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PLANEJAMENTO: Paraná busca apoio do BNDES para financiar novos programas

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O secretário do Planejamento e Coordenação Geral, Cassio Taniguchi, reuniu-se esta semana com técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para discutir a liberação de uma linha de financiamento ao Estado, no valor aproximado de R$ 173 milhões. Os recursos serão usados para dar suporte a uma série de programas que deverão ser enquadrados no novo Plano Plurianual 2012/2015.

Programas prioritários - "Dentro do cronograma de trabalho, o Paraná deverá selecionar e aprofundar os estudos em alguns dos programas prioritários nas áreas de segurança pública, gestão administrativa e justiça, e adaptá-los às regras da instituição, para que possam ter apoio por meio desta linha de crédito", informa o secretário Taniguchi. "Por isso o governo Beto Richa vem buscando estreitar o diálogo com o BNDES."

 

Presenças - Participaram do encontro o chefe do Departamento de Desenvolvimento Urbano e Regional do BNDES, Luiz Souto, e o economista Marcio Zeraik.

 

BNDES - O BNDES é uma empresa pública federal e atualmente é o principal instrumento de financiamento de longo prazo para investimentos em todos os segmentos da economia, em uma política que inclui as dimensões social, regional e ambiental. Desde a fundação, em 1952, o BNDES se destaca no apoio à agricultura, indústria, infraestrutura e comércio e serviços, oferecendo condições especiais para micro, pequenas e médias empresas. O banco também vem implementando linhas de investimentos sociais, direcionados para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. (AEN)

SAFRA 2011/12 III: Sicredi projeta liberar R$ 3,8 bilhões aos produtores

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A expectativa do Sicredi é de liberar R$ 3,8 bilhões para o Plano Safra 2011/2012, disponibilizando aos associados recursos para custeio, investimento e comercialização nas linhas de crédito disponíveis. Para os meses de julho e agosto, a previsão de liberação de recursos é de R$ 1,3 bilhão. Para a safra 2011/2012 entra em vigência uma série de alterações estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) nas normas dos financiamentos (de renda e limite de crédito) com recursos do crédito rural, relativos às modalidades de custeio, investimento e ligadas ao Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), ao Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) e também aos financiamentos concedidos pelo BNDES.

Recursos - Cerca de R$ 1 bilhão está reservado ao Pronamp, devido à alteração já anunciada pelo CMN, no critério de enquadramento desta linha, que passa dos atuais R$ 500 mil para R$ 700 mil, e o limite de financiamento, que passou de R$ 275 mil para R$ 400 mil. Já para o Pronaf  a expectativa de liberação de recursos é de R$ 850 milhões e R$ 1,95 bilhão destinados aos demais produtores. Serão atendidas demandas de crédito de mais de 150 mil associados.

Paraná - No Estado a expectativa é liberar aproximadamente R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 360 milhões ofertados nos meses de julho e agosto. Para o presidente da Central Sicredi PR e Sicredi Participações S.A, Manfred Alfonso Dasenbrock, a evolução dos números do Sicredi neste segmento, demonstra o desenvolvimento do setor agrícola, atualmente praticando bons preços e com demanda crescente por alimentos. "O Sistema, por meio das Cooperativas, tem se mostrado eficaz no atendimento do associado em relação ao Crédito Rural, na hora certa e no que diz respeito a recursos e orientações de aplicação", declara. Dasenbrock diz ainda que o volume de recursos no Pronaf é expressivo, pois são operações de menor escala, destinadas a produtores de agricultura familiar. (Imprensa Sicredi)

Expectativa de liberação no Paraná:                                               Previsão para liberação em julho e agosto:

Demais produtores 

R$ 600 milhões

 

Demais produtores 

R$  160 milhões

Pronamp

R$ 350 milhões

 

Pronamp

R$  110 milhões

Pronaf 

R$  260 milhões

 

Pronaf 

R$    90 milhões

 

 

 

 

 

Total 

R$ 1,2 bilhões

 

Total 

R$   360 milhões

INFRAESTRUTURA: Antaq promete harmonia de interesses e soluções concretas para a Appa

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O diretor Tiago Lima esteve no Porto de Paranaguá nesta quinta-feira (30/06) e foi recebido pelo secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, e pelo superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Airton Vidal Maron. O objetivo da visita foi conhecer de perto as demandas da Appa e buscar soluções para questões pendentes junto à Antaq. O diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Tiago Lima, visitou o Porto de Paranaguá nesta quinta-feira. Ele foi recebido pelo secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, e pelo superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Airton Vidal Maron. O titular da Unidade Administrativa da Antaq em Paranaguá, Rudnei de Lorenzi Cancellier, também participou da visita.

