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AGRICULTURA: Crédito rural tem maior aplicação em dez anos

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Com uma produção nacional estimada em 162,5 milhões de toneladas de grãos, fibras, leguminosas e oleaginosas, área plantada de 49,5 milhões de hectares segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento - Conab e preços mais elevados em comparação à média histórica a contratação de crédito rural na safra 2010/2011 também bateu recorde considerando os últimos dez anos, com aplicação total de R$ 94,1bilhões. Nas operações de custeio e comercialização foram aplicados R$ 71,3 bilhões do total de R$ 75,5 bilhões programados, dos quais 77% foram tomados a juros de 6,25% a 6,75% ao ano. Em relação à safra 2009/2010 a aplicação cresceu 9,8%. As aplicações do PRONAMP, linha de crédito de apoio ao médio produtor rural teve a maior alta, registrando 60,7% mais operações que na safra anterior. 

Custeio - Segundo o Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central, que considera o ano civil e não o ano safra, os financiamentos com as lavouras de milho, soja, café, cana-de-açúcar, arroz, trigo e algodão responderam por 83% das operações de custeio para 2010. Sendo as regiões Sul e Sudeste as principais regiões que contrataram crédito para este fim, com destaque para o Estado do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais respectivamente. As operações de investimento cresceram 32,5% com a aplicação de R$ 13,5 bilhões dado a programação de R$ 18 bilhões. Tiveram destaque as operações com recursos obrigatórios, operações do Pronamp e Procap-Agro, linha destinada às cooperativas, que ultrapassou o valor programado e registrou crescimento acima de 100% . 


Maquinário - As operações da linha Moderfrota, destinada ao financiamento de tratores agrícolas e implementos, com taxa de juros de 9,5% ao ano, atingiu apenas 1,2% do total programado, registrando a maior queda entre as demais linhas de investimento. A linha especial de crédito de sustentação do investimento BNDES PSI - BK para financiamento de bens de capital superou o valor programado com a aplicação de R$ 5,8 bilhões, e crescimento de 29,2%. De julho de 2010 a maio deste ano, o programa operou a maior parte dos meses com taxa de juros de 5,5% ao ano. A partir de fevereiro a taxa subiu para 6,5% ao ano. 

Paraná - Segundo o Anuário Estatístico - BC das operações de investimento agrícola contratadas em 2010 o Paraná respondeu por 20% do valor contratado para o financiamento de tratores nacionais, sendo o segundo estado com maior valor contratado depois do Rio Grande do Sul. Respondeu também por 19,67% do valor contratado para colheitadeiras nacionais e 5,6% para fins de florestamento e reflorestamento sendo o quarto estado com maior importância de valor. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de 2009 a 2010 a aplicação em operações de investimento no Paraná cresceu 75%, com destaque para o grupo Outros Programas, que inclui financiamentos do BNDES PSI - BK, e Produsa que será incluído no Programa ABC. As operações do Moderfrota e Moderinfra tiveram as maiores perdas. 

Safra de verão - Os financiamentos para safra de verão 2011/2012 já tiveram início sendo programados R$ 107,2 bilhões para operações de custeio, investimento e comercialização da agricultura comercial. Um aumento de 7,2% em relação à safra 2010/2011. Para próxima safra é possível que as operações do Pronamp tenham aumento devido às modificações do Plano Agrícola e Pecuário que permitem a ampliação de enquadramento do médio produtor a taxas de juros menores. O Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura - Programa ABC que incorporou o Programa Propflora e Produsa também deve ter aplicação maior, pois tem taxas de juros menores de 5,5% ao ano e irá absorver as contratações das duas linhas incorporadas que antes tinham taxas de juros de 5,75% a 6,75% ao ano.  

 

Agricultura familiar - Para agricultura familiar, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar- PRONAF foram aplicados R$ 11,3 bilhões dos R$ 16 bilhões programados para a safra 2010/2011 ou 71% do total dos recursos programados. Em relação à safra 2009/2010 a aplicação caiu 0,7%.  Segundo dados do Anuário Estatístico do Crédito Rural o Paraná respondeu por 13% do valor total financiado no PRONAF em 2010, ocupando o quarto lugar entre os estados que mais utilizaram este tipo de crédito, entre eles: Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina, respectivamente. Para safra 2011/2012 está programado o mesmo volume de recursos utilizado na safra anterior, R$ 16 bilhões, de acordo com Plano Safra da Agricultura Familiar. Deste total R$ 2,4 bilhões devem ser destinados ao Paraná. (Agrolink, com informações FAEP).

TRABALHO II: Agricultura é destaque na geração em empregos em junho

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O setor da agricultura foi o que teve o melhor desempenho no mês de junho. O saldo de empregos na área foi 75.227. O saldo positivo se deu por causa das culturas de café e de frutas cítricas. Em seguida, está o setor de serviços com 53.543 empregos e, em terceiro, o setor de construção civil, com mais 30.531 trabalhadores.

A Região Sudeste foi a que apresentou o maior número de novos empregos no mês de junho, 124.292. Em seguida vem a Região Nordeste, com a criação de 39.953 empregos e, em terceiro, está a Região Centro-Oeste, com 23.163. Entre os estados, o que teve o maior número de novos empregos foi São Paulo, com 61.208. Seguido do estado de Minas Gerais, com 45.021 empregos e do estado do Rio de Janeiro, com 19.756. O estado do Espírito Santo foi o que teve o pior saldo de empregos no mês de junho, 1.693 negativos.

