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INFRAESTRUTURA II: Exército instala ponte de metal no acesso de Morretes à BR-277

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Para restabelecer a normalidade de tráfego entre a BR-277 e o município de Morretes, no Litoral do Estado, o 5º Batalhão de Engenharia do Exército começou nesta terça-feira (15/03) a instalação de uma ponte metálica sobre o Rio Sagrado Três, na PR-408, na região da Martha. No local havia uma ponte de cimento que não resistiu às intensas chuvas. Cerca de 60 oficiais trabalham na estrutura de 32 metros de comprimento. A montagem da nova ponte deve ser concluída até o final da tarde desta quarta-feira (16/03) e a utilização será provisória - cerca de um mês - até que a antiga seja reconstruída. A rodovia faz parte do Anel Integração e sua manutenção é feita pela Concessionária Ecovia, que opera a BR-277 no trecho Curitiba-Paranaguá.

Recomendação - As demais rodovias estaduais do litoral estão dando acesso a todos os municípios da região, mas o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) recomenda que as viagens só sejam feitas em casos de extrema necessidade. As rodovias ainda operam em meia-pista na grande parte de sua extensão, e os motoristas precisam redobrar a atenção. O DER ainda recomenda que todo deslocamento só seja feito após consulta à Polícia Rodoviária Estadual pelo fone 198. (AEN)

ABAG: Sistema Ferroviário do Brasil será tema de Fórum

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O agronegócio brasileiro é reconhecido por sua competência na produção agropecuária, mas com gargalos de logística e infraestrutura para competir com mais força nos mercados internacionais. Trata-se de problemas que prejudicam drasticamente o escoamento da produção e principalmente a rentabilidade do produtor.  Com as dimensões territoriais do país, a intermodalidade na matriz de transporte aparece como ponto essencial para assegurar melhores resultados para as cadeias produtivas.

Fórum - Para discutir a competitividade do Sistema Ferroviário Brasileiro, a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja) realizam o XX Fórum ABAG, no dia 25 de março, a partir das 8h30, no Hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo.

 

Participantes - Participam do encontro o diretor da ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres, Bernardo Figueiredo, o professor e diretor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), José Vicente Caixeta, o consultor para logística de transportes da CNA - Confederação Nacional de Agricultura, Luiz Antonio Fayet e o Presidente da ANUT - Associação Nacional dos Usuários de Transportes de Carga, Luís Valdez.

 

Transporte ferroviário - Em razão de baixos investimentos na via permanente e de uma estrutura regulatória inadequada, o transporte ferroviário apresenta desempenho muito aquém da necessidade do agronegócio e do País. Consultas públicas recentes da ANTT poderão estimular a concorrência e reverter esta situação. Segundo o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, o sistema ferroviário é de fundamental importância para o país, beneficiando toda a população quanto à produção de grãos. "O modal ferroviário gera economia em fretes, o que possibilita redução dos custos ao produtor", afirma.

 

Modais - Nossa matriz logística é composta em 58% pelo modal rodoviário, enquanto o ferroviário responde por 25%, segundo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em países como os Estados Unidos, de grande dimensão territorial, onde a produção percorre grandes extensões, o modal ferroviário é o principal meio de transporte da produção. Os norte-americanos possuem mais de 200 mil quilômetros de ferrovias, com crescimento de 3% ao ano. Já no Brasil é inferior a 30 mil quilômetros, desde metade do século passado.

 

Problemas - "O transporte da produção é tema de extrema importância para o produtor brasileiro. A redução dos custos logísticos no Brasil passa por investimentos e melhorias dos serviços do sistema ferroviário. A precificação dos valores de frete é sempre um assunto sensível. Outros pontos dizem respeito à contratação de cargas de acordo com a capacidade de movimentação das empresas, bem como o transporte na data estipulada pelo contrato. Como a colheita da soja 2010/11 já esta em curso, esses problemas precisam ser dirimidos", explica o Presidente da Abag e da Abiove, Carlo Lovatelli.

 

Serviço - Tema do Fórum: Competitividade do Sistema Ferroviário Brasileiro / Data:  25 de março de 2011

Horário: 8h30 às 11h30 / Local: Hotel Tivoli Mofarrej - Alameda Santos, 1437 - Cerqueira César - São Paulo. (Assessoria de Imprensa Abag)

OPINIÃO: O Paraná e a agricultura brasileira

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* Zeca Dirceu

Nesta semana, o IBGE confirmou que o Paraná retomou a posição de liderança na produção nacional de grãos. São 31 milhões de toneladas na safra 2010/2011. Mais do que espetacular, é sempre bom lembrar que o Estado, com apenas 2,3% do território nacional, participa com 20% na produção e já chegou a representar 25% na última década.

