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CÂMARA FEDERAL: Ruralistas não aceitam votar Lei da Copa antes do Código Florestal

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A Frente Parlamentar da Agropecuária bateu o martelo. Ou o governo vota o novo Código Florestal ou a bancada retaliará a votação da Lei Geral da Copa. A decisão foi tomada nesta terça-feira, durante almoço da bancada ruralista, em Brasília. Estiveram presentes cerca de 30 parlamentares, além de representantes de entidades ligadas ao agronegócio.


Compromisso - Um dos líderes ruralistas, o deputado Abelardo Lupion (DEM-PR) diz que a posição da frente não é para "fazer pressão", e sim para cobrar um compromisso antigo do governo. "O governo havia feito esse compromisso de votar e mudou de ideia. Queremos voltar aos termos antigos e votar o Código Florestal", disse Lupion.


Interferência - O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), admite a interferência do Código na votação da Lei da Copa. “Nossa intenção é votar hoje [a Lei da Copa], mas todo mundo sabe que tem outra matéria que pode levar a uma disputa em plenário, a partir de oposição”, disse, em referência ao polêmico texto do Código Florestal. “Mas nossa posição é que não há nenhuma possibilidade de votar nesta semana”.


Líderes - O vice-líder do governo, deputado Odair Cunha (PT-MG), informou que a possível obstrução dos ruralistas na votação da Lei da Copa foi tratada na reunião dos líderes da base governista nesta terça-feira (20/03). Cunha relatou que a posição do governo é não misturar os dois temas. Nesta quinta-feira (22/03), disse Odair Cunha, os ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, tentarão fechar um texto de consenso para encaminhar a votação do Código Florestal no plenário. Parte do governo quer adiar a votação para depois da conferência ambiental Rio+20, marcada para junho, no Rio.


Decisão maléfica - Os parlamentares ruralistas argumentam  que a indecisão do governo é “maléfica” ao setor, trazendo medo aos produtores e provocando redução de investimentos no campo, principal responsável pela sustentação do crescimento da economia e do ritmo das exportações brasileiras em 2011.


Inversão da pauta - O deputado ruralista Ronaldo Caiado (DEM-GO) disse, em seu microblog na internet, que “o governo quer inverter a pauta e votar primeiro a Lei Geral da Copa. Nada feito. Sem Código Florestal, nada de Lei Geral da Copa”. E emendou: “Ameaçado de sofrer duas derrotas, governo causa desconforto aos líderes partidários ao propor a quebra do acordo para votar o Código Florestal”. (Valor Econômico)

INSUMOS: Setor de fertilizantes registra novo aumento

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As entregas de fertilizantes ao consumidor final encerraram o primeiro bimestre de 2012 com 3,590 milhões de toneladas, indicando aumento de 3,8% em relação ao mesmo período de 2011, quando foram entregues 3,460 milhões de toneladas. Os dados são da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) e foram apresentados na 59ª Reunião da Câmara Temática de Insumos Agropecuários ontem, 19 de março, em Brasília.


Evolução - Em nutrientes, as entregas de fertilizantes nitrogenados (N) apresentaram evolução de 10,7%, passando de 541 mil toneladas em 2011 para 599 mil toneladas em 2012. O aumento pode ser explicado pela demanda das culturas de cana-de-açúcar, algodão, café, milho safrinha e arroz. No bimestre analisado, o total de nutrientes (NPK) alcançou 1,478 milhão toneladas, ou seja, evolução de 1,3% em relação ao mesmo período de 2011, quando foram entregues 1,459 milhão toneladas.


Fosfatados - Os fertilizantes fosfatados registraram aumento de 1,5%, passando de 401 mil toneladas em 2011 para 407 mil toneladas em 2012, com ênfase para as culturas de milho safrinha, algodão e plantio de cana de açúcar. Nos fertilizantes potássicos, foi registrada redução de 8,7%, passando de 517 mil toneladas em 2011 para 472 mil toneladas em 2012.


Estados - O Estado do Mato Grosso concentrou o maior volume de entregas no primeiro bimestre de 2012, atingindo 742 mil toneladas, seguido de São Paulo com 568 mil toneladas, Minas Gerais com 497 mil toneladas e Paraná com 458 mil toneladas.


Produção nacional - A produção nacional do primeiro bimestre de 2012 foi de 1,462 milhão de toneladas, contra 1,364 milhão de toneladas em 2011, representando aumento de 7,2%. Registraram-se crescimentos de 26,5%, 10,7% e 13,2%, nas produções dos fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássicos, respectivamente.


Importações - As importações de fertilizantes intermediários alcançaram 2,038 milhões de toneladas no primeiro bimestre de 2012, acusando redução de 26,8% em relação ao mesmo período de 2011, quando entraram pelos portos brasileiros, 2,738 milhões de toneladas. As reduções observadas foram de 28,3% nos fertilizantes nitrogenados, 14,7% nos fosfatados e 35,1% nos fertilizantes potássicos. 


Defensivos - O balanço do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag) apontou que o mercado de defensivos cresceu 11% de 2010 para 2011, passando de R$ 12,668 milhões para R$ 14,070 milhões. A projeção teria sido impulsionada principalmente pelas culturas de cana, algodão, café, trigo, soja e milho. O segmento de herbicidas foi beneficiado pelo crescimento nos mercados de cana, algodão, milho, soja, trigo e pastagem, mas teve baixa nas lavouras de café e feijão.


