O secretário nacional de política agrícola, Benedito Rosa do Espírito Santo, que comparece ao Fórum de Mercado a ser realizado em Cascavel nesta sexta-feira, deve explicar como serão implementadas as medidas do governo de apoio à comercialização do milho, divulgadas ontem. De imediato, o governo promete colocar à disposição dos produtores R$ 120 milhões para tirar do mercado 1 milhão e 125 mil toneladas do produto que estão pressionando os preços para baixo. As principais medidas anunciadas ontem são:

1- Aquisição (AGF) de 425 mil toneladas no Centro Oeste, ao custo de R$ 50 milhões.

2- Alocação de R$ 64 milhões para viabilizar a venda de contratos de opção, para até 400 mil toneladas assim divididas: 120 mil t no Paraná; 50 mil t no RS; 50 mil t em SC; 50 mil t em SP e 130 mil t em GO.

3- Os preços dos contratos de opção para outubro são de R$ 9,77/saca.

4- Serão realizados dois leilões do PEP de 50 mil toneladas, nos dias 15 e 22 deste mês, respectivamente.

5- Aumento das linhas de financiamento para integrados de suínos e aves, a custos baixos.

6- Antecipação do pagamento das dívidas de securitização que vencem em outubro, com possibilidade de pagamento em milho até 200 mil t.

Apesar da participação dos bancos no PIB brasileiro ter caído de 12,8 % em 1991para 6,0 % em 1999, o lucro continua sendo alto. O Bradesco anunciou um lucro de R$ 1,74 bilhão, com um crescimento de 57% no ano passado. Para garantir essa receita, muito acima da esperada, o banco priorizou empréstimos ao varejo, onde a margem é maior. Margem maior subentende juros altos. A Embratel, por sua vez, anunciou um lucro de R$ 577 milhões; a Telefônica R$ 121 milhões; a CRT (RS), que teve prejuízo de R$ 61,2 milhões no ano passado, lucrou R$ 60,6 milhões neste ano. Nada como atual em empresas que trabalham à sombra, cobrando tarifas, longe da instabilidade do tempo e da oscilação dos mercados.

Atendendo a uma solicitação feita pela diretoria da Associação Comercial Industrial de Araucária, foi realizada no último dia 18 de janeiro naquela cidade uma reuniãso sobre a forma de funcionamento e atuação do Sicredi no Paraná e demais Estados da Região Sul. Participaram do evento cerca de 130 pessoas, entre empresários e lideranças políticas locais, que ouviram do presidente do Bansicredi, Ademar Schardong, todas as explicações. Schardong foi acompanhado do presidente do Sicredi-PR, Seno Cláudio Lunkes e do presidente do Sicredi-Lapa e vice-presidente da Ocepar, Luiz Roberto Baggio. Segundo Baggio, existe um interesse muito grande dos empresários de Araucária de que o Sicredi venha atuar no município. ?Há muito tempo vem sendo feita uma aproximação entre o Sicredi-Paraná e os empresários, através da Faciap. Estamos estudando a possibilidade de que a própria Sicredi da Lapa abra um posto de atendimento em Araucária, fortalecendo ainda mais esta aproximação?, disse.

A propósito do PIS/Cofins que afeta a economia das cooperativas, o advogado trabalhista José Eduardo Gibello Pastore publicou no Estadão de 31/01/2001 o artigo ?República dos procuradores: no Brasil a coisa está muito perigosa?. Ele analisa a importância das cooperativas de trabalho no Brasil e em países mais desenvolvidos, como EUA e Canadá. ?Uma das alternativas mais positivas, que vem se desenvolvendo muito nos últimos anos, é a experiência das cooperativas de trabalho. Estados Unidos e Canadá têm suas economias permeadas pelas cooperativas. Estima-se que nos Estados Unidos 100 milhões de pessoas estejam envolvidas em pelo menos uma das 47.000 cooperativas existentes no país. No Canadá, são 21 milhões de pessoas participando de algum tipo de cooperativa (The International Cooperative Movement, Johnton Birchall, Manchester University Press, 1997). No entanto, em nosso país esse fenômeno social encontra enorme resistência. E, apesar de todos os reveses, na classificação das 500 maiores empresas do Brasil, realizada pela revista Exame em 1997, figuravam 21 cooperativas.? O advogado é pós-graduando em direito do trabalho pela PUC-SP e sócio fundador da Associação Internacional de Direito Cooperativo, com sede na Espanha.

