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COASUL: Unidades realizam eventos técnicos sobre milho

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SAFRA 2011/12: Safra de cana deve ser 9% maior no Paraná

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Com a expectativa de produzir 47 milhões de toneladas, o Paraná começa nesta semana o corte de cana-de-açúcar da safra 2011/12. A operação inicia nesta terça-feira (1º/03), nas unidades do Grupo Melhoramentos em Jussara e Jacarezinho e, ainda nesta semana, o Grupo Sabarálcool, com indústrias em Engenheiro Beltrão e Perobal, também estarão trabalhando. Até o final do mês, 14 das 30 unidades produtoras de açúcar e etanol entram em atividade. O Paraná é o quarto maior produtor de cana, açúcar e etanol, atrás de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

Previsão - A previsão para o novo ciclo é 8,8% maior que o anterior, quando foram produzidas 43,3 milhões de toneladas, mas não há expansão da área cultivada. "No ano passado tivemos uma redução significativa em razão da seca, quando muita cana deixou de ser colhida porque não se desenvolveu a tempo", explica Miguel Rubens Tranin, presidente da Alcopar (Associação Paranaense de Produtores de Bionergia). Há 670 mil hectares plantados com cana no Estado, cerca de 3,5% do total da superfície agricultável.

 

Mais açúcar - Com um mix mais açucareiro, o Paraná espera produzir 3,4 milhões de toneladas de açúcar, volume 13,3% maior que o do ano anterior. A produção de etanol também vai crescer para 1,7 bilhão de litros, contra 1,6 bilhão da última temporada. Além do aumento no total de cana processada, segundo Tranin, o crescimento da produção de açúcar é consequência também do início de operação de duas novas unidades produtoras: a de Cambuí, no município de Marialva, que pertencia à Cocari e hoje integra o grupo indiano Renuka Vale do Ivaí, e a Dacalda, de Jacarezinho. Ambas só trabalhavam com etanol.

 

Sabarálcool - Uma das primeiras indústrias a entrar em operação, a Sabarálcool prevê esmagar entre 2,2 milhões a 2,3 milhões de toneladas nas duas unidades, priorizando o açúcar: 170 mil toneladas de açúcar e 50 milhões de litros de etanol, segundo afirma o diretor presidente Ricardo Albuquerque Rezende.

 

Na economia - No Paraná, a atividade canavieira está presente em cerca de 140 municípios, gerando 85 mil postos de trabalho diretos e 500 mil indiretos, segundo números da Alcopar. Um terço da colheita é feita por máquinas. A entidade calcula que, indiretamente, o setor movimente mais de R$ 16 bilhões na economia estadual, 50% diretos e 50% indiretos. No ano passado, 2,7 milhões de toneladas de açúcar e 420 milhões de litros de etanol foram exportados. A expectativa para 2011 é que esses números sejam ampliados, mas isso, segundo a entidade, depende ainda de vários fatores, entre eles o desenrolar dos conflitos em países produtores de petróleo, caso da Líbia. (Imprensa Alcopar)

GRÃOS: No Paraná safra 2010/11 supera 30 milhões de toneladas

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No Paraná a safra de grãos de verão e de inverno 2010/11 está se consolidando e poderá atingir 30,95 milhões de toneladas, volume 5% inferior à produção da safra passada quando foram colhidas 32,71 toneladas de grãos no Estado. A previsão, divulgada nesta quinta-feira (24/02) pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, inclui também a primeira intenção de plantio para o trigo da safra 2011.

Oscilação - O diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Otmar Hubner, disse que a safra de grãos 2010/11 ainda poderá oscilar para mais ou menos dependendo da colheita do milho safrinha que ainda está sendo plantado e do desempenho das lavouras de trigo, cujo plantio inicia dia 11 de março. "Por enquanto a safra 2010/11 está abaixo da anterior, que foi recorde. As chuvas deram uma trégua na colheita de grãos da safra de verão e algumas lavouras poderão surpreender", afirmou.

 

Sondagem - De acordo com a pesquisa realizada pelo Deral, a primeira sondagem sobre o plantio de trigo da safra 2011 sinaliza uma redução de 11% na área plantada na comparação com o cultivo realizado na safra passada. A redução foi motivada pelo desestímulo dos produtores com a queda nos preços do grão. Mesmo assim, a redução não foi tão acentuada porque a alternativa mais viável para o plantio de grãos na região Sul e Centro-Sul do Paraná durante o inverno é o trigo.

 

Primeira safra - Só a produção de grãos de verão deve totalizar 20,03 milhões de toneladas, volume 6% inferior ao obtido em igual período do ano passado, que foi de 21,38 milhões de toneladas. Segundo o Deral, o clima permanece chuvoso, mas ainda não há modificação da produção esperada, exceto com o feijão da primeira safra que já apresentou perdas de 9%.

