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A Primato Cooperativa Agroindustrial realizará em dezembro as pré-assembleias em suas unidades instaladas em Toledo e mais cinco municípios. Os encontros são preparatórios à assembleia geral ordinária, programada para 18 de fevereiro do próximo ano, visando apresentar os resultados alcançados em 2010. A cooperativa, que congrega aproximadamente 2 mil associados, promoverá seis eventos, iniciando-se no dia 5, em São Pedro do Iguaçu; no dia 7, em Laranjeiras do Sul; dia 9, em Toledo; dia 12, em Guaraniaçu; dia 13, em Catanduvas, encerrando-se em Nova Santa Rosa, no dia 16.
Informações - O objetivo é que os cooperados possam receber as informações e discuti-las em suas próprias comunidades. “Realizamos as pre-assembleias onde a cooperativa tem seu entreposto fixo para que o produtor e sua família possam questionar com mais tranqüilidade, pelo fato de estarem familiarizados com as pessoas e sentirem-se mais à vontade”, explica o diretor-presidente Ilmo Werle Welter.
Premiação - Também será durante as pré-assembleias que a Primato fará a premiação dos produtores destaque de 2010. Serão premiados os melhores produtores de leite, terminadores e iniciadores de suínos. São considerados os indicadores das atividades relacionadas à cooperativa e transações comerciais. (Imprensa Primato)
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Os senadores devem enfrentar uma longa sessão para votação do projeto de reforma do Código Florestal, nesta terça-feira (06/12), não apenas por conta da polêmica que tema suscita, mas também pelo grande número de emendas apresentadas ao texto. Até o momento, foram protocoladas 33 emendas, mas outras 21 já foram anunciadas, além das que ainda podem surgir até o dia da votação.
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Disposições permanentes - Mais de 80% das emendas protocoladas modificam normas das disposições permanentes. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) apresentou 19 emendas ao texto - mesmo número de sugestões de mudanças feitas pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). As emendas se referem a capítulos que tratam de regras para Área de Preservação Permanente (APP), reserva legal, exploração florestal e incentivos à preservação de vegetação nativa.
Mudanças - Também os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Kátia Abreu (PSD-TO), Armando Monteiro(PTB-PE) e Sérgio Souza (PMDB-PR) defendem mudanças nas regras permanentes. Já Ana Amélia (PP-RS) direcionou apenas uma de suas cinco emendas à parte permanente, dividindo as demais entre normas transitórias, para regulamentar o passivo ambiental, e disposições finais.
Condicionante - O senador Blairo Maggi (PR-MT) é autor de apenas uma emenda, já anunciada quando da votação da matéria da Comissão de Meio Ambiente (CMA). Ele quer retirar do texto condicionante para consolidação de atividades agrosilvopastoris em bacias hidrográficas consideradas críticas pelos conselhos nacionais e estaduais de recursos hídricos. O condicionante foi sugerido pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e acolhido pelo relator na CMA, Jorge Viana (PT-AC).
Mais rigor - O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) também pretende apresentar duas emendas ao projeto. Em uma delas, o parlamentar propõe modificar a Lei de Crimes Ambientais, de modo a aumentar as penas para quem desmatar APPs e outras áreas protegidas. Com a outra emenda, Demóstenes quer abolir a possibilidade de áreas declaradas como de 'interesse social' serem consideradas de preservação permanente por ato do Poder Executivo. A possibilidade, prevista no projeto, abriria brecha para o surgimento de uma "indústria" de áreas protegidas, na opinião do senador. (Agência Senado)a
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A rodada ministerial da conferência do clima começa nesta segunda-feira (05/12) com dois cenários possíveis de resultado. Um deles é o pior dos mundos - a semana termina sem nenhum acordo e a discussão internacional sobre mudança climática naufraga. O segundo horizonte, tão provável quanto o primeiro, é bem mais promissor: o sistema continua e todos os grandes emissores se comprometem a entrar no jogo, as negociações prosseguem até 2015, e em 2020 o mundo chega, finalmente, a um acordo forte e ambicioso para reduzir os efeitos e adaptar-se à mudança do clima. Seja como for, Durban não será uma conferência insossa.
Sem lei - O primeiro cenário é o que está sendo chamado de "wild west" por delegados reunidos no Inkosi Albert Luthuli International Convention Centre (ICC), onde acontece a CoP-17. É o que deixa o mundo sem lei, no campo da mudança do clima. "É a desconstrução do esforço de um tratado sobre mudança do clima no plano multilateral", disse ao Valor o embaixador Andre Corrêa do Lago, chefe dos negociadores brasileiros em Durban. "É um desastre".
Sem compromisso - Isso pode acontecer se o encontro de Durban terminar sem que os países desenvolvidos se comprometam com cortes nas emissões de gases-estufa a partir de 2013. Trata-se do segundo período de compromissos do Protocolo de Kyoto. Os países ricos se comprometeram a reduzir em 5,2% os gases-estufa em relação aos níveis de 1990 entre 2008 e 2012, o primeiro período de Kyoto. Isso termina em 2012 e o mundo não tem nada para colocar no lugar. Se a conferência de Durban terminar sem a lista de novos compromissos de cortes, não haverá tempo para os países aprovarem algo para os anos seguintes e cria-se um vácuo. A hora é agora.
