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Assim como na indústria, vários segmentos do agronegócio estão sofrendo uma "enxurrada" de produtos importados do Mercosul, afirmam os produtores nacionais. O câmbio valorizado e a alta carga tributária, avaliam, prejudicam a competitividade do setor. Representantes das cadeias produtivas do leite, trigo, carne e vinho reclamaram nesta quinta-feira (04/08), durante audiência na Comissão de Agricultura do Senado, do aumento nas importações desses produtos, vindos dos vizinhos Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile. "O problema do setor, hoje, é mais cambial do que de custo", afirmou Rodrigo Alvim, presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA).Sem comentários - Os dirigentes afirmaram que o real valorizado aumenta as importações e desestimula as exportações. "O câmbio atual dispensa comentários. As medidas do governo são mais para não deixar o dólar cair mais do que para recuperá-lo", disse Antonio Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
Desoneração - Os produtores pediram a desoneração de impostos para que o "produto nacional possa competir com os importados" no mercado interno. "Os custos de produção em países vizinhos são muito menores do que os nossos. A carga tributária de alguns produtos é o dobro do que em outras nações próximas à nossa", afirmou Carlos Paviani, diretor-executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
Revisão de acordos - Os produtores também exigem que acordos dentro do Mercosul sejam revistos. "Os países nos inundam de produtos e, quando queremos exportar alguma coisa, criam barreiras sanitárias. Queremos impor alguns limites para a importação", defendeu Rodrigo Alvim.
Cuidado - Cauteloso, o diretor de Negociações Internacionais do Ministério do Desenvolvimento, Daniel Godinho, disse que um processo de revisão no Mercosul deve ser olhado com cuidado, por se tratar de um processo de negociação entre todos os países do bloco. "A negociação com os outros países do Mercosul tem que ser feita sabendo-se que é impossível atender a todos os segmentos", a-firmou.
Farinha de trigo - A importação de farinha de trigo tem "inviabilizado" as indústrias instaladas no sul do país e reduzido o mercado para os produtores de trigo, disse Carlos Poletto, presidente da cooperativa Cotrijuí. A produção nacional do cereal saltou de 2 milhões para 5 milhões de toneladas entre 2007 e 2011. O consumo segue estagnado em 10 milhões de toneladas. "Só no ano passado importamos US$ 1,5 bilhão em farinha."
Leite - O segmento leiteiro fala em "importações predatórias", principalmente do Mercosul. E pede cota para países que ultrapassaram as médias de exportação neste ano. "Estamos acabando com o setor leiteiro no Brasil nesse ritmo", disse Rodrigo Alvim. Desde 2009, o segmento apresenta déficits. Em 2010, a diferença entre importações e exportações foi de US$ 195 milhões. Neste ano, até julho, chegou a US$ 262 milhões.
Vinhos - A produção de vinhos no Brasil também "sofre". O segmento, diz Carlos Paviani, paga até 52% de imposto em uma garrafa. O produtor argentino, 25%. O chileno, 30%. A cobrança é "exagerada". "O grande vilão é o câmbio. Por isso, o produtor está investindo mais na produção do suco de uva do que no vinho", disse. Em 2010, o déficit no vinho somou US$ 245 milhões. Neste ano, o valor é parecido. (Valor Econômico)
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Os principais exportadores de carne do país desaprovam a conduta do governo brasileiro nas negociações para encerrar o embargo russo imposto a 85 frigoríficos de três Estados. As exportações brasileiras de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul para a Rússia estão embargadas desde 15 de junho sob alegações russas de descumprimento de exigências sanitárias.Pulso firme - A avicultura diz que o governo precisa ter "pulso firme" nas negociações. O presidente-executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), o ex-ministro Francisco Turra, afirma que o mercado da Rússia representou 10% do total exportado em 2010. "O mercado pode sair prejudicado caso a demora continue. Para isso, o governo tem que agir administrativa e politicamente", afirmou Turra ao Valor.
OMC - Paralela à negociação para o fim do embargo, ocorrem também conversas entre os dois países para a entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio (OMC). Isso poderia ser um entrave à retomada das exportações. Turra reivindica uma solução imediata. "A Rússia é um dos maiores importadores de proteína animal e o Brasil o maior fornecedor", diz o ex-ministro.
Suínos - O segmento de suínos é o principal dependente das exportações para o mercado russo. "A gente não sabe direito o que está acontecendo. Quando a missão brasileira foi à Rússia, disseram que, em julho, tudo já estaria resolvido. Esperávamos que já tivesse sido liberado e continuamos esperando, em breve, a solução para o embargo", afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto.
Confuso - A negociação está "confusa", de acordo com ele. "A Rússia é o maior destino das nossas exportações e precisa receber maior atenção e cuidado", cobrou. Camargo Neto diz que o setor não fica especulando. "Queremos acreditar que vai abrir (o mercado russo), mas não vamos ficar especulando. Isso é problema do governo que tem que se virar para resolver".
Bovino - Embora menos prejudicada pelo prolongado embargo, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) acredita que "rapidamente" ele será derrubado. "O setor de bovino não tem problema nenhum na área de cotas. Alguns anos atrás fomos contemplados com uma mudança pela própria necessidade e dificuldade de abastecimento russo na área", lembra o presidente da Abiec, Antônio Camardelli.
Pressão - O que "contaminou" o processo e atrasou a resolução do impasse, segundo sua avaliação, foi a pressão da Rússia em conseguir o voto brasileiro para entrar na OMC. Essa versão tem sido rejeitada por Brasília.
Adequação - A adequação das normas do padrão brasileiro ao russo também complicaram o processo, diz Camardelli. "Às vezes, o objetivo de um método é atendido, mas de outra forma", explica. Um exemplo seria o tempo de sangria do gado. Os russos exigem seis segundos, mas o Brasil usa três. "Isso dificulta", afirma. (Valor Econômico)
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A Coamo Agroindustrial Cooperativa, com sede em Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná e 113 unidades espalhadas por 61 Municípios nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, recebe, nesta sexta-feira (05/08), o certificado de Gestão de Excelência, sendo a cooperativa mais sustentável do Sul do Brasil. O resultado foi consolidado na 7ª Pesquisa de Gestão Sustentável, realizada pela Editora Expressão e pela Aequo Soluções em Sustentabilidade e baseada nos sete indicadores Ethos. O evento de premiação acontece às 14 horas na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis.
