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“A Ocepar é uma das entidades mais representativas do setor produtivo do Paraná e do Brasil”, disse na manhã desta sexta-feira (02/12), o presidente da Junta Comercial do Paraná, Ardisson Akel, durante o Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses. Akel lembrou que conhece bem a Ocepar e o modelo cooperativista, por conta do longo trabalho que ele tem realizado junto às associações comerciais do estado. “Conclui que cooperativismo e associativismo são irmãos gêmeos, digo até que são siameses, de tão próximos que são, pois ambos buscam a união de forças para superar desafios. E tenho acompanhado também o trabalho da Ocepar e percebi que é uma instituição que se renova e investe nos seus quadros, na parte de treinamento e educação corporativa. Isto tem garantido uma evolução constante nos trabalhos da Ocepar e também das cooperativas que a compõem”, frisou Akel, destacando ainda o fato do Paraná ser um exemplo de modelo de cooperativismo bem sucedido. “Temos em nosso estado várias cooperativas que trabalham desde a produção primária, até a transformação, industrialização e comercialização, fazendo ainda um marketing de qualidade. Sou um grande fã do cooperativismo, por este motivo estou aqui, prestigiando esse importante evento”, disse.
“Há um grande nó a ser desatado que a Lei Cooperativista. Estão nos devendo a aprovação desse texto e temos cobrado muito isso do Senado”, disse o deputado federal Abelardo Lupion, nesta sexta-feira (02/12), durante o Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses. Segundo o parlamentar, a expectativa é que em 2012 a Lei Cooperativista enfim passe pelo Senado. “Esperamos que os nossos senadores tenham no próximo ano uma maior sensibilidade em relação ao que significa o cooperativismo para o Brasil. Se hoje temos superávit primário é em função da agricultura, é porque existe um produtor de alimentos no campo. Então, é preciso dar condições para que ele possa trabalhar mais socialmente, dividindo as riquezas, ao invés de ter que pagar impostos altos. A Ocepar e a OCB representam muito bem esse sentimento, motivo pelo qual há uma grande mobilização dessas entidades em Brasília em torno da aprovação da Lei Cooperativista”, disse.
Orgulho – Em relação ao Encontro Estadual de Cooperativista, Abelardo Lupion disse que sente muito orgulho em participar desse evento, por tratar-se de um momento que evidencia a força e organização do setor cooperativista. “É uma ocasião em que também a Ocepar mostra o que vem fazendo pelo Paraná e pelo Brasil. Em seis mandatos como parlamentar, sempre que preciso de qualquer assunto referente ao setor cooperativo, peço à Ocepar que, aliás, sempre esteve presente em Brasília. Tenho, portanto, muito a agradecer a Ocepar, em nome do produtor rural brasileiro e de todos aqueles que estão ligados aos diversos ramos do cooperativismo”.
Sérgio Souza - O senador Sérgio Souza parabenizou a Ocepar pela pujança do evento e importância do cooperativismo, o qual vai além da agricultura, pois abrange outros ramos, a exemplo, do crédito, saúde, transporte, educação, entre outros. “A Ocepar é muito atuante. Lembro do número de vezes em que recebi a Ocepar em Brasília para discutir questões relacionadas ao Código Florestal. Foram várias reuniões e visitas. Isto ajudou a fazer com que tenhamos avançado muito em relação ao texto do novo Código Florestal Brasileiro. Pela primeira vez, teremos uma legislação que realmente pode ser aplicada e que foi amplamente discutida. Há ainda alguns pontos que precisam ser ajustados, mas tenho certeza de que é possível chegar a um consenso”, disse.
O pacote de medidas anunciado nesta quinta-feira (01/12) pelo governo federal para estimular o consumo traz dois itens que contemplam um dos pleitos do setor produtivo em relação à cultura do trigo: a manutenção, até 31 de dezembro de 2012, da redução da alíquota do de PIS/Cofins sobre trigo, farinha de trigo e pão francês, de 9,25% para 0%, inicialmente prevista para acabar este ano. Já o PIS/Cofins cobrado sobre as massas (macarrão, por exemplo) passou de 9,25% para 0%. A medida vale até 30 de junho de 2012 e irá gerar desoneração de R$ 284 milhões. “Trata-se de uma decisão importante que já representa um avanço para o setor”, disse o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski.
Audiência pública - Na última terça-feira (29/11), Koslovski participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, onde apresentou as propostas do setor produtivo para a formatação de uma política agrícola para a triticultura nacional. São 25 sugestões agrupadas em nove grandes temas, entre eles, tributação do trigo e derivados. Os demais são: preço mínimo de garantia e instrumentos de comercialização; qualidade e padrão oficial de classificação do trigo; salvaguardas a importações; vigilância sanitária e meio ambiente; legislação de cabotagem; recursos e juros para custeio; seguro de produção; e apoio às atividades de suporte à produção do cereal.
Elaboração conjunta - As sugestões foram elaboradas em conjunto pela Ocepar, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro/RS), Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Embrapa e Conab.