Importância estratégica - De acordo com Lima, o Porto de Paranaguá tem importância estratégica para o Brasil e visitá-lo faz parte do trabalho da Agência em procurar, através de ações regulatórias, solucionar questões pendentes, principalmente no que se refere a alguns arrendamentos. Para ele, o objetivo da Antaq é harmonizar interesses e buscar soluções concretas um vez que é de conhecimento da Agência que alguns arrendamentos precisam ser ajustados e através de uma ação regulatória o objetivo é harmonizar os interesses dos arrendatários do porto público.

Projetos - Além de participar de reuniões com toda a diretoria da Appa, Lima conheceu o cais do Porto de Paranaguá e foi informado sobre os detalhes dos projetos de expansão e modernização dos portos paranaenses. Para Richa Filho, a vinda do diretor da Antaq ao Porto de Paranaguá demonstra a significativa melhora do relacionamento do Porto com os órgãos federais. "Muitos avanços que conseguimos até agora foram fruto do bom relacionamento que procuramos manter. Vindo até Paranaguá e conhecendo de perto nossas necessidades, fica bem mais fácil de analisar as questões que chegam para eles em Brasília", disse o secretário.

Deferência - De acordo com Maron, a vinda de Lima a Paranaguá foi uma deferência. "Ele veio conhecer de perto nossas dificuldades e potencialidades e veio receber a nossa lista de necessidades, que já entregamos à Secretaria Especial de Portos. Agora, buscamos apoio da Antaq para a realização destes projetos, uma vez que ela é a agência reguladora do sistema portuário nacional", disse o superintendente. (AEN)

ECONOMIA: Governo define meta de inflação em 4,5% em 2013

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O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu em 4,5 por cento a meta de inflação para 2013, pelo nono ano consecutivo. O intervalo de tolerância será novamente de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, a decisão desta quinta-feira vai garantir o controle inflacionário e dar flexibilidade à política monetária "compatível com o Produto e com o cenário internacional de incertezas".

Decisão - A decisão adia a possibilidade, já defendida pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de o país reduzir o alvo para um patamar mais próximo ao dos demais países emergentes. Apesar de praticar juros que estão entre os mais elevados do mundo, o país ainda trabalha com metas de inflação elevadas --quando considerado o intervalo de tolerância, o teto chega ao desconfortável nível de 6,5 por cento. "A determinação do governo é em duas direções: manter a inflação controlada, preferencialmente dentro do centro da banda, e a outra é enveredar esforços para menores metas no futuro", acrescentou Holland. "Mas o ambiente internacional obviamente não é adequado."

IPCA - A previsão no mercado financeiro é de que neste ano a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 6,16 por cento, segundo o último relatório Focus. (Reuters / RPC)

COAMO I: Iniciada formação da 15ª turma de Jovens Líderes

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A Coamo investe na formação e na educação cooperativista dos seus cooperados. E acredita que o sucesso do cooperativismo passa necessariamente pela capacitação dos jovens produtores que associados à cooperativa estão ajudando e também administrando as atividades de suas famílias na agricultura e pecuária.

Liderança - No mês de maio foi iniciada a 15ª turma do Programa Coamo de Jovens Líderes Cooperativistas com a participação de 45 cooperados na faixa etária de 18 a 35 anos, representando várias regiões da área de ação da cooperativa. O programa é realizado em cinco módulos. O primeiro deles aconteceu em maio e buscou a identificação do cooperado para a sua condição dentro da sociedade, na propriedade e na família, e traçou estratégias e metas para o futuro.

 

Planejamento e administração - O segundo, que aconteceu em junho tratou de um tema relevante: planejamento e administração rural. O terceiro programado para o mês de julho enfocará terá como assunto a gestão estratégica de negócios para a cooperativa e a análise e interpretação de balanço como instrumento para a tomada de decisão. A questão da liderança, em busca de um futuro promissor será tema do quarto módulo previsto para o mês de agosto. Dentro do programa, os jovens conhecem o funcionamento da cooperativa através do painel "Visão Global da Coamo", com apresentações dos trabalhos desenvolvidos pelas superintendências Administrativa, Operacional, Técnica, Industrial e Comercial em prol do desenvolvimento do quadro social.