Levantamento - Segundo André Montagna, diretor executivo da Aequo, a pesquisa abrangeu um universo de 112 corporações de médio e de grande porte, operando na região Sul e interessadas em responsabilidade empresarial. A quantidade e qualidade das companhias participantes da pesquisa avalizam esse verdadeiro mapa de responsabilidade social empresarial. Participaram da pesquisa 112 empresas de grande e de médio porte, que juntas faturaram R$ 230 bilhões e empregam centenas de milhares de pessoas. Em conjunto, essas empresas fizeram investimentos sociais de R$ 200 milhões.
Pontuação - O diagnóstico da pesquisa outorga o certificado de Gestão de Excelência às 11 primeiras que mais pontuaram no conjunto dos sete temas. O questionário da pesquisa é baseado numa importante ferramenta para organização e alinhamento da gestão de responsabilidade social ao planejamento estratégico das corporações. É crescente o interesse das empresas em diagnosticar melhor o resultado de seus investimentos sociais para avaliar a consistência de suas ações. A obtenção de indicadores consistentes de sustentabilidade diminui a exposição da empresa a riscos. "A Coamo será uma das empresas protagonistas do Anuário de Sustentabilidade e do Fórum de Gestão Sustentável. Temos o prazer de cumprimentar a Coamo pela conquista da Excelência em Gestão Sustentável, e atingir o grau máximo de excelência em gestão, sendo uma das 11 companhias agraciadas com este reconhecimento e a cooperativa mais sustentável na região Sul", afirma André Montagna, diretor executivo da Aequo.
Cooperativismo - O Relatório de Sustentabilidade afirma que o cooperativismo é fortíssimo no Sul e faz parte da cultura da região. "O Fórum de Gestão Sustentável contará com a maior cooperativa do Sul, a gigantesca Coamo, do Paraná, que é a maior cooperativa da América Latina, com faturamento de quase R$ 5 bilhões. As cooperativas do Paraná, que representam 30% do cooperativismo brasileiro, investiram em conjunto a nada desprezível bagatela de R$ 3,2 bilhões em programas voltados ao meio ambiente, bem-estar social, saúde e educação de seus cooperados, funcionários e comunidade", destaca o Relatório que será distribuído as empresas líderes em responsabilidade socioambiental no evento em Florianópolis, Santa Catarina.
Gestão Sustentável -O Fórum de Gestão Sustentável, organizado pela Editora Expressão, que acontece neste dia 5 de agosto, na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, destacará, entre outros temas, a revolução do agronegócio na região Sul. Um dos grandes desafios do século é produzir mais alimentos e outros itens de consumo originários do campo para sustentar o consumo da crescente população mundial sem destruir o meio ambiente. O Brasil é uma potência mundial em alimentos, com grande destaque para o Sul, que lidera em vários itens. E essa produção sulista torna-se cada vez mais sustentável. Ou seja: aqui se produz cada vez mais em menos espaço. O Fórum também terá palestras e apresentação de cases socioambientais de corporações que colaboram com o desenvolvimento sustentável da região Sul. (Imprensa Coamo)
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A direção da C.Vale, de Palotina, oeste do Paraná, planeja começar em meados de agosto a reconstrução de sua unidade avícola que foi atingida por incêndio em maio. Na ocasião, ela perdeu 20 mil dos 45 mil metros quadrados do abatedouro. Agora, está terminando a retirada de entulhos e a conclusão da obra está prevista para fevereiro. O presidente da cooperativa, Alfredo Lang, afirma que os resultados de 2011 serão afetados, mas se diz confiante na retomada. "Foi um ano negro, mas que vai ficar só na lembrança", diz o executivo. Lang foi acordado às 2 da madrugada do dia 13 de maio, quando o fogo já destruía a área fria da indústria, inaugurada em 2005. O segundo turno de trabalho havia sido concluído e o pessoal da higienização ia começar a limpeza. Não houve mortos ou feridos.
Mais de quatro horas - Bombeiros de Palotina e de municípios vizinhos lutaram contra as chamas por mais de quatro horas. A cooperativa contou ainda com a ajuda de funcionários da Sadia, que também enfrentou, em 2006, incêndio em sua fábrica de Toledo, a 60 quilômetros dali.
Problema elétrico - Após investigações, a hipótese mais aceita é a de um problema elétrico. O fogo começou na área de embalagens. A C.Vale possuía seguro da Yasuda e deve receber pelo menos R$ 49 milhões para a reconstrução. "O valor pode ser maior, pois a estrutura sofreu mais danos que o imaginado inicialmente", explica o executivo. Com o fogo, foram perdidos 2,2 milhões de quilos de carne de frango.
Abate - De imediato, a C.Vale teve de enviar frangos para abate em cooperativas e empresas da vizinhança, como Copacol, Copagril, Coopavel e Globoaves. Em 15 dias, ela repassou 5 milhões de quilos de carne, até restabelecer a parte antiga de sua indústria, aberta em 1997. No fim de maio ela recuperou 93% do volume de processamento de aves que, antes do incêndio, era de 330 mil frangos por dia. Depois, retomou parte das atividades no prédio mais atingido, mas os produtos passaram a ser enviados para congelamento em São João, São José dos Pinhais e Paranaguá.
Receitas - Segunda maior cooperativa do Paraná, atrás da Coamo, a C.Vale faturou R$ 2,4 bilhões em 2010. Lang não revela a estimativa de queda nas receitas, mas admite que serão menores. Ele também conta que suspendeu alguns projetos, como o da unidade de esmagamento de soja, cuja inauguração estava prevista para 2013. O executivo afirma que em setembro serão revisados investimentos, uma vez que a prioridade desde o incêndio foi evitar que produtores e empregados - cerca de 3,5 mil - fossem prejudicados.
