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TEMPO: Inmet alerta para clima seco

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A umidade relativa do ar continua abaixo dos 30% nos estados de Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Mato Grosso; sudeste de Rondônia; centro e oeste da Bahia; sul do Piauí; e Triângulo, oeste, noroeste e norte de Minas Gerais. O aviso especial 259 do Instituto Nacional de Metrologia (Inmet) informa que as condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de baixos índices de umidade relativa do ar entre terça-feira, 19 de julho, até o final da semana, 22 de julho. No Centro-Oeste, o Inmet prevê névoa seca em Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal nesta terça-feira (19/07).

Chuvas - Somente em Mato Grosso do Sul há possibilidade de pancadas de chuvas esparsas. Também pode chover no Sudeste em locais isolados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e em São Paulo, com possibilidade de trovoadas. O céu fica claro somente no Espírito Santo. No Sul, a previsão é de pancadas de chuva e trovoadas no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O Inmet prevê céu nublado a parcialmente nublado no Nordeste, com chuvas isoladas no Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia. Também existe possibilidade de chuva em Alagoas. Na região Norte, a meteorologia prevê chuvas no Amazonas, Pará, Amapá e Roraima. O céu aparece entre nuvens somente no Acre. (Imprensa Mapa)

ENTREVISTA: \"Sistema de crédito rural brasileiro está ultrapassado e precisa ser reformulado\"

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Depois de concorrer ao governo do estado e concluir seu mandato como senador da República pelo Paraná, Osmar Dias assumiu um dos cargos mais estratégicos para o agronegócio brasileiro. Em abril, foi nomeado vice-presidente de Agronegócio e de micro e pequenas empresas do Banco do Brasil. O cargo lhe deu a responsabilidade de gerir uma carteira de clientes cujo orçamento deve alcançar R$ 90 bilhões até o final do ciclo 2011/12, 43% de todo o crédito rural disponibilizado pelo principal agente financiador da safra do país. Sem contar os R$ 60 milhões de orçamento previstos para a área de micro e pequenas empresas. Agricultor e pecuarista no Paraná e no Tocan­­tins, Dias falou à Gazeta do Povo sobre o sistema de crédito rural brasileiro, um assunto que divide opiniões entre o setor produtivo. Confira abaixo trechos da entrevista. 

O senhor acabou de concluir um mandato como senador pelo Paraná e assumir um dos cargos mais importantes para o agronegócio no país. Como bom conhecedor do assunto, se sente mais em casa agora? 

É bem diferente do que eu fazia no Senado, mas no Senado também me dava satisfação porque eu consegui realizar aquilo que me levou para lá: defender o estado, projetos que viraram emenda na constituição ou que viraram lei. Ao banco, chegou com um objetivo bem claro: possibilitar a aplicação de tecnologia no campo através da liberação de recursos ao produtor. Assumo com o pensamento de produtor, de um técnico que trabalhou muitos anos defendendo a agricultura no legislativo e no executivo como secretário. Essa experiência acumulada me dá uma base para criar idéias novas, que já começam a ser colocadas em práticas para modernizar e colocar o credito do BB no mesmo patamar da tecnologia da Embrapa.

O crédito vem crescendo no país, mas sempre é motivo de reclamação. O produtor precisa de mais crédito, na sua avaliação? 

Se a gente for calcular o que uma safra despende de recursos, chegamos em um numero próximo a R$ 170 bilhões de reais. O crédito que está sendo liberado para esta temporada soma R$ 123 bilhões. Mas eu creio que a reclamação do produtor não é nem em relação à disponibilidade de credito, mas sim ao acesso. O banco não pode oferecer operações de crédito sem se garantir. E quanto o produtor deixa de pagar por 90 dias ele já é considerado um produtor de risco e isso dificulta a tomada de crédito. Se todos eles estivessem pagando em dia, o dinheiro estaria fluindo em uma velocidade maior. Por outro lado, o sistema atual de classificação de risco faz com que haja atraso e, às vezes, até restrição de acesso ao crédito. Então, eu levei para o banco uma nova filosofia. Tiramos da "lista negra" 40 mil produtores que tinham feito a rolagem de divida em 2008, quando houve a crise mundial e os preços caíram. Considerar inadimplente um produtor que está pagando suas parcelas em dia não é correto. A outra medida que estamos adotando para melhorar o fluxo e agilizar o processo de financiamento é a implantação de crédito rotativo de cinco anos. Não vamos conseguir implantar isso para essa safra, porque antes é preciso vencer uma serie de dificuldades, gerar essa tecnologia, colocar na rede do banco e receber a aprovação do CMN (Conselho Monetário Nacional), mas tenho esperança de que na próxima vai estar funcionando. 

O Sr. acredita que a dívida rural, que é estimada em mais de R$ 110 bilhões e está voltando a ser discutida Congresso, será quitada algum dia? 

Sempre fui contra perdão de dívida. Defendo não a anistia, mas a readequação do perfil da dívida à capacidade de pagamento do produtor. Os prazos que estão estabelecidos hoje não coincidem com o momento que ele vai ter renda. Então descasa o pagamento com a receita e ele acaba ficando inadimplente. Esse pacote de dívidas que o Congresso fala nunca foi verdadeiro. R$ 114 bilhões é o maior absurdo. Uma coisa é o estoque de dívidas que o produtor tá pagando e a outra é aquela divida que já está vencida. É preciso separar essas duas situações. Acredito que a dívida vencida mesmo não chegue a R$ 10 bilhões. 

Qual a sua proposta para resolver isso? 

Nós já tomamos medidas em relação à suinocultura e ao arroz, que são atividades que não estão remunerando o custo de produção. Estamos prorrogando a parcela que venceria esse ano pro final da fila, ou seja, no final do financiamento ele paga a parcela de hoje. Ele vai pagar esse ano só juros. E prorrogamos as parcelas de custeio em alguns casos em até cinco meses. Sem renda, o produtor era obrigado a vender pelo preço que o atravessador queria. Agora, com a prorrogação o pagamento, pode segurar e não precisa vender as pressas. Para os demais setores, defendo a negociação caso a caso, adequando o perfil da divida à capacidade de pagamento do produtor, mas jamais a anistia. 