A performace paranaense exemplifica o ótimo momento da agropecuária brasileira. Nos últimos anos, o setor contribui, e muito, com o desenvolvimento, com a geração de empregos e com o crescimento da economia do país. É a atividade que mais cresceu nos últimos dez anos. A média do PIB (Produto Interno Bruto) do setor aponta um crescimento anual de 3,67%, enquanto o PIB geral do país mostra avanço de 3,59% (média por ano). Em 2010, o PIB brasileiro totalizou R$ 3,7 trilhões, e o PIB da agropecuária, R$ 180,8 bilhões.

Esse desempenho é resultado do empenho e do esforço dos produtores, somados às grandes mudanças da última década no setor. Entre elas, notadamente, o aumento do crédito rural. Foram mais de R$ 270 bilhões entre 2003 e 2010. O governo federal, atento às mudanças, aumentou ainda mais o volume de recursos ao crédito para acompanhar o crescimento da produção. Nesta safra, os produtores rurais têm R$ 100 bilhões em crédito para custeio e investimentos. A agricultura familiar tem R$ 16 bilhões. Na safra passada, o total do crédito agrícola foi de R$ 107,5 bilhões.

Além do crédito, as mudanças vieram com a modernização do parque de máquinas e com a inserção brasileira no mercado internacional.  O país se fortaleceu no comércio de produtos em que antes não tinha tradição, como o de carnes e sucos, entre outros. No setor, as exportações brasileiras chegam hoje em 215 países.

Todas as medidas e ações, das empresas e do setor público, potencializaram o agronegócio brasileiro, que fechou 2010 com superávit superior a U$ 60 bilhões. O setor é responsável por quase metade das exportações brasileiras, que totalizaram US$ 72 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 12 bilhões.

No entanto, há gargalos consideráveis que precisam ser enfrentados para baixar os custos de produção e tornar o produto brasileiro mais competitivo no mercado internacional. É preciso investimentos significativos em logística, armazenamento, nas estradas rurais, nas rodovias e em novos modais no transporte de safras, substituindo, por exemplo, o transporte rodoviário por ferrovias, portos e aeroportos.

Na outra ponta se faz necessário, além do crédito e de incentivos, dotar os pequenos e médios produtores de informação, tecnologia e assistência técnica. São ações que vão assegurar à agricultura familiar atributos e qualidades empresariais, evitando que ela degenere numa agricultura de subsistência.

Há bons exemplos nos municípios brasileiros. Em Cruzeiro do Oeste, no Noroeste do Paraná, o programa Terra Fértil subsidia a produção, reduz custos, aumenta a produtividade, aumenta a renda e o emprego no campo. A doação de mudas, a distribuição de calcário e adubo, a adequação das estradas rurais, a mecanização agrícola trazem resultados significativos e de excelência nas pequenas e médias propriedades.

Com investimentos em vários níveis nas duas pontas da produção - do pequeno ao grande produtor -, o país vai resolver seus gargalos e se tornar, como prevê a FAO, o maior produtor de alimentos do mundo. A produção agrícola brasileira aumentará 40% até 2019 - crescimento superior ao da Rússia, Ucrânia, China e Índia, que devem registrar percentual médio superior a 20% no mesmo período.

É esse o desafio que se apresenta nesta década.

*Zeca Dirceu, 32 anos, é deputado federal pelo PT do Paraná - www.zecadirceu.com.br / www.twitter.com/zeca_dirceu

COASUL: Cooperados participam de concurso de perdas na colheita da soja

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O município de Francisco Beltrão está realizando o 1º Concurso de Redução de Perda na Colheita de Soja. Diversos cooperados da Coasul Cooperativa Agroindustrial estão participando da ação. Um deles, o cooperado de Boa Esperança do Iguaçu, Luiz Biavatti, já recebeu no dia 11 de março a Comissão de avaliação, composta por integrantes da Emater, Departamento de agricultura, Safras e da Coasul. A área d o produtor é de 31 ha. O cooperado, Osvaldir Magnagnagno, do mesmo município, também está concorrendo, e no dia 07 de março a Comissão avaliou a área de 38 ha em sua propriedade.

Concurso - O Concurso é coordenado pela Seab e Emater, com apoio de outras entidades. A área de abrangencia da ação são os 27 municípios da Região Sudoeste. O objetivo é avaliar a perdas de grãos no momento da colheita realizadas pelos produtores. O resultado final será revelado no dia 20 de maio em Francisco Beltrão, com premiação aos concorrentes. (Imprensa Coasul)

INFRAESTRUTURA I: Chuva piora escoamento da safra em Paranaguá

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Os problemas para escoamento da safra de grãos pelo porto de Paranaguá, que começaram com filas de caminhões carregados na BR-277, ganharam proporções maiores nos últimos dias. As chuvas intensas levaram à suspensão de transporte pela ferrovia e rodovias que passam pela Serra do Mar. Houve queda de barreiras e de pontes. A América Latina Logística (ALL), que reteve desde sexta-feira (11/03) cerca de mil vagões carregados com grãos que seguiriam para Paranaguá, espera liberar o trecho hoje no fim do dia. Para recuperar o tempo em que os trens ficaram parados por causa de alagamentos e desmoronamentos, a empresa pode reduzir o espaço entre as descidas, conforme a necessidade.