Milho safrinha - Passado o incêndio, cooperados da C.Vale e de outras cooperativas enfrentam agora as perdas de milho safrinha por causa de geadas. Na área de atuação da cooperativa a quebra foi de cerca de 40%. Ele conta que, como há previsão de chuva, o agricultor não tem paciência e, para não perder mais, colhe o grão com umidade e congestiona a estrutura de secagem.
Outras regiões - Em outras regiões, as perdas foram maiores. Na área da Copacol foi de 50%, mesmo nível relatado pela cooperativa Lar. "Na colheita, há outro drama", diz Lang - que, no entanto, não descarta crescer com aquisições. "Não passou nenhum cavalinho encilhado", brinca. Em meados de 2009, a C.Vale arrendou toda a estrutura da Coopermibra, de Campo Mourão. (Valor Econômico)
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Hoje, as cooperativas que trabalham com suinocultura respondem por aproximadamente 32% da produção nacional de suínos. Em Santa Catarina, por exemplo, principal estado produtor, o cooperativismo foi responsável nos últimos anos por 50% do total gerado, seguido pelo Paraná, com praticamente 34%. Na busca por aprimoramento, o segmento continua investindo na ampliação desses percentuais. Para discutir a realidade do setor, representantes de todos os estados participam até sexta-feira (05/08) do XIV Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS), no Hotel Pestana, em Salvador (BA).
Contribuição - O superintendente da Organização das Cooperativas (OCB), Renato Nobile, está participando das discussões. "A Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) está fazendo um importante trabalho, reunir atores envolvidos com a cadeia de suínos e discutir o cenário para o segmento. E o setor cooperativista tem muito a contribuir nesse sentido, para que a carne suína faça cada vez mais parte do cardápio brasileiro", disse Nobile.
Derivados - Segundo dados da Gerência de Desenvolvimento de Ramos e Mercados (Gemerc), os produtos derivados da agro-industrialização de aves, considerando somente o universo cooperativista, alcançaram exportações de US$ 243,4 milhões em 2010, com uma participação de 8,9% do total, enquanto que a carne suína congelada, atingiu US$ 81,9 milhões, participando com 3% do total das exportações. Atualmente, das 95 cooperativas de suínos e aves distribuídas em todo território nacional, cerca de 60% estão localizadas na região Sul do país.
Seminário - O evento, que conta com o apoio da OCB, é considerado o mais importante encontro do setor. Na ocasião, também serão discutidas as principais perspectivas da suinocultura para os mercados de grãos e carnes, marketing da carne suína, gestão e conjunturas políticas e econômicas e seus impactos na produção e comercialização de carnes. Ao todo, serão realizados quatro painéis temáticos: Agronegócios e Produção de Suínos, Desafios da Suinocultura para Próxima Década, Mercado para Carne Suína no Brasil e Um Brasil de Oportunidades. (Informe OCB)
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Os russos endureceram a negociação para o fim do embargo às carnes brasileiras. Em correspondência ao Ministério da Agricultura, o Serviço Federal Veterinário da Rússia apontou irregularidades encontradas desde maio em 13 unidades frigoríficas exportadoras de carne suína, bovina e de aves de oito Estados. As vendas brasileiras de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul estão embargadas desde 15 de junho. E as autoridades russas agora avisaram que só haverá relaxamento nas restrições quando o Brasil responder, de forma cabal, os porquês da contaminação das carnes por bactérias coliformes, listerias, mofos e micro-organismos aeróbios e anaeróbios. Os russos afirmam tratar-se de "substâncias proibidas e nocivas".
Atas de perícias - Os problemas foram detectados nos laboratórios russos e estão comprovados com várias dezenas de "atas de perícia" enviadas à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). As unidades são de Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Goiás, Santa Catarina, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. "Os fatos citados e os resultados insatisfatórios da inspeção, realizada por especialistas do Serviço Federal de Controle Veterinário e Fitossanitário em 2011, comprovam controle insuficiente de produtos fornecidos à Federação da Rússia da parte do serviço veterinário estatal de referidos Estados", escreveu o vice-diretor do serviço russo Alexey Saurin em 29 de julho.
Solicitação de informações - O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Luiz Carlos de Oliveira, diz que o governo brasileiro pediu informações aos russos sobre a análise das substâncias encontradas nos 13 estabelecimentos. "Fizemos a solicitação tecnicamente, pois não se identificou a partida, nem lote, nem empresa. Não nos disseram qual a análise nem a quantidade". Mas os russos enviaram todos os detalhes - por empresa, Estado e certificado sanitário veterinário.
Linguagem diferente - Em sua defesa, Oliveira afirma que os russos disseram haver encontrado substâncias, mas não especificaram quais. "A linguagem é diferente. O termo nocivo é tudo aquilo que está fora dos padrões, ou seja micro-organismos", diz. "Geralmente, isso não é indicativo de intoxicação e estamos pedindo informação destes laudos que eles disseram ter. Não sabemos a contagem, nem a quantidade, nem a espécie nem mesmo o tipo do alimento".
Indústria - O diretor disse que pediu informações para saber em qual indústria o erro foi detectado. A Rússia, segundo o diretor, ficou de enviar um documento com todas as informações pedidas pelo governo. "Eles disseram que haviam encaminhado um anexo de 66 páginas com as análises, mas não recebemos ainda. Somente disseram que era um organismo mesófilo", diz.
Descumprimento de acordo - O diretor afirma que os russos descumpriram acordo firmado anteriormente. "Queremos reforçar nosso pedido que foi feito na Rússia no dia 7. Fizemos uma proposta que dividia 88 estabelecimentos para liberação imediata de exportação pois o problema já havia sido resolvido e 37 que ficariam com restrições temporárias para que pudéssemos avaliar novamente os frigoríficos. Para nossa surpresa houve a publicação da lista das 37, não das 88".
