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RAMO CRÉDITO I: Representante do BC destaca crescimento do setor

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"Para crescer, é preciso enfrentar os desafios pelo diálogo e esse papel foi muito bem conduzido pelo presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas. Questão que se concretizou em um convênio com o Banco Central no último ano, o que, na verdade, já existia informalmente", disse Luiz Edson Feltrim, chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro, durante reunião do cooperativismo de crédito, em Brasília (DF).  Feltrim representou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, nesta quarta-feira (04/05), na abertura da reunião ordinária do Conselho Consultivo do Ramo Crédito (Ceco) da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), na sede da entidade.

Evolução - Em seu pronunciamento, Feltrim ressaltou a evolução do cooperativismo de crédito, mostrada pelo crescimento dos indicadores do setor. "Hoje, são mais de 5 milhões de associados às cooperativas de crédito. Essas  organizações têm a capacidade de chegar a lugares onde o sistema tradicional não alcançaria, o que provoca concorrência no Sistema Financeiro Nacional. Com esses resultados, não se pode achar que está tudo bem, é preciso continuar crescendo", comentou. "Vale ressaltar também a importância que o Banco Central dá ao cooperativismo. O tema é pautado com frequência nas reuniões do colegiado. Sabemos da importância da nossa participação para o aperfeiçoamento regulatório do setor", finalizou. (Informe OCB)

RAMO CRÉDITO II: Presidente da Frencoop fala de marcos regulatórios importantes

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O presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Zonta, ressaltou nesta quarta-feira (04/05) o papel preponderante das cooperativas de crédito no desenvolvimento do país. A afirmação ocorreu na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF), durante reunião ordinária do Conselho Consultivo do Ramo Crédito (Ceco) da entidade.

Conquistas - Zonta enfatizou que o ambiente favorável e o espaço junto ao Banco Central (BC) foram conquistas do cooperativismo de crédito. Ele ainda comentou sobre marcos regulatórios importantes, outro resultado do esforço e trabalho do setor, que contaram também com a atuação comprometida da Fencoop. "A Lei Complementar 130/09 é um exemplo claro de que o ramo crédito tem tudo para continuar crescendo e somando outras vitórias", disse.

 

Desafios - Segundo o parlamentar, um desses desafios é fazer com que as cooperativas do setor tenham acesso aos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhado (FAT). "Esperamos acelerar a tramitação do projeto no Senado Federal (SF), de relatoria da senadora Ana Amélia Lemos". Zonta falou ainda sobre "oxigenação" na Frencoop com as novas adesões. "Agora, contamos com novos integrantes para lutar pela bandeira cooperativista e buscar a aprovação de outras questões muito importantes".

 

Habitação - O representante nacional do cooperativismo de crédito na Frencoop, deputado Arnaldo Jardim, por sua vez, citou outra proposição interessante para o setor, também em tramitação no SF. Ele se referia a uma emenda à Medida Provisória 514/10, para ampliar a outras instituições a participação como agentes financeiros no programa Minha Casa, Minha Vida, entre elas as cooperativas de crédito.

 

Inflação - Jardim referiu-se ainda ao cenário de inflação pelo qual passa a economia brasileira e às medidas do BC para conter esta alta, como a restrição à liberação de crédito. "Como as cooperativas podem atuar nesse contexto? É preciso ressaltar que, nesse momento, setores diferentes precisam de tratamentos diferenciados", disse o parlamentar, levando os participantes a refletirem sobre o assunto. (Informe OCB)

RAMO CRÉDITO III: Evolução é apresentada a líderes do ramo

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"Os números são positivos, mas ainda há muito o que se fazer." Foi assim que o gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito da OCB, Sílvio Giusti, deu início à apresentação para os membros do Conselho Consultivo do Cooperativismo de Crédito (Ceco) sobre a evolução do segmento nos últimos anos. "O crescimento histórico em 2010, principalmente no que diz respeito aos depósitos, chama atenção", destacou Giusti.

Depósitos - Os depósitos recebidos no ano passado traduziram a confiança acentuada que o segmento tem recebido de seus associados. "O maior aumento tinha ocorrido em 2009 e foi de R$ 3,3 bilhões. Agora, o crescimento superou significativamente a melhor marca que tínhamos, atingindo mais que o dobro: R$ 7,9 bilhões", informou o gerente.

 

Estrutura - Com o desempenho de 2010, o cooperativismo de crédito alcançou 4.529 pontos (cooperativas + postos). Hoje, se o segmento compartilhasse as estruturas, seria a segunda maior rede de atendimento do país, atrás apenas do Banco do Brasil (5.087) e na frente do Itaú (3.739), por exemplo.

