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RAMO SAÚDE: Mais de 300 cooperados participam da AGO da Unimed Curitiba

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Em 21 de março, a Unimed Curitiba realizou a Assembleia Geral Ordinária (AGO) 2012, no Cietep. Um dos maiores fóruns decisórios da cooperativa, a AGO contou com a participação de mais de 300 cooperados. Na oportunidade, a diretoria da cooperativa apresentou o Relatório de Gestão do Exercício 2011, mostrando aos cooperados as principais ações realizadas durante o ano. Além disso, apresentou o Balanço do Exercício 2011 e o Demonstrativo de Resultados apurados no Exercício finalizado no dia  31 de dezembro de 2011, com números e indicadores que demonstraram a solidez da cooperativa e o cumprimento das exigências da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). 


Manifestação - De forma organizada e democrática, todos os cooperados puderam se manifestar e apresentar questionamentos à mesa diretiva. A plenária aprovou a prestação de contas após os esclarecimentos feitos pelos diretor-presidente, Sergio O. loshii,  pelo coordenador do Conselho Fiscal, Celso Setogutte, pelo auditor da Deloitte Touche Tohmatsu, José Ricardo Faria Gomez e pelo advogado  Pedro Henrique Xavier. 


Sobras - Mesmo com a adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) em sua 4ª edição, que representou o incremento de R$ 40 milhões na remuneração aos sócios em 2011, graças aos esforços de todos os cooperados que participaram ativamente da cooperativa, e da gestão profissionalizada da Unimed Curitiba, foi disponibilizada para a deliberação da AGO uma sobra de mais de R$ 2 milhões. Mediante o resultado, a plenária acatou a proposta do Conselho de Administração, por maioria, e decidiu pela incorporação das sobras que, após deduções legais, representou R$ 2.303.795,49 ao fundo de reserva legal da cooperativa. 


Eleições para o Conselho Fiscal - Também foi realizada a eleição do Conselho Fiscal - gestão 2012. Foram eleitos Ricardo Corar Rocha Moreira, Araré Gonçalves Cordeiro Júnior, e Jaime Luis Lopes Rocha, como membros efetivos. Os suplentes são Paulo Mauricio Piá de Andrade, Marli Madalena Peri e Ernma Louise Stellfeld. (Imprensa Unimed Curitiba)

AGENDA PARLAMENTAR: OCB e Frencoop divulgam resultado da semana no Congresso Nacional

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Na Câmara dos Deputados, foi aprovado na semana passda, na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS), o Projeto de Lei 1.253/2011, que cria o Fundo de Apoio a Programas de Gestão e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (Funalixo), que define um novo instrumento para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos no País. O projeto segue agora para análise da Comissão de Finanças e Tributação (CFT). Para acessar o Resultado da Agenda da Semana, clique aqui. (Blog OCB no Congresso)

CÓDIGO FLORESTAL: Dilma assume negociação

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Deparada com o cenário de uma derrota anunciada do governo na votação das regras de proteção do meio ambiente, a presidente Dilma Rousseff assumiu pessoalmente na sexta-feira (22/03) o comando da negociação do Código Florestal. Durante duas horas, a presidente discutiu com seis ministros detalhes das propostas. A orientação da presidente é evitar a votação da lei na Câmara por pelo menos um mês, período no qual o governo tentará construir maioria de votos, de que não dispõe hoje para aprovar a matéria.


Estratégia - Dilma reconheceu que a estratégia pode não funcionar diante da pressão de parte da base de aliados do Planalto para liberar proprietários rurais da exigência de recuperar a vegetação nativa de Áreas de Preservação Permanente às margens de rios. E sobretudo porque não considera contida a rebelião deflagrada em resposta à intervenção na articulação política do governo no Congresso, com a troca recente dos líderes no Senado e na Câmara.


Retrocesso - Mas a reunião desta sexta deixou claro que, diante da reação à intervenção, Dilma não recuou. Ao contrário, entrou pessoalmente no jogo para evitar, mais do que uma derrota, um grande retrocesso na política ambiental do governo às vésperas da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que o Brasil sediará em junho.


Placar - Não está afastada a possibilidade de a Câmara repetir o placar registrado em maio de 2011, quando 273 deputados votaram a favor de liberar o uso de áreas já ocupadas pelo agronegócio. Foi a pior derrota que o governo sofreu até aqui, quando o painel eletrônico da Câmara registrou apenas 182 votos favoráveis à proposta apoiada por Dilma Rousseff. A presidente reagiu, na ocasião, com ameaça de veto.


Isolamento - O primeiro passo para tentar evitar a derrota anunciada é isolar o debate do Código Florestal de outros temas, como a venda de bebidas nos jogos da Copa do Mundo, em discussão na Lei da Copa. Ao mesmo tempo, o governo tenta conter a rebelião na base política.

 

Punição - Uma das armas de que o governo dispõe é o decreto que pune os proprietários rurais que reservarem parcela de seus imóveis para a proteção do meio ambiente com multas diárias de até R$ 500 por hectare de terra. Essa punição está suspensa apenas até 11 de abril, com base em decreto editado pela presidente.