Quanto tempo o Sr. acha que o Brasil demora para chegar ao patamar do sistema de crédito de concorrentes como Estados Unidos ou União Europeia? 

Nosso manual do crédito rural é de 1965, ou seja, tem 46 anos. Já está bem ultrapassado e precisa ser reformulado. Se conseguirmos implantar o crédito rotativo e o seguro de renda, acho que estaremos no mesmo patamar dos países mais desenvolvidos do mundo. O BB já o banco que mais financia agricultura no mundo, em valores financiados e em número de famílias. 

O seguro de faturamento é o primeiro passo para o Brasil melhorar o sistema de crédito? 

É. Hoje, o seguro agrícola brasileiro protege uma quantidade muito pequena da produção, não paga nem o financiamento do produtor e, pior, só protege contra os riscos de clima. O ideal seria um seguro de renda que garantisse também o preço. Essa é uma reivindicação antiga mi­­nha, que, num primeiro momento, teve dificuldade de ser aceita, mas que depois foi recebida com bastante entusiasmo pelo banco. O Ministério da Fazenda acha que tem que testar na soja, que é uma cultura com menos risco, para medir os efeitos disso. Tenho certeza q o produtor vai aderir e que será ampliado para outras culturas que precisam bem mais que a soja, como o milho safrinha, por exemplo. Dessa forma não haveria necessidade de o governo está rolando dívida, anistiando produtor. O seguro cobriria tudo. 

Existe algum "plano b" caso o seguro de faturamento não atinja a meta de 2 mil contratações? 

A expectativa é que dê certo, que a taxa de adoção seja alta para comprovarmos ao Ministério da Fazenda que o seguro de renda é uma medida acertada, principalmente para o safrinha e o trigo. Mas a gente precisa de duas coisas para completar essa política de seguros e crédito. Uma delas é a regulamentação do Fundo de Catástrofe, porque sem ele as seguradoras não vão ter coragem de investir no setor. E outro é a obrigatoriedade do seguro com recurso controlado porque assim aumenta-se a base e o seguro se torna mais barato. Hoje é caro porque o sujeito faz o seguro no safrinha, mas não faz na soja. Se tivesse a obrigação de fazer em tudo, o prêmio cairia de 8% cairia para 2%. 

Hoje existe uma necessidade de provisão de créditos duvidosos de 4,6% daquilo que é desembolsado pelo banco. Era de 7,8% e deve cair mais. A qualidade do crédito está melhorando? 

Como cai o risco, o governo se arrisca mais, coloca mais recurso. Claro que a gente renegociar com quem quer pagar e não pode, mas não pode haver uma política de frouxidão com quem toma credito e fica inadimplente porque quer. Quem pode pagar e não paga, suja a água do bom pagador. Precisamos classificar bem e ter um atendimento personalizado exatamente para diferenciar os produtores daqueles que não são agricultores, mais sim especuladores. (Gazeta do Povo)

FÓRUM DO AGRONEGÓCIO: Plano safra e políticas públicas em discussão hoje, em Curitiba

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As políticas do governo estadual para o agronegócio paranaense e as perspectivas do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2011/12 são destaques do Fórum do Agronegócio e do Varejo, evento que acontece nesta segunda-feira (18/07), a partir das 14 horas, na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. Para falar sobre esses assuntos, foram convidados os secretários estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, e de política agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz. Também ministram palestras o consultor da Tendências Consultoria Integrada, Nathan Blanche, que discorrerá sobre as tendências da economia, do câmbio e do agronegócio para 2011, e a gerente de operações do Banco Regional de Desenvolvimento para o Extremo Sul (BRDE), Carmem Rodrigues, que vai apresentar os programas de investimentos para as cooperativas paranaenses. O evento é promovido pelo Sistema Ocepar e conta com a participação de dirigentes e profissionais da área comercial, financeira, operacional e técnica das cooperativas e de empresas ligadas ao agronegócio.

SESCOOP/PR: Capacitação para auditores internos nos dias 19 de 20 de julho

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O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR) realiza, nos dias 19 e 20 de julho, na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, um curso dirigido a profissionais da área de auditoria interna das cooperativas do Paraná. As orientações serão repassadas pelos instrutores José Reinaldo Theiss e Manfredo Krieck, da Actus Auditores Independentes e Learned Consultores. A programação contempla a abordagem de temas como os últimos pronunciamentos da Audibra / The Institute of Internal Auditors; controle de operações como apoio à controladoria; cálculo dinâmico dos custos de aquisições de matérias primas e mercadorias para revenda dos preços sugeridos de vendas; participação da auditoria interna na formulação de estimativas e dos controles e padrões, entre outros assuntos.

Inscrições e informações - As vagas ao curso são limitadas e as inscrições devem ser feitas até esta quinta-feira (14/07) pelo site www.ocepar.org.br. Mais informações com Vera de Paula (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1124) ou com Emerson Barcik (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1137).

COCAMAR I: Começa a colheita do milho no norte e noroeste do Paraná

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A colheita do milho safrinha começou na sexta-feira (15/07) na região da Cocamar, que compreende partes das regiões norte e noroeste do Estado. Quem plantou mais cedo, como o produtor Sebastião Pittarelli, conseguiu amenizar o dano causado pelas recentes geadas. Em sua propriedade, localizada no município de Iguaraçu, a produtividade dos primeiros talhões é considerada razoável: 200 sacas em média por alqueire. Segundo Pittarelli, o volume não é ruim, mas está 60% abaixo do obtido na safra de 2010, que foi a melhor de todos os tempos. Para o administrador Laércio de Oliveira Dias, o começo da colheita confirma que "o segredo para garantir bom resultado no milho é mesmo plantar mais cedo", hábito cada vez mais comum entre os agricultores da região.  

Área -  Ao todo, foram cultivados 215 alqueires. O plantio se deu entre os dias 17 de fevereiro e 8 de março, informou Dias. "Praticamente 100% da lavoura está bem adiantada. Estamos colhendo primeiro os locais onde a seca afetou mais."