 

Novas ações - Silvio Giusti finalizou a apresentação falando da necessidade de implementar novas ações pra fortalecimento do cooperativismo de crédito: "Tivemos aumento também em ativos, além do crescimento significativo em patrimônio e associados. Mesmo com a crise mundial em 2008, o cooperativismo de crédito continuou crescendo. Isso merece uma reflexão", enfatizou. (Informe OCB)

RAMO CRÉDITO IV: BC discute normativos para as cooperativas de crédito

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Os avanços no marco regulatório do cooperativismo também foram alvo de debate na reunião do Conselho Consultivo de Crédito (Ceco), realizada nesta quarta-feira (04/05), em Brasília. Durante o encontro, líderes do ramo pediram a revisão da Resolução 3.859/10, que obriga as entidades a ter conselho de administração e diretoria-executiva. O tema foi tratado após a apresentação da consultora do departamento de Normas do Sistema Financeiro, Elvira Ventura, do chefe adjunto do departamento de Organização do Sistema Financeiro, Adalberto Rocha, e do chefe do departamento de Supervisão de Cooperativas, José Ângelo Mazzillo Júnior.

Política própria - Elvira Ventura destacou está aberto a discussões sobre o modelo proposto, desde que o segmente apresente argumentos consistentes. Para ela, é fundamental que o ramo adote uma política própria de governança cooperativa. "Chegamos hoje a um novo patamar no que diz respeito à regulação do segmento. É preciso uma união de esforços para alcançarmos o melhor modelo", enfatizou.

 

Práticas adequadas - Adalberto Rocha defendeu a aplicação das melhores práticas de governança, ainda que adequadas à realidade de cada cooperativa. Ressaltou  também a necessidade da profissionalização dos procedimentos de auditoria externa. "Auditoria externa precisa ser feita por quem entende. Esse é um dos pilares que vai sustentar a criação de um fundo garantidor", afirmou.

 

Momento propício - O chefe do departamento de Supervisão de Cooperativas, José Ângelo Mazzillo Júnior, disse que o momento é propício à aproximação das cooperativas com o BC. "O setor precisa estreitar o relacionamento com o órgão regulador. Apesar de uma sensível evolução do sistema cooperativista de crédito no Brasil, ainda há muito para melhorar".

 

Apresentação formal - O Ceco agora estuda uma forma de apresentar formalmente as ponderações ao BC. A ideia é buscar soluções sobre os temas: fundo garantidor, cogestão, centralização financeira e responsabilidade solidária. (Informe OCB)

SESCOOP: Começa 3 ª reunião do Comitê de Sustentabilidade

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O Comitê de Sustentabilidade do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) está reunido para finalizar a elaboração das diretrizes do Programa Responsabilidade Social / Sustentabilidade para o Sistema Cooperativista Brasileiro. O encontro, que teve início nesta quarta-feira (04/05) e vai até esta quinta-feira (05/05), ocorre na sede da instituição, em Brasília (DF). O grupo também discutirá os objetivos e resultados esperados para o todo o sistema, conforme explica Andréa Sayar, gestora de Promoção Social do Sescoop. "A intenção é traçar estratégias de atuação e, assim, conquistar um alto grau de aceitação pelas unidades estaduais e as cooperativas", disse.

Efetividade - Segundo a gestora, é importante o reconhecimento do programa pela sua excelência e efetividade, pois assim contribuirá para posicionar o sistema cooperativista de forma estratégica, a exemplo de outros setores econômicos, que já inseriram políticas de responsabilidade social e sustentabilidade em seu contexto de negócio".      

 

Presenças - Participam das discussões representantes de cinco unidades estaduais do Sescoop, da unidade nacional, além de integrantes da equipe da OCB e a responsável pelo programa de responsabilidade social da Unimed do Brasil, Mayke Rothemburg Mohr. (Informe OCB)

APASEM: Banco de sementes é publicado na internet

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Com o objetivo de facilitar a comercialização de sementes de seus associados, a Apasem (Associação Paranaense de Produtores de Sementes e Mudas), acaba de inaugurar, em sua página na internet, o Banco de Sementes. A montagem desse banco e sua publicação na internet foi decidida na primeira reunião coordenada pelo novo presidente, Marcos Antonio Trintinalha, realizada recentemente em Curitiba. A centralização das informações sobre sementes disponíveis para comercialização facilita muito a busca pelos clientes dos associados, evitando que telefonem para um grande número de produtores.

Acesso - O Banco de Sementes está publicado na página da Apasem www.apasem.com.br, em link com esse nome. Ao acessar a página, o interessado verá a relação dos produtores que têm sementes à venda. Ali estão especificadas informações como a espécie de semente, a cultivar, a categoria, a localização e contato, com telefone e e-mail. À medida que os associados forem esgotando seus estoques, solicitarão à Apasem a retirada das informações das variedades não mais disponíveis. Da mesma forma, podem fazer novas inclusões quando tiverem novos lotes à venda.

 

Comercialização - O presidente da Apasem, Marcos Antonio Trintinalha, espera que esse Banco de Sementes venha a ser utilizado por todos os seus associados, facilitando a comercialização da produção de sementes. "Nossas sementes são de alta qualidade, produzidas de acordo com as normas legais. É importante, por isso, facilitar a divulgação da produção, o que estamos fazendo através de um meio de comunicação prático e barato", frisou Trintinalha.(Assessoria de imprensa da Apasem/Agrolink)

LEILÕES: Conab negocia 140,5 mil toneladas de produtos

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa pública ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, comercializa, nesta quinta-feira (05/05), 140,5 mil toneladas de milho e sisal.O leilão de milho envolve cinco operações de venda direta de estoques públicos de 138,3 mil toneladas. Todo o volume provém de dois estados: 100,2 mil t do Mato Grosso e 38,1 mil t de Minas Gerais. Poderão participar do leilão avicultores, suinocultores, bovinocultores (de leite e de corte), cooperativas de criadores de aves, de suínos e de bovinos (de leite e de corte), indústrias de ração para avicultura, suinocultura e bovinocultura, indústrias de insumo para ração animal e indústrias de alimentação humana à base de milho.

