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Após um dia de forte alta, o mercado cambial abriu a sexta-feira (23/09) com certo alívio. Às 10h20, o dólar recuava 1,20%, a R$ 1,887. Na quinta-feira (22/09), a moeda fechou em alta de 3,52%. Ao redor do mundo, as preocupações com a desvalorização das moedas frente ao dólar permanecem. O banco central da Rússia alterou a banda de oscilação do rublo contra a cesta de moeda dólar/euro, disseram dois traders nesta sexta-feira. O BC mudou a banda para 32,25 rublos a 37,25 rublos diante da cesta, de 32,15 rublos a 37,15 rublos diante da cesta, afirmou o trader do Nomos Bank, Andrei Mishko. O trader Pyotr Milovanov, do Metallinvestbank, confirmou a mudança.
Peso chileno - O peso chileno operava em queda na manhã desta sexta em relação ao dólar, pressionado pela retração nos preços do cobre, um dos maiores produtos de exportação do país. A moeda do Chile chegou a atingir seu menor nível desde julho de 2010 , com o dólar próximo a 528 pesos.
Ouro - Outro ativo considerado seguro em momentos de crise, o ouro, também recua. Os contratos futuros de ouro operam em queda acentuada no pré-mercado, caindo abaixo de US$ 1.700,0 a onça-troy pela primeira vez em um mês e meio, acompanhando a onda de vendas que varre outros mercados.Normalmente visto como um “porto seguro” em meio a incertezas políticas e econômicas, o ouro têm registrado grandes perdas esta semana, com alguns investidores vendendo o metal para cobrir perdas em outros mercados. (Agência Estado)
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A presidente Dilma Rousseff reiterou nesta quinta-feira (22/09) que o governo não vai adotar medidas extraordinárias para controlar a alta do dólar. Mas, apesar da negativa em público, o governo mostrou que está incomodado e que vai agir para evitar que a moeda suba muito mais. Por volta de 10 horas da manhã desta quinta-feira (22/09), quando o dólar beirava R$ 1,95, o Banco Central surpreendeu e ofereceu US$ 5,5 bilhões às instituições financeiras em contratos de dólar no mercado futuro, na primeira venda desse tipo desde junho de 2009. Desse total, US$ 2,75 bilhões foram negociados. A oferta amenizou o nervosismo do mercado, mas não impediu que a cotação fechasse em alta de 2,26%, cotada a R$ 1,90 – maior nível desde 1.º de setembro de 2009.
Atuação - O BC promete continuar e até ampliar a atuação com a possibilidade de vender dólares no mercado à vista. “Entramos porque avaliamos que a liquidez do mercado não era adequada. O BC vai continuar no mercado futuro enquanto entender que é necessário”, disse o diretor de política monetária da instituição, Aldo Luiz Mendes.
Análise - A operação foi bem recebida: nas mesas de compra e venda de dólar, prevaleceu o entendimento de que o BC está atento e não vai permitir que movimentos especulativos atrapalhem o rumo dos negócios. “Esse recado de que o BC pode voltar a qualquer momento aos negócios é bom porque diminui o espaço para os especuladores”, diz o gerente de câmbio da Souza Barros Corretora, Luiz Antônio Abdo. “A curto prazo o dólar deve se valorizar, mas não deve chegar a R$ 2,00. Quando ele se aproximar desse valor, o governo vai fazer alguma manobra para conter a alta”, avalia a estrategista de investimentos da Eugênio Invest, Cláudia Augelli.
Temores - As principais razões para a disparada do dólar – que ocorre simultaneamente à queda da Bovespa e das principais bolsas mundiais – estão nas incertezas sobre o desempenho da economia dos Estados Unidos, e na falta de soluções para a crise das dívidas que afeta vários países europeus. A incerteza leva os investidores a temer a repetição do mesmo cenário visto em 2008 – quando um travamento no mercado de crédito jogou o mundo na recessão.
Na falta de boas notícias, bolsa despenca 4,83% - Os bons fundamentos da economia doméstica de nada serviram para conter o ímpeto de vendas no mercado acionário doméstico. A aversão ao risco que predominou ao redor do mundo desembarcou no Brasil e a Bovespa desabou 4,83% – a maior retração desde 8 de agosto – e atingiu o nível mais baixo em quase um mês. A frustração com o Fed (o banco central norte-americano) e a falta de bons sinais vindos da Europa novamente deram o tom dos negócios. Na quarta-feira (21/09) o Fed anunciou um plano de US$ 400 bilhões para tentar reativar a economia dos Estados Unidos, mas boa parte do mercado esperava medidas mais ousadas. Os investidores também se assustaram com a advertência do Fed sobre os “riscos significativos” para o crescimento dos EUA, e se balizaram nos números ruins da China e da Europa sobre atividade industrial.