BR 277 - Na BR-277, que liga Curitiba ao porto, parte da pista cedeu no quilômetro 13 e duas pontes caíram, nos quilômetros 18 e 24. A reconstrução, segundo a Ecovia, concessionária que administra a rodovia, pode demorar até seis meses. Ontem o trânsito foi liberado em uma das pistas, mas com restrições, porque uma ponte no quilômetro 26 está com a estrutura prejudicada e só era permitida a passagem de um veículo por vez.

 

BR 376 - Na BR-376, que liga a capital paranaense ao litoral de Santa Catarina, também houve queda de barreiras e a rodovia foi totalmente interditada. O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), criou um gabinete de emergência para ajudar a população do litoral que foi atingida e está isolada. Segundo ele, o ministro Nelson Jobim informou que o Exército pode disponibilizar uma ponte metálica para ajudar a resolver o problema.

 

Falta de cargas - A direção do porto de Paranaguá emitiu nota informando que, caso as interdições se prolonguem, pode haver falta de cargas para exportação e problemas para o descarregamento de fertilizantes. A movimentação de mercadorias pelo terminal ainda não foi afetada e há estoque de grãos nos armazéns para embarque nos próximos dias.

 

Solução emergencial - O gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flavio Turra, comentou que é preciso encontrar uma solução emergencial, com desvios e pontes provisórias, para que a exportação possa ser feita por Paranaguá e São Francisco do Sul (SC), portos onde são embarcados 32% e 13% da produção de soja do Estado, respectivamente. "Boa parte da soja já está vendida e com contratos para esses portos", disse. "Um plano B [que envolva outros portos] é muito difícil e só seria viável no médio e no longo prazo". Turra acrescentou que a liberação de trens vai ajudar e, como o escoamento de milho aconteceu mais cedo, os armazéns estão em melhores condições na origem. (Valor Econômico)

INFRAESTRUTURA II: Safra de grãos está interditada

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A dificuldade de acesso ao litoral pode dificultar ainda mais o escoamento da safra paranaense, que já vinha sendo prejudicado pela lentidão no carregamento dos navios atracados no Porto de Paranaguá. Como os caminhões já não conseguem chegar ao porto e a ferrovia - responsável pelo transporte de 30% da colheita - tende a ficar bloqueada até amanhã, pode faltar espaço para armazenar grãos no interior. Algumas cooperativas afirmam que têm condições de estocar a colheita por apenas mais uma semana. Na outra ponta, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) admite que poderá faltar carga para os navios, o que geraria uma fila de embarcações.

Navios - Nesta segunda-feira (14/03) à noite, 23 navios aguardavam liberação para atracar - normalmente, são 15. Estipulado em contrato, o prazo para carregamento normalmente é maior em Paranaguá do que em outros terminais, em razão do histórico de chuvas no porto na época de safra. Passado o prazo, que chega a 20 dias, os exportadores têm de pagar a "demourrage", espécie de multa diária pelo atraso, que pode ser de até US$ 50 mil por dia.

 

Tráfego - O tráfego na BR-277 estava liberado ontem para veículos leves, mas os caminhões estão sendo retidos no acostamento, antes da praça de pedágio, na altura do km 60. A fila se prolongava até o km 70 e continuava por mais 4 quilômetros na BR-116, que cruza a BR-277, totalizando 14 quilômetros.

 

Emissão - A Appa suspendeu a emissão de senhas do sistema Carga On-line ainda na semana passada, mas ontem - três dias após a tragédia que interrompeu o tráfego na rodovia - ainda havia caminhões seguindo para o litoral. O Carga On-line controla o fluxo de cargas em direção ao porto e, em tese, os caminhões só devem sair da origem com uma senha liberada. A Appa fez um apelo aos produtores e às cooperativas para que não enviem carga sem autorização.

 

Liberação - Segundo a Ecovia, concessionária que administra a BR-277, o tráfego de caminhões será liberado "nos próximos dias", de forma lenta. A ponte do km 26 sofreu danos na estrutura e a concessionária, junto com a Polícia Rodoviária Federal, optou por não permitir a passagem de veículos pesados até que haja uma solução provisória - a reforma completa deve durar 6 meses.

 

Sem carga - O temor da Appa é que a BR-277, mesmo após liberada para caminhões, não comporte fluxo grande o bastante para manter cheios os armazéns do porto. A carga disponível até ontem era suficiente para carregar quatro navios. "Depois disso, e se for prolongada a interrupção da BR-277, pode faltar carga para exportar", afirmou o superintendente da Appa, Airton Vidal Maron. Ontem, o pátio de triagem do porto, que tem capacidade para mil caminhões e esteve lotado nas últimas semanas, tinha 600 vagas desocupadas.