Ponto chave - A continuação de Kyoto é ponto-chave para o mundo em desenvolvimento. O fato de Japão, Canadá e Rússia terem já manifestado que não aceitam o segundo período é desagradável, mas não impede que Kyoto continue sobrevivendo. Basta que a União Europeia concorde em fazer novos cortes. A UE já disse que aceita, se outros a seguirem. Os "outros" são os grandes poluidores que estão fora do jogo: os EUA (que nunca assinaram Kyoto) e a China, que, como país em desenvolvimento, estava fora também. Os EUA são o maior emissor do passado, e a China, do futuro. Nenhum acordo faz sentido sem eles. O tratado que o mundo precisa inclui também a União Europeia e emergentes como Brasil, Índia, Indonésia e África do Sul, para citar os principais atores.
Progresso - Mas há também a possibilidade de a negociação progredir. "O melhor cenário possível de Durban poderá ser muito ambicioso", diz o embaixador. "Isso depende de um equilíbrio na negociação". Neste contexto, Kyoto continua, com novos compromissos das nações ricas, o que deixa satisfeito o grupo dos países em desenvolvimento. Não é pura birra. Kyoto tem uma arquitetura que distribui a conta das emissões, instala mercados de carbono, permite que projetos de energia limpa sejam feitos em países carentes.
Continuidade - Ao mesmo tempo em que se dá sobrevida a Kyoto, acerta-se a continuidade do processo - que os europeus chamam de "mapa do caminho" de Durban. Neste roteiro, o Brasil defende um "período de implementação", que iria até 2015, o que daria tempo para o novo acordo incluir as recomendações do próximo relatório do IPCC, o braço científico da ONU, que deve sair entre 2013 e 2014. Também seria possível avaliar, nesta fase, se a estratégia de adaptação está funcionando, se o acordo de transferência de tecnologia acertado em 2011 irá decolar, se os países em desenvolvimento conseguirão medir e verificar o rumo de suas emissões.
Novo acordo - Entre 2015 e 2017 os países negociariam o novo acordo, incluindo os grandes emissores, e que entraria em vigor em 2020. Isso tem que ser acertado até sexta-feira. "Talvez essa negociação funcione se os dois lados forem menos obsessivos com cobranças", diz um delegado. Para o mundo em desenvolvimento, o princípio das "responsabilidades comuns, porém diferenciadas", tem que ser mantido. Mas os emergentes concordam em reduzir emissões e participar de um acordo único, desde que em parâmetros diferentes daqueles das economias já consolidadas. A China disse em Durban que concorda com um acordo legalmente vinculante depois de 2020, para alegria dos europeus.
Delegados americanos - Mas este ponto arrepia os delegados americanos que temem se comprometer com algo que seu Congresso não ratifique depois. A Índia também não concorda, Brasil e China são mais flexíveis. Fácil entender a divergência: o Brasil tem 15 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza, a China tem 150 milhões, números que podem ser muito menores em 2020, se a economia continuar vigorosa tanto ali como lá. Na Índia são 800 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza.
Acordo internacional - Conseguir um acordo internacional legalmente vinculante é ponto importante para os europeus, mas pouco provável de acontecer diante da resistência dos EUA. Há quem acredite que o único jeito de se chegar a um tratado internacional ambicioso é desviar do que pensam os congressistas americanos sobre mudança do clima. (Valor Econômico)
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Importações de US$ 21,191 bilhões, recorde para meses de novembro, fizeram com que a balança comercial brasileira fechasse o mês passado com superávit de US$ 583 milhões, o dobro do registrado em igual período de 2010, mas bem menor que os US$ 2,3 bilhões de outubro. O número é o segundo mais baixo do ano – em janeiro o superávit foi de US$ 398 milhões.
Fatores - Três fatores tiveram impacto nos resultados de novembro, de acordo com o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira: cresceram as compras de artigos para o Natal (19,1% na comparação com novembro do ano passado), mais veículos (63,9%) foram importados por causa do aumento previsto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e houve aumento nos investimentos de empresas no país, que resultaram em mais compras de máquinas, equipamentos e insumos.
Normal - “Não existe tendência a déficit”, disse Teixeira, a respeito das duas últimas semanas de novembro, quando o saldo comercial ficou negativo (-US$ 433 milhões e -US$ 298 milhões). Segundo ele, “é normal o que vem acontecendo e não há motivo para preocupação”. O diretor não descarta a possibilidade de as importações de veículos registrarem aumento também nas primeiras semanas de dezembro, mas considerou que o volume não deve ser alto porque os consumidores vão querer comprar modelos de 2012.
Exportações - Em relação às exportações, nos 20 dias úteis do mês passado elas somaram US$ 21,774 bilhões, o que representa aumento de 23,1% na comparação com novembro de 2010. Um dos destaques do período foi a soja, cuja venda cresceu 531,7%. “A China voltou a comprar”, citou Teixeira. No acumulado do ano, o superávit da balança comercial está em US$ 25,971 bilhões, resultado de US$ 233,9 bilhões em exportações e US$ 207,9 bilhões em importações.
