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PORTO DE PARANAGUÁ: Campo teme apagão logístico

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A suspensão da emissão de senhas do sistema Carga On-Line ainda não conseguiu desafogar o tráfego de caminhões que aguardam às margens da BR-277 para descarregar em Paranaguá. A medida foi tomada pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) na quarta-feira (09/03) em caráter emergencial e, segundo o superintendente, Airton Maron, deveria durar apenas um dia. No início da noite de ontem, contudo, caminhoneiros ainda enfrentavam congestionamento de 20 quilômetros para chegar ao terminal.

 

Apagão logístico - O setor produtivo informa que a lentidão no descarregamento dos caminhões ainda não compromete o cumprimento de contratos de exportação, mas alerta para o risco de um apagão logístico durante o pico da colheita de grãos caso o problema não seja resolvido em breve. Com parte da frota retida na fila do porto e a colheita avançando no campo, transportadoras relatam que já estaria faltando caminhões para escoar a safra e começam a reajustar os preços do frete.

 

Terceirização - Segundo Antonio Carlos Bentin de Lacerda, diretor comercial da Sementes Mutuca, de Arapoti (Campos Gerais), os atrasos já teriam elevado em 50% o custo do frete curto (até 100 quilômetros) na última semana. Alci Domingos Cozer, sócio-proprietário da Geral Agrícola, de Honório Serpa (Sudoeste do estado), conta que os congestionamentos o obrigaram a terceirizar parte do transporte dos grãos. "Contratei 30 viagens. Se minha frota não ficasse esperando na fila, poderia fazer pelo menos metade dessas 30 viagens por conta própria", diz. Cozer diz já ter gasto mais de R$ 40 mil desde o início do ano com a contratação de veículos terceirizados.

 

Motoristas - Na avaliação de Alessandro Oliveira, funcionário de uma transportadora, os motoristas também perdem, ao ficarem impossibilitados de fazer novos trabalhos. "Em vez de estar aqui parado, o motorista poderia estar rendendo dinheiro com outras viagens. A transportadora também perde, com manutenção e com gasolina. Todo mundo perde", diz.

 

Agricultores - Os agricultores também estariam tendo prejuízos. "A deficiência lá na ponta, no porto, contamina toda a cadeia e redunda em preços mais baixos para o produtor", avalia Nelson Costa, superintendente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Levantamento da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) mostra que a cotação da soja caiu 3% neste mês. Para o consultor da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) Luiz Antonio Fayet, o maior entrave é a falta de investimentos em infraestrutura portuária. "O corredor de exportação do porto paranaense precisa ser reequipado. Poderíamos carregar o dobro por dia se os equipamentos entre os armazéns e os navios fossem mais ágeis."

 

Desgaste - Segundo Costa, da Ocepar, os compradores entendem que com chuva não é possível embarcar, mas ainda assim há um desgaste da imagem do Paraná no exterior. "O que é uma pena, porque acontece justamente em um momento de recuperação. Depois de problemas com transgênicos e o calado do porto, o estado estava começando a recuperar o espaço perdido." (Gazeta do Povo)

CRÉDITO: Definido prazo para bancos operarem Funcafé

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O Ministério da Agricultura está contratando instituições financeiras para atuarem na aplicação e administração de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). As linhas de crédito terão a finalidade de constituir margem de garantias e ajustes diários nas vendas de mercado futuro (bolsas de valores) e a auxiliar produtores que tiveram cafezais prejudicados por chuvas de granizo.

 

Mercado futuro - No caso do mercado futuro, o financiamento funcionará como um mecanismo de proteção de preços negociados em bolsas de mercadorias por produtores e cooperativas. A margem de garantia é o valor exigido de todos os clientes para cobrir os riscos dos contratos em aberto. Os ajustes diários são decorrentes das oscilações de preços do produto negociado, com base em expectativas de oferta e demanda desse mercado.

 

Recuperação de lavouras - A aplicação na linha de recuperação de lavouras de café atingidas por chuva de granizo destina-se às plantações do grão da safra 2010/2011. Os beneficiários são cafeicultores que tiveram perdas decorrentes das chuvas de granizo ocorridas entre 1º de outubro de 2010 e 27 de janeiro de 2011, em pelo menos dez por cento da área de suas lavouras.