 

Sol - "Havendo sol, haverá espaço nos armazéns em quatro a cinco dias", afirma o gerente da unidade da Cooperativa Agropecuária Mourãoense (Coamo) em Paranaguá, Alexandro Cruzes. A Coamo é uma das nove empresas que têm silo próprio no porto. Outra delas, a Cargill, afirmou que suspendeu o envio de caminhões ao porto e "estuda alternativas logísticas, considerando a capacidade de recebimento de outros portos".

 

Mobilização - A Ocepar, representante das cooperativas, pediu mobilização do governo e da concessionária. "Precisamos de um programa emergencial para viabilizar o escoamento da safra de forma mais rápida", afirmou Flavio Turra, gerente técnico e econômico da Ocepar.

 

Transportadoras - Em nota, o Setcepar, que representa as transportadoras, criticou a falta de investimentos em infraestrutura portuária. "O porto deveria receber mais investimentos em armazéns." (Gazeta do Povo)

INFRAESTRUTURA III: Cooperativas temem descumprir contratos

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A indefinição sobre a situação das estradas preocupa as cooperativas do estado, que temem não cumprir os contratos de exportação. Sem ter uma posição concreta do governo ou das concessionárias que administram as rodovias, a Cooperativa Castrolanda, que tem sede em Castro, nos Campos Gerais, prevê dificuldades. "A grande incerteza é em relação ao Porto de Paranaguá. Não temos previsão de quando a situação vai se normalizar. Não há nenhuma resposta. Além disso, a safra de milho atrasou e acumula agora com a de soja. Também não há caminhos alternativos", lamenta o gerente agrícola da cooperativa, Márcio Copacheski.

Outros portos - Sobre a possibilidade de desviar o carregamento para outros portos, a hipótese é descartada por Copacheski. "Se pudéssemos desviar, iríamos para Santa Catarina, mas a BR-376 também está com problemas. Mesmo assim, depois que se inicia um embarque, não há como mudar o navio de porto", explica.

Cocamar - A Cocamar, de Maringá, informou que a concentração de cargas da cooperativa é na região Norte e Noroeste do estado. Segundo sua assessoria de imprensa, os produtores estão entregando a safra nos 56 entrepostos e a cooperativa está fazendo o transbordo para o parque industrial, em Maringá. Por enquanto, não há registro de falta de espaço para armazenar os grãos. A Cocamar exporta café, farelo de soja e suco concentrado e congelado de laranja.

 

Cargil - Em nota, a Cargill, que tem unidade nos Campos Gerais, informou que teve de suspender o envio de caminhões, o que "provocará mudanças também na cadeia de produção, tais como o atraso na colheita da soja e alteração na qualidade dos grãos por causa do aumento da umidade, além de um possível atraso no plantio de milho na safrinha".

 

Preço bom - Outro agravante da atual safra é o bom preço dos grãos, que fez com que boa parte da produção já tenha sido negociada. "No ano passado, a safra foi negociada num espaço maior de tempo", afirma Nilson Hanke Camargo, assessor técnico-econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). (Gazeta do Povo)

EXPEDIÇÃO SAFRA I: O levante da soja no Paraguai

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Beneficiado pelo clima, o Paraguai registra nova expansão da safra de soja, commodity que sustentou o crescimento de 14,5% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 - o maior índice registrado no continente americano. As 8,1 milhões de toneladas que estão sendo colhidas são recordes e consolidam um levante capaz de mudar o perfil socioeconômico do país.

Arrendamento - A cada 500 hectares plantados, os produtores estão arrecadando cerca de R$ 1 milhão, com rentabilidade que passa de 50% nas áreas mais produtivas, apurou a Expedição Safra Gazeta do Povo. A equipe de técnicos e jornalistas percorreu 800 quilômetros em território paraguaio e encontrou o setor em clima de euforia, pela produção e pelos bons preços da commodity.

 

 

Invasões - A ligação do presidente Fernando Lugo, eleito em 2008, com os movimentos sociais paraguaios não agravou o quadro de invasões de terras por campesinos como temiam os produtores de soja. O governo estaria dando mais atenção à população pobre - um terço dos 6 milhões de habitantes. A onda de invasões anunciada para esta safra vem sendo controlada pelo governo, conforme o ABC Color, jornal de maior tiragem no Paraguai.

 

 

Capitalização - Os produtores e cooperativas querem aproveitar o bom momento para se capitalizar e ganhar legitimidade enquanto alicerce da economia. A Federação de Cooperativas de Produção (Fecoprod) defende que uma das saídas para o desenvolvimento é o fortalecimento do campo, onde se concentram os casos de extrema pobreza. "A expansão da atividade agrícola favorece os pequenos produtores, que são a maioria", argumenta a diretora-executiva da Fecoprod, Ruth Martínez.

