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O risco de estiagem que assombrou os produtores rurais durante o verão vem se tornando uma ameaça cada vez mais real para a safra de inverno do Paraná. Sem receber chuvas de volume expessivo há mais de um mês, lavouras de milho safrinha das regiões Norte e Noroeste do estado começam a sentir a falta de água e têm seu rendimento limitado.
Potencial produtivo - Levantamento divulgado nesta quarta-feira (25/05) pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) revela que a estiagem durante o último mês reduziu em 1,6% o potencial produtivo do cereal. O rendimento médio da segunda safra paranaense, que há um mês era estimado em 4,42 mil quilos por hectare, foi rebaixado para 4,35 mil quilos.
Produção - Ainda assim, o volume total de produção pode ser maior que o projetado em abril. Isso porque, segundo a Seab, os produtores dedicaram ao milho safrinha uma área maior que a prevista inicialmente. Nas contas da secretaria, o cereal ocupa 1,7 milhão de hectares neste inverno do estado, 480 mil hectares a mais do que o estimado há um mês. Os números tendem a mudar. "Ainda não dá para falar em quebra, mas, se não voltar a chover nos próximos dez dias, haverá perdas, principalmente em regiões onde a situação é mais crítica, como no Norte", alerta o economista do Deral Marcelo Moreira.
Risco - Mapas climáticos do Instituto Somar mostram que o risco de quebra é grande. Segundo a meteorologista Olívia Nunes, não há previsão de chuva considerável para as próximas semanas no Paraná. "Há uma frente fria chegando ao estado entre os dias 2 e 3 de junho e outra perto do dia 10. Mas, nos dois casos, as precipitações não garantem reserva hídrica." De acordo com o Somar, a tendência é que as chuvas continuem abaixo da média pelo menos até o início do inverno no estado. Também existe risco de geadas precoces, na segunda quinzena de junho, e tardias, em setembro.
Acumulados - O Norte paranaense recebeu apenas metade das chuvas esperadas para este mês, considerando médias históricas. Levantamento do Somar mostra que as precipitações de maio, que deveriam acumular entre 50 mm e 100 mm, ficaram entre 25 mm e 50 mm na região. Conforme o Simepar, depois de 23 dias sem receber uma gota d'água, o município de Londrina registrou somente 5,2 mm dos 107 mm que seriam normais para o quinto mês do ano.
Problemas - Oeste e Sudoeste do estado também enfrentam problemas. Nessas regiões, as precipitações dos últimos 25 dias acumularam entre 10 mm e 20 mm, contra 100 mm a 150 mm da média histórica, de acordo com o Somar. Cascavel, onde costuma chover 190 mm ao longo do mês de maio, ficou dez dias sem chuva e acumulou apenas 13,2 mm até agora, segundo o Simepar. O município de Pato Branco, que deveria ter recebido mais de 200 mm de água, registrou 4,8 mm desde o início do mês. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou a substituição de Edilson Guimarães por José Carlos Vaz no comando da Secretaria de Política Agrícola, uma das principais formuladoras do Plano Agrícola e Pecuário, que tem sua edição 2011/2012 prestes a ser lançada. Natural de Londrina, Vaz é funcionário de carreira do Banco do Brasil há 29 anos e ocupava, desde o início de 2007, o cargo de diretor de Agronegócios. Guimarães, que comandava a Secretaria de Política Agrícola desde junho de 2006, deve ser realocado para outro cargo dentro do próprio Mapa. O Banco do Brasil informou que para completar o mandato de Vaz no cargo de diretor de Agronegócios, o Conselho de Administração da instituição elegeu Ives Cézar Fülber, que era superintendente Corporate em São Paulo. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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De olho no rescaldo da inflação provocada pelo etanol na entressafra, o governo decidiu criar uma linha de crédito para financiar a renovação das plantações de cana-de-açúcar por indústrias e produtores independentes. A medida será incluída no Plano de Safra, em junho, informou o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, ao Valor. Ancorada na elevação da oferta de cana para a produção de etanol, a nova linha buscará elevar a produtividade, via incentivos à adoção de tecnologia nos canaviais. Mas terá forte ênfase no aspecto ambiental, associando a recuperação de terras degradadas e redução da emissão dos gases causadores do efeito estufa.
Investimentos - "Houve uma perda de produtividade que precisamos recuperar com financiamento adequado para estimular investimentos", afirma Rossi. A linha foi desenhada para embutir um "impacto ambiental positivo", diz ele. "A renovação dos canaviais é importante para o abastecimento de etanol e a garantia de ganhos de produtividade maiores, além de um estímulo ao uso de mais tecnologia".
ABC - A linha fará parte do programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), cuja taxa de 5,5% ao ano é inferior aos 6,75% cobrados no crédito rural oficial. As ações do ABC têm limite de financiamento de R$ 1 milhão por beneficiário e prazo de 12 anos para pagamento. Criado em 2010, o ABC visa a reduzir a emissão de até 163 milhões de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera. Também busca recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e estimular o plantio de até 9 milhões de hectares de florestas.
Estratégico - A forte alta de preços do etanol no início do ano, associada aos riscos de desabastecimento, levaram a presidente Dilma Rousseff a classificar o combustível como "estratégico" para aumentar o poder de intervenção no mercado. Por determinação de Dilma, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) assumiu a fiscalização e passou a regular o segmento. O intervalo da mistura de etanol anidro à gasolina foi elevado, de 20% a 25% para 18% a 25%. A presidente ordenou a Petrobras a acelerar seus planos de investimento na produção de etanol. Por fim, determinou a redução de preços à BR Distribuidora.