Fungicidas - Os fungicidas se destacaram nos mercados de algodão, trigo, café e soja, com queda para o feijão, batata, tomate, horticultura e fruticultura. Já os Inseticidas foram mais consumidos nos mercados de cana, trigo, algodão, soja, café, batata e tomate, com queda nos mercados de milho e feijão.


Calcário - A produção de calcário no Brasil atingiu 28,774 milhões de toneladas em 2011, contra 24,748 do total de 2010, aumentando 14%. De acordo com projeção da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), em 2012 a produção deverá chegar a 29,5 milhões de toneladas. Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso se destacam como os maiores produtores nacionais. (Mapa)

SERICICULTURA: Encontro para discutir fortalecimento da cadeia produtiva da seda

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A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento é um dos órgãos coordenadores do 30° Encontro Estadual dos Sericicultores, que acontecerá no dia 12 de julho, no município de Terra Boa. A programação inclui discussões sobre o fortalecimento da cadeia produtiva da seda no Estado e o uso de agrotóxicos, apresentações e relatos de produtores referenciais e a análise do mercado e das perspectivas do setor. 


Público - Cerca de 2 mil produtores, técnicos, empresários e pesquisadores vão participar do encontro, organizado pela secretaria, Emater, Câmara Técnica do Complexo da Seda do Paraná e prefeitura de Terra Boa. O Paraná produz 93% dos casulos do País. São 3,4 mil produtores em 216 municípios, com destaque para a região Noroeste e a cidade de Nova Esperança (responsável por 15% da produção paranaense). 


Entre os melhores - “O fio de seda produzido no Estado é considerado um dos melhores do mundo. Isso passa pela qualidade das larvas produzidas pelas indústrias de fiação e pelo manejo no campo, tanto na criação como na alimentação do bicho da seda”, afirma André Lopes, zootecnista do Departamento de Desenvolvimento Agropecuário (Deagro) da secretaria. 


Agrotóxicos – Segundo o engenheiro agrônomo João Ricardo Franchini, do Núcleo Regional da secretaria em Cianorte, uma das maiores preocupações do setor é o aumento na incidência de derivas de agrotóxicos, que acabam contaminando as amoreiras e ocasionando grandes perdas aos sericicultores. Durante os encontros com os produtores, a secretaria procura orientá-los sobre como formalizar denúncias no caso de se sentirem lesados com esse tipo de ocorrência. 


Pequenas áreas - A produção do casulo e o cultivo das amoreiras estão concentradas em pequenas propriedades vizinhas a grandes áreas com outras culturas que utilizam o agrotóxico para o controle das pragas. Normalmente, essa aplicação é feita por pequenos aviões, e a pulverização acaba atingindo as lavouras de amora. O prejuízo chega para os sericultores nos barracões, com a morte das lagartas que se alimentam das folhas contaminadas. Em alguns casos, chega-se a perder 100% da produção. 


Alternativa de diversificação - Apesar dessa preocupação, a sericicultura é considerada uma das principais alternativas de diversificação da pequena propriedade, geradora de empregos e renda. “Hoje, a sericicultura se apresenta bastante interessante, pois é uma fonte de renda certa. Tudo o que é produzido tem venda garantida”, diz André Dias Lopes. “Além disso, é uma cultura ecologicamente correta, com uso zero de agrotóxicos e que contribui para o sequestro de carbono”, completa. (AEN)

INDÚSTRIA: Fazenda prepara desoneração para próxima semana

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O Ministério da Fazenda deve anunciar na semana que vem a desoneração da folha de pagamentos para os fabricantes de máquinas e equipamentos, autopeças, têxtil, móvel, aeroespacial (basicamente Embraer), e a indústria naval. Estes setores devem ter zerada a contribuição ao INSS de 20% que incide sobre a folha de pagamentos, que passará a ser substituída por uma alíquota de 1% sobre o faturamento bruto. As exportações estarão isentas da nova contribuição. (Valor Econômico)

TRIBUTO: Governo estuda regras mais claras para o drawback, diz Secex

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O governo estuda a elaboração de portaria para a aplicação de regras mais claras sobre a vinculação física entre o insumo importado e a mercadoria exportada dentro do benefício do drawback. Segundo André Favero, diretor de normas e competitividade da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o assunto está sendo avaliado e deve ser regulado em portaria conjunta da Secex com a Receita Federal.


Incentivo tributário - O drawback é um incentivo tributário que livra a importação de insumos do recolhimento de tributos, desde que sejam utilizados para produtos destinados ao exterior. O benefício, no entanto, exige o controle físico do insumo importado, o que demanda a segregação para armazenamento, separando os insumos do drawback dos demais.


Prazo - Favero diz que não há prazo para a edição da medida, mas o texto deve ser “definido o quanto antes”. Segundo ele, a definição do texto com a Receita está avançada. “Estamos com 80% do texto pronto.”


Insegurança - Segundo Welber Barral, presidente do comitê de comércio exterior da Câmara Americana de Comércio (Amcham), há atualmente uma insegurança muito grande das empresas em relação à exigência de controle físico. O problema maior é o risco de questionamento da operação pela Receita Federal, como aconteceu no passado. Uma regra mais clara para o assunto faz parte da lista de sugestões da entidade para ampliar e facilitar o uso do drawback.