 

Novos empreendedores - Para o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, o Programa de Jovens Cooperativistas é um trabalho que vem dando certo, aumentando os conhecimentos e a formação de uma nova geração de empreendedores rurais. "Este programa de formação de jovens líderes já formou mais de 600 cooperados. A Coamo realiza o trabalho de educação cooperativista dos seus cooperados acreditando que a capacitação é um dos segredos do sucesso do cooperativismo. E que os jovens produtores são os responsáveis pela implantação de um novo modelo de administração rural, muito mais profissional", explica o presidente da Coamo, idealizador do programa em 1998 que recebeu destaque a nível nacional como o melhor programa de Educação Cooperativista do Brasil. (Imprensa Coamo)

MILHO I: Sequência de geadas quebra safra do grão

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Plantações de milho ainda verdes foram congeladas pela sequência de geadas registrada nesta semana no Paraná. O estado responde por 30% das 21 milhões de toneladas que o país pretendia colher neste ciclo e tende a perder um terço de sua produção. O prejuízo começa a ser dimensionado e tende a encarecer o produto, que já esta saindo dos armazéns 67% mais caro do que um ano atrás (R$ 23,6 a saca de 60 quilos).

Região produtora - A geada pegou toda a região produtora do estado. Cerca de 70% do terreno estavam suscetíveis a perdas climáticas. Toledo, Cascavel e Campo Mourão (Oeste) foram alguns dos municípios mais castigados. Responsáveis por mais da metade da produção paranaense de milho, as regiões Oeste e Norte devem registrar as maiores perdas. "Na média, 25% foram perdidos", diz Mário Balk, gerente comercial da Lar Cooperativa, de Medianeira, referindo-se a lavouras do Oeste. Na madrugada de terça-feira (28/07), os termômetros marcaram 3º C negativos no município.

 

Peso e qualidade - O frio intenso impede que as plantas transfiram energia das folhas para os grãos, resultando em perda de peso e qualidade. Quando a parte verde fica seca, também deixa de absorver luz solar, explicam os técnicos. Em Palotina (também Oeste), a quebra pode chegar a 50%, conforme Paulo Carvalho, da Cooperativa C.Vale.

 

Chuvas - Depois de apanharem do frio intenso, as lavouras de milho do estado começaram a receber chuvas leves ontem. A combinação, segundo especialistas, pode agravar o problema. "A pior coisa que existe para uma planta é chuva após geada", afirma Marco Antonio dos Santos, agrônomo do Instituto Somar, de São Paulo. As chuvas tendem a continuar caindo sobre o Paraná até sábado e, em seguida, deve ocorrer geada novamente em todo o Sul do país.

 

Quebra - A última grande quebra de safra de milho ocorrida por geada aconteceu em 2000 no Paraná. Na época, o estado perdeu 60% da produção de milho de inverno depois de sofrer uma sequencia de 13 ocorrências registradas pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).

 

Julho - A agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura (Seab) Margorete Demarchi lembra que, nos anos de perda expressiva, as geadas ocorreram em julho "e nunca vieram sozinhas". A última projeção indica colheita de 7,4 milhões de toneladas de milho no Paraná. (Caminhos do Campo /Gazeta do Povo)

PLANO SAFRA: Plateia de 4 mil produtores espera Dilma no Sudoeste

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Francisco Beltrão está reunindo 4 mil produtores para receber, nesta sexta-feira (01/07), a presidente Dilma Rousseff, que vem ao Paraná para lançar o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) da agricultura familiar. A plateia vai se concentrar no ginásio de esportes Arrudão, onde uma tenda vem sendo instalada devido à previsão de chuva.

Primeira vez - Será a primeira vez que um ocupante do cargo de presidente da República visita o município, e também a primeira vez que Dilma vem ao Paraná depois de assumir o mandato. Segundo as lideranças locais, o mais próximo que um presidente chegou de Beltrão foi a Pato Branco (que fica a 57 quilômetros), ainda em 1962 (época de João Goulart).

 

Caravanas - Para assistir ao anúncio do PAP, os agricultores da região se integram a caravanas, com apoio dos sindicatos rurais. Os organizadores esperam ônibus do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Telões estão sendo instalados para que todos possam assistir ao discurso de Dilma e demais autoridades. Ela deve chegar por volta das 14h30, depois de aterrissar em Foz do Iguaçu, a 290 quilômetros de Beltrão.