Preços internos - O governo mantém cautela em relação aos preços internos do etanol. E quer ter garantia de geração de excedentes para exportação do combustível, símbolo de alternativa limpa e renovável para o abastecimento energético mundial. A desaceleração dos investimentos em usinas no Brasil preocupa o governo. Atingidas pela crise global de 2008, várias indústrias foram vendidas a estrangeiros. Em dificuldades para injetar mais recursos no segmento, as multinacionais preferiram aguardar.
Produção - De lá para cá, poucas arriscaram elevar suas apostas na produção. Agora, o governo quer estimular o investimento em canaviais. E tem a garantia de que isso ocorrerá dentro de padrões ambientais seguros, já que fez um zoneamento econômico-ecológico identificou 64 milhões de hectares de terras aptas ao cultivo da cana-de-açúcar - 20 milhões com "alta aptidão".
Suco de laranja - O ministro Wagner Rossi informou, ainda, que planeja a criação de uma linha de crédito para financiar a estocagem de suco de laranja. O objetivo é evitar as fortes oscilações de preços e prejuízos ao produtor derivados da oferta abundante de laranja no auge da safra. "Queremos garantir o suprimento interno, com foco na merenda escolar, e o fluxo comercial das exportações", afirma Rossi. A indústria, formada por quatro grandes empresas, resiste à ideia, segundo o ministro. "É um grupo pequeno, de grande protagonismo, que tem condições de fazer prevalecer seus interesses. Mas é gente respeitável e vamos conversar".
Custo - O presidente do Sindicato Rural de Bebedouro, José Oswaldo Junqueira, afirma que a armazenagem climatizada tem "custo muito alto" e que uma razão para a queda dos preços é justamente a formação de estoques. "As empresas ganham mais poder", avalia Junqueira. O custo para estocar uma tonelada de suco custaria entre US$ 800 e US$ 1 mil. "É o equivalente à produção de uma tonelada", diz. (Valor Econômico)
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A Secretaria de Infraestrutura e Logística, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a prefeitura de Paranaguá e a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) vão elaborar um plano integrado para disciplinar o acesso de caminhões ao porto de Paranaguá. O objetivo é contribuir para a melhoria da produtividade do setor de transporte, dar melhor condição de trabalho aos motoristas e garantir a segurança da população. Atualmente, 70% dos grãos que chegam a Paranaguá são transportados por caminhão.
Reunião - O assunto foi discutido nesta segunda-feira (23/05), em Curitiba, durante reunião entre o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, o superintendente Regional do DNIT, José da Silva Tiago; o diretor-geral da Secretaria de Infraestrutura, Aldair Wanderlei Petry; e o superintendente em exercício da Appa, Lourenço Fregonese, acompanhado do diretor-financeiro, Carlos Roberto Frisoli, do diretor-técnico. Paulinho Dalmaz. e do procurador Maurício Sá Ferrante. Também participou do encontro o deputado federal Alex Canziani.
Disciplina - “O acesso de caminhões ao Porto de Paranaguá precisa ser disciplinado para que todo o setor de transportes ganhe produtividade na chegada ao terminal marítimo e o tráfego urbano da cidade não seja prejudicado, afetando o dia a dia dos moradores e o turismo histórico na cidade”, disse Richa Filho. Segundo ele, a intenção é apresentar o plano em Brasília no mês que vem. De acordo com o secretário, encontrar uma solução adequada para os 1.800 caminhões/dia que levam grãos até o porto no pico da safra e adequar a circulação dos veículos pesados ao sistema viário municipal são fundamentais para a economia do estado e do município, com ganhos positivos à logística. “Para que isto aconteça já na próxima safra, é preciso definir as metas, projetos e obras nos três níveis de governo, sem esquecer que fora da safra circulam pela cidade 400 caminhões/dia”, afirmou o secretário.
Segurança – O principal acesso ao Porto de Paranaguá é feito pela BR-277. Os motoristas podem estacionar no Pátio de Triagem, com capacidade para mil caminhões (1.500 em rotatividade). A partir do pátio, o acesso ao porto passa pela rodovia (BR-277) e por uma rua paralela à rodovia federal. As duas vias cortam áreas povoadas de Paranaguá, gerando conflitos com o tráfego urbano. “Precisamos estudar eficientes sistemas de circulação, incluindo a adoção de modernas placas de sinalização, evitando perigos para a população e proporcionando aos motoristas rapidez em direção aos pontos de descarga, após a viagem desde as regiões produtoras”, destacou José Richa Filho. “Gerar melhores condições operacionais e de segurança no sistema viário de acesso ao porto é obrigação do poder público”, acrescentou.
