FIEP: Indústria do PR deve fechar 2011 com crescimento recorde
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Apesar de uma tendência de desacelaração até o final deste ano, a indústria paranaense deve fechar 2011 com o melhor nível de vendas de toda a série histórica - com um crescimento entre 5% e 6% -, de acordo com os levantamentos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), iniciados em 1986. Entre janeiro e setembro, os 18 setores avaliados pela entidade registraram ascensão de 6,97% em relação a 2010.
Queda em setembro - Após forte crescimento em agosto, as vendas industriais do Estado tiveram queda de 3,34% em setembro, segundo relatório mensal divulgado nesta quarta-feira (16/11) pela Fiep, em Curitiba. Enquanto o primeiro trimestre deste ano registrou aumento de 10,81% nas vendas quando comparado ao mesmo período de 2010, o crescimento foi de 6,29% no segundo trimestre e de 4,46% no terceiro.
Setores - A retração em setembro foi motivada pelo resultado negativo de oito dos 18 gêneros avaliados. As fortes quedas ficaram com os setores de vestuário (-15,62%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-14,40%) e edição e impressão (-12,72%). Outros três setores que têm forte participação nas vendas industriais do Paraná também ficaram no vermelho no levantamento do mês: refino de petróleo e produção de álcool (-7,56%), alimentos e bebidas (-4,38%) e veículos automotores (-2,42%).
Crescimento atípico - Entretanto, o economista da Fiep, Roberto Zurcher, explica que a queda em 44% dos segmentos avaliados em setembro é justificada pelo mês de agosto, que acabou tendo um crescimento atípico. Ele salienta que mesmo com as quedas, setembro deste ano foi o melhor em vendas dos 25 anos de levantamento. ''A concentração de vendas acabou sendo grande em agosto devido às especulações sobre o aumento do IPI nos automóveis importados e também porque a inflação estaria fora de controle.''
Normal - O especialista avalia que agora a indústria paranaense está com um volume de vendas dentro do normal, se mantendo um pouco acima da média nacional, e por isso é natural que tal desaceleração acontecesse ao longo dos trimestres. ''Vemos isso pelo PIB do País, que deve fechar com crescimento de 3,5%. Em setembro também tivemos alguns feriados que acabaram influenciando nas vendas, mas mesmo assim foi o melhor deles em todos os anos de levantamento.''
Fatores - Entre os fatores elencados por Zurcher que auxiliaram os números da indústria estão o bom desempenho do agronegócio e dos preços internacionais, o crédito abundante referente ao setor automobilístico e também a produção de etanol no Estado. ''Se não acontecer nada de grave nos próximos dois meses, certamente vamos fechar com o crescimento esperado.'' (Folha de Londrina)