 

Antecipação - A dica do administrador é que o planejamento da safrinha deve ser iniciado antes da safra de verão. "O produtor que pensa em investir nessa cultura deve plantar soja mais cedo, no início de outubro, de preferência com variedades precoces". A fazenda, tida como modelo na região, também aderiu a uma nova tendência: cultivar milho com 45 centímetros entre as linhas (praticamente a mesma distância empregada na soja). Segundo o administrador, os resultados também são melhores "A palhada fica bem distribuída e o solo mais macio, o que beneficia o plantio da soja. Ele disse que não observou diferença quanto a produtividade.

 

Quebra - Segundo a Cocamar, a lavoura de milho de inverno deve apresentar uma redução de produtividade entre 30 e 35%. Além de fortes geadas, a cultura passou por um prolongado período de estiagem e, alguns municípios, ventos causaram o acamamento das plantas. (Imprensa Cocamar)

COCAMAR II: Diretoria visita municípios para prestar contas aos cooperados

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Depois de promover na última semana uma série de 22 reuniões com produtores cooperados na região de Londrina para a prestação de contas do primeiro semestre, a diretoria da Cocamar inicia nesta terça-feira (19) uma programação semelhante no restante de sua área de atuação, com mais 17 eventos, sendo que outros três dependem ainda para definição de data. Amanhã, o roteiro começa às 8h30 por Paranacity, seguindo-se às 10h em Atalaia, às 16h em Floresta e às 16h30 em Paiçandu e Nova Esperança. As duas últimas reuniões desta semana acontecem na sexta-feira às 8h30 em Iporã e às 10h em Altônia, mas serão agendados posteriormente os encontros com os produtores de Paranavaí, Ourizona e Jussara. Além de falar sobre o desempenho da cooperativa na primeira metade do ano, os eventos abordam também as perspectivas para os meses seguintes, incluindo as tendências do mercado de commodities. (Imprensa Cocamar)

ENERGIA I: Alcopar comemora 30 anos em julho

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No último dia 13 de julho, a Alcopar - Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná - comemora 30 anos. Para marcar a data, programou para o dia 29, a partir das 19 horas, no Hotel Bristol, em Maringá, um evento comemorativo com a presença de autoridades, lideranças do setor e diretores de todas as unidades industriais sucroenergéticas do Paraná. Além de homenagens, estão previstas palestras com nomes representativos do setor. "Nestes 30 anos, a Alcopar tem sido uma incubadora de grandes ideias e projetos de vital importância para o setor, além de sua atuação política e educacional que contribuíram para o sucesso e unidade do setor", afirma o atual presidente, Miguel Tranin, destacando as conquistas e a força das lideranças que passaram pela entidade.

Atuação - Desde que foi criada em 1981, a Alcopar se tornou forte canal de reivindicações do setor no Paraná visando melhorar as condições de competitividade. Também atuou de forma conjunta com o governo e outras entidades em fóruns nacionais e internacionais. Através de convênios, ainda tem possibilitado constante capacitação dos profissionais das usinas que atuam no campo e na indústria. (Jornal Paraná)

ENERGIA II: ANP prevê que nova regra sobre etanol valerá em 15 dias

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As novas regras que terão o objetivo de garantir o abastecimento de etanol no Brasil deverão começar a valer no prazo de 15 dias, disse na sexta-feira (15/07) o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Haroldo Lima. As medidas exigirão contratos de longo prazo entre produtores e distribuidores do combustível, de dois anos, e também a armazenagem obrigatória pelas usinas de 8 por cento da produção no final de cada safra no centro-sul. Segundo o que foi proposto inicialmente pela ANP, após a autarquia ter sido encarregada pelo governo de regular o mercado, o produtor de etanol anidro deverá possuir, em 1o de março de cada ano, estoque em volume compatível com, no mínimo, 8 por cento de sua produção de etanol anidro no período de abril, do ano anterior, a fevereiro do ano corrente...".

Audiência pública - A resolução sobre o tema foi colocada em audiência pública no início de junho e recebeu, desde então 172 emendas, segundo Lima. Mas, de acordo com o diretor, as propostas não entraram em divergência com o proposto pela agência. "O exame das emendas mostrou que as emendas são mais na forma do que no conteúdo, não teremos divergências", afirmou ele a jornalistas nesta sexta-feira. Em um mês, as empresas já terão de seguir o compromisso de firmar contratos de longo prazo, segundo Lima. O governo determinou que a ANP regule o setor de etanol em meio a uma perspectiva de escassez de oferta do biocombustível, após produtores do centro-sul, que respondem por cerca de 90 por cento da safra de cana do país, avaliarem que a produção cairá em 2011/12. Questionado sobre a queda na produção esperada pelo setor e se isso não impediria as usinas de cumprirem as novas regras, Lima disse que a alternativa para as empresas será importar etanol. O diretor-geral da ANP disse já ter conversado com a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar, que representa os produtores do centro-sul), distribuidores e também com Petrobras, e todos os principais os agentes já teriam concordado com a nova resolução.

 

11ª RODADA - Lima reiterou a preocupação com a realização da 11ª rodada de petróleo e gás, mas descartou eventual pressão da Petrobras para atrasar o evento. "Se fosse na rodada do pré-sal, a Petrobras poderia se preocupar, mas 11ª rodada, não será tanto assim, não afeta o orçamento", afirmou. Supostas pressões da Petrobras ocorreriam uma vez que a estatal ainda não aprovou o seu novo plano de negócio para 2011-2015.