Meta - Embora tenha garantido que não há meta estabelecida para o ano, Teixeira adiantou que existe previsão de fechar 2011 com superávit de US$ 27 bilhões na balança comercial. Ou seja, é esperado um superávit de cerca de US$ 1 bilhão para dezembro. A secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, comentou que o Brasil vai ganhar posições no ranking de maiores exportadores mundiais. (Valor Econômico)
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*Giovani Ferreira
O setor produtivo volta a discutir mudanças nas políticas públicas de apoio à produção nacional de trigo. Na verdade, trata-se da retomada de uma discussão que nunca cessou. E, para cumprir a escrita, é uma demanda urgente e com prioridade alta, imposta como condição à sobrevivência da atividade. Contudo, apesar do alarme, nada de novo. Vai ano, vem ano e os problemas são os mesmos. Falta preço, qualidade e vontade de estruturar uma política de valorização da triticultura nacional condizente com a importância econômica, social e de soberania que o trigo representa para o país. Não tem lógica que um país com área e tecnologia como o nosso produza apenas metade do volume necessário para abastecer a demanda interna pelo cereal. Uma realidade que fragiliza todos os elos da cadeia, da produção ao consumo, amplia a dependência externa do produto e nos torna, cada vez mais, reféns de uma conjuntura internacional que tira a competitividade da agricultura nacional.
Por motivos não apenas de disponibilidade, como de qualidade e outras estratégias comerciais – algumas válidas, outras sem nenhuma legitimidade –, o trigo da Argentina, do Paraguai e até do Canadá conseguem chegar ao Brasil mais competitivos do que o cereal produzido nos campos brasileiros. Alguma coisa está errada. Uma não; deve haver muitas coisas erradas nesse processo.
Falhas de concepção, que vão de apostas erradas na tecnologia de campo às políticas públicas e comerciais que não favorecem, incentivam ou estimulam, não o simples cultivo, mas a verdadeira estruturação da cadeia do trigo. Definições que competem não apenas ao produtor e ao governo. Elas passam, sobretudo, pelos moinhos e pelas indústrias de massa e panificação. Hoje a situação pode parecer confortável. Se não tem trigo ou produto de qualidade no mercado interno, está fácil buscar lá fora. Argentina e Paraguai, afinal, são logo ali. Mas a redução nos estoques mundiais pode mexer nessa área de conforto.
É por tudo isso que ainda há esperança, que o setor produtivo não desiste e permanece firme em seu propósito de mobilizar os agentes capazes de mudar os rumos dessa história. E uma vez mais cumpre o ritual de discutir e encaminhar as propostas que considera não as ideais, mas aquelas capazes dar início à necessária, urgente e tão esperada reinvenção da triticultura brasileira. Uma tarefa que, ao contrário do que se possa imaginar, nada ingrata. Fazer o trigo acontecer será motivo de orgulho, satisfação e de um novo posicionamento da agricultura nacional, menos dependente, mais competitiva e acima de tudo soberana. Eu diria até que isso já está ocorrendo. Foi-se, por exemplo, o tempo em que se plantava trigo somente no Sul do país. Assim como fez com a soja, a tecnologia levou o cereal para o Cerrado. Nos últimos dez anos, houve significativa expansão de cultivo na Região Centro-Oeste – em Goiás e Distrito Federal – e também em Minas Gerais.
Mas para promover as mudanças e transformações será preciso ser mais assertivo, de certa forma radical e sobretudo executivo, pelo menos nas propostas. Implementá-las é outro desafio. Vai depender, novamente, da bendita boa vontade. De qualquer forma, é preciso propor o modelo ideal, ou próximo disso, como faz agora o setor produtivo, que representa o produtor. As proposições apresentadas estão agrupadas em grandes temas: preço mínimo e instrumentos de comercialização; qualidade e classificação; salvaguardas a importações; vigilância sanitária e meio ambiente; legislação de cabotagem; recursos e juros para custeio; seguro de produção; e tributação. Propostas teoricamente factíveis, mas que na prática acirram um jogo de interesses movido por lobbies, políticos e econômicos que podem continuar inviabilizando a tão sonhada e saudável independência e autonomia na produção e no consumo de trigo.
Trata-se de um conjunto de medidas que contempla ações que de certa forma condicionam o investimento dos triticultores na próxima safra. Caso não haja expectativa de liquidez e claro apoio à produção nacional, o que está ruim pode ficar pior e provocar um verdadeiro desastre, com reflexos dentro e fora da porteira, da sustentabilidade econômica da atividade ao preço do pão francês, na ponta do consumo. No atual cenário, os primeiros números de área e produção sinalizam para uma significativa redução no volume em 2012, com grandes chances de cair abaixo de 5 milhões de toneladas. No Paraná, o maior produtor, com 50% da produção nacional, a área deve recuar para menos de 1 milhão de hectares. Para constar, o consumo supera 10 milhões de toneladas.
Mas por que produzir trigo? Basicamente porque, além da garantia de segurança alimentar, o cereal é a melhor opção para cultivo em larga escala no período de inverno, em sucessão à soja, contribuindo sobremaneira para a sustentabilidade socioeconômica e ambiental do sistema agrícola. Defender os interesses do trigo, portanto, é o mesmo que defender o interesse público, combater interesses exclusivos de alguns elos da cadeia e posicionar o país no mercado internacional. Um bom jeito de começar pode ser implementar uma das propostas do setor produtivo para 2012, de suspender a autorização automática de importação do trigo em grão. A outorga seria liberada com base na comprovação de compra da mesma quantidade de trigo nacional. Ou seja, a cada 1 tonelada do trigo nacional comprada pela indústria local será permitida a importação de 1 tonelada do trigo. No mínimo justo, além da boa disputa com a indústria. É pagar para ver.