Pedido de contratação - Os bancos interessados em operar essas duas linhas de crédito devem integrar o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR). Os participantes deverão encaminhar o pedido de contratação até 31 de março para a Secretaria de Produção e Agroenergia (SPAE) do Ministério da Agricultura, no endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco D, 7º andar, edifício-sede, Brasília/DF, CEP 70.043-900. Os documentos necessários para a assinatura do contrato constam no Aviso do Ministério da Agricultura, publicado no Diário Oficial da União (DOU) da última quarta-feira, 9 de março. (Mapa)

RAMO CRÉDITO: Sicredi União inaugura a sua maior unidade em Londrina

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Londrina vai ganhar, nesta sexta-feira (11/03), a maior unidade de atendimento da Sicredi União na cidade. Com mais de mil metros quadrados de área construída, está situada em local considerado estratégico pela cooperativa de crédito: a confluência das Avenidas Tiradentes e Maringá. A inauguração, com a presença de autoridades e convidados, será às 19 horas. Desde o início do ano passado, já foram inauguradas três unidades de atendimento na cidade: uma na Avenida Higienópolis, outra na Avenida Santos Dumont e mais uma na Ceasa, sem contar a de Cambé. Antes da fusão, a cooperativa possuía três unidades em Londrina: uma na Avenida Duque de Caxias, outra na avenida Tiradentes  e no distrito de Guaravera. O investimento no município, desde então, é estimado em mais R$ 20 milhões. As novas dependências compreendem dois pavimentos: no térreo, espaço de atendimento, projetado inclusive com acesso e serviço especial para deficientes; no andar superior, vai funcionar a sede regional da cooperativa, com salas para setores de apoio, diretoria e reuniões.

Potencial - O presidente da Sicredi União, Wellington Ferreira, destaca o grande potencial de Londrina para o fortalecimento do cooperativismo de crédito. Segundo ele, a principal meta é chegar nos próximos anos ao patamar de 10% dos depósitos do sistema financeiro no município. Esse índice já é praticado pela cooperativa em outras cidades, como Maringá, Paranavaí e Cianorte. "A receptividade dos mais diversos setores tem sido grande, pois a cooperativa não apenas oferece produtos e serviços de alta qualidade, como tem compromisso com o desenvolvimento regional", afirma.

Diferencial - Segundo Ferreira, a grande diferença da cooperativa de crédito para com as demais instituições está no fato de que "o associado é dono, participando de suas decisões, diferente do simples cliente". Por outro lado, acrescenta ele, "os resultados retornam aos associados em forma de estruturas, serviços e taxas mais competitivas". E, por fim, os recursos financeiros ficam na própria região, "apoiando o crescimento econômico".

Associados - Outro objetivo é ampliar nos próximos anos a base de associados para 100 mil. Para isso, é realizada desde o ano passado a Campanha "Sorte em Dobro", em que o novo associado, bem como o que o indicou, concorre a uma casa cada um.  "Vamos continuar ampliando também o número de unidades", cita Ferreira: "as oportunidades são muitas para uma cooperativa que está voltada à sua comunidade".

Números - Em 2010, a Sicredi União ampliou em 38% o número de associados, no comparativo com 2009, saltando de 33.903 para 46.966. Os ativos totais passaram de R$ 503,433 milhões para R$ 624,938 milhões. No mesmo período, a expansão do número de unidades foi de 20%, passando de 51 para 61, enquanto o quadro de colaboradores cresceu 13%, de 390 para 440 integrantes. De 2010 para 2009, o volume de depósitos evoluiu de R$ 267,117 milhões para R$ 325,392 milhões. Por sua vez, os recursos totais passaram de R$ 410,202 milhões para R$ 503,254 milhões.

Outros dados - Na mesma comparação, as operações de crédito subiram de R$ 331,713 milhões para R$ 432,811 milhões; o crédito rural, de R$ 167,131 milhões para R$ 216,84 milhões; o crédito geral de R$ 108,889 milhões para R$ 139,150 milhões, e os recursos repassados pelo BNDES, de R$ 55,693 milhões para R$ 77,576 milhões. Em 2010, o patrimônio líquido da Sicredi União chegou a R$ 76,794, contra R$ 68,509 milhões do ano anterior. (Imprensa Sicredi União)

EXPEDIÇÃO SAFRA II: Paraguai tenta superar marca recorde de 2009

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Com a colheita da soja a todo vapor, o Paraguai espera superar neste ano a marca recorde de 7,2 milhões de toneladas alcançada na temporada anterior. O país vizinho cultivou neste ano 2,8 milhões de hectares, área 4,5% maior que a do ano anterior, e espera colher cerca de 7,5 milhões de toneladas da oleaginosa. Com aproximadamente 30% da safra colhida, os resultados iniciais sustentam as previsões, conferiu a Expedição Safra Gazeta do Povo. No primeiro dia do roteiro em terras paraguaias, a equipe de técnicos e jornalista encontrou lavouras como a da foto ao lado, prontas para a colheita e com potencial para mais de 4 mil quilos por hectare.

