premiada pela Cocamar por sua produtividade nos pomares de laranja, e ficou entre as primeiras, também, na lista dos sojicultores paranaenses com média mais alta. (Imprensa Cocamar

COAGRU: Cooperativa participa no desfile de aniversário de Ubiratã

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

AGRÁRIA: Museu de Entre Rios encerra atividades em sua atual sede

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Esta sexta-feira (04/11) é o último dia de funcionamento do Museu Histórico de Entre Rios em sua atual sede, ao lado do prédio da Cooperativa Agrária. Por isso, o horário de funcionamento se estenderá até às 18h (meia hora além do normal), sem intervalo para o almoço. A partir da próxima segunda-feira (07/11), a Fundação Cultural Suábio-Brasileira começa os trabalhos para a transferência do acervo ao novo prédio, que está em construção junto ao Centro Cultural Mathias Leh – uma preparação que se estenderá por várias semanas antes da mudança. A previsão é a de que o museu seja reaberto ao público no início de janeiro do ano que vem, por ocasião da festa dos 60 anos da imigração dos suábios do Danúbio para o distrito de Entre Rios.

 

Memória - Estabelecido pela Agrária para preservar a memória dos imigrantes suábios que fundaram a cooperativa e a comunidades em Entre Rios, o Museu Histórico foi instalado em seu atual espaço no ano de 1992. O prédio, inaugurado em 1970, havia sido a segunda sede da Agrária. Naquele momento, ao festejar 40 anos de fundação, a Cooperativa inaugurou sua atual sede (um edifício de três andares, de estilo alemão, situado também em frente à Praça Nova Pátria), transferindo para a nova construção todos os seus setores administrativos.

 

Visitantes - Nos quase 20 anos em que funcionou ao lado do prédio da Agrária, o museu recebeu, ao lado de alunos de escolas locais e da região, autoridades, diplomatas e agricultores do Brasil e do exterior, além de cooperativistas e jornalistas. No dia 15 de novembro de 2010, chuva de granizo que atingiu a área urbana de Entre Rios acabou por danificar o telhado, atingindo parte do acervo. Quase um ano depois, o clima entre a equipe do museu e os apreciadores da história, no entanto, é de animação: o novo espaço proporcionará modernas condições de acondicionamento e exposição do acervo e permitirá uma integração ainda maior com a comunidade. 

 

A segunda sede da Agrária - O prédio, que hoje é popularmente conhecido em Entre Rios como “o prédio do museu” foi, ao longo de 22 anos, a segunda sede administrativa da Agrária. Em formato de “U”, com linhas horizontais típicas de seu tempo, a construção foi inaugurada no dia 10 de novembro de 1970. À inauguração, além de dirigentes da Cooperativa, estiveram presentes autoridades da época (conforme descrito na placa comemorativa): o ministro da agricultura, Luiz Fernando Cirne Lima; o diretor do Banco do Brasil, Jorge Babot Miranda; o secretário de agricultura Oscar F. Amaral; e o prefeito de Guarapuava, Moacir Júlio Silvestri. (Imprensa Agrária)

RAMO CRÉDITO: Sicredi participa da 21ª Convenção Anual da Faciap

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Entre os dias 6 e 8 de novembro, o Sicredi vai participar da 21ª Convenção Anual da Federação de Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), em Foz do Iguaçu/PR. O Sicredi montou um estande temático no evento, chamado "Café com o Sicredi", no qual servirá cafés especiais aos visitantes. A ideia é utilizar o espaço para divulgar os produtos e serviços financeiros do Sistema e apresentar os benefícios do modelo de cooperativismo de crédito.

 

Presenças - A convenção deve reunir cerca de dois mil empresários do Estado e terá as presenças da presidente Dilma Rousseff e do governador do Paraná, Beto Richa. O objetivo do evento é debater o papel das Associações Comerciais e Empresariais no ambiente socioeconômico das micro e pequenas empresas, para estimular a capacidade competitiva no mercado, gerando emprego e renda.