Declarações - O dia foi repleto de declarações contundentes dos representantes de alguns dos principais organismos mundiais e dos principais grupos econômicos. O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, avisou que EUA, Europa e Japão têm de agir para evitar que seus problemas econômicos atrapalhem o resto do mundo. (Gazeta do Povo, com Agências)
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A Agência O Globo publicou entrevista com o especialista em câmbio da Tendências Consultoria, Nathan Blanche, sobre a alta do dólar.
Por que o dólar sobe com tanta voracidade?
O governo adotou uma série de medidas para impedir a valorização do real desde janeiro deste ano, com aumentos sucessivos de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e limitações sobre a exposição cambial. Com as medidas, o governo engessou o mercado e limitou apostas contra o dólar. Agora que a moeda entrou em tendência de valorização, com a piora do cenário de crise internacional, o dólar se valoriza aqui ao quadrado em relação a outras divisas. O governo semeou o vento e acabou colhendo uma tempestade.
O movimento no mercado futuro de câmbio é o que determina a valorização?
Sim. Para se ter uma ideia, de 31 de agosto até 21 de setembro ao meio-dia, houve uma inversão das apostas no mercado futuro e spot de câmbio da ordem de US$ 25 bilhões. Ou seja, US$ 25 bilhões que estavam aplicados na queda do dólar migraram para apostas na alta do dólar. Quando esse dinheiro precisou mudar de lado, no entanto, encontrou um mercado engessado. E, quando isso ocorre, existe uma tendência de pressionar para cima a taxa de câmbio. No mercado à vista (entrega imediata), ninguém vende dólares esperando ele se valorizar.
O que pode conter novos avanços do dólar daqui para a frente?
Como os investidores têm restrições para apostar contra o dólar, o BC pode ter dificuldade para vender câmbio no mercado futuro para amenizar ou controlar a crise, ou seja, impedir novas altas da moeda. O BC poderá estar num mato sem cachorro e sem instrumentos para conter a alta do dólar se de fato estivermos iniciando uma crise cambial. A solução seria, portanto, revogar as medidas que adotou e que tornaram impeditivo o mercado futuro. (Agência O Globo)
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O Congresso Nacional prorrogou por mais 60 dias a validade de duas medidas provisórias que ainda aguardam apreciação do Legislativo. Segundo atos publicados no Diário Oficial da União desta sexta-feira (23/09), está prorrogada a vigência da MP 540, publicada no dia 3 de agosto, que institui o regime especial de reintegração de valores tributários para as empresas exportadoras (Reintegra); dispõe sobre a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) à indústria automotiva e altera a incidência das contribuições previdenciárias. Além dessa MP, o Congresso também está prorrogando a validade da MP 541, também publicada em 3 de agosto, que dispõe sobre o Fundo de Financiamento à Exportação. Toda MP quando publicada tem validade de 60 dias, podendo ser prorrogada por mais 60 dias. Na prática, elas valem por 120 dias. Nesse prazo, o Congresso deve aprová-la. Caso contrário, ela perde a vigência.
Derivativos - Hoje também, portaria do Ministério da Fazenda publicada no Diário Oficial da União confirma a prorrogação do prazo para recolhimento do Imposto sobre Operações de Crédito (IOF) incidente sobre as operações com derivativos. Segundo a portaria o recolhimento do IOF, relativo aos fatos geradores ocorridos no período de 27 de julho a 30 de novembro deste ano, será efetuado no dia 29 de dezembro de 2011.
Anúncio - A postergação desse prazo já havia sido anunciada na semana passada, com a publicação do Decreto 7.563, que fez ajustes no decreto 7.536 que estabeleceu a alíquota de 1% de IOF sobre operações com contratos de derivativos cambiais realizados no país. Na ocasião, o ministério da Fazenda esclareceu que, em razão de dificuldades da BM&F Bovespa e a Cetip em montar o sistema para a cobrança do tributo, o governo estava prorrogando o primeiro recolhimento do IOF sobre essas operações. Inicialmente, a data prevista para o primeiro repasse do IOF ao governo era 5 de outubro.