 

Soja - O carro-chefe da produção de verão é a cultura da soja, que deverá apresentar um volume de produção estimado em 13,94 milhões de toneladas, praticamente o mesmo produzido na safra passada, que foi de 13,93 milhões de toneladas. Este ano, a área de plantio atingiu 4,5 milhões de hectares, considerada recorde. Em relação à área plantada no ano passado houve um aumento de 130 mil hectares.

 

Chuva - As chuvas ocorridas no início de fevereiro atingiram a soja em final de ciclo em algumas regiões e muitos produtores chegaram a registrar perdas expressivas antes mesmo da colheita por causa da umidade de grãos. Porém o diferencial de 3% na expansão da área plantada poderá compensar essa queda na produtividade, acredita a engenheira agrônoma do Deral, Margorete Demarchi.

 

Fatores adversos - De acordo com a agrônoma, o produtor que plantou soja se deparou com fatores adversos durante o desenvolvimento da lavoura como noites frias, dias nublados e no final do ciclo, com a incidência de doenças. "Por tudo isso é bem possível que ele venha a ter prejuízos no rendimento da lavoura. Mas eles só poderão ser dimensionados à medida que avança a colheita", disse Demarchi.

 

Produtividade - Na safra passada, a produtividade obtida com a soja foi de 3.184 quilos por hectare. Na atual safra, que ainda está em início de colheita, a produtividade caiu para 3.097 quilos por hectare. A agrônoma alerta que a produtividade da lavoura ainda pode mudar com a intensificação da colheita da soja.

 

Milho - Para o milho da primeira safra o Deral prevê uma produção de 5,39 milhões de toneladas de grãos. Esse volume é 21% inferior à produção no mesmo período do ano passado, mas é decorrente da redução de área plantada. Na safra 2010/11, os produtores paranaenses plantaram cerca de 735 mil hectares de milho, considerada a menor área plantada desde a década de 60. As chuvas também estão atrapalhando parte da colheita do milho que ainda está incipiente no Paraná. Até agora apenas 5% da área plantada foi colhida quando deveria ser de pelo menos 15% da área plantada.

 

Feijão - Para o feijão das águas, ou primeira safra, as chuvas ocorridas em janeiro e fevereiro deste ano foram prejudiciais e provocaram queda de 9% na produção esperada. O levantamento do Deral para o mês de fevereiro aponta uma produção de 522 mil toneladas, quando estava sendo esperada uma produção de 541 mil toneladas. Mesmo assim a produção é 7% maior que a obtida no mesmo período do ano passado que atingiu um volume de 489.588 toneladas.

 

Segunda safra - O plantio da segunda safra de grãos já iniciou no Paraná. A área ocupada pelo milho safrinha (segunda safra) está superando a área cultivada na safra de verão porque o produtor apostou na cultura em função da melhora nos preços do grão no segundo semestre de 2010. A previsão é que a que a área plantada seja 15% maior em relação ao ano passado.

 

Início - No início o plantio estava prejudicado pelas chuvas. O produtor não consegue colher a soja e consequentemente não pode plantar o milho. Mas o Ministério da Agricultura autorizou a prorrogação do plantio, a pedido do governo do Paraná, e a área cultivada pode atingir 1,57 milhão de hectares, 210 mil hectares acima do que foi plantado o ano passado. Cerca de 1¨7% da área foi plantada quando o normal seria 35% da área estar ocupada. A expectativa é que a produção deve ser de 6,86 milhões de toneladas, superando o volume produzido na primeira safra e 1,3% acima do volume obtido em igual período da safra passada que foi de 6,77 milhões de toneladas.

 

Área plantada - A segunda safra de feijão apresenta redução de 3% na área plantada, devendo cair de 191 mil hectares ocupados no ano passado para 186 mil hectares este ano. Apesar disso, a produção de feijão da segunda safra pode surpreender, informa o relatório do Deral. Se as condições de clima se mantiverem normais a produção de feijão da segunda safra pode ser 13% maior, em torno de 330 mil toneladas contra 295 mil toneladas colhidas em igual período do ano passado. De acordo com a agrônoma do Deral, muitos médios e grandes produtores com boa tecnologia investem no plantio de feijão da segunda safra e a produção costuma apresentar excelentes resultados.