 

Nurse tem o apoio do Sicredi - Em abril deste ano, a Central do Sicredi PR/SP renovou o apoio ao Núcleo de Responsabilidade Social e Sustentabilidade Empresarial (Nurse). O programa da Faciap tem o objetivo de integrar ações econômicas, ambientais e sociais - desenvolvidas tanto pela federação, quanto por associados e parceiros - para que se dirijam ao mesmo fim, de forma sustentável. (Imprensa Sicredi)

ANO INTERNACIONAL: FAO cita Brasil como modelo de cooperativismo

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

As três agências das Nações Unidas de combate à fome lançaram, na segunda-feira (31/10), em Nova York, o Ano Internacional das Cooperativas: 2012. O projeto pretende incentivar essa prática em todo o mundo porque, com ela, pequenos agricultores conseguem se organizar e negociar preços melhores com grandes empresas. As Nações Unidas creem que esta é uma forma de combater a fome e aumentar a segurança alimentar no planeta. O projeto cita o Brasil como exemplo bem sucedido de cooperativas agrícolas.

 

PIB - De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), as cooperativas foram responsáveis por 37,2% do Produto Interno Bruto (PIB) da agricultura brasileira em 2009 e responderam por 5,4% do PIB do País naquele ano. A receita das cooperativas com exportações somaram US$ 3,6 bilhões em 2009.

 

Outros locais - O Brasil não é o único local onde as cooperativas prosperaram. Nas Ilhas Maurício, as cooperativas são responsáveis por 60% da produção agrícola. Além da FAO, o Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (IFAD) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) participam do projeto.

Fontes de melhoria de vida - Segundo a FAO, as cooperativas são importantes fontes de melhoria de vida para pequenos produtores agrícolas e para suas famílias. Pequenos fazendeiros conseguem obter preços mais baixos quando compram juntos insumos agrícolas como sementes, fertilizantes e equipamentos. De acordo com as agências, as cooperativas também oferecem aos agricultores a oportunidade de atingir mercados que não seriam capazes de alcançar se trabalhassem sozinhos.

 

Receita - A FAO afirma que, em 2008, as 300 maiores cooperativas do mundo de diferentes setores obtiveram receita de US$ 1,1 trilhão, “comparável à de muitos países grandes”, segundo a agência. Naquele ano, segundo a FAO, as cooperativas de todas as áreas geraram 100 milhões de empregos, 20% a mais do que as companhias multinacionais. A agência acrescenta que as cooperativas permitem o desenvolvimento sustentável do emprego no meio rural e permitem que os pequenos agricultores tenham acesso a treinamento e a avanços tecnológicos no campo.

 

Benefícios e impactos - Durante todo o ano de 2012, as agências da ONU de combate à fome prometem levar aos pequenos agricultores informações que mostrem os benefícios das cooperativas e o seu impacto no desenvolvimento socioeconômico, ajudar governos e autoridades a incluir os pequenos agricultores nas leis, projetos e políticas para o setor e promover o diálogo entre cooperativas, agricultores, governos e instituições de pesquisa em busca das melhores formas de desenvolver esta prática. (Ministério das Relações Exteriores

CÓDIGO FLORESTAL: Projeto deve seguir para Plenário dia 22

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O relatório do senador Jorge Viana (PT-AC) sobre o projeto de reforma do Código Florestal deve ser votado no próximo dia 22 na Comissão de Meio Ambiente (CMA), seguindo então para decisão final em Plenário. A previsão é do presidente da CMA, senador Rodrigo Rollemberg (PSD-DF), que marcou a data depois de entendimentos com Jorge Viana.

 

Tramitação - O projeto (PLC 30/2011) tramita neste momento nas comissões de Ciência e Tecnologia (CCT) e de Agricultura (CRA), onde é relatado pelo senador Luiz Henrique (PMDB-SC). A votação do relatório do senador catarinense está marcada para a próxima terça-feira (08/10), quando então a matéria seguirá para a CMA, última comissão antes do Plenário.