Proposta - O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, levou por escrito, à Dilma, a proposta defendida pelo relator do Código Florestal Paulo Piau (PMDB-MG), que, além de seu correligionário, é produtor rural e, integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária. Piau insiste em que os produtores rurais não devem ser obrigados a recuperar a vegetação nativa de margens de rios, como prevê o projeto de lei aprovado no Senado com aval do governo. Na prática, isso equivaleria à anistia aos desmatadores das áreas mais importantes para a proteção dos rios e da biodiversidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Agência Estado)

CONAB I: Toma posse o novo superintendente da Conab no Paraná

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Tomou posse, nesta segunda-feira (26/03), o novo superintendente regional da companhia Nacional de Abastecimento Conab no Paraná, Luiz Carlos Vissoci. O evento ocorreu às 11h, na própria sede da Conab, em Curitiba. O superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken, participou da solenidade. Vessoci é natural de Sabáudia e ingressou na Conab em 1977, passando por vários cargos de gerente de unidades armazenadoras localizadas em Florianópolis/SC, Cambé/PR, Arapongas/PR e Ponta Grossa/PR, esta última considerada o maior complexo armazenador da América Latina. Foi gerente de Desenvolvimento e Suporte Estratégico na Superintendência Regional do Estado do Paraná e instrutor do Centreinar em cursos de Formação de Auditores para Certificação de Unidades Armazenadoras. Atuou como técnico de Operações para Levantamento, Conjuntura e Avaliação de Safras. Vessoci é bacharel em Ciências Econômicas, formado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Possui especialização em Qualidade Total e Marketing pela Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana (PR) e licenciatura plena em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Arapongas.

CONAB II: Divulgados editais para negociar produtos

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Nesta semana, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai realizar pelo menos oito operações para a venda de produtos. Na data da realização dos leilões, todos os participantes deverão estar devidamente cadastrados perante a Bolsa onde realizar a operação e possuir cadastro em situação regular no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf). Os participantes deverão, ainda, estar em situação fiscal e trabalhista regulares.


Arroz - A maratona começa na terça-feira (27/03), com o leilão de Troca de Arroz, destinado à Ajuda Humanitária a países como Honduras, Guiné-Bissau, Madagascar e República Centro-Africana. A comercialização envolve a venda de arroz em casca a granel, safras 2006/07 e 2010/11, depositadas em armazéns do Rio Grande do Sul. Além disso, a companhia vai comprar 2,5 mil toneladas do produto beneficiado, a serem entregues na cidade de Rio Grande (RS). Ainda na terça, a estatal venderá 877,8 toneladas de briquete de casca de arroz do estado de Tocantins. O preço inicial será de R$ 0,22/kg, sem incidência de ICMS.


Sacaria - Na quarta-feira (28/03), a estatal comprará 46 mil unidades de sacarias de polipropileno, para a Unidade Armazenadora da Conab em São José (SC). No mesmo dia haverá venda de 69,6 mil toneladas de milho em grãos dos estoques de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. O preço da venda por quilo será divulgado com antecedência de até dois dias úteis da data de realização do leilão.


Trigo - Na quinta-feira (29/03), serão feitas operações de subvenção para o trigo. A primeira será o leilão de Prêmio Equalizador (Pepro) pago aos produtores rurais do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, pela venda e escoamento de 35 mil toneladas de trigo em grãos, safra 2011. Em seguida será do Prêmio para o Escoamento (PEP), no total de 375 mil toneladas de trigo em grãos, safra 2011, produzidos nos mesmos Estados do Pepro.


Sisal bruto - Por fim, na sexta-feira (30/03), será realizado um leilão de Prêmio para o Escoamento (PEP) de 3,8 mil toneladas de sisal bruto, da safra 2011/2012, produzido nos estados da Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte. O prêmio será pago ao participante que comprovar a compra do produto de produtor rural ou sua cooperativa, por valor não inferior ao preço mínimo fixado pelo Governo Federal e o escoamento do sisal para qualquer Estado, exceto os de origem. No mesmo dia serão realizados outros dois leilões para a venda de cerca de 23,3 mil toneladas de feijão cores, safras entre 2008 e 2011, dos Estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. (Valor Econômico)

COMÉRCIO: Missão chinesa visitará três frigoríficos de carne suína

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A missão do órgão responsável pela defesa sanitária da China (Aqsip, na sigla em inglês) vai inspecionar três plantas de suínos no Rio Grande do Sul, informou  a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Além disso, a missão visitar unidades exportadoras de carne de frango nesta semana. Os técnicos chineses vão visitar uma unidade da Cooperativa dos Suinocultores de Encantado, localizada no município de mesmo nome, uma unidade da BRF-Brasil Foods, em Lajeado, e uma unidade da Alibem Comercial de Alimento, em Santa Rosa.


Habilitação - As visitas fazem parte de um processo de habilitação das unidades para exportarem ao mercado chinês. Atualmente, três unidades estão autorizadas a exportar para o país asiático e outras quatro plantas aguardam o processo burocrático para a autorização, conforme o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto. Principal produtor mundial de carne suína, a China é também o quarto maior importado. No ano passado, cerca de 550 mil toneladas desembarcaram no país asiático, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado chinês à carne suína brasileira foi aberto em abril do ano passado. (Valor Econômico)


ENTREVISTA: Brasil busca alívio cambial na OMC

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O Brasil quer pavimentar o terreno na Organização Mundial do Comércio (OMC) para a criação de um mecanismo de desafogo para um momento de valorização cambial excessiva, permitindo impor sobretaxa na importação para proteger sua indústria. A primeira grande discussão ocorrerá nesta terça e quarta-feira (27 e 28/03), reunindo setor privado, governos, instituições internacionais e acadêmicos, na sede do xerife do comércio, em Genebra, num ambiente de fricções crescentes, causadas por desvalorizações competitivas de moedas e retração da demanda global.


Tarifa de importação - Em entrevista, o embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo, diz que o Brasil precisaria de uma tarifa de importação de 180% para dar a mesma proteção que a tarifa de 35% oferecia antes da Rodada Doha, em 2001. É com essas cifras que ele enfatizará amanhã na OMC a que ponto o câmbio deteriorou a competitividade da indústria brasileira.