Ocepar – Preocupado com os possíveis impactos da cobrança do IOF sobre os contratos de derivativos, o setor cooperativista paranaense encaminhou um ofício ao deputado federal Reinhold Stephanes, relator da MP 539/2011, que regula o mercado de futuros, propondo que sejam excluídas da incidência do tributo as operações de cobertura de risco cambial de produtos e das exportações de produtos do agronegócio brasileiro. “Tal medida evitará custos adicionais e perda de competitividade para a cadeia produtiva”, afirma o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski. (Com informações da Agência Estado)
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Vários eventos estão sendo promovidos pelas cooperativas em todas as regiões do Estado, com apoio do Sescoop/PR. Clique aqui e confira a programação.
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Representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV) vão à Moçambique nas próximas semanas para um intercâmbio de experiências e conhecimentos, com o objetivo de estruturar o cooperativismo local. Vítima de uma guerra civil violenta, o país africano teve o seu desenvolvimento cooperativo totalmente devastado. Em reunião na manhã desta quarta-feira (21/09) na sede da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), representantes das instituições discutiram detalhes do projeto de cooperação internacional que envolve Brasil, Alemanha e Moçambique.
Parceria - Denominado Projeto OCB/DGRV Trilateral, a iniciativa é uma parceria entre duas grandes instituições promotoras do cooperativismo no mundo: a ABC (ligada ao Ministério das Relações Exteriores), e a GeZ, entidade de cooperação e desenvolvimento na Alemanha. De acordo com o gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito da OCB, Silvio Giusti, “a ideia é juntar a expertise da DGRV e o conhecimento do cooperativismo de crédito brasileiro, por meio da OCB, para tentar estruturar o cooperativismo em Moçambique”. Giusti explica que, neste primeiro momento, os trabalhos serão voltados mais especificamente para o cooperativismo de crédito, que tem seu berço internacional na Alemanha e é foco dos trabalhos da DGRV.
Orçamento - Giusti detalha que está previsto para o projeto um orçamento na ordem de 600 mil euros e que prazos, metas e indicadores ainda estão sendo estabelecidos. “O objetivo da reunião que tivemos hoje na sede da ABC foi justamente delinear algumas dessas ações essenciais para definir a assinatura do projeto”, declarou.
Similaridades - O representante da DGRV no Brasil e responsável pelas atividades de cooperação com Moçambique, Mathias Knoch, destacou que os motivos pelos quais a OCB foi escolhida para atuar neste projeto foram, entre outros, a longa parceria entre as duas instituições (DGRV e OCB trabalham juntas desde 1996) e também as similaridades, culturais e de idioma, entre o Brasil e Moçambique. “O Brasil possui muitas características culturais oriundas dos países africanos. Além disso, é muito mais fácil deslocar um grupo de brasileiros para lá do que investir um tempo enorme para que uma equipe de alemães aprendesse o idioma”, relatou.
Representação - Segundo Knoch, o projeto de cooperação internacional em Moçambique prevê, entre os resultados iniciais, a estruturação de uma entidade de representação política e institucional do cooperativismo no país, a exemplo da OCB no Brasil além da constituição de uma cooperativa de crédito. “A ideia é que, em um ano ou dois, tenhamos uma organização do cooperativismo moçambicano estabelecida, atuando, e também uma primeira cooperativa de crédito, funcionando e atingindo a sustentabilidade”, detalhou.
Entrevista - Confira mais detalhes sobre a participação da OCB neste projeto na entrevista do assessor estratégico da instituição, Maurício Landi, integrante da comitiva que viaja à Moçambique nas próximas semanas. Clique aqui para ouvir. (Informe OCB)
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A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) trabalharão em conjunto para a formulação de políticas públicas voltadas ao crescimento do cooperativismo. O primeiro ramo a ser beneficiado é o mineral. A ideia partiu do ministro Carlos Lupi, durante audiência com o presidente da instituição, Márcio Lopes de Freitas, na tarde desta quarta-feira (21/09), na sede do órgão, em Brasília (DF).
Grupo - “A intenção é aprofundar as discussões sobre as necessidades do segmento em um grupo bem consolidado, que pode contar, inclusive, com a participação de outras instituições. Assim, trabalharemos na criação de políticas públicas setorizadas e regionalizadas, de acordo com as características do próprio cooperativismo. Podemos estabelecer um prazo de até 90 dias para verificar os resultados”, disse o ministro.
Efeitos multiplicadores - Para Freitas, a aliança com o ministério terá efeitos multiplicadores, com impactos diretos na economia brasileira, além de contribuir diretamente para um avanço social. “Como ponto de partida, percebemos a oportunidade de desenvolver comunidades locais com poucas alternativas. Esse processo seria feito com a constituição de cooperativas mineradoras. Estamos falando de uma atividade que ainda tem muito espaço para ser explorada”, ressaltou.