Gestão integrada – A melhoria do acesso rodoviário ao Porto de Paranaguá integra as propostas da Secretaria de Infraestrutura e Logística para dinamizar a economia estadual por meio da gestão integrada entre os vários modais. “Estamos finalizando um contrato de gestão entre os dirigentes dos vários órgãos envolvidos com a infraestrutura para que o Estado do Paraná possa desempenhar o seu papel de facilitador e indutor de desenvolvimento em todos os setores”, lembrou Richa Filho. “Com os novos procedimentos administrativos, que incluem ações para a elaboração de um plano aeroviário para todo o Estado, extensão da ferrovia estadual e discussão para obras rodoviárias no Anel de Integração, estamos, neste início de governo, promovendo uma moderna ação logística que beneficiará o porto de Paranaguá”, disse o secretário. (AEN)
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A inflação das matérias-primas agrícolas entrou em um novo ciclo de desaceleração. A constatação é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, que ao analisar a evolução dos preços das matérias-primas agropecuárias nos últimos dez anos percebeu que a taxa acumulada em 12 meses está em desaceleração nos últimos três meses, até a segunda prévia de maio do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). Isso refletiria o começo de um novo movimento de pressão mais fraca destes preços na inflação, que vai vigorar no curto e no médio prazo.Consenso - É consenso entre analistas a previsão de perda de força na inflação das commodities agrícolas nos próximos meses. Mas eles fazem uma ressalva: mesmo com a perspectiva de preços mais baixos no curto e médio prazo, há uma mudança de patamar na evolução desses preços, graças a uma demanda persistente nos cenários doméstico e mundial. Na prática, os preços dos produtos agrícolas devem mostrar daqui para a frente apenas desacelerações suaves, e não mais quedas bruscas como no passado.Série histórica - Com base em uma série histórica da evolução dos preços das matérias-primas agropecuárias no atacado desde 2001, Quadros constata um movimento cíclico dos preços deste tipo de produto, sendo que as altas chegam a atingir dois dígitos, em um movimento de "repique" acentuado. Até o momento, o ponto mais alto da taxa acumulada em 12 meses foi registrado em março de 2003, com alta de 49,14%. O mais recente ciclo de aceleração de preços das commodities agropecuárias foi iniciado no segundo semestre do ano passado, quando os preços das matérias-primas agropecuárias voltaram a registrar inflação de dois dígitos em sua taxa em 12 meses, atingindo o auge em fevereiro deste ano, quando subiu 33,08%, dentro do IGP-M. "Mas a partir de fevereiro de 2011 esta taxa começou a desacelerar", afirmou o especialista da fundação. De acordo com ele, até a segunda prévia do IGP-M de maio, a taxa acumulada deste tipo de preço foi de 27,39% em 12 meses.Patamares elevados - Mesmo com a possibilidade de elevações menos intensas nas cotações, o horizonte em um período de longo prazo é de manutenção de preços em patamares elevados. Para o analista da Agroinvest Corretora, Cleber Bordignon, em 2011 houve uma "mudança de patamar" nas cotações agrícolas. Como exemplo, ele citou os contratos futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago, cujos preços médios hoje vão de US$ 13 e US$ 14 o bushel (o equivalente a 27,2 quilos da oleaginosa). "Em anos anteriores, era em torno de US$ 9 a US$ 12. Dá para perceber que o nível de preços mudou", afirmou. Para ele, a forte demanda por commodities agropecuárias pelos setores de alimentação humana e de rações deve ajudar a manter em um patamar elevado os preços das commodities agrícolas no longo prazo. (Agência Estado)
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A utilização da carta de crédito do Sicredi Consórcio Imóveis contempla novas opções. Além das já existentes, como aquisição de imóvel novo ou usado, residencial ou comercial, rural ou urbano, os associados já podem utilizar o consórcio de imóveis para construção, reforma e ampliação. As condições de pagamento para os associados são as mesmas que o Sicredi Consórcio Imóveis já oferece. São 120 meses de prazo de pagamento com opções de parcela integral, regressiva e progressiva, além da possibilidade do associado ser contemplado por sorteio, lance fixo ou lance livre. Neste mês de maio, o Sicredi inicia campanha de divulgação da nova modalidade. "Nossa expectativa é gerar um incremento de 30% nas vendas do consórcio de imóveis", projeta Fernando Di Diego, gerente de Mercado da Administradora de Consórcios. (Imprensa Sicredi)
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As chuvas que caíram sobre regiões agrícolas importantes da Argentina na semana passada prejudicaram a colheita de soja, informou o Ministério da Agricultura do país. Terceira maior produtora e exportadora da oleaginosa - atrás de Estados Unidos e Brasil -, a Argentina deverá produzir 50,4 milhões de toneladas do grão nesta safra 2010/11, conforme estimativas oficiais.
Adversidades climáticas - Apesar de a colheita já estar em sua etapa final - 88% da área plantada já foi colhida -, adversidades climáticas ainda podem reduzir o volume total esperado. Em parte por conta de intempéries já observadas desde o início do plantio, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, por exemplo, prevê que a colheita de soja do país ficará abaixo de 50 milhões de toneladas (49,2 milhões), quando inicialmente diversas projeções sinalizavam cerca de 55 milhões.
Milho - No caso do milho, informou o ministério, a colheita do ciclo atual avançou a um ritmo moderado na semana passada, também influenciada pela umidade. Até quinta-feira, os produtores argentinos haviam concluído 76% dos trabalhos nesta frente. Segundo maior país exportador de milho, a Argentina deverá colher, no total, 20,9 milhões de toneladas - para o produto, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires prevê 20 milhões de toneladas. (Reuters / Valor Econômico)
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Os 55 anos da Emater foram comemorados nesta quinta-feira (19/05) sob a expectativa da renovação de quadros. O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara e o presidente da empresa, Rubens Niederheitmann, anunciaram oficialmente a contratação de 400 profissionais, sendo 100 por ano, para recompor os quadros da empresa, que está há 16 anos sem contratações.
Profissionais - Serão contratados, por concurso público, engenheiros agrônomos, florestais, médicos veterinários e técnicos agrícolas. A prioridade é enviar os técnicos contratados para 40 escritórios da Emater que estão sem nenhum profissional. Posteriormente, serão enviados para 170 escritórios que estão com apenas um profissional.
Prioridade - Segundo Ortigara, o serviço de extensão rural é prioridade do governador Beto Richa. O secretário disse que é fundamental dar uma atenção mais qualificada no campo por meio do extensionista, que representa a presença do governo do Estado no meio rural. "Os extensionistas vão reforçar o trabalho que deve ser feito no campo junto ao produtor rural para reverter a degradação dos solos, cuidar do meio ambiente, auxiliar a agroindústria, auxiliar e orientar os agricultores para que enfrentem os desafios da atividade", afirmou o secretário.