Longo prazo -“Nós precisamos de uma política de longo prazo que garanta renda ao nosso produtor e promova a integração da cadeia produtiva. Necessitamos ainda reverter a nossa posição histórica da produção, que ainda não é autossuficiente em nosso País. Precisamos de incentivos para que o produtor consiga produzir todo o trigo que o país consome e assim não dependermos mais da importação pois estamos gastando US$ 1,7 bilhão com a compra do cereal de outros países”, disse Koslovski. “Se atingirmos esse objetivo, vamos economizar divisas e gerar empregos no Brasil. Também é importante viabilizar a participação do Brasil como exportador de trigo e criar mecanismo para rever as regras do Mercosul”, disse Koslovski na audiência pública.
Principais medidas - Confira abaixo algumas das principais medidas anunciadas pelo governo federal:
- Isenção de IPI para fogões e tanquinhos
- Corte do IPI de máquinas de lavar de 20% para 10%
- Redução do IPI de geladeiras de 15% para 5%
- PIS/Cofins de trigo, farinha de trigo e pão francês continua zerado até o fim de 2012 (estava previsto voltar a 9,25% em janeiro)
- Isenção de PIS/Cofins de massas, como macarrão. O imposto atual é de 9,25%
- Corte do IOF sobre crédito ao consumidor (como cheque especial e financiamentos), de 3% para 2,5%
- fim do IOF de 2% em aplicações de estrangeiros na Bolsa
- Redução de tributos do Minha Casa, Minha Vida, de 6% para 1% em imóveis de até R$ 85 mil
Eletrodomésticos e pão francês
Entre os produtos da chamada linha branca, as principais reduções do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) são de fogões (de 4% para zero), da geladeira (de 15% para 5%), máquinas de lavar (de 20% para 10%) e tanquinhos (de 10% para zero). As medidas valem também para os estoques que já estão nas lojas e vão vigorar até 31 de março de 2012.
Já a alíquota de PIS/Cofins sobre trigo, a farinha de trigo e pão francês, continua reduzida de 9,25% para 0% até o fim de 2012. Antes, a redução estava prevista para acabar este ano.
O PIS/Cofins cobrado sobre as massas (macarrão, por exemplo) passou de 9,25% para 0%. A medida vale até junho de 2012. Essa medida irá gerar desoneração de R$ 284 milhões.
Empréstimos e Bolsa de Valores
O governo anunciou também a redução do IOF sobre crédito ao consumidor (como cheque especial e financiamentos), de 3% para 2,5%, além da eliminação do IOF de 2% que incide sobre a aplicação de investidores estrangeiros em ações na Bovespa.
Construção civil
No setor da construção civil, foi anunciada a redução de tributos para projetos do Programa Minha Casa, Minha Vida. Houve queda da alíquota de 6% do Regime Especial de Tributação da Construção Civil (RET) para 1%. As empresas pagam o RET sobre o faturamento como um tributo único que substitui o PIS, a Cofins, o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Foi ainda ampliada a faixa da habitação de interesse social de R$ 75 mil para R$ 85 mil. Ou seja, para as casas que custam até R$ 85 mil, a alíquota do RET passa a ser de 1%.
Clique aqui e confira a edição extra do Diário Oficial com a íntegra das medidas
As 240 cooperativas do Paraná devem encerrar 2011 atingindo R$ 30 bilhões de movimentação econômica, o que representa um aumento de 14% em comparação ao valor obtido em 2010. Os resultados alcançados pelo cooperativismo paranaense ao longo do ano serão apresentados nesta sexta-feira (02/12) pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, durante o Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses. O evento será realizado a partir das 8h30, no Teatro Positivo, em Curitiba. O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, o governador Beto Richa e o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, já confirmaram presença. Também devem participar o senador Sérgio Souza, deputados federais e estaduais e representantes de entidades parcerias. Cerca de dois mil cooperativistas são esperados no Encontro.
Interação – Esta é a 11ª edição do evento, realizado anualmente com a finalidade de promover a interação entre as cooperativas paranaenses, comemorar as conquistas obtidas, alinhavar as principais reivindicações do setor para o próximo ano e demonstrar à sociedade a sua capacidade de mobilização, difundindo a cultura cooperativista. A programação contempla a entrega dos Troféus Ocepar e Cooperativas Orgulho do Paraná. Também serão ministradas duas palestras: “Acelerando resultados para conquistar a liderança”, com o consultor técnico da Ferrari, Clóvis Tavares de Melo Filho, e “A música venceu”, com o maestro João Carlos Martins. Haverá ainda a apresentação de talentos culturais do cooperativismo paranaense.
Serviço - 11º Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses / Data: 02.12.2011 / Horário: 8h30 às 16h30 / Local: Teatro Positivo (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Curitiba/PR)
Clique aqui e confira a programação completa do Encontro Estadual dos Cooperativistas Paranaenses
A Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil - Seção Paraná (ADVB-PR) realizou a entrega dos prêmios aos vencedores da 21ª edição do Top de Marketing, na noite desta quarta-feira (30/11), no Espaço Torres, em Curitiba. Na categoria mercado financeiro, o Sicredi venceu pelo terceiro ano consecutivo, fato inédito no concurso. O troféu foi recebido pelo presidente da Central Sicredi PR/SP, Manfred Dasenbrock e membros do conselho administrativo. Já a Associação Parque Histórico de Carambeí (APHC) foi a vencedora em marketing cultural, sendo que o troféu foi entregue ao presidente da entidade, Dick Carlos de Geus, ao vice-presidente da cooperativa Batavo, Gaspar de Geus, ao cooperado da Batavo, Franke Dijkstra, e a representantes da Mind Promo Business. O Sistema Ocepar foi representado no evento pelo coordenador de Comunicação, Samuel Milléo Filho.