O diretor lembrou que a 11ª rodada terá áreas na margem equatorial do Brasil, sem áreas do pré-sal. "Assim que a presidente (Dilma Rousseff) assinar, em dois dias o edital está na rua e podemos fazer o leilão em 115 dias", declarou ele, sem detalhar os motivos da demora. O Conselho Nacional de Política Energética já aprovou a realização da 11ª rodada, mas a decisão de realizá-la ainda depende de Dilma. (Reuters)

SOJA: Plantio deve atingir novo recorde

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O plantio da próxima safra de soja do Brasil (2011/12) deverá atingir um recorde de 24,92 milhões de hectares, aumento de 764 mil hectares na comparação com a temporada anterior (2010/11), estimou a consultoria Agência Rural. Se confirmada a previsão, será o quinto ano consecutivo de aumento de área da soja no Brasil. "Os bons preços da soja na Bolsa de Chicago, que já garantiram uma antecipação sem precedentes da comercialização da safra brasileira, devem ser responsáveis também por mais um recorde, o de área plantada", afirmou a Agência Rural em comunicado.

Ranking - O Brasil é o segundo produtor e exportador de soja do mundo, atrás dos Estados Unidos. Com base na intenção de plantio estimada pela consultoria e na tendência de produtividade, a produção brasileira de soja poderia atingir 73,4 milhões de toneladas. Esse volume ficaria abaixo das 75 milhões de toneladas da última safra, quando as lavouras contaram com um clima próximo do ideal. O Brasil registrou na última safra uma produtividade recorde, superior a 3.100 kg por hectare, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). No caso de a produtividade recorde se repetir em 11/12, o Brasil poderia ter a maior safra da história novamente. (DCI)

ALIMENTAÇÃO: Feira Sabores do Paraná começa quarta-feira com 1.500 itens à venda

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Começa na próxima quarta-feira (20/07) e vai até domingo (24/07) a XII Feira Sabores do Paraná - edição Curitiba, no Pavilhão de Exposições do Parque Barigui. Estarão expostos para degustação e venda mais de 1.500 itens elaborados por 250 agroindústrias familiares de diferentes regiões do Estado. Os organizadores esperam pelo menos 30 mil visitantes e um volume de comercialização superior a R$ 1,5 milhão. A feira é realizada pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab). Entre os produtos que serão expostos estão geleias, doces, patês, conservas, biscoitos, bolachas, condimentos, pimentas, queijos e cogumelos, além de licores, vinhos, sucos, salames e outros embutidos, mel e derivados de rapadura, massas congeladas, sorvetes, polpa de frutas e café, entre outras delícias e receitas exclusivas de famílias, passadas de geração em geração, mas que conservam o tradicional sabor do campo.

Produtos - Muitos produtos já são conhecidos dos consumidores que frequentam a feira todos os anos, mas novos produtores, como Eliseu Queiroz, de Mamborê, Noroeste do Paraná, também têm espaço garantido. Ele participa há menos de um ano da Fábrica do Agricultor - programa da Seab que visa a inserção dos pequenos e médios agricultores no mercado, gerando emprego e renda no meio rural - e trabalha com uma grande variedade de doces, compotas e frutas cristalizadas. "São mais de 70 tipos. Nossas compotas são diferenciadas, com receitas bem antigas, iguais àquelas que a avó da gente fazia, todas com gosto da fruta mesmo", disse o produtor.

No fogão a lenha - O doce de mamão enroladinho é um dos carros-chefes de sua produção, bem como as compotas e geleias de kiwi e o doce de mamão ralado. Ele também produz doces de goiaba, de pêssego e pera caipiras - tudo feito no fogão a lenha, sob o comando da mulher e da sogra, detentora das receitas. Seu Eliseu e o sogro ficam com a tarefa de descascar as frutas e rotular as embalagens. "A matéria-prima vem do sítio da família, e quando não é suficiente os vizinhos colaboram", conta o responsável pela agroindústria. Na feira os vidros de compotas vão ser vendidos a R$ 8, e os de geleia a R$ 7 (grandes) e R$ 5 (pequenos). As bandejas de frutas cristalizadas vão custar R$ 5.

Bolos e conservas - Entre os expositores mais antigos está Ingrid Junker Schiochet, proprietária da Fábrica de Biscoitos Jonker, localizada em Palmeira, na região Centro-Sul do Estado. Descendente de holandeses, ela mantém a tradição na produção de suas torradas, folhados, pães e bolos. Valeska, que ajuda a mãe na administração da empresa, disse que uma das especialidades preparadas para esta edição da feira é o gevulde, bolo de condimentos à base de canela, noz-moscada e amêndoas. "Trata-se de uma receita original que minha mãe herdou do pai dela, padeiro na Holanda antes de imigrar para o Paraná", afirmou Valeska Schiochet. Além deste bolo, todas as variedades de bolachas produzidas pela família seguem as receitas e as técnicas do avô.

Promoção - A Feira Sabores do Paraná é uma promoção da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, e executada pelo Programa Fábrica do Agricultor e Emater. Nesta edição os organizadores esperam pelo menos 30 mil visitantes e um volume de comercialização superior a R$ 1,5 milhão. De acordo com Eder Dalla Pria, coordenador do Programa Fábrica do Agricultor, os consumidores que vão à feira costumam sair satisfeitos porque compram produtos saborosos, de qualidade e a preços bastante acessíveis. "São produtos feitos artesanalmente e com preços inferiores aos similares expostos em pontos de venda tradicional", disse. "Além dos produtos tradicionais e já conhecidos, na feira sempre surgem novos sabores que buscam atender aos paladares mais exigentes. Isto significa que a cada edição os produtos vão ficando mais sofisticados, mas sem perder o sabor do campo. Isso demonstra a criatividade e a vontade dos agricultores familiares em divulgar e mostrar o seu potencial", afirmou.


Parceria - Este ano mais uma vez os Correios colocam sua estrutura à disposição das agroindústrias familiares no transporte da produção aos pontos de varejo, para facilitar a concretização dos negócios para regiões distantes dos locais de produção.  (Agência Estadual de Notícias)

EDUCAÇÃO: Em uma década, Paraná perde metade das escolas rurais

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Foz do Iguaçu - O número de escolas rurais no Brasil está em queda. Conforme o Censo Escolar, no ano 2000 o país tinha 117.164 escolas rurais. Em 2009, o número caiu para 83.036, uma redução de 29%. No Paraná, estado de vocação agrícola por excelência, a tendência de fechamento das escolas é ainda maior e chega a 44% no mesmo período. Em 2000 o estado contava com 3.062 estabelecimentos. Em 2009, o número passou a ser 1.715.  Inúmeros fatores contribuíram para o fechamento das escolas rurais nos últimos anos, segundo a professora Viviane Fernandes Faria, diretora de Educação para a Diversidade do Ministério da Educação (MEC).