 

Apresentação do voto - Conforme Rollemberg, Jorge Viana apresentará seu voto na CMA no dia 16, quando deve ser concedida vista coletiva e marcada a votação do texto para a semana seguinte, no dia 22. Assim como ocorreu nas comissões de Ciência e Tecnologia e de Agricultura, também na CMA deverá ser feito acordo para que, após a leitura do relatório, emendas ao texto sejam feitas por destaque, o que regimentalmente evita novo pedido de vista.

 

Ajustes - Rollemberg acredita que os entendimentos em torno do novo código estão praticamente concluídos, havendo espaço para poucas mudanças. Ele vê a possibilidade de alterações nas regras para as cidades e a inclusão de capítulo específico de proteção da agricultura familiar. O senador também aponta outros possíveis ajustes, como a inclusão de norma para a recuperação de Área de Preservação Permanente (APP) em rios acima de dez metros de largura.

 

Recomposição - O relatório de Luiz Henrique já prevê que, para rios com até essa largura, seja obrigatória a recomposição de apenas 15 metros de mata ciliar, e não 30 metros, que é a norma para APPs ripárias em rios com até dez metros de largura. Mas o texto é omisso quanto às regras de recomposição de matas nas margens de rios mais largos.

 

Audiências - Para subsidiar os senadores da CMA na votação da matéria, a comissão realizará três audiências públicas na próxima semana. Na quarta-feira (9), serão discutidas questões relativas às cidades; na quinta-feira (10), os senadores ouvem representantes dos comitês de bacias; e na sexta-feira (11), discutem a proteção das florestas. Também visando ampliar o conhecimento sobre o assunto, será realizada uma visita ao Mato Grosso, quando os parlamentares conhecerão locais onde foram realizadas experiências bem sucedidas de recuperação de áreas de preservação.

 

Câmara dos Deputados - Após a votação em Plenário, o projeto voltará para a Câmara dos Deputados, para exame das mudanças feitas pelos senadores. Os relatores Luiz Henrique e Jorge Viana trabalham para que as alterações contidas em seus votos sejam negociadas também na Câmara, para evitar a rejeição do texto. No mesmo sentido, o governo tem participado dos entendimentos, para que a Presidência da República não venha a vetar partes do projeto.

 

Incentivos econômicos - Por conta desses entendimentos, por exemplo, Luiz Henrique não acatou emendas para incluir na nova lei florestal incentivos econômicos para recuperação e manutenção de áreas florestadas. Como as fontes para o pagamento por serviços ambientais devem incluir recursos orçamentários, o governo quer tratar a questão em lei específica, a ser enviada ao Congresso. (Agência Senado)

ABC: Plano de Agricultura de Baixo Carbono é debatido no Senado

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Produtores que trabalham reduzindo emissões de gás carbônico poderão receber incentivos do Governo para suas propriedades. A Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas realizou na última terça-feira (01/11) audiência pública no Senado Federal para debater o Programa de Agricultura de Baixo Carbono e ações que visem a alcançar os objetivos estabelecidos na Política Nacional sobre Mudanças do Clima. “A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) incentiva a execução do programa ABC, que promove o sequestro de carbono por meio de técnicas que melhoram a eficiência energética dos processos produtivos e, por conseqüência, aumentam a competitividade do produtor brasileiro”, explica o analista de Ramos e Mercados da instituição, Marco Olivio Moratto.

 

Vitrine - Segundo Moratto, o programa ABC funciona como vitrine para os mercados consumidores, comprovando a sustentabilidade da produção agropecuária brasileira. “Por vezes nossa agricultura é encarada, erroneamente, como prejudicial. Essa é mais uma forma de provarmos que é possível produzir e contribuir para o meio ambiente, ajudando, neste caso, na mitigação do aquecimento global”, analisa.