Outros vencedores - Os de mais ganhadores de 2011 são: Amil (categoria Saúde), Apolar (Mercado Imobiliário), Atlas (Indústria), Coritiba Foot Ball Club (Serviços), Dtcom (Veículos e Mercado Automobilístico), GRPCom (Comunicação), Mind Promo Business (Hotelaria, Turismo e Cultura), Sesi/Senai (Educação e Ensino) e Supermercado Condor (Varejo).
Prêmio Personalidade 2011- Além das empresas vencedoras do Top de Marketing, os executivos de maior destaque durante o ano receberam o Prêmio Personalidade. O presidente da GVT, Amos Genish, foi eleito a Personalidade do Ano de 2011 e receberá o Troféu Francisco Cunha Pereira Filho. Carlos Murilo Moreno, diretor de marketing da Nissan, é a Personalidade de Marketing; Alexandre Fabian, diretor da Construtora Plaenge, é o Personalidade de Vendas; e Ana Amélia Cunha Pereira Filizola, vice-presidente do GRPCom, recebeu o Prêmio Personalidade de Comunicação. (Com informações da ADVB/PR)
Começou nesta quinta-feira (01/11), em Curitiba, o Encontro de Comércio Exterior (Encomex Mercosul), promovido pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em parceria com o governo do Paraná. A abertura aconteceu às 9 horas, com a presença do ministro Fernando Pimentel, do governador Beto Richa e de ministros da Indústria da Argentina, do Uruguai e do Paraguai. O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, também esteve presente. Ao todo, 1,5 mil inscritos vão participar de dois dias de palestras, reuniões e debates, que servirão para avaliar as duas décadas do Mercosul e planejar os próximos 20 anos do bloco econômico.
Debates - Vão ser debatidas maneiras de facilitar o comércio entre os países, o crescimento econômico, a inovação, competitividade, o câmbio, os mecanismos de financiamento e as negociações com outros países. Haverá um painel específico sobre as relações comerciais entre o Mercosul e o Canadá.
Mapas estratégicos - Além disso, serão definidos os mapas estratégicos de comércio exterior e os planos de ação com o objetivo de promover a cultura exportadora em todo o país. Participam do encontro 15 entidades nacionais parceiras do Plano Nacional da Cultura Exportadora para validar e ajustar o planejamento para o período 2012-2015. Os mapas trarão ações e iniciativas planejadas entre diversas instituições nacionais e locais, com o alinhamento ao Plano Brasil Maior. As instituições públicas que trabalham com comércio exterior estarão em contato direto para cruzar as informações e localizar as demandas.
Balança comercial - Durante o encontro, nesta quinta à tarde, o ministério vai divulgar os dados da balança comercial de novembro e do acumulado do ano. Os dados preliminares já estavam disponíveis no site do ministério a partir das 11 horas. No mesmo horário, o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) Edson Campagnolo, apresentará os últimos números da balança comercial do estado.
Terceira edição - Esta é a terceira edição do Encomex voltada ao Mercosul. Foz do Iguaçu e Porto Alegre sediaram o encontro, em 2009 e 2010. Em Foz do Iguaçu, a Encomex aproximou os setores produtivos e governamentais dos países que compõem o bloco: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai. Em Porto Alegre, 120 empresas brasileiras, 24 empresas de outros países da América Latina e 12 europeias participaram de 900 rodadas de negócios. (Com informações da Agência Brasil de Notícias)
O reconhecimento na legislação ao trabalho promovido e mercado atendido pelas cooperativas de infraestrutura foi pauta de uma reunião realizada nesta quarta-feira (30/11) entre representantes do setor e o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Pereira Zimmermann. O superintendente e a gerente de Relações Institucionais da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile e Tânia Zanella, respectivamente, estiveram presentes no encontro, assim como cooperativistas dos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
Regularização do setor - Durante a reunião, Nobile ressaltou a necessidade de adequações na legislação para a regularização do setor pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Temos de conscientizar os órgãos da Administração Pública do papel social exercido pelo cooperativismo, levando energia a lugares onde outras empresas do segmento não têm interesse em atuar. Isso deve ser levado em consideração tanto pelo ministério quanto pela agência reguladora”, disse o superintendente da OCB.
Atuação - Hoje, o setor cooperativista atua especialmente no meio rural, fornecendo energia elétrica especialmente aos pequenos agricultores. São mais de 100 mil quilômetros de redes, atendendo a mais de 540 mil estabelecimentos e 2,6 milhões de brasileiros.
Frencoop - A importância do tema mobilizou parlamentares da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), a qual foi representada por seu coordenador, Odacir Zonta, e pelo deputado Luís Carlos Heinze. (Informe OCB)
Por 58 votos a favor e seis contrários, o Plenário aprovou, nesta quarta-feira (30/11), requerimento de urgência para votação do novo Código Florestal (PLC 30/2011). Com isso, o texto poderia ser votado em Plenário já na sexta-feira (02/12). Mas acordo de líderes determinou sua votação na próxima terça-feira (05/12).
Requerimento - O requerimento foi lido na hora do expediente desta quarta-feira. A leitura havia sido feita no dia anterior, mas o PSOL exigiu o cumprimento do Regimento Interno do Senado, uma vez que essa leitura fora feita durante a ordem do dia, diferentemente do que a norma determina.