*Giovani Ferreira é jornalista da Gazeta do Povo
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“A Ocepar é uma das entidades mais representativas do setor produtivo do Paraná e do Brasil”, disse na manhã desta sexta-feira (02/12), o presidente da Junta Comercial do Paraná, Ardisson Akel, durante o Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses. Akel lembrou que conhece bem a Ocepar e o modelo cooperativista, por conta do longo trabalho que ele tem realizado junto às associações comerciais do estado. “Conclui que cooperativismo e associativismo são irmãos gêmeos, digo até que são siameses, de tão próximos que são, pois ambos buscam a união de forças para superar desafios. E tenho acompanhado também o trabalho da Ocepar e percebi que é uma instituição que se renova e investe nos seus quadros, na parte de treinamento e educação corporativa. Isto tem garantido uma evolução constante nos trabalhos da Ocepar e também das cooperativas que a compõem”, frisou Akel, destacando ainda o fato do Paraná ser um exemplo de modelo de cooperativismo bem sucedido. “Temos em nosso estado várias cooperativas que trabalham desde a produção primária, até a transformação, industrialização e comercialização, fazendo ainda um marketing de qualidade. Sou um grande fã do cooperativismo, por este motivo estou aqui, prestigiando esse importante evento”, disse.
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“Há um grande nó a ser desatado que a Lei Cooperativista. Estão nos devendo a aprovação desse texto e temos cobrado muito isso do Senado”, disse o deputado federal Abelardo Lupion, nesta sexta-feira (02/12), durante o Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses. Segundo o parlamentar, a expectativa é que em 2012 a Lei Cooperativista enfim passe pelo Senado. “Esperamos que os nossos senadores tenham no próximo ano uma maior sensibilidade em relação ao que significa o cooperativismo para o Brasil. Se hoje temos superávit primário é em função da agricultura, é porque existe um produtor de alimentos no campo. Então, é preciso dar condições para que ele possa trabalhar mais socialmente, dividindo as riquezas, ao invés de ter que pagar impostos altos. A Ocepar e a OCB representam muito bem esse sentimento, motivo pelo qual há uma grande mobilização dessas entidades em Brasília em torno da aprovação da Lei Cooperativista”, disse.
Orgulho – Em relação ao Encontro Estadual de Cooperativista, Abelardo Lupion disse que sente muito orgulho em participar desse evento, por tratar-se de um momento que evidencia a força e organização do setor cooperativista. “É uma ocasião em que também a Ocepar mostra o que vem fazendo pelo Paraná e pelo Brasil. Em seis mandatos como parlamentar, sempre que preciso de qualquer assunto referente ao setor cooperativo, peço à Ocepar que, aliás, sempre esteve presente em Brasília. Tenho, portanto, muito a agradecer a Ocepar, em nome do produtor rural brasileiro e de todos aqueles que estão ligados aos diversos ramos do cooperativismo”.
Sérgio Souza - O senador Sérgio Souza parabenizou a Ocepar pela pujança do evento e importância do cooperativismo, o qual vai além da agricultura, pois abrange outros ramos, a exemplo, do crédito, saúde, transporte, educação, entre outros. “A Ocepar é muito atuante. Lembro do número de vezes em que recebi a Ocepar em Brasília para discutir questões relacionadas ao Código Florestal. Foram várias reuniões e visitas. Isto ajudou a fazer com que tenhamos avançado muito em relação ao texto do novo Código Florestal Brasileiro. Pela primeira vez, teremos uma legislação que realmente pode ser aplicada e que foi amplamente discutida. Há ainda alguns pontos que precisam ser ajustados, mas tenho certeza de que é possível chegar a um consenso”, disse.
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O pacote de medidas anunciado nesta quinta-feira (01/12) pelo governo federal para estimular o consumo traz dois itens que contemplam um dos pleitos do setor produtivo em relação à cultura do trigo: a manutenção, até 31 de dezembro de 2012, da redução da alíquota do de PIS/Cofins sobre trigo, farinha de trigo e pão francês, de 9,25% para 0%, inicialmente prevista para acabar este ano. Já o PIS/Cofins cobrado sobre as massas (macarrão, por exemplo) passou de 9,25% para 0%. A medida vale até 30 de junho de 2012 e irá gerar desoneração de R$ 284 milhões. “Trata-se de uma decisão importante que já representa um avanço para o setor”, disse o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski.
Audiência pública - Na última terça-feira (29/11), Koslovski participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, onde apresentou as propostas do setor produtivo para a formatação de uma política agrícola para a triticultura nacional. São 25 sugestões agrupadas em nove grandes temas, entre eles, tributação do trigo e derivados. Os demais são: preço mínimo de garantia e instrumentos de comercialização; qualidade e padrão oficial de classificação do trigo; salvaguardas a importações; vigilância sanitária e meio ambiente; legislação de cabotagem; recursos e juros para custeio; seguro de produção; e apoio às atividades de suporte à produção do cereal.
Elaboração conjunta - As sugestões foram elaboradas em conjunto pela Ocepar, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro/RS), Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Embrapa e Conab.
Longo prazo -“Nós precisamos de uma política de longo prazo que garanta renda ao nosso produtor e promova a integração da cadeia produtiva. Necessitamos ainda reverter a nossa posição histórica da produção, que ainda não é autossuficiente em nosso País. Precisamos de incentivos para que o produtor consiga produzir todo o trigo que o país consome e assim não dependermos mais da importação pois estamos gastando US$ 1,7 bilhão com a compra do cereal de outros países”, disse Koslovski. “Se atingirmos esse objetivo, vamos economizar divisas e gerar empregos no Brasil. Também é importante viabilizar a participação do Brasil como exportador de trigo e criar mecanismo para rever as regras do Mercosul”, disse Koslovski na audiência pública.
