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Começa nesta segunda-feira (22/08), a entrega do Imposto Territorial Rural (ITR). O prazo final estipulado pela Receita Federal é 30 de setembro. Deverão entregar a declaração: Pessoas físicas e jurídicas, proprietários de terras com registro, inventariantes (no caso da partilha de uma determinada propriedade não estar concluída) e representantes de condôminos (se o imóvel pertencer a várias pessoas).Isentos - Luiz Antonio Finco, assistente técnico do departamento sindical da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), acrescenta que propriedades de até 30 hectares, que são isentas do imposto, também são obrigadas a declarar. Segundo Finco, as condições estipuladas pela Receita para considerar uma propriedade isenta são: ser explorada somente pela família, não ter imóvel urbano e não conter terra arrendada.
Documentos - Finco esclarece que para facilitar a entrega da declaração, os produtores devem ter em mãos uma série de documentos. ''Oriento os proprietários a guardarem todas as notas fiscais de compra e venda de produtos agrícolas, a escritura pública ou a matrícula da propriedade, o laudo que atesta a Área de Proteção Permanente (APP)'', explica. Já para os pecuaristas, o técnico recomenda guardar as notas das vacinas utilizadas. ''Se houver trabalhos de reflorestamento, as notas também devem ser preservadas''.
Base - O imposto, acrescenta Finco, é baseado no valor da terra nua, que é estipulado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Só não deverão declarar, de acordo com o especialista da Faep, arrendatários, já que prestar contas à Receita compete aos donos da propriedade.
Arrecadação - Sérgio Gomes Nunes, auditor fiscal da Receita Federal de Londrina, contabiliza que neste ano 63 municípios da região deverão arrecadar R$ 10 milhões dos 64,74 mil imóveis rurais cadastrados. No ano passado, segundo ele, foi captado cerca de R$ 9,80 milhões. Em 2009, o volume de arrecadação do ITR foi um pouco menor, girando em torno de R$ 9,79 milhões.
Paraná e Santa Catarina - Nunes completa que a 9 região fiscal da Receita Federal, que envolve todas as propriedades rurais localizadas nos estados do Paraná e Santa Catarina, recebeu em 2010 mais de 7,97 mil declarações, movimentando R$ 64,05 milhões. O total arrecadado no ano anterior, segundo Nunes, foi de R$ 56,08 milhões. ''Acredito que nesse ano, o total recebido deverá ficar parecido com o ano anterior'', revela o auditor fiscal.
Gargalos - O assistente técnico da Faep destaca que um dos principais problemas encontrados nas declarações é a falta de averbação da área de proteção ambiental. ''É obrigatório ter esses documentos'', afirma. Finco completa que o produtor precisa obter o Ato Declaratório Ambiental (ADA), documento emitido pelo Ibama, que é utilizado na declaração. Outra irregularidade comum encontrada pelos técnicos da receita é a declaração de valores muito baixos dos imóveis. ''Quando esses produtores caem na malha fina, se os auditores perceberem uma incompatibilidade com o valor declarado, o produtor pode até pagar uma multa'', assinala. Finco salienta que se o proprietário quiser pagar menos imposto, é só investir mais na produção. Aumentar o uso da terra, segundo ele, garante uma diminuição na alíquota do tributo. (Folha Rural / Folha de Londrina)
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O secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, o diretor-presidente da Codapar, Silvestre Tino Staniszewskii, e o presidente da Ferroeste, Maurício Theodoro, estiveram nesta quarta-feira (17/08) e quinta-feira (18/08), em Cubatão (SP), onde visitaram o Terminal Intermodal de Cargas (Ecopátio), que faz a triagem e a liberação dos caminhões com destino ao Porto de Santos.
Subsídios - O objetivo da visita foi conhecer a estrutura do terminal de Cubatão e buscar informações para subsidiar a implementação do corredor de escoamento da safra paranaense pelo Porto de Paranaguá, projeto desenvolvido pela Codapar, Ferroeste e Appa. Segundo Silvestre Tino Staniszewski, a proposta no Paraná é criar Centros Logísticos (pátios) no interior do estado, para prestar serviços de classificação, triagem, lacramento e ordenamento dos caminhões em direção ao Porto de Paranaguá.
Monitoramento e controle - Para o presidente da Ferroeste, Maurício Querino Theodoro, com este serviço, haverá um melhor monitoramento e controle da liberação dos caminhões no sentido ao porto, reduzindo as filas e o tempo de permanência dos navios no cais, e diminuindo os custos de exportação.
Viabilização - O secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, destacou que técnicos da Codapar, Ferroeste e Appa estão trabalhando para tornar viável a estruturação dos Centros Logísticos junto às unidades da Codapar e Ferroeste de Cascavel e Guarapuava, para iniciar a implementação do Projeto de Escoamento já na próxima safra. (AEN)
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· Ademar G. Bianchi
· Sabemos da necessidade de adaptação constante do cooperativismo, para atuar em um mercado cada vez mais globalizado e competitivo, onde a força do capital fala mais alto. Neste cenário, apesar de todos os desafios, o cooperativismo continua seu trabalho como uma “revolução silenciosa”, gerando inúmeros benefícios a economia e a sociedade através de suas 13 (treze) formas/segmentos.
· Nos últimos anos, observamos crescimento em vários setores, principalmente no agropecuário, crédito, infraestrutura, transporte, saúde e trabalho, mostrando que a sociedade está entendendo que não é somente pela simples competição, mas também pela cooperação e união de forças, que podemos resolver nossos problemas coletivos de uma forma mais humana e inteligente.
· E, nesta caminhada, utopias de ontem já viraram realidade, entre elas: a organização da representatividade, as conquistas constitucionais que asseguraram o fomento do Governo Federal, através dos Ministérios da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e outros, a lei das sociedades cooperativas e as resoluções complementares, a formação e atuação das frentes parlamentares cooperativas, a criação do serviço nacional de aprendizagem do cooperativismo, o reconhecimento do cooperativismo de crédito como integrante do sistema financeiro nacional, convênios e intercâmbios internacionais, faculdades de tecnologia do cooperativismo e pós graduação em várias instituições de ensino e outros desafios que ainda fazem parte de meus sonhos, entre eles:
· - As escolas, de todos os graus, precisam mudar o foco da competição como sendo o único caminho e orientar para a alternativa da cooperação, organização das pessoas e fortalecimento das instituições, somando esforços parceiros, racionais e solidários na solução de problemas comuns no desenvolvimento das regiões.
· - O desenvolvimento sustentável de uma cooperativa, município, estado ou país, somente acontece com educação, capacitação, disciplina e trabalho, para isto todos devem estar envolvidos e fazer sua parte, no campo e nas cidades. A história de grandes potências mundiais servem de exemplo
· - A forma amadora de administrar precisa ser mudada de forma urgente por uma gestão profissional e de resultados.
· - As novas lideranças precisam ser preparadas para dar continuidade à missão maior da cooperativa no cumprimento de seus objetivos, com eficiência e transparência, evitando a longevidade excessiva das diretorias e seus vícios decorrentes.
· - Cooperativas não devem ser usadas para promoção particular e nem servir de trampolim político. Podem, sim, apoiar lideranças e instituições identificadas com suas causas e necessidades.