O saldo do mês de junho foi 215.393 empregos e o saldo do semestre foi 1, 41 milhão, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). (Agência Brasil)

AGRICULTURA: Safra de recuperação para o milho

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Depois de três anos em queda, o milho vai voltar a crescer no Paraná na temporada 2011/12. É o que aponta um levantamento informal de intenção de plantio de verão feito pela Gazeta do Povo com representantes do setor produtivo na última semana. Agricultores, co­­­ope­­rativas e revendas de insumos consultados pela reportagem revelam que a área destinada ao cereal pode aumentar até 20% no próximo ciclo. A partir do mês que vem, quando começa o plantio da nova safra de verão, cerca de 900 mil hectares devem ser cultivados em todo o estado.

Mudança de cenário - Preços quase 90% superiores aos praticados um ano atrás animam os produtores a ampliar a área e marcam a virada de jogo do milho na primeira safra paranaense. Os maiores incrementos no plantio devem ocorrer na porção Centro-Sul do estado, que concentra mais da metade da produção paranaense, enquanto as regiões Norte, Oeste e Sudoeste tendem a registrar variações menores. Nos últimos três anos, custos altos e preços baixos empurraram o produtor para a soja, relata Jeferson Malluta Luciano, coordenador da área técnica da Coopagrícola, de Ponta Grossa, nos Campos Gerais. "Para contornar o mercado, muitos deixaram um pouco de lado a rotação e, agora, com a melhora dos preços, estão voltando ao sistema.", explica. 

Crescimento - Na área de atuação da cooperativa, o plantio de milho deve crescer entre 15% e 20%, estima o técnico. "Estávamos esperando em crescimento maior. Mas o investimento é muito alto porque tem muito gasto com fertilizante, que foi o item que mais subiu neste ano. Já o herbicida para a soja transgênica, que é quem fica com a maior área, está o mesmo preço do ano passado", observa. Principal combustível para a retomada do plantio, os preços em alta encorajam os agricultores a arcar com um desembolso maior. A saca de 60 quilos, que hoje chega a valer R$ 28 em algumas regiões do estado, paga com folga os custos de produção, estimados em pouco mais de R$ 13. 

Retomada - Os números contrastam com o que ocorriam em 2010. Nesta mesma época do ano passado, para cultivar uma saca de milho, o produtor precisava desembolsar cerca de R$ 11. Mas também recebia menos pelo produto, perto de R$ 14. O mercado acaba absorvendo o aumento do custo e o milho volta a valer a pena, considera Leandro Bren, coordenador técnico da cooperativa Agrária, de Entre Rios (Campos Gerais). "Quem saiu está voltando neste ano. Mas aqui é um pouco diferente do resto do Paraná porque nossos cooperados costumam ser muito fiéis à rotação e, por isso, a área não caiu muito nos anos anteriores", esclarece o técnico. Ele calcula que cerca de 30% dos 107 mil hectares da área de atuação da Agrária serão cobertos com o cereal neste verão. 


Qualidade - "A retomada de área só não é mais forte aqui porque, como tivemos problemas de qualidade na última safra, o produtor prefere não arriscar muito. Em regiões onde não houve problema com grão ardido em 2010 o plantio vai aumentar bastante", avalia a agrônoma Juliane Nardelle. As projeções iniciais, relata, apontam um incremento de 5% a 10% na primeira safra de milho da Cooperativa Agricola Campo Do Tenente, no Sul do estado. Nos últimos dois anos, o cereal perdeu 30% da sua área para a soja na região, compara Juliane. Mais otimista, Marcelo Mar­­tins Pereira, coordenador do de­­par­­tamento técnico da revenda de insumos Agrícola Campele, em Guarapuava (Campos Gerais,) afirma que, a depender do mercado, o milho pode ganhar em um ano tudo que perdeu em dois. "Se a quebra na safrinha for maior que o esperado e os preços continuarem subindo, (a área) pode voltar ao que era", prevê. 


Insumos - Ele informa que as vendas de insumos para a safra de verão, que começaram mais cedo neste ano, continuam aquecidas na região.Segundo Pereira, o volume de sementes comercializado até o momento indica que o plantio do cereal deve ganhar entre 15% e 20% na região. Nos últimos dois anos, o recuo acumulado teria sido de 25%. (Gazeta do Povo)

AGRICULTURA: Ajustes no zoneamento podem antecipar plantio de soja

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O Ministério da Agricultura e do Abastecimento discute a possibilidade de promover ajustes no zoneamento agrícola da cultura da soja no Paraná e antecipar em até 10 dias o plantio no Estado, nos municípios onde a pesquisa permitir. Nos últimos cinco anos, produtores já plantam variedades precoces e semiprecoces como forma de antecipar o ciclo da cultura. Como conseqüência, também será antecipado o plantio do milho safrinha, fazendo com que a cultura escape dos rigores das geadas de inverno, que este ano provocaram perdas de 35% da produção.