 

 

Entidade - A entidade representa 33 cooperativas agrícolas, que têm 18 mil associados. Mais da metade deles são produtores familiares, com menos de 50 hectares, e estariam melhorando de renda no embalo da cadeia da soja, em atividades como a produção de leite, carne e grãos. Eles plantam 300 mil hectares do grão, e colhem média de 3,5 mil quilos/ha, índice comparado às áreas mais produtivas dos Estados Unidos, Brasil e Argentina.

 

 

Fortes - As próprias cooperativas estão cada vez mais fortes, afirma Ramón Gauto, coordenador de Desenvolvimento Rural. A Fecoprod acaba de inaugurar sede de US$ 1 milhão em Assunção. O desafio do país é agregar valor à produção. O ministro da Agricultura, Enzo Cardozo Jiménez, sonda cooperativas agroindustriais do Paraná, como a Agrária, de Guarapuava, em busca de investidores. "Fomos ao país e avaliamos a situação. O interessante seria não só industrializar, mas também produzir", afirma Arnaldo Stock, diretor financeiro da Agrária.

 

 

Brasileiros - Em boa medida, o levante da soja é puxado por brasileiros, que representam 60% dos produtores. E também por seus filhos, muitos deles nascidos no Paraguai. Aos 24 anos, o brasiguaio Fabiano Borges Bizugnin está entre os líderes em produtividade. Passou de 4 toneladas por hectare e planeja ampliar em 10% a lavoura de 500 hectares na próxima safra. "O clima do último ano foi perfeito", resume ele, agricultor desde a adolescência.

 

 

Novas áreas - Quem quer se firmar na agricultura tem pressa em comprar novas áreas. As terras estão cada vez mais valorizadas no Paraguai. O hectare custa o equivalente a R$ 25 mil na região da soja, faixa leste do país. O valor se equipara ao do Oeste paranaense, região que concentra os solos mais produtivos do estado, compra o agrônomo Carlito Ganja, a Lar Paraguay.

 

 

Serviço - Acompanhe a Expedição Safra no blog www.gazetadopovo.com.br/expedicaosafra. Nesta semana as equipes passam por SC, RS, MA e TO. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

COMMODITIES: Apesar do Japão, grãos sobem em Chicago

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No dia em que analistas ainda tentavam entender o real impacto do terremoto e do tsunami no Japão sobre o mercado internacional de grãos, os contratos de milho, soja e trigo fecharam em alta nas bolsas americanas. A soja com vencimento em maio subiu 5,50 centavos de dólar, para US$ 13,40 por bushel na bolsa de Chicago. Os contratos de milho, com o mesmo vencimento, fecharam com ganho de 1,75 centavo a US$ 6,66 e os de trigo, com alta de 2 centavos a US$ 7,2075 por bushel.

Impacto - Analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires disseram que a localização do terremoto e do tsunami que afetaram o Japão deve limitar o impacto na comercialização de commodities agrícolas dos EUA. Ele admitem, porém, ainda não ter uma avaliação clara sobre danos na infraestrutura. O Japão é o maior consumidor de milho e carne suína dos EUA e também um grande consumidor de soja e trigo. A expectativa é de que o desastre afete o fluxo de produtos para o país. A área mais afetada foi o norte do Japão.

 

Armazenagem - Segundo a AgResource Co., de Chicago, a capacidade de armazenagem de grãos do Japão pode ser reduzida em 15% a 20%, o que limitaria as importações. A empresa estima que as compras externas japonesas de milho poderiam cair entre 500 mil e 1 milhão de toneladas. O país compra quase 30% do milho exportado pelos EUA - 15,4 milhões de toneladas na última safra.

 

Portos - Mas, segundo a Dow Jones, o maior dano parece ter ocorrido nos portos do norte do Japão, pequenos para movimentar navios americanos. Já os portos maiores, no sul, podem voltar a operar nas próximas semanas, conforme nota do Morgan Stanley. Se esse cenário se confirmar, não deve haver impacto no fluxo de comércio. Além de portos, unidades de processamento de ração também foram afetadas, segundo analistas, o que pode interromper as importações. Mas as fábricas estão localizadas principalmente na parte central do país, que foi menos destruída. (Valor Econômico)

COAMO: Produtores rurais aceleram colheita em Campo Mourão

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Desde a segunda quinzena de fevereiro, as máquinas estão no campo colhendo a safra 2011. Até agora, mais de metade da área total plantada com soja, de 575 mil hectares, já foi colhida na região. O receio de muitos produtores quanto a estragos com a seca no período de plantio e as chuvas que marcaram as primeiras semanas de colheita não tem se confirmado e os resultados preliminares são ainda melhores do que em 2010, considerado um ano muito bom para a cultura.