Reação- Nesse cenário, Azevedo reage com vigor à afirmação do diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, de que não estaria claro se o câmbio afeta o comércio. Para o representante brasileiro, trata-se de argumento de quem "quer conturbar e confundir" a discussão. Afinal, nota ele, estudo da própria OMC mostrou o impacto dos desalinhamentos cambiais no curto prazo para setores específicos da economia. "E isso exige remédio", disse.


Unctad - Na mesma linha, a Agência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) discutirá já nesta segunda-feira (26/03)  mudanças no comércio internacional, com ênfase no câmbio no Brasil. O estudo para discussão estima que a excessiva valorização do real chegou a 80% em abril de 2011 em relação a um nível "ótimo" de longo prazo. Os autores, os economistas André Nassif, do BNDES e da Universidade Federal Fluminense (UFF), Carmem Feijó, da UFF, e Eliane Araújo, da Universidade Estadual de Maringá, sugerem uma meta para o câmbio, para o país alcançar a taxa "ótima" real de longo prazo, definida como aquela que induz à alocação de recursos para os setores de maior produtividade da economia. A seguir, os principais trechos da entrevista com Azevedo:


Valor: O que o Brasil espera dessa discussão sobre câmbio na OMC?

Roberto Azevedo: Os mecanismos atuais da OMC são muito poucos e muito limitados numa situação de câmbio desalinhado. As regras foram desenhadas ainda nos tempos de moeda fixa e são insuficientes para garantir proteção à indústria nessas circunstâncias. Não existe na OMC um mecanismo específico, como salvaguarda, por exemplo, para reagir a desvalorizações competitivas de moedas. É necessário atualizar as disciplinas da OMC e isso só acontece negociando regras também sobre câmbio.


Valor: Ou seja, um antidumping cambial?

Azevedo: Nossa expectativa é de que os passos sucessivos dessa discussão na OMC conduzam inevitavelmente à negociação de um mecanismo de desafogo em situações de desalinhamento cambial de curto prazo. 


Valor: A questão cambial já foi tratada no sistema multilateral de comércio.

Azevedo: Sim, o Gatt (que antecedeu a OMC) tratou e desenvolveu disciplinas sobre o assunto. Por exemplo, nos anos 90 tomou decisão que permite o reajuste de direitos específicos, que são tarifas de importação fixadas em valor monetário por unidade. A decisão permite que o país tenha o direito de aumentar essa tarifa de importação específica, quando uma moeda se desvaloriza rapidamente. 


Valor: Por que o Brasil não faz uso então dessa possibilidade?

Azevedo: O Brasil não tem em sua tabela de compromissos nenhuma tarifa desse tipo, somente tarifas ad valorem (percentual). Nada impede que desenvolvamos mecanismo similar para as tarifas ad valorem.


Valor: Como superar suspeitas de alguns parceiros de que o Brasil busca pretexto para as medidas de proteção que vem adotando?

Azevedo: Seria até ingênuo imaginar que reclamações sobre câmbio não têm relação com comércio. Em todas as grandes negociações globais sobre câmbio o comércio estava como pano de fundo. Isso é nítido quando o presidente Nixon, em 1971, deixou de autorizar a conversão do dólar em ouro. No mesmo momento, ele impôs sobretaxa de 10% em todas as importações americanas. A reclamação na época era de que a valorização do dólar estava favorecendo a indústria estrangeira em detrimento do emprego nos EUA. A relação câmbio/comércio nunca deixou de existir. Inclusive em seguida o assunto foi para o Gatt. A discussão não prosperou porque ali ninguém estava disposto a entrar numa guerra comercial. Tentou-se encontrar uma acomodação, que resultou num acordo internacional, o Acordo Smithsonian, levando a um realinhamento cambial, desvalorizando o dólar. Em 1985, o Acordo Plaza levou a uma desvalorização do dólar entre 20% e 50% contra o marco alemão, o iene japonês e o franco francês. Dois anos depois foi necessário outro acordo, o do Louvre, para estabilizar a moeda americana, que já estava em franco declínio. Todas essas negociações tiveram início com reclamações fortíssimas dos setores industrial e laboral dos EUA.


Valor: Como o Brasil reage então ao diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, que diz que não está claro se o câmbio afeta o comércio?

Azevedo: Isso é querer tapar o sol com a peneira. Estudos da própria da OMC, publicados em setembro de 2011, deixam inequívoco que desalinhamentos cambiais têm claro impacto no curto prazo para setores específicos da economia. Quando se quer conturbar e confundir essa discussão, argumenta-se que no longo prazo não há consenso de que o desalinhamento cambial é nocivo e retira a competitividade etc. Mas esse longo prazo aí é coisa de 15, 20 anos e até lá todo o sistema produtivo já se ajustou ou quebrou de vez. Outro argumento é de que a volatilidade do câmbio ao longo dos anos não diminui os fluxos de comércio. Isso pode até ser verdade. Mas não é isso o que o Brasil está procurando tratar na OMC. O que queremos é que a OMC reconheça, como seu próprio estudo diz, que, quando há uma mudança significativa de patamar na taxa de câmbio, seguramente há um impacto de perda de competitividade em determinados segmentos da indústria do país que sofreu a valorização. Isso exige remédio. É evidente que nem todos os setores da economia são afetados da mesma forma. Isso não significa que não existam empresas ou setores que precisam de algum tipo de proteção mais imediata.


Valor: Qual a dimensão do impacto do câmbio sobre as exportações, que o país mostrará na OMC?