Cautela - Os representantes das entidades de pesquisa Embrapa e Iapar são ainda cautelosos com a alteração no zoneamento, alertando os produtores que eles podem escapar das geadas, mas correm o risco de enfrentar problemas maiores com pragas e doenças.  De acordo com a Coodetec, cerca de 70% do plantio de soja no Paraná já é de variedade indeterminada. Na safra 2006/07, das 11 cultivares plantadas em área que concentra 80% do plantio de soja no Estado, apenas uma era de ciclo indeterminado. Já na última safra (2010/11), das 14 cultivares plantadas, ocupando a mesma área, 9 já eram de ciclo indeterminado. (Gazeta do Povo)

IMPOSTOS: Carga tributária pode chegar a 34,9% do PIB

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O brasileiro vai pagar um volume bem maior de impostos neste ano em relação ao tamanho da economia. De acordo com cálculos do economista Amir Khair, especialista em finanças públicas, a carga tributária deve crescer 1,3 ponto porcentual do Produto Interno Bruto (PIB), passando de 33,6% em 2010 para 34,9% do PIB em 2011, impulsionada pela arrecadação de impostos e contribuições federais. Nas contas de Khair, os tributos estaduais devem perder participação em relação ao tamanho da economia e os municipais ficarão praticamente estáveis. O movimento, segundo ele, reflete a retirada de desonerações fiscais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a recuperação do valor do Imposto de Renda das empresas, que sofreram queda em 2010, como reflexo da crise de 2009, e, de maneira geral, à dinâmica favorável da economia, que tem gerado emprego e renda.

4,5% de crescimento - "O carro-chefe do crescimento da arrecadação neste ano será a evolução do lucro e do faturamento das empresas e o crescimento da massa salarial, que eleva a arrecadação da Previdência Social, o FGTS e o imposto de renda dos trabalhadores." O economista fez as estimativas com base nos dados de arrecadação divulgados pela Receita Federal e pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) referentes a 2010 e também ao período de janeiro a maio de 2011 - extrapolando para o restante do ano o comportamento observado até maio. E considerou um crescimento econômico de 4,5% para este ano. O último dado oficial da carga tributária, divulgado pela Receita Federal, é referente a 2009, quando, segundo o órgão, os tributos arrecadados pela União, Estados e Municípios representaram 33,58% do PIB. Nos cálculos de Khair, o indicador naquele ano ficou em 33,2% do PIB.

Má distribuição - O economista reconhece que a carga de impostos no Brasil poderia ser reduzida, embora não considere que seu nível represente uma anomalia. "A carga tributária é definida em função da Constituição, do perfil do Estado", disse, lembrando que o perfil do gasto público, com maior ou menor proteção social, tem de ser levado em conta para comparações internacionais. De qualquer forma, ele reconhece que uma carga elevada provoca problemas para a economia. "Ter carga tributária alta é ruim porque estimula a informalidade e a sonegação", disse. Ele também considera que no Brasil particularmente, além de alta, a carga é mal distribuída, com maior peso de tributação no consumo, que sobrecarrega os mais pobres, e menos na renda. Para Khair, porém, o problema de competitividade e ineficiência da economia brasileira, e que também impede uma redução significativa da carga tributária, é o elevado nível de taxa de juros, acima do praticado internacionalmente. "A anomalia é a Selic e não a carga tributária." (O Estado de São Paulo)

OCERGS: Inscrições ao 5º Festival O Rio Grande Canta vão até 29 de julho

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Estão abertas, até o dia 29 de julho, as inscrições para o 5º Festival O Rio Grande o Cooperativismo. As eliminatórias de 2011 serão realizadas em Pinhal, no dia 7 de outubro, em Bento Gonçalves, no dia 28 de outubro, e em São José do Ouro em 18 de novembro. Tapera receberá a etapa final no dia 9 de dezembro, quando são escolhidos os artistas e obras vencedores do Festival.

Tema - Serão aceitas as inscrições de obras musicais que retratem o "Cooperativismo, a grande força do Rio Grande", tema da campanha publicitária do Sescoop/RS em 2011 (veja aqui). Não existem restrições a estilos ou gêneros musicais, desde que sejam existentes na cultura do Rio Grande do Sul. As letras das músicas devem ser na língua portuguesa, mas podem ser feitas citações incidentais em outros idiomas. O tempo máximo de cada música é 5 minutos.

 

Autor - Cada obra apresentada deve ter pelo menos um autor que seja sócio de uma cooperativa gaúcha, registrada e regular na Ocergs. As obras devem ser inéditas até o dia da apresentação e artistas que já participaram das outras edições do Festival podem participar novamente. São permitidas as inscrições de até cinco obras por artista, de composição própria ou co-autoria.

 

Inscrições - Clique aqui para acessar o regulamento e ficha de inscrição. As inscrições são gratuitas e devem ser remetidas para os seguintes locais: - IGTF (Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore): Av. Borges de Medeiros, 1501 sala 10, Térreo. Centro Administrativo do Estado, Porto Alegre/RS. CEP: 90119-900

- OMB/RS (Ordem dos Músicos do Brasil): Rua Vasco Alves, 235, Porto Alegre/RS. CEP: 90010-410

 

Premiação: 1º lugar: R$ 8.000,00 (oito mil reais) e troféu / 2º lugar: R$ 7.000,00 (sete mil reais) e troféu /

3º lugar: R$ 6.000,00 (seis mil reais) e troféu / Melhor instrumentista: R$ 4.000,00 (quatro mil reais) e troféu / Melhor intérprete: R$ 4.000.00 (quatro mil reais) e troféu / Melhor letra: R$ 4.000.00 (quatro mil reais) e troféu / Melhor melodia: R$ 4.000,00 (quatro mil reais) e troféu / Melhor arranjo: R$ 4.000,00 (quatro mil reais) e troféu / Música mais popular: R$ 4.000,00 (quatro mil reais) e troféu. ((Assessoria de Imprensa Ocergs)

