GEADA II: Governo começa a calcular perdas no Estado

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Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), do governo do Paraná, houve geadas fortes nas regiões de Toledo, Cascavel e Campo Mourão, que respondem por mais de 50 por cento da colheita de milho safrinha do Estado, tradicionalmente líder na produção do cereal. O Deral, entretanto, diz que é cedo para quantificar as perdas, embora afirme que elas ocorreram. "Acho que o milho que tinha, cozinhou. Vai dar muito grão ardido, foi bem forte e geada", afirmou o agrônomo Juliano Alves Galvão, da Copavel, cooperativa de Cascavel, no oeste do Paraná.

Igual a de 2000 - De acordo com Galvão, deve ocorrer uma quebra de cerca de 40 por cento do milho do município. "Igual a esta geada só a de 2000", afirmou ele, lembrando-se da quebra registrada no início da década passada.  O agrônomo acrescentou ainda que, para piorar a situação, há previsão de chuva para os próximos dias. "Se chove, brota o grão dentro da espiga." A região de Cascavel responde por 15 por cento da produção de milho do Estado.

 

Suscetível - Na segunda-feira (27/06), geadas já tinham atingido o Estado, onde 75 por cento da safra de milho está suscetível a perdas por geadas, segundo o Deral. "Não tem como quantificar, vamos monitorar esta semana, a geada de hoje foi mais forte e pegou trigo também", disse a agrônoma Margorete Demarchi, do Deral.  "Dependendo do estágio dentro da espiga, mesmo em fase de maturação, e dependendo da intensidade da geada, afeta a qualidade", disse ela. A agrônoma afirmou que as lavouras nos municípios de Maringá e Londrina, no norte, que juntos respondem por 20 por cento do milho do Estado, também foram atingidas pelo frio intenso. (Reuters)

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