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PORTOS I: Ligações externas

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Num contexto em que o comércio exterior brasileiro cresce mais do que o esperado, a demanda doméstica aumenta, e a fronteira agrícola avança rumo ao Norte e Nordeste, o sistema portuário depara-se com a necessidade de dar um novo salto de investimentos - responsável que é por movimentar 90% do fluxo brasileiro de cargas. No intervalo dos últimos dez anos, o comércio brasileiro cresceu quase quatro vezes, fechando 2010 com exportações recordes, de mais de US$ 201 bilhões, e importações de US$ 181,6 bilhões. Mas a oferta de infraestrutura de berços de atracação permaneceu praticamente inalterada.

Alternativas legais - Os inequívocos ganhos de eficiência para escoar esses volumes se deveram aos investimentos da iniciativa privada em superestrutura, na esteira da retirada do Estado da operação direta, que foi possível com a lei de modernização dos portos, de 1993. Se até aqui os gargalos foram superados mesmo com o pouquíssimo aumento de novas áreas, a partir de agora o governo admite que será necessário não apenas um novo ciclo de aportes, mas também alternativas legais para acelerá-los.

 

Movimentação - Há menos de um ano a Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP) estimava que os portos chegariam a movimentar 1 bilhão de toneladas somente em 2014. Diante do resultado de 2010, quando foram operadas 834 milhões de toneladas, a entidade aposta agora que a "fronteira do 1 bilhão" será cruzada já em 2013, a se confirmar o índice de crescimento dos volumes em 7% ao ano, conforme a previsão mais conservadora da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para o atual exercício. "São necessárias ações imediatas porque a capacidade não está acompanhando o crescimento da agricultura e da mineração", afirma Wilen Manteli, presidente da ABTP.

 

Disponibilidade - "O conjunto de áreas que antes tinham uma ineficiência acumulada e certa ociosidade já não está mais disponível. Para almejar ser a quinta economia do mundo, o Brasil precisa de disponibilidade de infraestrutura", diz o diretor-geral da Antaq, Fernando Fialho. Como exemplo, destaca o crescimento a taxas chinesas de Santos (SP) na movimentação de contêineres, que avançou 20,4% em 2010 ante a média nacional de 11,6%, mesmo já sendo o maior nesse tipo de carga.

 

Iniciativa privada - Segundo o dirigente, o governo está estudando alternativas de novas concessões à iniciativa privada. Hoje, o modelo portuário é dividido, grosso modo, em dois tipos de operação: porto público, explorado pela iniciativa privada por meio de licitação para prestação de serviço a terceiros; e porto privativo, que não exige concorrência porque se destina a movimentar predominantemente a carga do próprio empreendedor.

 

Serviço - "Minha opinião é que se poderia tirar o foco da questão patrimonial e colocar apenas no serviço, mas isso é uma discussão que vai demandar mudança legislativa", afirma Fialho. De acordo com ele, uma possibilidade seria licitar outorgas de prestação de serviço portuário para que as empresas instalassem novos terminais, mediante licitação, mas não necessariamente em área pública. "Como é um porto seco (estação aduaneira interior)", exemplifica.

 

Obrigações - Por esse novo modelo, o investidor teria todas as obrigações de um terminal público. "Para prover a infraestrutura que o país precisa, na velocidade que precisa, necessitamos alguns aprimoramentos na questão legal. Como vai ser, estamos em processo de discussão. E essa é uma sugestão que eu estou colocando". Sobre a possível gestação de uma nova figura jurídica no setor, Manteli, da ABTP, avalia que a lei de modernização dos portos já prevê todos os mecanismos de transferência da operação do Estado para o capital privado. "Cabe aplicá-la", acredita. (Valor Econômico)

PORTOS II: Participação na exportação do grão recua 41,6%

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A exportação de soja em grãos nos portos brasileiros cresceu 84,7% nos últimos dez anos, saltando de 15,7 milhões de toneladas em 2001 para pouco mais de 29 milhões de toneladas em 2010, de acordo com dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O Porto de Paranaguá, no entanto, não acompanhou o mesmo ritmo de crescimento da curva nacional. No mesmo período, o terminal paranaense registrou apenas 8,1% de aumento na movimentação da commodity, passando das 4,9 milhões de toneladas no início da década passada para 5,3 milhões de toneladas em 2010. "Cerca de 30% da carga paranaense está sendo escoada em outros portos. Muitas foram perdidas nesses últimos oito anos", diz Airton Vidal Maron, superintendente do Porto de Paranaguá.