Adiamento - Após sofrer questionamentos técnicos, o Ministério da Agricultura pediu o adiamento de restrições temporárias à exportação das 37 unidades frigoríficas. Várias indústrias reclamaram da atitude unilateral da SDA. (Valor Econômico)
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Um experimento realizado com 1.185 produtores de soja em áreas de até 10 hectares conseguiu atingir produtividade do grão de quase o dobro da média nacional. A maior colheita foi de 100 sacas por hectare, contra 52 da média no país. O desempenho foi alcançado pelos participantes da 2ª edição do Desafio Nacional de Máxima Produtividade Safra 2010/2011, realizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB) e que tem a Embrapa como parceira. Foram premiados seis produtores de soja em três categorias: Sul, Sudeste e Cerrados. Os participantes desenvolveram técnicas novas para ampliar a colheita por hectare. As descobertas serão aproveitadas e disseminadas no futuro.
Técnicas diferentes - O evento foi elogiado apesar da queda de produção do vencedor em relação ao ano passado, quando o primeiro lugar colheu 108 sacas por hectare. "Houve uma queda na produção principalmente em relação às condições climáticas deste ano. No entanto, já era de se esperar", diz o Engenheiro Agrônomo e Pesquisador de Fisiologia, Luis Antonio Fancelli. "Várias técnicas diferentes surgiram, por exemplo, a semeadura cruzada, diferente do padrão em linha. Temos discutido que o importante é apurar a técnica, sem imitar os resultados anteriores", diz Fancelli.
O desafio - O CESB desenvolveu um desafio em que participantes teriam que plantar de 5 a 10 hectares em suas propriedades com técnicas que gerassem aumento de produção. O CESB estabeleceu uma meta para o país para "desafiar" os produtores: 66 sacas por hectare. "Se levarmos em conta essa meta e a produção atual de 52 sacas vemos que é um número factível", diz o diretor de marketing do CESB, Nilson Caldas.
Testes - A Embrapa é a responsável por testar os métodos mais usados e certificar os melhores. "São várias tecnologias usadas. Nós avaliamos quais foram os mais adotados e testamos em campos experimentais. Desde o ano passado já estamos usando alguns fatores de produção e essas descobertas vão voltar ao produtor em forma de tecnologia validada", disse Sebastião Neto, pesquisador da Embrapa Cerrados.
Recorrentes - Em pesquisas com os principais métodos usados, descobriu-se que vários são recorrentes. O uso de fertilizantes, novos arranjos de plantio e uso forte da genética. "Um resultado meio óbvio foi o uso de fertilizantes em doses proporcionais à área plantada. A produção depende dos nutrientes. Quanto mais nutrientes mais a planta responde em termos de produtividade. A genética também se mostrou muito importante no processo. O ideal é uma junção de várias características genéticas: de crescimento e resistência às pragas", diz. (Valor Econômico)
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Apesar da recente desaceleração do ritmo de crescimento da economia do país, a tendência de aumento da renda da população nos últimos anos continua a puxar para cima as vendas de leite no mercado doméstico. Dados compilados pela Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV) mostram que, no total, as vendas alcançaram 5,105 bilhões de litros no primeiro semestre de 2011, 3,2% mais que em igual período do ano passado.
Longa vida - Carro-chefe dessa comercialização, o leite longa vida registrou incremento de 4% na mesma comparação e o volume vendido somou 2,86 bilhões de litros de janeiro a junho. As vendas de leite em pó subiram 7,4%, para o equivalente a 1,45 bilhões de litros, e houve queda de 6% do caso do leite pasteurizado, para 795 milhões de litros. "Há consumo de leite em 99% dos lares brasileiros. Mesmo com a economia crescendo menos, o aumento da renda mantém as vendas em alta", afirma Laércio Barbosa, presidente da ABLV. Como historicamente as vendas de leite no Brasil são mais fortes no segundo semestre do que no primeiro, diz Barbosa, é possível que o aumento no acumulado de 2011 alcance 5%. Em 2010, as vendas totalizaram 5,5 bilhões de litros.
Importações - Apesar da boa fase da demanda interna, notadamente no Nordeste, a ABLV continua a chamar a atenção para a alta das importações de leite em pó. "Nesse momento de entressafra no país está tudo calmo, mas se as importações seguirem aquecidas na safra os produtores terão problemas". Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, o período de safra começa entre os meses de setembro e outubro. E na atual entressafra, desde junho, houve mais problemas na oferta do que o normal em consequência de adversidades climáticas.
Nova discussão - O presidente da ABLV destaca que o acordo que limitou as importações desde a Argentina a 3,3 mil toneladas por mês, prorrogado até o último dia 31 de julho, será rediscutido pelos dois países na semana que vem. Se o volume acordado crescer, a pressão sobre os produtores brasileiros certamente vai aumentar. Apesar das incertezas de curto prazo nas economias internacional e doméstica, Barbosa reitera que o segmento de lácteos deverá registrar em 2011 seu maior déficit comercial em uma década, com importações equivalentes a mais de 1 bilhão de litros. (Valor Econômico)
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Foi baixíssimo o interesse da indústria no trigo ofertado na quarta-feira (03/08) em leilão pela Conab, em Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Do total de 138,91 mil toneladas da safra 2008, foram vendidas apenas 3,75 mil toneladas. No RS, o governo não conseguiu comercializar nada das 75,6 mil toneladas de trigo-pão. A principal explicação para a baixa demanda foi o preço estipulado para a abertura do leilão, de R$ 480,00 a tonelada, enquanto no mercado é possível encontrar o produto a R$ 460,00. O consultor da Safras & Mercados, Élcio Bento, enumera outros fatores para o esvaziamento do leilão: incerteza de qualidade dos lotes, proximidade da colheita paranaense - que deve gerar recuo de preço - e o fato dos moinhos estarem abastecidos.