Sisal - Serão leiloadas 2,15 mil toneladas de sisal bruto da safra 2010/2011, produzido nos estados da Bahia (2 mil t) e da Paraíba (150 t). O Prêmio para Escoamento do Produto (PEP) será pago a indústrias de beneficiamento ou comerciantes que comprovarem a compra de produtor rural e/ou sua cooperativa, por valor não inferior ao preço mínimo fixado pelo governo federal. O destino final do produto não poderá ser os estados produtores (Bahia e Paraíba). Desde o início do ano, 14 leilões comercializaram 2 milhões de toneladas de milho. De sisal, foram 13 operações de Prêmio para Escoamento do Produto (PEP), com a negociação de 34,5 mil toneladas da fibra. (Mapa)

CÓDIGO FLORESTAL II: Painel de votações do regime de urgência

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Conforme publicado no blog OCB no Congresso, foi aprovado nesta terça-feira (03/05), na Câmara dos Deputados, requerimento de urgência para o projeto do novo Código Florestal. Com intenção de dar transparência ao processo e facilitar o acesso das cooperativas ao voto de cada deputado, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) disponibiliza o Painel de Votações, que traz as informações divididas por Unidade da Federação. A cada votação, seja do texto principal, seja de destaques ou emendas, o blog divulgará novo quadro com as votações. Para acessar o painel de votação do requerimento de urgência, clique aqui. (Blog OCB no Congresso)

CÓDIGO FLORESTAL III: Produtor que preserva deve receber

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A discussão em torno da votação do novo Código Florestal teve um novo capítulo nesta terça-feira (03/05) em Brasília. O grupo de lideranças partidárias ficou reunido boa parte da tarde na Câmara dos Deputados, mas até o fechamento desta edição a votação ainda não tinha sido colocada em pauta no Plenário. Em meio a toda a movimentação na capital federal, a FOLHA conversou com diversos representantes dos produtores paranaenses para saber como eles avaliam este momento decisivo para o setor agropecuário do País. Todos concordam que - entre um ajuste e outro - é possível chegar a um consenso ainda esta semana, e salientam que o Brasil deve caminhar para um modelo de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), como em outros países do mundo.

Autonomia - Narciso Pissinati, presidente do Sindicato Rural Patronal de Londrina, está em Brasília desde segunda-feira. Ele comenta que seria interessante que cada estado tivesse autonomia para determinar alguns pontos, como o que se refere ao tamanhos das Áreas de Preservação Permanente (APPs). Pissinati salienta que como no Paraná 90% das propriedades são familiares, elas podem ficar inviabilizadas dependendo do tamanho da área que for estipulada para preservação. ''Se o produtor não pode explorar, pelo menos que ele seja remunerado por preservar aquela área. O problema é que neste momento não temos nem segurança jurídica para saber o que podemos ou não podemos fazer'', avalia.

 

Desburocratização - Outro assunto comentado por Narciso é uma forma de desburocratizar as possíveis averbações na propriedade. Para tal processo, o produtor precisa contratar um engenheiro agrônomo, que irá fazer o georreferenciamento da área, para só depois levar ao cartório e adquirir a escritura. ''Existe toda uma burocracia, além de não ser nada barato para os agricultores''.

 

Importante - A engenheira agrônoma do departamento técnico-econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Carla Beck, diz que devido a essas dificuldades é importante que seja criado os Programas de Regularização Ambiental no prazo de cinco anos, como propõe o Novo Código. ''O produtor não pode ficar inviabilizado economicamente, porque precisa sobreviver. Por isso o PSA seria interessante'', opina.

 

Primeiro passo - Gustavo Lopes, presidente da Sociedade Rural do Paraná (SRP), espera que a votação do Código seja o primeiro passo para uma evolução da legislação daqui em diante e que prevaleça o embasamento científico para discutir os pontos mais polêmicos. ''Aliar a produção de alimentos à preservação ambiental é o grande desafio. Por isso o caminho é o equilíbrio entre as duas vertentes'', completa. (Folha de Londrina)

RAMO CRÉDITO I: Cooperativismo de crédito define plano de ação para 2011

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Nesta quarta-feira (04/05), representantes do cooperativismo de crédito estarão reunidos na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF), para definir o plano de ação do segmento. No evento, que contará com a presença de representantes do Banco Centro do Brasil (BC), também serão avaliados avanços e conquistas, e traçadas perspectivas para os próximos anos.

Abertura - Os trabalhos serão iniciados pelo presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, que fará a abertura da reunião do Conselho Consultivo do Ramo Crédito (Ceco). Luiz Edson Feltrim, chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro, representará o presidente do BC, Alexandre Tombini.

 

Presenças - Na oportunidade, também estarão presentes o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Zonta, o representante do ramo na Frencoop, deputado Arnaldo Jardim, o diretor do Departamento de Relações Internacionais da Confederação Alemã de Cooperativas (DGRV), Paul Armbruster, e o coordenador nacional do Ceco, Manfred Dasenbrock.