· - A assistência técnica, educação, capacitação e marketing precisam ser desenvolvidas e apoiadas efetivamente pelas diretorias. Sem este comprometimento, estas práticas serão tratadas sem prioridades, com sérios prejuízos para todos, colocando em risco a existência da própria entidade.
· - As cooperativas devem ser fiscalizadas de forma permanente pelo conselho fiscal e auditorias internas e externas, exercendo um trabalho preventivo, apontando problemas e desvios, os quais devem ser punidos com rigor conforme a lei e estatutos.
· - A sustentabilidade deve ser preocupação permanente, inclusive no planejamento estratégico a médio e longo prazo, com ações concretas, buscando respostas econômicas, sociais e ambientais em sintonia com a comunidade.
· - A intercooperação precisa ser exercida efetivamente como uma estratégia de competição nos mercados, trocando produtos, serviços e formando redes e centrais, independente de bairrismos locais ou regionais
· - Buscar e manter o equilíbrio permanente entre o econômico e o social, não esquecendo a filosofia e princípios que identificam o sistema cooperativo.
· - As entidades fomentadoras, públicas e privadas, precisam dialogar mais, trocar informações sobre os programas de apoio em atendimento as demandas, buscando melhores resultados e evitando trabalhos paralelos.
· - Os benefícios do cooperativismo precisam ser melhor divulgados à sociedade através de campanhas permanentes, principalmente seu diferencial de valorização do trabalho e do ser humano, organização das pessoas para a solução de problemas coletivos, equilíbrio de mercado, combate a intermediação, geração e distribuição de renda, atendimento da necessidade de economia de escala para viabilizar empreendimentos, representatividade, inclusão e responsabilidade social.
· - O trabalho cooperativo deve ajudar as pessoas e a sociedade a entender que a missão do ser humano não é apenas nascer, produzir, competir, consumir, poluir e morrer. A esperança está na nova geração para continuar trabalhando por um mundo mais equitativo, com menos violência, produzindo alimentos saudáveis e cuidando melhor do meio ambiente para deixar um mundo um pouco melhor.
· *Ademar G. Bianchi é Engenheiro de Operações do Cooperativismo do Ministério da Agricultura de Passo Fundo (RS) / Pós Graduado em Gestão de Cooperativas
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A Ferroeste e a Cargill firmaram esta semana parceria que permitirá operações bimodais de transporte ferroviário e rodoviário, a partir da região Oeste do Paraná com destino aos centros produtores e ao Porto de Paranaguá. A estimativa é que a ferrovia estadual transporte até o final do ano, somente com esse contrato, em torno de 60 mil toneladas de soja e milho, o que equivale a cerca de um trem diário entre Cascavel e Guarapuava. O volume poderá chegar a um milhão de toneladas em 2012.
Alternativa - “Com essa parceria estamos criando uma operação mais econômica, ágil e racional para atender as necessidades de transporte da Cargill e, em um segundo momento, o modelo funcionará como uma alternativa aos gargalos ferroviários regionais e poderá ser estendido a outros clientes”, disse o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. “Isso reforçará o terminal da Ferroeste em Guarapuava como um centro logístico do meio Oeste”, completa o presidente da Ferroeste S.A., Maurício Querino Theodoro.
Bimodal – A Cargill se encarregará de realizar a segunda etapa da operação, levando a carga de Guarapuava até Ponta Grossa ou Paranaguá em caminhões. O frete pago pelo cliente e a remuneração da ferrovia estão dentro de parâmetros anuais justos para ambas as partes, avalia Theodoro. Segundo o presidente da Ferroeste, a Cargill tem dois fluxos de transporte: parte da produção vai para sua unidade de esmagamento e processamento de granéis, em Ponta Grossa, e parte é direcionada para exportação pelo Porto de Paranaguá. Atualmente a Cargill, que já é cliente da Ferroeste, dispõe de quatro silos de 10 mil toneladas cada um, instalados dentro do Terminal Ferroviário de Cascavel, com projeto em andamento para ampliação, que permitirá receber mais 100 mil toneladas.
Polo de transbordo - Quando implementada, nas próximas semanas, a experiência com a Cargill contribuirá para a criação de um polo de transbordo de cargas rodoviárias no pátio da Ferroeste em Guarapuava. Nesse modelo, os caminhões poderão fazer frete casado, trazendo fertilizantes do porto para a Ferroeste, em Guarapuava, e retornando ao porto carregados com soja da Cargill.
Corredor de Exportação – A parceria com a Cargill será um piloto para outro projeto mais ambicioso: o Corredor de Exportação, também de características multimodais, a ser implementado a partir de 2012 pelo governo do Estado, por meio da Ferroeste, Codapar, Claspar, e Porto de Paranaguá, com o apoio da Secretaria de Infraestrutura e Logística do Estado do Paraná e da Conab, órgão do governo federal.
Sistema logístico - O Corredor de Exportação é um projeto de R$ 11 milhões que visa criar um sistema logístico dotado de silos-pulmão, aproveitando a infraestrutura já existente em Cascavel, Guarapuava, Araucária, Maringá, Ponta Grossa e Paranaguá. “É um projeto que nasce da necessidade da ferrovia”, destaca Maurício Querino Theodoro, “mas que beneficiará tanto os setores produtivos quanto setores de governo relacionados à produção e à logística de transporte”.
Adequação - Os pátios da Codapar, por exemplo, vão ser adequados, com a implantação de serviços de estacionamento, refeitório, banheiros e silos-pulmão. Cada centro estará interligado, via rede de computadores, com a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Nesses entrepostos, a carga será classificada e se necessário temporariamente armazenada. Caberá ao porto controlar a descida dos caminhões, sistema que contribuirá para reduzir as filas na BR-277, durante a safra.
Selo Paraná – Em dois anos o governo poderá implantar o “selo Paraná”, garantia de qualidade do produto exportado pelo terminal paranaense, com certificação de origem. A ideia é criar um lacre com chip para a carga que for transportada em território paranaense. Se houver atrasos na escala de chegadas ao porto, a fiscalização poderá fazer nova classificação, a fim de evitar fraudes.
Aumento da capacidade estática - Com silos da Ferroeste, Codapar e Conab, informa Theodoro, deve aumentar em 50% a capacidade estática do porto em 50%, que hoje é de 557.340 toneladas. O aumento na velocidade do fluxo de liberação de cargas, dos atuais 1.800 para 4.100 caminhões/dia, é outra vantagem. Estima-se que a produção da Ferroeste vai aumentar em 35%, mesmo antes da construção dos novos ramais. “Este é um projeto que dá sobrevida à ferrovia”, segundo Theodoro. Segundo ele, o investimento será diluído em cinco ou seis anos. (AEN)
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A valorização do câmbio praticamente anulou a alta das commodities agrícolas no mercado internacional ao longo da última década. Segundo levantamento elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), a pedido do Valor, os preços em reais dos produtos exportados pelo agronegócio brasileiro - o que o Cepea chama de índice de atratividade - subiram apenas 5% de 2000 até o primeiro semestre de 2011, enquanto os preços em dólares aumentaram 128,3%. Nesse período, o real acumulou uma valorização de 54%.