Financeiro - Segundo Favero, o governo também está avaliando o drawback financeiro, mecanismo que tem previsão legal, mas que nunca foi regulamentado. Segundo ele, o assunto está em estudo, mas há uma discussão sobre a possibilidade de o mecanismo ser questionável em termos de regulação comercial porque poderia ser caracterizado como subsídio, caso não tenha mecanismos rígidos de controle. Favero acredita, porém, que com uma regra mais clara sobre o controle físico do insumo importado, não haverá grande demanda pelo drawback financeiro.


Empresas menores - Barral concorda com a avaliação da Favero. Para ele, porém, o drawback financeiro pode ser uma solução para as empresas menores, que não possuem mecanismos de controle dos insumos. “No caso delas, a avaliação da Amcham é de que o drawback financeiro poderia ser aplicado”, diz. Isso, acredita, facilitaria o acesso das empresas menores ao mecanismo e não traria tanto impacto para controle, porque seriam operações de pequeno porte.


Mais - Leia mais sobre o estudo de novas regras para o drawback. (Valor Econômico)

SESCOOP/PR: Kits são distribuídos a alunos de especialização

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SESCOOP: Gerência de promoção social discute alianças futuras

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A semana de 19 a 23 de março será marcada por diversas reuniões nas quais a equipe da gerência de Promoção Social do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) terá como objetivo a prospecção de futuras alianças para dar andamento a projetos nas áreas de qualidade de vida e responsabilidade socioambiental.


Primeira - A primeira delas aconteceu nesta segunda-feira (19/03), com representantes das Unimeds Central e Nacional. A ideia, conforme explica a gerente de Promoção Social do Sescoop, Maria Eugenia Ruiz Borba, é aproveitar a capilaridade do sistema Unimed pelo Brasil para iniciar uma mobilização cooperativista, pegando carona, por exemplo, em ações já planejadas por órgãos do governo, como é o caso das campanhas de vacinação. 


União de atividades - "Fizemos um levantamento das atividades de promoção social realizadas pelo Sescoop e vimos que a maioria dos estados que possuem unidades da Unimed realizam atividades pontuais. Nossa expectativa é unir estas atividades para sensibilizar a sociedade sobre o papel das cooperativas no Brasil, aproveitando para dar maior visibilidade ao Sistema OCB", diz. Segundo a gestora, esse seria um primeiro passo em direção a um trabalho em conjunto, inclusive, com as secretarias estaduais de saúde.


Instituto Ethos - Nesta terça-feira (20/3), a equipe se reúne com a gerente executiva de Operações Institucionais do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Ana Maria Magni. Em pauta, ações relativas a desenvolvimento socioambiental e sustentabilidade. O Instituto Ethos tem interesse em aproximar as duas entidades para realizar ações em conjunto com o Sistema OCB. "Trata-se de uma excelente oportunidade de expandirmos nossas atividades para além do ambiente empreendedor, atuando no segmento cooperativista", afirma Ana Maria. Maria Eugênia revela, ainda, a intenção de firmar um acordo de cooperação entre ambas as entidades. "Queremos aproveitar a expertise do Instituto Ethos no que diz respeito a mensuração e análise de cenários para servir de apoio e orientação às unidades estaduais do Sescoop".


Outras reuniões - A equipe permanece na capital paulista até quinta-feira (22/3), quando ainda estão programadas duas reuniões na sede do Sescoop/SP, para tratar do projeto de qualidade de vida e discutir estratégias para traçar diretrizes de mensuração do impacto do programa Cooperjovem nas comunidades, escolas e cooperados de municípios onde este está sendo desenvolvido pela primeira vez a partir de 2012. “Estes resultados trarão uma visão bem clara da eficácia, eficiência e dos resultados do programa”, conclui Maria Eugênia. (Informe OCB)

CÓDIGO FLORESTAL: Líderes discutem acordo para votação do projeto na Câmara

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Os líderes partidários se reúnem nesta terça-feira (20/03), às 16h30, para discutir um acordo para a votação da Lei Geral da Copa (PL 2330/11) e do novo Código Florestal (PL 1876/99). As duas propostas podem ser votadas em sessões extraordinárias. A pauta das sessões ordinárias está trancada por nove medidas provisórias. 


Supressões - O relator do PL 1876/99, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), adiantou na sexta-feira (16/03) que, embora ainda não haja acordo sobre a recomposição de áreas de plantio consolidadas em margens de cursos d’água, ele deverá adotar a redação final do Senado com algumas supressões. O relator pede urgência para a votação da proposta. Em sua opinião, o “pior cenário” é prosseguir com a insegurança jurídica em que os produtores rurais se encontram. “O texto está pronto”, ressaltou. O governo também defende a votação da proposta, mas quer aprovar o substitutivo do Senado sem alterações.


Negociação - O novo líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), negocia com os ruralistas a votação do substitutivo do Senado. Ele lembra que o acordo feito para aprovação do código naquela Casa contou com a participação da bancada ruralista da Câmara.