Comparação - O analista técnico-econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) Robson Mafioletti, que acompanha a Expedição, compara a situação do Paraguai com a do Paraná, que também chegou a ter sua safra ameaçada pelo excesso de umidade. "À medida que a colheita da soja avança no Oeste do Paraná, avança também no Paraguai e vai confirmando que o impacto das chuvas não foi tão severo quanto se previa", constata.

Aumento de área - Ramón Gauto, coordenador de desenvolvimento rural da Federação de Cooperativas de Produção (Fecoprod), explica que a expectativa de superação se sustenta não só em bons rendimentos, mas também no aumento da área destinada à soja no Paraguai. "Houve expansão na região central e, principalmente, no norte e nordeste do país", cita.

Clima - Após um susto com as chuvas no início de 2011, o clima voltou a colaborar e a expectativa é de safra cheia, relata Gauto. Segundo ele, até o mês passado havia temor que a umidade prejudicasse não só a produtividade das lavouras, mas também a qualidade dos grãos. Uma trégua nas precipitações desde meados de fevereiro, entretanto, colocou a safra nos eixos novamente e reascendeu a esperança de boa produção neste ano. "Só quem colheu com alta umidade deve confirmar algum prejuízo. Mas será coisa pontual e não haverá grandes perdas."

Marca - Para Derlis Torales, diretor técnico da Cooperativa Iguazu, no departamento de Alto Paraná, a safra de soja 2010/11 dos seus associados deve, ao menos, igualar a marca do ciclo anterior, de 43 mil toneladas. Ele avalia que, se o clima continuar colaborando com o desenvolvimento da safra, a produção da cooperativa tem potencial para ultrapassar também o recorde registrado em 2007/08, de 56 mil toneladas. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

SOJA: Fundamentos do mercado voltam a impulsionar cotações

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As cotações de soja em grão voltaram a registrar altas expressivas, conforme pesquisas do Cepea. O atraso da colheita no Brasil, a falta de produto para cumprimento de contratos de exportação, os baixos estoques internacionais e a estimativa de que haverá necessidade de pelo menos mais uma safra para equilibrar novamente a oferta e a demanda deram o tom altista aos preços. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa para o produto transferido no porto de Paranaguá teve aumento de 3,76% entre 25 de fevereiro e 4 de março, finalizando a US$ 30,94/sc de 60 kg (em moeda nacional, a alta foi de 2,6%, para R$ 50,89/sc) na sexta-feira (04/03). O Indicador CEPEA/ESALQ (média de cinco regiões do Paraná) subiu 2,55% no mesmo período, fechando a R$ 47,79/sc. (Cepea- Centro de Estudos Avançados em Economia)

INFRAESTRUTURA II: A safra é nova, mas o Porto o mesmo

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Com 75 anos de história, o Porto de Paranaguá voltou a enfrentar dificuldades para o escoamento da safra deste ano. As grandes preocupações de caminhoneiros e do setor de agronegócio são com filas de carretas ao longo da BR-277, segurança e a velocidade de embarque. O consenso é de que, apesar da conclusão da dragagem dos berços de atracação, a estrutura geral continua a mesma. Há também a dúvida se a logística do cronograma de chegada de caminhões irá funcionar 100%. Além disso tudo, a espera dos caminhoneiros para o desembarque leva a aumento do frete. Outro pedido é para que haja aumento da capacidade de armazenagem do porto.

 

Pressa - ''Vamos ter muita fila de caminhão e de navio. Tivemos uma boa safra e os preços dos produtos estão bons'', disse o assessor técnico-econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo. Além disso, ele destacou que cerca de 25% a 30% dos produtores negociaram a safra por antecipação e isso deve fazer esses agricultores terem pressa em embarcar os produtos.

 

Entrave - Outro entrave para o escoamento, segundo ele, são os shiploaders (equipamentos carregadores que levam as cargas aos navios) que são obsoletos e, por isso, trabalham abaixo da capacidade. ''A infraestrutura do porto é a mesma apesar da dragagem que foi feita nos berços de atracação'', disse.

 

Ordem de Serviço - Ele defende que a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) enfatize a Ordem de Serviço 001/2006 que regulamenta o uso do pátio de triagem. Com isso, o caminhão não entra no porto se não estiver com navio nomeado e com o terminal no qual vai descarregar determinado. ''Queremos que a Ordem de Serviço seja republicada'', destacou.

 

Gestão - ''Vamos ter dificuldades. Nos últimos oito anos o porto ficou paralisado em termos de gestão'', disse o consultor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antonio Fayet. Segundo ele, o Conselho de Autoridade Portuária (CAP) chamou a atenção da Appa para aumentar a velocidade operacional. ''O cais virou estacionamento de navio. Não adianta só aumentar a extensão do cais. É preciso elevar a velocidade operacional'', afirmou.