Votação simbólica - A matéria foi votada simbolicamente, mas o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) pediu que fosse feita a votação nominal. Para ele, a urgência é absurda e a tem como razão possibilitar a sanção do novo Código Florestal antes da Conferência Mundial do Meio Ambiente, a Rio+20, a ser realizada no Rio de Janeiro em 2012.
Pronta para votação - Ao defender o requerimento, do qual é um dos autores, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) - presidente da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) - afirmou que a matéria está pronta para ser votada. Lembrou que o Senado Federal começou a discuti-la antes que ela chegasse à Casa, tendo ouvido o Ministério do Meio Ambiente, a comunidade científica e organizações não governamentais. “Construímos um ambiente de diálogo, de serenidade e de ponderação e, acima de tudo, construímos um Código Florestal equilibrado”, afirmou.
Manifestações - Durante a votação, vários senadores se manifestaram. A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) afirmou que o Brasil, ao contrário do que afirmou Randolfe Rodrigues, tem muito a mostrar na Conferência, como a redução do desmatamento, a redução da emissão de gás, e a preservação de 61% da cobertura vegetal nativa brasileira.
Exemplo - O senador Blairo Maggi (PR-MT) afirmou que o novo Código Florestal significa a "libertação do setor produtivo brasileiro". Segundo ele, o Código "vai dar ao Brasil a possibilidade de ser o maior produtor do mundo e de dar o exemplo na área de conservação". O senador Jayme Campos (DEM-MT) afirmou que o Código é "um dos projetos mais importantes que o Congresso Nacional discutiu nos últimos anos" e que ele vai dar segurança jurídica ao campo.
Trabalho excepcional - O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) elogiou o "trabalho excepcional" dos relatores da proposta, senadores Luiz Henrique (PMDB-SC) e Jorge Viana (PT-AC), elaborando um texto que "atende a toda a população". Já Luiz Henrique afirmou ser preciso restabelecer, no Plenário, o clima de cordialidade, de sensatez, de equilíbrio e, principalmente, "o clima de construção de uma lei definidora do futuro do país", que foram conquistados na discussão da proposta nas Comissões.
Contra - A senadora Marinor Brito (PSOL-PA) afirmou que a população brasileira não pode "aceitar a oficialização dos crimes ambientais" ou o desmatamento em grande escala, que para ela estão presentes no texto de Luiz Henrique e Jorge Viana.
Equilíbrio - O senador Ivo Cassol (PP-RO), por sua vez, afirmou que o Código consegue o equilíbrio entre preservação e produção. O senador Sérgio Souza (PMDB-PR) afirmou que a nova legislação ambiental brasileira vai servir de "parâmetro para o resto do planeta". E o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) disse que a "vitória esmagadora" na votação do requerimento deve ser considerada, uma vez que o Congresso Nacional é a representação do povo brasileiro. (Agência Senado)
Países que participam da 17ª Conferência do Clima (COP-17), em Durban, pressionam os Estados Unidos a aceitar iniciar o roteiro para um acordo global com metas obrigatórias para todas as nações após 2020 e a União Europeia chegou a puxar a orelha dos americanos explicitamente ontem, dizendo que o país precisa se engajar no diálogo para reduzir as emissões de gases-estufa nos próximos dez anos.
Sinal positivo - Se os EUA derem o sinal positivo, os participantes da COP-17 acreditam que a maior emissora atual de CO2, a China, também entrará no barco. Os chineses esperam os americanos darem o primeiro passo, já que os EUA são um país desenvolvido e, de acordo com a Convenção do Clima, têm maior responsabilidade histórica na questão das mudanças climáticas que os países em desenvolvimento.
Protocolo de Kyoto - Se a estratégia der certo, será assegurada a continuidade do Protocolo de Kyoto, mas com menos países do que na primeira fase do compromisso, que vai de 2008 a 2012. O apelidado "Kyotinho" poderia ter o envolvimento da União Europeia, da Austrália e da Nova Zelândia, por exemplo, mas países como Japão, Rússia e Canadá ficariam de fora. Esses três países consideram injusto entrar num segundo período de compromisso do protocolo porque os dois maiores emissores do mundo (EUA e China) não participam do acordo.
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Bronca - Artur Runge-Metzger, representante da União Europeia que deu a "bronca" nos americanos, ressaltou ontem que o bloco europeu demonstrou que é possível crescer poluindo menos. "Tivemos um crescimento de 40% na economia desde 1990 e vamos conseguir cumprir e até ultrapassar nossa meta no Protocolo de Kyoto", afirmou.
Ação imediata - Ele disse que, ao negociar um acordo para o pós-2020, não significa que as ações para cortar emissões poderão ser postergadas até lá. "A ciência é clara: precisamos agir agora. Quanto mais esperarmos, mais caro fica."
Canadá - Um país que está com a imagem "arranhada" nas negociações é o Canadá. Com atitudes muito negativas, o país recebeu vários prêmios "Fóssil do Dia", concedido pelas ONGs, por não aceitar continuar em Kyoto. O chefe da delegação brasileira, o embaixador André Corrêa do Lago, lamentou ontem a posição dos canadenses e disse que "ninguém sai do Protocolo de Kyoto para fazer mais, só para fazer menos". "Não é um bom sinal", afirmou.