APPs - Nas áreas de preservação permanente (APPs) nas margens de rios, de acordo com o texto do Senado, só poderão ter continuidade as atividades produtivas iniciadas até 22 de julho de 2008. Nesses casos, o texto dos senadores prevê como contrapartida a recomposição de parte da vegetação nativa. Para rios de até 10 metros de largura, o proprietário deverá recuperar 15 metros. Rios com leitos maiores deverão ter APPs entre 30 e 100 metros. O texto aprovado pela Câmara em maio de 2011 prevê a mesma regra para as áreas próximas a rios com menos de 10 metros, mas não estabelece normas para os rios mais largos e deixa a normatização desses casos para a União e para os estados.


Obrigatoriedade - O relator concordou em manter a obrigatoriedade apenas para a recomposição de áreas verdes das margens de rios com até 10 metros de largura. As divergências, no entanto, ainda não foram definitivamente equacionadas porque integrantes da Frente Parlamentar  da Agropecuária não aceitam a obrigatoriedade de recomposição de APPs em nenhuma área produtiva às margens de rios. Para o presidente da frente, deputado Moreira Mendes (PSD-RO), “não tem sentido, em um cenário de fome no mundo, o Brasil reduzir área produtiva”. O que está em uso, na opinião dele, tem de continuar.


Regimento - Paulo Piau informou que o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) chegou a fazer uma consulta ao presidente da Câmara, Marco Maia, sobre a possibilidade regimental de apenas suprimir do texto final a obrigatoriedade de recompor os 15 metros de APPs em áreas próximas aos rios com 10 metros de leito. Essa obrigatoriedade está prevista nos textos aprovados tanto pela Câmara quanto pelo Senado. Pelo Regimento Interno, se um dispositivo é aprovado pelas duas Casas ele não pode mais ser retirado da proposta.


Votação - Moreira Mendes informou que, apesar das divergências, a frente também quer votar o texto do novo código. O deputado explicou que há “uma posição unânime dos integrantes de votar com o relator”. Caso as reivindicações não sejam incluídas no substitutivo de Paulo Piau, Moreira diz que cada partido deve fazer destaques para votação em separado dos pontos de que discordar.


Não ao adiamento - O parlamentar garante que os integrantes da frente não vão aceitar o adiamento da votação para o segundo semestre. Ele diz que não há um clima de disputa ou de tensão com o governo. Os deputados, segundo Moreira Mendes, compreendem a importância da aprovação do novo Código Florestal, mas não aceitam pressões. “Não vamos aceitar ser trocados por Rio+20 ou o que quer que seja”.


Áreas urbanas - Outro ponto que causava controvérsia no texto aprovado pelo Senado era a previsão de que, nas expansões urbanas, os projetos deveriam prever 20 metros de área verde por habitante. Piau concordou em suprimir essa obrigatoriedade. Embora concorde com o princípio, considera que iriam encarecer os lotes urbanos, inclusive os projetos de interesse social do governo. (Agência Câmara)

MERCADO I: Alta do dólar e da soja estimula venda da safra

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A alta do dólar e da soja nos últimos quinze dias animou os produtores rurais de todo o país a evoluir com a comercialização da safra 2011/12. De acordo com especialistas consultados, as vendas da oleaginosa subiram de 5% a 10% no período. 


Mais espaço - Apesar de as cotações internacionais terem iniciado a semana em correção, as perspectivas dão conta de que há mais espaço para valorizações das commodities. “Estamos vivendo uma situação muito peculiar, com patamares acima da média e com perspectivas de chegarmos próximo aos melhores preços da história”, avalia o consultor da FC Stone, Glauco Monte. 


Preços - Depois de um período morno, a soja voltou a bater em R$ 50 por saca no Paraná. Já no Porto de Paranaguá, a oleaginosa foi negociada a R$ 56 por saca. Em comparação ao final de janeiro deste ano, quando a saca estava sendo comercializada a R$ 47, a alta foi de 16%. 


Câmbio - Para melhorar ainda mais os preços médios de venda, o dólar também subiu nos últimos dias, chegando ao patamar de R$ 1,80. No Mato Grosso, conforme informações da FC Stone, entre 50% a 60% da safra já foi comercializada. Conhecido pelo conservadorismo em relação a vendas antecipadas, o Paraná já negociou 50% da safra que está com a colheita na reta final.


Cenário mundial - Para o analista de commodities da Cerealpar, Steve Cachia, além da alta do câmbio, o mercado da soja está positivo devido ao cenário mundial, com quebra da safra nos principais países produtores: Brasil, Argentina e, possivelmente, nos Estados Unidos. “A oferta mundial tende a diminuir, enquanto que a demanda, liderada pela China, deve continuar crescendo de forma agressiva. Não há previsão, a curto prazo, de oferta abundante, o que preocupa o mercado”, observa. Numa análise global, ele aponta que enquanto o dólar é instável, a expectativa é de que as cotações futuras da Bolsa de Chicago devam aumentar.


Páreo duro - Além da quebra da safra na América do Sul, o mercado internacional começa a esquentar por causa da briga por área entre soja e milho nos Estados Unidos. As primeiras expectativas são de que o milho vai ganhar mais área do que a soja. Monte explica que a soja teve altas mais expressivas justamente para tentar roubar área do cereal. O milho tem se mantido estável no mercado, mas a perspectiva é menos positiva para o segundo semestre, quando deve ser confirmada uma safra maior do grão durante o ciclo 2012/13.