Azevedo: Vamos mostrar que a forte perda de competitividade, no rastro do desalinhamento cambial no Brasil pode conduzir a fechamento de empresas e aumento do desemprego. A cadeia de efeitos é ampla sobre o nosso parque produtivo. É por isso que desejamos algum mecanismo de alívio na OMC. O Brasil vai mostrar uma desvalorização cambial de magnitude várias vezes superior à proteção tarifária máxima de 35% que tem como compromisso na OMC. Fizemos um cálculo no ano passado que apontou que o Brasil precisaria de tarifa de importação de 180% para dar a mesma proteção que a tarifa de 35% oferecia antes da Rodada Doha, em 2001. Com a desvalorização recente do real, passando para um patamar de 1,80 por dólar, esse percentual terá caído. Mas a proteção que nossa indústria precisaria é de vários múltiplos de 35%.


Valor: Nesse cenário, o Brasil poderá aumentar para além de 35% o teto das tarifas de importação?

Azevedo: Com exceção dos mecanismos de defesa comercial (salvaguarda, antidumping, direitos compensatórios), isso apenas é possível com a reconsolidação da tarifa que consta da nossa tabela de compromissos na OMC. A reconsolidação acontece na OMC, mas é muito pontual, para um ou outro produto. Numa situação de desalinhamento cambial, é muito difícil resolver o problema por aí. Primeiro, teríamos que aumentar milhares de tarifas. Segundo, teríamos de pagar compensações aos parceiros, e não são pequenas. Seria muito difícil manobrar uma reconsolidação dessa envergadura. Além disso, a reconsolidação tarifária, para mais de 35%, se tornaria permanente. Ora, o que queremos é um desafogo para momentos de valorização cambial excessiva.


Valor: Não existe o risco de o antidumping cambial deflagrar mais guerra comercial, com barreiras por todo lado?

Azevedo: Não, porque inevitavelmente a discussão sobre esse mecanismo vai procurar circunscrever ao máximo sua utilização e diminuir ao máximo seu impacto sobre o comércio. Não se pode ter uma visão imediatista, na situação em que estamos vivendo apenas hoje. O real é hoje uma moeda muito valorizada, como a de outros emergentes. Mas, historicamente, a situação foi inversa, como nas crises do México, da Rússia, dos asiáticos, em que os capitais saíram subitamente e nossas moedas despencaram. O mecanismo tem que ser adequado para as duas situações, de câmbio alto ou baixo. Não queremos que, mais adiante, as exportações brasileiras sofram barreiras desnecessárias quando o câmbio estiver em patamares mais baixos.


Valor: Qual o apoio que o Brasil tem sobre câmbio na OMC?

Azevedo: No começo, foi muito pouco. Num esforço enorme, tivemos que convencer cada delegação de que estávamos criando uma oportunidade e não mais polêmicas. Felizmente conseguimos que boa parte apoiasse a abertura do debate e outros não objetassem. Na medida em que os parceiros percebem que não buscamos uma negociação açodada, de afogadilho, e sim bem pensada, com objetivos sistêmicos bem definidos, a cautela e receio diminuem. No começo era só o Brasil que falava, os outros ficavam na escuta. Existem delegações cautelosas, mas o quadro está mudando.


Valor: Só que os EUA e a China, com fricções bilaterais sobre câmbio, também não querem o tema na OMC. Isso já não mata a iniciativa?

Azevedo: Esse quadro é muito fluido. Mesmo esses dois países têm evoluído em suas abordagens. Posturas mais reativas vêm muito do temor de que a discussão saia do controle e seja usada para fins políticos, apontar culpados, recriminar determinadas ações no mercado financeiro. Não é o que buscamos.


Valor: Quais serão os próximos passos, após o seminário?

Azevedo: Gostaríamos de examinar já no segundo semestre, como o sistema multilateral do comércio tratou do assunto, como reagiu. Com base nessas análises, caberia passar a olhar para o futuro. Como atualizar as regras da OMC. Para o Brasil, quanto mais rápido melhor. Mas não vai ser fácil. Temos que seguir o ritmo de uma organização com mais de 150 países e que trabalha com base no consenso. (Valor Econômico)

TV SINAL: Próximo programa da Ocepar será exibido na segunda-feira

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Vai ao ar, na próxima segunda-feira (26/03), pela TV Sinal, o segundo programa Paraná Cooperativo na TV, produzido pela assessoria de Comunicação do Sistema Ocepar. Ele será exibido às 18h30 dentro do espaço Paraná Empreendedor, da própria emissora, e que tem por objetivo discutir os negócios e a economia paranaense. Nesta edição, o Paraná Cooperativo na TV traz matérias sobre as exportações do cooperativismo paranaense, as Assembleias Gerais Ordinárias realizadas pelas cooperativas, o Show Rural Coopavel 2012, a inauguração das obras de ampliação e melhorias no Terminal Portuário da Cotriguaçu, a instalação do Comitê Paranaense para o Rio+20, depoimentos de produtores sobre o Código Florestal, entre outros temas.


Sintonia - A TV Sinal é o veículo de comunicação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Em Curitiba, é sintonizada nos canais 16 (NET), 99 (TVA) e também no 97 da RCA. Posteriormente estará disponível no site da Alep http://www.alep.pr.gov.br/imprensa/tvsinal/acervo e na TV Paraná Cooperativo no Youtube: http://www.youtube.com/sistemaocepar. O programa Paraná Cooperativo na TV estreou no dia 13 de fevereiro. O espaço cedido para as cooperativas paranaenses na TV Sinal é fruto de convênio assinado entre a Alep e a Ocepar no dia 17 de novembro de 2011. Também participam deste acordo a Associação Comercial do Paraná - ACP, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná - Fiep e a Federação do Comércio do Estado do Paraná - Fecomércio. As quatro entidades tem, cada uma, trinta minutos por mês no programa semanal Paraná Empreendedor, em edições inéditas, em sistema de rodízio.