 

Cotriguaçu - O superintendente da Cotriguaçu Cooperativa Central de Cascavel, Cândido Takashiba, disse que os problemas podem ser minimizados com a dragagem dos berços de atracação. Além disso, a operação também é prejudicada com as chuvas. A cooperativa pretende exportar 2,5 milhões de toneladas de soja, farelo de soja, milho e trigo, um aumento de 5% em relação a 2010.

 

Filas - Para o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Fetranspar), Luiz Anselmo Trombini, o grande problema são as filas. A demora para o desembarque leva a aumento do frete e pagamento de mais diárias para os motoristas. Hoje, a diária dos caminhoneiros é R$ 1 por hora e por tonelada.''O porto ficou muito tempo sem investimento e a dragagem foi realizada depois de muita briga'', destacou. Ele defende o aumento da capacidade de armazenagem do porto e a melhora da logística de entrada e saída dos navios. A Federação representa cerca de 16 mil empresas no Estado. (Folha de Londrina)

COCAMAR I: Luiz Lourenço pede desburocratização do crédito agrícola

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Em entrevista ao programa CBN Rural, da Rádio CBN Maringá, o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço defendeu uma revisão nas normas do crédito agrícola, visando a torná-lo mais acessível e atual. "Primeiro que, para fazer um financiamento no banco, é uma verdadeira operação burocrática de documentos e papeis etc., quando em outra operação, você tem um crédito automático. Então, seria razoável que o produtor tivesse um crédito agrícola como um cheque especial que qualquer cidadão tem. Essa é a primeira coisa: desburocratizar", explica Lourenço. "Segundo, estabelecer mecanismos de garantias de renda. Que o produtor plante, mas não fique com o prejuízo na mão se houver um problema climático, por exemplo", acrescenta.

 

 

Renda - De acordo com Lourenço, "essas questões todas parecem que estão andando, mas não estão andando, não estão solucionando o problema. O produtor não pode, de repente, ter uma frustração de safra e quebrar, isso não é admissível." A seu ver, o seguro precisaria funcionar basicamente nas questões que envolvem mais seriamente o agricultor: garantia de renda, financiamento mais rápido e de uma maneira ágil. "Criar condições de fato para o produtor se preocupar com o que é importante: plantar e colher", afirma.

 

 

Código - Sobre a possibilidade de a votação do novo Código Florestal ser adiada, como vem sendo cogitado, a opinião de Luiz Lourenço é que isto seria "um desastre". "As modificações no Código vão trazer um outro ânimo para a agricultura brasileira", justifica. Lourenço diz que está havendo empenho, por parte de diversos setores, para que ocorra a votação. "Pela primeira vez eu vejo uma movimentação muito grande. Isso é fato e deve ser ressaltado. Agora, o que vamos conseguir é uma incógnita, porque temos um pressão muito grande por parte das ONGs internacionais. Temos também alguns grupos ambientalistas muito primitivos com relação à questão da produção, para eles agronegócio é um palavrão", finaliza. (Imprensa Cocamar)

COPAGRIL: Evento apresenta novidades para o campo

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Durante os dias 02 e 03 de março, os visitantes do Dia de Campo Copagril edição 2011 puderam conferir o que há de mais avançado no setor do agronegócio e novidades na área de insumos, defensivos, suplemento animal, rações, vacinas, cultivares e sementes, pecuária entre outras atrações.   Com a participação de mais de 100 empresas expositoras, o evento, realizado em Marechal Cândido Rondon, se tornou uma grande vitrine para os produtores e visitantes estarem se atualizando dentro de cada área, podendo assim fazer negócios e aplicar o conhecimento dentro da propriedade rural. "É, sem dúvida, uma ótima oportunidade de conhecermos o que há de novo na agricultura. Para nós sempre é bom estar participando dos dias de campo da cooperativa, assim como fazemos todos os anos", comenta a produtora Norma Gonçalves Kreush, de Linha Novo Horizonte, distrito de Marechal Cândido Rondon.

 

 

Atrações - Os visitantes tiveram acesso a inúmeras atrações e novidades dentro da estação experimental, com opções para todas as idades. Para as crianças, as Secretarias de Educação de municípios da área de atuação da cooperativa liberaram os estudantes de algumas escolas que integram o programa Cooperjovem para visitar e conhecer a estrutura do Dia de Campo. No que tange à mulher, foram desenvolvidas mini-palestras coordenadas pela Associação dos Comitês Femininos da Copagril, a ACFC, onde inúmeras mulheres estiveram participando com o intuito de aprender e comercializar os produtos que lá estiveram em exposição. "A programação do Dia de Campo foi pensada na família, para que pudessem se sentir a vontade, cada um na sua preferência", comenta o coordenador geral do Dia de Campo, Enoir Primon.

