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INFRAESTRUTURA II: Governo anuncia início das obras de recuperação das PRs 423 e 092

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O governador Beto Richa assina nesta segunda-feira (11/07) as ordens de serviço para o início da restauração de dois importantes trechos de rodovias estaduais na região metropolitana de Curitiba, entre Araucária e Campo Largo, e no Norte Pioneiro, entre Jaguariaíva e Wenceslau Braz. O investimento total nas duas obras será de R$ 28,4 milhões. Os documentos serão assinados às 14h30, em cerimônia no Auditório Mário Lobo, no Palácio das Araucárias, quando também serão anunciados novos investimentos da Sanepar.

PR 423 - A primeira ordem de serviço beneficia a PR-423, no trecho localizado entre o entroncamento da BR-476, em Araucária, e o município de Campo Largo. Serão executados serviços de recuperação no pavimento asfáltico e melhorias nas condições de acesso à Colônia Ipiranga, no entroncamento com a BR-277.

Recursos - O diretor geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Amauri Medeiros Cavalcanti, informa que a provisão de recursos para viabilizar a obra na PR-423 é de R$ 11.490.335,68, os quais serão destinados à restauração do asfalto numa extensão de 17,5 quilômetros. A empresa contratada, vencedora da concorrência 001/2010, foi a Tucumann Engenharia e Empreendimentos.

PR 092 - A segunda ordem de serviço corresponde à restauração da pista num trecho de 19,4 quilômetros da PR-092, entre Jaguariaíva e Wenceslau Braz, no Norte Pioneiro, que vai atender e melhorar o tráfego de veículos no trecho Calógeras-Wenceslau Braz. O investimento necessário para a restauração da rodovia estadual, na região Norte do Estado, é de R$ 16.976.594,74. A empresa contratada, vencedora da licitação 005/2010, é a Compasa do Brasil.(AEN)

ECONOMIA I: Analistas do mercado financeiro elevam projeção para inflação oficial e Selic

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Depois de nove semanas seguidas de expectativa de inflação em queda, a projeção de analistas do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano, subiu de 6,15% para 6,31%. A informação consta do boletim Focus, publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC), com base em estimativas de analistas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia. Para 2012, também houve alta na estimativa, de 5,10% para 5,20%. As projeções ficaram ainda mais distantes do centro da meta de inflação para este e o próximo ano de 4,5%, mas ainda dentro do limite superior de 6,5%.

IBGE - Na última quinta-feira (0/077), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA fechou o primeiro semestre deste ano em 3,87%, a maior taxa para o período desde 2003 (6,64%). A inflação em 12 meses encerrados em junho chegou a 6,71%, a maior desde julho de 2005, que havia apresentado uma taxa anualizada de 7,27%.

Copom - Com o aumento da expectativa da inflação, os analistas também elevaram a projeção para a taxa básica de juros, a Selic. Na avaliação dos analistas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC deve elevar a taxa básica da economia em 0,25 ponto percentual na reunião marcada para este mês.

Projeção - Ao final deste ano, a projeção é que a Selic esteja em 12,75% ao ano. A projeção anterior para o final de 2011 era 12,50% ao ano. Atualmente, a taxa está em 12,25% ao ano, após elevações de 0,50 ponto percentual em janeiro e em março e de 0,25 ponto percentual em abril e em junho. Para o final de 2012, foi mantida a projeção de 12,50% ao ano. O Copom eleva a Selic quando considera que a economia está muito aquecida, com trajetória de inflação em alta.

Outros índices - A pesquisa semanal do BC também traz projeções para outros índices de inflação. A expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), passou de 5,77% para 5,57%, neste ano, e de 4,79% para 4,80%, em 2012. A estimativa para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), neste ano, caiu de 5,91% para 5,76%. No caso do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), neste ano, a estimativa também caiu, de 6,01% para 5,94%. Para 2012, a projeção para esses dois índices continua em 5%.

Preços administrados - A estimativa dos analistas para os preços administrados subiu de 5,10% para 5,20%, em 2011, e permaneceu em 4,50%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo. (Agência Brasil)

ECONOMIA II: Mercado mantém estimativa de crescimento em 2011 e 2012

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Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) mantiveram as projeções de crescimento da economia. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços finais produzidos pela economia, permanece em 3,94%, neste ano, e em 4,10%, em 2012. A expectativa para o crescimento da produção industrial, passou de 3,34% para 3,28%, neste ano, e de 4,50% para 4,38%, em 2012. A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi mantida em 39,26%, neste ano, e em 38%, em 2012.

Dólar e superávit - A expectativa para a cotação do dólar ao final de 2011 continua em R$ 1,60, neste ano, e foi ajustada de R$ 1,69 para R$ 1,68, em 2012. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi alterada de US$ 20 bilhões para US$ 20,06 bilhões, neste ano, e de US$ 10,10 bilhões para US$ 10 bilhões, em 2012.

Transações correntes - Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa passou de US$ 59,75 bilhões para US$ 60 bilhões, em 2011, e permanece em US$ 70 bilhões, no próximo ano.

