EMATER: Projeto aumenta produtividade de milho e feijão
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{gallery}noticias/2011/Agosto/15/2011815144531/{/gallery}A partir dessa semana, técnicos da Emater que integram a equipe do projeto feijão e milho para o Centro Sul do Estado começam a orientar o plantio das 123 lavouras demonstrativas que serão usadas para a capacitação profissional de quase 2 mil produtores, em 43 municípios paranaenses. A ação será desenvolvida com a colaboração de agricultores e em parceria com a Embrapa, Iapar, Syngenta e Fundação Terra.
Tecnologias modernas - O extensionista Germano Kusdra, coordenador do Projeto, explica que nessas lavouras consideradas modelos são aplicadas as mais modernas tecnologias de produção adequadas à realidade econômica, social e ambiental das pequenas propriedades rurais da região. “Entre essas soluções técnicas estão o plantio direto na palha, a rotação de culturas, o uso racional dos fertilizantes, o manejo integrado de pragas e doenças e o emprego de sementes geneticamente melhoradas, entre outras”, enumera.
Assistência direta - As famílias de agricultores que colaboram com a instalação das unidades demonstrativas recebem assistência direta na propriedade. Os agricultores da comunidade são organizados em grupos de 20 a 25 pessoas que se reúnem durante o ciclo das culturas, nas UDs, para conhecer as tecnologias aplicadas e trocar informação com os colegas produtores e os técnicos. “Esse público organizado chega a cerca de 2 mil agricultores. Outros 4 mil são atendidos pontualmente durante o ano, com metodologias como dias de campo e encontros técnicos”, detalha Germano.
Início - O projeto começou em 1999. Naquele período, os técnicos definiram o marco zero, que indicava produtividade média de 1,3 mil quilos por hectare para a cultura do feijão e 5,3 mil quilos por hectare para o milho. Na última safra, conta o coordenador do Projeto, a produtividade média nas unidades demonstrativas de feijão quase dobrou, chegou a 2,5 mil quilos por hectare, com uma das UDs atingindo a marca de 3,6 mil quilos por hectare; no milho a média chegou a 8,8 mil quilos, com um produtor registrando o índice histórico dentro do Projeto de 12,9 mil quilos por hectare.
Outros indicadores - Outros indicadores também confirmam a importância do investimento feito neste trabalho. Um deles, conta Germano, é o que mostra a evolução da tecnologia do plantio direto na palha. “No inicio, tínhamos a média de 25 por cento de propriedades que utilizavam esse sistema. Na safra 2010/2011 o número chegou a quase 70 por cento. Com a tecnologia, o produtor melhora a eficiência produtiva das lavouras, contribui com a conservação dos solos e das águas e diminui o consumo de energia nas fases de trabalho que antecedem o plantio”.
Participação expressiva - Nas sete regiões atendidas pelo Projeto, o feijão e milho têm participação expressiva na formação dos valores brutos da produção agropecuária. “No entanto, o nosso objetivo é fazer com que, através da melhoria dos resultados técnicos dessas duas culturas, o agricultor melhore a sua renda, se capitalize, para depois investir em outras atividades capazes de gerar produtos com maior valor agregado, como a fruticultura, a olericultura e até a agroindústria”, diz Germano. Ainda segundo o extensionista, o crescimento da entrada de receitas na propriedade tem ajudado muitas famílias a melhorar sua qualidade de vida, com a aquisição de máquinas para o trabalho no campo (que tornam menos exaustiva a lida diária), reforma e ampliação de moradias e até compra de eletrodomésticos.
Capacitação - A capacitação profissional tanto dos técnicos quanto dos produtores é apontada por Germano como o segredo do sucesso do Projeto. “A pesquisa sempre tem novidade. Por isso, todo o ano, antes do início do plantio, reunimos os técnicos da Emater e das outras organizações colaboradoras que estão neste trabalho para uma reciclagem. É o que aconteceu, por exemplo, na semana passada, em Fernandes Pinheiro, quando 47 colegas nossos se encontraram com especialistas da Embrapa, Iapar, Emater, Syngenta e consultores para receber conteúdos que podem depois colaborar com a qualificação do trabalho feito com as famílias de agricultores”, finaliza Germano. O treinamento foi realizado entre os dias 9 e 12 de agosto. Além assistir a palestras técnicas, os participantes conversam com especialistas da área de mercado e meteorologia que farão alguns prognósticos para o período da próxima safra.
Parceria - O Projeto realizado em parceria pela Emater, Embrapa, Iapar, Syngenta e Fundação Terra, tem o apoio da Seab, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Fundação ABC, Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha, Forquímica e Prefeituras. (Imprensa Instituto Emater)