População - O que pesou na balança foi a diminuição da população rural em cerca de 10% entre 2000 e 2009; a redução do número de matrículas, que nos últimos três anos chegou a 13% principalmente no campo, uma realidade influenciada pelo declínio populacional. Outro motivo é a mudança de status das escolas, que antes eram rurais e passaram a ser consideradas urbanas. Muitas delas ainda existem em distritos e comunidades de pequenos municípios, no entanto não são consideradas mais rurais porque as cidades ampliaram os perímetros urbanos. "Esta queda não significa necessariamente que a escola fechou, mas sim que mudou de status."

 

Incentivos - Viviane explica que não há uma política do governo federal para de fechar as escolas até porque uma determinação do Conselho Nacional de Educação (CNE) de 2008 estabelece que, de preferência, crianças devem cursar da educação infantil às séries iniciais do ensino fundamental nas localidades onde moram. Há incentivos, através do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Va­­lorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), para manter as crianças nas localidades e não usar o transporte escolar para ir longe. O ministério recomenda que as crianças fiquem no máximo uma hora nos ônibus durante os deslocamentos. Também tem orientado estados e municípios a não fecharem as escolas do campo porque os estabelecimentos têm uma função social nas comunidades.

 

Nucleação - No entanto, muitas prefeituras - as principais gestoras das escolas rurais por administrarem mais de 50% dos estabelecimentos brasileiros que ficam no campo - acabam optando pela nucleação, quer dizer, oferecem transporte escolar e reúnem crianças de diferentes comunidades em um só estabelecimento de maior porte. Segundo Viviane, o MEC não tem poder de fazer intervenções quanto ao fechamento das escolas rurais porque os municípios têm autonomia. A fiscalização cabe ao Ministério Público (MP). "Enquanto tiver duas, três, quatro crianças e tiver escola, é preciso garantir a educação delas próxima à residência", enfatiza Viviane.  Para as prefeituras tornou-se inviável manter algumas escolas no campo porque o número de alunos diminuiu. A oferta de transporte escolar para o deslocamento dos estudantes passou a ser a opção mais barata. Os municípios alegam que muitos estudantes deixaram de estudar em escolas precárias e em regime multisseriado para frequentar colégios de melhor qualidade. Na contramão desta realidade, especialistas em educação criticam a qualidade do transporte oferecido e dizem que há estudantes do campo que passam por problemas na área urbana, incluindo o preconceito.

 

Falta de alunos - Em Foz do Iguaçu, nos últimos anos foram fechadas três escolas rurais por falta de alunos. As cinco que restaram nas comunidades atendem 250 alunos e são multisseriadas. Também convivem com a redução do número de alunos a cada ano. "A tendência é diminuir o número de alunos e, não tendo demanda, não compensa", diz Regina Fidélis, da Secretaria de Educação de Foz do Iguaçu. Não há escolas nas comunidades a partir da 5ª. série, por isso os estudantes precisam, obrigatoriamente, deslocar-se para outros bairros e para isso dependem do transporte escolar. É o caso de Maurício José Almeida da Silva, 13 anos.

Até a 4.ª série, ele estudou na Escola Municipal Ébano Pereira. Há quase dois anos passou a usar o transporte escolar para se deslocar a um colégio estadual onde estuda atualmente. Para ele, a nova escola é melhor porque é mais movimentada e não tem aulas multisseriadas. "Tem mais gente, mais amizade e é mais movimentado", diz. Maurício fica cerca de 45 minutos no ônibus para chegar ao colégio, mas ainda considera a escola atual melhor. 

 

Pequenos municípios - Nem mesmo em pequenos municípios com tradição agrícola as escolas persistem. Em Medianeira, região Oeste, onde há 41.830 habitantes, a manutenção de escolas rurais tornou-se inviável. A única escola que restou na área rural, hoje considerada urbana, fica no distrito de Mara Lúcia e só não fechou porque a comunidade fez protestos para mantê-la aberta. Em Ortigueira, há 15 escolas rurais que atendem alunos das redes municipal e estadual. A política do município, que chegou a ter uma escola na área rural a cada seis quilômetros, é diminuir os estabelecimentos rurais que funcionam em regime multisseriado que hoje chega a um total de quatro, diz o diretor da Secretaria de Educação Ronaldo de Góis. "As escolas multisseriadas diminuíram e a tendência é a total extinção delas", diz.

CREDITO RURAL: Nova linha de crédito vai resgatar endividados

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O governo decidiu criar uma nova linha especial de financiamento na tentativa de "resgatar" produtores rurais endividados sem acesso ao crédito rural. Mesmo com o ótimo momento da agropecuária nacional, um grupo significativo de produtores tem dívidas antigas renegociadas que os impedem de contratar novos empréstimos. A meta do governo é alongar esses débitos. Os ministérios da Fazenda e da Agricultura ainda negociam os termos e as condições do crédito especial. A nova linha será oferecida a fornecedores de insumos, cooperativas rurais e cerealistas a juros subsidiados pelo Tesouro Nacional. O modelo será parecido com a antiga linha Giro Rural, criada em junho de 2005 com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)

Características - A nova linha deve ter limite de até R$ 1 bilhão e juros de 8% a 10%. A taxa dependerá do orçamento disponível no Tesouro para subsídios dessa natureza. O prazo de pagamento deve ser de 3 a 4 anos. Os recursos financiarão empresas que atuam nas pontas de fornecimento e de compras dos produtores. Mas as companhias têm que assumir o compromisso de refinanciar os débitos desse grupo para "garantir fôlego" ao caixa dos produtores. Parte desse grupo não tem limite de crédito nos bancos, sobretudo no Banco do Brasil. Outra parte não consegue financiamento a juros razoáveis nas tradings e nos próprios fornecedores de insumos. No início de julho, o governo anunciou R$ 107,2 bilhões de crédito aos produtores empresariais, mas uma parcela do setor continuou a reivindicar uma solução para os "endividados crônicos".