 

Mercado de carbono e serviços ambientais - O relator da Comissão, deputado Márcio Macêdo, trouxe em seu relatório final argumentações sobre a regulamentação do comércio de carbono e serviços ambientais. Especialistas destacaram a importância dessa legislação para o sucesso da Política Nacional de Mudanças Climáticas no Brasil.

 

Incentivo - Macêdo ressaltou que o governo tem políticas de incentivo para diversas atividades, do agronegócio à agricultura familiar, mas não incentiva quem mantém áreas de floresta nativa. "Trata-se de uma realidade que se impõe. Acho que essa matéria transcende a discussão de ordem ambiental, atinge também a ordem econômica. É preciso gerar benefícios para quem preserva", afirmou.

 

Em análise - O secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Eduardo Assad, disse que o tema já está sendo analisado por sua pasta e pelos ministérios da Fazenda, da Agricultura e de Ciência e Tecnologia, mas depende do texto definitivo do novo Código Florestal, em discussão no Senado. Ele explicou que também é necessário definir critérios de como será medido e quanto valerá o carbono em cada bioma.

 

Programa ABC - O programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) foi criado em junho de 2010 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com a meta de aliar produção de alimentos e bioenergia com redução dos gases de efeito estufa. De acordo com informações do Mapa, o programa incentiva processos tecnológicos que neutralizam ou minimizam os efeitos dos gases de efeito estufa no campo a serem adotados pelos agricultores nos próximos anos.

 

Plano Agrícola - As ações do programa ABC estão inseridas no Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 e preveem aplicação de R$ 2 bilhões em técnicas que garantem eficiência no campo, com balanço positivo entre sequestro e emissão de dióxido de carbono. Estão garantidos recursos a agricultores e cooperativas com limite de financiamento de R$ 1 milhão por beneficiário. O crédito será financiado com taxas de juros de 5,5% ao ano e prazo de desembolso de 12 anos. (Informe OCB)

CAFÉ: Modelo difundido pela Emater dobra produtividade da lavoura

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, visitou nesta quinta-feira (03/11) o município de Grandes Rios para ver de perto o desenvolvimento da sua cafeicultura, fruto do trabalho integrado entre o serviço oficial de assistência técnica e extensão rural, Associação dos Cafeicultores de Grandes Rios (Acafé) e Prefeitura local.

 

Produtividades recordes - Com este apoio, os produtores estão investindo na produção de cafés de excelente qualidade e obtendo produtividades recordes que passam de 125 sacas de produto limpo por alqueire. Ortigara esteve acompanhado pelo diretor-presidente da Emater, Rubens Niederheitmann, e o diretor-técnico Natalino Avance de Souza. Na cidade, foi recebido pelo prefeito Sílvio Daineis Filho, lideranças, agricultores e técnicos.

 

Propriedade - O primeiro encontro foi na propriedade do agricultor Adão Santo Daré, que num sítio de 12,7 hectares dedica 4,5 hectares para a cultura do café. Ele produz a média de 52 sacas por hectare com a expectativa de colher na próxima safra mais de 100 sacas. A média estadual é de 23 sacas por hectare. Ortigara conheceu no local o modelo tecnológico difundido pela Emater em Grandes Rios para produção de café com qualidade e alta produtividade. “É uma propriedade que buscou apoio técnico na Emater e junto com o extensionista fez uma lavoura diferente, que produz resultados. O que vimos aqui é uma verdadeira indústria de produzir café. Um exemplo já adotado por produtores da região e que a gente fará todo o esforço para difundir ainda mais para todas as regiões produtora do Paraná”, destacou o secretário.

 

Exemplo - Na avaliação de Rubens Niederheitmann, a experiência que o secretário conheceu em Grandes Rios é exemplo do modelo de trabalho que o serviço oficial de extensão rural vem adotando em todo o Estado. “Nós queremos o nosso técnico mais próximo do agricultor. E essa ação que vimos aqui mostra bem isso. São propriedades de referência e que ajudam, de forma prática, no local, fazer a difusão de um modelo de produção que respeita o meio ambiente, gera renda e melhora as condições de vida das famílias assistidas”.