Criticas - No boletim Eco, feito por ONGs, há uma mensagem para o país lembrando que em 1986 o Canadá apoiou as pessoas da África do Sul a lutar contra o Apartheid impondo sanções. E que, em 2011, em vez de combater o aquecimento global, que impactará milhões de pessoas, o país prefere apoiar companhias multinacionais de petróleo. O país é criticado ainda por explorar petróleo das areias betuminosas, cuja extração é muito mais poluente.
Brasil - O Brasil também foi alvo de críticas das ONGs no boletim Eco de terça-feira (29/11), por causa da proposta no Senado de alterar o Código Florestal. A publicação diz que, enquanto o mundo tenta achar maneiras de reduzir as emissões globais, o País está em vias de dar ignição a uma verdadeira "bomba de carbono". Segundo os ambientalistas, a proposta comprometerá a Política Nacional de Mudanças Climáticas do Brasil e a meta nacional de corte de emissões anunciada pelo País em 2009 em Copenhague, na COP-15.
Compromisso - O Brasil se comprometeu a reduzir entre 36% e 39% as emissões até 2020, comparando com o nível de emissões se nada fosse feito. "Uma das consequências previsíveis é que uma área quase do tamanho da França e da Grã-Bretanha juntas perderá a proteção legal", diz o boletim. O embaixador André Corrêa do Lago, porém, afirmou que o Código não impactará negativamente os compromissos assumidos pelo País. (Agência Estado)
Apesar das altas observadas nesta quarta-feira (30/11), quando foram anunciadas ações coordenadas de diversos bancos centrais contra a crise no mundo desenvolvido, sobretudo na Europa, quase todas as principais commodities agrícolas negociadas pelo Brasil no exterior fecharam novembro com preços médios menores que os de outubro.
Segunda posição - Conforme levantamento do Valor Data baseado nos contratos futuros de segunda posição de entrega (normalmente os de maior liquidez) dos produtos transacionados nas bolsas de Chicago (soja, milho e trigo) e Nova York (açúcar, café, cacau, suco de laranja e algodão), o suco foi a exceção. Na comparação com as cotações médias de dezembro e de novembro de 2010, apenas café, suco e milho ainda têm variações positivas.
Cenário menos positivo - A maior parte das previsões convergiu nas últimas semanas para um cenário menos positivo para os preços das commodities agrícolas no que resta de 2011 e em 2012, mas as altas desta quarta - de açúcar, café, soja e milho -, derivadas de uma maior otimismo em relação à saúde da economia global que derrubou o dólar e impulsionou ações de empresas, mais uma vez comprovaram que a única certeza é que a volatilidade vai continuar.
Refluxo - "Diante das turbulências financeiras, vivemos [em novembro] um refluxo do capital financeiro especulativo [nos mercados de commodities agrícolas] e isso está afetando os preços. Mas a crise envolve 20% do mercado consumidor global, localizado em países onde o consumo de alimentos é relativamente inelástico. Os demais 80% estão em países que continuam crescendo. Nesse contexto, não acredito que haverá redução", diz Antonio Sartori, da corretora gaúcha Brasoja.
La Niña - No caso dos principais grãos, básicos para a alimentação humana e animal e com maior influência sobre os índices inflacionários, Sartori lembra que qualquer problema provocado pelo fenômeno climático La Niña na América do Sul, que atualmente semeia a safra 2011/12, poderá atrair novamente os grandes fundos e provocar novas valorizações.
Tendência de queda - Fabio Silveira, economista da RC Consultores, com sedes no Rio e em São Paulo, considera que processos de recuperação de recessões, como os países desenvolvidos terão de encarar, normalmente exigem preços decrescentes, e que a tendência é de queda das cotações internacionais das commodities, e, com isso, da inflação global.
Fundamentos - Análise divulgada pelo Barclays Capital, em Londres, concorda que os fundamentos são positivos para os grãos, que ainda apresentam estoques mundiais baixos. Mas, consideradas as médias de novembro calculadas pelo Valor Data, as estimativas do banco para o quarto trimestre como um todo apontam melhora, também em média, só para café e algodão.
Viés de alta - Levando-se em conta apenas os fechamentos desta quarta em Chicago e Nova York, o Barclay's, que não fez previsões para o suco, estima que as demais commodities que fazem parte do levantamento terão preços médios estáveis ou maiores no quarto trimestre, menos o trigo. Ou seja: é possível concluir que, para o Barclay's Capital, o mês terminou com viés de alta.
Açúcar - Entre as médias de novembro, a do açúcar liderou as baixas em relação às de outubro. Com a queda de 6,04%, aumentaram as desvalorizações na comparação com as médias de dezembro (14,49%) e de novembro de 2010 (9,09%). Afora o fluxo dos fundos de investimentos, uma maior definição em torno da próxima safra brasileira de cana guiará o mercado em dezembro.
Suco de laranja - Das commodities analisadas, a única que tem ganhos nas três comparações é o suco de laranja: 4,12%, 5,56% e 9,29%, respectivamente. É verdade que, apesar de suas gordas safras atuais de laranja, os estoques do produto estão em seus mais baixos níveis tanto no Brasil quanto nos EUA, os dois maiores produtores. Mas alguns analistas veem nessa sustentação a ação de especuladores no mercado, conhecido por depender de poucos investidores de peso.