 

Programação - Na programação, estão previstos painéis de instituições parcerias, como o próprio BC, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Ministério da Fazenda, além de integrantes do Sistema Cooperativista Brasileiro.

 

Ramo Crédito - Em 2010, o setor reunia 1370 cooperativas, 5,1 milhões de associados e 56.178 empregados. Os ativos registraram crescimento recorde no último ano, de R$ 15,9 bilhões, totalizando R$ 68,7 bilhões. Os depósitos, por sua vez, fecharam em R$ 30,1 bilhões, com incremento de R$ 7,9 bilhões. Já a carteira de empréstimos chegou a R$ 30 bilhões, com aumento de R$ 4,8 bilhões. O setor também contabilizou R$ 13,1 bilhões em patrimônio. Hoje, existem 3.159 postos de atendimento cooperativo (PACs) no país.

 

Desempenho - Com o desempenho de 2010, o cooperativismo de crédito atingiu a marca de 4.529 pontos (cooperativas + postos), saindo de 4.319 em dezembro de 2009. Para se ter uma ideia, se o segmento compartilhasse suas estruturas de atendimento, seria a segunda maior rede do país, atrás apenas do Banco do Brasil (5.087) e na frente do Itaú (3.739). (Informe OCB)

RAMO CRÉDITO II: Fatia das cooperativas no crédito rural alcança 13%

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Donas de R$ 69 bilhões em ativos totais, as cooperativas de crédito avançam rapidamente nos financiamentos ao campo brasileiro. A carteira rural das 1.370 sociedades do ramo deve superar R$ 9 bilhões em custeio, investimento e comercialização em 2011. No ano passado, a conta fechou em R$ 7,67 bilhões.

Projeção - Comparados à carteira de R$ 42 bilhões do líder Banco do Brasil, que detém 60% da volume de crédito rural no país, os empréstimos das cooperativas ao campo ainda "engatinham". Mas a fome das sociedades em abrir caminho em meio a instituições financeiras mais consolidadas e o auxílio do Banco Central em questões regulatórias apontam para um avanço substancial. O segmento encerrou 2010 com R$ 30 bilhões em depósitos totais e R$ 30,1 bilhões em operações. Mas projeta crescer até 30% em ativos, para R$ 87,6 bilhões, em 2011. Isso elevaria a carteira de crédito a R$ 40 bilhões.

 

Fatia - As cooperativas têm "comido pelas beiradas" o farto mingau servido no campo. O excelente desempenho das lavouras e da pecuária acelerou a ocupação de espaços pelas sociedades de crédito. Nos últimos oito anos (2002-2010), a fatia das cooperativas nos recursos liberados para custeio rural passou de 9% para 13%. Somou R$ 5,85 bilhões no ano passado. E com forte "capilaridade". A participação sobre o número de contratos saltou de 9% para 19%. Esse crescimento ocorreu, sobretudo, sobre bancos públicos federais, cuja fatia recuou de 59% para 49% no volume e de 71% para 64% no número de contratos. Os bancos privados também cresceram no volume do custeio (30% para 37%), mas encolheram nos contratos (18% para 14%).

 

Banco Central - "A mão do Banco Central como regulador ajudou muito, mas tem um compromisso do cooperativismo de fazer a lição de casa. A ocupação de espaço se deu por competência", diz o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas.

 

Gargalo - A OCB aponta a baixa capitalização como um "gargalo" para a expansão do segmento de crédito no país. Há barreiras para alavancar mais empréstimos por causa das limitações desse tipo de sociedade. "É um sistema. Tem a cooperativa, mas tem as centrais e os bancos cooperativos. Como o associado tem limitações para aportar capital, o sistema enfrenta essa dificuldade para crescer", afirma Freitas. O patrimônio líquido das cooperativas de crédito somou R$ 13,1 bilhões em 2010, ainda pouco diante do ativo e dos depósitos totais.

 

Crédito - Como solução, o governo criou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para capitalizar as cooperativas. Mas foi pouco, porque a subscrição de capital acaba descontada do limite individual de crédito do cooperado. "Não se pode fazer algo ilimitado", lamenta Freitas. Uma alternativa foi adotada pela central Sicredi, que associou-se ao holandês Rabobank. A outra central, o Sicoob, ainda insiste na capitalização via cooperados.

 

Avanços - Desde 2003, o BC desembaraçou as operações das cooperativas de crédito. Entre os principais avanços, houve a exclusão das sociedades da base de cálculo do PIS-Cofins. "Isso nos rendeu uma economia anual de R$ 270 milhões", calcula o gerente de Cooperativismo de Crédito da OCB, Sílvio Giusti. A permissão de acesso aos recursos do Sescoop, estimados em R$ 12 milhões, ajudou a capacitar a gestão e profissionalizar as cooperativas. "O BC 'desengessou' a operação das cooperativas, que passaram a ser de livre admissão", diz Giusti. Ou seja, qualquer pessoa pode abrir uma conta nessa sociedade mesmo sem pertencer aos quadros de uma cooperativa. O BC também autorizou as sociedades a atuar em cidades com população acima de 2 milhões de habitantes. (Valor Econômico)

OCESP: Cooperativismo cria empresa binacional para oferecer seguro rural em SP

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A cooperativa La Segunda, uma das principais seguradoras agrícolas da Argentina, detentora de 25% do mercado, assinou nesta quarta-feira (04/05), na Agrishow, um protocolo com a Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo) para estudos e investimentos em seguro rural a produtores de cooperativas paulistas. O protocolo culminará com a criação de uma empresa binacional, em junho, que administrará as modalidades de seguro agrícola com o apoio das cooperativas, numa parceria inédita entre Brasil e Argentina.