 

Explicação - Nelson Menoli Sobrinho é o extensionista que presta assistência aos produtores e assessora a Associação dos Cafeicultores. Coube a ele explicar como está sendo obtido esse resultado. “Recomendamos aos plantadores, nas lavouras feitas no sistema semi-adensado, fazer a poda em partes dessa plantação. É poda de esqueletamento, que retira os ramos laterais, e a poda de decote, com corte do ponteiro da planta a uma altura de 1,7 metro. A finalidade é aproveitar 100 por cento o potencial produtivo da planta em uma safra, com produção zero no ano seguinte”.  Sem a aplicação dessa prática de manejo, a tendência é o cafeeiro produzir todos os anos. Porém, com boa produtividade num ano e baixa produção no outro.

 

Tese reforçada pelo agricultor - O cafeicultor Adão Santo Daré reforça a tese apresentada por Menoli. “Hoje temos que trabalhar assim. Isso porque a mão de obra está cada vez mais escassa e cara. Além de ser vantajoso para o produtor, ajuda também o município liberando gente para trabalhar em outras áreas”, diz. Para ele, além aumentar a produtividade, o sistema recomendado pela Emater contribui com a melhoria da qualidade do café colhido.

 

Proposta - Segundo Menoli, a proposta tecnológica traz vantagens para o produtor, mas por outro lado exige uma assistência técnica mais efetiva. “Isso para que o cafeicultor possa fazer um bom manejo das lavouras, trabalhar bem o procedimento de desbrota, manejar de forma adequada a fertilidade do solo e controlar de forma racional tanto pragas quanto doenças”. O extensionista usa a prática de manejo da fertilidade do solo para explicar melhor a importância desses cuidados. “Se faltar nutrientes no solo, a planta acaba consumindo reservas acumuladas nos ramos, folhas e raízes para nutrir os frutos em formação. Neste caso, comprometendo a brotação dos ramos produtivos após a poda e até inviabilizando as colheitas futuras”.

 

Visita - Na visita à sede da Acafé, Norberto Ortigara conheceu as várias iniciativas conduzidas pela organização assessorada pela Emater e que estão melhorando os resultados econômicos de seus 62 associados, e de pelo menos outras 180 famílias parceiras deles. A Associação foi criada em 1995, depois que uma geada forte, em 1994, motivou o fechamento do entreposto da Cocamar. Na Associação, Ortigara conheceu o trabalho feito pelo Centro de Classificação Física e de Degustação que até o início deste ano era atendido exclusivamente pelo engenheiro agrônomo da Emater, Nelson Menoli Sobrinho, classificador e degustador oficial do Ministério da Agricultura.

 

Ajuda - Agora, o extensionista conta com a ajuda de pelo menos outros oito produtores que, com a instrução do próprio Menoli, se tornaram também classificadores e degustadores depois de participar de um curso com duração de 250 horas. “Já estamos contabilizando os benefícios desse trabalho. Os produtores agora fazem a avaliação dos próprios lotes e de lotes de cafeicultores vizinhos. Com isso, fiquei liberado para outras atividades de assistência técnica. Como avanço, devemos destacar ainda a produção, pela primeira vez no município, de cafés tipo cereja descascado”, relata Menoli. (Assessoria de Imprensa Emater)

VENDAS EXTERNAS I: Embarque das líderes do agronegócio cresce mais do que a média

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Apesar das quedas recentes, o elevado patamar de preços das commodities agropecuárias em geral no mercado internacional continua a impulsionar as exportações das empresas do agronegócio radicadas no país. Levantamento completo da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostra que 15 empresas do setor ficaram entre as 40 maiores companhias exportadoras do país de janeiro a setembro deste ano, mais ou menos a média normal. Todas registraram crescimento nas receitas com os embarques em relação a igual intervalo de 2010. Das 15, cinco continuaram entre as dez primeiras, como em igual intervalo de 2010, mas com taxas de incremento em geral superiores à média.