Habitação - Outro desafio importante para o extensionista nessa gestão, disse Ortigara, será a organização do agricultor para ter acesso ao programa de habitação no meio rural que será anunciado em breve pelo governador Beto Richa. "O Estado deve muito à Emater e este é o momento para formar o time do futuro", afirmou.
Oportunidades - Para o presidente da Emater, Rubens Niederheitmann, o foco da empresa será apoiar a criação de oportunidades para os agricultores no meio rural. "O agricultor precisa de mais competitividade para não perder espaço no mercado. Para isso precisa de orientação para produzir com qualidade e sanidade seus produtos e esse é o nosso desafio", disse. (AEN)
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Nos últimos cinco anos, as principais commodities agrícolas têm registrado forte valorização em escala mundial. O índice de preços de cereais, medido pela FAO, a agência das Organizações Unidas (ONU) para Agricultura e Alimentos, subiu quase 85% entre janeiro de 2007 e abril de 2011. A alta é sustentada pelo ganho de renda e pela urbanização especialmente em emergentes como a China, e também pelo aumento da demanda por commodities agrícolas para a produção de biocombustíveis em diversos países.
Expansão - Essa conjuntura reativou a discussão sobre quais regiões do globo seriam capazes de expandir a área plantada com commodities agrícolas para atender a demanda mundial. Analistas são praticamente unânimes em considerar o Brasil o país que oferece o maior potencial de crescimento. No entanto, nações da África, do Leste Europeu e algumas das ex-repúblicas soviéticas, considerados fronteiras agrícolas, apresentaram nos últimos anos uma expansão expressiva na área cultivada com as quatro commodities agrícolas mais consumidas do mundo - arroz, soja, milho e trigo.
Usda - Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostram que entre a safra 2007/08 - quando os preços dispararam - e a 2011/12, que começa a ser plantada em algumas regiões, o mundo elevou em apenas 5% a área cultivada com as principais commodities agrícolas. Nas áreas de fronteira, no entanto, o ritmo de expansão foi, em média de 11%. No bloco formado pelas ex-repúblicas soviéticas e o Leste Europeu, o crescimento da área cultivada foi de 12%, enquanto entre os principais países africanos a evolução foi de 9% ao longo das últimas cinco safras.
Seca - Além da demanda maior, a seca que afetou lavouras de países do Leste Europeu e da Rússia na safra passada também contribuiu para a alta dos preços das commodities e acabou incentivando a expansão da área plantada nessas regiões. A Ucrânia, por exemplo, deve cultivar na temporada 2011/12 uma área de 10,7 milhões de hectares divididos entre soja, milho e, especialmente, trigo. O número representa um crescimento de 26,2% em comparação aos 8,5 milhões de hectares cultivados no ciclo 2007/08.
África - No continente africano, a Nigéria é um dos países que se destaca. Há cinco anos, o país cultivou 6,64 milhões de hectares com os principais produtos usados na alimentação. Para a safra 2011/12, o USDA projeta plantio de 7,51 milhões de hectares, crescimento de 13,1% no período.
Brasil - No Brasil, a expansão da área plantada também aconteceu. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nas últimas cinco safras o país elevou em 7% sua área cultivada. O ritmo da evolução no país, considerado o potencial fornecedor global de alimentos nos próximos anos, foi superior à média mundial, porém ficou abaixo do desempenho registrado pelas novas fronteiras agrícolas mundiais.
Investimento estrangeiro - Apesar do crescimento acima da média da área cultivada nas fronteiras agrícolas do mundo, as regiões ainda não registram a chegada de capital de investidores estrangeiros, como já ocorre no Brasil. "Existem ao redor do mundo muitas áreas viáveis para a produção agrícola. O desafio, no entanto, é fazer com que essas regiões se transformem em algo economicamente viável para os investidores", afirma André Debastiani, analista da Agroconsult.
Fatores - Ele observa que para atrair investidores que permitam uma expansão mais acelerada é necessária uma combinação de fatores. A garantia à propriedade privada, mínimas condições de logística e de infraestrutura são alguns dos pontos fundamentais, e que ainda colocam o Brasil no topo das prioridades para receber recursos. "A expansão ocorrida nessas regiões tem sido orgânica. O mundo está demandando mais alimentos e os preços estão viabilizando esse crescimento, mas ainda não são investidores que estão chegando", pondera Debastiani.
Pequena - De fato, a área cultivada nessas regiões de fronteira ainda é muito pequena dentro do que se planta ao redor do mundo. Englobando países africanos, as principais ex-repúblicas soviéticas e regiões do Leste Europeu, os dados do USDA apontam para uma área de aproximadamente 80 milhões de hectares ocupados com lavouras de soja, milho, trigo e arroz. No mundo, essas lavouras são cultivadas em pouco mais de 655 milhões de hectares, ou seja, as fronteiras representam cerca de 12% da área mundial. (Valor Econômico)
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Com 62% da área semeada, o plantio do trigo entra na fase final no Paraná. Levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) mostra que, até o início da semana, as máquinas haviam passado por 640 hectares, de um total de 1,03 milhão de hectares previstos para a cultura no estado neste ano. Desmotivados pelo mercado, os produtores paranaenses recuaram em 12% a área destinada ao cereal neste inverno. Foi a segunda redução consecutiva no plantio do grão, que já havia perdido 11% da sua área no estado em 2010.