A Ocepar estará de plantão em Brasília, através de sua Assessoria Jurídica, junto com a equipe da OCB, para defender os interesses do cooperativismo na votação do Projeto de Conversão da MP 2.113-27, que trata do PIS/Cofins. Enquanto aguarda a provável votação, o assessor jurídico da Ocepar tratará de outros assuntos com autoridades do governo. Junto com a OCB, participará de reunião com o assessor especial da Presidência de República, Eduardo Graef, para discutir o projeto de lei do cooperativismo. No Congresso, pesquisará o projeto de lei do INSS encaminhado pelo Ministério da Previdência Social. Por fim, buscará subsídios para subsidiar as propostas da Ocepar à regulamentação, pelo Paraná, da Lei complementar 102, que possibilita o parcelamento do creditamento do ICMS. CASTROLANDA & RÁDIO - A Cooperativa Agropecuária Castrolanda vai lançar, nesta sexta-feira, o programa de rádio ?Ponto de Encontro Castrolanda?, que será transmitido diariamente pela rádio Antena Sul, de Castro. O lançamento ocorre às 20 horas, no Clube Antenne, em Castrolanda, após apresentação de institucional da cooperativa. O comunicador Nadiel Pacheco Kowalski, assessor de imprensa da cooperativa, coordena essa iniciativa.

A suspensão das importações de carne pelo Canadá, México e Estados Unidos sob alegação de risco de contaminação pela doença da vaca louca é considerada pela Ocepar uma medida política desses países, sem nenhum fundamento. Acredita a Ocepar que as exportações sejam retomadas brevemente. O próprio ministro da Agricultura Marcus V. Pratini de Morais, após encontro com autoridades do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, ontem, passou a acreditar que a medida será suspensa brevemente. Teme-se que a suspensão das importações de carne brasileira pelos três países, que somam US$ 100 milhões/ano, tenha influência junto aos países europeus, que são os maiores importadores.

A empresa suíça SGS está investindo R$ 500 mil na instalação, no Brasil, de um laboratório para detecção de produtos transgênicos. A sede do laboratório será em Santos, anunciam os dirigentes da empresa, que direcionarão seu trabalho aos grupos interessados na aquisição de produtos não transgênicos brasileiros.(Fonte: Gazeta Mercantil de 04 fev 01)

Na semana que passou, o Sescoop recebeu a auditoria externa, que realizou um trabalho exaustivo dentro da instituição. Os auditores se mostraram satisfeitos com a forma de trabalho do Sescoop-PR e informaram que deixarão algumas observações destinadas a aprimorar e facilitar o trabalho da equipe administrativa e financeira.

Flávio Turra, da Getec, relatou que Brasil já exportou cerca de 350 mil toneladas de milho até agora e que poderá chegar a 600 mil toneladas até o final do mês. O Paraná deverá produzir cerca de 7,8 milhões de toneladas de milho e outras 7,6 milhões de toneladas de soja, para uma capacidade de estocagem a granel de 12 milhões de toneladas. As exportações de soja e o consumo interno aliviam um pouco a pressão sobre a armazenagem.

O Gerson estará em São Paulo, na Ocesp, nos dias 6 e 7 para discutir aspectos relacionados com o SAC agropecuário. O gerente de Desenvolvimento e Autogestão, Juacir, estará na Ocesp no dia 7 e na FEA(USP) de Ribeirão Preto, no dia 8, para discutir parceria em projeto que beneficia o sistema cooperativista paranaense.

Nesta semana, a Ocepar dará prioridade absoluta ao acompanhamento da votação do Projeto de Conversão da MP 2.113-27 (PIS/Cofins), incluído na pauta de votação da Convocação Extraordinária do Congresso Nacional. O assessor jurídico Paulo Roberto se deslocará a Brasília para reuniões rotineiras sobre a lei do cooperativismo, projeto de lei do INSS, quando acompanhara a votação do projeto de conversão.O Sandro e o Robson, da Getec, estão percorrendo as cooperativas para contato com departamentos técnicos, visando montar linha de trabalho.

Na sexta-feira também a Corol realizou sua AGO, quando anunciou novos investimentos na unidade de açúcar, ampliando a produção de 400 mil para 700 mil sacas por ano. A cooperativa fechou o ano com um faturamento de R$ 196,9 milhões. A Corol também atua em laranja, sendo hoje a maior distribuidora de frutas frescas da Região Sul. A diretoria aproveitou a AGO para realizar uma série de homenagens relativas aos seus 37 anos. Os gerentes Juacir e Cícero participaram da assembléia, que contou com um representativo número de participantes.