Retrações generalizadas - Entre os três principais grãos, soja e trigo já aparecem com retrações generalizadas. No caso da oleaginosa, a baixa em relação à média de outubro foi de 3,81%, o que ampliou as perdas na comparação com dezembro para 11,3% e levou a queda sobre novembro de 2010 a 6,66%. No trigo, as retrações ficaram em 4,09%, 19,7% e 11,02%, respectivamente.
Milho - O milho, por sua vez, fechou novembro com cotação média 1,23% inferior à de outubro, mas ainda acumula ganhos de 6,64% sobre dezembro e de 12,42% na comparação com novembro de 2010. (Valor Econômico)
Os preços médios das commodities agrícolas negociadas na BM&FBovespa oscilaram sem tendência clara em novembro. Enquanto etanol e boi gordo registraram altas, os mercados de milho e soja recuaram. Já o café ficou praticamente estável (-0,02%) em relação aos patamares de outubro. Considerados os contratos de segunda posição (normalmente, os que têm maior liquidez), o milho foi o produto que registrou a maior variação. No mês, o preço médio do grão caiu 9,16%, para R$ 28,09 por saca. Desde setembro, quando os preços atingiram o nível mais alto do ano, a perda passa de 12,4%.
Valorização - Apesar disso, o milho ainda acumula valorização de 11,44% em 2011 e 6,75% nos últimos 12 meses. Segundo Paulo Molinari, analista da consultoria Safras & Mercado, o mercado de milho refletiu a maior disposição do agricultor em vender diante dos preços atraentes e da necessidade de fazer caixa. "Houve uma pressão de venda muito grande no curto prazo", diz.
Influências - Segundo ele, os temores relacionados à crise externa e a perspectiva de uma safra de verão cheia também influenciaram o comportamento do produtor. No entanto, a expectativa é de recuperação até o fim do ano. "Quem tinha de vender, vendeu. Então é possível que a oferta fique um pouco mais escassa daqui para frente", aposta. Influenciados pelo cenário externo, contaminado pelos temores relacionados à crise europeia, os preços médios da soja também caíram, 3,33%, para R$ 26,54 a saca.
Etanol - Conforme os dados compilados pelo Valor Data, os preços médios do etanol subiram 2,53% em novembro - sexto mês consecutivo de elevação. Segundo analistas, o mercado segue pressionado pela oferta escassa, resultado da quebra da safra 2011/12 de cana-de-açúcar. Os preços de novembro foram 18,64% mais altos do que os observados em dezembro de 2010 e estão mais de 25% acima dos níveis observados um ano antes.
Recuperação - Os contratos de boi gordo também subiram, 1,83%, dando sequência ao movimento de recuperação iniciado em outubro. Segundo analistas, o mercado foi sustentado pela oferta escassa (reflexo da entressafra e dos fracos resultados da segunda rodada de confinamento) e pela demanda aquecida antes do fim de ano. Desde o início de 2011, os preços médios mensais da arroba subiram 8,5%. Em 12 meses, a alta é de 2%. (Valor Econômico)
O indicador oficial de atividade industrial na China em novembro, divulgado nesta quinta-feira (30/11) pela Federação de Logística e Compra da China (CFLP, na sigla em inglês) e pela Agência Nacional de Estatística, recuou para 49, comparado a 50,4 em outubro. Medições abaixo de 50, como a verificada em novembro, indicam contração da atividade. Foi a primeira retração registrada pelo indicador oficial desde fevereiro de 2009, de acordo com a Bloomberg, o que reflete, em parte, a desaceleração da demanda por exportações chinesas em consequência da crise europeia. O resultado de novembro veio abaixo da previsão mediana dos analistas entrevistados pela Dow Jones, que apontavam 49,7 para o mês – pela Bloomberg, a projeção era de 49,8 para o indicador. O índice de atividade industrial se baseia em levantamento junto aos gerentes de compras em mais de 820 companhias, de 20 setores. (Valor Econômico, com agências internacionais)
A internet tornou-se mais uma ferramenta para aprimorar o agronegócio. Os produtores, cooperativas e outros envolvidos na cadeia podem negociar suas mercadorias ou ainda se unirem para adquirir insumos. A troca de informações também beneficia o segmento e pode ser feito em uma rede social criada especificamente para o agronegócio. Tudo isto está na Tradincom (www.tradincom.com), que está no ar há um mês. O criador da Tradincom é Giovani Locatelli, da Lapa (PR), que deixou o emprego em uma empresa que comercializa soja para montar o site que tem, além da rede social, canal de notícias, grupo de compras e portal de negócios, que atende exclusivamente o setor de commodities agrícolas.
Facilidade - Diante da própria experiência no mercado, Locatelli quis criar uma ferramenta para facilitar a vida de quem atua neste segmento. "O agronegócio nunca foi merecedor de um espaço de qualidade na internet. Há um ano começamos a desenvolver esta ideia, que é pioneira. É uma maneira de incentivar ‘toda a roda a girar’ no segmento", explica.
Perfil gratuito - A Tradincom oferece um perfil gratuito para usuários e um ambiente restrito para as pessoas ligadas diretamente ao agronegócio. Os participantes podem entrar em grupos de discussões e trocar informações sobre pesquisas e técnicas. "Será também uma oportunidade com o grupo de compras. Os produtores poderão se reunir para comprar equipamentos, insumos, mais baratos. E no painel de negócios serão colocadas as ofertas de feijão, de soja. Como se fosse uma bolsa", esclarece Locatelli. O painel de negócios deve começar a funcionar em breve.