Clima favorável - Com clima favorável, as lavouras paranaenses têm potencial para render 2,85 milhões de toneladas, produção que, se confirmada, será 17% menor que a obtida no ano anterior. Em boletim de acompanhamento de safra, a Seab informa que "23% das lavouras semeadas até agora encontram-se em germinação e 77% em desenvolvimento vegetativo, fases que não apresentam riscos com relação à ocorrência de geadas". Maior produtor nacional, o Paraná responde por 54% da safra brasileira de trigo. A produção estadual é suficiente para atender a 27% da demanda anual do país. Cerca de metade do consumo nacional é suprido pelo produto importado. A Argentina é o principal fornecedor. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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A Emater comemora em 2011 o 55° aniversário de instalação do serviço oficial de assistência técnica e extensão rural no Paraná. A data, que será comemorada nesta sexta-feira (20/05), marca o início da implantação de um novo modelo de gestão administrativa e de relacionamento com parceiros e agricultores. "Nosso compromisso é tornar o Instituto mais dinâmico e próximo dos agricultores com o objetivo de aumentar a eficácia de toda a ação que desenvolve", explica Rubens Ernesto Niederheitmann, diretor-presidente do órgão.
Contratações - Ele informa que a reestruturação da Emater já ganhou o aval do governador Beto Richa, que autorizou a contratação de 100 servidores a cada ano do mandato, o que significa 400 novos profissionais até o final de 2013. Segundo Niederheitmann, a recomposição do quadro próprio, o resgate da eficácia gerencial e a adoção de uma política de qualificação contínua e de valorização dos profissionais do Instituto são condições para que a Emater retome a condição de referência nacional na área.
Defasagem - Em mais de meio século de existência, a instituição chegou a ser considerada uma das três melhores empresas de extensão rural do Brasil. No entanto, ficou 16 anos sem contratar técnicos e os efeitos dessa defasagem são sentidos na ponta - ou seja, pelos produtores rurais. "Atualmente temos 40 municípios no Estado sem um extensionista", informa Richard Golba, diretor-administrativo da Emater.
Infraestrutura - Golba destaca ainda que por decisão do governador Beto Richa o Estado também vai alocar recursos para sustentar e melhorar a infraestrutura física e operacional do órgão, que dependia de convênios com prefeitura para manter bases ativas em dezenas de municípios. "Antes o governo só queria pagar os salários", relata Rubens.
Gradativo - O aumento das transferências de recursos do Estado para este fim será gradativo. Neste primeiro ano, os 100 municípios mais pobres do Estado deixarão de pagar a taxa de convênio com a Emater. Em quatro anos, todos os demais estarão livres desse repasse. "O dinheiro poupado pelos municípios deve ser reinvestido em novos serviços para os agricultores, como a contratação de técnicos ou compra de equipamentos", informa Golba.
Resultado - O secretário de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, recomendou que a administração da Emater adote contratos de gestão por resultados para ter condições de aferir a eficiência de todo o serviço prestado. Diante disso, uma série de mudanças operacionais foram estabelecidas. "Estamos promovendo uma recomposição do ambiente gerencial, devolvendo a capacidade de acompanhamento efetivo das ações", explica o diretor-técnico, Natalino Avance de Souza. Nos próximos anos, a Emater vai trabalhar como braço operacional de uma série de programas e projetos da Secretaria da Agricultura que visam melhorar a renda e a qualidade de vida no campo, garantir a sustentabilidade dos recursos naturais do Estado e assegurar condições de segurança alimentar.
Parcerias estratégicas - "Em paralelo ao apoio que estamos recebendo do atual governo, vamos trabalhar forte para estabelecer parcerias estratégicas com outras organizações e gerar serviços de melhor qualidade em benefício dos agricultores", informa Rubens Ernesto Niederheitmann. (AEN)
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Os comerciantes de cereais da França - maior produtor e exportador de grãos da União Europeia (UE) - pressionam o comando do bloco a rever o pagamento de subsídios aos agricultores em nome da sustentabilidade do agronegócio. O posicionamento contradiz a política mantida desde os anos 60 pela UE e coincide com uma das principais reivindicações de países como o Brasil.
Política agrícola - "A política agrícola desenvolvida há 50 anos foi boa para que conseguíssemos estruturar a produção, elevar a renda do campo, alcançar segurança alimentar e não depender tanto das importações, mas não nos parece coerente continuar ajudando os produtores por quedas de preços que ocorreram 20 anos atrás", disse à Expedição Safra Gazeta do Povo Leandro Pierbatisti, analista de mercado e exportações da France Export Céréales, associação que funciona como uma janela para o mercado externo.
Dilema - A reivindicação dos exportadores põe o governo francês diante de um dilema. Ou agrada ao setor, que compete no mercado de commodities, ou aos produtores agrícolas, que não dispensam o repasse de dinheiro público anual. A França distribui cerca de 10 bilhões de euros em subsídios agrícolas por ano, conforme o Ministério da Agricultura e Pesca. "99% dos produtores recebem algum tipo de ajuda, com repasses em valores que variam muito, mas que ficam em torno de 20 mil euros por produtor", aponta Sylvain Maestracci, diretor do setor de Grandes Culturas.
Posicionamento UE - Apesar de o país ter autonomia para definir o sistema de distribuição interna dos subsídios, uma mudança na política pública depende do posicionamento da UE. Os administradores do bloco vêm implantando uma série de mudanças no sistema e tendem a limitar os repasses aos patamares atuais, ou seja, em cerca de 50 bilhões de euros - que representam 45% do orçamento coletivo. Em passagem pela sede da UE, em Bruxelas, a Expedição Safra apurou que as mudanças estão em pauta, mas que as discussões podem se estender indefinidamente.
Competitividade - A competitividade dos produtos a serem exportados pela Europa é colocada em xeque num ano em que os 27 países do bloco esperam produzir 282 milhões de toneladas na temporada agrícola 2011/12. Trata-se de uma safra cheia, apesar de o volume representar 55% do que o Brasil está colhendo sozinho no ciclo 2010/11.