AGROSAFRA: Preços das commodities sofrem forte recuperação

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As cotações internacionais das commodities apresentaram forte recuperação nos últimos dois dias, após um período de quedas acentuadas dos preços decorrentes do relatório divulgado, no dia 30 de junho, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) sobre o encerramento do plantio naquele país. O cenário melhorou com a correção parcial das estimativas de produtividades publicadas, no dia 12 de julho, no relatório mensal do Usda. O documento também apontou aumento de demanda interna e das exportações. "No caso do milho, a demanda para etanol nos Estados Unidos passou de 128 milhões de toneladas para 130,8 milhões de toneladas e as exportações passaram de 45,7 milhões de toneladas para 48,2 milhões de toneladas. Soma-se a estes fatores, o aumento de importação chinesa, que era de 500 mil toneladas no relatório passado, e agora foi reajustada para 2 milhões de toneladas na temporada", explicou o assessor da Gerência Técnica e Econômica da Ocepar, Robson Mafioletti. O aumento global de área plantada nos Estados Unidos na safra 2011/12 foi de 2,1%, ou seja, 1,9 milhão de hectares.

Melhora geral - Ainda de acordo com Mafioletti, os bons preços registrados nesta quarta-feira (13/07) são reflexo da melhora geral dos mercados acionários mundiais, com a possibilidade de novos estímulos à economia norte americana, coordenados pelo banco central (FED) e também à possibilidade, no início de agosto, da aprovação do aumento do endividamento do país junto ao congresso norte americano. "Além disso, na França, as estimativas para o trigo apontam uma safra de 32 milhões de toneladas inferior em 10% em relação à temporada passada, que foi de 35,7 milhões de toneladas", acrescenta Mafioletii.

 

Cotações - Nos últimos 30 dias, as cotações da soja, milho e trigo na CBOT variaram cerca de -0,2%, -5,0% e -8,0%, respectivamente, em relação ao mês anterior. Nesta quarta-feira (13/07), os contratos foram fechados, em média, na soja por US$ 13,83/bushel (o equivalente a US$ 30,50/saca de 60 kg); no milho por US$ 6,97/bushel (o equivalente a US$ 16,45/saca de 60 kg) e no trigo por US$ 7,41/bushel (o equivale a US$ 16,32/saca de 60 kg).

 

Quadro 01 - Relatório do Usda de 30 de junho - plantio efetivo nos Estados Unidos  (em milhões de hectares)

Culturas

Safra
2010/11

Safra
2011/12*

Safra
2011/12**

Var (%) 2010/11

SOJA

31,3

31,0

30,4

-2,8%

MILHO

35,7

36,7

37,4

4,7%

TRIGO

21,7

23,5

22,8

5,1%

TOTAL

88,7

91,2

90,6

2,1%

Fonte: Usda, Elaboração: Ocepar/Getec - jul/2011  * relatório de intenção de plantio em 31/03, ** relatório de finalização de plantio em 30/06

 

Quadro 02 - Cotações da soja na CBOT - Chicago Board of Trade em 13 de julho (fechamento)

SOJA

13 de julho

Cotações
(cents US$/bushel)

Cotações
(US$/saca)

Variação - dia ant.
(cents US$/bu)

Variação
(US$/Sc)

jul/11

1387,00

30,57

20,50

0,45

ago/11

1374,75

30,30

19,25

0,42

set/11

1374,75

30,30

19,75

0,44

nov/11

1379,75

30,41

21,50

0,47

jan/12

1389,50

30,62

21,00

0,46

mar/12

1391,25

30,66

19,75

0,44

Fonte: Cbot, www.cbot.com Elaboração: Ocepar/Getec - julho/11 - 1 bushel de soja = 27,216 kg.

 

Quadro 03 - Cotações do milho na CBOT - Chicago Board of Trade em 13 de julho (fechamento)

MILHO

13 de julho

Cotações
(cents US$/bushel)

Cotações
(US$/saca)

Variação - dia ant.
(cents US$/bu)

Variação
(US$/Sc)

jul/11

726,75

17,17

29,75

0,70

set/11

686,75

16,22

22,75

0,54

dez/11

679,75

16,06

21,75

0,51

mar/12

691,75

16,34

21,00

0,50

mai/12

697,75

16,48

20,25

0,48

Fonte: Cbot, www.cbot.com Elaboração: Ocepar/Getec - julho/11 - 1 bushel de milho = 25,400 kg.

 

Quadro 04 - Cotações do trigo na CBOT - Chicago Board of Trade em 13 de julho (fechamento)

TRIGO

13 de julho

Cotações
(cents US$/bushel)

Cotações
(US$/saca)

Variação - dia ant.
(cents US$/bu)

Variação
(US$/Sc)

jul/11

702,00

15,47

39,25

0,87

set/11

714,50

15,75

42,50

0,94

dez/11

742,75

16,37

37,50

0,83

mar/12

766,25

16,89

36,50

0,80

mai/12

780,75

17,21

34,25

0,75

Fonte: Cbot, www.cbot.com Elaboração: Ocepar/Getec - julho/11 - 1 bushel de trigo = 27,216 kg.