 

Trigo - A primeira intenção de plantio de trigo da safra 2011 prevê uma redução de 11% na área plantada. O plantio que se inicia oficialmente, de acordo com o zoneamento agrícola, em 11 de março no Paraná poderá atingir 1,05 milhão de hectares, a menor área plantada nos últimos três anos no Estado. No ano passado foram plantados 1,17 milhão de hectares. A expectativa de produção, considerando condições normais de clima, deve atingir 2,52 milhões de toneladas, 26% a menos que o ano passado, quando o volume colhido foi de 3,42 milhões de toneladas. (AEN)

FINANCIAMENTO: Contratações do crédito rural chegam a R$ 56,3 bilhões

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As contratações do crédito rural passaram de 56% do total programado entre julho de 2010 e janeiro de 2011. Nesse período, os produtores contrataram R$ 56,3 bilhões dos R$ 100 bilhões previstos para a agricultura empresarial. O número mostra que os financiamentos do Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 superaram em 20,5% o volume contratado em período igual no ano passado (R$ 46,7 bilhões). "O resultado reflete o bom cenário para a agricultura no Brasil e no mundo, com os preços das commodities valorizados. A situação estimula tanto o empreendedor como os agentes financeiros que operam o crédito rural", avalia o diretor de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Araújo.

Recursos - Os recursos para custeio e comercialização ultrapassam R$ 42 bilhões, o que representa quase 56% do valor previsto para safra atual (R$ 75,5 bilhões). Os desembolsos dos programas de investimento chegam a R$ 8,3 bilhões. Além desses recursos, o governo colocou à disposição linhas especiais de crédito. Destaque para o Programa de Sustentação do Investimento (PSI-K), voltado à compra de máquinas de equipamentos agrícolas. Até janeiro, 93% do programado já estavam nas mãos dos produtores. São R$ 3,7 bilhões dos R$ 4 bilhões direcionados a essa linha de financiamento.

 

Cooperativas - O crédito rural destinado a cooperativas também está com bom desempenho. Por meio do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro) já foram liberados R$ 1,7 bilhão, 88,2% do programado no Plano Agrícola e Pecuário. Outros R$ 869 milhões foram contratados pelo Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), o equivalente a 43,5% do previsto para safra.

 

Médio produtor -  Já para o médio produtor foram liberados cerca de R$ 3,2 bilhões dos R$ 5,65 bilhões, entre julho de 2010 e janeiro de 2011, pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). No segmento de custeio e comercialização, esse valor chega a R$ 2,4 bilhões, ou 63% do programado. Para investimento, as contratações alcançaram R$ 700 milhões contra R$ 436 milhões no mesmo período do ano anterior. (Mapa)

Acesse na íntegra o Plano Agrícola e Pecuário

PARANÁ COMPETITIVO: Programa vai reinserir o Estado na agenda dos investidores, diz Richa

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O governador Beto Richa lançou nesta quinta-feira (23/02), em Londrina, as primeiras medidas do programa Paraná Competitivo, ao assinar dois decretos que alteram a política fiscal do Estado. "Com os novos incentivos vamos reinserir o Paraná na agenda dos investidores", afirmou. "Queremos retomar a trajetória de atração de investimentos produtivos - nacionais e internacionais - e dar total apoio para as empresas locais que queiram expandir suas atividades", afirmou o governador.

Grupos empresariais -Segundo o governador Beto Richa, cerca de 40 grupos empresariais já procuraram o Paraná neste ano para conhecer os incentivos oferecidos pelo governo. "Houve uma mudança no conceito de governança e uma nova postura de governo, com diálogo e respeito. Isso está sendo percebido pelos investidores, que também procuram segurança jurídica", afirmou Richa na solenidade realizada na Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL).


Moderna - Richa destacou que a nova política fiscal é moderna, leva em conta os interesses do Estado na concessão de benefícios e torna mais flexível a negociação com os investidores. "Vamos analisar caso a caso. Todos os pedidos de incentivos vão passar por trêss comitês, um técnico, um consultivo e um decisório. Eles é que vão estabelecer o tipo de apoio fiscal possível, de acordo com critérios como o tipo do investimento, impacto econômico e grau de inovação", explicou.


Percentual - A nova política fiscal altera também o percentual do ICMS a ser diferido. Antes os valores eram fixos e estabelecidos de acordo com as regiões do Estado. A partir de agora o benefício vai variar de 10% a 90%, inclusive para cidades que não possuíam o benefício, como Curitiba, São José dos Pinhais e Araucária. O índice a ser aplicado será definido nos comitês formados por técnicos e secretários de Estado. Além disso, haverá um conselho consultivo formado por entidades representativas da indústria, comércio, agricultura, transporte e das cooperativas.


Prazo - A mudança no prazo de dilação do ICMS é outra novidade. Fixado por decreto, o tempo de dilação era de quatro anos, mais quatro para pagamento. Com a nova política o período foi flexibilizado e varia de dois a oito anos, e até oito anos para recolhimento.


Energia elétrica - O imposto que incide sobre energia elétrica acompanha a mesma lógica. Além disso, o mesmo benefício poderá ser concedido para o tributo incidente sobre o uso do gás natural. "Outra alteração inovadora é a possibilidade de beneficiar com dilação de ICMS indústrias que estejam em recuperação judicial", informou o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros.