Investimentos estrangeiros - A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi ajustada de US$ 52 bilhões para US$ 52,20 bilhões, neste ano, e de US$ 45 bilhões para US$ 47,50 bilhões, em 2012. (Agência Brasil)

C.VALE I: Balanço de desempenho é apresentado a associados

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SAFRA 2011/12 I: Mais cooperativas terão acesso aos recursos da agricultura familiar

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As cooperativas de agricultores familiares terão maior acesso aos recursos para a safra 2011/2012, e esses valores poderão ser acessados por um número maior de associados. Isto porque propostas apresentadas pelo sistema cooperativista ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) foram contempladas no novo Plano Safra da Agricultura Familiar.

Pronaf Cotas Partes - O destaque está na Linha de Crédito para Cotas-Partes de Agricultores familiares Cooperativados (Pronaf-Cotas-Partes). Houve flexibilização do enquadramento, ou seja, mais cooperativas serão beneficiadas, especificamente as que têm patrimônio líquido mínimo entre R$ 25 mil e R$ 100 milhões. Antes era de R$ 50 mil a R$ 70 milhões.

Limite individual - Além disso, ainda no Pronaf-Cotas-Partes, o limite individual por beneficiário passou de R$ 5 mil para R$ 10 mil e, para contratação da cooperativa, de R$ 5 milhões para R$ 10 milhões. E mais, no caso de financiamentos destinados a saneamento financeiro, elevou-se para R$ 20 milhões a limitação por cooperativa.

No que diz respeito à Linha de Crédito de Investimento para Agregação de Renda à Atividade Rural (Pronaf Agroindústria), outros avanços merecem destaque. Os limites individuais dos cooperados também cresceram, saindo de R$ 20 mil para R$ 30 mil. Houve ainda ampliação do prazo de reembolso de oito para dez anos.

A redução das taxas de juros do Plano Safra 2011/2012, de 4% para 2% ao ano, e o aumento para R$ 130 mil dos financiamentos de investimento também estão entre as principais alterações. O total de recursos foi mantido, fechando em R$ 16 bilhões.

Outros programas sofreram ajustes: Pronaf Mais Alimentos, Pronaf Floresta, Pronaf Agroecologia, Pronaf Eco, Microcrédito Produtivo Rural e Pronaf Semiárido e Jovem.

Segundo Paulo César Dias, analista de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a meta é intensificar os trabalhos para que nos próximos anos mais propostas relevantes para o setor sejam incorporadas ao plano.

Plano Safra - Seu objetivo é gerar condições especiais de financiamentos, ampliando a capacidade de investimento e fortalecendo a agricultura familiar. O Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012 foi anunciado no último dia 1º de julho.  (Informe OCB)

SAFRA 2011/12 II: BB reabilita 40 mil produtores para a obtenção de crédito rural

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O Banco do Brasil decidiu reabilitar 40 mil produtores até agora impedidos de contratar novos empréstimos de crédito rural em razão de haver renegociado dívidas antigas em programas de investimento.

Ao anunciar a destinação de R$ 45,7 bilhões ao setor na nova safra (2011/2012), o vice-presidente de Agronegócios do BB, Osmar Dias, informou ontem que a medida não seguiu nenhuma resolução oficial ou orientação do governo, mas foi uma decisão interna do banco. "Esses 40 mil não podiam contratar por ter renegociado investimentos. Tiramos esse impedimento e isso é uma forma de desburocratização", afirmou.

A barreira foi imposta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) à época da última grande repactuação dos débitos. Mas os pagamentos antecipados de boa parte dessas dívidas, cujo volume aumentou de forma significativa nos últimos meses, deu segurança ao BB para ousar.

A decisão do banco cria um "potencial" de R$ 3 bilhões de negócios com esse grupo de produtores, informou o diretor de Agronegócios do BB, Ives Fülber. "Antes de decidir isso, fizemos avaliações das condições financeiras de cada um. Isso não implica em riscos. Haverá garantia real e limites de crédito em cada operação dessa", afirmou.

A medida ajudará o banco a ampliar sua carteira de crédito rural, cuja fatia nesse mercado somou 61,2% no primeiro trimestre deste ano. O volume de empréstimos rurais do banco chegou a R$ 78,3 bilhões. Desse total, 92,2% estavam classificados entre os níveis de risco "AA" e "C", considerados os mais seguros pelo mercado financeiro.

A nova safra terá um novo desenho para o BB. Alguns segmentos do setor rural foram escolhidos para reforçar a oferta de crédito, hoje abundante nos depósitos à vista e na poupança rural. O banco elegeu como foco a agricultura familiar, os médios produtores, as ações de redução das emissões de gases do efeitos estufa e as cooperativas agropecuárias.

O BB terá como uma de suas prioridades as ações de ampliação do atendimento aos produtores. E o Banco Postal, uma parceria com os Correios, ajudará na estratégia. O BB ampliará a oferta de seus serviços a 2.076 municípios onde atualmente não mantém uma agência bancária.

