FLORESTAS: Oficina indica fontes de crédito para setor florestal

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O governo do Paraná está identificando as fontes de crédito disponíveis para agricultores que se dedicam ao cultivo de florestas, como parte do esforço para implementar políticas públicas de apoio ao setor. Nesta segunda-feira (15/08), a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e o Instituto Emater promoveram uma oficina com as principais instituições de crédito que operam no Estado para reunir informações a respeito. 

Mercado - De acordo com o secretário Norberto Ortigara, existe mercado para os produtores, mas o Paraná está atrasado na implementação de políticas de incentivo ao setor florestal, o que agrava o descompasso existente entre a demanda e o cultivo de florestas no Estado. Por conta disso, há escassez de madeira para uso na geração de energia, produção de papel e celulose, construção e outras áreas.

Promoção - O evento foi promovido em conjunto com a Associação de Empresas de Base Florestal Paranaense (APRE) e contou com a participação de representantes do Banco do Brasil (BB), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

Participação - Também participou o coordenador de Análises Econômicas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wilson Vaz de Araújo, que falou sobre a inclusão no Plano Safra 2011/12 de R$ 3,15 bilhões para financiar investimentos em agricultura sustentável no País. Desse total, R$ 2,3 bilhões estão disponíveis no BNDES e instituições repassadoras, como BRDE e o sistema Sicredi. Outros R$ 850 milhões estão disponíveis no BB. 

Recursos - Segundo o BB, o banco disponibilizou aos agricultores R$ 1 bilhão para o crédito florestal, dos quais R$ 850 milhões serão destinados à Agricultura de Baixo Carbono (ABC), programa do governo federal que alia a produção de alimentos com a redução de gases do efeito estufa. Esse programa contempla técnicas como a integração lavoura-pecuária e floresta, que a Secretaria da Agricultrura e a Emater pretendem incentivar no Estado, principalmente em áreas de solo degradado como a região Noroeste. 

Possibilidades - Para isso, no entanto, o agricultor precisa conhecer as reais possibilidades de crédito, disse Ortigara. “Sabemos da importância do setor florestal e vislumbramos oportunidades de crescimento consistente. Mas precisamos de mais articulação entre as políticas públicas e o setor florestal para os programas deslancharem”, afirmou Ortigara. 

Articulação de políticas - Segundo o secretário, a Seab pode articular as políticas para ampliar o cultivo de florestas no Paraná, mas para isso é preciso saber quais as chances de apoio ao agricultor. Ele destacou a necessidade de adotar uma agenda única entre o governo do Estado, prefeituras e instituições de crédito oficiais. 

ABC - De acordo com Wilson Vaz de Araújo, do Mapa, o plantio de florestas encaixa-se no conceito de desenvolvimento sustentável que permeia o programa ABC. Ele falou do esforço do governo federal em reduzir os juros de 6,75% ao ano para uma média de 5,5% no financiamento da adequação ambiental nas propriedades. O objetivo é financiar práticas, tecnologias e sistemas produtivos que contribuam para a recuperação de áreas degradadas e redução de gases de efeito estufa.

Pronaf - Nos programas de desenvolvimento sustentável direcionados à Agricultura Familiar financiados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), os juros estão mais baixos ainda, entre 1% e 2%, ao ano conforme a renda do agricultor. (AEN)

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