 

Valor exportado - Essas cinco primeiras - Bunge, Cargill, ADM, JBS e Louis Dreyfus Commodities, só a JBS de origem nacional -, apontam cálculos realizados pelo Valor, exportaram o equivalente a US$ 14,9 bilhões nos primeiros nove meses deste ano, 38% mais que de janeiro a setembro de 2011. O total geral aumentou 31,1% na comparação, para US$ 190 bilhões.

 

Incremento - No universo das 40 maiores exportadoras, que inclui as líderes Vale e Petrobras, que também foram beneficiadas pelo aumento de preços nos mercados de commodities em que atuam, a taxa conjunta de incremento nesse período foi de 40,8%, para pouco mais de US$ 101 bilhões, ou mais de 53% do total apurado pela Secex. Até setembro de 2010, as "40 mais" responderam por 49,7% do total.

 

Bunge - Tradicional líder das exportações do campo brasileiro, a Bunge, sediada nos Estados Unidos, obteve US$ 5,1 bilhões em receitas com seus embarques nos primeiros nove meses deste ano, quase 43% acima do mesmo intervalo de 2010. As recentes baixas dos preços internacionais das commodities, ligadas às turbulências em países desenvolvidos, estão no radar, mas ainda não chegam a provocar arrepios.

 

Problemas financeiros globais - "Temos que ter uma atenção especial em função dos problemas financeiros globais, sobretudo na Europa, mas também nos EUA. E uma das questões mais importantes é como isso tudo vai afetar a China", afirma Adalgiso Telles, diretor corporativo da Bunge Brasil. A China manteve-se como principal destino das exportações do agronegócio brasileiro de janeiro a setembro, com compras de US$ 13,3 bilhões, salto de 35,1%. Por outro lado, as exportações chinesas têm como principal destino os EUA. Mais em www.mdic.gov.br (Valor Econômico)

VENDAS EXTERNAS II: Índia deve superar EUA na exportação de carne

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Com um produto mais barato, a Índia deve desbancar os Estados Unidos do terceiro lugar no ranking dos maiores exportadores mundiais de carne bovina, mercado que também inclui a de búfalos. Dados divulgados na quinta-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostram que os embarques indianos deverão crescer 16% em 2012, para 1,275 milhão de toneladas, acima das 1,25 milhão de toneladas que tendem a ser embarcadas pelos americanos.

 

Exportações globais - A taxa de avanço indiano é também três vezes superior que a das exportações globais, segundo o órgão americano. Com uma população massivamente vegetariana, a Índia tem um baixo consumo interno de carne e um crescente rebanho de búfalos que suprem a demanda por produtos lácteos do país.

 

Clientes - Assim, a carne dos animais abatidos é vendida a clientes do Oriente Médio, do Norte da África e da Ásia, que têm no preço o principal fator de compra, afirma Fernando Sampaio, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Exportadores de Carnes (Abiec). "A Índia é um concorrente importante, mas é difícil saber o quanto eles vão avançar e afetar o Brasil", acrescenta Sampaio, destacando que os clientes da Ásia e do Oriente Médio representam, pelo menos, um terço das exportações brasileiras.

 

Diferenciais - Os diferenciais indianos estão no posicionamento geográfico estratégico, que permite um menor custo de frete, e no próprio preço da carne, que é menor, explica o zootecnista Gustavo Aguiar, analista da Scot Consultoria.

 

Custo - A estimativa da Abiec é de que a carne indiana chegue ao Oriente Médio a um custo de cerca de dois terços do mesmo corte brasileiro - ou até menos -, segundo Sampaio. A questão cambial no Brasil também é um fator redutor de competitividade, acrescenta ele.