Números - Atualmente, 63 cooperativas ligadas ao sistema atuam nesse campo, reunindo cerca de 21 mil associados e 144 empregados. Nesse contexto, uma das metas da OCB é potencializar o cooperativismo como fonte de trabalho e renda e não simplesmente uma relação de emprego e salário. “A nossa filosofia vai muito além. O que nós queremos é despertar o empreendedorismo e promover a inclusão econômica e social de milhares de brasileiros”, comentou o presidente da entidade.
Presenças - Também estavam presentes na reunião o gerente de Mercados da OCB, Gregory Honczar, o presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Pará (OCB-PA), Ernandes Raiol, e o representante nacional do ramo mineral, Lélio Falcão.
Próximos passos - O secretário de Políticas Públicas de Emprego, Carlos Simi, será o responsável pela coordenação do projeto. A intenção é desenhar ações estratégicas para o cooperativismo, que ajudarão atingir a meta do Plano Nacional de Mineração 2030, do Ministério de Minas e Energia (MME), de incluir mais de 2,3 milhões de pessoas às atividades produtivas. (Informe OCB)
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A valorização do dólar em relação ao real, que ganhou força em setembro, até agora impediu a queda dos preços domésticos das principais commodities agrícolas exportadas pelo Brasil, que perderam sustentação nas bolsas internacionais nas últimas semanas em decorrência das turbulências financeiras em países desenvolvidos. Mais do que isso: os preços de exportação de produtos como soja, milho, café e açúcar estão até mais elevados do que no fim de agosto, quando as incertezas em relação à economia global tornaram-se ainda maiores, amplificaram as dúvidas sobre o futuro da demanda e abriram espaço para o fortalecimento da moeda americana no mercado externo.
Boa notícia - Para os produtores brasileiros que exportam e temiam que a crise no Hemisfério Norte provocasse uma baixa das cotações que reduzisse suas atuais margens de lucro elevadas, trata-se de uma boa notícia, que inclusive já acelerou as vendas antecipadas da colheita da safra que começou agora a ser plantada (2011/12). Do ponto de vista do combate à inflação, porém, ainda não há refresco à vista nesse fronte. Com a disparada de ontem, o dólar passou a acumular alta superior a 15% em relação ao real neste mês.
Soja - Produto com maior peso nas exportações agrícolas do Brasil, a soja fechou a quarta-feira (21/09) em queda de 1,3% na bolsa de Chicago, cotada a US$ 13,32 por bushel (medida equivalente a 27,2 quilos). Com mais esse recuo, os futuros de segunda posição de entrega do grão (normalmente os de maior liquidez) passaram a acumular baixa de 8,6% em setembro. Apesar disso, o preço da oleaginosa convertido em reais ficou 5,2% mais alto no período. "Os preços praticados no Brasil estão acima dos picos de agosto", diz Antonio Sartori, da corretora gaúcha Brasoja.
Comercialização - Atraídos pelos preços favoráveis, os agricultores aceleram a comercialização da próxima safra. De acordo com Sartori, os gaúchos já comprometeram aproximadamente 20% da produção que será entregue em maio de 2012, um resultado excepcional em um Estado onde as negociações antecipadas de soja são uma prática pouco comum. "Mais da metade desse volume foi comercializado nas últimas semanas. A alta do câmbio compensou até mesmo a queda dos prêmios pagos nos portos", observa. Segundo ele, há um ano nem 10% da safra do Estado havia sido negociada. Fenômeno semelhante é observado em Mato Grosso, onde a cultura das vendas antecipadas é arraigada. Glauber Silveira, presidente da Aprosoja, associação que representa os produtores do Estado, calcula que metade da safra 2011/12 do Estado já foi comercializada, ante pouco mais de 30% em igual período do ano passado. Mais de um terço desse volume foi negociado neste mês.
Milho - O milho é outra commodity cujos preços resistem a cair, mesmo com a colheita da safrinha no Paraná. Em setembro, os futuros do grão recuaram 8,9% em Chicago, mas acumulam alta de 4,8% no mês na conversão para a moeda brasileira. Nesta quarta, a commodity caiu 0,56% na bolsa americana, para US$ 6,99 por bushel (25,4 quilos), menor preço de fechamento desde 10 de agosto. Em compensação, o indicador Cepea/Esalq para o milho no mercado físico está no maior nível desde fevereiro, a R$ 31,65 por saca, alta de 3,94% no mês.