Benefícios - Para Gilson Martins, analista da Gerência Técnica e Econômica da Ocepar - associação que reúne os cooperativistas do Paraná -, uma ferramenta como a rede social voltada especificamente para o agronegócio pode trazer benefícios para a cadeia. "Uma rede social voltada para o agronegócio pode ser bastante positivo, inclusive atuando sobre as novas gerações. Torna-se mais atrativo para manter as pessoas no setor. Existe esta ferramenta moderna e que pode ser um meio de interesse para aglutinar os envolvidos", comenta.
Networking - Martins ressalta a importância do desenvolvimento de networking. Com a Tradincom, o que já ocorre hoje em dia pode ser melhorado, com um maior acesso à informação. O grupo de compras e o painel de negócios podem aproximar ainda mais as cooperativas - tanto as de grande porte quanto as pequenas - e os produtores de maneira geral do mercado. E a rede social pode até ser uma ferramenta para aglutinar os cooperados de uma associação maior. "Em uma cooperativa maior, é mais fácil reunir os cooperados pessoalmente", esclarece Martins.
Witmarsun - A Cooperativa Witmarsun, na cidade de Palmeira, na região dos Campos Gerais, faz parte dos cadastrados na Tradincom. Élcio Antônio Zakrzewski, operador de mercado da cooperativa, destaca que o interesse em fazer parte da rede social do agronegócio partiu da iniciativa ser inovadora. "Deve trazer benefícios para toda a cadeia. Todos poderão colocar seus produtos para comercialização. É uma forma de encontrar mais informação de ofertas e procuras", considera. (O Estado do Paraná)
“Agronegócio e o Cooperativismo no Mercosul” é o tema de um dos painéis que integram a programação do 3º Encontro de Comércio Exterior do Mercosul (Encomex Mercosul). O assunto será discutido nesta quinta-feira (01/12), das 16h05 às 18h, com a participação do superintendente adjunto do Sistema Ocepar, Nelson Costa, do diretor do Departamento de Assuntos Comerciais da SRI/Mapa, Benedito Rosa do Espírito Santo, e do diretor de Negociações Regionais e Controvérsias do Ministério da Agricultura da Argentina, Jorge Ernesto Iturriza. Representantes do cooperativismo também participam da reunião dos Secretários de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior (Consedic), atividade complementar que será realizada durante o Encontro, também na quinta, das 14h30 às 17h. Entre eles, Gilson Martins, da Gerência Técnica e Econômica da Ocepar. O Encomex Mercosul prossegue até sexta-feira (02/12), na Universidade Positivo, em Curitiba. O evento é organizado pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em parceria com o Governo do Paraná.
Abertura - A abertura acontece na quinta, às 9 horas, com a presença do ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior Fernando Pimentel, do governador Beto Richa e ministros da Indústria da Argentina, Uruguai e Paraguai. A pauta principal do Encomex é avaliar as duas décadas de experiência do Mercosul e planejar os próximos 20 anos do bloco econômico. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas na página do evento (http://mercosul.encomex.mdic.gov.br./). Na tarde da quinta, o MDIC vai divulgar os dados da balança comercial do mês de novembro e do acumulado do ano. Os números serão detalhados e comentados em uma entrevista coletiva a partir das 15 horas.
Comércio - Os palestrantes debaterão maneiras de facilitar o comércio entre os países do bloco econômico e tratarão de temas específicos, entre eles, crescimento econômico, inovação, competitividade, câmbio, mecanismos de financiamento e negociações com terceiros países. Haverá um painel especifico para discutir as relações comerciais entre Mercosul e Canadá, com a vinda de uma delegação canadense.
Programação - Ministros dos países membros do bloco econômico e de outras autoridades vão participara dos painéis. Haverá ainda estandes institucionais voltados para os empresários que atuam no bloco comercial e um balcão de atendimento com técnicos do MDIC para solução de dúvidas e pendências relacionadas ao comércio exterior.
Experiências - Empresas exportadoras do bloco irão apresentar suas experiências comerciais exitosas no Mercosul e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) promoverão um Encontro de Negócios com empresários do bloco econômico. O Banco do Brasil irá aproveitar o encontro para anunciar os vencedores do Prêmio Proex Excelência. Confira a programação completa - http://mercosul.encomex.mdic.gov.br/programacao. (Com informações da AEN)
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) prorrogou para 1º de janeiro de 2016 a adoção do ICPC-14 pelo setor cooperativista, de acordo com a Resolução CFC nº 1.365/11, publicada nesta terça-feira (29/11). A decisão de estender o prazo atende a um pleito do segmento, que pretende inverter a interpretação da transferência das cotas-partes de cooperados, do patrimônio líquido para o passivo, no balanço patrimonial das cooperativas. A questão começou a ser trabalhada há dois anos pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e o CFC. Em todo o processo, a OCB contou com o apoio técnico da Comissão Contábil-Tributária do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), do qual fazem parte o assessor contábil/tributário, Marcos Antonio Caetano e o analista contábil Devair Antônio Mem, do Sistema Ocepar.