Período - No mesmo período, o Porto de Santos cresceu 78,2% no total de soja exportada - saltando de 4,6 milhões de toneladas para cerca de 8,2 milhões de toneladas - mantendo sua participação em 28,2% do total movimentado nos terminais brasileiros - no início da década era de 29,3%. O Porto de Paranaguá, pelo contrário, viu sua participação no embarque nacional da commodity cair de 31,2% em 2001 para 18,2% em 2010.

 

Infraestrutura - De acordo com as cooperativas que operam em Paranaguá, a queda nos números está ligada aos problemas de infraestrutura. "Houve um aumento na produção, mas o porto não está adequado", destaca Nelson Costa, superintendente adjunto da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). Do início do ano até abril, Paranaguá já exportou 1,9 milhões de toneladas de soja, 9,5% a menos que o mesmo período do ano passado - 2,1 milhões de toneladas. "O volume de exportação é grande e o porto não vence", reforça José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo Agroindustrial Cooperativa, de Campo Mourão (PR). Os executivos das cooperativas apontam três principais gargalos na exportação de grãos.

 

Chuva - O primeiro é o fato de o porto não ter condições de carregar com chuva, que resulta em quilômetros de filas de caminhões na BR-277, rodovia que liga Curitiba ao litoral do estado. Em algumas semanas deste ano, a fila passava dos 30 quilômetros, segundo dados da Ecovia. A concessionária aponta que, entre 1º de março e 11 de maio, a cada 10 dias de safra, sete foram com filas na estrada. Se o porto ficar 24 horas sem trabalhar por causa da chuva são 100 mil toneladas que ficam paradas sem condições de embarcar, resultando em 100 quilômetros de fila. (Valor Econômico)

INFLAÇÃO: Mercado reduz pela quarta semana seguida projeção para 2011

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Analistas e investidores do mercado financeiro reduziram pela quarta semana consecutiva a projeção da inflação oficial para este ano. Segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (30/05) pelo Banco Central, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,27% para 6,23%.Já a perspectiva para a taxa básica de juros (Selic) foi mantida em 12,50% ao ano. Apenas os preços administrados pelo governo tiveram elevação nas projeções, passando de 4,95% para 5% em 2011.

Câmbio - No caso da estimativa para a taxa de câmbio, houve uma leve redução, de R$ 1,62 para R$ 1,61. O mercado financeiro acredita ainda em uma redução da relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB), que deve fechar o ano em 39,20% e não mais nos 39,23% projetados anteriormente.

 

 

Crescimento - Os analistas mantiveram em 4% a estimativa de crescimento da economia este ano. A expansão da produção industrial também foi mantida, em 3,73%.

 

 

Setor externo - No setor externo também não houve alterações. O déficit em conta-corrente permaneceu em US$ 60 bilhões, com o saldo da balança comercial projetado em US$ 20 bilhões e os investimentos estrangeiros diretos em US$ 50 bilhões. (Agência Brasil)

MILHO SAFRINHA I: Estiagem se agrava e ameaça produção

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O risco de estiagem que assombrou os produtores rurais durante o verão vem se tornando uma ameaça cada vez mais real para a safra de inverno do Paraná. Sem receber chuvas de volume expessivo há mais de um mês, lavouras de milho safrinha das regiões Norte e Noroeste do estado começam a sentir a falta de água e têm seu rendimento limitado.

Potencial produtivo - Levantamento divulgado nesta quarta-feira (25/05) pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultu­ra e do Abastecimento (Seab) revela que a estiagem durante o último mês reduziu em 1,6% o potencial produtivo do cereal. O rendimento médio da segunda safra paranaense, que há um mês era estimado em 4,42 mil quilos por hectare, foi rebaixado para 4,35 mil quilos.

 

Produção - Ainda assim, o volume total de produção pode ser maior que o projetado em abril. Isso porque, segundo a Seab, os produtores dedicaram ao milho safrinha uma área maior que a prevista inicialmente. Nas contas da secretaria, o cereal ocupa 1,7 milhão de hectares neste inverno do estado, 480 mil hectares a mais do que o estimado há um mês. Os números tendem a mudar. "Ainda não dá para falar em quebra, mas, se não voltar a chover nos próximos dez dias, haverá perdas, principalmente em regiões onde a situação é mais crítica, como no Norte", alerta o economista do Deral Marcelo Moreira.