 

Recursos - A presidente vem ao Paraná para confirmar orçamento de R$ 16 bilhões para a agricultura familiar, responsável por dois terços dos estabelecimentos rurais no estado, num sistema de produção considerado modelo para as demais regiões. Os recursos somam-se aos R$ 107,2 bilhões do PAP da agricultura comercial, lançado em 17 de junho em Ribeirão Preto (SP).

 

Produção familiar - Com 79 mil habitantes, Francisco Beltrão é um dos municípios do Paraná que mais dependem economicamente da produção rural familiar. Predominam propriedades de menos de 100 hectares, onde os agropecuaristas usam a terra roxa para plantar feijão, soja, milho e criam aves, suínos, bovinos e ovinos. A maior parte dos agricultores conta apenas com a própria força de trabalho e a dos filhos. Metade do Produto Interno Bruto (PIB) sai do setor terciário, mas boa parte das indústrias integram o agronegócio.

 

Reajuste - O reajuste de 7,2% no crédito rural para a agricultura comercial - que na safra passada foi de R$ 100 bilhões - não deve ser estendido à agricultura familiar - que teve R$ 16 bilhões disponíveis também na última temporada. No entanto, a presidente deve anunciar ampliação dos limites de crédito por produtor e redução nos juros de 4,5% para 2% ao ano em programas de investimentos. Em alguns casos, os juros devem cair a menos de 1%. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

GEADA II: Governo começa a calcular perdas no Estado

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Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), do governo do Paraná, houve geadas fortes nas regiões de Toledo, Cascavel e Campo Mourão, que respondem por mais de 50 por cento da colheita de milho safrinha do Estado, tradicionalmente líder na produção do cereal. O Deral, entretanto, diz que é cedo para quantificar as perdas, embora afirme que elas ocorreram. "Acho que o milho que tinha, cozinhou. Vai dar muito grão ardido, foi bem forte e geada", afirmou o agrônomo Juliano Alves Galvão, da Copavel, cooperativa de Cascavel, no oeste do Paraná.

Igual a de 2000 - De acordo com Galvão, deve ocorrer uma quebra de cerca de 40 por cento do milho do município. "Igual a esta geada só a de 2000", afirmou ele, lembrando-se da quebra registrada no início da década passada.  O agrônomo acrescentou ainda que, para piorar a situação, há previsão de chuva para os próximos dias. "Se chove, brota o grão dentro da espiga." A região de Cascavel responde por 15 por cento da produção de milho do Estado.

 

Suscetível - Na segunda-feira (27/06), geadas já tinham atingido o Estado, onde 75 por cento da safra de milho está suscetível a perdas por geadas, segundo o Deral. "Não tem como quantificar, vamos monitorar esta semana, a geada de hoje foi mais forte e pegou trigo também", disse a agrônoma Margorete Demarchi, do Deral.  "Dependendo do estágio dentro da espiga, mesmo em fase de maturação, e dependendo da intensidade da geada, afeta a qualidade", disse ela. A agrônoma afirmou que as lavouras nos municípios de Maringá e Londrina, no norte, que juntos respondem por 20 por cento do milho do Estado, também foram atingidas pelo frio intenso. (Reuters)

SAFRA 2011/12: Milho terá 'limite adicional' de crédito

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Menos de 15 dias após anunciar o novo Plano de Safra para o ciclo 2011/12, o governo será forçado a alterar a regra de unificação dos limites de crédito por CPF, um dos principais pontos da reforma parcial do sistema de crédito rural. O Conselho Monetário Nacional (CMN) deve aprovar amanhã um voto para criar um "limite adicional" de crédito de R$ 500 mil a produtores de milho. Pelas novas regras, em vigor a partir de 1º de julho, cada produtor poderia contratar um teto máximo de R$ 650 mil.

Aumento - A alteração elevará a R$ 1,15 milhão o limite máximo ao produtor de milho. A norma anterior previa tetos por cultura - entre R$ 200 mil a R$ 650 mil. Mesmo com a mudança, a região Centro-Oeste, responsável por 60% da produção da chamada safrinha de inverno, deve ser excluída do benefício.

 

Correção - A medida do governo busca corrigir um "desincentivo" à produção de milho, considerada uma "imperfeição" na estratégia oficial para amenizar novas pressões inflacionárias dos alimentos. A meta é impedir prejuízos ao bolso dos consumidores e medidas que arrisquem o controle da inflação, prioridade absoluta da presidente Dilma Rousseff.