Preços domésticos - Historicamente, os preços domésticos do milho são pouco influenciados pelo comportamento do câmbio e do mercado externo, já que o Brasil sempre teve uma participação tímida no mercado internacional do grão. Mas o rápido aumento dos embarques nos últimos anos fez com que o cenário interno fosse cada vez mais influenciado pelo sobe-e-desde do preço oferecido aos exportadores. Sintoma dessa mudança, as vendas antecipadas de milho no Mato Grosso, que praticamente inexistiam até o ano passado, somavam 33% até o fim de agosto. Estima-se que, três semanas depois, estejam próximas de 50%. "É muito possível que, a essa altura, tenhamos vendido mais milho do que soja em Mato Grosso", afirma um trader.
Efeito - O efeito cambial também é sentido nos mercados de café e açúcar, que desde o início do mês acumulam queda de 11,5% e 10,3%, respectivamente, em Nova York. Em moeda local, o café acumula alta de 1,9% e o açúcar, 3,3%, no mesmo período. Gil Barabach, analista da consultoria Safras & Mercados, pondera que a alta do real é um dos fatores que ajudam a pressionar os preços das commodities agrícolas lá fora, devido à posição do Brasil no tabuleiro. "A alta do dólar estimula as exportações, e os preços internacionais se ajustam a esse aumento de oferta".
Inflação - No entanto, o ritmo da queda nos preços internacionais é insuficiente para fazer frente à erosão do câmbio, diz Fábio Silveira, da RC Consultores. Para ele, o resultado "inevitável" dessa equação será um aumento da inflação no Brasil. "O recuo dos preços internacionais ainda é muito tímido perto desse salto do dólar." (Valor Econômico)
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A forte subida do dólar nos últimos dias obrigou o Banco Central a ajustar a política cambial. O freio de arrumação veio nesta quarta-feira (21/09), com o anúncio de que não haverá rolagem do próximo vencimento de contratos de swap cambial reverso, em outubro. A liquidação desses contratos deixará quase US$ 2 bilhões no mercado. Assim, o BC, pelo menos por enquanto, retira-se como comprador não só do mercado à vista de dólar, mas também do mercado de derivativos cambiais.
Continuidade - Na avaliação de importantes fontes governamentais, mesmo sendo um movimento transitório, uma parte da desvalorização do real frente ao dólar - que nesta quarta chegou à cotação de R$ 1,865 - deverá permanecer, mudando a taxa de câmbio de patamar. Não se espera, portanto, o retorno ao padrão anterior (com a cotação na casa dos R$ 1,55). "O câmbio deve se acomodar em níveis menos valorizados do que antes do estresse internacional", disse um integrante do alto escalão da área econômica. "Deve ficar em torno de R$ 1,70, um pouco mais um pouco menos", previu.
Mudança de postura - A mudança de postura do BC no mercado à vista vinha se desenhando desde o início de setembro, com a queda do volume comprado nas intervenções. Até dia 16, foram apenas US$ 327 milhões, quantia inexpressiva diante da média mensal de US$ 5,94 bilhões dos primeiros oito meses do ano. Esta semana, o processo de acumulação de reservas cambiais foi interrompido de vez. Embora não anunciada, a interrupção ficou evidente pela ausência de leilões de compra de dólar. Na semana passada, ainda houve dois.
Contratos - Os contratos de swap cambial reverso a serem liquidados em outubro somam US$ 1,98 bilhão. Fazer a rolagem, seria o mesmo que demandar dólar no mercado futuro, pressionando a moeda. Isso porque, nesse tipo de operação, o BC assume posição comprada na moeda estrangeira, ganhando com a desvalorização do real. O mercado fica vendido.
Disparada - A disparada do dólar nesta quarta está relacionada com a preocupação de muitos agentes econômicos em desmontar posições vendidas em dólar. Nessas condições, um leilão de swap reverso em outubro careceria de demanda. O BC não informou o que fará nos vencimentos seguintes. Em novembro e dezembro, vencerão, respectivamente, US$ 910 milhões e US$ 150 milhões em contratos de swap cambial reverso, cujo estoque é de US$ 8,345 bilhões. Tudo dependerá "das condições de mercado, em particular do mercado futuro de câmbio", informou o BC.
Novo patamar - Na visão de um especialista do governo, os agentes econômicos estão preocupados em reduzir exposição vendida justamente por causa da percepção de que o dólar se acomodará num novo e mais alto patamar. Ainda considerada um refúgio seguro para investimentos, a moeda americana voltou a se valorizar em consequência da maior aversão a riscos provocada pelo cenário global de desaceleração econômica e de incertezas sobre a solvência de dívidas soberanas na zona do Euro.