Bolha - A medida tenta evitar uma nova "bolha" de renegociação de dívidas mais à frente. Embora a inadimplência do setor rural esteja diminuindo, há alguns focos de resistência. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, admite haver "problemas pontuais" em alguns "nichos" de produtores, como aqueles endividados com bancos de montadoras. "A inadimplência pós-crise (de 2008) é mínima. Há apenas alguns resíduos. Por isso, seria uma linha para recomposição", disse o ministro ao Valor. Rossi afirmou, entretanto, que os técnicos da Agricultura ainda negociam com o Ministério da Fazenda os detalhes da nova linha. "A Fazenda tem auxiliado sobremaneira a agricultura".

Recuo - O ministro avalia que a inadimplência no campo tem recuado e os produtores mais capitalizados têm optado por quitar as parcelas anuais de seus débitos atrasados de forma antecipada. O Banco do Brasil, por exemplo, já recebeu mais de 60% das dívidas renegociadas antes do vencimento previsto para este ano. "No Funcafé, os produtores também têm pago antecipadamente suas dívidas. Vivemos um momento muito bom", disse o ministro da agricultura. O governo avalia que a nova linha permitirá um alongamento nas dívidas antigas, mas também busca criar regras para evitar o uso político e eleitoral da medida. Não se admite, sobretudo na Fazenda, uma nova renegociação geral de dívidas. Alguns casos têm sido autorizados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mas apenas em situações de emergência climática ou de significativos prejuízos econômicos da cadeia produtiva. (Valor Econômico)

INFRAESTRUTURA: Crise no Dnit ameaça melhoria das rodovias

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A decisão do governo de suspender temporariamente todas as licitações tocadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), após as denúncias de corrupção que atingem a Pasta dos Transportes, pode mexer com a eficiência logística programada para Belo Monte. O novo ministro dos Transportes, Paulo Passos, já sinalizou que vai tentar destravar algumas obras que poderiam ser prejudicadas se perderem a "janela hidrológica", ou seja, o período de seca.

Transamazônica - Em Belo Monte, todas as atenções voltam-se para a BR-230, a Transamazônica. Boa parte dos funcionários, equipamentos e insumos da obra passarão por essa rodovia. Hoje, a Transamazônica é a única estrada que liga a pequena vila de Belo Monte, onde será construída a casa de força principal da hidrelétrica, às principais cidades vizinhas de Altamira e Marabá. A situação atual da rodovia é de total precariedade. São centenas de quilômetros de terra e buracos onde, durante os meses de chuva, ninguém consegue passar. O Dnit, segundo Luiz Fernando Rufato, diretor de construção do consórcio Norte Energia, já havia sinalizado que iria asfaltar pelo menos 80 quilômetros da Transamazônica, até Altamira. Com 4.977 quilômetros de extensão, dos quais apenas 1.672 estão pavimentados, a Transamazônica começa no município de Cabedelo (PB) e segue até Benjamin Constant (AM), na fronteira com o Peru. O traçado corta sete Estados: Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas.

Obras - Um dos trechos mais complicados da estrada localiza-se justamente no Pará, onde será construída a hidrelétrica. Dono do maior trecho da BR-230, com 1.569 quilômetros, o Pará tem apenas 225 quilômetros da Transamazônica devidamente pavimentados. Outros 907 quilômetros, segundo informações do Dnit, já estariam com a pavimentação em andamento ou em processo de licitação. Se o cronograma do Dnit for mantido, esses 907 quilômetros estarão asfaltados até dezembro de 2013, com investimento da ordem de R$ 1,1 bilhão. A sonhada pavimentação de toda a Transamazônica está prevista para até dezembro de 2016. Entre suas obras está a construção de uma ponte sobre o rio Madeira, no município de Humaitá (AM), com mais de um quilômetro de extensão.

Ponte - Na pequena vila de Belo Monte, está prevista a construção de uma ponte para cruzar o rio Xingu, ligando o vilarejo ao município de Anapú. A falta de licenciamento ambiental, segundo Vilmar Soares, coordenador-geral do Fórum Regional de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental da Transamazônica e Xingu (Fort Xingu), também é fator de preocupação. O Dnit prevê a pavimentação de 700 quilômetros entre os municípios de Marabá e Rurópolis, mas 530 quilômetros ainda dependem de liberação de licença ambiental do Ibama e de autorizações da Fundação Nacional do Índio (Funai). "Não podemos conceber que se construa Belo Monte e continuemos sem estrada para escoar a produção regional", diz Vilmar Soares. "Lutamos durante mais de 30 anos para que a hidrelétrica saísse do papel. A pavimentação da Transamazônica é vista pela região como uma condição para que Belo Monte seja construída."

Estradas - A partir da Transamazônica, o consórcio Norte Energia vai trabalhar na abertura de diversas estradas que ligarão os vários canteiros de obras e alojamentos de Belo Monte. Luiz Fernando Rufato, diretor de construção do consórcio, calcula que nada menos que 400 quilômetros de estrada serão abertas na mata e pavimentadas com cascalho. Boa parte desse trecho já são "travessões", estradas estreitas de terra que dão acesso a pequenas vilas e sítios. Quando a barragem de Belo Monte estiver pronta e entrar em operação, comenta Rufato, alguns quilômetros da Transamazônica ficarão embaixo d"água. Nesses locais serão construídos trechos elevados e desvios para não interromper a rodovia. (Valor Econômico)

COMÉRCIO: EUA se comprometem em pagar ao Brasil compensação por algodão até 2012

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Representantes do governo dos Estados Unidos se comprometeram a continuar pagando a compensação pelos subsídios do algodão ao Brasil até o fim de 2012, e pediram este prazo para negociar mudanças na política de incentivos agrícolas no Congresso americano sem enfrentar uma retaliação brasileira. O acordo foi firmado na sexta-feira (15), em reunião com representantes dos dois governos no Rio de Janeiro. Segundo o Itamaraty, o governo reafirmou seu compromisso de não aplicar a retaliação autorizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2009. No mês passado, o Brasil disse que retaliaria os Estados Unidos caso o pagamento da compensação fosse suspensa. Para evitar que Brasil aplicasse a retaliação de US$ 829 milhões permitida pela OMC há dois anos, os EUA acertaram, no ano passado, o pagamento de uma compensação de US$ 147,3 milhões anuais para compensar o Brasil pelos subsídios que paga aos produtores de algodão americanos.