 

Problemas pontuais - Há problemas localizados com o abastecimento de milho causados pelo alto preço da commodity, cada vez mais demandada no exterior, principalmente pelo apetite da China. O preço da saca de milho em Mato Grosso, por exemplo, dobrou em relação ao ciclo anterior. A Conab estima exportações de 8 milhões de toneladas, mas consultorias avaliam vendas mínimas de 10 milhões. Isso reduziria os estoques finais para o menor volume das últimas quatro safras.

 

Críticas - O teto único de R$ 650 mil vinha sendo criticado por produtores e especialistas porque era sinalizava ao mercado a redução da produção de milho, fundamental para as cadeias produtivas de bovinos, frangos e suínos. O complexo carnes, sobretudo bovinos, figurou como um dos principais "vilões" da inflação no início deste ano. "Ficou muito ruim porque reduziu o crédito", diz o presidente da Comissão de Grãos da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), José Mário Schreiner. "Pior é que não nos comunicaram nada. Lançaram o plano e pronto. E na safrinha, como faremos? Agora, só tem um limite anual, não dá para as duas safras". O dirigente, produtor de grãos em Goiás, lembra que as regras antigas previam crédito adicional ao algodão e ao milho.

 

Regionalização - O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja Brasil), Glauber Silveira, afirma que a solução seria "regionalizar" os limites de crédito para evitar futuros problemas de abastecimento. "Quem mais precisa de limites adicionais é o Centro-Oeste. Deveria regionalizar esse teto. Não entendi o que estão fazendo", afirma Silveira. "Não é questão de estimular só aqui ou ali. Mas Mato Grosso é o lugar onde mais se planta na safrinha. Há uma forte demanda mundial pelo milho. Tem que fazer um estudo mais adequado".

 

Ministérios - O Ministério da Agricultura informou que medidas serão "encaminhadas" para resolver a questão. O Ministério da Fazenda afirmou que mudanças serão conhecidas na "hora certa". (Valor Econômico)

INFRAESTRURURA I: Produtores querem desvendar frete ferroviário do Paraná

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Hoje, somente 30% dos produtos do agronegócio destinados ao Porto seguem por via férreaNão é só com os pedágios que o agronegócio paranaense está insatisfeito, como mostrou reportagem da FOLHA da última segunda-feira. Os produtores encomendaram um estudo ao Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (Esalq-Log), da Universidade de São Paulo (USP), para saber como a concessionária de ferrovia América Latina Logística (ALL) calcula seus fretes. A tarifa do trem é considerada alta e os serviços prestados pela empresa são apontados como insatisfatórios.

Estudo - O estudo foi pedido por três entidades: a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), a Organização das Cooperativas Paranaenses (Ocepar) e a Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar) e deve ficar pronto dentro de um ano. Atualmente, 70% dos produtos do agronegócio estadual destinados aos portos - com exceção do açúcar - são transportados via rodoviária. Somente 30% seguem sobre trilhos.

 

Mais barato - A Faep afirma que, de acordo com padrões internacionais, o frete ferroviário deveria ser 40% mais barato que o rodoviário. Mas a ALL pratica um valor muito próximo do cobrado pelos caminhões. ''A operadora pergunta para o usuário quanto ele paga para fazer o transporte pela rodovia. A partir daí, dá um desconto de 5%, 10% ou abate o valor do pedágio'', explica o economista da federação Pedro Loyola.

 

Justo - Segundo o engenheiro agrônomo da entidade, Nilson Hanke Camargo, os produtores querem saber se o frete ferroviário é ''justo'' ou não. ''As planilhas dos transportadores rodoviários são abertas. A gente sabe quais são seus custos. Mas os da ferrovia a operadora não revela alegando sigilo do negócio'', afirma. No entanto, de acordo com ele, toda vez que o frete rodoviário sobe, a ALL aumenta sua tarifa na mesma proporção. ''Às vezes chegam a subir mais, quando a demanda por vagões é muito grande.''

 

Qualidade - Camargo diz ainda que a tarifa não é o único problema. ''A qualidade do serviço é muito ruim, de acordo com as reclamações unânimes dos usuários'', conta. Segundo o agrônomo, os atrasos são constantes. ''A ALL agenda um comboio para um dia determinado. E acontece de o trem chegar quatro dias depois.'' No pico da safra, de acordo com ele, faltam vagões. ''O usuário espera 40 vagões, mas a empresa só manda 20'', exemplifica.