Diferença - Se levados em consideração apenas os 12 meses encerrados em junho, o índice de atratividade das exportações agropecuárias registrou um aumento de 5%, embora os preços internacionais, denominados em dólares, tenham avançado quase seis vezes mais. Isso não significa que o setor tenha perdido lucratividade ou se tornado menos competitivo, como sua própria expansão nos últimos anos evidencia. Ganhos de volume, produtividade e eficiência mantêm o cenário extremamente favorável aos produtores.
Compensação - Para a pesquisadora do Cepea, Andréia Adami, uma das autoras do estudo, os incrementos de produtividade no campo mais do que compensaram as frustrações cambiais. "O diferencial do agronegócio brasileiro é o crescimento contínuo de sua produtividade", afirma. Ela observa que a produtividade do setor cresceu mais de 70% ao longo da última década "considerando-se todos os fatores de produção".
Poder de compra - "Embora afete mais a produção e a exportação, o câmbio valorizado aumenta o poder de compra do produtor na hora de adquirir os insumos", lembra Vinícius Ito, analista de commodities da corretora Newedge USA, em Nova York. Uma parte importante das matérias-primas usadas na agricultura, como os fertilizantes e os agroquímicos, que respondem por até 70% dos custos operacionais de produção, tem preços fortemente influenciados pelo câmbio.
Custo de produção - Para se ter uma ideia desse impacto, dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea) mostram que o custo em reais para um agricultor plantar soja em Sorriso (MT) caiu 8,4% entre maio de 2009 e maio deste ano - período no qual a cotação do dólar cedeu de R$ 2,21 para R$ 1,61 - embora os custos denominados em dólar tenham subido 16%.
Ganhos de escala - Para Anderson Galvão, CEO da consultoria Céleres, a maior concentração no setor ocasionou ganhos de escala significativos. "Mais do que aumento de produtividade nas lavouras, observamos um aumento de eficiência na gestão. Os produtores de hoje são maiores e mais organizados do que os de ontem", diz.
Percepção - Dados do Imea corroboram essa percepção. De acordo com o órgão, os 20 maiores grupos agropecuários do Mato Grosso mais do que dobraram sua área plantada nos últimos anos, embora a área agricultável total não tenha crescido mais que 2%. Hoje, esses grupos controlam cerca de 1,3 milhão de hectares.
Efeitos distintos - José Vicente Ferraz, diretor técnico da Informa Economics FNP, lembra que o comportamento do câmbio não exerce o mesmo efeito sobre todos os elos da cadeia, e cita o mercado de carnes como exemplo. "O pecuarista, que vende o boi no mercado interno, viu o preço da arroba quase dobrar de 2005 para cá. Ele está ganhando dinheiro. Mas a indústria frigorífica, que exporta, tem uma situação bastante difícil e que decorre em boa parte do câmbio valorizado", observa.
Privilegiados - Ferraz propõe ainda uma inversão no raciocínio. "A valorização do câmbio não compensou, mas foi compensada pela alta dos preços internacionais, em resposta às restrições na oferta e à demanda aquecida nos países em desenvolvimento, além do componente especulativo. Quase sem exceção, as commodities estão com preços historicamente altos, e isso faz com que os produtores dessas mercadorias sejam privilegiados."
Mercados financeiros - Nos mercados financeiros, a valorização das commodities é, em parte, uma resposta ao enfraquecimento do dólar em relação a moedas como o real e o dólar australiano nos últimos anos. Fundos de investimento aumentaram de modo expressivo suas aplicações nesse segmento, interessados não apenas em capturar os lucros com o aumento da demanda global, mas também em se proteger contra a desvalorização da moeda americana em um cenário de estagnação e juros reais negativos nos Estados Unidos.
Correlação - O raciocínio dos gestores é simples: a queda da moeda em que as commodities são denominadas obriga os preços nominais a subir para viabilizar a produção nos países de origem, onde o câmbio tem se fortalecido. Não à toa, a correlação inversa entre o comportamento do real e os preços das commodities é tão elevada.
Agronegócio brasileiro - O analista da Informa FNP lembra que o agronegócio brasileiro ainda tem "imensas vantagens competitivas" em relação a outros lugares do mundo, como escala, baixos custos da terra e da mão de obra. "Os produtores podem não ser tão privilegiados quanto poderiam ser, caso tivessem um câmbio mais desvalorizado, mas o cenário ainda é muito atraente. É como um time de futebol que, roubado pelo juiz, ganha de cinco em vez de oito a zero", compara. (Valor Econômico)
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O Banco do Brasil (BB) prevê liberar R$ 45,7 bilhões em crédito rural nesta safra 2011/12, que começou "oficialmente" em julho. Do total, R$ 10,5 bilhões deverão ser destinados à agricultura familiar e R$ 35,2 bilhões atenderão aos agricultores empresariais e cooperativas rurais. Se confirmado, o montante total aumentará em 17% na comparação com os desembolsos da instituição no ciclo 2010/11 (R$ 39 bilhões).
Menos que o previsto - Apesar do crescimento, o valor previsto é 17% inferior às estimativas iniciais do próprio Banco do Brasil. Em entrevista ao Valor em abril, o então diretor de Agronegócios do banco, José Carlos Vaz - hoje secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura - projetou que os desembolsos ficariam próximos a R$ 55 bilhões em 2011/12.
Liberação - A diferença, segundo a assessoria do banco, não se trata de um engessamento. Caso seja necessário, mais recursos poderão ser liberados, segundo garantiu um funcionário da instituição. A carteira total de investimentos do BB no agronegócio chegou a R$ 80 bilhões em junho deste ano, ante R$ 78 bilhões em março. Em dezembro de 2005, o valor era de apenas R$ 35 bilhões.
Novas linhas - O banco criou novas linhas para financiar investimentos na safra 2011/12, dentre eles o plantio de cana. "Estão asseguradas linhas de financiamento para a expansão e renovação de canaviais, com financiamento de até R$ 1 milhão por produtor rural, com prazo de pagamento de cinco anos, incluídos até 18 meses de carência", diz comunicado do BB. Além dela, também foram disponibilizados R$ 850 milhões para incentivar a Agricultura de Baixo Carbono (ABC).
Cooperativas - As cooperativas também ganharam um papel importante nas linhas de crédito do Banco do Brasil em 2010/11. O valor chegou a R$ 3,28 bilhões em operações rurais com as cooperativas do agronegócio, crescimento de 12,4% em relação à safra anterior.
Principal financiador - No mesmo comunicado, o Banco do Brasil cumpriu, na safra 2010/11, "papel de principal financiador do crédito agrícola do país". Foi responsável por 73% dos créditos destinados à agricultura familiar, 77% ao médio produtor rural e 40% aos demais agricultores. Na safra 2010/11, foram desembolsados R$ 39 bilhões, evolução de 12% em relação à safra 2009/10. Para a agricultura empresarial, foram aplicados R$ 30,2 bilhões e para a agricultura familiar, R$ 8,8 bilhões. O valor total também ficou um pouco abaixo dos R$ 42 bilhões estimados inicialmente pelo banco.