Recuperar tempo perdido - Para o secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, o programa de incentivos vai ajudar a recuperar o tempo perdido em relação ao crescimento econômico do Paraná. Ele lembrou que de 2003 a 2009 a participação paranaense no PIB nacional caiu de 6,4% para 5,9%, e a participação nas exportações encolheu de 9,8% para 7%. "Perdemos ritmo e ficamos para trás neste início de século, que foi um tempo de expansão da economia em todos os níveis", avalia.


O Programa - O lançamento da nova política fiscal é a primeira etapa do programa Paraná Competitivo e se enquadra na linha de ação denominada Fomento, Incentivos e Crédito. Além dessa há mais três: qualificação e capacitação da mão de obra; infraestrutura e internacionalização, incluindo atração de investimentos, e comércio exterior.


Participação - Além das secretarias de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul e da Fazenda, também participam da elaboração do Paraná Competitivo as secretarias de Assuntos Estratégicos, Planejamento, Meio Ambiente, Trabalho e Emprego, Infraestrutura e Logística, a Agência de Fomento, BRDE, Copel, Compagás, Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Lactec, Ipardes. A formatação fiscal contou ainda com sugestões do setor produtivo e dos municípios. (AEN)


Link para acessar tabela com as principais mudanças na política fiscal.

FEIJÃO: Conab anuncia recursos para estimular produtores

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A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) vai lançar o Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) para o feijão para enxugar a produção nos estados produtores onde o preço pago ao produto caiu abaixo do preço mínimo. O Paraná é o maior estado produtor e um dos mais penalizados com a queda nas cotações. Nos últimos quatro meses, os preços pagos aos produtores caíram 54%, segundo acompanhamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.

Oferta - O superintendente da Conab no Paraná, Lafaete Jacomel, afirmou que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vai ofertar R$ 39 milhões para as indústrias comparem o feijão nos estados produtores e levar a mercadoria para outros estados consumidores. Jacomel disse que a data do leilão e o valor do prêmio ainda estão indefinidos. Mas ele salienta que a informação sobre liberação do PEP é importante para os agricultores se organizarem para vender os lotes de feijão para as empresas, assim que as regras forem divulgadas.

 

Prêmio - Os recursos serão aplicados no pagamento de prêmio à empresa que comprar o feijão no Paraná ou outro estado produtor, pagar o preço mínimo de R$ 80,00 a saca de 60 quilos ao produtor e entregar em outras regiões não produtoras. "A Conab fará o pagamento assim que a empresa comprovar a entrega da produção de feijão nos estados consumidores", explicou Jacomel.

 

Reivindicação - Para o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, a medida atende a reivindicação do Paraná, que recentemente enviou pedido ao Ministério da Agricultura para intervir na comercialização do feijão, que está desestimulando o produtor. Conforme a previsão do Deral, este ano a safra das águas deverá ser em torno de 11% maior do que a safra anterior. A expectativa é que sejam produzidas 542 mil toneladas de feijão na safra das águas 2010/11, contra 490 mil toneladas produzidas em igual período do ano passado.

 

Comercialização - Até agora, foram comercializadas 39% da produção prevista para a safra das águas 2010/11. Com isso, imagina-se que o PEP será feito para os 60% restantes da safra que ainda está nas mãos dos produtores no Paraná, informou o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador, do Deral. Com a retirada de parte desses estoques, certamente os preços voltam a se estabilizar num patamar melhor ao produtor, acredita o técnico.

 

Preço - Em outubro do ano passado, o produtor vinha recebendo uma média de R$ 127,55 a saca de 60 quilos pelo feijão de cor. Atualmente, o produto está cotado a R$ 60,61 a saca ao produtor, uma queda de 52%. O feijão preto teve uma queda de 30%. O produtor recebeu em média R$ 88,09 a saca de 60 quilos e hoje a cotação caiu para R$ 61,88 a saca de 60 quilos. (AEN)

COASUL: Top Show é vitrine para agronegócio na região Sudoeste do Paraná

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CÓDIGO FLORESTAL: Governo cogita adiar prazo para averbação da reserva legal

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, disse que o governo conta com a possibilidade de a reforma do Código Florestal não ser votada antes de 11 de junho, quando termina o prazo para averbação da reserva legal das propriedades rurais. Ele acrescentou que, neste caso, será necessário adiar novamente a data limite, estendida em 2009. As articulações neste sentido estariam sendo iniciadas.

Data limite - O assuntou voltou à tona nas últimas semanas, pela aproximação da data limite e pela previsão de que o tema deve ser votado no Congresso em março. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sustenta que, se todos os produtores averbarem ao menos 20% de suas propriedades como reserva, o setor terá de abandonar 20 milhões de hectares. Os ambientalistas defendem que, da forma como foi arrematada pelo relator, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a reforma anistia os desmatadores.