Sobra - O dólar subiu apesar da sobra no mercado primário de câmbio (operações entre bancos e clientes). Nos primeiros 16 dias de setembro, a oferta da moeda superou a demanda em US$ 8,51 bilhões, segundo o BC, graças principalmente aos contratos vinculados ao comércio exterior. A taxa de câmbio, porém, não foi afetada por esse movimento, porque, no Brasil, é ditada pelo mercado futuro e não pelo mercado à vista. Além disso, a moeda estrangeira que sobrou das operações com clientes foi encarteirada pelos bancos, preocupados em reverter posição vendida também no ativo dólar, e não só em derivativos. No fim de agosto, a carteira de câmbio do sistema bancário estava vendida em US$ 6,257 bilhões. Na terça-feira (20/09), a posição já era comprada em US$ 1,7 bilhão.
Oscilação - Preocupados com as exportações brasileiras, alguns economistas importantes do governo consideram que o dólar pode oscilar ao redor de R$ 1,90 sem causar estragos à economia, sobretudo para a inflação. A desvalorização de 16,6% acumulada pelo real neste mês tem sido comemorada por eles. "Essa desvalorização abre ao exportador um ótimo canal para a internalização de divisas que estão fora do país, dando um refresco ao empresário que continua exportando mesmo com câmbio valorizado", disse uma fonte no governo.
Estabilização - Esse mesmo assessor avalia que em cerca de dez dias, no máximo, a situação deve se estabilizar, e o ingresso de dólares ao país pode voltar, aos poucos, ao ritmo verificado antes de setembro. As vantagens comparativas brasileiras, disse, continuam as mesmas - taxa de juros a 12% ao ano, num quadro de juros próximos a zero no mundo, e crescimento econômico num cenário de recessão global. (Valor Econômico)
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A proposta brasileira à Organização Mundial do Comércio (OMC), de permitir aumentos nas tarifas de importações de bens industrializados, para compensar eventuais desvalorizações das moedas nos Estados Unidos e na Europa, será tema da reunião de presidentes dos quatro países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), em dezembro, em Montevidéu. Outro tema, tratará da lista de exceções, para o comércio no âmbito do Mercosul, informou ontem o Ministério da Indústria da Argentina.
Salvaguarda cambial - A ministra Débora Giorgi disse na terça-feira (20/09) que a Argentina "acompanhará a proposta do Brasil de aumentar a TEC [Tarifa Externa Comum] em uma série de posições alfandegárias para produtos cuja importação extra zona possa prejudicar o setor industrial". Ela acrescentou que é preciso buscar uma "uma salvaguarda cambial que permita preservar o mercado regional da entrada de capitais especulativos, promovidos pelas flutuações das moedas dos principais países desenvolvidos".
Crise internacional - O secretário de Indústria, Eduardo Bianchi, disse que o governo argentino vem manifestando, há tempos, sua preocupação com o impacto da crise internacional na indústria local: sem ter para quem vender seus produtos, países industrializados podem exportar seus excedentes a preços abaixo do custo de produção. Segundo Bianchi, a Argentina chegou a propor um mecanismo de proteção, mas na época não recebeu o apoio do Brasil. Agora, disse o secretário, a crise internacional provocou "uma mudança de percepção" nas autoridades do Brasil.
Tarifa - "No marco da crise internacional tínhamos a intenção de elevar a tarifa externa comum para os casos de excessos de alguns produtos importados. Na época, levamos essa proposta ao Mercosul, mas o Brasil não quis. Agora, porém, Dilma Rousseff está disposta a conversar sobre o tema. A ideia e aumentar as tarifas alfandegárias de forma transitória", disse Bianchi.
Detalhes - Na próxima cúpula do Mercosul serão discutidos os detalhes da proposta brasileira. Qualquer mudança da TEC requer a aprovação de todos os países do bloco. Segundo o secretário, na prática o que se busca é poder adotar uma tarifa superior ao teto de 35% permitido pela Organização Mundial do Comercio (OMC), em casos em que uma desvalorização do dólar ou do euro leve a entrada de excedentes comerciais de países industrializados no Mercosul.