PAP 2012/13 II: Mapa propõe nova linha de crédito para cooperativas agro

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Os Secretários Nacionais de Política Agrícola, Caio Rocha, e de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Erikson Chandoha, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se reuniram nesta quarta-feira (21/03) com o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, para propor a elaboração conjunta de uma nova linha de crédito para cooperativas agropecuárias. O encontro aconteceu na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF), e contou ainda com as presenças da diretora substituta do Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural (Denacoop), Vera Lúcia de Oliveira, e do diretor do Departamento de Economia Agrícola, Wilson Vaz de Araújo.


Linha específica - A proposta, autorizada pelo ministro Mendes Ribeiro Filho, é de uma linha de crédito específica para o ramo agropecuário, tendo como princípio a fidelidade dos associados e a gestão da cooperativa. “Trata-se de uma opção a mais para o produtor, que possa lhe trazer benefícios desde que comprovada a sua fidelidade à cooperativa e a excelência da gestão da entidade”, explica o gerente de Ramos e Mercados da OCB, Gregory Honczar.


Construção conjunta - Segundo Honczar, a linha ainda não está definida, e o trabalho do Sistema OCB será fundamental para garantir o atendimento às necessidades do setor. “Não se sabe, ainda, se os benefícios ao produtor serão em forma de juros reduzidos, maior prazo para pagamento ou outra modalidade. Porém, a construção conjunta, sem imposição por parte do governo, será essencial para que possamos garantir a adesão à linha”, destaca o gestor. “É uma situação bastante democrática para trabalharmos tecnicamente”, acrescenta.

 

Plano Safra - A nova linha de crédito será incluída no Plano Safra 2012/2013, que se inicia em 1º de julho deste ano. “Isso significa que precisamos agir imediatamente na sua construção”, relata o gerente da OCB, afirmando que os trabalhos terão início ainda esta semana.

 

Dívidas - Outro ponto discutido durante a reunião foi a questão da revisão das dívidas de cooperativas agropecuárias com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), demanda antiga do sistema cooperativista. De acordo com Honczar, não se trata de um número grande, mas existem algumas cooperativas com dificuldades em executar o pagamento total de suas dívidas com a companhia. “É uma situação duplamente ruim onde por um lado as cooperativas não conseguem realizar os pagamentos e a Conab, por um impedimento legal, não pode renegociar as dívidas. A preocupação do governo em solucionar a questão é de extrema importância para o cooperativismo brasileiro”, resume o gestor. (Informe OCB)

COOPERJOVEM: Programa é lançado em Toledo

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RAMO CRÉDITO: Sicredi Fronteira PR/SC realiza 2ª Assembleia Geral Ordinária

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RAMO SAÚDE: Toma posse o novo Conselho Fiscal da Unimed Curitiba

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Foi realizada, na última quarta-feira (21/03), a eleição e posse do novo Conselho Fiscal da Unimed Curitiba para a gestão 2012. Os conselheiros eleitos foram Ricardo Corar Rocha Moreira, Araré Gonçalves Cordeiro Júnior, e Jaime Luis Lopes Rocha, como membros efetivos. Os suplentes são Paulo Mauricio Piá de Andrade, Marli Madalena Peri e Ernma Louise Stellfeld. A Comissão Eleitoral divulgou e promulgou o resultado na plenária da Assembleia Geral Ordinária.


LEGISLAÇÃO I: Relator da MP 556 vai alterar regra para beneficiar agroindústria

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O relator da Medida Provisória 556/11, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), informou que vai acatar emenda apresentada pelo deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) que retoma a utilização do crédito presumido para o setor agroindustrial. O crédito presumido tem o objetivo de ressarcir as empresas que se dedicam à produção de produtos de origem animal e vegetal do pagamento das contribuições para o PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre as compras de matérias-primas e outros produtos intermediários. O desconto nos impostos a serem pagos, o chamado crédito presumido, é calculado com base em uma estimativa do lucro das empresas.


Exportação - A MP 556 permite o crédito presumido apenas na exportação de mercadorias de origem animal ou vegetal.


Reunião - Nessa quinta-feira (22/03), Goergen se reuniu com integrantes do Departamento de Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que criticaram o fim do crédito presumido. "O corte do crédito presumido que o governo pretende fazer através das MPs 552 e 556 é altamente prejudicial para a competitividade do setor produtivo agroindustrial do Brasil", disse o relator. (Agência Câmara)

LEGISLAÇÃO II: Autorização para trabalho aos domingos em cooperativas pode ser revista

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Em reunião na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nesta quinta-feira (22/03), o Sistema OCB apresentou ao secretário de Desenvolvimento Agropecuário, Eriksson Chandoha, solicitação de alteração ao Decreto 27.048/49. O objetivo é garantir autorização para trabalho aos domingos em cooperativas agropecuárias, respeitando o direito constitucional ao repouso semanal remunerado. “Atualmente, a legislação prevê que a referida autorização seja renovada a cada 60 dias. Devido à burocracia e morosidade enfrentadas, essa exigência tem acarretado transtornos para as cooperativas”, pontuou o assessor jurídico da Organização das Cooperativas no estado do Rio Grande do Sul (Ocergs), Thiago Machado, que, acompanhado do analista de Relações Institucionais da OCB, Thiago Abrantes, apresentou o pleito ao secretário.