Liderança - A França é líder de produção no continente europeu - colhe um quarto da safra de cereais, que chega a 285 milhões de toneladas ao ano. O país planta em 49% de seu território, com unidades de 80 hectares em média. O campo concentra apenas 1,9% da população economicamente ativa (que é de 27,8 milhões de pessoas), mas produz o dobro do consumo interno e o suficiente para que o país seja o maior exportador do bloco e, assim, tenha um posicionamento diferente dos parceiros vizinhos. À França, interessa que a União Europeia possa oferecer grãos de forma competitiva no mercado externo.
Ao bom - Este ano deve ser especialmente bom para as exportações francesas. A própria Europa consome a maior parcela da produção agrícola da França, que exporta também para o Norte da África, explorando o mercado de países com população crescente. Os franceses sentem-se otimistas a partir da tendência de consumo firme em países como a Itália. "Nossa dificuldade em expandir continuamente as vendas ao mercado externo têm origem no clima e nas próprias regras da União Europeia e do país", afirma Jacques Mathieu, diretor geral da Arvalis, instituto privado que trabalha com pesquisas para ampliação da produtividade rural.
Expedição na UE - O roteiro da Expedição Safra Gazeta do Povo pela União Europeia termina nesta semana. Durante 15 dias, os técnicos e jornalistas percorreram Alemanha, Holanda, Bélgica e França para produção de reportagens sobre o potencial do velho continente diante do agronegócio brasileiro. As visitas incluíram portos, indústrias, fazendas de leite, carne e grãos, além de órgãos públicos e privados que dirigem e debatem a Política Agrícola Comum (PAC). Confira as reportagens nas próximas edições do caderno Caminhos do Campo, publicado às terças-feiras pela Gazeta do Povo. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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A Expedição Safra percorre, nesta semana, o centro de decisões da União Europeia,Bruxelas, na Bélgica, e visita o país campeão do bloco em produção agrícola, a França. Com uma equipe da Gazeta do Povo e outra da TV Paranaense, o grupo de jornalistas produz reportagens sobre o mercado que mais impõe exigências para a importação de produtos brasileiros com o apoio de técnicos da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Entrevistas - Nos últimos dias, foram entrevistados produtores de grãos, leite e carne, executivos dos portos de Hamburgo (Alemanha) e Roterdã (Holanda), além de empresários de companhias de importação de grãos e da indústria do café. Nesta semana, em Bruxelas, serão visitados representantes do Brasil na União Europeia que discutem as questões do agronegócio, bem como diretores do setor que atuam na mesa executiva do bloco econômico, que abrange 27 países. A equipe ouve, ainda na Bélgica, representantes das cooperativas europeias. Na França, o roteiro inclui o Ministério da Agricultura, o Porto de Montoir e fazendas de cereais.
Brasil - A Expedição Safra 2010/11 começou em setembro do ano passado, percorrendo 12 estados brasileiros - uma vez no plantio e outra na colheita -, Estados Unidos, Argentina e Paraguai. Em sua quinta edição, é a primeira vez que o projeto é estendido à Europa, para abordar as questões que envolvem a ampliação dos negócios agropecuários do Brasil com o velho continente. Ao todo, estão sendo percorridos perto de 60 mil quilômetros de estradas. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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O agricultor Oracílio de Souza, morador de Palmas, no Sul do Paraná, onde produz mandioca para atender restaurantes e supermercados da região, é um dos mais novos beneficiados pelo Programa de Microcrédito mantido pela Agência de Fomento Paraná S.A. (Fomento S.A.). Em abril, ele apresentou um projeto e conseguiu um financiamento no valor de R$ 10.000,00 para comprar uma câmara fria usada. O contrato é um entre 450 aprovados nos quatro primeiros meses deste ano no Paraná - volume 50% superior ao mesmo período do ano passado. No total, foram liberados R$ 2,5 milhões em financiamentos de pequenos empreendimentos. "Esperamos manter essa tendência e ultrapassar os 2.500 projetos neste ano", afirma Andreas Jumes, gerente operacional do programa.
Diferença - Criado para atender micro e pequenos empreendedores desassistidos pelo sistema financeiro tradicional, o programa tem feito a diferença na vida e nos negócios de muitos paranaenses. A câmara fria adquirida por Oracílio de Souza, por exemplo, vai permitir estocar por mais tempo e carregar uma quantidade maior de mandioca, que ele beneficia para vender descascada e embalada, sem correr o risco de o produto estragar por falta de refrigeração e conservação.
Sonho - "A câmara fria reduz bastante a perda de produtos", explicou Oracílio. "O microcrédito concretizou um sonho. Comprei um equipamento essencial para meu empreendimento e a taxa de juros permite pagar sem comprometer o orçamento", disse ele. O agricultor vai pagar o financiamento em 24 meses, com taxa de juros de 0,95% ao mês. Otimista com o negócio, ele espera multiplicar seu faturamento, que hoje é de R$ 2.400,00 mensais, para uma produção de 1.500 quilos de mandioca, vendida a R$ 1,60 por quilo. "Em alguns anos serei um empresário de sucesso, com uma empresa com bases sólidas, graças ao microcrédito", disse Oracílio, que agora é Empreendedor Individual (EI).
Modelo - O Programa de Microcrédito do Paraná é modelo para diversos estados e tem taxas baixíssimas de inadimplência - 2,7%, contra uma média de 4,5% nos programas nacionais do gênero. A operacionalização é de responsabilidade da Fomento S.A., em parceria com a Secretaria de Estado do Trabalho e Emprego, Sebrae-PR (Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa) e prefeituras municipais. Em 10 anos de existência o programa já financiou 34.300 projetos, que somam R$ 128 milhões.