 

Consenso - O ministro da Agricultura disse estar em busca de um consenso com a área ambiental. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, declarou na última semana que ainda não há um acordo. Ela afirma que não vai aceitar anistia a desmatador que derrubou florestas sabendo estar infringindo a legislação.

 

Proposta - Na avaliação de Rossi, para que o assunto passe no Congresso, é primeiro necessário uma proposta sem pontos radicais. Ele disse que o governo não vai apresentar uma segunda proposta, mudando a relatada por Rebelo, como foi cogitado. "Há coisas que precisam ser alteradas simplesmente no modo como foram escritas." Por outro lado, disse que há risco de confrontos no Congresso e que, se a bancada rural ou a do meio ambiente não estiverem dispostas a ceder, a reforma não deve passar antes de junho. "Se a reforma não for concluída, teremos de trabalhar com novos prazos para os produtores", acrescentou.

 

Área - Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a área das lavouras passou de 40 milhões para 77 milhões de hectares entre 1975 e 2006. Mesmo assim, a de matas e florestas teria aumentado de 70 milhões para 100 milhões de hectares no mesmo período. Essas florestas abrangem vegetação natural e plantada mantida nas propriedades rurais para pastoreio, preservação permanente ou reserva legal.

 

Banco do Brasil - O Banco do Brasil recuou da posição de alerta em relação ao prazo. Principal agente financeiro do crédito rural, havia lançado circular avisando que, a partir de 12 de junho, não liberaria mais financiamentos para produtores que não tenham averbada a reserva legal. A medida provocou reação do setor produtivo, que alega que a instituição não pode considerar as propriedades irregulares antes de uma definição do governo. Até que novos prazos sejam afixados, a questão tende a ficar indefinida. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

CHUVA NA COLHEITA: Safra de risco tardio

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À medida que as colheitadeiras avançam, os produtores da Região Sudoeste do Paraná percebem que os altos e baixos dos efeitos do fenômeno La Niña sobre a agricultura se anulam. As áreas mais problemáticas estão, ao contrário do que se previa, em regiões onde sobrou água. A tarefa de retirar a produção do campo, no entanto, depende neste momento de uma pausa nas chuvas.

Preocupação - As previsões de pancadas de chuva em todas as regiões do estado para esta semana preocupam o setor. Por outro lado, a tendência é de redução nas precipitações a partir de agora, permitindo que a colheita finalmente saia da casa de 1% e ultrapasse os 5%. O problema é a queda na qualidade dos grãos, com casos concretos de perda, e a expansão da ferrugem. Dos 612 casos registrados até ontem, 260 ocorreram no Paraná.

 

Bons rendimentos - Com cerca de meio milhão de hectares plantados com soja, o equivalente a 11% da área total destinada à cultura no Paraná, o Sudoeste iniciou a colheita de milho e soja com bons rendimentos. As marcas mais comuns são superiores às alcançadas na temporada passada. No entanto, o alto volume de chuvas registrado em janeiro e fevereiro agora é problema concreto. Em pontos isolados, chegou a chover mais de 400 milímetros em 12 dias, relataram os produtores. Em 700 hectares de soja de Nelson de Bortoli, 500 estariam perdidos. Ele estima prejuízo de R$ 1,5 milhão.

 

Produtividade - A avaliação geral, porém, é que casos isolados não devem derrubar o índice médio de produtividade do Sudoeste. Presidente de um os maiores grupos sementeiros do país, com fazenda no município de Renascença, Fernando Guerra revela que os agricultores da região não pouparam esforços ao investir em alta tecnologia neste ano. Ele acredita que irá colher até 70 sacas por hectare nesta safra, contra 60 colhidos ano passado. A esperança está sustentada na aparência das plantas da região. Muitas vagens apresentam formação de quatro grãos de soja.

 

Vigor - Em Coronel Vivida, as lavouras também mostram vigor. Com 550 hectares semeados com soja, Euclides Munaretto pretende retirar 65 sacas por hectare do campo, ante 58 sacas por hectare colhidos na safra 2009/10. "Fiz três aplicações de fungicidas e garanti o sono", conta o produtor, que deve dar a partida nas colheitadeiras até o final deste mês. Na mesma região de Munaretto, os produtores também identificaram problemas com ardido. "A maioria aplicou dessecante para conseguir fazer a safrinha logo em seguida. Depois de aplicar o produto, choveu 10 dias seguidos, potencializando o problema", explica Munaretto. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

COCAMAR II: Dia de Campo vai abordar integração lavoura x pecuária

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A Cocamar finaliza detalhes para a realização, nesta quarta-feira (23/02), em Iporã, do dia de campo sobre integração lavoura e pecuária. A programação começa às 14h na Unidade de Difusão de Tecnologia (UDT) da cooperativa. O trabalho tem a participação da Embrapa e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). O acesso é restrito a cooperados convidados. A integração é apresentada, na região, como uma forma de potencializar a receita das propriedades e também a economia da região do arenito caiuá, onde se vê, em maior parte, pastagens degradadas. (Imprensa Cocamar)

SOJA I: Preço sobe 42% no Paraná

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O produtor paranaense de soja não vê a hora da chuva dar uma trégua para iniciar a colheita da safra 2010/2011. Com preços excelentes, a commoditie agrícola já atingiu a casa dos R$ 48 para a saca de 60 kg, uma elevação de 42% comparado ao mesmo período do ano passado, quando o agricultor negociou o grão na média de R$ 33,29. Os dados são do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab/Deral).