Base - A interpretação técnica ICPC 14 – Cotas de Cooperados em Entidades Cooperativas e Instrumentos Similares (classificação no passivo) baseia-se nos itens 16A, 16B, 16C e 16D da Norma Brasileira de Contabilidade (NBC) TG 39 – Instrumentos Financeiros: Apresentação, e no item 22.6 da NBC TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, no que se refere à classificação contábil das quotas-partes dos associados nas sociedades cooperativas brasileiras. Segundo o artigo 1º da resolução CFC nº 1.324/2011, a norma iria começar a valer a partir de 1º de janeiro de 2012.
Reunião - A prorrogação do prazo para 2016 é resultante de reunião ocorrida no último dia 11 de novembro, com a participação de representantes do sistema cooperativista e do presidente do CFC, Juarez Carneiro. Na oportunidade, ele propôs que o sistema cooperativista se articule para conseguir apoio dos demais países latino-americanos sobre a questão, de forma que a mesma não fique restrita apenas ao território brasileiro. “Por meio de um trabalho em conjunto, as demandas dos países latinos terão mais poder de persuasão nas reuniões do IASB, entidade responsável pela edição das normas contábeis internacionais”, afirmou Carneiro, que também presidente a diretoria do Grupo Latinoamericano de Emissores de Normas de Informações Financeiras (Glenif), do qual ainda fazem parte a Argentina (vice-presidente Jorge Gil), Venezuela (Rafael Rodrigues Ramos), México (Felipe Pérez Cervantes), Uruguai (Winston Fernandez) e o Chile (Mario Muñoz Vidal). (Com informações da OCB)
A cadeia produtiva do trigo, representada por entidades do Paraná e do Rio Grande do Sul, principais Estados produtores, apresentaram nesta terça-feira (29/11) na comissão de agricultura da Câmara de Deputados proposta de uma política de longo prazo para a produção do cereal no país. Com um consumo anual de 10 milhões de toneladas e uma produção de cerca de 5 milhões de toneladas, o Brasil é um dos maiores importadores mundiais de trigo. Os produtores brasileiros, no entanto, enfrentam uma concorrência crônica com o trigo argentino e, nos últimos anos, também com o cereal do Paraguai e do Uruguai. Esse cenário deprime os preços do trigo no mercado interno, queixam-se os produtores.
Fim do registro automático - A principal reivindicação feita na proposta apresentada à Câmara é o fim do registro automático de importação do cereal, segundo Flávio Turra, assessor técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Os produtores querem ainda que haja um controle da liberação de licenças para evitar falta de liquidez no mercado interno de trigo.
Indústria - "Para a indústria comprar uma tonelada lá fora, ela precisaria comprovar a aquisição do mesmo volume internamente", diz Turra sobre a proposta que foi elaborada conjuntamente com mais de sete entidades, entre elas a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as secretarias de agricultura do Paraná e do Rio Grande do Sul e organização de cooperativas dos dois Estados.
Preço mínimo - A proposta também engloba o aumento do preço mínimo do trigo tipo pão de R$ 477 para R$ 512, além de medidas nas áreas de vigilância sanitária e meio ambiente, custeio agrícola, tributação e apoio à pesquisa.
Argentina - Enquanto os produtores brasileiros buscam salvaguardas para o trigo nacional, o governo argentino anunciou mais autorização de exportação de trigo. Desde o fim de novembro, foram 2,7 milhões de toneladas autorizadas referentes apenas à safra 2010/11, o que fará com que essa temporada atinja embarques de 11,1 milhões de toneladas, a maior da década na Argentina depois dos 11,9 milhões de toneladas do ciclo 2004/05. (Valor Econômico)
Na semana que vem, um grupo de deputados da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural deve levar ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, uma lista de reivindicações dos produtores de trigo divulgada nesta terça-feira (29/11), em audiência na Câmara. A principal delas é uma política governamental efetiva de preços mínimos para o setor.
Definição antecipada - O presidente do Sindicato das Cooperativas do Paraná, João Paulo Koslovski, que participou da audiência sobre a cadeira produtiva do trigo, pediu um aumento de 7,3% no preço mínimo – dos atuais R$ 477 por tonelada para R$ 512 – e a definição antecipada da política de compras do governo.
Preço do pão - O deputado Reinhold Stephanes (PSD-PR) disse que os ministros da Fazenda não levam em conta que o preço do trigo corresponde a apenas 10% do preço do pão. Daí a dificuldade de o governo tomar medidas que possam resultar em algum aumento desse preço e, consequentemente, da inflação.
Relação - Segundo o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), que sugeriu o debate, essa relação entre preço do trigo e inflação não existe. O parlamentar afirma que a indústria e o comércio ganham com o preço baixo do produto; não os produtores, nem os consumidores.
Crítica - Outra crítica à política agrícola, feita pelo chefe-geral da Embrapa Trigo, Sérgio Roberto Dotto, é a de que o trigo não é considerado produto sensível para o Brasil na relação com os demais países do Mercosul. É que a regra geral no bloco é o livre trânsito de mercadorias, mas, quando o produto é sensível - ou seja, há problemas com a competitividade do produto nacional - o país pode taxar as importações.
Produto nacional - João Paulo Koslovski defendeu que o governo adote políticas que privilegiem o produto nacional. “Não somos contra trazer o trigo (de outros países), mas tem que haver um entendimento entre o setor produtivo e a indústria, para que se evite trazer produto no momento em que estamos comercializando o nosso cereal internamente". (Agência Câmara)