 

Outras consequências - Na opinião dos produtores, essas falhas, somadas aos problemas de infraestrutura nos portos de Paranaguá e Antonina, acabam por elevar também o frete marítimo da exportação e derrubam o preços das commodities. ''Sabendo dessas deficiências, o armador já cobra mais caro para transportar os produtos paranaenses'', justifica.

 

Tráfego mútuo - Camargo conta que a Faep está cobrando da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que implante o ''tráfego mútuo'' nas ferrovias, permitindo que outras concessionárias possam operar na mesma linha férrea, numa tentativa de baixar o frete pela força da concorrência. Outro pleito do setor é que os próprios usuários possam ter sua frota ferroviária e utilizar a via concedida.

 

Falta de concorrência - Flávio Turra, gerente Técnico-econômico da Ocepar, também atribui à falta de concorrência as tarifas ferroviárias que a entidade considera muito altas. ''Eles (ALL) são os únicos a operar no Estado e por isso cobram o que querem. Se o usuário não aceitar, eles mandam contratar caminhões'', declara. Apesar disso, Turra acredita que o estudo da Esalq-Log vai subsidiar os produtores para melhor negociarem os fretes com a concessionária.

 

Monopólio - Coordenadora do Grupo Esalq-Log, a professora Priscila Nunes, concorda com os produtores quanto à falta de transparência na formação das tarifas ferroviárias. ''Vamos levantar os custos deste modal no Paraná para saber se esses valores são justificáveis ou se são resultantes da falta de concorrência, do monopólio'', afirma. Segundo ela, ao final do trabalho realizado pelo grupo, os produtores terão um ''ferramental'' para verificar se, de fato, o que está sendo cobrado tem ou não relação com o custo do serviço prestado. (Folha de Londrina)

INFRAESTRUTURA II: ANTT prepara novos tetos tarifários

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O diretor-superintendente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, afirma que o órgão está se reunindo com todos os segmentos usuários de ferrovias para discutir mudanças no setor. ''No ano passado, fizemos um grande estudo e verificamos que os tetos tarifários estabelecidos na época da concessão das ferrovias estão descolados dos custos'', conta.

Revisão - Segundo ele, os contratos com as concessionárias permitem uma revisão desses tetos de cinco em cinco anos. Mas isso ainda não foi feito desde a concessão, há 15 anos. ''Estamos tentando construir novos tetos tarifários para cada tipo de produto'', explica. Questionado se isso vai representar redução de preços, ele responde: ''Com certeza, em alguns casos''. Figueiredo garante que o açúcar terá uma tabela específica. Perguntado sobre as queixas das entidades paranaenses da falta de transparência na formação de preços pela concessionária, ele afirma: ''Acredito que deve ser assim mesmo como eles estão falando.''

 

Concorrência - Sobre a possibilidade de concorrência no setor, o superintendente alega que não é possível ter duas centrais de controle sobre a mesma ferrovia. ''Provavelmente seria um desastre'', acredita. Mas é possível, segundo ele, que mais de uma operadora ou os próprios usuários constituam frota própria e utilizem a ferrovia sob controle da concessionária, remunerando-a por isso. Um novo marco regulatório para o setor deverá ser publicado para consulta pública pela ANTT nos próximos meses. (Folha de Londrina)

INFRAESTRURUA III: Tarifa de pedágio também revolta produtores

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Reportagem da Folha de Londrina publicada na última segunda-feira revelou que os produtores estão revoltados com as tarifas de pedágio cobradas no anel de integração rodoviária do Estado, concedido à iniciativa privada em 1997 pelo governo do Estado. Um estudo feito pela Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) mostra que os pedágios representam em média 25% dos fretes de grãos, podendo chegar a quase 29%, dependendo da região. Eles também representam 7,6% do custo da produção do milho e 4,6% do da soja. Segundo a Ocepar, ao fim do percurso entre Foz do Iguaçu e o Porto de Paranaguá, uma carreta de cinco eixos deixa o equivalente a 26 sacas de milho e 13 de soja para as concessionárias de rodovias. Em 2010, o agronegócio pagou R$ 126 milhões de pedágio, de acordo com a entidade. (Folha de Londrina)

ECONOMIA: BC deve manter foco no centro da meta de 2012

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As condições fiscais do país ou uma ruptura no cenário externo sempre podem abreviar o ciclo de aperto monetário. Apesar dessa avaliação, analistas do mercado financeiro consideram que política fiscal e economia internacional não serão destaque no Relatório de Inflação do segundo trimestre, que será divulgado nesta quarta-feira (29/06) pelo Banco Central (BC).