Mercado aquecido - De acordo com Margorete Demarchi, engenheira agrônoma do Deral, o mercado está bem aquecido devido à elevada demanda mundial por alimentos, inclusive dos insumos para a produção de carne. Além disso, o aumento do consumo chinês - principal comprador de soja em grãos do Brasil - garante a base dos preços internacionais. ''A safra no Paraná deste ano deve fechar em 13,79 milhões de toneladas. Um pouco abaixo da safra do ano passado, que ficou em 13,93 milhões'', calcula a especialista.

 

Início imediato - Entretanto, é preciso que a colheita inicie imediatamente. Devido às fortes chuvas de fevereiro, até agora foi colhido apenas 1% de toda a safra, sendo que o ideal seria dez vezes esse valor. ''Não adianta o produtor ter preço, mas não ter produto para comercializar. Dia a dia essa situação vai se agravando e isso pode impactar nos preços diretamente. Há produtores que já perderam dinheiro, mas ainda não é possível dimensionar os prejuízos'', explica Margorete.

 

Ponto de maturação - No oeste do Estado, por exemplo, a soja já está em ponto de maturação há pelo menos dez dias. Em todo o Paraná, 26% da safra está nessa fase, ideal para a colheita. Um dos fatores que ocasionou este problema foi o plantio antecipado da soja no ano passado, que agora com ciclos menores devido à tecnologia das sementes, acabou atingindo o ponto de colheita neste período chuvoso. ''O produtor está certo em fazer esse calendário, já que ele quer iniciar o plantio do milho o quanto antes, evitando as geadas na cultura'', relata a engenheira agrônoma do Deral.

 

Venda antecipada - Pelos cálculos do Deral, 21% da safra do Paraná já está vendida. Como base no retrospecto dos últimos três anos, cerca de 45% da produção de soja em grãos do Estado vai para o mercado internacional. ''No ano passado, o produtor não deixou de faturar com a commoditie a R$ 33,29. Os preços dessa safra estão realmente interessantes'', complementa Margorete.

 

Custo operacional - Robson Mafioletti, engenheiro agrônomo da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), comenta que o custo de produção operacional da soja ficou estável em comparação ao ano passado, entre R$ 28 e R$ 30. ''A safra está boa, e deve fechar com uma produção de 48 sacas por hectare. Não há motivo para tanto desespero. Se a chuva parar, em menos de dez dias já é possível entrar na lavoura para a colheita'', finaliza. (Folha Rural / Folha de Londrina)

COMMODITIES: Cotação da soja recua no fechamento da semana

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A queda nas exportações de soja dos Estados Unidos e a possibilidade de a China substituir importações do grão americano pelo produzido na América do Sul fizeram com que as cotações em Chicago recuassem no pregão de sexta-feira (18/02). Os contratos com vencimento em maio terminaram o dia a US$ 13,81 por bushel, em queda de 35,50 centavos de dólar. Segundo a Bloomberg, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que as vendas semanais americanas somaram 396,3 mil toneladas, queda de 59% ante a semana anterior. Além disso, a China cancelou uma compra de 120 mil toneladas de soja americana. No mercado interno, a saca de soja foi cotada a R$ 46,87 na sexta-feira no Paraná, queda de 0,99%, segundo levantamento do Seab/Deral.

Trigo - Os preços do trigo fecharam em baixa no pregão de sexta-feira na bolsa de Chicago, diante das especulações de que as medidas do governo chinês para conter a inflação do país possam ter efeitos sobre a importação do grão. A expectativa de analistas ouvidos pela Bloomberg é que a preocupação da China em controlar os preços internos possa fazer com que a economia do país desacelere, fato que pode reduzir as importações de trigo, em especial dos Estados Unidos. Na sexta, em Chicago, os contratos com vencimento em maio fecharam o dia a US$ 8,5575 por bushel, em queda diária de 27,75 centavos de dólar. Em Kansas, os papéis com mesmo vencimento caíram 23,25 centavos, para US$ 9,4075 por bushel. No Paraná, a saca foi cotada a R$ 25,77, alta de 0,08%, segundo o Seab/Deral. (Valor Econômico)

RECEITA FEDERAL: Prazo de declaração de débitos e créditos tributários é prorrogado