 

Risco - Mapas climáticos do Instituto Somar mostram que o risco de quebra é grande. Segundo a meteorologista Olívia Nunes, não há previsão de chuva considerável para as próximas semanas no Paraná. "Há uma frente fria chegando ao estado entre os dias 2 e 3 de junho e outra perto do dia 10. Mas, nos dois casos, as precipitações não garantem reserva hídrica." De acordo com o Somar, a tendência é que as chuvas continuem abaixo da média pelo menos até o início do inverno no estado. Também existe risco de geadas precoces, na segunda quinzena de junho, e tardias, em setembro.

 

Acumulados - O Norte paranaense recebeu apenas metade das chuvas esperadas para este mês, considerando médias históricas. Levantamento do Somar mostra que as precipitações de maio, que deveriam acumular entre 50 mm e 100 mm, ficaram entre 25 mm e 50 mm na região. Conforme o Simepar, depois de 23 dias sem receber uma gota d'água, o município de Londrina registrou somente 5,2 mm dos 107 mm que seriam normais para o quinto mês do ano.

 

Problemas - Oeste e Sudoeste do estado também enfrentam problemas. Nessas regiões, as precipitações dos últimos 25 dias acumularam entre 10 mm e 20 mm, contra 100 mm a 150 mm da média histórica, de acordo com o Somar. Cascavel, onde costuma chover 190 mm ao longo do mês de maio, ficou dez dias sem chuva e acumulou apenas 13,2 mm até agora, segundo o Simepar. O município de Pato Branco, que deveria ter recebido mais de 200 mm de água, registrou 4,8 mm desde o início do mês. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

POLÍTICA AGRÍCOLA: Londrinense assume secretaria no Ministério da Agricultura

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou a substituição de Edilson Guimarães por José Carlos Vaz no comando da Secretaria de Política Agrícola, uma das principais formuladoras do Plano Agrícola e Pecuário, que tem sua edição 2011/2012 prestes a ser lançada. Natural de Londrina, Vaz é funcionário de carreira do Banco do Brasil há 29 anos e ocupava, desde o início de 2007, o cargo de diretor de Agronegócios. Guimarães, que comandava a Secretaria de Política Agrícola desde junho de 2006, deve ser realocado para outro cargo dentro do próprio Mapa. O Banco do Brasil informou que para completar o mandato de Vaz no cargo de diretor de Agronegócios, o Conselho de Administração da instituição elegeu Ives Cézar Fülber, que era superintendente Corporate em São Paulo. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

AGROENERGIA: Linha de crédito financiará renovação de áreas de cana

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De olho no rescaldo da inflação provocada pelo etanol na entressafra, o governo decidiu criar uma linha de crédito para financiar a renovação das plantações de cana-de-açúcar por indústrias e produtores independentes. A medida será incluída no Plano de Safra, em junho, informou o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, ao Valor. Ancorada na elevação da oferta de cana para a produção de etanol, a nova linha buscará elevar a produtividade, via incentivos à adoção de tecnologia nos canaviais. Mas terá forte ênfase no aspecto ambiental, associando a recuperação de terras degradadas e redução da emissão dos gases causadores do efeito estufa.
 
Investimentos - "Houve uma perda de produtividade que precisamos recuperar com financiamento adequado para estimular investimentos", afirma Rossi. A linha foi desenhada para embutir um "impacto ambiental positivo", diz ele. "A renovação dos canaviais é importante para o abastecimento de etanol e a garantia de ganhos de produtividade maiores, além de um estímulo ao uso de mais tecnologia".
 
ABC - A linha fará parte do programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), cuja taxa de 5,5% ao ano é inferior aos 6,75% cobrados no crédito rural oficial. As ações do ABC têm limite de financiamento de R$ 1 milhão por beneficiário e prazo de 12 anos para pagamento. Criado em 2010, o ABC visa a reduzir a emissão de até 163 milhões de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera. Também busca recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e estimular o plantio de até 9 milhões de hectares de florestas.
 