Patrimônio - "A empresa será também um patrimônio das cooperativas de São Paulo, que nos auxiliarão em todas as etapas de implementação do negócio", explica Edivaldo Del Grande, presidente da Ocesp. O dirigente ressalta que a parceria vai garantir um grande avanço no panorama do seguro rural disponível no país. "Com o envolvimento das cooperativas, devemos criar produtos bem mais adequados às realidades e necessidades dos agricultores, como, por exemplo, um seguro de renda", observa Del Grande.

 

Confiança - Para o gerente geral da cooperativa La Segunda, Alberto Grimaldi, neste momento inicial o mais importante é construir confiança. "A Ocesp tem papel fundamental neste início, principalmente no relacionamento com as cooperativas. O que facilita também é que estaremos falando de cooperativa para cooperativa. É um projeto de intercooperação. Isso ajuda para reforçar a confiança", disse Grimaldi. As cooperativas agropecuárias paulistas têm potencial de seguro para 600 mil hectares de grãos.

 

Ocesp - A Ocesp representa 117 cooperativas agropecuárias, com 178 mil produtores rurais cooperados, que movimentaram, em 2010, cerca de R$ 11 bilhões.

 

Assinatura - O protocolo foi assinado nesta quarta-feira, às 10h30, na Casa do Cooperativismo (estande localizado na Praça Central da Agrishow), com a presença, representando a La Segunda, do presidente Hugo Tallone, do gerente geral Alberto Grimaldi e do subgerente Daniel Spessot; além do presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande. A assinatura contará também com a presença do embaixador da Argentina, Juan Pablo Lohlé. (Ocesp)

AGROSAFRA: Plantio de milho e trigo registra atraso nos Estados Unidos

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Até a última segunda-feira (02/05), 13% do milho e 10% do trigo foram plantados nos Estados Unidos, contra 66% e 57%, respectivamente, no mesmo período de 2010, apresentando, desta forma, um atraso significativo nos trabalhos de plantio. A soja começa a ser plantada nesta semana e com possibilidade de migração de área destinada inicialmente para o milho, se nos próximos 15 as condições de plantio não se normalizarem completamente. "A janela de cultivo de grãos nos Estados Unidos vai até meados de junho e, depois desse período, o risco de frio na fase final das culturas é elevado", afirma o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti.

Área - Para a atual temporada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) estima aumento de 4,0%, ou seja, 3,70 milhões de hectares no cultivo das lavouras de trigo, milho, algodão e soja naquele país,chegando a área global de cultivo de 96,9 milhões de hectares, contra 93,2 na safra 2010/11. Para a safra 2011/12, as estimativas iniciais de plantio do Usda são as seguintes: milho - cultivo de 37,3 milhões de hectares (+4,5%); trigo cultivo de 23,5 milhões de hectares (+8,3%); algodão cultivo de 5,1 milhões de hectares (+14,1%) e soja cultivo de 31,0 milhões de hectares (-1,0%).

 

Quadro 01 - Plantio das culturas nos Estados Unidos

Culturas

Até 01 de maio de 2011

Até 24 de maio de 2011

Até 01 de maio de 2010

Média de 5 anos

Milho

13%

9%

66%

40%

Trigo primavera

10%

6%

57%

43%

Soja

-

-

-

-

Fonte: Usda, http://usda.mannlib.cornell.edu/usda/current/CropProg/CropProg-05-02-2011.pdf - elaboração: Ocepar/Getec - maio/11

 

Chicago - Nos últimos 30 dias, as cotações da soja, milho e trigo na Bolsa de Chicago (Cbot) variaram cerca de -2,5%, -4,5% e -3,5%, respectivamente, em relação ao mês anterior. As cotações médias dos contratos negociados na CBOT em 03 de maio foram de US$ 13,60/bushel = US$ 29,98/saca de 60 kg para a soja; US$ 6,87/bushel = US$ 16,23/saca de 60 kg para o milho e de US$ 8,35/bushel = US$ 18,41/saca de 60 kg para o trigo.

 

Soja - No último pregão na Bolsa de Chicago, realizado nesta terça-feira (03/05), o preço médio da soja recuaram cerca de -0,55 US$/saca de 60 kg.