Principais medidas - Confira abaixo algumas das principais medidas anunciadas pelo governo federal:
- Isenção de IPI para fogões e tanquinhos
- Corte do IPI de máquinas de lavar de 20% para 10%
- Redução do IPI de geladeiras de 15% para 5%
- PIS/Cofins de trigo, farinha de trigo e pão francês continua zerado até o fim de 2012 (estava previsto voltar a 9,25% em janeiro)
- Isenção de PIS/Cofins de massas, como macarrão. O imposto atual é de 9,25%
- Corte do IOF sobre crédito ao consumidor (como cheque especial e financiamentos), de 3% para 2,5%
- fim do IOF de 2% em aplicações de estrangeiros na Bolsa
- Redução de tributos do Minha Casa, Minha Vida, de 6% para 1% em imóveis de até R$ 85 mil
Eletrodomésticos e pão francês
Entre os produtos da chamada linha branca, as principais reduções do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) são de fogões (de 4% para zero), da geladeira (de 15% para 5%), máquinas de lavar (de 20% para 10%) e tanquinhos (de 10% para zero). As medidas valem também para os estoques que já estão nas lojas e vão vigorar até 31 de março de 2012.
Já a alíquota de PIS/Cofins sobre trigo, a farinha de trigo e pão francês, continua reduzida de 9,25% para 0% até o fim de 2012. Antes, a redução estava prevista para acabar este ano.
O PIS/Cofins cobrado sobre as massas (macarrão, por exemplo) passou de 9,25% para 0%. A medida vale até junho de 2012. Essa medida irá gerar desoneração de R$ 284 milhões.
Empréstimos e Bolsa de Valores
O governo anunciou também a redução do IOF sobre crédito ao consumidor (como cheque especial e financiamentos), de 3% para 2,5%, além da eliminação do IOF de 2% que incide sobre a aplicação de investidores estrangeiros em ações na Bovespa.
Construção civil
No setor da construção civil, foi anunciada a redução de tributos para projetos do Programa Minha Casa, Minha Vida. Houve queda da alíquota de 6% do Regime Especial de Tributação da Construção Civil (RET) para 1%. As empresas pagam o RET sobre o faturamento como um tributo único que substitui o PIS, a Cofins, o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Foi ainda ampliada a faixa da habitação de interesse social de R$ 75 mil para R$ 85 mil. Ou seja, para as casas que custam até R$ 85 mil, a alíquota do RET passa a ser de 1%.
Clique aqui e confira a edição extra do Diário Oficial com a íntegra das medidas
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As 240 cooperativas do Paraná devem encerrar 2011 atingindo R$ 30 bilhões de movimentação econômica, o que representa um aumento de 14% em comparação ao valor obtido em 2010. Os resultados alcançados pelo cooperativismo paranaense ao longo do ano serão apresentados nesta sexta-feira (02/12) pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, durante o Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses. O evento será realizado a partir das 8h30, no Teatro Positivo, em Curitiba. O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, o governador Beto Richa e o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, já confirmaram presença. Também devem participar o senador Sérgio Souza, deputados federais e estaduais e representantes de entidades parcerias. Cerca de dois mil cooperativistas são esperados no Encontro.
Interação – Esta é a 11ª edição do evento, realizado anualmente com a finalidade de promover a interação entre as cooperativas paranaenses, comemorar as conquistas obtidas, alinhavar as principais reivindicações do setor para o próximo ano e demonstrar à sociedade a sua capacidade de mobilização, difundindo a cultura cooperativista. A programação contempla a entrega dos Troféus Ocepar e Cooperativas Orgulho do Paraná. Também serão ministradas duas palestras: “Acelerando resultados para conquistar a liderança”, com o consultor técnico da Ferrari, Clóvis Tavares de Melo Filho, e “A música venceu”, com o maestro João Carlos Martins. Haverá ainda a apresentação de talentos culturais do cooperativismo paranaense.
Serviço - 11º Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses / Data: 02.12.2011 / Horário: 8h30 às 16h30 / Local: Teatro Positivo (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Curitiba/PR)
Clique aqui e confira a programação completa do Encontro Estadual dos Cooperativistas Paranaenses
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A Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil - Seção Paraná (ADVB-PR) realizou a entrega dos prêmios aos vencedores da 21ª edição do Top de Marketing, na noite desta quarta-feira (30/11), no Espaço Torres, em Curitiba. Na categoria mercado financeiro, o Sicredi venceu pelo terceiro ano consecutivo, fato inédito no concurso. O troféu foi recebido pelo presidente da Central Sicredi PR/SP, Manfred Dasenbrock e membros do conselho administrativo. Já a Associação Parque Histórico de Carambeí (APHC) foi a vencedora em marketing cultural, sendo que o troféu foi entregue ao presidente da entidade, Dick Carlos de Geus, ao vice-presidente da cooperativa Batavo, Gaspar de Geus, ao cooperado da Batavo, Franke Dijkstra, e a representantes da Mind Promo Business. O Sistema Ocepar foi representado no evento pelo coordenador de Comunicação, Samuel Milléo Filho.