Estratégico - A forte alta de preços do etanol no início do ano, associada aos riscos de desabastecimento, levaram a presidente Dilma Rousseff a classificar o combustível como "estratégico" para aumentar o poder de intervenção no mercado. Por determinação de Dilma, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) assumiu a fiscalização e passou a regular o segmento. O intervalo da mistura de etanol anidro à gasolina foi elevado, de 20% a 25% para 18% a 25%. A presidente ordenou a Petrobras a acelerar seus planos de investimento na produção de etanol. Por fim, determinou a redução de preços à BR Distribuidora.
 
Preços internos - O governo mantém cautela em relação aos preços internos do etanol. E quer ter garantia de geração de excedentes para exportação do combustível, símbolo de alternativa limpa e renovável para o abastecimento energético mundial. A desaceleração dos investimentos em usinas no Brasil preocupa o governo. Atingidas pela crise global de 2008, várias indústrias foram vendidas a estrangeiros. Em dificuldades para injetar mais recursos no segmento, as multinacionais preferiram aguardar.
 
Produção - De lá para cá, poucas arriscaram elevar suas apostas na produção. Agora, o governo quer estimular o investimento em canaviais. E tem a garantia de que isso ocorrerá dentro de padrões ambientais seguros, já que fez um zoneamento econômico-ecológico identificou 64 milhões de hectares de terras aptas ao cultivo da cana-de-açúcar - 20 milhões com "alta aptidão".
 
Suco de laranja - O ministro Wagner Rossi informou, ainda, que planeja a criação de uma linha de crédito para financiar a estocagem de suco de laranja. O objetivo é evitar as fortes oscilações de preços e prejuízos ao produtor derivados da oferta abundante de laranja no auge da safra. "Queremos garantir o suprimento interno, com foco na merenda escolar, e o fluxo comercial das exportações", afirma Rossi. A indústria, formada por quatro grandes empresas, resiste à ideia, segundo o ministro. "É um grupo pequeno, de grande protagonismo, que tem condições de fazer prevalecer seus interesses. Mas é gente respeitável e vamos conversar".
 
Custo - O presidente do Sindicato Rural de Bebedouro, José Oswaldo Junqueira, afirma que a armazenagem climatizada tem "custo muito alto" e que uma razão para a queda dos preços é justamente a formação de estoques. "As empresas ganham mais poder", avalia Junqueira. O custo para estocar uma tonelada de suco custaria entre US$ 800 e US$ 1 mil. "É o equivalente à produção de uma tonelada", diz. (Valor Econômico)

INFRAESTRUTURA I: Porto de Paranaguá terá plano para disciplinar acesso de caminhões

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A Secretaria de Infraestrutura e Logística, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a prefeitura de Paranaguá e a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) vão elaborar um plano integrado para disciplinar o acesso de caminhões ao porto de Paranaguá. O objetivo é contribuir para a melhoria da produtividade do setor de transporte, dar melhor condição de trabalho aos motoristas e garantir a segurança da população. Atualmente, 70% dos grãos que chegam a Paranaguá são transportados por caminhão.
 
Reunião - O assunto foi discutido nesta segunda-feira (23/05), em Curitiba, durante reunião entre o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, o superintendente Regional do DNIT, José da Silva Tiago; o diretor-geral da Secretaria de Infraestrutura, Aldair Wanderlei Petry; e o superintendente em exercício da Appa, Lourenço Fregonese, acompanhado do diretor-financeiro, Carlos Roberto Frisoli, do diretor-técnico. Paulinho Dalmaz. e do procurador Maurício Sá Ferrante. Também participou do encontro o deputado federal Alex Canziani.
Disciplina - “O acesso de caminhões ao Porto de Paranaguá precisa ser disciplinado para que todo o setor de transportes ganhe produtividade na chegada ao terminal marítimo e o tráfego urbano da cidade não seja prejudicado, afetando o dia a dia dos moradores e o turismo histórico na cidade”, disse Richa Filho. Segundo ele, a intenção é apresentar o plano em Brasília no mês que vem. De acordo com o secretário, encontrar uma solução adequada para os 1.800 caminhões/dia que levam grãos até o porto no pico da safra e adequar a circulação dos veículos pesados ao sistema viário municipal são fundamentais para a economia do estado e do município, com ganhos positivos à logística. “Para que isto aconteça já na próxima safra, é preciso definir as metas, projetos e obras nos três níveis de governo, sem esquecer que fora da safra circulam pela cidade 400 caminhões/dia”, afirmou o secretário.
 