 

Quadro 02 - Cotações da soja na CBOT - Chicago Board of Trade em 03 de maio (fechamento)

SOJA

03 de maio

Cotações
(cents US$/bushel)

Cotações
(US$/saca)

Variação - dia ant.
(cents US$/bu)

Variação
(US$/Sc)

mai/11

1359,25

29,96

-31,00

-0,68

jul/11

1363,75

30,06

-29,25

-0,64

ago/11

1363,50

30,05

-26,75

-0,59

set/11

1357,75

29,92

-23,25

-0,51

nov/11

1354,25

29,85

-19,50

-0,43

jan/12

1361,75

30,01

-19,00

-0,42

Fonte: Cbot, http://www.cbot.com/ Elaboração: Ocepar/Getec - maio/11 - 1 bushel de soja = 27,216 kg.

 

Milho - As cotações dos contratos futuros do milho recuaram cerca de -0,10 US$/saca de 60 kg.

 

Quadro 03 - Cotações do milho na CBOT - Chicago Board of Trade em 03 de maio (fechamento)

MILHO

03 de maio

Cotações
(cents US$/bushel)

Cotações
(US$/saca)

Variação - dia ant.
(cents US$/bu)

Variação
(US$/Sc)

mai/11

719,00

16,98

-11,75

-0,28

jul/11

723,75

17,09

-10,75

-0,25

set/11

698,75

16,50

-4,75

-0,11

dez/11

662,25

15,64

1,00

0,02

mar/12

673,00

15,90

1,00

0,02

mai/12

681,00

16,09

0,75

0,02

Fonte: Cbot, http://www.cbot.com/ Elaboração: Ocepar/Getec - maio/11 - 1 bushel de milho = 25,400 kg.

 

Trigo - As cotações dos contratos futuros do trigo ficaram estáveis 0,00 US$/saca de 60 kg.

 

Quadro 04 - Cotações do trigo na CBOT - Chicago Board of Trade em 03 de maio (fechamento)

TRIGO

03 de maio

Cotações
(cents US$/bushel)

Cotações
(US$/saca)

Variação - dia ant.
(cents US$/bu)

Variação
(US$/Sc)

mai/11

760,75

16,77

1,00

0,02

jul/11

793,25

17,48

1,50

0,03

set/11

834,00

18,38

-1,00

-0,02

dez/11

876,75

19,32

-1,25

-0,03

mar/12

909,75

20,05

0,25

0,01

Fonte: Cbot, http://www.cbot.com/ Elaboração: Ocepar/Getec - maio/11 - 1 bushel de trigo = 27,216 kg.

 

Paraná - Os preços médios recebidos pelos produtores paranaenses nesta teça-feira, levantados pela Seab/Deral, para a soja foram de R$ 40,77/saca de 60 kg, de R$ 24,15/saca de 60 kg para o milho e de 27,31/saca de 60 kg para o trigo, com os aumentos dos preços para milho e trigo e redução para soja nos últimos 40 dias.

 

Quadro 05 - Evolução dos preços da soja, milho e trigo (em R$ por saca de 60 kg)

Culturas

Preços atuais

Preços há 40 dias

Var (%)

Soja

40,77

43,80

-6,92%

Milho

24,15

23,30

+3,65%

Trigo

27,31

26,40

+3,45%

TECNOLOGIA: Ministério adota formato eletrônico para controle do trânsito de animais

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, assinou a Instrução Normativa, que define os critérios da Guia de Trânsito Animal (GTA) em formato eletrônico. A assinatura ocorreu na manhã desta terça-feira (03/05), na abertura da ExpoZebu, em Uberaba (MG). O modelo e-GTA será adotado para movimentação de animais vivos, ovos férteis e outros materiais de multiplicação animal em todo o território nacional.

Sistema informatizado - "Já estamos com um núcleo experimental em Alagoas e agora vamos estender para todo o país. Queremos ter as informações da movimentação de gado no Brasil inteiro. Nossa pecuária é de ponta. Hoje Temos progresso tecnológico, protagonismo econômico e, portanto, precisamos ter o que há de melhor", disse Wagner Rossi. A e-GTA será expedida por sistema informatizado, utilizado pelo Ministério da Agricultura. As informações serão transmitidas à Base de Dados Única, em até 24 horas após a sua emissão, onde poderão ser consultadas e atestada a autenticidade do documento.

 

Base de Dados - "Com a criação da Base de Dados Única poderemos saber, antes da emissão, se o produtor e o estabelecimento de destino realmente existem e, após a movimentação, se a carga foi recebida no local previsto. Também vai permitir mais agilidade na fiscalização, pela facilidade de consultar os dados de trânsito dos animais", afirma o coordenador de Trânsito e Quarentena Animal (CTQA) do Ministério da Agricultura, Bruno Cotta.

 

Carga a ser movimentada - O documento eletrônico vai conter informações referentes à carga a ser movimentada, como espécie; origem; destino; quantidade por sexo e faixa etária; finalidade do trânsito e identificação do emitente e do local de emissão e as datas de emissão e validade.

 

Procedimento - O procedimento de emissão via sistema informatizado já era realizado em alguns Estados do Brasil, mas não existia um sistema central que reunisse os dados nacionalmente. O modelo de GTA em papel continuará sendo utilizado onde não for possível a adoção do formato eletrônico. Nesses casos, as informações referentes à movimentação deverão ser inseridas na base de dados do Estado e enviadas posteriormente à Base de Dados Única.