"Vamos dar força ao microcrédito, aos pequenos empreendedores e aos agricultores familiares dessas regiões mais distantes dos grandes centros", relatou Osmar Dias. Assim, o BB antecipará sua meta de chegar a todos 5.565 municípios brasileiros. "Isso estava previsto para janeiro de 2015. Agora, faremos em 2012", disse. Hoje, 880 agências do banco respondem po 80% de todo o crédito rural.

O BB também decidiu entrar firme para ajudar o governo a cumprir sua meta de redução das emissões de gases do efeito estufa. Até 2020, o país se comprometeu a reduzir entre 36% e 38% essas emissões. Para isso, o BB destinará R$ 850 milhões para financiar atividades do chamado "baixo carbono". O primeiro contrato foi assinado ontem com uma produtora de Ipameri (GO).

Em uma área de 900 hectares, o BB emprestou R$ 708 mil para recuperação de pastagens e da mata ciliar, além da plantação de eucalipto e adequação para o sistema de integração lavoura-pecuária-florestas. Esse valor é mais do que todo o volume emprestado pela linha Agricultura de Baixo Carbono (ABC) na safra 2010/2011. "O banco não operou antes porque precisávamos fazer adequações aos problemas estruturais", explicou Osmar Dias. Os recursos serão da fonte "poupança rural", cujas taxas de juros são subsidiadas pelo Tesouro Nacional. (Valor Econômico)

EXPOTÉCNICA: Iapar mostra equipamentos para pequena propriedade

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Nesta quinta-feira (7) e sexta-feira (8) acontece em Sabáudia a 18ª Expotécnica e, mais uma vez, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) participa com um grande leque de tecnologias adequadas ao perfil da agricultura praticada na região, com destaque para a unidade de máquinas e equipamentos apropriados ao plantio direto em pequenas propriedades, adequados tanto para produtores que somente dispõem de tração animal quanto para aqueles que utilizam tração mecânica (trator) de baixa potência.

Ainda neste tema, serão apresentadas recomendações para reduzir o problema da compactação do solo em virtude de operações que envolvem o tráfego de máquinas no terreno.

Variedades - O Iapar também apresenta uma vitrine de variedades de café, onde os produtores poderão conhecer os avanços obtidos na área de melhoramento genético. São materiais desenvolvidos para um modelo de cafeicultura que busca aumentar a produtividade; melhorar a qualidade da bebida; promover a diversificação das atividades na propriedade; reduzir custos de produção, insumos e energia; aumentar a eficiência da mão-de-obra e infraestrutura disponível e, ainda, preservar o meio ambiente. Os pesquisadores também apostam na repercussão da unidade de variedades de mandioca, onde está prevista a distribuição de material propagativo aos produtores interessados.

Meteorologia - No estande do Iapar, um pesquisador estará à disposição dos produtores para discutir em detalhes as implicações das condições climáticas sobre as práticas agrícolas, especialmente no que diz respeito ao zoneamento de plantio. Com uma estação meteorológica montada especialmente para o evento, será possível conferir em tempo real informações sobre temperatura, umidade, velocidade do vento e condições gerais do tempo.

A 18ª Expotécnica é realizada no Sítio São José, de Cláudio Vicente D`Agostini, localizado no km 21 da rodovia que liga Arapongas a Astorga. Sua realização é fruto de parceria entre a Seab (e suas vinculadas Emater e Iapar), Embrapa, Prefeitura Municipal de Sabáudia, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Itaipu Binacional e Cocamar. Conta ainda com o apoio de cooperativas, empresas e entidades ligadas à agropecuária.

 

Serviço:

18a Expotécnica, em Sabáudia

Hora: 8h às 16h

Data: 7 e 8 de julho

Local: Sítio São José, do produtor Cláudio Vicente D¿Agostini, localizado no km 21 da rodovia que liga Arapongas a Astorga

RAMO SAÚDE: Uniodonto Curitiba lança novo vídeo institucional

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A Uniodonto Curitiba, maior cooperativa odontológica do Paraná e parte integrante do Sistema Uniodonto, com 129 singulares em todo o Brasil, lança um novo vídeo institucional. Com cerca de três minutos e meio de duração, o vídeo mostra de forma prévia as modernas estruturas administrativas e de serviços da cooperativa, que em 2011 completa 27 anos no Paraná. O novo vídeo enfatiza ainda os serviços de qualidade ofertados por colaboradores comprometidos e por seus mais de 850 cirurgiões-dentistas cooperados, que sempre estão em busca do bem-estar dos beneficiários. Além da infraestrutura da cooperativa, o vídeo mostra a Uniodonto Curitiba em atuação em outras áreas, como incentivando o esporte e apoiando iniciativas ligadas à responsabilidade social.

Diferenciais - Segundo o coordenador de Marketing da Uniodonto Curitiba, Michael Kubiski, o vídeo foi criado como ferramenta de comunicação para que empresas e clientes conheçam mais sobre a cooperativa. "Quem assistir ao vídeo verá os diferenciais que a Uniodonto Curitiba oferece e, quem sabe, possa se tornar nosso beneficiário e desfrutar dos benefícios oferecidos", explica.