Preço - O superintendente regional da Conab, Carlos Manoel Farias, reconhece que o problema foi preço. Com isso, foi frustrado o objetivo da União de desovar estoques públicos para fazer caixa para as intervenções na nova safra e liberar espaço nos armazéns para receber os grãos que começam a ser colhidos no país. Desde abril, quando iniciou a intervir no mercado do trigo, a Conab ofertou 1,7 milhão de toneladas no país, mas somente 400 mil toneladas foram absorvidas pela indústria. Bento acrescenta que o prazo de pagamento das operações, de 15 dias, é considerado curto pelas empresas. O consultor da Fecoagro, Tarcísio Mineto, acredita que pode haver uma modificação do mercado nas próximas semanas, uma vez que o governo argentino limitou a concessão de licenças de exportação a cooperativas do setor. (Correio do Povo)
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O novo mecanismo que prevê aos exportadores de bens manufaturados a devolução em espécie de até 3% dos valores embarcados, batizado de Reintegra, mudou de cara um dia após sua divulgação oficial e ampliou o poder discricionário do governo no momento de definir estímulos à indústria. Em vez de definir uma restituição linear, conforme havia explicado o Palácio do Planalto na véspera, a medida provisória que cria formalmente o Reintegra saiu ontem e chamou a atenção dos exportadores: o percentual da devolução será estabelecido "por setor econômico" e por "tipo de atividade exercida".
Alíquotas diferentes - Se quiser, o governo poderá, pela MP 540, atribuir alíquotas diferentes a cada produto. De acordo com um empresário ouvido pelo Valor, pode gerar uma corrida de lobistas a Brasília, em busca de enquadramento dos seus produtos nas alíquotas maiores do mecanismo elas vão variar de zero a 3%, limite que é um ponto percentual abaixo do percentual máximo defendido pelo Ministério do Desenvolvimento nas discussões internas do governo. Como as demais medidas do Plano Brasil Maior que ainda precisam de regulamentação, o Reintegra deverá entrar em vigência no prazo de até 60 dias.
Classificação de produtos - Outro ponto que desperta dúvida entre os exportadores é a classificação de produtos como etanol, açúcar refinado, óleo de soja e suco de laranja. Todos eles são considerados bens manufaturados pelo Ministério do Desenvolvimento. No entanto, segundo fontes do governo, não entrarão na primeira leva de beneficiados pelo mecanismo. Fabricantes de celulose já fizeram consultas sobre o assunto ao secretário-executivo do Desenvolvimento, Alessandro Teixeira.
Ajuda - "Hoje, com as cotações em alta, talvez o exportador de açúcar refinado não faça questão do Reintegra", diz José Augusto de Castro, da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). "Se os preços das commodities caírem, vai todo mundo pedir ajuda."
Alíquota linear - Apesar da preocupação da iniciativa privada e de o texto da MP permitir a diferenciação por produtos, fontes do governo asseguram que o Reintegra entrará em funcionamento com alíquota linear de 3%, pelo menos no início. O sistema foi apresentado como forma de compensar o pagamento de tributos ao longo da cadeia. Terá vigência até dezembro de 2012.
Prazo insatisfatório - O prazo foi considerado insatisfatório pela AEB. "As exportações de bens manufaturados precisam de um horizonte de mais longo prazo", afirma Castro. Ele lembrou que os contratos, às vezes, preveem entrega em data superior a seis meses e o estabelecimento de prazo relativamente curto dificulta a fixação de preços. As empresas poderão ter problemas, segundo o executivo, em saber se contarão com o benefício na hora de formular seus preços a partir de meados do ano que vem.
Crédito- prêmio - Castro recordou que o Reintegra replica o mecanismo de crédito-prêmio vigente entre 1969 e 1985, que chegou a desonerar as exportações em até 28%. "No início, era crédito fiscal de IPI e de ICMS. Depois, foi só IPI. Finalmente, terminou como pagamento em dinheiro vivo", diz. De acordo com o texto da MP, os exportadores poderão usar o dinheiro do Reintegra em pagamentos de tributos administrados pela Receita ou "solicitar ressarcimento em espécie". (Valor Econômico)
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O cumprimento da meta de déficit nominal imposta pelo Congresso em relação às contas do setor público - 0,87% do Produto Interno Bruto - exigiria do governo da presidente Dilma Rousseff um esforço fiscal extra de R$ 32 bilhões em 2012. Em vez de R$ 96,97 bilhões, como foi fixado em outra meta pelos próprios parlamentares, o superávit primário do governo central teria que ser de quase R$ 129 bilhões, informaram fontes da equipe econômica.
Veto - Como isso "é impossível", disse uma delas, a equipe recomendou e a presidente deverá vetar partes do texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada em julho pelo Congresso, onde constam as duas metas. O texto parcialmente vetado deve ser publicado nos próximos dias. O projeto original encaminhado pelo governo continha apenas meta-piso de resultado primário. Por iniciativa dos partidos de oposição, acabou sendo fixada também uma meta-teto de resultado nominal.
Diferença - A diferença entre as duas formas de apurar o resultado das contas públicas está nas despesas com juros. O nominal inclui esses gastos. O primário, não e, por isso, o superávit nesse conceito mais restrito equivale ao que o governo consegue economizar para cobrir juros da dívida pública. Se as despesas com juros sobem, para manter o déficit nominal no mesmo patamar, é preciso um primário superavitário maior para cobri-los.
Projeções em alta - Desde que o governo encaminhou o projeto de LDO ao Congresso, em abril, propondo um primário de R$ 96,97 bilhões para 2012, as projeções desse tipo de gasto subiram, por causa dos aumentos da taxa básica de juros ocorridos desde então.
Meta nominal - Uma das fontes ouvidas destacou que perseguir a meta de nominal da LDO sem elevar esse esforço primário de poupança implicaria engessar os gastos da União com juros, o que, em última instância, só seria viável acabando com a autonomia do Banco Central para fixar a taxa básica de juros da economia, cujas variações afetam diretamente a dívida pública. Mas como amarrar o BC "não passa nem perto da cabeça da presidente Dilma, na impossibilidade de fazer um superávit primário maior, resta o veto", disse a mesma fonte, referindo-se ao trecho da LDO que fixa a meta de nominal. A taxa básica de juros, principal instrumento do BC para controlar a inflação, "está fora do manejo da política fiscal", lembrou essa fonte.