 

Paraná - No Paraná, os preços médios recebidos pelos produtores nesta quarta-feira (13/07), levantados pela Seab/Deral, para a soja foram de R$ 40,70/saca de 60 kg, de R$ 24,24/saca de 60 kg para o milho e de 26,53/saca de 60 kg para o trigo, com estabilidade de preços nos últimos 30 dias.

 

Quadro 05 - Evolução dos preços da soja, milho e trigo (em R$ por saca de 60 kg)

Culturas

Preços atuais

Soja

40,70

Milho

24,24

Trigo

26,53

Fonte: Seab/Deral, elaboração: Ocepar/Getec - julho/11.

CRÉDITO: BB concede o maior empréstimo dentro do programa ABC

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O Banco do Brasil resolveu acelerar a estratégia de concentrar suas operações em financiamentos a atividades rurais sustentáveis. Dono da maior carteira de crédito rural do país, o BB formalizou ontem, em Brasília, o segundo e mais volumoso empréstimo do programa federal Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Nesta quinta-feira (14/07), em Ji-Paraná (RO), o banco firmará outros dois contratos. O novo empréstimo soma R$ 1 milhão para a recuperação de pastagens e a aquisição de matrizes bovinas.

Juros e prazo - A linha de crédito tem juros de 5,5% ao ano e prazo de oito anos de pagamento, com três de carência. "É importante porque estamos financiando a agricultura mais moderna do mundo", afirmou o vice-presidente de Agronegócios do BB, Osmar Dias, ao Valor. O executivo argumentou que o "ABC" será a "nova onda" da agricultura sustentável e influenciará o setor em outros países. "Teve a onda da mecanização, do plantio direto e da biotecnologia. Essa é uma mistura de tudo porque contempla três processos, gerando preservação para produzir mais".

 

Produtividade - O BB aposta que financiar a chamada integração lavoura-pecuária-florestas (ILPF) resultará em uma forte elevação da produtividade média das lavouras e, principalmente, da pecuária brasileiras. "Estamos muito entusiasmados. É emblemático porque é viável, uma coisa de futuro, que vai recuperar o crescimento da produtividade de 10 ou 15 anos atrás", disse Osmar Dias.

 

Simbolismo - Esse novo contrato tem ainda outro simbolismo. O produtor beneficiado é o ex-ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli, um dos primeiros defensores da integração das atividades lavoura-pecuária-floresta em uma mesma área. As primeiras experiências dessa integração começaram há quase uma década em sua fazenda de 1,2 mil hectares, em Baldim (MG), a 100 quilômetros da capital Belo Horizonte.

 

Sonho - "Esse é o projeto com que sempre sonhei. Muda o conceito de produção, usa intensamente a terra, com lavoura, pastagem e floresta juntos. Eleva a fertilização do solo, a captação de água e elimina a erosão", afirmou Paulinelli, criador da Embrapa e do programa de desenvolvimento dos Cerrados brasileiros (Prodecer) durante o regime militar.

 

Médias mais altas - Paulinelli afirma que a integração elevou fortemente as médias de produção em sua fazenda. Na última safra, ele produziu 196 sacas de milho e 50 sacas de soja por hectare. Mais importante: reduziu, de 120 para apenas 70 dias, o tempo de confinamento de suas 1,2 mil cabeças de gado. Ao chegar para a engorda final, as reses terão 14 arrobas, e não apenas 12 arrobas de antes da implantação do sistema.

 

Investimentos - Paulinelli comprará 500 matrizes e reprodutores para seu rebanho. Ampliará em 400 hectares a área de pastagem via recuperação, reformará parte das instalações da pecuária e construirá três galpões para armazenagem. "Hoje, perco de R$ 8 a R$ 10 por arroba porque o pessoal vem de São Paulo e compra tudo. Agora, vou ganhar essa diferença", avalia. (Valor Econômico)

CARNES: Preço do suíno sobe 22% no Paraná

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Depois de o Brasil ter registrado aumento no volume de exportações e m junho, os preços da carne suína subiram 22% no mercado interno. Levantamento da Secretaria Estadual da Agricultura (Seab) mostra que o preço pago ao criador paranaense saiu de em média R$ 1,66 por quilo na primeira semana de julho para R$ 2,02 cotados ontem no estado. Em Apucarana (Norte), o valor chegou a R$ 2,50, aponta a Seab.

Tendência - O salto ainda não cobre os custos de produção da carne, que neste ano são calculados em R$ 2,40 por quilo, mas a tendência é de que os preços continuem em alta, prevê Elias Zydek, diretor executivo da Frimesa, de Medianeira (Oeste). O otimismo do dirigente está sustentado na retomada do principal cliente brasileiro, a Rússia, que desde o dia 15 de junho suspendeu as compras de cerca de 90 frigoríficos do Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

 

Agosto - Segundo o presidente executivo da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar, que participou nesta quarta-feira (13/07) de uma reunião em Brasília para discutir o assunto, a expectativa é que todos os estados sejam autorizados a embarcar a carne para o país europeu em agosto. "Eles (russos) têm até outubro para fazer estoques e conseguir suprir o consumo doméstico durante o inverno, que começa em novembro", analisa, lembrando da dificuldade de entrada dos navios nos portos da Rússia no inverno. "Os rios ficam praticamente congelados e nenhuma embarcação consegue entrar no país."