Recursos desembolsados - Os recursos desembolsados em operações de custeio e comercialização totalizaram R$ 30,7 bilhões, correspondendo a 79% do total de recursos aplicados no crédito rural. As operações de investimento totalizaram, na temporada 2010/11, R$ 8,3 bilhões, evolução de 14% em relação ao mesmo período da safra anterior. (Valor Econômico)
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Está no ar a campanha do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sobre o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC). O primeiro filme começou a ser veiculado nesta segunda-feira (15/08), nos canais de TV voltados ao produtor rural.
Vídeos - A programação inclui outros seis vídeos, com um minuto de duração, que serão exibidos até 13 de setembro. Os filmes explicam o que é e quais são os benefícios proporcionados por cada uma das seis práticas agrícolas sustentáveis do ABC. A campanha, produzida pela agência de publicidade SLA Propaganda, destaca, assim, a importância de reduzir a emissão de gases de efeito estufa na agricultura, bem como a disponibilidade de crédito com condições especiais aos produtores interessados.
Conscientização - O objetivo da campanha é conscientizar produtores rurais sobre a importância da implementação do ABC. Também procura estimular a adesão ao programa, que oferece condições favorecidas de crédito para quem adotar as técnicas agronômicas sustentáveis preconizadas. Paralelamente, peças direcionadas para a internet serão veiculadas com a mensagem da campanha em sites de notícias e de agronegócios. A divulgação inclui, ainda, anúncios em publicações especializadas para o meio rural.
Incentivo - O ABC incentiva a adoção de boas práticas agrícolas e a integração de sistemas produtivos que permitam a redução dos gases de efeito estufa e ajudem a preservar os recursos naturais. O programa busca difundir uma nova agricultura mais sustentável mediante seis ações a serem adotadas pelos agricultores: plantio direto na palha, integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), fixação biológica de nitrogênio, plantio de florestas, recuperação de pastos degradados e tratamento de resíduos animais. Nos próximos dez anos, a meta é deixar de emitir 165 milhões de toneladas equivalentes de CO2.
Recursos - Dentro do ABC estão garantidos recursos a agricultores e cooperativas, com limite de financiamento de R$ 1 milhão por beneficiário. No total, os projetos de investimento voltados a atividades agropecuárias que permitem a mitigação da emissão de GEE terão R$ 3,15 bilhões. O crédito será financiado com taxa de juros de 5,5% ao ano, mais baixa que o fixado para a maioria das linhas de crédito para agricultura (6,75%). O prazo para pagamento é de 15 anos. (Mapa)
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As sementes de soja que serão utilizadas no ciclo 2011/12 já foram beneficiadas e estão nos armazéns à espera de uma boa safra. Marcos Antônio Trintinalha, presidente da Associação Paranaense de Produtores de Sementes e Mudas (Apasem) anuncia que cerca de 40% das sementes do Estado já foram comercializadas. Dessas, 85% são transgênicas e o restante convencional. Para o próximo ciclo, só em soja, deverão ser disponibilizadas para o campo por volta de 230 mil toneladas ou 4,6 milhões de sacas de sementes. O número, segundo Trintinalha, é superior ao que foi disponibilizado em ciclos anteriores.
Safra passada - No ano passado, de acordo com dados da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) foram produzidas 240 mil toneladas no Paraná. Na safra 2009/10, o volume foi de 205 mil toneladas de sementes. Margorete Demarchi, engenheira agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), explica que na safra de verão a soja já se consolidou e, por isso, a demanda por sementes está crescendo.
Área plantada - ''Na temporada 2010/11, por exemplo, a área plantada com a oleaginosa foi de 4,5 milhões de hectares, registrando um aumento de 3% em relação ao ciclo anterior. Porém, o milho, nesse mesmo período, registrou uma queda em área plantada no Estado de 16%'', comenta Margorete. Trintinalha, da Apasem, completa que na próxima safra haverá maior participação das variedades geneticamente modificadas. ''Entre as mais usadas estão BMX Potencia, AMK 7059 RR, NA 5909 RR''.
Modernização - O presidente da Apasem coloca que o Paraná tem se modernizado em termos de tecnologia de sementes. Porém, na opinião dele, o produtor está pagando por isso. O preço atual de uma semente transgênica, por exemplo, varia de acordo com a tecnologia utilizada. Os valores, segundo dados da Apasem, variam de R$ 1,70 a R$ 2,25 o quilo. Já os preços da convencional, estão entre R$ 1,30 e R$ 1,40 o quilo. Trintinalha aponta que no ciclo anterior, ambas - transgênica e convencional - custaram, em média, R$ 1,60 o quilo.
Alta- De acordo com dados da Seab, de maio de 2010 a maio de 2011, o valor da saca de semente de soja no Paraná subiu 5%. Em maio deste ano, a saca custava R$ 82,50, em média. Trintinalha observa que a verticalização do setor é um problema. Com o aumento das sementes de alta tecnologia, há uma ligeira pressão de preços das multinacionais que detêm os produtos.
Demanda aquecida - Margorete pondera que os preços de todos os produtos agrícolas estão em alta devido à demanda aquecida do mercado interno e externo. Além disso, segundo a especialista, as condições climáticas - chuva em excesso - que afetaram a produção de soja em todo o Brasil, aqueceram os preços.
Estudo - De acordo com um estudo realizado pela consultoria Céleres, a área semeada com soja na safra 2011/12 no País será 3,6% maior do que na safra anterior, devendo chegar a 25 milhões de hectares, com uma produção estimada em 75 milhões de toneladas. Já o milho da safra de verão, segundo a consultoria, deverá ocupar uma área de 8,2 milhões de hectares, 9,1% a mais do que no ciclo anterior, garantindo uma produção de 36 milhões de toneladas. Ainda segundo a consultoria, a produtividade média da soja deverá girar em torno de 3 toneladas por hectare.
Sementes certificadas - Segundo a Abrasem, a melhoria da produtividade pode estar atrelada à boa qualidade das sementes disponibilizadas nas lavouras. De acordo com a entidade, houve um aumento da conscientização dos produtores em usar sementes certificadas. Na safra 2010/11, por exemplo, a utilização de sementes certificadas de soja no Brasil foi de 64%, contra 61% da safra anterior. Para a próxima safra, a Abrasem estima que os índices de produtos certificados na soja chegue a 70%. No Paraná, as próprias cooperativas realizam o beneficiamento das sementes, garantindo um grande percentual de produto certificado no Estado. (Folha Rural / Folha de Londrina)
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O Governo do Estado negocia a concessão de incentivos fiscais do programa Paraná Competitivo com cerca de 70 grupos empresariais nacionais e estrangeiros. Os investimentos previstos chegam a R$ 12 bilhões. São empreendimentos em setores como tecnologia da informação, cadeia automotiva, madeira, papel e celulose, combustíveis, energia, reciclagem, alimentos, química e outros.
Caterpillar - Com o recente anúncio do investimento de R$ 170 milhões da multinacional Caterpillar no município de Campo Largo, o programa Paraná Competitivo já contabilizou inversões de R$ 2 bilhões para implantação ou ampliação de plantas industriais no Estado, com a geração de 6.600 empregos diretos. O programa foi lançado no final de fevereiro com o objetivo de tornar o Paraná mais competitivo e atraente para receber investimentos nacionais e estrangeiros.