Precário - Segundo Machado, a exigência de renovação da autorização provém do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e tem caráter precário. O assessor defendeu perante Chandoha o precedente existente na legislação para concessão da referida autorização aberto pela alteração do Decreto, em 2010. “O novo instrumento flexiona a exigência de repouso semanal aos domingos para diversas ocasiões e atividades. Uma delas diz respeito ‘colheita, beneficiamento, lavagem e transporte de hortaliças, legumes e frutas’, levando em consideração que a interrupção em toda a cadeia de produção desses itens acarretaria prejuízos ao produtor, pelo fato de serem perecíveis”, explicou Machado.

 

Compromisso - O Sistema OCB obteve do secretário Chandoha o compromisso de levar o pleito às autoridades competentes e providenciar uma alternativa para que o inconveniente, que tem se tornado recorrente às cooperativas, seja sanado. (Informe OCB)

CÓDIGO FLORESTAL: Nova lei vai gerar moratória branca ao desmatamento

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O novo Código Florestal, que aguarda votação final na Câmara dos Deputados, não induz a novos desmatamentos. Na verdade, o texto prevê reflorestamento de áreas, com o objetivo de estabelecer um marco regulatório exequível que concilie produção agropecuária e proteção ambiental. Foi o que destacou Rodrigo Lima, pesquisador da RedeAgro e gerente geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), em seminário, organizado pelo Centro de Agronegócio (GV Agro) da FGV, realizado segunda-feira (19/03), em São Paulo (SP).


Polarização - Também presente ao evento, Luiz Daniel de Campos, representante da área de agro da Corporação Financeira Internacional (IFC), vinculada ao Banco Mundial, afirmou que a indefinição acerca do código gera uma insegurança jurídica geral para o Brasil, desde o produtor, passando pelo investidor, empresas, trazendo riscos à própria preservação do meio ambiente. Outro palestrante, Werner Grau Neto, presidente do Conselho Consultivo da The Nature Conservancy (TNC) no Brasil, endossou as palavras de Campos, acrescentando que a polarização na discussão do código foi e está sendo ruim, atravancando a aprovação da nova lei.


Regularização - Segundo Lima, o Projeto de Lei do novo código determina que os produtores rurais que estiverem em desacordo com a lei atual terão que se regularizar perante as novas regras. Eles terão a opção de aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), reflorestando parte das Áreas de Preservação Permanente (APPs) de sua propriedade e compensando ou recompondo a Reserva Legal (RL) – caso estejam em débito neste quesito. Estas informações constarão do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que armazenará informações de todas as propriedades rurais do País.


Ativo - Desta forma, assinalou Lima, não há dispositivo na nova lei que incentive o desmate, o que existe é o reconhecimento de que certas áreas – onde hoje constam atividades agropecuárias – sejam parcialmente reflorestadas. No fundo, frisou, ocorrerá perda de área produtiva. De acordo com Lima, como prevê iniciativas de recomposição florestal, o novo código poderá se transformar num ativo para que o Brasil cumpra as metas de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) assumidas na Convenção do Clima, e não o contrário como algumas correntes contrárias à reforma da lei costumam divulgar. 


Penalidades - Lima explicou, ainda, que quem não se regularizar, ficará, obviamente, sujeito às penas da nova lei. Esta condicionante, esclareceu, contrapõe argumentos de que o novo código concede anistia ou perdão de multas. Além disso, ressaltou o pesquisador, o produtor que aderir ao PRA não poderá retirar vegetação nativa para o uso da terra, ou seja, fazer o desmate legal, mesmo que a legislação o resguarde este direito, por no mínimo um ano.


Moratória - Segundo ele, isso acontecerá porque após a aprovação do novo código, haverá uma espécie de moratória para desmatamentos legais até que o CAR esteja abastecido com dados das propriedades. Somente após este processo é que futuras autorizações de corte, que, inclusive já são previstas na lei vigente e permanecerão na nova, poderão ser concedidas. Neste aspecto, Lima fez questão de salientar que nem mesmo a legislação em vigor fala de desmatamento zero, trata sim de desmate legal, conforme os percentuais estipulados por cada região do País.


Diferencial ambiental - Com a possibilidade de compensação do débito de RL fora da propriedade, o novo código dará impulso para a ampliação de contratos relacionados ao Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), instrumento de valorização financeira de florestas em pé. Conforme detalhou Lima, o produtor que tiver passivo de RL poderá comprar uma área de floresta de outra propriedade – desde que no mesmo bioma – a fim de cumprir sua obrigação ambiental.


Passo inicial - Este novo cenário, pontuou o pesquisador, é o passo inicial para a criação de um mercado de PSA, atrelado a certificações, onde quem tem excedente de RL poderá vendê-lo para quem tem déficit. O fato é que o pacote de obrigações ambientais que o produtor brasileiro tem que cumprir não encontra paralelo em nenhuma outra nação. Campos defendeu que as áreas de RL e APPs presentes nas fazendas brasileiras – ao contrário de hoje, onde são encaradas como passivo – deveriam ser trabalhadas como um diferencial ambiental do País junto à comunidade internacional.


Passaporte - Por isso, em sua avaliação, ao dar visibilidade à extensão das áreas de proteção ambiental existentes nas propriedades rurais do País, o novo código pode ser um passaporte para o Brasil vender o setor do agro como sustentável ambientalmente. (Sou Agro)

CARNES: Suinocultores cobram política de preços mínimos

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A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) se reuniu nesta quinta-feira (22/03) em Brasília com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, e pediu soluções para a crise que afeta a suinocultura brasileira. Mendes Ribeiro sinalizou positivamente às demandas e disse que tomará providências imediatas contra a crise. A ABCS pede a criação da Política de Garantia de Preço Mínimo para a carne suína. Estiveram presentes à reunião, representantes das associações estaduais de suinocultores dos Estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso e São Paulo. 