 

Posição brasileira - O executivo disse que até o dia 20 deste mês, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deve dar uma posição ao setor. Ano passado, 43% das exportações brasileiras de suínos tiveram a Rússia como destino, o equivalente a 232 mil toneladas. Mesmo com o dólar perto de R$ 1,60 e preços de venda abaixo valor desembolsado pelos criadores, em junho o volume de embarques de carne suína do Brasil cresceu 12,3% em relação a 2010 ao enviar 52,7 mil toneladas, conforme a Associação Brasileira da Indústria Exportadora (Abipecs). (Gazeta do Povo)

INFRAESTRUTURA II: Porto é maior problema no PR, mostra pesquisa

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Os empresários paranaenses estão bastante preocupados com os portos do Paraná, temem um apagão de mão de obra e ainda acreditam que o setor automobilístico do estado está perdendo força. Esses dados constam de uma pesquisa sobre a competitividade regional apresentada ontem pela Câmara Americana de Comércio (Amcham).

Abrangência - O estudo, realizado também em Minas Gerais, Pernambuco e na região de Campinas (SP), ouviu 171 empresários no país, dos quais 43 paranaenses. Apesar de o setor de serviços ter grande representatividade nessa amostra, e de não estar diretamente ligado às operações portuárias, os portos é que foram apontados como o maior gargalo, na opinião dos empresários.

 

Portos - Para 32% dos entrevistados, os portos - em especial o de Para­naguá, o principal do estado - são o principal problema da infraestrutura no Paraná. Em seguida aparecem, empatados com 22%, aeroportos, rodovias e ferrovias. A pesquisa apontou que, na opinião de 32% dos empresários, o setor de transportes é o que deveria receber o maior apoio do governo e das empresas privadas. Os empresários consultados em Minas Gerais, Pernambuco e Campinas apontaram a educação e formação profissional como prioridade, mas no Paraná essa questão ficou em segundo lugar, indicada por 27% dos paranaenses ouvidos pela pesquisa. "Na percepção dos empresários do Paraná, apesar de a qualificação profissional preocupar, a infraestrutura de transportes é mais carente que nas outras regiões pesquisadas. O grosso da reclamação dos entrevistados está nos portos", diz o vice-presidente regional da Amcham Curitiba, Eduardo Guy de Manuel.

 

Governo - O secretário de Estado de Planejamento, Cassio Taniguchi, esteve no evento de divulgação da pesquisa e concordou que há muito para ser melhorado. Segundo ele, o governo está tomando as medidas necessárias para avançar na questão de infraestrutura. "Em relação ao Porto de Paranaguá, precisamos criar parcerias com a iniciativa privada para agilizar os investimentos. Outras ações, como a dragagem, já estão sendo encaminhadas", disse. "As rodovias não pedagiadas são péssimas e estamos fazendo várias intervenções para melhorar e restaurar constantemente as estradas. Outro gargalo, que são nossas ferrovias, também devem receber investimentos. O deslocamento de uma carga de Cascavel para Para­­naguá, por exemplo, leva hoje 18 dias. Queremos reduzir esse tempo para um dia, com investimento em novos trechos", acrescentou o secretário.

 

Promissores - Os empresários paranaenses avaliam que os três setores mais promissores para investimentos são grandes obras da construção civil (exceto habitação); transporte e turismo; e entretenimento. Um destaque negativo é a indústria automobilística, que não figura entre os principais setores a receber investimento. A explicação seria a concorrência com o México e a força do movimento sindical nas montadoras. "Os incentivos dados pelo México para o setor têm feito algumas montadoras desviar novos investimentos para aquele país. Além disso, há a intensidade do setor sindical no estado, que é muito maior que em São Paulo e Minas Gerais, por exemplo. Isso faz o empresário sentir que a região perde investimentos no setor", avalia o presidente da Amcham Brasil, Gabriel Rico. (Gazeta do Povo)

BANCO CENTRAL: Indicador do BC indica ritmo menor para PIB do trimestre

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Depois de meses de sinais contraditórios vindos da atividade econômica, sem um dado concreto que indique se de fato o país está desacelerando, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) relativo a maio apresentou forte desaceleração na comparação com o ritmo observado nos meses anteriores. O indicador, que tenta antecipar o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), registrou avanço de 0,17% em maio, ante uma alta média de 0,48% nos primeiros quatro meses do ano e de 0,44% em abril.

Elevado - Em 12 meses, o crescimento ainda é elevado, de 5,34%, acima do chamado PIB potencial, nível que representa uma expansão econômica sem pressões inflacionárias. A leitura interna do BC, no entanto, é de que o IBC-Br reforça sua visão de que a economia se mostra em uma trajetória de crescimento sustentável, segundo fontes da autoridade monetária. Essa análise tem sido apresentada nos últimos documentos oficiais, como o Relatório de Inflação, publicado no fim do mês passado, mas ainda não foi totalmente aceita por analistas.

 

Efeitos - O BC tem indicado que os maiores efeitos de suas ações de política monetária devem ocorrer a partir do segundo semestre, dada a defasagem já conhecida entre as elevações dos juros, feitas desde janeiro, e o desaquecimento da economia. Na avaliação das autoridades do BC, o recuo do IBC-Br em maio aumenta a chance de que essa premissa de fato se concretize.

 

Desaceleração - Os analistas ainda têm dúvidas quanto ao nível de desaceleração da atividade, mas já começam a surgir apostas em um desaquecimento maior a partir deste mês. O Itaú Unibanco, por exemplo, avalia que ainda houve expressivo crescimento da construção civil, alta da produção na indústria de transformação e o aumento do comércio varejista no mês de maio. A prévia de junho, porém, já é um pouco mais positiva do ponto de vista do controle da inflação.