Segurança – O principal acesso ao Porto de Paranaguá é feito pela BR-277. Os motoristas podem estacionar no Pátio de Triagem, com capacidade para mil caminhões (1.500 em rotatividade). A partir do pátio, o acesso ao porto passa pela rodovia (BR-277) e por uma rua paralela à rodovia federal. As duas vias cortam áreas povoadas de Paranaguá, gerando conflitos com o tráfego urbano. “Precisamos estudar eficientes sistemas de circulação, incluindo a adoção de modernas placas de sinalização, evitando perigos para a população e proporcionando aos motoristas rapidez em direção aos pontos de descarga, após a viagem desde as regiões produtoras”, destacou José Richa Filho. “Gerar melhores condições operacionais e de segurança no sistema viário de acesso ao porto é obrigação do poder público”, acrescentou.
 
Gestão integrada – A melhoria do acesso rodoviário ao Porto de Paranaguá integra as propostas da Secretaria de Infraestrutura e Logística para dinamizar a economia estadual por meio da gestão integrada entre os vários modais. “Estamos finalizando um contrato de gestão entre os dirigentes dos vários órgãos envolvidos com a infraestrutura para que o Estado do Paraná possa desempenhar o seu papel de facilitador e indutor de desenvolvimento em todos os setores”, lembrou Richa Filho. “Com os novos procedimentos administrativos, que incluem ações para a elaboração de um plano aeroviário para todo o Estado, extensão da ferrovia estadual e discussão para obras rodoviárias no Anel de Integração, estamos, neste início de governo, promovendo uma moderna ação logística que beneficiará o porto de Paranaguá”, disse o secretário. (AEN)

FGV: Inflação do campo entra em ciclo de desaceleração

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A inflação das matérias-primas agrícolas entrou em um novo ciclo de desaceleração. A constatação é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, que ao analisar a evolução dos preços das matérias-primas agropecuárias nos últimos dez anos percebeu que a taxa acumulada em 12 meses está em desaceleração nos últimos três meses, até a segunda prévia de maio do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). Isso refletiria o começo de um novo movimento de pressão mais fraca destes preços na inflação, que vai vigorar no curto e no médio prazo.
 
Consenso - É consenso entre analistas a previsão de perda de força na inflação das commodities agrícolas nos próximos meses. Mas eles fazem uma ressalva: mesmo com a perspectiva de preços mais baixos no curto e médio prazo, há uma mudança de patamar na evolução desses preços, graças a uma demanda persistente nos cenários doméstico e mundial. Na prática, os preços dos produtos agrícolas devem mostrar daqui para a frente apenas desacelerações suaves, e não mais quedas bruscas como no passado.
 
Série histórica - Com base em uma série histórica da evolução dos preços das matérias-primas agropecuárias no atacado desde 2001, Quadros constata um movimento cíclico dos preços deste tipo de produto, sendo que as altas chegam a atingir dois dígitos, em um movimento de "repique" acentuado. Até o momento, o ponto mais alto da taxa acumulada em 12 meses foi registrado em março de 2003, com alta de 49,14%. O mais recente ciclo de aceleração de preços das commodities agropecuárias foi iniciado no segundo semestre do ano passado, quando os preços das matérias-primas agropecuárias voltaram a registrar inflação de dois dígitos em sua taxa em 12 meses, atingindo o auge em fevereiro deste ano, quando subiu 33,08%, dentro do IGP-M. "Mas a partir de fevereiro de 2011 esta taxa começou a desacelerar", afirmou o especialista da fundação. De acordo com ele, até a segunda prévia do IGP-M de maio, a taxa acumulada deste tipo de preço foi de 27,39% em 12 meses.
 
Patamares elevados - Mesmo com a possibilidade de elevações menos intensas nas cotações, o horizonte em um período de longo prazo é de manutenção de preços em patamares elevados. Para o analista da Agroinvest Corretora, Cleber Bordignon, em 2011 houve uma "mudança de patamar" nas cotações agrícolas. Como exemplo, ele citou os contratos futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago, cujos preços médios hoje vão de US$ 13 e US$ 14 o bushel (o equivalente a 27,2 quilos da oleaginosa). "Em anos anteriores, era em torno de US$ 9 a US$ 12. Dá para perceber que o nível de preços mudou", afirmou. Para ele, a forte demanda por commodities agropecuárias pelos setores de alimentação humana e de rações deve ajudar a manter em um patamar elevado os preços das commodities agrícolas no longo prazo. (Agência Estado)