Mudança de postura - “Os anúncios sistemáticos de instalação de novas empresas de porte em várias partes do Paraná demonstram a mudança de postura do governo, que está aberto ao entendimento com a iniciativa privada”, afirma o governador Beto Richa. Segundo ele, todas as empresas que tenham interesse em trazer riquezas e gerar empregos no Estado serão bem recebidas. “Todas as regiões paranaenses têm condições de atrair investimentos e é isso que vai garantir que o Paraná volte a ser uma terra da promissão, uma terra de oportunidades”.
Ambiente para negócios - Para o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, os resultados do programa Paraná Competitivo demonstram uma nova atitude na condução de assuntos do interesse dos paranaenses. “O Paraná criou o melhor ambiente para negócios no Brasil. Estamos competitivos para atrair empresas nacionais ou estrangeiras. Temos um Governo que é amigo do capital e que garante segurança jurídica para os investidores”, acrescenta.
Atributos decisivos - O secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, destaca que além de incentivos fiscais as condições geográficas e econômicas do Paraná são atributos decisivos para receber empresas. “O governo tem fortalecido as empresas e cooperativas do Estado, ao mesmo tempo em que apóia as corporações estrangeiras. É com esse entendimento, e seguindo orientação do governador Beto Richa, que vamos buscar novos investimentos para o Paraná”, completa.
Anunciados - Entre os principais empreendimentos enquadrados no Paraná Competitivo desde fevereiro estão a Sumitomo, empresa japonesa que vai investir mais de R$ 500 milhões na fabricação de pneus em Fazenda Rio Grande; a chilena Arauco que vai ampliar a produção de placas de MDF em Jaguariaíva, com aporte de R$ 272 milhões; a norte-americana Cargill vai construir uma unidade de processamento de milho com a aplicação de R$ 360 milhões em Castro.
Outras empresas- A alemã Supremo Cimento constrói uma unidade no município de Adrianópolis, no Vale do Ribeira, com mais R$ 290 milhões. A Volvo, em Curitiba, investe R$ 200 milhões na ampliação da sua linha de produção e a chilena Masisa já anunciou o investimento de R$ 278 milhões para a expansão da linha de MDF em Ponta Grossa. Ainda há a paranaense Potencial Combustíveis que está construindo uma Usina de Biodiesel na Lapa, com investimentos de R$ 100 milhões. No Litoral, a italiana Techint foi a primeira empresa a anunciar o início das atividades de fornecimento para a indústria do pré-sal. A empresa investe R$ 25 milhões na modernização da unidade em Pontal do Paraná para construir, de imediato, duas plataformas de extração de petróleo na costa paranaense.
Geração de renda emprego - Na avaliação de Ricardo Barros, o trabalho apresentado até agora é só um início de um grande processo de geração de renda e emprego que atingirá todo o Estado. “O Paraná vive hoje um novo ciclo de industrialização”, diz. Ele reforça que uma das principais preocupações do governador Beto Richa é a distribuição dos investimentos pelo interior do Estado, principalmente nos pequenos e médios municípios. “Mesmo sabendo que a localização é uma decisão do empresário - que leva em conta a infraestrutura, a qualificação da mão de obra e a realidade sócio-econômica do local - estamos trabalhando para criar alternativas para distribuir melhor os investimentos pelo interior do Paraná”, destaca o secretário.
Linhas de ação – O Paraná Competitivo foi criado para articular diferentes linhas de ação para tornar o Estado mais atraente ao setor produtivo. São cinco vertentes principais: política fiscal, qualificação de mão de obra, infraestrutura, internacionalização e desburocratização. Além da secretaria de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, também participam do Paraná Competitivo as secretarias da Fazenda, Assuntos Estratégicos, Planejamento, Meio Ambiente, Trabalho e Emprego, Infraestrutura e Logística, a Agência de Fomento, BRDE, Copel, Compagás, Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Lactec, Ipardes. “É um grande programa de Governo que também leva em consideração as demandas e sugestões do setor produtivo. Temos boas parcerias com as Federações e Associações”, frisa Ricardo Barros.
Números PR Competitivo - Investimentos anunciados: R$ 2 bilhões / Postos de Trabalho: 6,6 mil empregos diretos / Principais empresas - Arauco do Brasil S.A. , Caterpillar, Cargill, Sumitomo, Potencial, Supremo Cimento, Techint, Volvo e Masisa/ Investimentos em negociação: R$ 12 bilhões. (AEN)
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A estimativa de analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) para o crescimento da economia neste ano caiu ligeiramente pela segunda semana seguida. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 3,94% para 3,93%. Para 2012, a estimativa continua em 4%.
Indústria - Segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (15/08) pelo BC, a expectativa para o crescimento da produção industrial passou de 3,01% para 3%, este ano, e permanece em 4,30%, em 2012.
Dívida líquida - A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi mantida em 39,10%, este ano, e em 38%, em 2012.
Dólar - A expectativa para a cotação do dólar ao final de 2011 continua em R$ 1,60, neste ano, e em R$ 1,65, em 2012. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) permanece em US$ 22 bilhões, neste ano, e foi ajustada de US$ 10,65 bilhões para US$ 10,85 bilhões, em 2012.
Transações correntes - Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa diminuiu de US$ 59 bilhões para US$ 57,97 bilhões, em 2011, e de US$ 68,90 bilhões para US$ 68,25 bilhões, no próximo ano. A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) permanece em US$ 55 bilhões, este ano, e em US$ 50 bilhões, em 2012. (Agência Brasil)
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O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira (11/08), em reunião extraordinária, a renegociação de parte das dívidas contraídas por agricultores do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). De acordo com decisão divulgada pelo sistema de informações eletrônicas do Banco Central, o Sisbacen, a medida beneficia operações de custeio e investimento que vencem em 2011.
Outros favorecidos - A decisão também favorece os agricultores que têm três ou mais operações de crédito rural com parcelas vencidas ou que vencerão em 2011 e que demonstrem incapacidade de efetuar o pagamento, situação que poderá ser comprovada com laudo técnico ou declaração do mutuário que comprove sua incapacidade de pagamento. Para adiar o pagamento das parcelas que vencerão até dezembro de 2011, o produtor deve pedir a renegociação até a data de vencimento da prestação. Para parcelas já vencidas, é preciso procurar o banco até 31 de outubro.
Parcelas - Segundo o CMN, a renegociação das operações de custeio da safra 2010/2011, vencidas ou que vencerão em 2011, poderá ser feita em até quatro parcelas anuais, sendo a primeira ainda em 2011. Cada parcela deverá ter valor mínimo equivalente a 25% da dívida. Os 75% restantes deverão ser pagos nos três anos seguintes. Operações de custeio realizadas com recursos do BNDES não entram na renegociação. (Agência Estado)
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Apenas sete meses após a previsão anunciada pelo ministro Wagner Rossi, o valor exportado pelo agronegócio brasileiro já superou a expectativa do Ministério da Agricultura para 2011, chegando a US$ 85,7 bilhões no período acumulado dos últimos 12 meses (agosto de 2010 a julho de 2011). O valor representa um aumento de 23,7% em relação aos 12 meses anteriores. O superávit comercial também subiu e alcançou US$ 69,8 bilhões.