Compromisso - O foco do documento deve ser a reafirmação do compromisso do BC com a convergência da inflação para o centro da meta em 2012 e com o ajuste "prolongado" das condições monetárias para que esse objetivo seja alcançado. Política fiscal e cenário externo - centrados em Grécia e EUA - devem constar do cardápio do BC, especialmente durante a entrevista do diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton Araújo. "O Relatório de Inflação deve ter um tom austero, consistente com o comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária e com a ata. O BC deve reforçar o seu compromisso com o centro da meta de inflação no ano que vem. Deve destacar, adicionalmente, sua atenção ao ritmo de expansão dos salários e indicar preocupação com a inflação de serviços", afirma Marcelo Carvalho, economista-chefe do BNP Paribas para a América Latina.

Melhora - Carvalho não acredita que o BC "vai cantar vitória antes da hora" quanto ao controle da inflação. "O relatório deve registrar que há, como se previu, melhora da inflação no curto prazo e deve manter cautela quanto ao ritmo da atividade econômica. Afinal, o IBC-Br, o índice de atividade do BC, veio mais forte que o esperado em abril", diz.

 

Improvável -  Zeina Latif, economista-chefe do Royal Bank of Scotland (RBS) no Brasil, lembra que o BC pode alterar a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, mas considera improvável que isso aconteça. "O BC não deve mudar a projeção à luz do IBC-Br de abril, divulgado recentemente. O indicador veio forte. Se o BC tinha alguma inclinação para rever para baixo a projeção de aumento do PIB em 4% neste ano, o IBC-Br pode ter imposto maior cautela."

 

Limitação - A economista do RBS faz outra ponderação sobre o Relatório de Inflação do segundo trimestre. Ela observa que a defasagem temporal entre a divulgação da ata do Copom e do relatório é de apenas duas semanas, o que deve limitar abordagens novas nesse último documento. "A estratégia do BC deve ser confirmada com foco em 2012. Considerando o avanço de mais um trimestre no calendário, já teremos nesse relatório de junho projeções para o primeiro semestre de 2013. Mas não acredito que o BC já dará ênfase a 2013. Isso deve acontecer, sim, mas ao longo do segundo semestre deste ano."  (Valor Econômico)

COCAMAR I: Produção sustentável será debatida dia 7 de julho, em Xambrê

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A Cocamar promove, no dia 7 de julho, no município de Xambrê, região de Umuarama, um dia de campo sobre produção sustentável de carnes, grãos e floresta. O evento, que vai reunir produtores locais e técnicos da cooperativa e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), será na Estrada Santa Fé, quilômetro 10, junto a Fazenda Santa Fé. Conforme informou o engenheiro agrônomo Rafael Franciscatti dos Reis, do Departamento de Produção Agrícola da Cocamar, a região apresenta todas as condições "para o desenvolvimento de atividades que se integram com perfeição", obedecendo a modernos padrões técnicos. Assim, o empresário rural poderá produzir carne, grãos e ter, ainda, um complemento de renda com madeira - no caso eucalipto. (Imprensa Cocamar)

CRÉDITO RURAL II: Banco do Brasil abre linha para lavoura-pecuária-floresta

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Os recursos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) destinados à Agricultura de Baixo Carbono (ABC) - R$ 3,15 bilhões - poderão ser acessados para a implantação do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta, informa o Banco do Brasil. Vice-presidente do BB, Osmar Dias afirma que o volume de recursos pode ser reforçado se a demanda exigir. No último ano, sobraram verbas para projetos de ABC, que podem também recuperar áreas degradadas, que no Paraná se concentram na Região Noroeste (foto). O ABC tem os menores juros entre os programas de investimento: 5,5% ao ano. Os prazos para pagamento, no caso de recuperação de pastagens degradadas, são de oito anos, com três anos de carência. No caso de florestas, o prazo é de 12 anos, e a carência é de seis meses a partir do primeiro corte. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

PARANÁ: Safra de grãos deve crescer 1,5% e ultrapassar 33 milhões de toneladas

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A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento prevê que a produção total de grãos no Paraná poderá alcançar 33,31 milhões de toneladas na safra 2010/11, volume 1,5% maior que o da safra anterior, quando foram colhidas 32,82 milhões de toneladas. A consolidação dessa estimativa - liderada pela safra de verão, que atingiu 21,98 milhões de toneladas - depende da produção de milho da segunda safra e do trigo, cujas lavouras ainda estão em desenvolvimento.