 

Emissão - A emissão e impressão da e-GTA deverá ser autorizada com base nos registros sobre o estabelecimento de procedência da carga e no cumprimento das exigências de ordem sanitária definidas para cada espécie. A e-GTA deverá ser baixada pelo Serviço Oficial do Estado de destino após a comunicação de chegada da carga pelo destinatário e, quando necessário, o seu cancelamento será feito pelo Serviço Oficial responsável pela emissão. A guia poderá ser baixada, também, pelos estabelecimentos de abate ou pelo produtor de destino mediante permissão do Serviço Estadual de Sanidade Animal.

 

Saiba mais - A Guia de Trânsito Animal (GTA) é o documento oficial e obrigatório para o transporte de animais no Brasil, exceto de cães e gatos. Nela, estão contidas informações sobre a origem e o destino, bem como a finalidade do transporte animal. Cada espécie animal possui uma norma específica para a emissão da guia de trânsito, que é feita mediante o cumprimento de condições sanitárias. A GTA é um importante instrumento de defesa agropecuária, pois auxilia o Serviço Veterinário Oficial na tarefa de evitar a introdução e a disseminação de doenças que possam pôr em risco a população ou causar prejuízos aos produtores. (Mapa)

AGRICULTURA: Sistema de alerta de geada do Iapar já está em operação

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O Alerta Geada, serviço de acompanhamento meteorológico desenvolvido pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), está ativada desde a segunda-feira (02/05). O serviço existe há 16 anos e é ajuda produtores a decidir sobre a adoção de medidas preventivas nas lavouras novas de café, com até dois anos de plantação. As previsões podem ser obtidas pelo site do órgão ou por telefone.

Aviso - O sistema conta com pesquisadores que emitem um aviso, com até 48 horas de antecedência, caso detectem o avanço de massas de ar frio com potencial para causar geadas na região de produção cafeeira do estado. Caso a movimentação das massas de ar se confirmem, um segundo comunicado é emitido 24 horas depois. Para receber as mensagens, basta se cadastrar no e-mail do serviço. De acordo com o pesquisador Marcos Pavan, em entrevista à Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial de comunicação do governo do estado, o aviso com 48 horas de antecedência tem certo grau de imprecisão, mas é emitido para que o cafeicultor possa se planejar. O segundo comunicado é muito mais preciso.

 

Proteção da lavoura - O Iapar orienta os cafeicultores a tomarem medidas de proteção para a lavoura em casos de geada. Para as plantações com até seis meses, é recomendado o enterrio das plantas, que podem ficar cobertas por, no máximo, 20 dias. No caso de viveiros, as mudas devem ser protegidas com cobertura vegetal ou de plástico, que precisam ser retiradas assim que o risco de geadas cessar. Para as lavouras maiores, entre seis meses e dois anos, a indicação é o procedimento chamado de "chegamento" de terra no tronco. A prática, que deve ser feita no mês de maio, tem como objetivo proteger as gemas para facilitar a rebrota da planta em caso de geada severa. A terra deve ser retirada até setembro, para que as plantas não sofram danos por causa de lesões causadas por altas temperaturas.

 

Café - A estimativa é de que haja aproximadamente 90 mil hectares de café cultivados no estado. Destes, cerca de 2,5 mil tem até dois anos e devem ser protegidos das geadas. O sistema Alerta Geada permanece em funcionamento de maio até o fim da primeira quinzena de setembro.

 

Serviço - As previsões podem ser obtidas pela internet ou pelo telefone (43) 3391-4500. Os agricultores podem se cadastrar para receber mensagens eletrônicas por e-mail. (Gazeta do Povo)

INDÚSTRIA: Setor puxa PIB, e 1% vira piso para projeções do 1 º tri

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O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos primeiros três meses deste ano será mais forte do que o desejado pelo governo e esperado pelo mercado. Depois de registrar resultados fracos por dez meses consecutivos desde abril do ano passado, a produção da indústria foi 0,5% maior em março em relação a fevereiro, quando já tinha registrado forte variação de 2% sobre janeiro. O bom desempenho da indústria, influenciada especialmente pelo segmento produtor de máquinas e equipamentos, elevou as projeções de PIB do primeiro trimestre dos analistas que estavam mais pessimistas e consolidou as estimativas dos otimistas.

Bens de capital - A produção de bens de capital, que já tinha avançado forte entre janeiro e fevereiro (2,2%), aumentou 3,4% em março, contrabalançando o recuo de 0,2% entre os fabricantes de bens intermediários e a queda de 5,3% na produção de insumos típicos da construção civil. A forte concentração em máquinas e equipamentos, no entanto, deixou os economistas céticos quanto à sustentação de um movimento mais prolongado de avanço da indústria no ano - o índice de difusão, que consiste na proporção de segmentos que aumentaram a produção, mergulhou em março, atingindo 48,1%, depois de registrar 66,7% na série dessazonalizada pela LCA Consultores. Isso quer dizer que 51,9% dos setores produziram menos em março do que em fevereiro.

 

Concentração - Mesmo entre os fabricantes de bens de capital houve concentração. No primeiro trimestre, os fabricantes de máquinas e equipamentos para o segmento de transportes produziram 13,9% mais que em igual período de 2010, e os produtores de bens de capital para o setor da construção civil fabricaram 24,4% mais que entre janeiro e março do ano passado. Já os fabricantes de bens de capital para outros segmentos da economia registraram avanços muito menores. Alguns registraram inclusive recuo na comparação com igual período do ano passado, entre eles os fabricantes de bens de capital para o setor agrícola e de energia.