Previsões - Em janeiro deste ano, o ministro Wagner Rossi apresentou as previsões para as exportações do agronegócio brasileiro que poderiam chegar a US$ 85 bilhões até o fim de 2011, O Ministério da Agricultura previa que, com a média de crescimento de 14% ao ano na última década, seria razoável que houvesse um crescimento em torno ou acima de 10%.
Destinos - Em relação aos principais destinos das exportações brasileiras, nos últimos 12 meses, foram constatados aumentos nos embarques para Argélia (104,7%), Espanha (55,9%), Japão (49,3%) e Rússia (40,9%). Os produtos mais exportados foram os do complexo soja (US$ 20,6 bilhões), os do complexo sucroalcooleiro (US$15 bilhões) e as carnes (US$14,8 bilhões).
Julho - No que se refere ao mês de julho, houve um incremento de 15,6%, em comparação ao mesmo mês de 2010. Nesse mês as exportações atingiram US$ 8,5 bilhões, resultando em superávit de US$ 1,4 bilhão. As vendas recordes para o exterior em julho deste ano foram possíveis graças ao desempenho de três setores: o complexo sucroalcooleiro, que contribuiu com 53,1% do incremento das exportações (passando de US$ 1,351 bilhão para US$ 1,959 bilhão); o complexo soja com 31,6% (passando de US$ 1,496 bilhão para US$ 1,841 bilhão); e o café com 12,5% (passando dos US$ 406 milhões para os atuais US$ 550 milhões). Em todos eles, com exceção do café, a quantidade exportada teve redução, que foi compensada pela forte elevação dos preços externos. As exportações brasileiras do agronegócio apresentaram crescimento em todos os destinos, A União Europeia recuperou uma parte da participação perdida nos últimos anos, passado de 25,8% para 26,6% do total.
Crise - Em relação à crise financeira mundial, o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Célio Porto, acredita que não haverá grande impacto nas exportações brasileiras. “A experiência de 2009 mostra que o impacto pode ser maior nos preços e não nas quantidades demandadas”, explica. A posição do secretário é a mesma do ministro Wagner Rossi, que afirmou em coletiva na última terça-feira, 9 de agosto, que a demanda por alimentos continuará grande, mas os preços médios devem ter uma variação para baixo. “Mesmo assim, a agricultura será o grande esteio do Brasil para enfrentar as possíveis dificuldades mundiais”, afirmou Rossi. (Mapa)
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A Coamo Agroindustrial Cooperativa recebe, na noite desta quinta-feira (11/08), em São Paulo, o prêmio de Melhor Empresa do Agronegócio Brasileiro. O evento “As Melhores da Dinheiro”, é uma promoção da revista IstoÉ Dinheiro e apresentará as organizações que mais se destacaram em 2010 em 27 setores da economia, elegendo assim, as melhores empresas em seus setores de atuação.
Presenças - A cerimônia de entrega da premiação aos dirigentes de 27 companhias do país será prestigiada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, e pelos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Alexandre Tombini (Banco Central). O engenheiro agrônomo e presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, subirá ao pódio para receber esta importante honraria em nome de cooperados, diretoria e funcionários da cooperativa.
Avaliação - As empresas integrantes do Ranking das 500 Maiores Empresas da Dinheiro foram avaliadas pela Trevisan Escola de Negócios, responsável pelo recebimento dos questionários, atendimento às empresas e pela compilação dos dados e análise, sob cinco aspectos (financeiro, responsabilidade social, sustentabilidade e meio ambiente, inovação e qualidade, e governança corporativa).
Destaque - Pelas informações preliminares, a Coamo ficou em primeiro lugar na categoria Responsabilidade Social e em segundo, na Sustentabilidade Financeira, dentre os cinco quesitos avaliados. “É muito bom ver novamente a Coamo como destaque no cenário nacional entre as mais importantes empresas do país, e no agronegócio, é a primeira colocada. Isso é motivo de muita satisfação, alegria e orgulho para todos nós da família Coamo, e confirma que estamos no caminho certo”, comemora Aroldo Gallassini.
Anuário – Esta semana a revista Isto é Dinheiro está lançando a edição anual especial de As Melhores da Dinheiro, que é um projeto especial da revista IstoÉ Dinheiro, com tiragem de 90 mil exemplares (os assinantes de IstoÉ Dinheiro recebem um exemplar junto com sua edição, sendo o resto distribuído nas bancas). Em sua oitava edição, a publicação registrou um aumento no número de páginas pagas (figuram na edição clientes como Vale, Cielo, Petrobras, BMW e Coamo) em relação ao ano passado. Os anunciantes também estão presentes na versão para tablet. “O grande diferencial em relação ao ano passado foi o desenvolvimento de uma versão para iPad, contemplando os mesmos anunciantes da versão impressa”, afirma Ana Diniz, diretora de publicidade da Editora Três. (Imprensa Coamo)
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A equipe econômica trabalha com dois cenários para o pós-crise dos mercados e, em ambos, a avaliação é que o Brasil se sairá com "relativa tranquilidade". Nos dois casos, o país seria "atingido" pelos mesmos canais, mas com sinais opostos: nos preços das commodities, pelo lado da economia real, e, no financeiro, na conta de capital do balanço de pagamentos.
Reavaliação das previsões - Segundo Nelson Barbosa, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, o que ocorre nos mercados financeiros desde a noite de sexta-feira (05/08), quando a Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos, é uma reavaliação das previsões e dos preços dos ativos, não uma crise financeira. "Ainda é cedo para avaliarmos com segurança o que está por vir", diz Barbosa, "mas o que assistimos é um reposicionamento do mercado a um mundo em que as previsões são de crescimento cada vez mais baixos nos Estados Unidos e na União Europeia".
China - Para o Brasil, o centro de qualquer análise deve partir da China. Segundo Barbosa, a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) chinês não deve se alterar no curto e médio prazo, mantendo sua trajetória de avanços anuais próximos a 10%, o que deve sustentar a elevada demanda por commodities. "A China é o ponto mais crucial, porque nos afetaria na economia real imediatamente."
Queda dos preços das commodities - No primeiro cenário a equipe econômica leva em conta a queda nos preços das commodities - fenômeno já verificado nos últimos dias - em decorrência de uma menor demanda mundial e, também, pela aversão ao risco por parte dos investidores que aplicam em contratos de commodities na Bolsa de Valores de Chicago (EUA). Ao mesmo tempo, maior aversão a risco traria menos capital ao país, o que reduziria a valorização cambial.
Inflação - Nesse caso, avalia Barbosa, os ganhos seriam para a política de controle da inflação. "O câmbio se desvalorizaria, mas a queda de preços das commodities seria maior, o que produziria uma inflação menor." No entanto, neste caso, o enfraquecimento das commodities também reduziria o saldo comercial, majoritariamente sustentado pela exportação de produtos básicos. "Mas não seria nada drástico", acredita.