 

Diferencial - Com objetivo de exposição e negócios, o evento oportunizou algumas promoções ou mesmo preços diferenciados ao consumidor. "Foi a oportunidade de fazer negócios, por isso que, nos dois dias do evento, os expositores apresentaram promoções e propostas diferenciadas e foram bons negócios", afirma Primon. Os visitantes também puderam conferir as novidades nos setores da pecuária, agrícola, máquinas e implementos com grande variedade e modelos de plantadeiras, tratores, pulverizadores entre outros.

 

 

Organizado - Com estes diferenciais, muitas famílias de produtores associados saíram satisfeitas do evento. "O Dia de Campo Copagril deste ano está realmente muito bom e para nós produtores é sempre bom estarmos conferindo as novidades e atrações. Isso está muito bem definido aqui no evento que diga-se, está muito bem organizado", afirmou a produtora rural associada Lucia Maria Eckstein, acompanhada do marido Adenson e filho Fábio Eckstein.

 

 

Dia de Campo 2012 - Com o objetivo de estar sempre aprimorando e trazendo um verdadeiro show tecnológico do agronegócio, os organizadores já projetam a edição 2012 do Dia de Campo Copagril. Uma das grandes novidades será a estação experimental da cooperativa. "A expectativa é de que no ano que vem já estejamos na nova área e com isso tende-se a ter um espaço maior, levando em consideração que a procura por expositores é grande e com isso se faz necessário um lugar mais amplo e confortável, tanto para empresas parceiras, quanto para o visitante", conclui Enoir Primon. A área nova fica localizada próxima à atual, na PR 491 nas proximidades do aeroporto e tem sua data confirmada para os dias 25 e 23 de Janeiro de 2012. (Imprensa Copagril)

IBGE: Agropecuária é o setor que mais cresceu na última década

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A agropecuária foi a atividade que mais cresceu nos últimos dez anos. A média do Produto Interno Bruto (PIB) do setor, que representa a soma em valores monetários de todos os bens e serviços produzidos, no período de 2000 a 2010, aponta um crescimento anual de 3,67%, enquanto o PIB geral do país mostra avanço de 3,59% (média por ano). A análise da série história foi feita pelo coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques, após a avaliação do resultado do último semestre de 2010 e a média final do mesmo ano, divulgados nesta quinta-feira (03/03), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Mudanças - "Podemos citar que os motivos desse crescimento alcançado pela agropecuária nos últimos dez anos são as grandes mudanças que ocorreram na agricultura e pecuária desde o final de 1999", destaca Gasques. Segundo o coordenador, a partir do ano 2000, políticas setoriais como o crédito rural foram destaque na economia brasileira, com a formação de uma curva de crédito em ascenção. Somente no período de 2003 a 2010, mais de R$ 270 bilhões foram aplicados em crédito no país. Os investimentos em modernas máquinas agrícolas, a mudança da política cambial de 1999 (que passou ao câmbio flutuante) e a inserção brasileira no mercado internacional, com o forte comércio de produtos em que antes o país não tinha tradição, como carnes, também foram responsáveis pelo desenvolvimento do setor na última década.   

 

Desempenho em 2010 - A atividade agropecuária cresceu 6,5% em 2010, ocupando o segundo lugar dos setores que mais cresceram no país. O levantamento do IBGE mostra que a economia brasileira cresceu 7,5% no ano passado, e um dos setores que puxaram esse incremento foi o consumo familiar, com 7% de aumento. Em valores, o PIB brasileiro totalizou R$ 3,675 trilhões e, o PIB da agropecuária, R$ 180,8 bilhões. Para o coordenador, a valorização das commodities exerceu importante papel nesse desempenho. "Principalmente quando nos referimos à análise do último semestre de 2010, período em que grande parte das atividades agrícolas já foi encerrada devido ao ciclo da safra brasileira, as exportações são destaque", ressalta Gasques. Ele informa, ainda, que setores específicos, como café, laranja, trigo e cana-de-açúcar também elevaram a taxa deste ano.