Meta-teto - O Congresso usou, ao estabelecer a meta-teto de 0,87% do PIB para o resultado nominal, uma projeção informada pelo próprio governo nos anexos do projeto de LDO. Tal limite seria compatível com o superávit primário previsto na hipótese de manutenção dos mesmos parâmetros macroeconômicos considerados no projeto, sobretudo o que se refere a juros. Mas esse foi justamente o que se alterou.
Selic - Ao elaborar sua proposta de LDO, o governo trabalhou com a hipótese de a Taxa Selic encerrar 2011 em 11,75% ao ano, o mesmo patamar em que estava em abril. Para 2012, a previsão era de que a taxa chegasse a dezembro em 10,75% ao ano. Desde o envio do projeto, no entanto, a Selic subiu para 12,50% ao ano. Na pesquisa de mercado divulgada semanalmente pelo BC, a mediada das projeções aponta para uma Selic de 12,75% ao ano, no fim de 2011, e de 12,5% ao ano em 2012.
Dívida mobiliária - Cerca de um terço da dívida mobiliária interna do governo federal, cujo saldo era de R$ 1,66 trilhão no fim de maio, tem remuneração atrelada à Selic. Assim, alterações na taxa básica de juros, mesmo pequenas, elevam os gastos com juros e, consequentemente, o déficit nominal. Ainda que a Selic não tivesse mudado e não houvesse elevação dessas despesas, a tendência do governo já seria a de vetar a meta de nominal, pelo simples fato de que isso amarraria a política monetária.
Mais difícil - A própria LDO torna ainda mais difícil cumprir a meta de nominal quando induz o governo a usar a possibilidade de abatimento da meta de superávit primário, no montante de gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (R$ 40,6 bilhões). Abater ou não continua sendo uma possibilidade. Mas na reprogramação bimestral de gastos será obrigatório levar em conta a meta reduzida e não a "cheia", o que abre espaço para estabelecer limites maiores de gastos para os ministérios. (Valor Econômico)
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O vigor da recuperação americana, que já dura dois anos, parece estar diminuindo, à medida que consumidores e o governo cortam seus gastos. É o que dizem cinco de nove economistas da comissão acadêmica responsável pela datação das recessões nos EUA. "Essa economia está realmente em equilíbrio precário", disse ontem Martin Feldstein, professor de economia da Harvard University e membro da comissão de datação dos ciclos econômicos do Birô Nacional de Pesquisas Econômicas (NBER, na sigla em inglês), em entrevista ao programa "Surveillance Midday", na Bloomberg Television. "Existe agora uma chance de 50% de que poderemos entrar novamente em recessão. Nada nos deu muito crescimento."
Riscos - Uma desaceleração maior do que a esperada no primeiro semestre de 2011 cria riscos para a maior economia do mundo, disse o economista Robert Hall, da Universidade Stanford, presidente da comissão. O PIB cresceu a uma taxa anual de 1,3% de abril a junho, após um avanço de 0,4% no trimestre anterior, inferior à estimada anterior, é o que mostraram números do Departamento de Comércio em 29 de julho. "Quanto mais lenta a taxa de crescimento, maior a probabilidade de que um choque adverso possa deflagrar uma recessão", disse Hall em entrevista.
Previsões próprias - Embora não seja missão da comissão prever a probabilidade de uma recessão, cada membro pode fazer suas próprias previsões, disse Hall. A comissão levou mais de um ano para determinar que a mais profunda contração desde os anos 1930 terminou em junho de 2009, uma conclusão a que chegou em setembro de 2010. O PIB encolheu 5,1% do quarto trimestre de 2007 ao segundo trimestre de 2009, em comparação com a queda anteriormente reportada de 4,1%, segundo divulgou o Departamento de Comércio na semana passada.
Contração - A segunda pior contração no pós-Segunda Guerra Mundial foi um declínio de 3,7% em 1957-58. "Os riscos de mais uma recessão cresceram, em comparação com onde estávamos seis meses atrás", disse Christina Romer, ex-presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca e professora da Universidade da Califórnia, Berkeley, em entrevista ao programa "Street Smart",, na TV Bloomberg, em 1º de agosto. Ela, porém, previu um crescimento, "anêmico, mas positivo".
Confiança menor - Membros da comissão citaram o esfriamento da confiança nos setores de habitação, emprego e negócios e esforços para reduzir o endividamento por parte dos consumidores e do governo como obstáculos ao crescimento. Quatro acadêmicos na comissão negaram-se a sugerir as chances de uma recessão ou não responderam a pedidos de comentários.
Gastos - Os gastos dos consumidores caíram inesperadamente, em junho, pela primeira vez em quase dois anos, ao passo que a taxa de poupança cresceu, é o que revelaram ontem números do Departamento de Comércio, em Washington. "O consumo está baixo porque o pagamento de dívidas está espremendo os gastos, mesmo tanto tempo após a crise", disse Hall. "Será um processo doloroso, até que consumidores dependentes de crédito fiquem de novo em pé."
Demanda fraca - Os fabricantes estão contendo sua produção em resposta à fraca demanda do consumidor. A atividade industrial nos EUA quase parou em julho, segundo um relatório do Institute for Supply Management (ISM) de 1º de agosto.
Desemprego - A taxa de desemprego provavelmente permaneceu em 9,2%, em julho (o Departamento de Trabalho divulga o dado nesta sexta). Até junho, a economia recuperou cerca de 1,77 milhão de 8,75 milhões de postos de trabalho perdidos em consequência da recessão que começou em dezembro de 2007 e que durou 18 meses. "Estamos certamente numa situação mais vulnerável agora", e um novo choque pode causar uma crise semelhante à contração ocorrida na esteira da disparada do petróleo após a invasão do Kuait pelo Iraque, em 1990, disse James Stock, economista de Harvard e membro da comissão do NBER. "Olhando a situação mundial, é certamente possível imaginar choques da magnitude do caso do Kuait que nos empurrem para o precipício".