Municípios - Hoje, o programa está presente em 160 municípios e o governo estadual está estimulando outras prefeituras a fazer a adesão ao sistema. "Basta que o município manifeste o interesse em fazer o convênio e indique um agente de crédito para atuar como operador do programa", explica Andreas Jumes. A Fomento S.A., a Secretaria do Trabalho e o Sebrae fornecem os cursos necessários para capacitação e treinamento para a operacionalização do programa nos municípios.
Processo simplificado - O processo de obtenção de crédito é bastante simplificado, sendo necessário apresentar ao agente local apenas os documentos pessoais, no caso de pessoa física, e os documentos básicos no caso de empresas. O crédito é liberado num prazo entre 10 e 15 dias, dependendo da agilidade do cliente. O programa está aberto a todos os setores da economia, da agricultura e pequenas indústrias à área de comércio e serviços. Em cada projeto, empreendedores com renda bruta anual de até R$ 360 mil podem obter financiamentos de até R$ 10.000,00. O pagamento pode ser feito em até 24 meses, com juros de 0,95% ao mês (mais IOF - Imposto sobre Operações Financeiras). Essa taxa é cerca de cinco vezes menor que a média dos juros de financiamentos para crédito pessoal.
Site - Toda a documentação e os procedimentos estão disponíveis no endereço eletrônico da Agência de Fomento Paraná S.A.: www.afpr.pr.gov.br. (Banco Social). (AEN)
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A projeção de analistas do mercado financeiro para a inflação oficial neste ano caiu pela segunda semana seguida. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,33% para 6,31%, segundo o boletim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC) feita com base em projeções para os principais indicadores da economia. Para 2012, a estimativa para o IPCA permanece em 5%.
Meta - Apesar da queda, a estimativa para o IPCA neste ano está longe do centro da meta de inflação de 4,5%, mas dentro do limite superior de 6,5%. Cabe ao BC perseguir a meta de inflação e, para isso, o principal instrumento usado é a taxa básica de juros, a Selic. Na avaliação dos analistas, essa taxa, atualmente em 12% ao ano, deve encerrar 2011 em 12,50% ao ano. A previsão para o final de 2012 é de 12,25% ao ano.
IPC-Fipe - O boletim Focus também traz projeção para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que neste ano deve ficar em 5,90%, contra 5,82% previstos anteriormente. Em 2012, a expectativa para esse índice passou de 4,78% para 4,79%. A estimativa para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu de 7% para 6,94%, neste ano. No caso do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), passou de 6,92% para 6,81%. Para esses dois índices, a previsão para 2012 é 5%. A estimativa dos analistas para os preços administrados subiu de 4,80% para 4,95%, em 2011, e permanece em 4,50%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros. (Agência Brasil)
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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou hoje que a instituição quer "moderar" a sua participação na concessão de crédito para o setor produtivo. Segundo ele, os desembolsos do BNDES, este ano, ainda serão um pouco maiores que em 2010 porque há um ciclo de investimento muito forte no País. No entanto, ele destacou que o governo está tentando estimular que o mercado financeiro assuma maior participação nessa função.
Momento atual - Coutinho admitiu, no entanto, que o momento atual não é favorável para a ampliação da presença do setor privado no financiamento do setor produtivo, devido ao aumento dos juros. Para 2012, ele acredita que o mercado privado de crédito será reforçado. "Na hora que houver a sinalização de que os juros poderão cair, o mercado vai crescer fortemente", afirmou. Ele destacou que o governo espera que haja uma procura maior pelo mercado de debêntures, com perfil de mais longo prazo.
Crescimento - Coutinho disse, ainda, que os investimentos no País, este ano, crescerão em torno de 10% em relação a 2010, portanto acima da expansão do Produto Interno Bruto (PIB). Ele também estima que os investimento do BNDES em infraestrutura também cresçam nesta mesma ordem.
PSI - Ao ser questionado sobre o aporte de R$ 55 bilhões que o Tesouro Nacional fará no BNDES para financiamentos dentro do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), Coutinho disse que os recursos serão transferidos "na medida da necessidade". O Tesouro emitirá títulos do governo ao longo do ano para captar esses recursos, que irão reforçar o caixa do BNDES para permitir a realização de financiamentos subsidiados pelo governo para a compra de máquinas e equipamentos. (Agência Estado)
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O Paraná caminha para colher uma safra recorde de grãos e se mantém na liderança da produção nacional, que este ano também será recorde. A quarta estimativa da safra de cereais, leguminosas e oleaginosas, relativa ao mês de abril, divulgada nesta terça-feira (10/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta para uma produção nacional de 158,7 milhões de toneladas, superior em 6% à safra recorde de 2010, que foi de 149,7 milhões de toneladas.
Milho e soja - A safra paranaense de grãos é impulsionada pela produção de milho e soja. O milho produzido na segunda safra (safrinha) já supera a safra de verão, considerada a principal. A soja alcançou o patamar de produção de 15 milhões de toneladas. Mesmo sendo o segundo produtor nacional de soja, o Paraná é responsável por quase 6% da produção mundial, informou o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Otmar Hubner.
Reavaliação positiva - O IBGE fez uma reavaliação positiva para os principais grãos produzidos no País no mês de abril e constatou um aumento de 2% sobre a estimativa da produção de grãos feita em março. A colheita das principais culturas temporárias de verão, com ênfase para a soja, milho e o arroz, encaminha-se para o final, sendo que daqui para frente estão em desenvolvimento as culturas da segunda safra e estão sendo plantadas as lavouras de inverno.
Liderança nacional - Nessa avaliação do IBGE, o Paraná mantém a liderança na produção nacional de grãos, com uma participação de 20,6%, seguido pelo Mato Grosso, com 19,9%, e Rio Grande do Sul, com 17,0%. A produção esperada no Paraná é de 32,61 milhões de toneladas se forem confirmadas as safras de milho da segunda safra e o trigo.