Geada - De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), essa previsão poderá sofrer alterações no próximo mês em decorrência das quedas de temperaturas que atingiram praticamente todo o Estado na madrugada desta segunda-feira (27/06). Foi registrada a primeira geada do ano com abrangência em todas as regiões do Estado, com variadas intensidades: desde temperaturas negativas de -3,4ºC na região de Guarapuava, que foram as menores do Estado, até 8ºC no Litoral do Estado.

 

Clima - A safra de grãos 2010/11 está apresentando um bom desempenho em função das boas condições de clima durante o desenvolvimento das lavouras e da utilização de tecnologia por parte do produtor rural, que tem auxiliado no enfrentamento das adversidades climáticas. Segundo o chefe da conjuntura do Deral, Marcelo Garrido, não fosse a aplicação de tecnologia dificilmente o produtor paranaense teria evitado perdas severas na produção de grãos durante estiagem ocorrida em maio desse ano.

 

Soja - A safra de verão foi liderada pela produção de soja, que rendeu um volume de 15,31 milhões de toneladas, cerca de 10% acima da projeção inicial feita pelo Deral. O aumento na produção ocorreu em função do conjunto de fatores, como área plantada maior e produtividade recorde: 3.400 quilos por hectare colhidos, em média, nas lavouras paranaenses.

 

Milho - O milho da primeira safra rendeu um volume de 5,93 milhões de toneladas, 8% acima do esperado. O Paraná plantou a menor área com milho nesse período do ano desde a década de 60, mas a produtividade mudou de patamar no Estado, saindo de uma média de 5.500 a 6.000 quilos por hectare para uma média de 7.874 quilos.

 

Feijão - A produção total de feijão, considerando as três safras plantadas no Estado, está rendendo um volume de 837 mil toneladas, que corresponde a um crescimento de 5,7% em relação à safra 2010, cuja produção alcançou 792 mil toneladas. Segundo Garrido, a produção foi boa no Paraná mas os produtores não ficaram satisfeitos com a comercialização. Os preços ficaram abaixo do preço mínimo de garantia do governo federal, que é de R$ 80,00 a saca.

 

Segunda safra - Na reavaliação da previsão do milho da segunda safra, a área plantada cresceu 6,8%, passando de uma expectativa inicial de 1,62 milhão de hectares para 1,73 milhão de hectares. Em relação à área cultivada em igual período do ano passado, a área plantada com milho da segunda safra cresceu 27% no Paraná, devendo apresentar uma produção de 7,44 milhões de toneladas. Esse volume já embute uma quebra de 8,4% na previsão de produção, provocada pela estiagem ocorrida em maio. Mesmo com a falta de chuvas, a produção a ser colhida é recorde e 9% maior em relação à segunda safra do ano passado, quando foram colhidas 6,82 milhões de toneladas.

 

Geadas - Garrido chama a atenção para uma provável alteração na previsão de produção do milho da segunda safra 2011 em função das geadas ocorridas na madrugada desta segunda-feira. Há relatos de geadas médias a fortes nas principais regiões produtoras de milho, que poderão influenciar no resultado final da produção. Na principal região produtora de milho da segunda safra, no Oeste do Estado, as temperaturas registradas foram negativas em -1º C, no Norte com 2,7º C e na região Central com 0ºC. Segundo o serviço de Alerta Geada do Iapar, divulgado nesta segunda-feira (27/06), o frio se intensifica em todo o Estado na terça-feira (28), com nova formação de geadas, inclusive na região Norte. Permanece a previsão de geadas fortes nos Campos Gerais, Sul, Centro e Oeste Paranaense.

 

Trigo - As lavouras de trigo apresentam uma quebra de 2% em relação à expectativa inicial, devendo ser colhidas 2,8 milhões de toneladas, cerca de 860 mil toneladas a menos que a projeção inicial feita pelo Deral. A quebra de safra também foi provocada pela estiagem ocorrida em maio, mas o resultado final ainda poderá ser revertido diante do desempenho da cultura em outras regiões. Por enquanto a queda de temperaturas não afetou a cultura e as perdas previstas podem se reverter, informa o Deral. (AEN)