Legislação - Em junho, porém, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou uma lei para suspender o pagamento da compensação. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que o Brasil retaliaria os Estados Unidos comercialmente caso a lei fosse sancionada. "A eventual suspensão dos pagamentos ao Fundo do Algodão configurará um rompimento de um compromisso bilateral", disse o chanceler na ocasião. De acordo com o Itamaraty, representantes dos EUA pediram até o fim de 2012 para negociar, no Congresso, mudanças dos subsídios pagos aos agricultores, e reafirmaram o compromisso de pagar a compensação. Diante da promessa, o Brasil decidiu que manterá suspensa a retaliação autorizada pela OMC.

Senado
- Embora o fim do pagamento da compensação tenha sido aprovada no Congresso, precisa ser votada no Senado e depende de sanção do presidente Barack Obama para entrar em vigor. O fim do pagamento da compensação foi proposto pelo deputado democrata Ron Kind. Ele defende que os EUA parem de conceder subsídios a seus produtores em vez de pagar uma compensação ao Brasil. Entretanto, o fim dos subsídios depende de aprovação do Congresso americano e enfrenta resistência de vários setores. A demora esperada para o processo levou o Brasil a aceitar a contraproposta dos EUA em caráter temporário.

Reunião - O evento de hoje, no Rio, foi a quarta reunião trimestral de consultas entre o Brasil e os Estados Unidos desde a assinatura, em junho do ano passado, do acordo-quadro que estabeleceu o pagamento da compensação em troca de uma não retaliação brasileira. Na reunião, o governo brasileiro informou os representantes americanos sobre as ações do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), criado para gerir os recursos transferidos pelos Estados Unidos nesta compensação temporária, aplicados para promover o setor do algodão no Brasil. Além disso, foram discutidos detalhes técnicos para um programa a fim de garantir crédito americano às exportações brasileiras, e os dois países avançaram nas negociações para que o Brasil possa exportar carne bovina proveniente de 14 estados para os americanos. (Agência Brasil)

AGRICULTURA: Importação chinesa de soja deve se recuperar no 2º semestre

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As importações chinesas de soja devem se recuperar no semestre deste ano depois de uma fraca demanda desde o final do ano passado, mas o mercado permanece cauteloso quanto às políticas do governo, disseram traders que participam de uma conferência de óleo e oleaginosas em Xi'an. Fraco consumo de ração, especialmente pelo setor de suínos, e as políticas de governo impedindo as companhias de elevarem os preços de óleos vegetais devido às preocupações com a inflação derrubaram a demanda por soja pela China no primeiro semestre. As importações nos primeiros seis meses deste ano somaram 23,71 milhões de toneladas, queda de 8,1 por cento sobre o mesmo período do ano anterior. "Grandes importações no ano passado ajudaram a construir estoques e afetaram as compras (no primeiro semestre), mas as importações são esperadas para se recuperar gradualmente neste ano", disse Zhang Yuehua, o chefe do setor agrícola do Ministério do Comércio. Se a previsão se confirmar, o Brasil deverá se beneficiar já que é o segundo principal fornecedor de soja para a China, após os Estados Unidos.

Suínos e farelo - A oferta restrita de porcos devido aos altos preços e às epidemias afetaram a demanda por farelo na China e contribuíram para uma inflação anualizada de 6,4 por cento no mês passado. O governo adotou uma série de medidas para melhorar a indústria de alimentação de suínos, incluindo a concessão de 100 iuans (15,5 dólares) para cada fêmea nascida para aumentar a oferta de animais e esfriar a inflação que é a maior em três anos. Traders disseram que a demanda por farelo recuperou-se desde o mês passado, mas que pode levar algum tempo para os estoques serem consumidos. Participantes da indústria esperam que a demanda por oleaginosas se recupere no segundo semestre. A única questão é se a reviravolta vai aparecer no terceiro ou quarto trimestre, disse um representante do Sinograin Oils Corp.

Estimativas - Traders estimam que as importações chinesas de soja em 2010/11, iniciado em outubro, fiquem iguais ou ligeiramente maiores as do ano anterior, revertendo o declínio visto no primeiro semestre. As importações de soja em 2010/11 são estimadas em 51,6 milhões de toneladas, alta de 2,5 por cento no ano, disse Zhang Jinjun, vice-diretor geral do departamento do departamento de oleaginosas da estatal COFCO Ltd. (Reuters)

AGENDA: Fórum dos presidentes nos dias 28 e 29, em Curitiba

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Será realizado nos dias 28 e 29 de julho, em Curitiba, o Fórum de Presidentes das Cooperativas Paranaenses. O evento, promovido pelo Sistema Ocepar em comemoração ao 89º Dia Internacional do Cooperativismo, será realizado na sede da entidade, em Curitiba, e deve reunir cerca de 100 participantes. O presidente João Paulo Koslovski fará a abertura às 18h30. Na sequência, o governador Beto Richa vai apresentar as propostas de políticas públicas do governo do Estado. Haverá ainda a entrega do 8º Prêmio Ocepar de Jornalismo. O Fórum prossegue no dia 29 com a apresentação da palestra "O contexto macroeconômico: como lidar com as incertezas", ministrada pelo professor José Pascoal Rosseti, pesquisador e docente da Fundação Dom Cabral, atuando em programas de gestão avançada e nos MBAs executivo e empresarial. Em seguida, o professor Lélio Lauretti vai falar sobre "Ética nas organizações: desafios à frente". Lauretti é economista, com cursos de especialização em Mercado de Capitais pela Fundação Getúlio Vargas e Administração para Presidentes, pela Harvard Business School.