 

Link - Assista ao vídeo institucional e saiba a força que tem um sorriso, acessando o link http://www.youtube.com/watch?v=8vfvP8meeh0. (Imprensa Uniodonto Curitiba)

BALANÇO: Geadas causam quebra de 35% na safra de milho e de 9% na de trigo

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As fortes quedas de temperatura que provocaram geadas no Paraná entre os dias 27 e 28 de junho atingiram as lavouras de milho, da segunda safra, e trigo, principalmente nas regiões Oeste e Norte do Estado, onde se concentram essas culturas nesta época do ano. Conforme levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) divulgado nesta quarta-feira (06/07) a produção de milho da segunda safra teve uma quebra de 35% e as lavouras de trigo perderam 9% da produção esperada para 2011.

Outros - Além da produção de grãos, as geadas atingiram as pastagens, café, hortaliças, frutas e manivas (mudas) de mandioca. De acordo com o Deral, com exceção das hortaliças as demais são culturas cujo dimensionamento de prejuízos é mais demorado, porque os efeitos das geadas costumam se manifestar na safra do ano seguinte. O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, lamentou os prejuízos aos produtores e disse que a quebra na produção de grãos terá impacto negativo sobre a cadeia produtiva de alimentos, principalmente carnes e leite, que têm o milho como insumo básico. "É uma pena essa perda provocada pelo clima nesta safra 2010/11, que vinha apresentando excelente desempenho, com produtividade e preços em elevação, e disseminando otimismo entre os produtores", afirmou.

Prejuízos - Com as geadas, a expectativa inicial do Deral para a produção de milho da segunda safra, que era de 8,12 milhões de toneladas no Estado, foi reduzida para 5,31 milhões de toneladas - uma queda de 34,6%, com perda de 2,81 milhões de toneladas do grão. Os prejuízos aos produtores estão estimados em R$ 1,11 bilhão, informou o economista Marcelo Garrido.

Milho safrinha - As lavouras de milho da segunda safra já haviam sofrido um impacto inicial com a estiagem que ocorreu no Paraná entre o fim de abril e o início de junho. Com as geadas, foi atingida uma área avaliada em 1,73 milhão de hectares que estava em fase suscetível, o que corresponde a cerca de 70% das lavouras instaladas no Estado. O último prejuízo com milho da segunda safra em decorrência de geadas aconteceu na safra 2007/08, quando houve quebra de produção 15,1% das lavouras e perda de 1,02 milhão de toneladas de grãos.

Trigo - Nas lavouras de trigo, a expectativa inicial de colher 2,86 milhões de toneladas no Paraná foi reduzida para 2,61 milhões de toneladas, uma queda de 8,7% e perda de 250 mil toneladas de grão. Para os produtores, os prejuízos estão avaliados em R$ 111 milhões.

Importação - Segundo Ortigara, com a queda na produção de trigo no Paraná, maior Estado produtor do grão, acentua-se a dependência do Brasil Da importação deste item, o que pode gerar evasão de divisas para comprar o produto no mercado internacional para suprir o consumo no mercado interno.

No caso do trigo, cerca de 40% das lavouras encontravam-se em fase de floração e frutificação quando aconteceram as geadas da semana passada e 57% da produção paranaense se concentram nas regiões Oeste e Norte, onde as geadas foram mais severas. Ao contrário do milho, essas perdas podem ser minimizadas porque ainda há trigo sendo plantado em outras regiões do Estado e parte da redução pode ser compensada pelo aumento da produtividade nas lavouras novas.

Pastagens - O prejuízo às pastagens está provocando um efeito dúbio. De um lado a produção leiteira tem uma queda imediata avaliada entre 20% a 30%. Por outro lado, caem os preços da carne momentaneamente porque os pecuaristas aceleram a desova de bois para os frigoríficos antes que o gado perca peso nas propriedades. Com isso, aumenta a oferta imediata de animais para abate. Porém em pouco tempo está prevista uma escassez de carne em virtude da falta de bois para abate no curto e médio prazo, informou o médico veterinário Fabio Mezzadri, técnico do Deral.

Hortaliças e frutas - Nas hortaliças, as geadas prejudicaram basicamente as folhosas. Outras culturas - como brócolis, couve-flor, repolho e beterraba - são mais resistentes ao frio e também podem ser recuperadas em pouco tempo porque têm ciclo curto de produção. Em relação às frutas, o engenheiro agrônomo do Deral, Paulo Andrade, afirmou que as geadas atingiram a produção de frutas tropicais no Sudoeste do Estado e frutas como banana, maracujá e abacaxi em outras regiões. Mas essas perdas deverão ser evidenciadas só na próxima safra. Por outro lado, o clima se mantém favorável ao desenvolvimento de frutas de clima temperado, como as frutas de caroço e uva. (AEN)