Demandas - O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, apresentou as demandas consideradas mais urgentes para a sobrevivência da atividade e elegeu o preço pago como principal vilão. “O preço pago pelo suíno vivo nas granjas está sendo muito inferior ao seu custo de produção. Isso corresponde a R$3,5 bilhões de prejuízo ao ano para o setor. É preciso levar em consideração que o produtor gasta com insumos, como o milho e a soja, que têm tido elevação nos preços, especialmente pelas condições climáticas não muito favoráveis que têm abalado nosso país”, disse Lopes, em nota.


Saídas - O ministro, de acordo com Lopes, afirmou que que vai buscar junto aos órgãos responsáveis saídas para amenizar a crise. A ABCS disse que os insumos, principalmente o milho, precisam chegar mais baratas ao produtor. (Valor Econômico)

PARANÁ: Fábrica de R$ 6,8 bilhões da Klabin vai gerar receita para 12 municípios

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O governador Beto Richa recebeu nesta quinta-feira (22/03) a diretoria da Klabin Papel e Celulose e prefeitos de doze municípios dos Campos Gerais e Norte Pioneiro para assinatura de um convênio pelo qual os municípios concordam em compartilhar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) proveniente das operações de uma nova fábrica de celulose que a empresa vai construir no Estado. 


Investimento previsto - O novo empreendimento da Klabin tem investimento previsto de R$ 6,8 bilhões, e será enquadrado no programa de incentivos fiscais Paraná Competitivo. A produção projetada é de 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano e deve iniciada ao final de 2014. 


Maior da história - “Este é o maior investimento do setor privado na história do Paraná e pode mudar a realidade de uma região muito carente”, afirmou o governador Beto Richa. Segundo ele, cinco dos dez municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano do Paraná estão localizados na região que receberá o empreendimento. 


Sede - A sede da nova fábrica, que ainda está em estudo, será em um dos 12 municípios conveniados: Cândido de Abreu, Congonhinhas, Curiúva, Imbaú, Ortigueira, Reserva, Rio Branco do Ivaí, São Jerônimo da Serra, Sapopema, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania. 


Partilha de tributos - O governador elogiou a iniciativa da Klabin em promover a partilha dos tributos gerados pelo novo empreendimento, em vez de concentrar em apenas um município. “É uma demonstração de grande senso de responsabilidade social”, disse. Ele afirmou que o governo está trabalhando em dobro para recuperar o tempo e as oportunidades perdidas na atração de investimento de empresas que geram emprego, renda e riquezas. Como resultado, citou os R$ 9 bilhões em investimentos anunciados e outros R$ 15 bilhões em negociação no programa Paraná Competitivo. 


Infraestrutura - Richa reforçou ainda que o Estado está investindo fortemente na melhoria da infraestrutura, com pacotes de obras rodoviárias, em aeroportos, no porto de Paranaguá, e a negociação com concessionárias de rodovias para retomada dos investimentos. “Hoje existe segurança jurídica, estabilidade política e o Estado têm total interesse nos benefícios que os investimentos do setor privado podem trazer para a nossa gente”, afirmou Richa. 


Apoio - O diretor geral da Klabin, Fabio Schvartsman, disse que a decisão sobre a sede do futuro empreendimento deve ser anunciada nos próximos meses e que a empresa se sente confortável em fazer o investimento no Paraná, porque recebeu todo apoio necessário do governo Beto Richa. Ele também elogiou a decisão dos prefeitos, de abrir mão de parte do imposto para compartilhar com os vizinhos. “Esperamos que este possa ser o início de um comportamento diferente”, disse Schvartsman. 


Desenvolvimento - O executivo disse que a empresa espera que toda a região passe por um surto de desenvolvimento. “Não faz sentido ter apenas uma ilha de prosperidade, como herança do Brasil antigo. Esta é a semente de um Brasil novo, que compartilha, e de empresas com responsabilidade social e preocupação com o desenvolvimento regional”, afirmou. 


Clima e solo - De acordo com o diretor, o clima e o solo da região paranaense onde o empreendimento será implantado são os melhores do mundo, porque propiciam o crescimento rápido das florestas de eucalipto (para fibra curta) e pinus (fibra longa), que serão usados na nova fábrica. “É um fator que torna nossos custos mais baixos e permite competir por igual com empresas de qualquer parte do mundo, mesmo em ambiente de crise”, afirmou. 


Divisão — Cada município aprovou uma lei pela qual concorda com a divisão do Valor Adicionado para o retorno do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), considerando-se o princípio da mútua colaboração de natureza fiscal, previsto no Código Tributário nacional. O município sede da indústria ficará com 50% do tributo e os 50% restantes serão partilhados entre todos os municípios fornecedores de matéria prima. 


Critérios - A divisão atende critérios que consideram o volume de madeira abastecido às fábricas da Klabin no Paraná, o número de habitantes e a evolução municipal do Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM), indicador que mede o desempenho da gestão e ações públicas dos 399 municípios paranaenses. (AEN)

INFRAESTRUTURA: Novo modelo de concessão de ferrovias deve ser concluído em 20 dias

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O diretor-presidente da Engenharia, Construção e Ferrovias (Valec), José Eduardo Castello Branco, disse nesta quinta-feira (22/03) que a elaboração de novo modelo de concessão de ferrovias no país deverá ser concluída “rapidamente”, nos próximos 20 dias. O objetivo é acabar com o monopólio dos trilhos com o uso compartilhado da rede, informou.