Produtividade - No ano passado a área plantada com a cultura era 570 mil hectares, um crescimento de pouco mais de 1%. Nos 24 municípios que pertencem ao Núcleo Regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), a média está sendo de 130 sacos por alqueire. "O ano passado já foi um ano excepcional para a agricultura em termos de rendimento e estamos um pouco acima da média de 2010 e este número ainda pode aumentar com o fechamento da safra", coloca Anderson dos Santos, economista do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab.

 

Ponto de colheita - O economista apontou que a maioria da produção está em ponto de colheita e que chuvas prolongadas poderiam trazer prejuízos aos agricultores. "Para ter problema seriam precisos de 10 a 15 dias com chuva seguidos. Mas os produtores não precisam se preocupar, as previsões apontam que até amanhã a possibilidade de chuva ainda é grande, mas para a próxima semana o céu volta a ficar limpo", coloca.

 

Poucas perdas - Até o momento, poucas perdas foram registradas na safra. "Somente em casos isolados. No começo da colheita, em regiões que normalmente são colhidas mais cedo, atrasou um pouco pela chuva e alguns produtores registraram perdas, mas agora normalizou isso e na média geral está sendo muito positivo o resultado." O produtor ganha com a produtividade e, ao contrário de anos anteriores, ganha também com o preço. Neste mesmo período, na safra 2010, a saca de soja de 60 quilos era vendida a R$ 31,00. Hoje a mesma saca está a R$ 43,50.

 

Motivos - Para o diretor presidente da Coamo Agroindustrial Cooperativa, José Aroldo Gallassini o bom momento vivido pela agricultura pode ser explicado, entre outros fatores, pelos estoques mundiais baixos, o comportamento do dólar e a crise em alguns países. "Os preços já estão altos hoje e podem continuar assim durante o ano. Quando a produção é boa já é meio caminho andado; porém é na hora de vender a safra que o agricultor define se a comercialização será lucrativa ou não", analisa.

 

Tendência de alta - No início da colheita, o grão chegou a R$ 48,00. "A tendência é que volte a subir esse preço", acrescenta Santos. A comercialização, grande gargalo da produção agrícola, também está vivendo um bom momento. "Tivemos um avanço de vendas antecipadas este ano. Na média geral do Estado, já é mais de 30% comercializado. Muitos produtores aproveitaram no começo que o preço estava muito alto e já garantiram o rendimento."

 

Milho ganha espaço - Motivados pelo preço, muitos agricultores estão voltando a apostar no milho safrinha e as máquinas precisam dividir seu tempo entre a colheita da soja e o plantio da safrinha. "Virou basicamente uma febre, muita gente está plantando. O preço é o grande incentivador. Para se ter uma ideia da mudança na situação para a cultura, no ano passado, nesta época o milho era comercializado a R$ 13,00 a saca", elenca Santos. Hoje o produto é vendido até por R$ 23,40, alta de 70% no valor de mercado.

 

Comemoração - Em 2010, muita área que agora recebe as sementes de milho estava parada. "Muita gente tinha plantado aveia ou com áreas sem produção. Nossa primeira estimativa aponta que o milho safrinha vai ter uma área de 250 mil hectares, uma elevação de 20% com relação ao ano passado e este número pode aumentar, conforme avança o plantio." Segundo ele, após anos de sucessivas perdas, o produtor hoje só tem a comemorar. "Não tem do que ele reclamar, o rendimento está bom e o preço também tem ajudado", finaliza. (Tribuna do Interior)

INFRAESTRUTURA: Ferroeste entrega projeto de novo ramal ao governo federal

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O presidente da Ferroeste, Maurício Querino Theodoro, entregou à Valec - Engenharia, Construções e Ferrovias, estatal ligada ao Ministério dos Transportes e responsável pela construção e exploração de infraestrutura do setor, o projeto executivo do ramal ferroviário que ligará Cascavel a Guaíra, no Oeste do Paraná. Participou da audiência, na sexta-feira (11/03) em Brasília, o diretor de Operações da Ferroeste, Mauro Fortes Carneiro.

Importância estratégica - Theodoro disse que Fernando de Castilho, analista de infraestrutura de transporte ferroviário da Valec, considera o projeto de grande importância estratégica para o País. Dentro de dez ou quinze dias, segundo informou Castilho, a Valec vai publicar o edital para contratação de empresa para fazer o estudo de viabilidade e de traçado do ramal da Ferroeste (Cascavel-Dourados-Maracaju).

 

Licitação inicial - O presidente da Ferroeste explicou que a licitação inicial deve demorar de três a cinco meses e, depois disso, será enviada para o Ministério dos Transportes, que deve encaminhar o projeto para o PAC. Para o presidente da Ferroeste, se houver vontade política das lideranças paranaenses a execução da ferrovia Cascavel-Guaíra começa em 2012. "Durante este ano, os técnicos vão se debruçar sobre os estudos de viabilidade e na correção do projeto de engenharia já existente para este trecho", segundo informou.