18º EXPOTÉCNICA: Show de Inovação Tecnológica será nesta quinta e sexta

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O tradicional Show de Inovação Tecnológica, que acontece nesta quinta e sexta-feira (07 e 08/07), no norte do Estado, com programação repetida para um total esperado de 3,2 mil participantes, será aberto oficialmente às 14h30 de quinta-feira pelo governador Beto Richa, tendo em sua comitiva o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, e o presidente da Emater, Rubens Niederheitmann. Na programação das autoridades e lideranças, que começa na área da dinâmica de máquinas e equipamentos, está prevista a visita aos circuitos de oportunidades da mulher rural, da produção de grãos e da diversificação agrícola, em unidades didáticas expositivas da fruticultura, olericultura, produção animal, plantas medicinais, madeira, café, meio ambiente e nos stands das empresas de produtos e serviços destinados à agropecuária paranaense.

O maior - Reconhecido como o maior evento tecnológico nacional em uma propriedade rural, a de Claudio Vicente D`Agostini - Sítio São José, na Comunidade do Km 21, com entrada sinalizada na rodovia estadual entre Arapongas e Sabáudia, a Expotécnica é responsável por mudanças significativas na realidade produtiva da região, desde a sua criação. Concebida para contribuir no ajuste de máquinas e equipamentos de plantio direto, ela responde pela adoção de 100% desta tecnologia nas lavouras de grãos dos municípios circunvizinhos.   A 18ª Expotécnica é promoção do governo do Paraná, através da Seab, pelo Instituto Emater e tem na realização a participação da Prefeitura Municipal de Sabáudia, Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, Embrapa Soja e Floresta, Iapar, Itaipu Binacional e Cocamar. (Página Rural)

COMMODITIES: USDA rebate alta nas cotações

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A previsão de que os Estados Unidos terão menor área de soja e maior de milho esfriou as cotações nos últimos dias, inclusive no caso da oleaginosa, cujo estoque mostra-se além do esperado. A soja ocupa 30,43 milhões de hectares - 550 mil a menos do que a estimativa do trimestre passado - e o milho 37,35 milhões - 50 mil a mais -, mostra o relatório trimestral do Depar­tamento de Agricultura do país (USDA) divulgado na última semana. O mercado apostava que a área de milho fosse 600 mil hectares menor. No caso da soja, apesar da redução de área, os preços não subiram porque os estoques foram elevados a 16,8 milhões de toneladas em um relatório paralelo. O mercado previa 16,2 milhões de toneladas. No Paraná, as cotações sustentaram R$ 23,9 para o milho e R$ 39,8 para a soja (saca de 60 quilos) mesmo diante dos novos números.

(Gazeta do Povo)

MÍDIA: Revista A Granja publica entrevista com Koslovski

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O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, é o entrevistado da última edição da revista A Granja, publicada pela Editora Centaurus, de Porto Alegre (RS). Na seção intitulada "O segredo de quem faz", Koslovski apresenta dados gerais do cooperativismo paranaense e ressalta: "Hoje, temos dez cooperativas com movimentação econômica superior a R$ 1 bilhão cada, promovendo a interiorização dos negócios e dinamizando toda a economia das regiões onde atuam". Ele também fala sobre a forte participação  do cooperativismo no recebimento de produtos primários e no processo agroindustrial do Estado. Também destaca o crescimento das exportações das cooperativas paranaenses e o total de investimentos do setor, que tem somado R$ 1 bilhão por ano. Questões de mercado, qualificação e as perspectivas para a safra 2011/12 também foram abordadas por Koslovski na entrevista à revista A Granja.  Clique aqui e confira na íntegra a entrevista de João Paulo Koslovski

PLANEJAMENTO: Paraná busca apoio do BNDES para financiar novos programas

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O secretário do Planejamento e Coordenação Geral, Cassio Taniguchi, reuniu-se esta semana com técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para discutir a liberação de uma linha de financiamento ao Estado, no valor aproximado de R$ 173 milhões. Os recursos serão usados para dar suporte a uma série de programas que deverão ser enquadrados no novo Plano Plurianual 2012/2015.

Programas prioritários - "Dentro do cronograma de trabalho, o Paraná deverá selecionar e aprofundar os estudos em alguns dos programas prioritários nas áreas de segurança pública, gestão administrativa e justiça, e adaptá-los às regras da instituição, para que possam ter apoio por meio desta linha de crédito", informa o secretário Taniguchi. "Por isso o governo Beto Richa vem buscando estreitar o diálogo com o BNDES."

 

Presenças - Participaram do encontro o chefe do Departamento de Desenvolvimento Urbano e Regional do BNDES, Luiz Souto, e o economista Marcio Zeraik.