 

Avaliação - "A elevação de bens de capital é ótima, porque as importações de máquinas e equipamentos também estão crescendo, o que indica que a indústria está investindo, mas os resultados de fevereiro e março precisam ser avaliados com calma", afirma José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator. Tal qual o resultado do mercado de trabalho, que registrou saldo recorde de vagas criadas em fevereiro e um resultado fraco em março, "os dados da indústria vieram muito fortes em fevereiro, e bons em março, quando ocorreu o Carnaval, o que fecha fábricas, mas também aumenta a produção", diz Gonçalves.

 

Montadoras - Em março, a produção de bens de consumo duráveis aumentou 4% em relação ao patamar de fevereiro, puxada pelas montadoras, que no primeiro trimestre fabricaram 5,9% mais automóveis que em igual período do ano passado - quando ainda vigorava a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) à indústria automobilística. Na comparação com março de 2010, último mês de incentivos fiscais, a produção da indústria foi 2,1% menor em março deste ano.

 

Juros - "As medidas de aperto no crédito e a elevação dos juros já estão fazendo efeito, e devem deprimir o resultado da indústria e da atividade como um todo a partir deste segundo trimestre", avalia Thovan Tucakov, economista da LCA. O resultado da produção industrial nos primeiros meses do ano, surpreendente para bancos e consultorias, fez a LCA revisar sua estimativa de avanço do PIB entre o último trimestre de 2010 e o primeiro trimestre deste ano, que passou de 0,9% para 1%. O resultado do ano, no entanto, continua inalterado - avanço de 3,4% - porque, estima a LCA, o avanço do segundo trimestre será de 0,6%, puxado por resultados mais fracos da indústria. "O nível de estoques é mais alto, o que desincentiva a produção, e também o nível utilização da capacidade instalada permanece estável", diz Tucakov.

 

Capacidade instalada - Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a utilização da capacidade instalada pela indústria de transformação ficou em abril praticamente no mesmo patamar de março - 84,4% e 84,3%, respectivamente. Os fabricantes de bens de capital, que estimularam os avanços da indústria em fevereiro e março, utilizaram menos sua capacidade instalada em abril, ao reduzir de 84,8%, em março, para 84,7%, no mês passado.

 

Chancela - Para Fernando Rocha, economista da JGP Gestão de Recursos, o forte resultado da indústria no primeiro trimestre "chancelou" sua estimativa de alta de 1,3% do PIB no período. "O ano começou com estimativas muito baixas, com analistas apostando até em crescimento zero entre o último trimestre do ano passado e os primeiros três meses de 2011", diz Rocha. "Agora, com dados importantes da indústria, há convergência para números próximos ou superiores a 1%", observa. A JGP já trabalhava em março com estimativa de 1% para o PIB do primeiro trimestre.

 

Estranho - "É estranho ver a produção industrial recuar em boa parte de 2010, quando o governo impulsionava a economia, o emprego batia recordes e o PIB cresceu 7,5%, e voltar a crescer neste começo de 2011, depois do governo lançar mão de medidas para contenção do crédito, elevar os juros, cortar gastos, e o ímpeto da economia ser menor", avalia Rocha, que, no entanto, está entre os analistas com estimativa mais otimista para o crescimento do PIB no ano, de 4,2%.

 

Crédito - Para Gonçalves, do Fator, para quem o PIB crescerá 3,5% em 2011, a concessão de crédito ao consumidor deve manter ritmo acelerado no ano, mas as taxas de juros cobradas nos empréstimos aumentarão muito. Assim, raciocina Gonçalves, "haverá um maior comprometimento de renda com pagamento de parcelas, o que reduz a renda disponível para o consumo de outros produtos, o que deixa o industrial mais cético em aumentar a produção e a contratação de pessoal". Segundo a FGV, a confiança da indústria para os próximos seis meses caiu 1,1% em abril. "Não haverá um recuo brusco da produção", diz Rocha, "apenas um crescimento menos vistoso que o deste início de ano". (Valor Econômico)

DESIGUALDADE SOCIAL: Problema é menor na Região Sul

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O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Pereira Nunes, afirma que a baixa quantidade relativa de brasileiros em situação de extrema pobreza no Sul do país - e especificamente no Paraná - está ligada ao histórico de fluxos migratórios da região. Segundo o Censo de 2010, 715.961 (4,4%) do total de 16.267.197 milhões que sobrevivem com menos de R$ 70 por mês moram no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. "A situação do Sul é homogênea e reflexo de um processo de colonização no século 20 que criava condições para a população imigrante. Foi uma ocupação em que o imigrante teve acesso às terras, por isso não há uma população predominantemente pobre", afirmou. Nunes explicou que grande parte dos paranaenses que não encontra condições de ascender socialmente opta por emigrar. "Se você for hoje a regiões do Centro do Paraná verá áreas com um vazio, com perda de população. Se não há oportunidade, essa população emigra. Os que ficam são os que encontram renda. A emigração faz parte da cultura local", explica. (Gazeta do Povo)