Impasse político - A confiança dos empresários foi abalada pelo impasse político, que durou meses, sobre o teto de endividamento, disse Stock. O presidente Barack Obama assinou nesta quarta-feira (03/08) em um acordo, incorporando mútuas concessões (de republicanos e de democratas) sobre o limite de endividamento, evitando um default americano. A medida eleva teto de dívida do país até 2013 e incorpora ameaças de cortes automáticos de despesas, para impor US$ 2,4 trilhões em redução de gastos nos próximos 10 anos. "O debate sobre o teto da dívida americana realmente minou a confiança de consumidores e empresas, além de criar incertezas", disse Stock. "A solução das incertezas resultante do acordo não restaurou a imagem de competência legislativa na gestão econômica."
Entrave - Os cortes nos gastos do governo serão um entrave ao crescimento em 2012, disse Jeffrey Frankel, outro professor de Harvard que atua na comissão da NBER. Embora os riscos de recessão tenham aumentado, "não cresceram, necessariamente, o suficiente para levar a probabilidade para mais de 50%". "O governo é uma fonte de contração neste ano", disse ele. "O estímulo fiscal está sendo retirado nas esferas federal, estadual e local."
Ressaca - Robert Gordon, membro da comissão e professor na Northwestern University (e que não estimou a chance de recessão), e Feldstein concordaram que a "ressaca" da bolha no mercado habitacional continua a assolar a economia. "Há um vasto excedente de oferta habitacional que esmagou qualquer chance de recuperação na construção residencial", disse Gordon. (Valor Econômico)
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"Estamos vendo um patamar de preço do suíno compatível com o custo de produção. Além disso, tradicionalmente, a partir do segundo semestre começa a perspectiva do aumento de consumo da carne, com a aproximação do final do ano. Dessa forma, temos esperança de que a suinocultura vai viver um segundo semestre equilibrado", afirmou o presidente da Cooperativa Frimesa, Valter Vanzella, na manhã desta quarta-feira (03/08), em sua passagem pela sede da Ocepar, em Curitiba.
Crise amenizada - Na avaliação dele, a crise gerada pelo embargo russo a frigoríficos brasileiros já foi amenizada. "Exportamos alguma coisa através de outros clientes internacionais. O mercado interno absorveu uma boa parte. A produção foi reduzida através do abate prematuro do animal. Ao invés de esperar para abater um animal com 110 a 120 quilos, eles forma abatidos com 80 a 90 quilos. Isso reduziu a oferta de carne e estabilizou o mercado", afirmou. De acordo com Vanzella, o mercado internacional apresenta variáveis preocupantes. "A Rússia, por exemplo, tem se tornado um cliente de volume, mas é um cliente instável e toda vez que eles dizem que, por algum motivo, não vão comprar e criam dificuldades, como essas barreiras sanitárias, isso acaba gerando uma oferta grande no mercado interno e, como consequência, uma crise na atividade, que afeta a indústria, o produtor, enfim, toda a cadeia. Isso é prejudicial porque você não monta uma estrutura de produção sazonal. É preciso ter constância e a carne é diferente da soja, por exemplo, que, se em determinado momento um grande cliente não compra esse produto, o grão fica estocado. A carne tem que fluir e, se isso não ocorre, gera uma preocupação muito grande".
Câmbio - Para Vanzella, no entanto, os clientes instáveis não são os principais fatores que afetam a venda externa da carne suína brasileira. "O grande vilão é a política cambial do Brasil e o Real supervalorizado. Não é possível exportar, mesmo que tenhamos clientes, com esse patamar de dólar", afirmou. "É uma situação bastante complicada. Ainda bem que nós não temos uma grande dependência do mercado externo. As exportações brasileiras de carne suína não são tão expressivas. O grosso é escoado no mercado interno. Eu acho também que o produtor brasileiro e a própria indústria tem que ter um pouco de cuidado em montar uma estrutura dependente do mercado internacional, principalmente no caso da carne suína", acrescentou.
Maior valor agregado - A Frimesa abate atualmente de 4 mil a 4 mil e 200 suínos por dia e produz cerca de
300 toneladas diárias de produtos industrializados, que geram um faturamento médio de R$ 80 a R$ 90 milhões por mês. De acordo com Vanzella, a cooperativa está investindo fortemente na transformação da carne suína em produtos de maior valor agregado e planeja aumentar essa produção. "A nossa meta é chegar ao abate de 6 mil suínos por dia, junto com as cooperativas filiadas, e atingir 600 toneladas por dia de produtos industrializados", ressaltou. Hoje, mais de 95% da produção da Frimesa é vendida no mercado interno. "Isso nos dá um certo conforto. Recentemente, o preço do suíno estava girando em torno de R$ 1,70 a R$ 1,80 o quilo e nós praticávamos o preço ao nosso produtor na casa de R$ 2,30 a R$ 2,40. Assim, ele praticamente não sentiu a crise da suinocultura porque quem bancou essa remuneração foi a indústria, devido a essa condição de agregar valor ao produto", ressaltou. "Estamos com o projeto de ultrapassar a casa de R$ 1 bilhão de faturamento neste ano e hoje a carne representa aproximadamente 60% do nosso faturamento", completou Vanzella.
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Um formato inédito de parceria na área de energia elétrica no Paraná, envolvendo a cooperativa Coopcana de Paraíso do Norte (PR) e a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) foi anunciado e formalizado na tarde de terça-feira (02/08) durante almoço naquela cidade paranaense, reunindo dirigentes das duas empresas.
Convênio - Pelo convênio, que demandou dois anos de conversações, a CPFL vai investir R$ 160 milhões na modernização do sistema de caldeiras da Coopcana que, com isto, elevará em menos de dois anos a sua capacidade de moagem de 2,5 para 4 milhões de toneladas de cana e de geração de energia de 21 para 67 megawatts. O acordo tem a duração de 20 anos, período em que o excedente de energia elétrica será repassado à CPFL. A companhia investirá também na construção de um sistema de transmissão até o município de Alto Paraná, para conexão à rede. A energia, segundo informou o presidente da Coopcana, Fernando Elias Vizotto, será suficiente para suprir uma cidade de 160 mil habitantes.