 

Crescimento linear - "O resultado positivo apresentado tanto no último ano, quanto na análise da série histórica da última década, mostra que o setor agropecuário vem em um crescimento constante e linear que tende a se repetir nos próximos anos", explica Gasques. Segundo o coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, em 2011, o Valor Bruto da Produção (VBP), um dos índices que compõem o PIB do setor, pode alcançar, em valores, aproximadamente, R$ 184,2 bilhões, um crescimento de 4,5% em relação a 2010, quando o valor registrado foi de R$ 176,2 bilhões. Confira o estudo do IBGE. (Mapa)

COMMODITIES: FAO e FMI realçam incertezas grãos sobem forte em Chicago

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Ainda que a maior parte das projeções aponte para a ampliação da oferta de cereais e grãos no Hemisfério Norte na safra 2011/12, cujo plantio começará a ganhar força em abril, a FAO, agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação, não descarta a possibilidade de novas altas das cotações internacionais de commodities agrícolas e pressão adicional sobre os índices inflacionários globais no curto prazo.

 

Incertezas - Em comunicado, David Hallam, diretor da divisão de comércio e mercado da FAO, diz que os atuais picos do petróleo - derivados da crise no Oriente Médio e no norte da África - ampliaram as incertezas na "já precária situação nos mercados de alimentos". A observação veio no contexto da divulgação de um novo levantamento do índice de preços de alimentos da agência, que bateu novo recorde em fevereiro. Sustentado por variações positivas nos grupos de cereais, lácteos, óleos e gorduras vegetais e carnes, o indicador atingiu 236 pontos, 2,2% mais que em janeiro e maior nível desde sua criação, em 1990. Só o açúcar caiu, mas, mesmo assim, pouco.

 

Efeitos - Além de estar presente na análise de Hallam, a palavra "incerteza" foi também muito utilizada por Caroline Atkinson, porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), em suas próprias considerações sobre os preços dos alimentos feitas em Washington. Nessa frente, o FMI, como a FAO, teme os efeitos das altas sobretudo nas populações mais pobres. Ela ressalvou, conforme relato da agência Dow Jones Newswires, que o petróleo também tem efeitos na inflação, mas principalmente nos países desenvolvidos.

Volatilidade - O fato é que a volatilidade perdura nos mercados de commodities agrícolas e que as cotações continuam elevadas, muito acima das médias históricas observadas até alguns anos atrás. Além das adversidades climáticas que prejudicaram as colheitas em países do Hemisfério Norte no ano passado, a demanda global segue firme, puxada por países emergentes.

 

Demanda - O fator demanda impulsionou os preços dos principais grãos negociados pelo Brasil no exterior na quinta-feira (03/03) na bolsa de Chicago, além de ter oferecido suporte às já estratosféricas cotações do algodão na bolsa de Nova York. Em Chicago, a boa procura por milho americano, com destaque para o apetite de Japão e México, provocou alta de 2,11% nos contratos com vencimento em maio - que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez -, que fecharam a US$ 7,3675 por bushel e passaram a acumular valorização de 90,5% em 12 meses, conforme cálculos do Valor Data.

 

Trigo - No mercado de trigo, o peso da expectativa de uma seca desfavorável em regiões produtoras dos EUA foi maior e os contratos de segunda posição de entrega (maio) subiram 1,51%, para US$ 8,2350 por bushel. Em 12 meses, a alta é de 59,67%. Na soja, a escolha de importadores da China de um carregamento dos EUA em detrimento de outro sul-americano reanimou o mercado e a segunda posição (maio) subiu 1,27% e voltou a superar US$ 14 por bushel - fechou a US$ 14,12.

 

Algodão - Em Nova York, o algodão disparou por conta de uma lufada otimista sobre o comportamento da economia mundial e testou novas máximas históricas. A segunda posição (maio) registrou alta de 2,54%, para US$ 2,0570 por libra-peso. Em 12 meses, o salto alcança 147,92%, conforme o Valor Data. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq para a libra-peso da pluma com entrega em 8 dias superou R$ 4, um novo recorde. (Valor Econômico)

MAIORES ECONOMIAS: Brasil fica em 46.º lugar em ranking de globalização

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Com índice de 3,37, o Brasil ocupou no ano passado a 46.ª colocação num ranking que mede o grau de globalização das 60 maiores economias mundiais, posicionado atrás de quatro outras nações latino-americanas: Chile (29.º), México (36.º), Colômbia (40.º) e Peru (41.º). O Índice de Globalização de 2010, calculado pela consultoria Ernst & Young em parceria com a Economist Intelligence Unit (EIU), mede negócios, investimentos, tecnologia, trabalho e integração cultural com outras economias em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de cada país. Na sondagem anterior, de 2009, o Brasil ocupava a 47.ª colocação, com índice de 3,13.

