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COMÉRCIO EXTERIOR: Exportações do agronegócio atingem US$ 88,3 bilhões

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As exportações do agronegócio brasileiro nos últimos 12 meses (setembro/2010 a agosto/2011) alcançaram mais um recorde de valor, atingindo a cifra de US$ 88,3 bilhões. O resultado significou crescimento de 24,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Célio Porto, os recordes de exportação devem ser mantidos até o fim do ano. O resultado positivo levou ao aumento do superávit comercial que chegou a US$ 71,9 bilhões no acumulado dos últimos 12 meses. 

Destinos - Em relação aos principais destinos das exportações brasileiras, a China apresenta importância crescente. O país asiático foi o destino de 15,3% de todas as exportações do agronegócio brasileiro no acumulado dos últimos 12 meses (US$13,5 bilhões). Também tiveram crescimento positivo o Japão (50,1%), a Arábia Saudita (41,3%) e a Espanha (41,1%). A Ásia permanece como destaque em relação aos blocos econômicos para onde se destinam as exportações brasileiras, com participação de 29,9% no último ano. A União Europeia ficou em segundo lugar, com 26,7%, e o Oriente Médio, em terceiro, com 9,8%. 

Produtos - Os produtos mais exportados no período foram o complexo soja, com exportações totais de US$ 21,5 bilhões, e o complexo sucroalcooleiro, com vendas de US$ 15,6 bilhões e uma variação positiva de 28,2% quando comparados com os números do ano anterior. As carnes aparecem na terceira posição, com o valor exportado de US$ 14,8 bilhões e um crescimento de 12,1% no último ano. O café (63,1%), os cereais, as farinhas e preparações (127,7%) e os sucos de fruta (41,1%) também tiveram resultados expressivos de exportações no acumulado dos últimos doze meses.

Agosto - No que se refere ao mês de agosto, houve um incremento de 34,7% em comparação ao mesmo mês de 2010. Só nesse período, as exportações atingiram US$ 9,8 bilhões, resultando em superávit de US$ 8,3 bilhões, em agosto.

Aumentos recordes - Os aumentos e recordes nas vendas ao mercado externo de produtos agrícolas no mês de agosto/2011 foram possíveis graças a alguns produtos, em especial, o complexo soja (que passou de US$ 1,661 bilhão, em 2010, para US$ 2,550 bilhões, em 2011), o complexo sucroalcooleiro (US$ 1,489 bilhão em 2010; e US$ 2,162 bilhões em 2011), os cereais, farinhas e preparações (passaram de US$ 243 milhões, em 2010, para US$ 528 milhões, em 2011) e o café (de US$ 531 milhões, em 2010, para US$ 790 milhões, em 2011). Esses quatro setores foram, sozinhos, responsáveis por US$ 2,1 bilhões dos US$ 2,5 bilhões totais em incremento das exportações no mês.

África - Na análise por destinos, houve um forte crescimento, de 64%, das vendas para os países africanos, o que fez com que o continente ultrapassasse o Nafta – zona de livre comércio entre Estados Unidos, México e Canadá – como importador de produtos do agronegócio brasileiro. Também aumentaram os valores exportados para Ásia (crescimento de 59%), África (63,9%), Oriente Médio (32,7%) e Nafta (28,0%). 

China - Em relação aos países, a China manteve-se como o maior mercado importador de produtos do agronegócio brasileiro, com crescimento de 76,5% compras. As vendas para esse destino representavam 14,7% do total das exportações brasileiras em agosto de 2010, participação que subiu para 19,3% em agosto de 2011. Também registraram crescimento as vendas para a província chinesa de Taiwan (132,8%) e para a região especial administrativa de Hong Kong (122,1%). Outros países que tiveram destaque positivo no aumento das compras foram Egito (102,6%), Argélia (101,3%), Irã (77,4%) e Arábia Saudita (73,0%). (Mapa)

SOJA I: Cultura em franca expansão no Paraguai

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O Paraguai caminha para colher no próximo ano uma safra de soja de 9 milhões de toneladas, o que deve confirmar o país como o palco de uma das maiores expansões proporcionais de produção da oleaginosa no mundo, o que já o coloca como o quarto exportador mundial. O crescimento da produtividade, que atingiu este ano 2.917 quilos por hectare, apenas 100 quilos a menos que o Brasil, é a principal alavanca.

Maior da história - A safra passada (2010/11) já foi a maior da história. A colheita alcançou 7,4 milhões de toneladas, mais que o dobro do volume colhido em 2000 (3,5 milhões de toneladas). "A perspectiva de crescimento para a próxima safra [2011/12] é de 20%, já que a área semeada deve atingir 3 mil hectares", comentou o produtor rural Luis Cubillas, assessor técnico da associação paraguaia de produtores (Capeco). Do total da safra passada, 5,5 milhões de toneladas foram exportadas, ante as 2,1 milhões que saíram do Paraguai em 2006. A expansão não tem relação com a demanda chinesa. O país não exporta para a China e 54% de suas vendas têm a União Europeia como destino. 

Impacto - Com a alta das cotações do produto, o impacto na economia local desta explosão da soja foi direto, com grande influência sobre o crescimento do PIB paraguaio no ano passado, que foi de 15,3% - o maior da América Latina. A vitalidade do mercado é tão grande que fez com que os agricultores do país até se beneficiassem de medidas restritivas às exportações paraguaias tomadas nos últimos anos pela Argentina e pelo Brasil.