 

BNDES - O BNDES é uma empresa pública federal e atualmente é o principal instrumento de financiamento de longo prazo para investimentos em todos os segmentos da economia, em uma política que inclui as dimensões social, regional e ambiental. Desde a fundação, em 1952, o BNDES se destaca no apoio à agricultura, indústria, infraestrutura e comércio e serviços, oferecendo condições especiais para micro, pequenas e médias empresas. O banco também vem implementando linhas de investimentos sociais, direcionados para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. (AEN)

SAFRA 2011/12 III: Sicredi projeta liberar R$ 3,8 bilhões aos produtores

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A expectativa do Sicredi é de liberar R$ 3,8 bilhões para o Plano Safra 2011/2012, disponibilizando aos associados recursos para custeio, investimento e comercialização nas linhas de crédito disponíveis. Para os meses de julho e agosto, a previsão de liberação de recursos é de R$ 1,3 bilhão. Para a safra 2011/2012 entra em vigência uma série de alterações estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) nas normas dos financiamentos (de renda e limite de crédito) com recursos do crédito rural, relativos às modalidades de custeio, investimento e ligadas ao Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), ao Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) e também aos financiamentos concedidos pelo BNDES.

Recursos - Cerca de R$ 1 bilhão está reservado ao Pronamp, devido à alteração já anunciada pelo CMN, no critério de enquadramento desta linha, que passa dos atuais R$ 500 mil para R$ 700 mil, e o limite de financiamento, que passou de R$ 275 mil para R$ 400 mil. Já para o Pronaf  a expectativa de liberação de recursos é de R$ 850 milhões e R$ 1,95 bilhão destinados aos demais produtores. Serão atendidas demandas de crédito de mais de 150 mil associados.

Paraná - No Estado a expectativa é liberar aproximadamente R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 360 milhões ofertados nos meses de julho e agosto. Para o presidente da Central Sicredi PR e Sicredi Participações S.A, Manfred Alfonso Dasenbrock, a evolução dos números do Sicredi neste segmento, demonstra o desenvolvimento do setor agrícola, atualmente praticando bons preços e com demanda crescente por alimentos. "O Sistema, por meio das Cooperativas, tem se mostrado eficaz no atendimento do associado em relação ao Crédito Rural, na hora certa e no que diz respeito a recursos e orientações de aplicação", declara. Dasenbrock diz ainda que o volume de recursos no Pronaf é expressivo, pois são operações de menor escala, destinadas a produtores de agricultura familiar. (Imprensa Sicredi)

Expectativa de liberação no Paraná:                                               Previsão para liberação em julho e agosto:

Demais produtores 

R$ 600 milhões

 

Demais produtores 

R$  160 milhões

Pronamp

R$ 350 milhões

 

Pronamp

R$  110 milhões

Pronaf 

R$  260 milhões

 

Pronaf 

R$    90 milhões

 

 

 

 

 

Total 

R$ 1,2 bilhões

 

Total 

R$   360 milhões

INFRAESTRUTURA: Antaq promete harmonia de interesses e soluções concretas para a Appa

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O diretor Tiago Lima esteve no Porto de Paranaguá nesta quinta-feira (30/06) e foi recebido pelo secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, e pelo superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Airton Vidal Maron. O objetivo da visita foi conhecer de perto as demandas da Appa e buscar soluções para questões pendentes junto à Antaq. O diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Tiago Lima, visitou o Porto de Paranaguá nesta quinta-feira. Ele foi recebido pelo secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, e pelo superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Airton Vidal Maron. O titular da Unidade Administrativa da Antaq em Paranaguá, Rudnei de Lorenzi Cancellier, também participou da visita.

Importância estratégica - De acordo com Lima, o Porto de Paranaguá tem importância estratégica para o Brasil e visitá-lo faz parte do trabalho da Agência em procurar, através de ações regulatórias, solucionar questões pendentes, principalmente no que se refere a alguns arrendamentos. Para ele, o objetivo da Antaq é harmonizar interesses e buscar soluções concretas um vez que é de conhecimento da Agência que alguns arrendamentos precisam ser ajustados e através de uma ação regulatória o objetivo é harmonizar os interesses dos arrendatários do porto público.

Projetos - Além de participar de reuniões com toda a diretoria da Appa, Lima conheceu o cais do Porto de Paranaguá e foi informado sobre os detalhes dos projetos de expansão e modernização dos portos paranaenses. Para Richa Filho, a vinda do diretor da Antaq ao Porto de Paranaguá demonstra a significativa melhora do relacionamento do Porto com os órgãos federais. "Muitos avanços que conseguimos até agora foram fruto do bom relacionamento que procuramos manter. Vindo até Paranaguá e conhecendo de perto nossas necessidades, fica bem mais fácil de analisar as questões que chegam para eles em Brasília", disse o secretário.

Deferência - De acordo com Maron, a vinda de Lima a Paranaguá foi uma deferência. "Ele veio conhecer de perto nossas dificuldades e potencialidades e veio receber a nossa lista de necessidades, que já entregamos à Secretaria Especial de Portos. Agora, buscamos apoio da Antaq para a realização destes projetos, uma vez que ela é a agência reguladora do sistema portuário nacional", disse o superintendente. (AEN)

ECONOMIA: Governo define meta de inflação em 4,5% em 2013

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O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu em 4,5 por cento a meta de inflação para 2013, pelo nono ano consecutivo. O intervalo de tolerância será novamente de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, a decisão desta quinta-feira vai garantir o controle inflacionário e dar flexibilidade à política monetária "compatível com o Produto e com o cenário internacional de incertezas".