Inverso - O segundo cenário seria o inverso. A extensão de uma política monetária francamente expansionista na União Europeia, no Japão e nos EUA manteria o fluxo elevado de divisas para o país, mantendo o câmbio em níveis próximos ao atual (cerca de R$ 1,60) e também as cotações das commodities em nível mais elevado. "Estamos preparados para os dois cenários", avalia Barbosa, para quem o crescimento do país é "muito sustentado pelo mercado doméstico, e as medidas que lançamos nas duas últimas semanas sustentarão esse patamar aquecido no ano que vem". (Valor Econômico)
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Incentivar a gestão, debater certificação e apresentar as tendências do agronegócio foram os temas escolhidos pela Batavo Cooperativa Agroindustrial para comemorar o Dia do Cooperado, em 04 de agosto, no Clube Social Carambeí. O evento reuniu 200 associados, vindos de diversas regiões de atuação da Cooperativa Batavo.
Avaliação de conformidade - A primeira palestra contou com a participação da coordenadora do Tecpar, pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e médica veterinária, Roberta Züge, mostrando trabalhos de avaliação de conformidades de produção em propriedades rurais, inseridos num programa coordenado por representantes das instituições ligadas ao setor produtivo e com recursos do CNPq, pelo qual faz parte. De acordo com Roberta, este programa, implantado em propriedades pecuárias, tem por objetivo a garantia da qualidade do leite desde a propriedade até as gôndolas, oferecendo segurança ao consumidor. "Desta forma, assegura-se de que o produto atende a um sistema que garante proteção ao meio ambiente, a segurança do trabalhador, o bem estar do animal e a rastreabilidade", explica a coordenadora do projeto.
Gestão - A gestão da propriedade foi apresentada pelo coordenador de economia rural da Fudação ABC, Tobias Katsman, mostrando a importância do controle diário dos custos e as oportunidades de crescimento e investimento, mostrando ferramentas de auxílio na maximização de resultados na gestão.
Tendências do agronegócio - As tendências futuras do agronegócio foram apresentadas pelo professor doutor Marcos Fava Neves, num comparativo do Brasil que anda com o que não que andar, questionando os gargalos nacionais em infraestrutura que não estão atendendo o crescimento da produtividade no campo pela alta gestão e investimentos em tecnologia pelos produtores rurais. A falta de representatividade do setor foi outro destaque mencionado por Fava Neves, que acredita na força do dinamismo do agronegócio nacional, com seus potenciais e inúmeros desafios. Para finalizar o evento, a cooperativa preparou um coquetel comemorativo. (Imprensa Batavo)
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Questões ligadas à estratégia de comercialização de produtos agropecuários foram um dos focos do 10º Congresso Brasileiro de Agronegócio, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), realizado nesta segunda-feira (08/08), em São Paulo. Com o tema 'Mudanças e Paradigmas', Carlo Lovatelli, presidente da entidade, abriu o evento mostrando que o setor no País necessita de uma gestão e de uma produção mais qualificada, como já ocorre em algumas regiões.
Paraná - Em entrevista à Folha, Lovatelli destacou que o Paraná é considerado excelência em termos de qualidade de produção e comercialização. ''O modelo de cooperativismo paranaense é importante para o setor. O Estado tem estratégia de produção que deve ser seguida'', apontou. O presidente da Cocamar Cooperativa Agroindustrial, com sede em Maringá, Luiz Lourenço, que também participou dos ciclos de palestras, completou que o Paraná já conta com um alto potencial de produção, mas pode melhorar ainda mais. Também representaram as cooperativas paranaenses o presidente da Cooperativa Lar, Irineo da Costa Rodrigues, da cooperativa Bom Jesus e diretor da Ocepar, Luiz Roberto Baggio e o assessor da diretoria do Sistema Ocepar, Guntolf van Kaick.
Demanda por alimentos - ''Temos que produzir cada vez mais para atender à demanda crescente por alimentos'', sublinhou Lourenço. Ele destacou que no Estado há grandes áreas com pastagens degradadas, por exemplo, localizadas principalmente na região Norte do Estado, que, segundo ele, são agricultáveis. O presidente da Cocamar revelou que o programa paranaense de integração lavoura-pecuária-floresta é uma solução para fomentar o crescimento da agricultura.
Pastagens degradadas - Atualmente, conforme Lourenço, o Estado tem cerca de 1,8 milhões de hectares em pastagens de baixa qualidade. Algumas, afirmou ele, já estão em processo de desertificação. ''Na região do arenito, por exemplo, existem vários trabalhos da Embrapa, em parceria com o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e a Cocamar, cujo objetivo é recuperar essas áreas'', aponta. Porém, segundo ele, uma das principais dificuldades nesse projeto é convencer o pecuarista - dono da área - a investir nesse processo porque não se interessa pela atividade.
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Agricultores - Lourenço explicou que a mesma rejeição se dá por parte dos agricultores. Muitos deles têm receio em investir em áreas recuperadas, por medo da lavoura não vingar. Porém, de acordo o presidente da Cocamar, para um País que quer ampliar sua oferta de alimentos, essa é uma das principais alternativas.
Item estratégico - José Antonio do Prado Fay, presidente da Brasil Foods S/A, destacou que alimento é um item estratégico de um País, e que é importante não só produzir matéria-prima no Brasil, mas também industrializar e levar esses produtos brasileiros para o exterior.
No exterior - Com relação ao mercado externo, um dos assuntos que permearam as discussões do congresso, foi a dependência brasileira da China, principalmente no que se refere à importação chinesa de commodities agrícolas. José Roberto Mendonça de Barros, consultor da MB Associados de São Paulo, elucidou que o Brasil tem bons resultados no volume de exportação de commodities graças à China. Em sua palestra, Barros enfatizou que a área plantada chinesa decresce a 0,5% ao ano, devido ao êxodo rural que o país enfrenta. Segundo ele, esse fato aumenta a dependência da China pelos produtos brasileiros. Porém, segundo ele, ter somente um mercado comprador não é seguro, já que não se sabe se essa economia crescente do país vai continuar. (Com informações da Folha de Londrina)
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A Receita Federal fixou prazo para declaração do Imposto Territorial Rural (ITR) de 22 de agosto a 30 de setembro. A Federação da Agricultura do Paraná (Faep) realiza nos dias 12 e 13 e 19 e 20 de julho, em Curitiba, cursos para funcionários dos sindicatos rurais que desejam conhecer as regras do tributo. Os auxiliares que já têm experiência na orientação de produtores terão palestra dia 14 sobre o tema. Mesmo os produtores que obtiveram isenção do ITR por terem em suas propriedades reservas legais ou áreas de proteção permanente deverão preencher ato declaratório ambiental (ADA). A declaração pode ser feita pela internet e o programa poderá ser acessado pelo endereço www.receita.fazenda.br. Quem não tem acesso à internet deve procurar os Correios. O formulário para declaração custa R$ 6. A multa para quem não declarar ITR no prazo é de R$ 50. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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Com a nova rodada de deterioração dos mercados globais, o Banco Central brasileiro deve interromper o ciclo de alta dos juros iniciado em janeiro, que levou a taxa Selic a subir de 10,75% para 12,5% ao ano, recomendam analistas. Em caso de agravamento da situação internacional, que piorou muito nos últimos dias devido aos temores de recessão nos EUA e de que a crise da dívida europeia atinja a saúde do sistema financeiro do continente, a maior parte dos economistas sugere que o Brasil corte os juros e reduza os depósitos compulsórios dos bancos - em suma, a resposta deve ser preferencialmente monetária, e não fiscal.