Carne desossada - A Índia, afirma, está muito presente no mercado de carne desossada. Esta é congelada e muito utilizada na fabricação de embutidos e carnes moídas por indústrias que buscam produtos de baixo custo e podem trabalhar com qualidade menor. Apesar de a Índia ser um concorrente que não pode ser desprezada, explica Sampaio, é difícil avaliar até que ponto ele sustenta sua posição como grande exportadora do produto. "O nível de sanidade da carne da Índia é equivalente ao nível do produto brasileiro há 50 anos", compara o executivo. No ano passado, informa ele, um carregamento do país asiático para o Egito foi suspenso porque foi encontrada cisticercose viva.

 

Relatório USDA - Segundo relatório do USDA, as exportações globais de carne em 2012 vão crescer 4,6%, para 8,2 milhões de toneladas. Além da Índia, que vai liderar esse avanço, também devem aumentar os embarques o Brasil - de 1,325 milhão de toneladas para 1,375 milhão -, a líder mundial Austrália (de 1,350 milhão de toneladas para 1,380 milhão), e, em menor dimensão, os EUA (de 1,241 milhão para 1,25 milhão).

 

Embarques brasileiros - Apesar do previsto crescimento dos embarques brasileiros no ano que vem, o país ainda está muito longe de recuperar o patamar de 2007, quando foram exportados 2,189 milhões de toneladas de carne bovina. As restrições impostas pela União Europeia - naquele momento um dos principais clientes do Brasil -, a retração do consumo no pós-crise de 2008 e barreiras da Rússia se somaram para reduzir em 38% o volume das exportações brasileiras em três anos. (Valor Econômico)

INTERNACIONAL: G-20 vai elogiar política fiscal do Brasil em comunicado oficial

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O comunicado da reunião do G-20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, vai elogiar a situação fiscal do Brasil. O documento, que será divulgado na sexta-feira, ao término da reunião de cúpula em Cannes, reconhecerá que as contas públicas brasileiras estão “fortes”. O mesmo reconhecimento deve ser feito, no comunicado, a poucas nações, entre elas, Austrália e Canadá.

 

Reconhecimento - “Esse reconhecimento é muito importante porque, desde o início da atual rodada da crise financeira mundial, ficou claro para as principais autoridades brasileiras que a origem da crise é fiscal”, informou ao Valor um integrante do governo. “O fiscal nos diferencia do restante do mundo neste momento.”

Fragilidade fiscal - Desde agosto, quando se acirrou a crise financeira nas economias avançadas, tanto a presidente Dilma Rousseff quanto o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, responsabilizaram a crise pela fragilidade fiscal das economias europeias e americana e passaram a defender o fortalecimento das contas fiscais brasileiras.

 

Estímulos fiscais e monetários - Lá fora, as economias deram estímulos fiscais e monetários após a crise de 2008, confiantes de que a recuperação do PIB ajudaria a melhorar a situação das contas públicas num segundo momento. Como a recuperação foi acanhada e, em alguns casos, não veio, o resultado foi a deterioração da situação fiscal. No caso dos Estados Unidos, a dívida pública chegou a 100% do PIB. No Brasil, está abaixo de 37,8% do PIB.

 

Reforço - Em agosto, um dia antes da reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom), o governo brasileiro anunciou um reforço de R$ 10 bilhões no superávit primário das contas públicas em 2011. Até setembro, 83% da meta de superávit (de R$ 91 bilhões) já tinha sido cumprida. Além disso, lembrou uma fonte, o governo se comprometeu com a entrega da meta cheia de superávit, sem desconto das despesas com investimento previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2012. “A linha fiscal adotada até agora vai ser mantida”, assegurou a fonte.

 

Compromisso - O reconhecimento público e internacional do esforço fiscal brasileiro aumenta o compromisso do governo Dilma com a manutenção da política de geração de superávits primários. Na quarta-feira, a agência de classificação de risco Moody’s também elogiou o Brasil. (Valor Econômico)