Implementação - “O modelo não está fechado. Qualquer que seja o modelo, seja o tradicional, seja um novo modelo, vai demandar certo tempo para que ele seja implementado. É preciso discutir a utilidade que será dada à ferrovia durante esse período”, disse Castello Branco, ao deixar audiência no Senado. “Está em discussão o modelo pré-operacional para uma transição, e o novo modelo operacional da ferrovia, mas não estão fechados, ainda. Ambos estão sendo discutidos no âmbito do governo”, disse o presidente da estatal.


Preferência - Em debate realizado na Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado, Castello demonstrou sua preferência pelo modelo compartilhado, mas enfatizou que a decisão é da presidente Dilma Rousseff. “Há no governo federal a discussão do novo modelo concessionário, que tende a ser de uma ferrovia operada por uma mantenedora, sobre a qual possam circular diversos operadores”, disse ele. “A presidente quer, pessoalmente, referendar esse novo modelo. Esse é um assunto que ela, particularmente, gosta e quer participar”, explicou Castello. (Valor Econômico)

GOVERNO FEDERAL: Dilma promete defesa comercial e recebe apoio na guerra dos portos

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A lista de preocupações e pedidos levados nesta quinta-feira (22/03) à presidente Dilma Rousseff, por 28 empresários que formam a elite do PIB nacional, vai da "guerra dos portos" à desoneração da folha salarial, passando por assuntos como licenciamento ambiental e agilização de vistos para profissionais estrangeiros com alta qualificação. A reunião durou pouco mais de três horas e foi avaliada como "excelente" por Dilma, que prometeu repetir a experiência pelo menos duas vezes por semestre.


Conjuntura - A presidente abriu o encontro falando, por cerca de 40 minutos, sobre a conjuntura internacional - principalmente na Europa e na China. Garantiu que o governo "tomará atitudes" para defender a indústria brasileira e citou, como exemplo de sucesso, a recuperação do setor automotivo promovida pelos Estados Unidos. "Não estamos pensando em protecionismo, em fechar as portas do país, mas em defesa comercial", disse Dilma.


Medidas - Em seguida, ela passou a palavra aos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento), além do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que falaram por cinco minutos cada. Não houve menção às dificuldades, nas últimas semanas, enfrentadas pelo governo no Congresso. Diante das exposições, os empresários deixaram o Palácio do Planalto convencidos de que medidas de desoneração e defesa comercial vão sair após a volta de Dilma da visita oficial que fará à Índia, na próxima semana, para participar do encontro de cúpula dos Brics.


Preocupações - Ao abrir o microfone para a iniciativa privada, a presidente pediu que os empresários falassem sobre suas preocupações, sem limite de tempo. A resolução 72 do Senado, que tenta dar um fim à guerra dos portos deflagrada por Estados que reduzem suas alíquotas de ICMS para a entrada de produtos importados, foi um dos temas logo mencionados.


Apoio - O presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, afirmou que "o governo pode contar conosco na luta pela aprovação da resolução 72", em referência ao projeto que tramita no Senado para uniformizar em 4% a alíquota do ICMS interestadual para bens e mercadorias importadas. Ele falou logo depois de Dilma ressaltar que esse assunto é prioritário em sua agenda legislativa, e que teria efeitos imediatos na produção nacional. Houve até quem cobrasse, obviamente em tom de brincadeira, que o Palácio do Planalto deveria providenciar ônibus para levá-los ao Congresso.


Interesse - Demonstrando interesse em cada manifestação, Dilma "ouviu todo mundo e anotou muito", segundo relato de Luiza Trajano, do Magazine Luiza. Trajano disse que as vendas de geladeiras, fogões e máquinas de lavar cresceram 25% após a redução de IPI para eletrodomésticos de linha branca, sugerindo que seria uma boa ideia prorrogar a medida, inclusive como política de inclusão social. "De 40% a 50% das casas não têm máquina de lavar", disse a empresária, à saída da reunião.


Conversa aberta - "Foi uma conversa aberta, muito boa, uma troca de visões sobre a economia brasileira e internacional", comentou o presidente da Embraer, Frederico Curado. "A discussão ficou em torno de como manter a competitividade brasileira e como manter os investimentos futuros. Ela disse que podemos contar com o governo", afirmou Joesley Batista, um dos donos do Grupo JBS.


Exploração de petróleo - Eike Batista (Grupo EBX) reivindicou à presidente que autorize a 11ª rodada da Agência Nacional de Petróleo (ANP) para a exploração de novos blocos de petróleo e gás. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deu sinal verde à rodada em abril do ano passado, mas ainda falta uma autorização de Dilma, por meio de decreto.


Vistos - Eike e Otávio Azevedo (Andrade Gutierrez) postularam mais agilidade do governo na liberação de vistos de trabalho para especialistas estrangeiros altamente qualificados. Murilo Ferreira (Vale) reclamou da lentidão no licenciamento ambiental. Ivo Rosset (Valisère) pediu a redução dos encargos trabalhistas e fez comparações sobre o custo da folha de pagamento, no setor têxtil, no Brasil e em outros países.


Jornada de trabalho  - O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, pediu a Dilma que não ceda à pressão dos sindicatos por diminuição da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Segundo ele, isso "vai na contramão" da necessidade de ganhos de competitividade. "Enquanto aqui fala-se em mudar para 40 horas, na Europa e em outros países estão aumentando para 44 ou até 48 horas", disse.


Energia - O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, reiterou o apoio ao fim da guerra dos portos e demandou a relicitação das concessões de energia que vencem a partir de 2015. Ele também sugeriu o aumento da alíquota do Reintegra, mecanismo que compensa as empresas com uma parte do valor das exportações de manufaturados, dos atuais 3% para até 10%. "O PIB brasileiro não cresce mais de 3% em nenhum ano se a indústria brasileira não crescer." (Valor Econômico)