Decisão - A decisão adia a possibilidade, já defendida pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de o país reduzir o alvo para um patamar mais próximo ao dos demais países emergentes. Apesar de praticar juros que estão entre os mais elevados do mundo, o país ainda trabalha com metas de inflação elevadas --quando considerado o intervalo de tolerância, o teto chega ao desconfortável nível de 6,5 por cento. "A determinação do governo é em duas direções: manter a inflação controlada, preferencialmente dentro do centro da banda, e a outra é enveredar esforços para menores metas no futuro", acrescentou Holland. "Mas o ambiente internacional obviamente não é adequado."

IPCA - A previsão no mercado financeiro é de que neste ano a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 6,16 por cento, segundo o último relatório Focus. (Reuters / RPC)

COAMO I: Iniciada formação da 15ª turma de Jovens Líderes

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A Coamo investe na formação e na educação cooperativista dos seus cooperados. E acredita que o sucesso do cooperativismo passa necessariamente pela capacitação dos jovens produtores que associados à cooperativa estão ajudando e também administrando as atividades de suas famílias na agricultura e pecuária.

Liderança - No mês de maio foi iniciada a 15ª turma do Programa Coamo de Jovens Líderes Cooperativistas com a participação de 45 cooperados na faixa etária de 18 a 35 anos, representando várias regiões da área de ação da cooperativa. O programa é realizado em cinco módulos. O primeiro deles aconteceu em maio e buscou a identificação do cooperado para a sua condição dentro da sociedade, na propriedade e na família, e traçou estratégias e metas para o futuro.

 

Planejamento e administração - O segundo, que aconteceu em junho tratou de um tema relevante: planejamento e administração rural. O terceiro programado para o mês de julho enfocará terá como assunto a gestão estratégica de negócios para a cooperativa e a análise e interpretação de balanço como instrumento para a tomada de decisão. A questão da liderança, em busca de um futuro promissor será tema do quarto módulo previsto para o mês de agosto. Dentro do programa, os jovens conhecem o funcionamento da cooperativa através do painel "Visão Global da Coamo", com apresentações dos trabalhos desenvolvidos pelas superintendências Administrativa, Operacional, Técnica, Industrial e Comercial em prol do desenvolvimento do quadro social.

 

Novos empreendedores - Para o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, o Programa de Jovens Cooperativistas é um trabalho que vem dando certo, aumentando os conhecimentos e a formação de uma nova geração de empreendedores rurais. "Este programa de formação de jovens líderes já formou mais de 600 cooperados. A Coamo realiza o trabalho de educação cooperativista dos seus cooperados acreditando que a capacitação é um dos segredos do sucesso do cooperativismo. E que os jovens produtores são os responsáveis pela implantação de um novo modelo de administração rural, muito mais profissional", explica o presidente da Coamo, idealizador do programa em 1998 que recebeu destaque a nível nacional como o melhor programa de Educação Cooperativista do Brasil. (Imprensa Coamo)

MILHO I: Sequência de geadas quebra safra do grão

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Plantações de milho ainda verdes foram congeladas pela sequência de geadas registrada nesta semana no Paraná. O estado responde por 30% das 21 milhões de toneladas que o país pretendia colher neste ciclo e tende a perder um terço de sua produção. O prejuízo começa a ser dimensionado e tende a encarecer o produto, que já esta saindo dos armazéns 67% mais caro do que um ano atrás (R$ 23,6 a saca de 60 quilos).

Região produtora - A geada pegou toda a região produtora do estado. Cerca de 70% do terreno estavam suscetíveis a perdas climáticas. Toledo, Cascavel e Campo Mourão (Oeste) foram alguns dos municípios mais castigados. Responsáveis por mais da metade da produção paranaense de milho, as regiões Oeste e Norte devem registrar as maiores perdas. "Na média, 25% foram perdidos", diz Mário Balk, gerente comercial da Lar Cooperativa, de Medianeira, referindo-se a lavouras do Oeste. Na madrugada de terça-feira (28/07), os termômetros marcaram 3º C negativos no município.

 

Peso e qualidade - O frio intenso impede que as plantas transfiram energia das folhas para os grãos, resultando em perda de peso e qualidade. Quando a parte verde fica seca, também deixa de absorver luz solar, explicam os técnicos. Em Palotina (também Oeste), a quebra pode chegar a 50%, conforme Paulo Carvalho, da Cooperativa C.Vale.

 

Chuvas - Depois de apanharem do frio intenso, as lavouras de milho do estado começaram a receber chuvas leves ontem. A combinação, segundo especialistas, pode agravar o problema. "A pior coisa que existe para uma planta é chuva após geada", afirma Marco Antonio dos Santos, agrônomo do Instituto Somar, de São Paulo. As chuvas tendem a continuar caindo sobre o Paraná até sábado e, em seguida, deve ocorrer geada novamente em todo o Sul do país.