RAMO CRÉDITO IV: Sicredi lança nova modalidade de consórcio de imóveis

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A utilização da carta de crédito do Sicredi Consórcio Imóveis contempla novas opções. Além das já existentes, como aquisição de imóvel novo ou usado, residencial ou comercial, rural ou urbano, os associados já podem utilizar o consórcio de imóveis para construção, reforma e ampliação. As condições de pagamento para os associados são as mesmas que o Sicredi Consórcio Imóveis já oferece. São 120 meses de prazo de pagamento com opções de parcela integral, regressiva e progressiva, além da possibilidade do associado ser contemplado por sorteio, lance fixo ou lance livre. Neste mês de maio, o Sicredi inicia campanha de divulgação da nova modalidade. "Nossa expectativa é gerar um incremento de 30% nas vendas do consórcio de imóveis", projeta Fernando Di Diego, gerente de Mercado da Administradora de Consórcios. (Imprensa Sicredi)

OCESC: Cooperativas de SC crescem 10,5%

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TENDÊNCIAS: Chuva afeta colheita de soja na Argentina

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As chuvas que caíram sobre regiões agrícolas importantes da Argentina na semana passada prejudicaram a colheita de soja, informou o Ministério da Agricultura do país. Terceira maior produtora e exportadora da oleaginosa - atrás de Estados Unidos e Brasil -, a Argentina deverá produzir 50,4 milhões de toneladas do grão nesta safra 2010/11, conforme estimativas oficiais.
 
Adversidades climáticas - Apesar de a colheita já estar em sua etapa final - 88% da área plantada já foi colhida -, adversidades climáticas ainda podem reduzir o volume total esperado. Em parte por conta de intempéries já observadas desde o início do plantio, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, por exemplo, prevê que a colheita de soja do país ficará abaixo de 50 milhões de toneladas (49,2 milhões), quando inicialmente diversas projeções sinalizavam cerca de 55 milhões.
 
Milho - No caso do milho, informou o ministério, a colheita do ciclo atual avançou a um ritmo moderado na semana passada, também influenciada pela umidade. Até quinta-feira, os produtores argentinos haviam concluído 76% dos trabalhos nesta frente. Segundo maior país exportador de milho, a Argentina deverá colher, no total, 20,9 milhões de toneladas - para o produto, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires prevê 20 milhões de toneladas. (Reuters / Valor Econômico)

EXTENSÃO RURAL: Emater anuncia contratação de 400 técnicos em quatro anos

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Os 55 anos da Emater foram comemorados nesta quinta-feira (19/05) sob a expectativa da renovação de quadros. O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara e o presidente da empresa, Rubens Niederheitmann, anunciaram oficialmente a contratação de 400 profissionais, sendo 100 por ano, para recompor os quadros da empresa, que está há 16 anos sem contratações.

Profissionais - Serão contratados, por concurso público, engenheiros agrônomos, florestais, médicos veterinários e técnicos agrícolas. A prioridade é enviar os técnicos contratados para 40 escritórios da Emater que estão sem nenhum profissional. Posteriormente, serão enviados para 170 escritórios que estão com apenas um profissional.

 

Prioridade - Segundo Ortigara, o serviço de extensão rural é prioridade do governador Beto Richa. O secretário disse que é fundamental dar uma atenção mais qualificada no campo por meio do extensionista, que representa a presença do governo do Estado no meio rural. "Os extensionistas vão reforçar o trabalho que deve ser feito no campo junto ao produtor rural para reverter a degradação dos solos, cuidar do meio ambiente, auxiliar a agroindústria, auxiliar e orientar os agricultores para que enfrentem os desafios da atividade", afirmou o secretário.

 

Habitação - Outro desafio importante para o extensionista nessa gestão, disse Ortigara, será a organização do agricultor para ter acesso ao programa de habitação no meio rural que será anunciado em breve pelo governador Beto Richa. "O Estado deve muito à Emater e este é o momento para formar o time do futuro", afirmou.