Outros vencedores - Os de mais ganhadores de 2011 são: Amil (categoria Saúde), Apolar (Mercado Imobiliário), Atlas (Indústria), Coritiba Foot Ball Club (Serviços), Dtcom (Veículos e Mercado Automobilístico), GRPCom (Comunicação), Mind Promo Business (Hotelaria, Turismo e Cultura), Sesi/Senai (Educação e Ensino) e Supermercado Condor (Varejo).
Prêmio Personalidade 2011- Além das empresas vencedoras do Top de Marketing, os executivos de maior destaque durante o ano receberam o Prêmio Personalidade. O presidente da GVT, Amos Genish, foi eleito a Personalidade do Ano de 2011 e receberá o Troféu Francisco Cunha Pereira Filho. Carlos Murilo Moreno, diretor de marketing da Nissan, é a Personalidade de Marketing; Alexandre Fabian, diretor da Construtora Plaenge, é o Personalidade de Vendas; e Ana Amélia Cunha Pereira Filizola, vice-presidente do GRPCom, recebeu o Prêmio Personalidade de Comunicação. (Com informações da ADVB/PR)
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Começou nesta quinta-feira (01/11), em Curitiba, o Encontro de Comércio Exterior (Encomex Mercosul), promovido pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em parceria com o governo do Paraná. A abertura aconteceu às 9 horas, com a presença do ministro Fernando Pimentel, do governador Beto Richa e de ministros da Indústria da Argentina, do Uruguai e do Paraguai. O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, também esteve presente. Ao todo, 1,5 mil inscritos vão participar de dois dias de palestras, reuniões e debates, que servirão para avaliar as duas décadas do Mercosul e planejar os próximos 20 anos do bloco econômico.
Debates - Vão ser debatidas maneiras de facilitar o comércio entre os países, o crescimento econômico, a inovação, competitividade, o câmbio, os mecanismos de financiamento e as negociações com outros países. Haverá um painel específico sobre as relações comerciais entre o Mercosul e o Canadá.
Mapas estratégicos - Além disso, serão definidos os mapas estratégicos de comércio exterior e os planos de ação com o objetivo de promover a cultura exportadora em todo o país. Participam do encontro 15 entidades nacionais parceiras do Plano Nacional da Cultura Exportadora para validar e ajustar o planejamento para o período 2012-2015. Os mapas trarão ações e iniciativas planejadas entre diversas instituições nacionais e locais, com o alinhamento ao Plano Brasil Maior. As instituições públicas que trabalham com comércio exterior estarão em contato direto para cruzar as informações e localizar as demandas.
Balança comercial - Durante o encontro, nesta quinta à tarde, o ministério vai divulgar os dados da balança comercial de novembro e do acumulado do ano. Os dados preliminares já estavam disponíveis no site do ministério a partir das 11 horas. No mesmo horário, o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) Edson Campagnolo, apresentará os últimos números da balança comercial do estado.
Terceira edição - Esta é a terceira edição do Encomex voltada ao Mercosul. Foz do Iguaçu e Porto Alegre sediaram o encontro, em 2009 e 2010. Em Foz do Iguaçu, a Encomex aproximou os setores produtivos e governamentais dos países que compõem o bloco: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai. Em Porto Alegre, 120 empresas brasileiras, 24 empresas de outros países da América Latina e 12 europeias participaram de 900 rodadas de negócios. (Com informações da Agência Brasil de Notícias)
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O reconhecimento na legislação ao trabalho promovido e mercado atendido pelas cooperativas de infraestrutura foi pauta de uma reunião realizada nesta quarta-feira (30/11) entre representantes do setor e o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Pereira Zimmermann. O superintendente e a gerente de Relações Institucionais da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile e Tânia Zanella, respectivamente, estiveram presentes no encontro, assim como cooperativistas dos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
Regularização do setor - Durante a reunião, Nobile ressaltou a necessidade de adequações na legislação para a regularização do setor pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Temos de conscientizar os órgãos da Administração Pública do papel social exercido pelo cooperativismo, levando energia a lugares onde outras empresas do segmento não têm interesse em atuar. Isso deve ser levado em consideração tanto pelo ministério quanto pela agência reguladora”, disse o superintendente da OCB.
Atuação - Hoje, o setor cooperativista atua especialmente no meio rural, fornecendo energia elétrica especialmente aos pequenos agricultores. São mais de 100 mil quilômetros de redes, atendendo a mais de 540 mil estabelecimentos e 2,6 milhões de brasileiros.
Frencoop - A importância do tema mobilizou parlamentares da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), a qual foi representada por seu coordenador, Odacir Zonta, e pelo deputado Luís Carlos Heinze. (Informe OCB)
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Por 58 votos a favor e seis contrários, o Plenário aprovou, nesta quarta-feira (30/11), requerimento de urgência para votação do novo Código Florestal (PLC 30/2011). Com isso, o texto poderia ser votado em Plenário já na sexta-feira (02/12). Mas acordo de líderes determinou sua votação na próxima terça-feira (05/12).
Requerimento - O requerimento foi lido na hora do expediente desta quarta-feira. A leitura havia sido feita no dia anterior, mas o PSOL exigiu o cumprimento do Regimento Interno do Senado, uma vez que essa leitura fora feita durante a ordem do dia, diferentemente do que a norma determina.
Votação simbólica - A matéria foi votada simbolicamente, mas o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) pediu que fosse feita a votação nominal. Para ele, a urgência é absurda e a tem como razão possibilitar a sanção do novo Código Florestal antes da Conferência Mundial do Meio Ambiente, a Rio+20, a ser realizada no Rio de Janeiro em 2012.