 

Quebra - A última grande quebra de safra de milho ocorrida por geada aconteceu em 2000 no Paraná. Na época, o estado perdeu 60% da produção de milho de inverno depois de sofrer uma sequencia de 13 ocorrências registradas pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).

 

Julho - A agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura (Seab) Margorete Demarchi lembra que, nos anos de perda expressiva, as geadas ocorreram em julho "e nunca vieram sozinhas". A última projeção indica colheita de 7,4 milhões de toneladas de milho no Paraná. (Caminhos do Campo /Gazeta do Povo)

PLANO SAFRA: Plateia de 4 mil produtores espera Dilma no Sudoeste

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Francisco Beltrão está reunindo 4 mil produtores para receber, nesta sexta-feira (01/07), a presidente Dilma Rousseff, que vem ao Paraná para lançar o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) da agricultura familiar. A plateia vai se concentrar no ginásio de esportes Arrudão, onde uma tenda vem sendo instalada devido à previsão de chuva.

Primeira vez - Será a primeira vez que um ocupante do cargo de presidente da República visita o município, e também a primeira vez que Dilma vem ao Paraná depois de assumir o mandato. Segundo as lideranças locais, o mais próximo que um presidente chegou de Beltrão foi a Pato Branco (que fica a 57 quilômetros), ainda em 1962 (época de João Goulart).

 

Caravanas - Para assistir ao anúncio do PAP, os agricultores da região se integram a caravanas, com apoio dos sindicatos rurais. Os organizadores esperam ônibus do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Telões estão sendo instalados para que todos possam assistir ao discurso de Dilma e demais autoridades. Ela deve chegar por volta das 14h30, depois de aterrissar em Foz do Iguaçu, a 290 quilômetros de Beltrão.

 

Recursos - A presidente vem ao Paraná para confirmar orçamento de R$ 16 bilhões para a agricultura familiar, responsável por dois terços dos estabelecimentos rurais no estado, num sistema de produção considerado modelo para as demais regiões. Os recursos somam-se aos R$ 107,2 bilhões do PAP da agricultura comercial, lançado em 17 de junho em Ribeirão Preto (SP).

 

Produção familiar - Com 79 mil habitantes, Francisco Beltrão é um dos municípios do Paraná que mais dependem economicamente da produção rural familiar. Predominam propriedades de menos de 100 hectares, onde os agropecuaristas usam a terra roxa para plantar feijão, soja, milho e criam aves, suínos, bovinos e ovinos. A maior parte dos agricultores conta apenas com a própria força de trabalho e a dos filhos. Metade do Produto Interno Bruto (PIB) sai do setor terciário, mas boa parte das indústrias integram o agronegócio.

 

Reajuste - O reajuste de 7,2% no crédito rural para a agricultura comercial - que na safra passada foi de R$ 100 bilhões - não deve ser estendido à agricultura familiar - que teve R$ 16 bilhões disponíveis também na última temporada. No entanto, a presidente deve anunciar ampliação dos limites de crédito por produtor e redução nos juros de 4,5% para 2% ao ano em programas de investimentos. Em alguns casos, os juros devem cair a menos de 1%. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

GEADA II: Governo começa a calcular perdas no Estado

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Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), do governo do Paraná, houve geadas fortes nas regiões de Toledo, Cascavel e Campo Mourão, que respondem por mais de 50 por cento da colheita de milho safrinha do Estado, tradicionalmente líder na produção do cereal. O Deral, entretanto, diz que é cedo para quantificar as perdas, embora afirme que elas ocorreram. "Acho que o milho que tinha, cozinhou. Vai dar muito grão ardido, foi bem forte e geada", afirmou o agrônomo Juliano Alves Galvão, da Copavel, cooperativa de Cascavel, no oeste do Paraná.

Igual a de 2000 - De acordo com Galvão, deve ocorrer uma quebra de cerca de 40 por cento do milho do município. "Igual a esta geada só a de 2000", afirmou ele, lembrando-se da quebra registrada no início da década passada.  O agrônomo acrescentou ainda que, para piorar a situação, há previsão de chuva para os próximos dias. "Se chove, brota o grão dentro da espiga." A região de Cascavel responde por 15 por cento da produção de milho do Estado.

 

Suscetível - Na segunda-feira (27/06), geadas já tinham atingido o Estado, onde 75 por cento da safra de milho está suscetível a perdas por geadas, segundo o Deral. "Não tem como quantificar, vamos monitorar esta semana, a geada de hoje foi mais forte e pegou trigo também", disse a agrônoma Margorete Demarchi, do Deral.  "Dependendo do estágio dentro da espiga, mesmo em fase de maturação, e dependendo da intensidade da geada, afeta a qualidade", disse ela. A agrônoma afirmou que as lavouras nos municípios de Maringá e Londrina, no norte, que juntos respondem por 20 por cento do milho do Estado, também foram atingidas pelo frio intenso. (Reuters)