Será realizado, no dia 9 (sexta-feira), em Cascavel, o Fórum de Mercado, que analisará as culturas de milho, soja e algodão. O fórum, que será realizado na Coodetec as partir das 9 horas, é promovido pela Ocepar, Secretaria da Agricultura e Federação da Agricultura e está aberto à participação de agricultores, técnicos e dirigentes de instituições ligadas ao meio rural. Já está confirmada a participação do secretário da Agricultura, Antonio Poloni; deputado federal Moacir Micheletto, do presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski; e do presidente da Faep, Ágide Meneguette. (Programa em tabela)

A empresa americana International Paper pode montar uma fábrica de embalagens longa vida na América Latina, aumentando a disputa com sua concorrente direta, a Tetra Pack. A empresa dá a entender que ainda há dúvidas se a indústria será instalada no Brasil ou Argentina. A notícia é bem recebida pelo setor de laticínios, pois a concorrência pode reduzir o custo das embalagens, além de diversificar. Hoje, muitos produtores ganham pelo litro do leite menos do que custa a embalagem tipo longa vida.

AWB Ltd , da Austrália, que pode perder o monopólio na exportação de trigo daquele país, critica essa possibilidade, afirmando que além de causar problemas nas vendas do cereal, hoje de US$ 1,92 bilhão/ano, cerca de 4 mil pessoas podem perder o emprego. Uma recente revisão na política de competição nacional recomendou uma desregulamentação provisória do setor, a começar com o trigo.

A Sudcoop, que tem unidades industriais em Medianeira, Marechal Cândido Rondon, Cascavel e Curitiba, está organizando um comboio com cerca de 60 caminhões, incluídos os de outras empresas, para entregar seus produtos ao mercado consumidor. Esse comboio será acompanhado por força policial. A greve dos caminhoneiros está dificultando o transporte de leite cru do Sudoeste para a indústria em Medianeira. Apesar dos problemas, a indústria de suínos da central cooperativa em Medianeira abate, hoje, cerca de 1.200 animais. Vanzela diz que vai organizar quantos comboios forem necessários para levar os produtos da cooperativa ao mercado, evitando prejuízo aos agricultores, que são os fornecedores da matéria-prima (leite e suínos).

A Confepar, central cooperativa, produz leite fluido e em pó em Londrina, também teve alguns problemas para receber a produção de Guarapuava. A greve também afetou um pouco o mercado. Em Guarapuava, apesar da escolta policial, seu caminhão foi apedrejado.

Com o objetivo de reunir em um mesmo local todos os setores da instituição, a Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH) iniciou os trabalhos de construção da sua nova sede no bairro Orleans em Curitiba, próximo a rodovia do café (BR-277) numa área total de 1.627,50m2. Segundo Nélio Ribas Centa, presidente da associação, a construção unificará duas sedes existentes, centralizando a administração, registro genealógico, Programa de Análise de Rebanhos Leiteiros e Laboratório Centralizado de Análise de Leite. ?Iremos ampliar ainda mais os serviços prestados pelo Laboratório Centralizado de Análise de Leite, adquirindo novos analisadores eletrônicos de leite, para uréia e bactéria, vindo atender demanda de criadores e indústrias de laticínios, frente a implantação do Programa Nacional de Melhoria de Qualidade do Leite, pelo Ministério da Agricultura?, frisou.

Diante da exposição de Silas Brasileiro, o ministro Pedro Parente telefonou ao presidente do Banco Central, Armínio Fraga, solicitando a realização de um estudo para apontar problemas e viabilizar soluções ao Recoop. Essa decisão foi muito elogiada pela OCB, Frencoop e representantes das organizações de cooperativas.

Foi considerada muito proveitosa a reunião realizada ontem entre a Frencoop e OCEs com o ministro chefe da Casa Civil, Pedro Parente, para tratar do Recoop. O deputado Silas Brasileiro, coordenador da Frencoop, solicitou que colega Xico Graziano expusesse ao ministro a situação do Recoop. Graziano relatou que até agora apenas 16% das cooperativas brasileiras foram beneficiadas com o Recoop, recebendo cerca de 1/3 do total dos recursos previstos ao programa. Os agentes financeiros estariam utilizando-se do Recoop para saneamento dos seus ativos, fazendo exigências consideradas exageradas para simples alongamento de dívidas.

Entre essas exigências estão novas garantias com novas avaliações, apesar da garantia dada pelo governo ao programa. Isso tem atrasado a implementação do programa, impedindo que muitas cooperativas tenham acesso a novos recursos. Os agentes financeiros, por seu lado, alegam que algumas cooperativas não têm capacidade de pagamento.

Ainda ontem a OCB enviou a todas as organizações estaduais de cooperativas correspondência apelando para que cada cooperativa faça contato com os parlamentares com os quais mantém relacionamento pedindo apoio à aprovação desse projeto. O recado está dado.