Pronta para votação - Ao defender o requerimento, do qual é um dos autores, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) - presidente da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) - afirmou que a matéria está pronta para ser votada. Lembrou que o Senado Federal começou a discuti-la antes que ela chegasse à Casa, tendo ouvido o Ministério do Meio Ambiente, a comunidade científica e organizações não governamentais. “Construímos um ambiente de diálogo, de serenidade e de ponderação e, acima de tudo, construímos um Código Florestal equilibrado”, afirmou.
Manifestações - Durante a votação, vários senadores se manifestaram. A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) afirmou que o Brasil, ao contrário do que afirmou Randolfe Rodrigues, tem muito a mostrar na Conferência, como a redução do desmatamento, a redução da emissão de gás, e a preservação de 61% da cobertura vegetal nativa brasileira.
Exemplo - O senador Blairo Maggi (PR-MT) afirmou que o novo Código Florestal significa a "libertação do setor produtivo brasileiro". Segundo ele, o Código "vai dar ao Brasil a possibilidade de ser o maior produtor do mundo e de dar o exemplo na área de conservação". O senador Jayme Campos (DEM-MT) afirmou que o Código é "um dos projetos mais importantes que o Congresso Nacional discutiu nos últimos anos" e que ele vai dar segurança jurídica ao campo.
Trabalho excepcional - O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) elogiou o "trabalho excepcional" dos relatores da proposta, senadores Luiz Henrique (PMDB-SC) e Jorge Viana (PT-AC), elaborando um texto que "atende a toda a população". Já Luiz Henrique afirmou ser preciso restabelecer, no Plenário, o clima de cordialidade, de sensatez, de equilíbrio e, principalmente, "o clima de construção de uma lei definidora do futuro do país", que foram conquistados na discussão da proposta nas Comissões.
Contra - A senadora Marinor Brito (PSOL-PA) afirmou que a população brasileira não pode "aceitar a oficialização dos crimes ambientais" ou o desmatamento em grande escala, que para ela estão presentes no texto de Luiz Henrique e Jorge Viana.
Equilíbrio - O senador Ivo Cassol (PP-RO), por sua vez, afirmou que o Código consegue o equilíbrio entre preservação e produção. O senador Sérgio Souza (PMDB-PR) afirmou que a nova legislação ambiental brasileira vai servir de "parâmetro para o resto do planeta". E o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) disse que a "vitória esmagadora" na votação do requerimento deve ser considerada, uma vez que o Congresso Nacional é a representação do povo brasileiro. (Agência Senado)
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Países que participam da 17ª Conferência do Clima (COP-17), em Durban, pressionam os Estados Unidos a aceitar iniciar o roteiro para um acordo global com metas obrigatórias para todas as nações após 2020 e a União Europeia chegou a puxar a orelha dos americanos explicitamente ontem, dizendo que o país precisa se engajar no diálogo para reduzir as emissões de gases-estufa nos próximos dez anos.
Sinal positivo - Se os EUA derem o sinal positivo, os participantes da COP-17 acreditam que a maior emissora atual de CO2, a China, também entrará no barco. Os chineses esperam os americanos darem o primeiro passo, já que os EUA são um país desenvolvido e, de acordo com a Convenção do Clima, têm maior responsabilidade histórica na questão das mudanças climáticas que os países em desenvolvimento.
Protocolo de Kyoto - Se a estratégia der certo, será assegurada a continuidade do Protocolo de Kyoto, mas com menos países do que na primeira fase do compromisso, que vai de 2008 a 2012. O apelidado "Kyotinho" poderia ter o envolvimento da União Europeia, da Austrália e da Nova Zelândia, por exemplo, mas países como Japão, Rússia e Canadá ficariam de fora. Esses três países consideram injusto entrar num segundo período de compromisso do protocolo porque os dois maiores emissores do mundo (EUA e China) não participam do acordo.
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Bronca - Artur Runge-Metzger, representante da União Europeia que deu a "bronca" nos americanos, ressaltou ontem que o bloco europeu demonstrou que é possível crescer poluindo menos. "Tivemos um crescimento de 40% na economia desde 1990 e vamos conseguir cumprir e até ultrapassar nossa meta no Protocolo de Kyoto", afirmou.
Ação imediata - Ele disse que, ao negociar um acordo para o pós-2020, não significa que as ações para cortar emissões poderão ser postergadas até lá. "A ciência é clara: precisamos agir agora. Quanto mais esperarmos, mais caro fica."
Canadá - Um país que está com a imagem "arranhada" nas negociações é o Canadá. Com atitudes muito negativas, o país recebeu vários prêmios "Fóssil do Dia", concedido pelas ONGs, por não aceitar continuar em Kyoto. O chefe da delegação brasileira, o embaixador André Corrêa do Lago, lamentou ontem a posição dos canadenses e disse que "ninguém sai do Protocolo de Kyoto para fazer mais, só para fazer menos". "Não é um bom sinal", afirmou.
Criticas - No boletim Eco, feito por ONGs, há uma mensagem para o país lembrando que em 1986 o Canadá apoiou as pessoas da África do Sul a lutar contra o Apartheid impondo sanções. E que, em 2011, em vez de combater o aquecimento global, que impactará milhões de pessoas, o país prefere apoiar companhias multinacionais de petróleo. O país é criticado ainda por explorar petróleo das areias betuminosas, cuja extração é muito mais poluente.