Lista de produtos - Outro tema de interesse da Argentina é a ampliação da lista de produtos, provenientes de países fora do Mercosul, que têm exceções alfandegárias. O governo argentino quer aumentá-la de 100 a 300 produtos industrializados. Um exemplo, são os bens de capital, que têm uma TEC de 35% e que a Argentina gostaria de poder importar com tarifa zero. Bianchi também falou sobre a preocupação dos empresários argentinos com a desvalorização do real, que este mês chegou a 12% em relação ao dólar. Ele disse que o governo está analisando diferentes medidas e não descartou a aplicação de novas licenças não automáticas que protejam o setor. (Agência Brasil / Valor Econômico)
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Mesmo que novos casos de aftosa não sejam identificados no Paraguai – onde foram confirmados 13 animais doentes segunda-feira (19/09) e 820 bovinos devem ser abatidos nesta semana –, o mercado regional tende a sofrer alterações por pelo menos três meses. Esse é o período de suspensão das exportações pelo governo paraguaio, e não há prazo para retomada das importações pelo Brasil. O risco sanitário, no entanto, vai além disso, o que tende a prolongar a vigilância reforçada.
Vírus - Um animal vacinado pode carregar o vírus por um ano sem manifestar sintomas, informa o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Isso significa que, se algum bovino imune escapar do abate em massa, o controle preventivo será fundamental para bloquear a doença no Brasil. Ovinos carregam o vírus por seis meses. Pessoas que percorrem as regiões infectadas devem permanecer longe de unidades pecuárias por pelo menos 48 horas, orientam os técnicos.
Sacrifício e descarte - O sacrifício e o descarte de 820 animais no Paraguai começariam nesta quarta-feira (22/09) mas foi adiado para esta quinta-feira (23/09), conforme a imprensa local. A Fazenda Santa Helena, que notificou as autoridades sanitárias, fica no distrito (estado) de San Pedro, em região de difícil acesso. Até esta quarta, não tinham sido providenciadas as valas para depósito das carcaças. O número de animais não é considerado grande. O Paraná teve de abater 6,5 mil animais depois de notificar suspeitas de aftosa ao Ministério da Agricultura em 2005.
Fronteiras - Apesar da suspensão das exportações, caminhões com carne bovina do Paraguai vêm tentando atravessar as fronteiras com Brasil, Chile e Argentina. Nesta quarta, o governo de Assunção tentava abrir passagem para 300 toneladas do alimento (12 caminhões) na fronteira chilena. O país alega que 220 caminhões carregam carne de animais abatidos antes do registro da doença.
Conselhos de Sanidade - A Federação da Agricultura do Paraná (Faep) divulgou nota dizendo que aposta não apenas na vigilância oficial, mas também na atuação dos Conselhos de Sanidade Agropecuária (CSA). Todos municípios próximos à fronteira com o Paraguai têm CSAs. O principal trabalho de técnicos e produtores que fazem parte desses conselhos, neste momento, é orientar os produtores sobre o trânsito de animais. Para Santa Catarina, as medidas tomadas pelo Paraná podem não ser suficientes para bloquear a doença. O estado, livre da aftosa sem vacinação, reforçou a vigilância nas divisas, por onde não passam animais vivos nem carne bovina in natura. (Gazeta do Povo)
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Os governos dos países desenvolvidos, fortemente endividados, estão sendo forçados a planos de austeridade. Mas algo não mudou até agora: a concessão de subsídios bilionários a seus produtores agrícolas. Mas a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) colocou ontem a pressão nessa frente, conclamando os países ricos a aproveitarem a situação atual, de orçamentos apertados e altos preços das commodities, para deflagrar reformas em suas políticas agrícolas nacionais.
Reforma - "Chegou o momento de reformar o apoio a agricultura", enfatizou a entidade. A ajuda do setor público aos agricultores nos países da OCDE caiu para 18% das receitas agrícolas totais em 2010, ante 22% em 2009. A queda aconteceu em razão dos preços elevados das commodities, que reduziram a necessidade de liberação de apoios oficiais aos produtores. Para a OCDE, a alta da demanda mundial de produtos agrícolas, o aumento dos preços, a volatilidade crescente dos mercados e as pressões cada vez mais fortes sobre os recursos levam ao questionamento do status quo e à revisão dos subsídios concedidos.
Apoio - O apoio aos produtores nos países ricos alcançou US$ 227 bilhões em 2010. A maior parte da ajuda falseia a produção e o comércio, e contribui muito pouco para melhorar produtividade e competitividade, assegurar a utilização sustentável dos recursos ou socorrer os agricultores que enfrentam riscos. Como o Valor antecipou em junho, China e Rússia já concedem subsídios que se aproximam do nível oferecido pelos países desenvolvidos, comparado ao valor da produção. O apoio dado por Pequim aumentou 40,1% em 2010 e totalizou US$ 147 bilhões. A tendência é que os chineses continuem aumentando os gastos na agricultura para ampliar sua capacidade de produção de grãos em 50 milhões de toneladas até 2020 e garantir 95% de autossuficiência no setor.