Situação apertada - Steve Cachia observa que a situação mundial do milho também está historicamente apertada, mas não tão preocupante quanto a da soja. “Não há muito estoque de milho, mas o potencial de produção deixa o mercado mais calmo”. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

MERCADO II: Na comercialização, 2013 é agora

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O cenário atual está tão positivo que tem estimulado vendas da safra 2012/2013, que só vai ser plantada no segundo semestre deste ano no Brasil. De acordo com dados da FC Stone, em torno de 20% a 25% da próxima safra de Mato Grosso foram comercializados, com aceleração acentuada nos últimos 15 dias. No Oeste da Bahia, onde esteve a Expedição Safra Gazeta do Povo, também há relatos de vendas da próxima temporada de verão.


Contrato - O produtor Jaime Cappellesso diz ter comprometido 10 mil sacas (o equivalente a 25% da produção esperada) e terá de entregar até maio de 2013. No cumprimento do contrato, vai receber R$ 46 por saca. “Gostaria que a soja ficasse dez anos nesse preço”, diz. Ele analisa que, na venda antecipada, sempre se perde quando a base de comparação são os picos de preço. Por outro lado, uma boa oportunidade de negócios não pode ser desperdiçada por quem quer garantir a cobertura dos custos de produção, defende.


Positiva - A negociação antecipada da safra 2012/2013 é vista de forma positiva pelos especialistas. “Há uma possibilidade das cotações futuras na Bolsa de Chicago melhorarem, o que pode levar a preços acima da média. Num cenário assim, o produtor deve aproveitar e vender nem que seja em poucos volumes”, salienta Glauco Monte, da FC Stone. E completa: “o produtor irá pegar uma curva muito interessante, com o dólar futuro acima de R$ 1,90 para fazer parte do volume que usará para cobrir os custos”.


Momento propício - Para o analista da Cerealpar, Steve Cachia, o momento também é propício para as negociações. No entanto, ele sugere cautela. “O mercado em patamares mais altos, de repente pode começar a recuar”, diz. Cachia considera que até meados de agosto – quando a safra americana deve ser confirmada – o mercado deve estar volátil e agitado. “Até lá há espaço, pois todos continuarão comprando”, comenta. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

EXPEDIÇÃO SAFRA: MaToPiBa estabelece novo patamar de produtividade

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Num ano marcado por expansão de 9% na área de soja e milho, o Centro-Norte brasileiro começa a colheita de verão em meio a relatos de quebra e de ampliação na produtividade. Mesmo com alterações climáticas, praticamente todos os agricultores perseguem um novo patamar de rendimento por hectare, verificou a Expedição Safra Gazeta do Povo, em viagem de 6,5 mil quilômetros realizada na última semana.


Para trás - A marca de 50 sacas por hectare, que predomina enquanto média no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, está sendo deixada para trás. Os produtores do MaToPiBa assentam suas expectativas entre 60 e 70 sacas/ha. Os técnicos que atuam em campo confirmam: é perfeitamente possível subir mais um degrau com as novas tecnologias disponíveis, ainda nesta temporada.


Evolução tecnológica - A evolução tecnológica é medida, por exemplo, pela disponibilidade de sementes de soja de alto potencial. Até meados da década passada, apenas cinco variedades eram consideradas apropriadas ao cultivo. Hoje são mais de 20. E não param de chegar grãos com rendimento capaz de colocar o MaToPiBa, uma região em que a terra nua mais parece com areia, no topo do ranking nacional de produtividade.


Média local - A média local de rendimento não é maior devido á própria expansão da produção. Nas terras que são cultivadas pela primeira vez, o solo, com baixa concentração de nutrientes, rende perto de 40 sacas de soja por hectare. Essa marca é suficiente para cobrir custos e está fazendo com que o arroz perca espaço enquanto cultura de estreia no plantio do Cerrado. 


Produtividade - Com 4 mil hectares de soja, a família Pieta abre 500 ha por ano em Currais, no Piauí. Como ainda cobre as áreas novas com arroz, a expectativa é que a oleaginosa chegue a 60 sacas por hectare, afirma Ivo Pieta, um dos quatro irmãos catarinenses de São Lourenço do Oeste que migraram para a nova fronteira 11 anos atrás. “Tiramos 52 sacas por hectare ano passado e agora, como não faltou chuva, podemos chegar a 60.” 


Veranico - Na Bahia, um veranico fora de época atrapalha essa evolução. O fenômeno é considerado normal em janeiro, mas, como chegou em fevereiro, prejudicou a fase de enchimento das vagens e a formação dos grãos. Os casos de perda estão ao sul e a noroeste de Luís Eduardo Magalhães. Já em Formosa do Rio Preto, mais a oeste, as chuvas chegaram em volume suficiente.


Quebra - Com 2 mil hectares de soja num desses bolsões de seca em LEM, Franco Bosa prevê queda de 60 para 50 a 55 sacas por hectare. Em 200 hectares de milho, não houve perda. Os 30% das lavouras da oleaginosa colhidos nos últimos dias confirmam o recuo em produtividade. O clima quente e seco acelerou o ciclo das lavouras e reduziu o número de grãos por planta, explica o agricultor. “Valeu a lógica da perpetuação das espécies. Com falta de água, a planta se apressa para gerar sementes, mesmo em número menor, e garantir uma nova geração”, disse o produtor, que é zootecnista. 