Novas fontes - O presidente da CPFL Renováveis, Miguel Saad, disse em Paraíso do Norte que grandes empresas brasileiras de energia estão deslocando seus investimentos para novas fontes de eletricidade. A CPFL Energia, uma das empresas protagonistas dessa nova tendência, saiu na frente ao anunciar a fusão de seus ativos de energia alternativa renovável com a Ersa, empresa focada nesse segmento de energia, criando a CPFL Renováveis, com um portfólio de projetos que terá pequenas centrais hidrelétricas, parques eólicos e termelétricas movidas a bagaço de cana-de-açúcar. "Temos capacidade para 650 megawatts e estamos ampliando em mais 600. Nossa meta, em quatro anos, é chegar a 2 mil megawatts", disse Saad, em pronunciamento.
Biomassa - No futuro, segundo ele, a participação da biomassa na geração vai atingir 13 mil MW médios, suficientes para abastecer 20 milhões de brasileiros, o que equivale a três usinas do porte de Belo Monte. "O país responde ao novo quadro com uma proposta moderna, que alia desenvolvimento a qualidade de vida, segurança e bem-estar. As energias renováveis fazem parte da resposta aos desafios de infraestrutura que um país continental, com quase 200 milhões de habitantes, precisa ultrapassar", citou.
Sem riscos - Para o presidente da Coopcana, o convênio "é um bom negócio" por várias razões: a cooperativa vai modernizar sua estrutura de caldeiras sem correr riscos com investimentos, ampliar sua capacidade de esmagamento de cana e de cogeração e, ao final dos 20 anos do acordo, ficará com o ativo. "Sem contar que vamos dar uma destinação nobre para o excedente de bagaço, que hoje é comercializado", disse Vizotto. Ele acrescentou, ainda, que a estrutura de caldeiras que ficará em desuso poderá ser aproveitada na construção da segunda unidade da Coopcana, ainda sem prazo definido, que foi projetada para o município de Amaporã, a 20 quilômetros de Paraíso do Norte. (Jornal Paraná)
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Para formar lideranças e alinhar estratégias, a Cocamar promove todos os anos dois eventos com coordenadoras dos núcleos femininos mantidos pela cooperativa em sua região de abrangência. Nesta quinta-feira (04/08) acontece o segundo encontro do ano, das 9 às 16 horas, no Auditório Cocamar, em Maringá, com 80 participantes. O primeiro ocorreu em abril. "A atuação das coordenadoras é muito importante para o sucesso de todo o trabalho. São elas que motivam as demais. Por isso buscamos fortalecer e desenvolver essas lideranças", afirma Cecília Adriana da Silva, coordenadora de Relação com o Cooperado.
Programação - No programa desta quinta-feira, uma avaliação das atividades realizadas em 2011 e o planejamento para 2012. Na parte da tarde haverá uma palestra sobre marketing pessoal com a fonoaudióloga e mestre em distúrbios da voz, Maria Luísa Zapata Leonel. Dias 24 a 26 de agosto, haverá uma viagem de imersão pela Rota Eslavo-Germânica, visitando as cooperativas Witmarsun e Agrária.
Setembro - E, de 12 a 14 de setembro, acontece a primeira pescaria dos núcleos em uma pousada no município de Presidente Epitácio (SP), promovendo com isso maior integração entre as coordenadoras dos núcleos e também as colaboradoras responsáveis por esse trabalho nas unidades. A Cocamar conta com 25 núcleos em atividade e a participação de mais de 550 cooperadas e esposas de cooperados. (Imprensa Cocamar)
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A lei geral do cooperativismo brasileiro e o Código Florestal, que aguardam votação no Senado Federal, foram assuntos tratados na manhã desta terça-feira (02/08), na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF), representantes da entidade e o senador José Pimentel (CE). Ele foi recebido pelo presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Movimento nacional - "Precisamos construir um movimento nacional para aprovar essas duas leis que são fundamentais à continuidade de crescimento do cooperativismo em nosso país", disse Pimentel, entusiasta da causa cooperativista, com a experiência de quem liderou a aprovação do Simples Nacional, que beneficia mais de 4,8 milhões de pequenas empresas com redução de impostos e aumento de incentivos.
Destaque - O Código Florestal foi outro ponto destacado pelo senador. "A parte mais difícil já ocorreu na Câmara dos Deputados. Vamos fazer no Senado um ajuste fino para dar mais segurança jurídica", ressaltou. Na oportunidade, o presidente da OCB agradeceu a disposição do parlamentar e pontuou as principais demandas e conquistas que o cooperativismo precisa alcançar a curto prazo.
Urgência - Freitas enfatizou que a entidade tem urgência na aprovação dos dois projetos, uma vez que os mesmos definirão marcos regulatórios importantes para o desenvolvimento do setor. Especificamente sobre a necessidade de uma nova legislação ambiental, ele comentou sobre o trabalho realizado por todo o sistema, de sensibilização quanto à relevância da matéria, citando a reedição da cartilha "Revisão do Código Florestal: o desafio de preservar e produzir"que, em breve, chegará a todos os senadores.
Reunião - A reunião foi realizada a partir de um convite feito pelo presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Ceará (OCB/CE), João Nicédio Alves Nogueira, ao senador José Pimentel. Também participaram o superintendente da OCB, Renato Nobile, e a gerente de Relações Institucionais, Tânia Zanella.
Sobre o senador - Cooperado desde a década de 70 e fundador da Cooperativa de Crédito do Banco do Brasil, Pimentel tem um mandato voltado especialmente para as áreas do empreendedorismo, agricultura familiar, educação e desenvolvimento regional. O senador é coordenador político da região Nordeste na Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop)
Radiocoop - Em visita à Casa do Cooperativismo, o senador José Pimentel concedeu entrevista à RádioCoop. Entre os assuntos tratados, ele falou sobre o Código Florestal. Para eo parlamentar, o Senado deve analisar o caso e sugerir ajustes para dar mais segurança jurídica aos agricultores. Confira a íntegra da entrevista. (Informe OCB)