União Europeia - Na União Europeia, a ajuda representou 22% do valor da produção, somando US$ 101,3 bilhões. Nos Estados Unidos, baixou para 9%, ou US$ 25,5 bilhões. O Japão é um dos campeões mundiais com 49% de um total de US$ 52 bilhões. Os subsídios batem recorde na Noruega (60% do valor total da produção agrícola) e na Suíça (56%).
Emergentes - Já nos países emergentes, o volume é geralmente bem menor, mas com variações. Na Rússia, representou 22%, com US$ 15,5 bilhões, superando os países ricos. No Brasil, o volume de US$ 7,1 bilhões representou apenas 5% do valor total da produção.
Metodologia - A OCDE utiliza uma metodologia própria para medir a proteção ao setor agrícola. É a Estimativa de Apoio ao Produtor (PSE, ou Producer Support Estimate), um indicador do valor monetário bruto anual transferido por consumidores e contribuintes como apoio aos agricultores. (Valor Econômico)
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Depois de quatro horas de debates, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (21/09), o projeto de reforma do Código Florestal (PLC 30/11). Foi acolhido o texto do relator, senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), que fez pequenas correções de inconstitucionalidades, deixando novos ajustes e o exame das 96 emendas apresentadas pelos senadores para as demais comissões que analisarão a matéria.
Compromisso - Ao defender seu voto, Luiz Henrique reafirmou compromisso de analisar as emendas em novo relatório que apresentará nas comissões de Ciência e Tecnologia (CCT) e de Agricultura (CRA), onde também é relator da proposta. Ele anunciou ainda disposição de construir um voto em conjunto com o relator do texto na Comissão de Meio Ambiente (CMA), senador Jorge Viana (PT-AC).
Votação em separado - Na discussão do projeto, diversos senadores elogiaram as alterações feitas por Luiz Henrique, mas apontaram aspectos que seriam contrários à Constituição e permanecem no texto. Visando alterar esses aspectos, foram apresentados dez destaques para votação em separado de emendas que corrigem as inconstitucionalidades.
Rejeição - No entanto, o exame dos destaques foi rejeitado por 14 a 8, o que permitiu a aprovação do relatório de Luiz Henrique, com o entendimento de que a correção de inconstitucionalidades poderá ser feita nas outras comissões ou mesmo com o reenvio do texto à CCJ, caso haja necessidade.
Voto em separado - Antes da votação, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) apresentou voto em separado pela rejeição do projeto, que não chegou a ser votado, face à aprovação do texto do relator.
Próximos passos - O projeto segue agora para a CCT, onde poderá ser alterado no mérito. Uma das mudanças deve ser a inclusão de regras para remunerar agricultores que mantiverem florestas em suas propriedades, como pagamento por serviço ambiental. A proposta é defendida pelo presidente da CCT, Eduardo Braga (PMDB-AM), e consta de emendas apresentadas ao projeto.
Acompanhamento – O engenheiro agrônomo e assessor da área de meio ambiente da Ocepar, Sílvio Krinski, acompanhou a votação na CCJ. (Com informações da Agência Senado)
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O vídeo/documentário do Sistema Ocepar, que apresenta as propostas da organização para o aperfeiçoamento da legislação ambiental, será exibido nesta quarta-feira (21/09), às 17h45, para todo o Brasil, pelo programa Record News Rural.
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Agricultores do Paraná estão autorizados a iniciar o plantio da soja a partir desta quarta-feira (21/09), de acordo com o novo zoneamento agrícola de risco climático aprovado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Portaria nº 275, de 28 de julho de 2011. O período de semeadura no Estado, que em safras anteriores era permitido a partir do dia 1º de outubro, foi antecipado em dez dias, atendendo à solicitação das entidades representativas do setor produtivo, entre elas, a Ocepar.
Expectativa - A expectativa é de que a oleagionosa ocupe no Paraná cerca de 4,4 milhões de hectares na safra 2011/12. “Deverá ocorrer uma pequena redução no cultivo do grão em relação ao ciclo passado devido ao aumento da área com milho. Mas a largada da safra de soja está ocorrendo de forma bastante positiva, com as chuvas vindo um pouco antes do que o previsto. Dessa forma, os produtores terão apenas que aguardar o momento mais oportuno para implantar as lavouras. Estamos percebendo que eles estão bem motivados, especialmente por causa dos bons preços”, afirma o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti. Ele lembra ainda que é importante respeitar o período estabelecido no zoneamento agrícola para garantir a cobertura do seguro em caso de perdas por intempéries climáticas, por exemplo.