Jovemcoop nos dias 21 e 22 de julho, em Londrina

Falta pouco para o 20º Encontro Estadual da Juventude Cooperativista (Jovemcoop), que reunirá, em Londrina, nos dias 21 e 22 de julho, mais de 400 jovens de diversas cooperativas agropecuárias do Paraná. Este ano, a anfitriã do Jovemcoop será a Cooperativa Integrada e os organizadores estão acertando os últimos detalhes para o encontro, que promete ser um grande espaço para debate dos principais assuntos ligados à sucessão familiar na atividade agrícola e ao futuro do setor.

Programação - A programação contará com palestras sobre as tendências do agronegócio e sobre as relações entre as gerações X e Y, que aborda os conflitos e desafios enfrentados por pais e filhos para a sucessão familiar na atividade produtiva. Haverá também a participação do Professor Pachecão, precursor do estilo "aula show" e que ministra palestras com o foco na motivação de jovens. Durante o encontro será realizada ainda uma oficina onde serão apresentados cases de sucesso envolvendo a juventude cooperativista. Os participantes poderão trocar experiências e conhecer os trabalhos desenvolvidos por jovens de diversas cooperativas do Estado. O evento é promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo - Sescoop/PR.

FÓRUM DOS PRESIDENTES: Ocepar reúne dirigentes cooperativistas nos dias 28 e 29, em Curitiba

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Cerca de 100 dirigentes cooperativistas devem participar, nos dias 28 e 29 de julho, do Fórum de Presidentes das Cooperativas Paranaenses. O evento, promovido pelo Sistema Ocepar em comemoração ao 89º Dia Internacional do Cooperativismo, será realizado na sede da entidade, em Curitiba. O presidente João Paulo Koslovski fará a abertura às 18h30. Na sequência, o governador Beto Richa vai apresentar as propostas de políticas públicas do governo do Estado. Haverá ainda a entrega do 8º Prêmio Ocepar de Jornalismo.

Palestras - O Fórum prossegue no dia 29 com a apresentação da palestra "O contexto macroeconômico: como lidar com as incertezas", ministrada pelo professor José Pascoal Rosseti, pesquisador e docente da Fundação Dom Cabral, atuando em programas de gestão avançada e nos MBAs executivo e empresarial. Ele também é consultor de empresas para análise prospectiva do ambiente de negócios, internacional e nacional. Em seguida, o professor Lélio Lauretti vai falar sobre "Ética nas organizações: desafios à frente". Lauretti é economista, com cursos de especialização em Mercado de Capitais pela Fundação Getúlio Vargas e Administração para Presidentes, pela Harvard Business School. Também ministra aulas nos cursos de governança corporativa do IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.

BATAVO: Cooperativa recebe produtores de Teixeira Soares e Imbituva

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APASEM: Verticalização preocupa produtores paranaenses

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A verticalização, que é uma forma de ajuste nas relações comerciais entre obtentores de tecnologia de semente e os produtores, foi um dos temas da reunião da diretoria da Apasem realizada em Curitiba, na terça-feira, dia 12/07/2011. Os produtores presentes à reunião mostraram-se muito preocupados com a verticalização, que estabelece parâmetros estreitos de receita do produtor, que arca com todos os riscos de produção. Além disso, alguns obtentores insistem para que parte da semente seja tratada com seus produtos, mesmo antes da garantia de venda, o que causa um novo transtorno no caso da semente não ser vendida, que terá uma destinação ecologicamente correta, de alto custo. Ao final da reunião, o presidente da Apasem, Marcos Antonio Trintinalha, disse que vai propor à Abrasem - Associação Brasileira de Produtores de Sementes, que negocie com os obtentores visando reduzir os atuais custos de utilização da semente OGM. "A tecnologia é importante, mas é preciso haver um equilíbrio para democratizar o acesso aos produtores", frisou.  Preocupa também a diretoria a concentração de plantio que está ocorrendo no Estado em algumas cultivares , o que no passado já ocasionou problemas graves de produção. "Qualquer problema sanitário ou até climático pode levar a uma grande quebra de produtividade, e isso já ocorreu no passado" disse o presidente.

Atuação limitada - Na verticalização, os obtentores definem a quantidade de semente que será multiplicada pelos produtores, o destino e o preço de venda, dessa forma definindo a receita dos produtores. O presidente da Apasem, Marcos Antonio Trintinalha, afirmou que vários os associados demonstraram grande preocupação com essa verticalização: "O produtor de semente arca com os altos custos de montagem e manutenção da UBS, campos de multiplicação de sementes, assistência técnica, mão de obra, cumprimento das normas e exigências legais, entre outros. Por isso ele não concorda com a verticalização, que aumenta sua dependência em relação aos obtentores", frisou.

 

Obtentores - Por outro lado, a nova política comercial para a tecnologia OGM para a safra 2011/2012, divulgada recentemente por um dos obtentores, estabelece que o agricultor que utilizar no plantio 60 kg de sementes de soja por hectare e obtiver produtividade acima de 60 sacas por hectare, deverá pagar o valor de indenização de 2% sobre a quantidade que exceder o volume do crédito de isenção, sendo que na regra anterior para esse volume de semente plantada o excesso só aconteceria a partir de 73 sacas por hectare. Como em várias regiões do Paraná a produtividade ultrapassa as 60 sacas por hectare, aumenta também o valor  pago pela utilização da nova tecnologia. O diretor executivo da Apasem, Eugênio Bohatch, afirmou que "a preocupação do setor é muito grande, pois o produtor vai ficar dependente de obtentores que definirão os preços de venda das sementes e estabelecerão as regras do mercado. Para poderem multiplicar as sementes, os produtores pagam aos obtentores entre 4 a 14 kg de grãos para cada saca de 40 kg, o que equivale a um custo que varia de 10 a 35%. A conseqüência desse custo para multiplicar a semente poderá significar, segundo estima a Apasem, o aumento do plantio da semente própria pelos agricultores e o crescimento do uso da semente ilegal. (Assessoria de Imprensa Apasem)