Empenho - Theodoro disse que deixou claro para os representantes da Valec que tanto o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, José Richa Filho, quanto o governador Beto Richa estão empenhados na execução da obra. "Esse é um projeto que não tem partido. É do Paraná", disse ele. "Toda a bancada paranaense está envolvida nele".

 

Documentação - A documentação da Ferroeste foi entregue à Valec juntamente com o estudo do Eia/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental). Além do projeto executivo do trecho Cascavel/PR-Guaíra/PR, o presidente da empresa apresentou o estudo complementar da linha Guaíra-Maracaju/MS e também uma sugestão de traçado para o trecho Guarapuava-Porto de Paranaguá.

 

Viabilidade - Para estudar a viabilidade das novas linhas da Ferroeste, o Ministério dos Transportes criou em fevereiro um grupo de trabalho. Integram o colegiado, representantes dos governos do Paraná e do Mato Grosso do Sul, Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e Valec.

Integração - A audiência desta sexta-feira é o desdobramento de encontro entre o governador Beto Richa e o governador André Puccinelli, do Mato Grosso do Sul, em fevereiro, para unir esforços em torno de um projeto de integração ferroviária dos dois estados através da Ferroeste. O encontro teve ainda a participação do secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, e do presidente da Ferroeste.

 

PAC - O traçado da ferrovia foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-1), do governo federal, em 2008, mas o projeto não progrediu, por falta de apoio do Paraná. Agora a intenção é incluir a obra - que tem custo estimado de R$ 1,6 bilhão - no PAC-2. A saída por trem por Paranaguá é a melhor alternativa para escoar a produção daquela região do centro-oeste brasileiro, que chega a 5 milhões de toneladas de grãos, 2,5 bilhões de litros de álcool e 1,5 milhão de toneladas de açúcar para exportação, por ano.

 

Economia - Segundo o presidente da Ferroeste, o produtor economiza em torno de um dólar por tonelada transportada por ferrovia em relação ao transporte rodoviário. Para ele, este é um dinheiro que fica na cadeia produtiva. "No caso do Mato Grosso do Sul, são aproximadamente 5 milhões de dólares apenas da safra de grãos. No Paraná podem ser pelo menos outros 8 milhões de dólares". Outra vantagem é o tempo ganho no transporte. De caminhão, do Mato Grosso do Sul a Paranaguá, a viagem dura em torno de três dias. Pela ferrovia, o percurso pode ser feito em 18 horas. (AEN)

COMMODITIES: Pressão a vista sobre os preços

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Em alta acentuada desde meados de 2010, os preços da maior parte das commodities agrícolas negociadas pelo Brasil no exterior registraram fortes quedas na semana passada nas bolsas americanas e passaram a acumular perdas neste mês, ainda que os patamares praticados continuem elevados mesmo em meio à crescente volatilidade. Se já não havia sinais concretos de que a instabilidade poderia arrefecer, em boa medida por causa do forte aumento da carga especulativa nos mercados agrícolas nos últimos anos, com as turbulências no Oriente Médio e no norte da África e o terremoto no Japão na semana passada eles se tornaram mais nebulosos.

Incógnita - "É preciso esperar o inesperado", insistia Antonio Sartori, da corretora gaúcha Brasoja, quando o foco da tensão no mundo árabe estava no Egito, não na Líbia, e os japoneses ainda conseguiam se concentrar na busca de saídas para a sua já combalida economia, não de corpos. "O futuro do mundo das commodities é uma grande incógnita", afirma Fabio Silveira, da RC Consultores.

 

Longo prazo - A consideração de Silveira foi feita com o olhar no longo prazo, no qual ele confere ao mercado de petróleo um papel fundamental para a definição das futuras oscilações agrícolas. Mas pode ser adaptada perfeitamente bem para esta semana que se inicia, na qual o viés da instabilidade parece ter se invertido. Se de julho de 2010 a fevereiro de 2011 a intensa volatilidade produziu resultantes em geral altistas para as commodities agrícolas, graças a seus fundamentos, o quadro mudou - pelo menos para os próximos dias.

 

Petróleo - Isso porque a tensão estacionada sobre poços de petróleo passou a atrair mais investimentos financeiros às bolsas do "ouro negro" - maximizando suas altas e tirando peso das commodities agrícolas, apesar da demanda global aquecida e dos recentes problemas climáticos que afetaram as ofertas - e o alcance dos reflexos da tragédia no Japão nas economias do país e do mundo ainda é incerto.