Quebras expressivas - As manchas de quebra são mais expressivas na Bahia. No Piauí, os casos são raros e a tendência é de aumento na produtividade. O estado é o que mais vem expandindo suas lavouras na região. No Maranhão, houve chuva considerada normal e a ocorrência de quebras é acompanhada à distância. O Tocantins, por sua vez, vem registrando inclusive excesso de umidade, o que mos­­tra que, quanto mais a oeste do MaToPiBa, mais água caem sobre as plantações. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

OFERTA E DEMANDA: Arroz e feijão perdem espaço na mesa e no campo

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A mudança nos hábitos de consumo dos brasileiros vem impactando diretamente as decisões dos produtores rurais no campo. A dupla mais famosa do cardápio nacional – o feijão e o arroz – sente ano a ano os efeitos dessas transformações alimentares da população. Embora o consumo total de feijão e arroz esteja aumentando em virtude do crescimento do número de habitantes, a média per capita anual vem caindo, segundo dados oficiais. Enquanto na década de 1960 uma pessoa consumia, em média, 25 quilos de feijão por ano, atualmente essa média é de 17,2 quilos por pessoa, conforme último levantamento realizado pela Embrapa Arroz e Feijão. 


Área cultivada - A troca do combinado que já esteve muito mais presente na mesa dos brasileiros pressionou a área cultivada com os dois produtos nos últimos anos. No caso do feijão, a redução, tanto da área total como da produção, deve ser de 5%. De 4 milhões de hectares cultivados no Brasil durante o ciclo 2010/11, somente 3,8 milhões de hectares voltaram a receber as sementes de feijão em 2011/12.


Paraná - O Paraná, maior produtor nacional do grão, reduziu ainda mais suas apostas, 15% no último ano, de 522 mil hectares para 444 mil hectares. Além disso, a seca que atingiu a principal colheita de feijão do estado, deve pressionar em 20% a produção final paranaense, que deve alcançar 5,1 milhões de toneladas, contra 4,3 milhões colhidos em 2010/11.


Novas pressões - Apesar da ligeira recuperação do consumo per capita na década de 1990, o produto pode sofrer novas pressões daqui para frente. “Com o aumento do poder aquisitivo, a tendência é que haja crescimento no consumo de carnes em detrimento do feijão”, afirma Alcido Wander, supervisor de transferência de tecnologia da Embrapa Arroz e Feijão. “Além disso, a mudança dos hábitos alimentares das novas gerações, exposta a um leque muito amplo de alimentos industrializados e fast food, deve comprometer a queda no consumo tanto de arroz como de feijão”, acrescenta ele.


A hora da aposta - No campo, a demanda, que por sua vez, guia os preços, é que definem as apostas dos produtores na hora do plantio, explica o analista de mercado Marcelo Lüders, da Correpar. Ele lembra que em agosto do ano passado – período de plantio da safra de verão – o preço da saca de feijão carioca no Paraná era de R$ 80. Diante do preço, considerado baixo, e dos riscos climáticos, boa parte dos produtores acabou optando por reduzir a área e apostar em culturas mais rentáveis, como o milho e a soja.


Produtor - Este é o caso de Jesse Ricardo Prestes, produtor de Castro, nos Campos Gerais. Ele reduziu de 30% para 20% a área destinada ao cultivo do feijão na última safra. Menos sensível às variações climáticas, a soja foi à cultura escolhida para ocupar o espaço vago na lavoura, já que o preço do feijão era desfavorável. “O feijão vale mais no mercado, mas também oferece mais riscos. Depois de três anos de prejuízo é natural que o produtor comece a buscar alternativas”, afirma ele. Mesmo com a redução da área e a produtividade comprometida pela estiagem, o produtor espera colher 10 mil sacas de feijão na segunda safra, que começou a ser colhida agora no Paraná. Como houve queda na produção, Prestes acredita que vai se beneficiar dos bons preços do produto no mercado interno. 


Valor - Hoje, uma saca do feijão carioca vale, em média, R$ 190.


Quebra de safra no Sul eleva preços até maio - A escassez de feijão no mercado, provocada pela quebra de safra no Sul do país, especialmente no Paraná e Rio Grande do Sul, está fazendo com que os consumidores paguem mais pelo quilo do produto nas gôndulas. O quilo do tipo mais consumido no país, o carioca, subiu 46% em quatro meses, saltando de R$ 1,90 para R$ 5, segundo dados da Correpar. 


Feijão preto - Já o feijão preto foi o que registrou a maior alta de janeiro para fevereiro, 14,4% conforme o Índice de Preços ao Consu­midor Amplo (IPCA) de fevereiro, medido pelo IBGE. O aumento foi o maior registrado na categoria alimentos, que inclui carnes, vegetais, grãos, café e açúcar. Segundo o analista de mercado da Correpar Marcelo Lüders, os preços do feijão devem continuar altos até maio, quando começa chegar ao mercado a segunda safra, que foi plantada em janeiro. 