 

Capital - O Brasil se destacou na categoria "Capital" (índice 4,70), que indica que o fluxo de recursos para o País é intenso em relação a outras economias. O pior desempenho foi verificado no item "Tecnologia", com índice 2,72. A pesquisa foi feita com base em questionário aplicado a 1.050 executivos de todo o mundo, entrevistas com 20 executivos sênior e líderes de companhias. O primeiro do ranking é Hong Kong, com índice 7,48. O Irã ocupa o último lugar, com 2,27.

 

Investimento - De acordo com a Ernst & Young, 70% dos entrevistados disseram ter planos para aumentar o Investimento Estrangeiro Direto (IED) nos próximos três anos. E 17% dos executivos responderam que aumentarão esse valor em 20% neste período. Em relação aos mercados emergentes, o estudo revela que metade das empresas pesquisadas leva em conta apenas dois aspectos para o planejamento de investimentos: projeções de crescimento econômico e tributação. Além disso, direcionam só uma pequena parte dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D).

 

Desenvolvimento tecnológico - Para os autores do ranking, o desenvolvimento tecnológico continua sendo uma das principais chaves para o aumento do índice de globalização. E foi justamente no item "Tecnologia" que o Brasil recebeu sua nota mais baixa. Para a Ernst & Young, a rápida adoção da internet e de tecnologias móveis pelos mercados emergentes "é um poderoso mecanismo por trás da melhor integração de negócios, capitais e cultura".

 

Retomada da globalização - Em uma visão geral do estudo que acompanha o ranking "Vencendo em um Mundo descentralizado - A globalização e a mudança nos negócios", o índice de globalização dos países aumentou após a crise financeira de 2008 e, conforme a consultoria, essa tendência de alta deve continuar até 2014. Para Luiz Passetti, sócio no Brasil da Ernst & Young Terco, grandes oportunidades de negócios nos mercados emergentes são um dos motivos para a retomada da globalização.

 

Oportunidades - "Essas oportunidades, aliadas ao desenvolvimento da tecnologia e uma recuperação econômica mundial, garantirão um aumento no nível de globalização nos próximos anos", disse. Passetti explicou que, agora, o desafio para as empresas é buscar equilíbrio entre globalização e atuação local. Segundo ele, a convergência entre países desenvolvidos e emergentes eleva o número de mercados estratégicos para as multinacionais. (Agência Estado)

RAMO CRÉDITO I: Credicoamo tem sobras de R$ 28,9 milhões em 2010

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JUROS: Copom eleva taxa básica para 11,75% ao ano

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reajustou nesta quarta-feira (02/03), em 0,5 ponto percentual, a taxa básica de juros (Selic) para 11,75% ao ano. O novo índice ficará em vigor pelos próximos 45 dias, até nova reunião do colegiado de diretores do BC, agendada para dias 19 e 20 de abril. Foi o segundo aumento consecutivo de 0,5 ponto percentual depois da retomada do processo de ajuste monetário, iniciado em janeiro. Em nota divulgada logo depois da reunião, o Copom diz que "dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, [o Copom] decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 11,75% ao ano, sem viés." A decisão foi em linha com a expectativa majoritária dos analistas financeiros, expressa no boletim Focus divulgado pelo BC na última segunda-feira (28/02). (Agência Brasil)

SOJA: Embarques em fevereiro caem em relação ao ano passado

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As exportações de soja do Brasil em fevereiro ficaram em um terço do total embarcado em igual mês do ano passado, informa a Reuters, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior. Segundo o órgão do Ministério do Desenvolvimento, o Brasil exportou 224,9 mil toneladas do grão no mês passado ante 663,8 mil toneladas em fevereiro de 2010. A queda reflete o atraso no plantio e na colheita de soja na safra 2010/11. Já os embarques de milho em fevereiro quase dobraram na mesma comparação, saindo de 553 mil toneladas há um ano para 1,18 milhão de toneladas mês passado. No caso do açúcar, a média de embarques elevados, de quase um milhão de toneladas, foi mantida, segundo a Reuters. (Valor econômico)

AGRÁRIA: Novidades em milho e soja serão apresentadas em Entre Rios

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Pesquisadores da Fapa (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária) e empresas de maquinário e de insumos da agricultura apresentam, nesta quarta e quinta-feira (02 e 03/03), seda da Fapa, no distrito de Entre Rios, novidades para culturas de verão. Com foco em soja e milho, o Dia de Campo de Verão da Cooperativa Agrária, edição 2011, deverá mais uma vez se confirmar como referência na difusão de informações técnicas da agricultura. Isso porque os pesquisadores apresentam e debatem com os participantes resultados de experimentos realizados na região de Guarapuava. Para quem vive do campo, é a oportunidade de saber como superar desafios em suas condições geográficas específicas, como o combate a doenças da lavoura, a correta adubação do solo e a melhor utilização de variedades transgênicas, entre outros. Também participa do evento o Sindicato Rural de Guarapuava.