 

Oportunidades - Para o presidente da Emater, Rubens Niederheitmann, o foco da empresa será apoiar a criação de oportunidades para os agricultores no meio rural. "O agricultor precisa de mais competitividade para não perder espaço no mercado. Para isso precisa de orientação para produzir com qualidade e sanidade seus produtos e esse é o nosso desafio", disse. (AEN)

CONJUNTURA: Fronteiras agrícolas globais têm expansão

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Nos últimos cinco anos, as principais commodities agrícolas têm registrado forte valorização em escala mundial. O índice de preços de cereais, medido pela FAO, a agência das Organizações Unidas (ONU) para Agricultura e Alimentos, subiu quase 85% entre janeiro de 2007 e abril de 2011. A alta é sustentada pelo ganho de renda e pela urbanização especialmente em emergentes como a China, e também pelo aumento da demanda por commodities agrícolas para a produção de biocombustíveis em diversos países.

Expansão - Essa conjuntura reativou a discussão sobre quais regiões do globo seriam capazes de expandir a área plantada com commodities agrícolas para atender a demanda mundial. Analistas são praticamente unânimes em considerar o Brasil o país que oferece o maior potencial de crescimento. No entanto, nações da África, do Leste Europeu e algumas das ex-repúblicas soviéticas, considerados fronteiras agrícolas, apresentaram nos últimos anos uma expansão expressiva na área cultivada com as quatro commodities agrícolas mais consumidas do mundo - arroz, soja, milho e trigo.

 

Usda - Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostram que entre a safra 2007/08 - quando os preços dispararam - e a 2011/12, que começa a ser plantada em algumas regiões, o mundo elevou em apenas 5% a área cultivada com as principais commodities agrícolas. Nas áreas de fronteira, no entanto, o ritmo de expansão foi, em média de 11%. No bloco formado pelas ex-repúblicas soviéticas e o Leste Europeu, o crescimento da área cultivada foi de 12%, enquanto entre os principais países africanos a evolução foi de 9% ao longo das últimas cinco safras.

 

Seca - Além da demanda maior, a seca que afetou lavouras de países do Leste Europeu e da Rússia na safra passada também contribuiu para a alta dos preços das commodities e acabou incentivando a expansão da área plantada nessas regiões. A Ucrânia, por exemplo, deve cultivar na temporada 2011/12 uma área de 10,7 milhões de hectares divididos entre soja, milho e, especialmente, trigo. O número representa um crescimento de 26,2% em comparação aos 8,5 milhões de hectares cultivados no ciclo 2007/08.

 

África - No continente africano, a Nigéria é um dos países que se destaca. Há cinco anos, o país cultivou 6,64 milhões de hectares com os principais produtos usados na alimentação. Para a safra 2011/12, o USDA projeta plantio de 7,51 milhões de hectares, crescimento de 13,1% no período.

 

Brasil - No Brasil, a expansão da área plantada também aconteceu. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nas últimas cinco safras o país elevou em 7% sua área cultivada. O ritmo da evolução no país, considerado o potencial fornecedor global de alimentos nos próximos anos, foi superior à média mundial, porém ficou abaixo do desempenho registrado pelas novas fronteiras agrícolas mundiais.

 

Investimento estrangeiro - Apesar do crescimento acima da média da área cultivada nas fronteiras agrícolas do mundo, as regiões ainda não registram a chegada de capital de investidores estrangeiros, como já ocorre no Brasil. "Existem ao redor do mundo muitas áreas viáveis para a produção agrícola. O desafio, no entanto, é fazer com que essas regiões se transformem em algo economicamente viável para os investidores", afirma André Debastiani, analista da Agroconsult.

 

Fatores - Ele observa que para atrair investidores que permitam uma expansão mais acelerada é necessária uma combinação de fatores. A garantia à propriedade privada, mínimas condições de logística e de infraestrutura são alguns dos pontos fundamentais, e que ainda colocam o Brasil no topo das prioridades para receber recursos. "A expansão ocorrida nessas regiões tem sido orgânica. O mundo está demandando mais alimentos e os preços estão viabilizando esse crescimento, mas ainda não são investidores que estão chegando", pondera Debastiani.

 

Pequena - De fato, a área cultivada nessas regiões de fronteira ainda é muito pequena dentro do que se planta ao redor do mundo. Englobando países africanos, as principais ex-repúblicas soviéticas e regiões do Leste Europeu, os dados do USDA apontam para uma área de aproximadamente 80 milhões de hectares ocupados com lavouras de soja, milho, trigo e arroz. No mundo, essas lavouras são cultivadas em pouco mais de 655 milhões de hectares, ou seja, as fronteiras representam cerca de 12% da área mundial. (Valor Econômico)

TRIGO II: Plantio entra na fase final no Paraná

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Com 62% da área semeada, o plantio do trigo entra na fase final no Paraná. Levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) mostra que, até o início da semana, as máquinas haviam passado por 640 hectares, de um total de 1,03 milhão de hectares previstos para a cultura no estado neste ano. Desmotivados pelo mercado, os produtores paranaenses recuaram em 12% a área destinada ao cereal neste inverno. Foi a segunda redução consecutiva no plantio do grão, que já havia perdido 11% da sua área no estado em 2010.