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A Receita Federal prorrogou para a próxima quarta (23/02) o prazo para a entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) pelas empresas. O prazo anterior vencia na terça-feira passada (15). A instrução da Receita foi publicada nesta sexta-feira (18/02) no Diário Oficial da União. A DCTF deve ser preenchida por todas as empresas tributadas pelo imposto de renda, nos termos estabelecidos pelo Lucro Real e Lucro Presumido, a partir do limite estabelecido em lei. A declaração conterá as informações relativas aos tributos e às contribuições apurados pela empresa mês a mês, os pagamentos, eventuais parcelamentos e as compensações de créditos, como as informações sobre a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. (Agência Brasil)

COASUL: Padronização de serviços garante qualidade dos produtos

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Com o objetivo de melhorar a qualidade dos produtos oferecidos pela Coasul Cooperativa Agroindustrial, foi realizada, no mês de fevereiro, uma rodada de reuniões para padronização das normas de recepção, classificação, armazenagem, secagem e transferência de grãos nas unidades de Dois Vizinhos, São João, Nova Lurdes, Chopinzinho, Mato Branco, Sulina, Saudade do Iguaçu, Porto Barreiro e Rio Bonito do Iguaçu.

Qualidade - O gerente supervisor de entrepostos, Celso Luiz Sganzella, esclarece que as medidas vão garantir que os grãos tenham o mais alto padrão de qualidade do campo até o consumo nas fábricas de rações da cooperativa. Além dele, também auxiliou no desenvolvimento do projeto o analista de recebimento, beneficiamento e armazenagem de cereais, Josemar Carpenedo.

 

Consumo - Com o início do funcionamento da fábrica de rações que atende ao fomento avícola da Coasul, o consumo do milho, principalmente, teve grande alta. Hoje, o grão que era comercializado fora da cooperativa, fica nela mesmo. A ração, por sua vez, é consumida pelos pintainhos alojados nos aviários integrados, que seguem depois de 43 dias para o abatedouro de aves e então para a mesa do consumidor com os produtos LeVida. "Por isso, a preocupação com toda a cadeia de produção", justifica Sganzella.

 

Energia elétrica - Além da melhoria na qualidade, a padronização desses serviços oferecidos pela cooperativa vai refletir diretamente no consumo e desperdício de energia elétrica. "Como vai existir um padrão para horário de secagem, temperatura, umidade e etc, esperamos reduzir os índices em até 30%", destaca Celso.

 

Certificação - Em 2010 a Coasul certificou os armazéns de grãos das unidades de São João, Chopinzinho e Renascença, conforme Lei nº 9.973, de 10/05/2000, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em 2011, as unidades de Bom Sucesso do Sul, Rio Bonito do Iguaçu e São Jorge D'Oeste devem ser certificadas. As outras unidades da cooperativa devem ser reorganizadas até 2013. (Imprensa Coasul)

INFRAESTRUTURA: Ministro minimiza risco de apagão

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Os produtores "precisam ter peito e enfrentar o desafio" de vencer o risco de apagão logístico no escoamento da atual safra de soja, a maior da história do país, disse ontem o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wag­ner Rossi. Em entrevista à Expedição Safra Gazeta do Povo, em Brasília, ele argumentou que o setor público precisa reagir, mas que o setor privado também deixou de investir em transporte e estrutura de armazenagem.

Responsabilidade - A declaração foi rebatida pelo presidente da Organização das Cooperativas do Brasil, Márcio Freitas. Em sua avaliação, com a colheita já em andamento, o governo sabe que "não tem o que fazer e está transferindo responsabilidade".

 

Alerta - O risco de apagão logístico foi apontado na última semana por lideranças do agronegócio, entre elas o ex-ministro da Agricultura e deputado federal Reinhold Stephanes (PMDB). Administradores de rodovias e a própria Polícia Rodoviária Federal se preparam para enfrentar sobrecarga nas estradas.

 

Soja - A área da soja foi ampliada e a produção tende a passar da casa de 68 milhões para mais de 70 milhões de toneladas. No caso do milho, a safra de verão tende a render perto de 32 milhões de toneladas. A expectativa da Companhia Na­cional de Abastecimento (Conab) é de que a safra de grãos 2010/11 ultrapasse, pela primeira vez, a faixa de 150 milhões de toneladas.

 

Concentração - O ritmo dos trabalhos no campo e o mercado contribuem para concentrar o escoamento da safra em poucas semanas. Aprovei­tando as primeiras chuvas, os produtores plantaram praticamente todas as lavouras a partir de novembro. Por isso, a colheita deve ocorrer num período mais curto que o normal, com mais força em março.

 

Vendas antecipadas - Com o mercado pagando bem, os produtores anteciparam a venda de aproximadamente 40% da produção. E devem continuar vendendo durante a colheita. Para não gastar com armazenagem, a tendência é que o setor tente entregar a produção o quanto antes. Se essa estratégia for adotada, os armazéns podem ser suficientes, mas as rodovias e portos serão mais testados do que nunca.