Brasil - O Brasil também foi alvo de críticas das ONGs no boletim Eco de terça-feira (29/11), por causa da proposta no Senado de alterar o Código Florestal. A publicação diz que, enquanto o mundo tenta achar maneiras de reduzir as emissões globais, o País está em vias de dar ignição a uma verdadeira "bomba de carbono". Segundo os ambientalistas, a proposta comprometerá a Política Nacional de Mudanças Climáticas do Brasil e a meta nacional de corte de emissões anunciada pelo País em 2009 em Copenhague, na COP-15.
Compromisso - O Brasil se comprometeu a reduzir entre 36% e 39% as emissões até 2020, comparando com o nível de emissões se nada fosse feito. "Uma das consequências previsíveis é que uma área quase do tamanho da França e da Grã-Bretanha juntas perderá a proteção legal", diz o boletim. O embaixador André Corrêa do Lago, porém, afirmou que o Código não impactará negativamente os compromissos assumidos pelo País. (Agência Estado)
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Apesar das altas observadas nesta quarta-feira (30/11), quando foram anunciadas ações coordenadas de diversos bancos centrais contra a crise no mundo desenvolvido, sobretudo na Europa, quase todas as principais commodities agrícolas negociadas pelo Brasil no exterior fecharam novembro com preços médios menores que os de outubro.
Segunda posição - Conforme levantamento do Valor Data baseado nos contratos futuros de segunda posição de entrega (normalmente os de maior liquidez) dos produtos transacionados nas bolsas de Chicago (soja, milho e trigo) e Nova York (açúcar, café, cacau, suco de laranja e algodão), o suco foi a exceção. Na comparação com as cotações médias de dezembro e de novembro de 2010, apenas café, suco e milho ainda têm variações positivas.
Cenário menos positivo - A maior parte das previsões convergiu nas últimas semanas para um cenário menos positivo para os preços das commodities agrícolas no que resta de 2011 e em 2012, mas as altas desta quarta - de açúcar, café, soja e milho -, derivadas de uma maior otimismo em relação à saúde da economia global que derrubou o dólar e impulsionou ações de empresas, mais uma vez comprovaram que a única certeza é que a volatilidade vai continuar.
Refluxo - "Diante das turbulências financeiras, vivemos [em novembro] um refluxo do capital financeiro especulativo [nos mercados de commodities agrícolas] e isso está afetando os preços. Mas a crise envolve 20% do mercado consumidor global, localizado em países onde o consumo de alimentos é relativamente inelástico. Os demais 80% estão em países que continuam crescendo. Nesse contexto, não acredito que haverá redução", diz Antonio Sartori, da corretora gaúcha Brasoja.
La Niña - No caso dos principais grãos, básicos para a alimentação humana e animal e com maior influência sobre os índices inflacionários, Sartori lembra que qualquer problema provocado pelo fenômeno climático La Niña na América do Sul, que atualmente semeia a safra 2011/12, poderá atrair novamente os grandes fundos e provocar novas valorizações.
Tendência de queda - Fabio Silveira, economista da RC Consultores, com sedes no Rio e em São Paulo, considera que processos de recuperação de recessões, como os países desenvolvidos terão de encarar, normalmente exigem preços decrescentes, e que a tendência é de queda das cotações internacionais das commodities, e, com isso, da inflação global.
Fundamentos - Análise divulgada pelo Barclays Capital, em Londres, concorda que os fundamentos são positivos para os grãos, que ainda apresentam estoques mundiais baixos. Mas, consideradas as médias de novembro calculadas pelo Valor Data, as estimativas do banco para o quarto trimestre como um todo apontam melhora, também em média, só para café e algodão.
Viés de alta - Levando-se em conta apenas os fechamentos desta quarta em Chicago e Nova York, o Barclay's, que não fez previsões para o suco, estima que as demais commodities que fazem parte do levantamento terão preços médios estáveis ou maiores no quarto trimestre, menos o trigo. Ou seja: é possível concluir que, para o Barclay's Capital, o mês terminou com viés de alta.
Açúcar - Entre as médias de novembro, a do açúcar liderou as baixas em relação às de outubro. Com a queda de 6,04%, aumentaram as desvalorizações na comparação com as médias de dezembro (14,49%) e de novembro de 2010 (9,09%). Afora o fluxo dos fundos de investimentos, uma maior definição em torno da próxima safra brasileira de cana guiará o mercado em dezembro.
Suco de laranja - Das commodities analisadas, a única que tem ganhos nas três comparações é o suco de laranja: 4,12%, 5,56% e 9,29%, respectivamente. É verdade que, apesar de suas gordas safras atuais de laranja, os estoques do produto estão em seus mais baixos níveis tanto no Brasil quanto nos EUA, os dois maiores produtores. Mas alguns analistas veem nessa sustentação a ação de especuladores no mercado, conhecido por depender de poucos investidores de peso.
Retrações generalizadas - Entre os três principais grãos, soja e trigo já aparecem com retrações generalizadas. No caso da oleaginosa, a baixa em relação à média de outubro foi de 3,81%, o que ampliou as perdas na comparação com dezembro para 11,3% e levou a queda sobre novembro de 2010 a 6,66%. No trigo, as retrações ficaram em 4,09%, 19,7% e 11,02%, respectivamente.
Milho - O milho, por sua vez, fechou novembro com cotação média 1,23% inferior à de outubro, mas ainda acumula ganhos de 6,64% sobre dezembro e de 12,42% na comparação com novembro de 2010. (Valor Econômico)