Clima favorável - Com clima favorável, as lavouras paranaenses têm potencial para render 2,85 milhões de toneladas, produção que, se confirmada, será 17% menor que a obtida no ano anterior. Em boletim de acompanhamento de safra, a Seab informa que "23% das lavouras semeadas até agora encontram-se em germinação e 77% em desenvolvimento vegetativo, fases que não apresentam riscos com relação à ocorrência de geadas". Maior produtor nacional, o Paraná responde por 54% da safra brasileira de trigo. A produção estadual é suficiente para atender a 27% da demanda anual do país. Cerca de metade do consumo nacional é suprido pelo produto importado. A Argentina é o principal fornecedor. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

EXTENSÃO RURAL: Emater faz 55 anos e adota novo modelo de gestão

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A Emater comemora em 2011 o 55° aniversário de instalação do serviço oficial de assistência técnica e extensão rural no Paraná. A data, que será comemorada nesta sexta-feira (20/05), marca o início da implantação de um novo modelo de gestão administrativa e de relacionamento com parceiros e agricultores. "Nosso compromisso é tornar o Instituto mais dinâmico e próximo dos agricultores com o objetivo de aumentar a eficácia de toda a ação que desenvolve", explica Rubens Ernesto Niederheitmann, diretor-presidente do órgão.

Contratações - Ele informa que a reestruturação da Emater já ganhou o aval do governador Beto Richa, que autorizou a contratação de 100 servidores a cada ano do mandato, o que significa 400 novos profissionais até o final de 2013. Segundo Niederheitmann, a recomposição do quadro próprio, o resgate da eficácia gerencial e a adoção de uma política de qualificação contínua e de valorização dos profissionais do Instituto são condições para que a Emater retome a condição de referência nacional na área.

 

Defasagem - Em mais de meio século de existência, a instituição chegou a ser considerada uma das três melhores empresas de extensão rural do Brasil. No entanto, ficou 16 anos sem contratar técnicos e os efeitos dessa defasagem são sentidos na ponta - ou seja, pelos produtores rurais. "Atualmente temos 40 municípios no Estado sem um extensionista", informa Richard Golba, diretor-administrativo da Emater.

 

Infraestrutura - Golba destaca ainda que por decisão do governador Beto Richa o Estado também vai alocar recursos para sustentar e melhorar a infraestrutura física e operacional do órgão, que dependia de convênios com prefeitura para manter bases ativas em dezenas de municípios. "Antes o governo só queria pagar os salários", relata Rubens.

 

Gradativo - O aumento das transferências de recursos do Estado para este fim será gradativo. Neste primeiro ano, os 100 municípios mais pobres do Estado deixarão de pagar a taxa de convênio com a Emater. Em quatro anos, todos os demais estarão livres desse repasse. "O dinheiro poupado pelos municípios deve ser reinvestido em novos serviços para os agricultores, como a contratação de técnicos ou compra de equipamentos", informa Golba.

 

Resultado - O secretário de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, recomendou que a administração da Emater adote contratos de gestão por resultados para ter condições de aferir a eficiência de todo o serviço prestado. Diante disso, uma série de mudanças operacionais foram estabelecidas. "Estamos promovendo uma recomposição do ambiente gerencial, devolvendo a capacidade de acompanhamento efetivo das ações", explica o diretor-técnico, Natalino Avance de Souza. Nos próximos anos, a Emater vai trabalhar como braço operacional de uma série de programas e projetos da Secretaria da Agricultura que visam melhorar a renda e a qualidade de vida no campo, garantir a sustentabilidade dos recursos naturais do Estado e assegurar condições de segurança alimentar.

 

Parcerias estratégicas - "Em paralelo ao apoio que estamos recebendo do atual governo, vamos trabalhar forte para estabelecer parcerias estratégicas com outras organizações e gerar serviços de melhor qualidade em benefício dos agricultores", informa Rubens Ernesto Niederheitmann. (AEN)