Colheita - Com a colheita praticamente concluída, a produção de soja esperada pelo IBGE é de 15,2 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 7,6% em relação à produção do ano passado, que atingiu 14,09 milhões de toneladas e que também foi recorde. Em relação à estimativa de março, a produção de soja aumentou em 3,3% devido ao avanço de produtividade, que chegou a 3,3 mil quilos por hectare - a maior já alcançada até agora.
Clima e tecnologia - Segundo Hubner, a produção recorde de soja deve-se às boas condições de clima e à tecnologia aplicada pelo produtor paranaense, que elevou a produtividade. No entanto, na safra 2010/11 foram plantados 4,58 milhões de hectares de soja, a maior área plantada no Estado. A expectativa é que a cultura gere uma boa renda para o produtor este ano em função dos bons preços no mercado internacional.
Milho - A colheita de milho da primeira safra encaminha-se para a fase final e o IBGE fez uma reavaliação positiva também para essa cultura em todas as grandes regiões produtoras do País. No Paraná, a área plantada teve um acréscimo de 2,1%. Com a manutenção do quadro climático favorável para a cultura, o rendimento médio foi revisto para 7.749 kg/ha, um aumento de 0,5%, gerando um ganho de produção de 2,5% em relação a março, o que aumentou o volume de produção para 5,85 milhões de toneladas.
Segunda safra - Para a segunda safra de milho, a expectativa de produção no Paraná é de 7,32 milhões de toneladas, volume que supera a produção da primeira safra. As duas safras de milho devem totalizar um volume de 13,18 milhões de toneladas, um aumento de 3% em relação à previsão do mês anterior. Se a safrinha de milho for confirmada, também será recorde, disse Hubner. A cultura está em desenvolvimento vegetativo e pode sofrer perdas com a ocorrência de geadas ou de falta de chuvas, o que poderá frustrar a expectativa de safra, ponderou o diretor do Deral. Segundo o IBGE, o Paraná poderá atingir uma participação de 29,7% da produção nacional, com uma área de plantio de 1,65 milhão de hectares, cerca de 2,0% maior que a informada no mês passado. A produtividade esperada é de 4.422 quilos por hectare, também considerada recorde para esse período do ano.
Feijão e trigo - A produção total de feijão no Paraná, considerando as três safras plantadas no Estado, também se encontra em fase de conclusão e aponta para uma colheita de 827.528 toneladas, volume 4,5% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, em relação à estimativa do mês anterior, a expectativa de colheita caiu 3,4%.
Trigo - A produção de trigo deverá ser menor este ano em função do desestímulo do produtor com a falta de liquidez na hora da comercialização. Segundo o IBGE, a área plantada caiu 12%, passando de 1,17 milhão de hectares plantados no ano passado para 1,03 plantados este ano. Com a redução de área, a produção esperada também é menor, devendo cair de 3,44 milhões de toneladas colhidas no ano passado para 2,85 milhões de toneladas, uma queda de 17% na produção. Até o momento, cerca de 30% da área prevista já se encontra plantada e espera-se que as condições climáticas transcorram dentro da normalidade. De acordo com o IBGE o Paraná deve ser responsável por 56,7% da produção nacional de trigo.
Cana-de-açúcar - Para a cana-de-açúcar cultivada no Paraná o IBGE está prevendo uma produção de 54,5 milhões de toneladas, volume 12,8% maior em relação à produção do ano passado que atingiu 48,3 milhões de toneladas. O aumento de área plantada foi de 3,7%, passando de 625.835 hectares cultivados em 2010 para 648.903 hectares cultivados em 2011. (AEN)
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A maior parte dos 170 mil hectares de feijão que o Paraná cultiva nesta 2.ª safra encontra-se em boas condições, o que pode praticamente compensar redução de 11% no plantio, conforme novo relatório do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os técnicos informam que 66% das lavouras estão bem, 28% em condições medianas e apenas 6% têm aspecto ruim. Os números referem-se aos 75% da safra que ainda não foram colhidos. Perto de 14% do volume esperado nesta colheita já foram vendidos. Apesar da redução na área plantada, se as condições climáticas forem favoráveis, informa o Deral, a produção será apenas 2% inferior à da 2.ª safra de 2010, alcançando 289 mil toneladas. Sem a estiagem que prejudicou a cultura no ano anterior, espera-se avanço em produtividade. A colheita deve evoluir gradualmente: um terço das plantas estão em maturação e um terço em frutificação. Na região Norte do estado, as colheitadeiras já percorreram 42% das lavouras. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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Estão abertas as inscrições para o 6º Encontro das Unimeds do Polo Mercosul e 19º Suespar (Simpósio das Unimeds do Estado do Paraná). O evento que reunirá as Unimeds dos estados do Sul acontecerá de 23 a 25 de junho de 2011, no Mabu Thermas e Resort, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Os colaboradores das singulares dos três estados do Sul contam com subsídio de 30% nos valores do pacote para o evento. (Confira no site www.unimed.com.br/suespar)
Programação - Maior e mais importante evento do Sistema Unimed do Sul do país, o encontro compreende uma extensa programação, composta por palestras, debates e reuniões técnicas. Serão ao todo 15 minieventos com temas abrangendo todos os setores da Cooperativa e que foram escolhidos após uma ampla consulta às Singulares e às Federações dos três estados do Polo Mercosul. Além dos temas técnicos, haverá também a oportunidade de se ouvir e discutir temas mais abrangentes, entre eles uma palestra voltada a economia, com a presença do ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola.
Informações - Mais informações e eventuais dúvidas, contate o Setor de Eventos da Unimed Paraná, pelo endereço eletrônico
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