 

 

"Choradeira" - Para o ministro da Agricultura, a "choradeira" dos produtores é "exagerada". Em sua avaliação, o problema não é tão grave. "Temos capacidade de armazenagem estática compatível com a safra", avaliou. "A dificuldade se dá pela inexistência, praticamente, da intermodalidade." Se houvesse mais integração entre rodovias, ferrovias e hidrovias, a situação seria confortável, apontou Rossi, para quem as reclamações são resquícios de uma visão "antiga" sobre a realidade do agronegócio.

 

Reação tímida - O ministro disse reconhecer que o governo tem responsabilidade sobre os "gargalos" - falta de estrutura para armazenagem, transporte e embarque - que atrapalham o escoamento da safra de soja e milho, forçando aumento de 5% no preço do frete, conforme estimativa do próprio setor de transporte. Ressaltou que existem obras em andamento em ferrovias, hidrovias e rodovias. "A responsabilidade do governo é colocar [à disposição dos produtores e cooperativas] recursos a juros contidos", acrescentou. Por outro lado, disse que a reação do setor tem sido tímida. "Armazenagem é atividade privada", ressaltou.

 

Burocracia - Segundo o presidente da OCB, os recursos são insuficientes e não chegam ao produtor pelo excesso de burocracia. "O dinheiro existe mas ninguém consegue pegar." Ele argumentou ainda que os juros de 6,75% ao ano, na verdade, custam ao produtor entre 10% e 12% por causa de restrições dos programas de financiamento e de serviços que os bancos associam ao crédito.

 

Necessidade - Conforme estimativa da OCB, o governo ofereceu cerca de R$ 3 bilhões para investimento em infraestrutura na última safra. Parte desses recursos não foi tomada. Mesmo assim, a avaliação é de que seriam necessários R$ 10 bilhões ao ano. "A cada ano temos mais problemas. Isso não foi encarado de frente pelo governo. É responsabilidade do Estado, sim", disse Freitas. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

EXPEDIÇÃO SAFRA I: Soja e feijão disputam safrinha

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Enquanto a maior parte dos produtores de grãos se preocupa com o plantio do milho safrinha, no Sudoeste do Paraná é a soja e o feijão que protagonizam a disputa por terreno para o inverno. Juntas, as duas culturas ocupam na região quase o dobro da área destinada à segunda safra de milho que, apesar de ter crescido 2,6 mil hectares da última temporada para a atual, deve alcançar somente 41,5 mil hectares.

Inferior  - O número é inferior à área de feijão (2.ª safra), estimada em 42 mil hectares, conforme a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). A oleaginosa, por sua vez, vai abocanhar 38 mil hectares no Sudoeste, o que corresponde a 34% de toda a área da cultura nesta época no estado.

 

Soja safrinha - Nas propriedades visitadas pela Expedição Safra Gazeta do Povo até esta quarta-feira (16/02), observa-se que a soja safrinha ocupará áreas já cobertas pela oleaginosa no verão, enquanto o feijão deverá entrar nas áreas plantadas de milho. A decisão em plantar soja sobre soja reduz o potencial produtivo das lavouras, que rendem cerca de 20 sacas (60 quilos) por hectare a menos na colheita de inverno.

 

Feijão - O golpe sofrido com a forte queda dos preços da saca de feijão na última safra não assusta os produtores do Sudoeste. Eles acreditam em uma recuperação dos preços até a próxima colheita. "Quando o preço está baixo no plantio, é sinal de que pode melhorar na colheita", avalia Wilson Ranpi, da Fazenda Santo André.O produtor pretende plantar 60 hectares de feijão à medida que as colheitadeiras forem passando pelas lavouras de milho. A área é maior do que a da safra recém-colhida, que ocupou cerca de 30 hectares.

 

Mercado - Já o agricultor de Pato Branco André Luiz Ceni sustenta a manutenção da área de 15 hectares com feijão da 2.ª safra na antecipação da colheita do produto. "Como o feijão é o primeiro a entrar no mercado após a 1.ª safra, a chance de pegar melhores preços é maior", afirma. Em relação à 1.ª safra, Ceni revela que toda a produção de feijão ainda está estocada à espera de comprador. O valor atual, segundo ele, é de R$ 55 por saca, mas apenas nominal.

 

Custos - Além da menor rentabilidade prevista para o cultivo de milho na 2.ª safra, o risco e o custo do plantio do cereal também são mais altos do que com o feijão, complementa Fabrício Monteiro, técnico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), que acompanha a Expedição no Sudoeste do Paraná. Sem contar que, para aproveitar a janela climática ideal, os produtores deveriam ter iniciado a semeadura do milho em dezembro ou janeiro, o que não seria possível neste ano. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)