 

Nova York e Chicago - Cálculos do Valor Data baseados nas variações de contratos futuros de segunda posição de entrega (normalmente a de maior liquidez) de produtos negociados nas bolsas de Nova York (açúcar, café, cacau, suco de laranja e algodão) e Chicago (soja, milho e trigo) mostram que apenas o café resistiu à erosão e subiu na semana passada (0,59%). Os demais registraram quedas, que variaram de 2,95% (suco) a 13,64% (trigo). Com isso, só café (0,99%) e algodão (1,06%) passaram a acumular valorizações em março. Em 2011, unem-se a ambos no terreno positivo de variações o cacau, o suco, o algodão e o milho, e nos últimos 12 meses as oito commodities que fazem parte do levantamento registram altas acumuladas, que vão de 12,12% (suco) a 143,76% (algodão). (Valor Econômico)

CICLO 2010/11: Safra recorde vai impactar positivamente na economia do PR

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BATAVO: Evento técnico vai reunir mulheres cooperativistas

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Na próxima segunda-feira (14/03), as mulheres cooperativistas da Batavo Cooperativa Agroindustrial estarão reunidas para uma tarde técnica, a partir das 13h30, na sede da  Associação do Parque Histórico de Carambeí, na região dos Campos Gerais.  A primeira palestra será ministrada pelo presidente da Associação do Parque Histórico de Carambeí (APHC), Dick Carlos de Geus, que fará um breve relato sobre a história da imigração holandesa na região, além de apresentar a Vila Histórica e o Projeto do Parque, em 3D. Segundo Dick, a vinda das mulheres cooperativistas para o parque será de grande valia para vivenciarem o projeto e conhecerem mais detalhadamente como serão as festividades no início de abril.

Apresentação cultural - Um momento especial foi preparado às participantes em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 08/03. O grupo folclórico holandês mirim, composto de alunos da Escola José Pedro, fará uma apresentação alusiva ao centenário, com os integrantes trajados tipicamente com roupas e tamancos holandeses.

Palestra técnica - O evento também contará com a palestra do empresário e administrador em Finanças e Engenharia Financeira, Altemir Farinhas, que há 24 anos atua no mercado financeiro. Autor de dois livros, ele abordará o tema Equilíbrio Financeiro, dirigindo atividades práticas na área de controle orçamentário domiciliar e familiar. De acordo com a comissão organizadora, o evento é uma oportunidade das participantes visualizarem os gastos e despesas mensais e criarem uma sistemática própria de controle, já que a mulher desempenha um papel importante neste processo também dentro da propriedade rural. Segundo o palestrante, este trabalho também representa uma chance das mulheres aprenderem a conduzir suas próprias finanças pessoais de forma equilibrada, com competência suficiente para melhorar a sua qualidade de vida e das pessoas a sua volta. (Imprensa Batavo)

SEBRAE: R$ 2,5 milhões serão investidos em projetos de cooperativas de crédito

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O Sebrae vai apoiar projetos de cooperativas de crédito de micro e pequenas empresas voltados para o desenvolvimento de boas práticas. Para isso, acaba de lançar um edital no qual estão previstos um total de recursos não reembolsáveis da ordem de R$ 2,5 milhões. As cartas-consulta, documento de apresentação do projeto, deverão ser entregues pelas unidades estaduais do Sebrae até o próximo dia 13 de abril.

 

Aperfeiçoamento da gestão - No universo de mais de 1,4 mil cooperativas de crédito existentes no Brasil algumas se destacam em criatividade, inovação, desempenho e devem ter suas experiências replicadas, pondera o diretor técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. "Esta chamada representa importante instrumento para acelerar o amadurecimento e aperfeiçoar a gestão das cooperativas que atuam com os pequenos negócios", destaca. Desde 2003, a instituição desenvolve atividades de articulação institucional e disseminação de conhecimento e melhores práticas do cooperativismo de crédito.

 

Público-alvo - O público-alvo do edital são as cooperativas de crédito, já constituídas, em constituição e/ou em transformação, que atuem com pequenos negócios, por meio de projetos das unidades estaduais do Sebrae e em regiões desassistidas de serviços financeiros. O edital encontra-se disponível no site www.uasf.sebrae.com.br. Serão aceitos os projetos com soluções inovadoras que contemplem, isoladamente ou em conjunto, os seguintes atributos: atuação em novos territórios ainda não atendidos; criação e/ou adequação de novos produtos e serviços financeiros para empreendedores individuais e micro e pequenas empresas; novos nichos de atuação dos pequenos negócios; e novas ferramentas e tecnologias de gestão.

 

Avaliação - Uma comissão interna irá avaliar os projetos. O julgamento será baseado em critérios estabelecidos em duas etapas: uma de enquadramento, eliminatória, e outra de classificação. Cada unidade estadual do Sistema Sebrae poderá apresentar apenas uma única proposta, sendo de até 70% a participação financeira total da instituição nacional, limitado a R$ 250 mil, e participação mínima estadual de 30% do valor total do projeto. As propostas aprovadas receberão apoio técnico e financeiro pelo período de três anos, por meio do Sebrae em seus respectivos estados. (Sebrae)