Produtor aproveita - Para os produtores, por outro lado, o momento é favorável. No Paraná, a redução de quatro mil hectares na área de cultivo e queda de 20,5% na produção fez o preço da saca de feijão carioca saltar de R$ 95 em novembro de 2011 para R$ 190 em fevereiro. Quem arriscou e manteve a mesma área de plantio do grão, está conseguindo recuperar parte das perdas dos últimos três anos. O produtor Eduardo Medeiros, de Castro, nos Campos Gerais, é um deles. Ao contrário da maioria, Medeiros mantém em 200 hectares a área que utiliza para o plantio do grão há 20 anos. Como estratégia para minimizar as perdas climáticas ele passou a escalonar a safra, fazendo o plantio em outubro, novembro, dezembro e janeiro.


Estimativa - Apesar da quebra, ele estima colher oito mil sacas até o final de abril. “Plantar feijão é como jogar pôquer, você não pode abandonar a mesa no meio do jogo”, diz ele, referindo-se aos altos e baixos de quem trabalha com a cultura. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

ALGODÃO: Impasse no pacto entre Brasil e EUA

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O acordo do algodão entre Brasil e Estados Unidos ameaça chegar a um impasse semanas antes da visita da presidente Dilma Rousseff a seu colega Barack Obama, no dia 9 de abril na Casa Branca. O Congresso americano caminha para prorrogar ou ampliar os subsídios aos agricultores do país, o que poderá levar o Brasil a reabrir o processo de retaliação contra produtos dos EUA.


Reunião em Washington - Na semana passada, o embaixador brasileiro na Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo, reuniu-se em Washington com técnicos do Senado e da Câmara dos EUA para reiterar a posição de que as propostas em exame pelos parlamentares americanos aumentam, ao invés de diminuir, o grau de distorção dos programas de subsídios americanos para a commodity.


Pagamento direto - Os EUA têm um programa de pagamento direto de US$ 600 milhões anuais aos seus cotonicultores. Em tese, um produtor de algodão pode ficar em casa vendo televisão, mesmo sem produzir, que no fim do mês recebe seu cheque de milhares de dólares vindo dos cofres públicos.


Garantia de renda - Agora, o Congresso quer acabar com esse pagamento direto e partir para um programa de US$ 450 milhões destinado a garantir a renda do produtor. Ocorre que esse seguro de renda embute um incentivo para a expansão da produção, o que distorce mais o comércio internacional. O produtor passaria a receber ajuda do governo conforme o volume de produção e a receita esperada.


Cálculos - Pelos cálculos do Brasil, cada dólar de Washington ao provável novo programa causaria distorção quatro vezes maior do que os pagamentos diretos atuais. Assim, enquanto o governo americano argumenta que reduzirá os gastos de US$ 600 milhões para US$ 450 milhões, para o Brasil o novo programa, se aprovado no Congresso, multiplicaria para até US$ 1,8 bilhão os dispêndios, dependendo das condições do mercado. "O novo programa é mais distorcivo do que o anterior e nos preocupa muito, porque vai deprimir os preços internacionais ainda mais e causar prejuízos aos nossos produtores", afirma Roberto Azevedo.


Disputa - O acordo do algodão, fechado em 2010, colocou fim a uma disputa de cerca de uma década na OMC em torno dos subsídios dos EUA, que foram declarados ilegais. Os EUA, que têm um histórico problemático em cumprir decisões da OMC, cederam apenas depois de o organismo dar sinal verde para o Brasil impor retaliações aos produtos americanos.


Compensações temporárias - Em 2010, os EUA concordaram em dar compensações temporárias ao Brasil, como pagamentos anuais ao Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), até que o sistema de subsídios fosse corrigido definitivamente em sua lei agrícola - a "Farm Bill", que deveria ser discutida este ano.


Marco - Mais do que uma disputa comercial, o acordo do algodão é um marco nas relações recentes entre Brasil e EUA. Foi fechado mesmo em uma época em que os americanos estavam irritados com as tentativas brasileiras de negociar com o Irã, já que defendiam retaliações para interromper um programa nuclear iraniano supostamente em desacordo com as regras internacionais.


Parcial - Quase dois anos depois, o acordo foi implementado apenas parcialmente pelos americanos. Uma das promessas era que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) derrubaria barreiras sanitárias à importação de carne bovina de 13 Estados brasileiros. Nesse sentido, Washington já prometeu diversas vezes colocar uma norma sob consulta pública, mas até agora isso não foi feito.


Aumento do prêmio - Por outro lado, os EUA vêm cumprindo o compromisso de aumentar o prêmio do seguro de crédito a exportação sempre que a demanda aumenta e os montantes solicitados acionam um gatilho. No entanto, Azevedo nota que o ajuste periódico do prêmio, ao final do atual acordo bilateral do algodão, não será suficiente para levá-lo ao patamar que o Brasil considera necessário para Washington cumprir as determinações da OMC e eliminar subsídios proibidos no crédito a exportação.


Correção do problema - O Congresso americano não dá indicações de que corrigirá o problema na "Farm Bill". Em um ano de eleições presidenciais, com Obama na disputa por um segundo mandato, é pequeno o apetite político para enfrentar um assunto muito caro a poderosos grupos de interesse em Washington, como os agricultores.