 

Moderação - Os indicadores preliminares do mês passado apontam para moderação da atividade econômica em junho, diz Aurélio Bicalho, economista do Itaú Unibanco, e sinalizam ligeiro crescimento do PIB mensal na margem, da ordem de 0,2, depois de um avanço de 0,7% em maio, de acordo com uma medida particular do PIB feita pelo próprio banco.

 

Indústria e comércio - "Os dados disponíveis sugerem um pequeno recuo da produção industrial e estabilidade do comércio varejista no mês passado", diz o economista, em relatório. "Mantemos a avaliação que a atividade econômica já mostra sinais de acomodação, apesar da volatilidade dos dados nos últimos meses, e que essa tendência de moderação deverá ficar ainda mais evidente ao longo dos próximos meses."

 

Inflação - A preocupação com a inflação voltou ao centro do debate econômico depois da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, com alta de 0,15%, acima do esperado. O último boletim Focus, alimentado pelas projeções de analistas, mostrou forte piora nas expectativas de inflação, que foram a 6,31% para este ano e reforçaram as apostas em duas novas elevações da Selic de 0,25%, uma delas já na próxima semana, que levariam os juros para 12,75% ao ano.

 

Divergências - Algumas análises, divergem, porém, sobre a intensidade do recuo da atividade no segundo trimestre. As projeções para o crescimento do PIB variam de 0,7% a 1,1% na comparação com o primeiro trimestre, na série com ajuste sazonal. A economia, no primeiro trimestre, cresceu 1,3% sobre o trimestre anterior, na mesma série.

 

Compatível - Segundo o economista-chefe da Máxima Asset Management, Elson Teles, o avanço de 0,17% no IBC-Br de maio é compatível com o cenário de crescimento da economia previsto pelo BC. "A autoridade monetária quer um arrefecimento, mas não um arrefecimento forte da atividade. O IBC-Br reforça esse ponto", diz ele, para quem o PIB crescerá 4% no fim do ano, e em torno de 1% no segundo trimestre.

 

Segundo semestre - Para Rafael Bacciotti, da Tendências Consultoria, e Thaís Marzola Zara, economista-chefe da Rosenberg & Associados, a desaceleração será mais evidente a partir do segundo semestre. "O mercado de trabalho estará um pouco menos aquecido, com a ocupação desacelerando e a taxa de desemprego avançando", prevê Baciotti. A Tendências projeta que o PIB crescerá 1,1% no segundo trimestre sobre o primeiro e 3,9% no fim do ano.

 

Evolução - Segundo o relatório da Rosenberg, o IBC-Br reforçou "a perspectiva de crescimento do PIB superior a 1% no segundo trimestre, ainda que inferior ao 1,3% do primeiro trimestre". Thaís espera que a economia cresça 4% no ano, mesmo com a atividade ainda aquecida. "O IBC-Br não traz tranquilidade no que se refere à evolução da atividade e suas repercussões sobre a inflação", diz a consultoria.

 

Pessimista - Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores, tem um cenário mais pessimista. Para ele, o crescimento de 1,3% no primeiro trimestre foi apenas um "voo de galinha" e o PIB do segundo trimestre terá elevação de 0,7%. "O dado do IBC-Br, que é a síntese de tudo, mostra que a atividade está desacelerando. Quando juntamos comércio, indústria e atividade no caldeirão do PIB, o recado é claro. A atividade está voltando a perder fôlego", argumenta o analista, que espera um PIB de 3,4% em 2011.

 

Varejo - Borges destaca que os dados do varejo divulgados pelo IBGE, apesar de estarem fortes na margem, mostram recuo do comércio nas médias móveis trimestrais, assim como o indicador do BC, que vem perdendo força a cada três meses. "Os analistas estão olhando dados muito pontuais, cuja volatilidade aumentou muito desde dezembro, e esquecendo a tendência."

 

Número - Segundo cálculos feitos pela LCA, a atividade econômica teve crescimento de 0,8% no segundo trimestre de 2011, descontadas as sazonalidades, número próximo à estimativa da consultoria para o PIB do período. (Valor Econômico)

COMMODITIES: Dados do USDA sobre estoques fazem grãos subir em Chicago

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Com os novos números de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em mãos, o mercado deixou de lado o pessimismo com a economia mundial e voltou a apostar na escassez, o que impulsionou os preços dos grãos na Bolsa de Chicago. Os contratos de milho para entrega em setembro fecharam com valorização de 3,26%, no nível mais alto de julho, cotados a US$ 6,64 por bushel. Os vencimentos do trigo avançaram 5,12%, para US$ 6,72 por bushel, patamar mais elevado em oito semanas. A soja subiu apenas 0,66%, a US$ 13,5550 por bushel, mas registrou a sétima alta consecutiva - maior sequência de ganhos desde dezembro.

Estimativas - O mercado foi impulsionado pelas estimativas do USDA para os estoques de passagem da safra 2011/12, que começa oficialmente em setembro. O recuo momentâneo do dólar em relação a uma cesta de moedas também estimulou o movimento.