Diferença - Uma diferença importante entre a situação atual e a da crise de 2008 é que hoje não se vê - pelo menos ainda - uma paralisia no mercado de crédito internacional, como ressalta a economista Monica de Bolle, da Galanto Consultoria. Está em curso um movimento abrupto de ajuste de preços, mas, por enquanto, não há semelhanças com a interrupção do mercado interbancário observada depois da quebra do Lehman Brothers. Assim, não haveria motivos para uma resposta apressada do BC e do Ministério da Fazenda. O melhor seria o BC ser cauteloso, optando pela manutenção da Selic, defendem tanto Monica como o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, da Quest Investimentos.
Inflação - A situação inflacionária hoje é mais delicada do que em 2008. Nos 12 meses até julho, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está em alta de 6,87%, acima do centro da meta, de 6,5%, com as cotações de serviços (como aluguel, empregado doméstico, mensalidades escolares e conserto de automóvel) subindo quase 9%, reflexo em grande parte do mercado de trabalho aquecido, com desemprego perto das mínimas históricas, na casa de 6%, feito o ajuste sazonal. Nos 12 meses até setembro de 2008, o IPCA avançava 6,25%, com os serviços em alta de 6,27%. O desemprego estava próximo de 8%. Com isso, ainda não seria o caso para começar a cortar imediatamente os juros, avalia o ex-presidente do BC Gustavo Loyola, sócio da Tendências Consultoria.
Situação global mais complicada - Mendonça de Barros diz que a situação global ficou muito mais complicada, temendo novas complicações no mercado de crédito global. O forte tombo das ações dos bancos americanos pode provocar receios quanto à saúde dessas instituições, acredita. Nesse cenário difícil, diz ele, o melhor para o Brasil seria uma redução do ritmo crescimento dos países desenvolvidos que não gerasse pânico nos mercados e provocasse uma queda moderada dos preços de commodities. Isso daria algum alívio sobre a inflação, abrindo espaço para, dentro de algum tempo, o BC começar a cortar a Selic.
Commodities - Loyola vai na mesma direção, ressaltando que o importante é observar a evolução em reais dos preços de commodities, por considerar na conta também o impacto do câmbio. Para ele, o principal risco hoje é que haja uma "saída não organizada" do imbróglio europeu, com a crise da dívida de alguns países periféricos se transformando numa crise bancária, com grave questionamento da saúde das instituições financeiras do continente. Aí sim a situação ficaria mais parecida com a de 2008, mudando de nível e exigindo uma resposta mais firme do Brasil.
Rumos da política monetária - Nesse cenário mais delicado, o Brasil deveria mudar a direção da política monetária, cortando juros e reduzindo os depósitos compulsórios exigidos dos bancos, como diz o economista Carlos Eduardo Gonçalves, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. É a mesma solução preconizada por Mendonça de Barros, Loyola e Monica. Um dos remédios usados pelo BC na crise de 2008, a diminuição dos compulsórios eleva a liquidez no mercado, podendo ajudar bancos pequenos e médios que enfrentem eventuais dificuldades num mundo mais instável.
Resposta fiscal - A resposta fiscal é vista com menos entusiasmo por esses economistas. Gonçalves acha que cortes de impostos para bens de capital ou bens duráveis podem até ser uma solução razoável, porque tendem a estimular a economia, além de serem transitórios. Em 2008 e 2009, o governo diminuiu a alíquota do IPI de bens duráveis como veículos e eletrodomésticos, ajudando a impulsionar a venda desses produtos. Loyola e Monica veem com maus olhos eventual elevação de gastos do governo ou uma nova ampliação da atuação dos bancos públicos, como fez o governo em 2008. "Aumentar os recursos para o BNDES elevaria a dívida bruta, um conceito que deverá passar a ser mais escrutinado pelo mercado", diz Loyola. A dívida bruta chegou a bater em 64% do Produto Interno Bruto (PIB) em outubro de 2009 - em junho deste ano, contudo, estava em 56% do PIB, nível quase idêntico ao de setembro de 2008.
Espaço - Fernando Sarti, da Unicamp, discorda dessa avaliação. Para ele, há espaço para medidas fiscais em caso de agravamento da crise global. As contas públicas brasileiras, segundo Sarti, estão em situação bem melhor que as de grande parte do mundo. Ele vê como positivos eventuais cortes de impostos, desde que sejam exigidas contrapartidas das empresas, como manutenção do nível de emprego.
Bancos públicos - Uma atuação mais incisiva dos bancos públicos também pode ser bem-vinda, caso o setor financeiro privado se retraia, afirma Sarti, que considera como grande trunfo do Brasil na crise a perspectiva favorável para o investimento autônomo nos próximos anos, referindo-se às inversões menos dependentes do ciclo econômico, como as da Petrobras, as ligadas à exploração do pré-sal e as referentes à infraestrutura. Além do efeito anticíclico, isso pode garantir a atratividade do país num quadro de crise global, avalia. (Valor Econômico)
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Entre os dias 18 e 19 de agosto, a Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) promove, em Curitiba, no auditório do Museu Oscar Niemeyer, o I Congresso Jurídico Internacional do Agronegócio. O evento terá como temas centrais "Perspectiva Jurídica, Política e Economia", em conferências com representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário, além de especialistas no assunto principal. "O encontro pretende ser um marco para a compreensão do tema no Brasil, diante da importância social, econômica e política desse segmento, que representa significativa parcela do nosso PIB e colabora para a soberania nacional. Por meio de abordagens multidisciplinares, apresentaremos aspectos jurídicos, comerciais e institucionais desse importante vetor da economia nacional, da agricultura familiar à agroindústria, contribuindo para o avanço do pensamento nacional acerca do tema", explicam os organizadores.
Participantes - Com programação diversificada, confirmaram presença no I Congresso Jurídico Internacional do Agronegócio nomes como Osmar Dias, vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil; Letícia Bourges, diretora executiva do Comitê Europeu e Direito Rural; Lutero de Paiva, advogado especialista na área; Antônio Fonseca, procurador da República; Moacir Micheletto, deputado federal; Ricardo Hassson Sayeg, advogado especialista; Brazílio Bacellar Neto, advogado especialista; Gamaliel Scaff, desembargador do TJ Paraná; Antônio da Cunha Ribas, desembargador do TJ Paraná; Gil Guerra, juiz de Direito Substituto em 2º Grau e presidente da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar), Reinhold Stephanes, deputado fedederal e Massami Uyeda, ministro do Superior Tribunal de Justiça.
Site - As inscrições ao evento e toda a programação estão no site www.amapar.com.br/agronegocios. (Assessoria de Imprensa Fecomércio)
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O mercado financeiro reduziu sua previsão para a taxa de juro Selic neste ano, em meio à intensificação da crise global, de 12,75% na semana passada para 12,50%, segundo o relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (08/08). Também foram reduzidas as previsões para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano - de 6,31 para 6,28% - e do próximo - de 5,30 para 5,27% (Reuters/ Gazeta do Povo)