Desfecho - O desfecho mais provável, avalia uma fonte de Washington, é o Congresso empurrar o tema com a barriga, prorrogando a atual "Farm Bill" até 2013. Mas o governo americano negociou compensações temporárias com o Brasil apenas até 2012, e se a solução for adiada o Brasil poderá, eventualmente, ter o direito de pedir compensações adicionais.


Ponto central - Um dos pontos centrais do acordo é o pagamento anual de US$ 147,3 milhões do governo americano ao IBA, algo até então inédito na OMC. O orçamento do próximo ano fiscal dos EUA, que começa em outubro, não o prevê, até porque seria uma admissão de que o país de fato não fará a correção na "Farm Bill". Em tese, o USDA poderá remanejar alguns de seus fundos para garantir esse pagamento entre outubro e dezembro. Mas poderá haver reações de congressistas republicanos que defendem um ajuste fiscal mais radical - e que, em 2011, tentaram bloquear os pagamentos ao IBA. Também ficaria aberta a definição de como Washington fará os pagamentos a partir de janeiro de 2013.


Hipótese - Outra hipótese é o Congresso aprovar uma versão piorada da "Farm Bill", agravando os subsídios pagos aos agricultores. Há alguma chance de os parlamentares incorporarem uma proposta apresentada pelo Conselho Nacional do Algodão (entidade de "lobby" dos agricultores americanos), tornando o sistema mais distorcivo, na visão brasileira.


Retaliações - Se os americanos piorarem os subsídios, o Brasil poderá reativar as retaliações contra centenas de produtos, sob a forma de sobretaxa quando entrarem no mercado brasileiro. Os EUA podem, em tese, alegar na OMC que cumpriram as exigências ou pedir para pagar uma compensação menor ao Brasil. Também podem sustentar que os preços de mercado são mais favoráveis, o que levou à redução dos subsídios. Nesse caso, restará aos americanos pedir a OMC a abertura de um "painel de implementação" para os juízes confirmarem se Washington pôs fim aos subsídios condenados.


Preocupação -No lado político, há uma clara preocupação no Itamaraty de evitar que o caso ganhe força durante a visita de Dilma a Obama. "Todo mundo está consciente que o problema não é causado pelo governo Obama, mas pelo Congresso", afirmou uma fonte brasileira em Washington. (Valor Econômico)

RECEITA: Governo negocia compensação por perdas no ICMS

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a acenar nesta segunda-feira (19) com a possibilidade de oferecer compensações para os Estados que devem perder recursos com a proposta de uniformizar a alíquota do ICMS nas operações interestaduais com bens e mercadorias importadas. 


Governadores - Mantega recebeu os governadores do Espírito Santo, Renato Casagrande, e de Santa Catarina, Raimundo Colombo, para discutir o assunto. Os dois Estados estão entre os que devem perder receita caso o Senado aprove a resolução que unificará a alíquota do ICMS. Segundo o senador Delcídio Amaral (PT-MS), que participou do encontro, o ministro propôs compensações que poderiam chegar a R$ 3 bilhões para os capixabas. 


Detalhes - Mantega evitou, entretanto, dar detalhes sobre o que poderia ser feito para efetivar essa compensação. "A oportunidade para o Espírito Santo não é pouca não. Conta com investimentos e construção de um polo gás químico em Linhares", disse Delcídio. 


Alternativas - Outras alternativas apresentadas por Mantega, conforme relato do parlamentar, seriam a possibilidade de o governo comprar adiantamentos de royalties de petróleo, e a oferta de uma linha de crédito de longo prazo específica para os Estados. "São alternativas que a Fazenda já estudou e agora foram apresentadas", disse o senador, acrescentando que o assunto volta a ser discutido com o Executivo na próxima quinta-feira (22/03). Está prevista uma audiência pública para debater o tema no Senado nesta terça-feira. (Agência Estado / Gazeta do Povo)

INTEGRADA: Lançada campanha sobre pacote de benefícios

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Já está no ar a campanha da Integrada para divulgar aos associados o pacote de benefícios que a cooperativa oferece. Com o slogan “Trabalhando para você crescer”, a campanha está sendo veiculada nos principais veículos de comunicação do Paraná. 


Objetivo - O objetivo é divulgar a força da Integrada no agronegócio paranaense e ressaltar que, quanto mais negócio o cooperado fizer com a cooperativa, mais ele ganha. “A Integrada foi a cooperativa que mais cresceu em 2011, com 32% de aumento sobre o faturamento do ano anterior”, comenta o presidente da Integrada, Carlos Murate. “Queremos mostrar que, quando a Integrada cresce, todo mundo cresce junto com ela”, completa o presidente da cooperativa.


Ações - O pacote de benefícios da Integrada é composto por diversas ações desenvolvidas pela cooperativa que asseguram mais produtividade e renda para os associados, como devolução de sobras, restituição de ICMS, serviços de assistência técnica, agricultura de precisão, descontos em planos de saúde, convênios educacionais e muitos outros.


Impressos - Além da campanha publicitária, a cooperativa também vai distribuir materiais impressos aos cooperados explicando o pacote de benefícios. Para mais informações, os associados podem procurar uma unidade da Integrada que os colaboradores irão explicar os detalhes dos benefícios oferecidos pela Integrada. (Imprensa Integrada)

C.VALE: Seminário da Mulher será realizado dia 28

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