 

Milho - O milho foi o centro das atenções em Chicago. O USDA elevou em 25%, para 22,1 milhões de toneladas, sua previsão para os estoques americanos, mas o número ficou abaixo das 26 milhões de toneladas esperadas pelos agentes do mercado. Mesmo com o aumento em relação à previsão de junho, os estoques antes da colheita de 2012 deverão atingir o menor patamar desde 1996. O volume é praticamente idêntico ao da safra que termina em agosto, mas corresponde a apenas 50% daquele armazenado ao fim do biênio 2009/10.

 

Produção recorde - Isso apesar da produção local recorde, estimada em 342 milhões de toneladas. De acordo com o USDA, o incremento na produção será todo absorvido pela demanda. Só a produção de etanol deverá consumir quase 131 milhões de toneladas - um recorde. Analistas de mercado avaliam ainda que o USDA subestimou o volume de exportações para a China. A avaliação é de que os embarques, projetados em 2 milhões de toneladas, podem ser até duas vezes maior.

 

Trigo - Os dados do USDA também mexeram com o mercado de trigo. O USDA elevou para 57,3 milhões de toneladas sua estimativa para a produção americana, mas a alta foi insuficiente para fazer frente a um consumo total de 65 milhões de toneladas. Em todo o mundo, os estoques deverão cair cerca de 4%, apesar do aumento de 2% na produção mundial, estimada em 662,42 milhões de toneladas.

 

Soja - Os números da soja ficaram dentro do esperado pelo mercado - o que explica a variação menor dos preços - mas também preocupam. De acordo com o USDA, os Estados Unidos vão produzir 87,77 milhões de toneladas da oleaginosa, o que significa o segundo ano seguido de queda. Os estoques de passagem foram estimados em 4,8 milhões de toneladas, 12,13% menos que no ano passado. Segundo analistas, os números revelam um frágil equilíbrio entre oferta e demanda da oleaginosa. "Os estoques de soja estão em patamares historicamente baixos e muito sensíveis a qualquer problema com a produção", avalia Steve Cachia, analista da corretora Cerealpar.

 

Incertezas - Flávia Moura, analista da corretora Newedge, lembra que os números de produção não são definitivos. Este período do ano é tradicionalmente dominado por incertezas sobre o tamanho da safra. "O clima quente e seco no Meio-Oeste dos Estados Unidos ainda pode comprometer a produção. A tendência é que tenhamos um mercado com muitas especulações até agosto, quando o cenário começa a se definir."

 

Algodão - Na direção inversa, o mercado de algodão teve forte baixa. O USDA reduziu suas estimativas para a exportação e elevou as de estoque. (Valor Econômico)

CRÉDITO: Banco do Brasil reabilita produtores endividados

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O Banco do Brasil confirmou na última semana que está reabilitando 40 mil produtores que estavam sem acesso ao crédito rural por acúmulo de dívidas. O setor reclama que nas últimas safras o rigor na avaliação das contas aumentou. Principal agente financeiro para a agricultura, o BB deve distribuir R$ 45,7 bilhões do total de R$ 123 bilhões dos planos agrícolas e pecuário comercial e familiar. O vice-presidente de Agronegócios do BB, Osmar Dias, disse que reabilitação foi decisão interna do banco. "Esses 40 mil não podiam contratar por ter renegociado investimentos. Tiramos esse impedimento e isso é uma forma de desburocratização." A barreira tinha sido imposta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Pagamentos antecipados teriam permitido ao banco mudar sua avaliação de risco. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

SAFRA 2011/12 I: Expectativa é que agricultura familiar fique com R$ 2,4 bilhões no PR

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Na região sudoeste do Paraná, onde a presidenta Dilma Rousseff lança nesta terça-feira (12/07) o Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012, estão concentrados 89% dos estabelecimentos agropecuários existentes no estado. De acordo com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), 81,63% dos 371.051 estabelecimentos agropecuários paranaenses se enquadram na categoria de agricultura familiar.

Recursos - O plano disponibilizará para a safra 2011/2012 uma linha de crédito de até R$ 16 bilhões pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A expectativa da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná (Fetaep) é que o estado fique com pelo menos R$ 2,4 bilhões do total anunciado. "Esse valor deverá ser suficiente para atender 170 mil famílias paranaenses. A quantidade máxima de famílias beneficiadas no Paraná até agora foi 150 mil", disse à Agência Brasil o presidente da Fetaep, Ademir Mueller.

Mudanças importantes- Para o secretário estadual de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o plano traz mudanças importantes, como a simplificação das operações de crédito rural para a safra que começou este mês, com redução dos juros de 4,5% para 2% nos financiamentos para investimento, sendo que nas operações até o valor de R$ 10 mil a taxa de juros cai para 1%.

Limite - O secretário destacou também a ampliação do limite de financiamento, para a agricultura familiar, para até R$ 130 mil, a elevação do limite de financiamento do Pronaf B de R$ 2 mil para R$ 2,5 mil, a ampliação da cobertura de renda do Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) de R$ 3,5 mil para R$ 4 mil, o aporte de R$ 127 milhões para Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e a criação de uma ação específica do Programa de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) para a agricultura familiar.

Superintendência - O plano também prevê a criação de uma superintendência da Caixa Econômica Federal para avaliar e acompanhar projetos de habitação rural e investimentos no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). "Esses programas vão manter um vínculo forte de compras da agricultura familiar principalmente dos mais pobres, fortalecendo a geração de renda para esses agricultores", disse Norberto Ortigara. (Agência Brasil)