Destaques - Um dos destaques da programação será a palestra do agrônomo Dirceu Gassen, que vai abordar o tema "Processos de produção para altos rendimentos", no dia 2, às 11h30, e às 13h30 e no dia 3, às 11h30.

A Agrária também vai lançar, pela primeira vez, uma cultivar de soja com sua marca (AFS 110 RR). O material já poderá ser conhecido pelos visitantes em lavouras experimentais na Fapa.

 

Programação - Com atividades das 8h às 17h, o primeiro dia do evento é dedicado exclusivamente aos cooperados. O segundo é aberto ao público em geral (cooperados que desejarem também podem comparecer no dia 3). Todos os anos, o dia de campo tem atraído produtores rurais, agrônomos e estudantes de cursos superiores ou de nível médio ligados à produção agrícola.

 

Horários - As palestras serão ministras de manhã, das 9h às 9h30 e das 10h30 às 11h. À tarde, das 15h30 às 16h e das 17h às 17h30. Os temas são Manejo de doenças na cultura do milho, com Heraldo R. Feksa; Impacto e contribuição dos novos eventos transgênicos no controle de pragas na cultura do milho, com Celso Wobeto; População de plantas e adubação em cultivares de soja, com Sandra M. V. Fontoura e Vitor Spader e Alternativa para melhoria da qualidade do plantio de milho / Plantio de milho a taxa variável, com Thiago M. Machado. (Imprensa Agrária)

OPINIÃO: Crise árabe atinge o agronegócio

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*Geraldo Barros

À medida que a crise no mundo árabe se alastra, seus efeitos sobre o restante do globo vão sendo sentidos. Trata-se de região importante produtora de petróleo e altamente dependente de importações, inclusive do agronegócio. Os altos preços de alimentos, aliás, foram relevantes para o surto de revoltas nessa região de elevada concentração de renda e marcante pobreza.

Quando o turbilhão atingiu a Líbia, ficou sob risco direto o suprimento de petróleo, especialmente na Europa, com destaque para Itália, França e Alemanha. O mercado mundial reagiu com expressiva elevação de preços. Permanecendo esse quadro, ficaria caracterizado um choque de oferta, com o conhecido resultado de aumento da inflação e queda da atividade econômica.

O aumento do petróleo aprofunda as dificuldades decorrentes de já se acharem altos os preços de produtos vinculados a recursos naturais (alimentos, fibras, minérios, metais), cuja oferta não acompanha o crescimento da demanda mundial. Como os desarranjos produtivos no Norte da África, com possível extensão para a Ásia, dificilmente serão superados com brevidade, paira sobre a economia global o espectro de recaída numa crise, ainda em processo de superação.

É importante, porém, ter em conta que os impactos de aumentos no preço do petróleo hoje são menores do que no passado. Muitos países têm atualmente um sistema produtivo bem mais eficiente no uso da energia. É, pois, provável que, embora prossiga a ressaca da crise anterior, os maiores estragos da nova crise se restrinjam aos próprios países árabes.

Para o agronegócio, importa saber que boa parte do crescimento esperado na demanda de alimentos na próxima década está associada aos países da África e Oriente Médio. Daí que, em sequência imediata ao agravamento da crise na Líbia e seus reflexos sobre o preço do petróleo, os mercados de grãos - como trigo, soja e milho - reagiram com forte baixa. Na mesma direção atuaram as notícias de que China e Índia buscavam uma pequena frenagem em suas locomotivas econômicas.

O que a experiência ensina é que os preços de alimentos e petróleo - e commodities em geral - tendem a se movimentar nas mesmas direções embora a curtíssimo prazo possam seguir rumos discrepantes. Tanto na crise dos anos 1970 como na de 2008, distúrbios na produção de petróleo e transtornos climáticos levaram a altas substanciais de preços de ambos. Imprevidências na condução de políticas macroeconômicas agravaram os efeitos perversos do choque de oferta.

Tudo isso considerado, é provável que a crise no Norte da África traga alguma turbulência sem, porém, alterar significativamente o quadro de alta de preços tanto de petróleo como de alimentos, enquanto for mantido o atual crescimento rápido mesmo face ao aumento da inflação mundial. 

Após a queda, os mercados de grãos, prudentemente, parecem ter entrado em ritmo de espera para melhor avaliar a extensão dos danos da crise e dos ajustes em andamento.

*Professor titular da USP/Esalq e coordenador científico do Cepea/Esalq/USP