Ampliação das bases - A decisão argentina de proibir que a indústria esmagadora importasse soja paraguaia para moer no país, em 2009, fez com que a indústria de óleos ampliasse suas bases no Paraguai. "A capacidade de esmagamento hoje é de 6,5 mil toneladas diárias. Dentro de dois anos, esse número vai para 14,5 mil toneladas", afirmou o diretor da associação da indústria de óleos vegetais do Paraguai (Cappro), Eduardo Tessari, que também é o diretor comercial da Louis Dreyfus no país.

Investimentos - É a Louis Dreyfus que está fazendo um dos dois maiores investimentos no segmento no Paraguai, com a montagem de uma nova unidade com capacidade de esmagamento de 4 mil toneladas diárias. Atualmente, a empresa esmaga 530 toneladas. Com a nova fábrica, que consumirá aproximadamente US$ 150 milhões em sua implantação, a múlti de origem francesa será a maior esmagadora no Paraguai. Sem presença no país até este ano, a ADM também está montando uma unidade para moer 3,3 mil toneladas. Tessari calcula o investimento total da indústria esmagadora no Paraguai em cerca de US$ 400 milhões. 

Modal alternativo - Já o Brasil fez com que o Paraguai desenvolvesse um modal alternativo para o escoamento da safra, desde que o então governador paranaense, hoje senador Roberto Requião (PMDB), passou a impedir o embarque de soja transgênica pelo porto de Paranaguá, em 2004. O escoamento da safra paraguaia por terra em um primeiro momento desceu a quase zero e o país resgatou a estrutura da hidrovia Paraná-Paraguai. Usa atualmente 27 portos fluviais, sendo 16 no rio Paraná e onze no Paraguai. Hoje, 80% do escoamento se faz pelo rio. Cerca de 1 milhão de toneladas serão escoadas este ano pelo porto paranaense. 

Fôlego curto - Mas a "explosão" da soja no Paraguai tende a ter fôlego curto. "Ainda restam de 500 mil a 1 milhão de terras agricultáveis para incorporar e os problemas com movimentos sociais são crescentes", comentou Tessari, que prevê um incremento de apenas 2% na produção a partir de 2012. "Com muito otimismo, pode se pensar em uma produção de 14 milhões de toneladas em 2020, mas a expansão esbarra na resistência violenta de grupos organizados", afirmou ao Valor o transportador paraguaio Pablo Ferres. (Valor Econômico)

CAFÉ: Iapar encerra Alerta Geada 2011

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O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) está encerrando o Alerta Geada 2011. Cafeicultores que fizeram o “chegamento de terra” nos cafeeiros devem retirar a proteção imediatamente. Os pesquisadores recomendam que esse procedimento seja feito com as mãos, para evitar danos ao caule das plantas. Como o Iapar vem fazendo há 17 anos, o serviço é ativado de maio a setembro, realizando previsões diárias de temperatura e do risco de geadas na zona cafeeira do Paraná. O objetivo é oferecer aos cafeicultores um instrumento confiável para tomar decisões sobre a aplicação das técnicas de proteção em lavouras novas de café, de até dois anos.

 

Balanço - Confirmando as expectativas iniciais, não houve influência dos fenômenos La Niña e El Niño e, dessa forma, o inverno de 2011 foi considerado normal pelos especialistas, com algumas geadas de intensidade fraca a moderada na zona cafeeira do Estado. Em 2011, foram emitidos 132 boletins. Três continham alerta para os cafeicultores protegerem as lavouras, tendo a previsão se confirmado em todos eles. Em Londrina, durante a madrugada de 27 para 28 de junho a temperatura mínima foi de 1,6 graus, chegando a 7 graus negativos na relva. Os cafeeiros sofreram geadas de intensidade moderada. Também se cumpriu a previsão de geadas - agora de intensidade fraca e em baixadas - na madrugada de 3 para 4 de agosto (mínima de 3,2 graus e 2,2 graus negativos na relva) e, ainda, na noite de 4 para 5 de agosto, em que houve mínima de 3,2 graus e 3,2 negativos na relva. Os mapas com a distribuição das temperaturas podem ser conferidos no endereço www.iapar.br.

 

Medição - A temperatura mínima do ar é medida no interior de abrigo meteorológico, a 1,5 metro do solo. No caso da mínima de relva, o termômetro fica exposto a céu aberto sobre um gramado, com o objetivo de verificar danos a superfícies vegetadas quando ocorrem temperaturas negativas.

 

2012 - O Alerta Geada será novamente ativado de maio até meados de setembro de 2012. É uma realização do Iapar, Simepar e Emater, com apoio da Seab/Departamento de Economia Rural e do Consórcio Pesquisa Café. (Assessoria de Imprensa do Iapar)

CRISE: Comissão Europeia reduz projeção de crescimento para zona do euro e UE

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A Comissão Europeia reduziu suas estimativas para o crescimento da zona do euro e da União Europeia como um todo nesta quinta-feira (15/09), por causa da piora das perspectivas em meio à crise de dívida soberana do bloco. “O horizonte para a economia europeia deteriorou-se”, disse o comissário para assuntos econômicos e monetários, Olli Rehn, em comunicado. “A crise de dívida soberana piorou e a turbulência no mercado financeiro deverá prejudicar a economia real.”

 

UE - Para a União Europeia, a Comissão projeta expansão de 0,2% do PIB tanto no terceiro quanto no quarto trimestres deste ano, o que significa uma queda de 0,2 ponto e 0,3 ponto porcentual, respectivamente, ante à previsão anterior. As estimativas para o PIB da zona do euro diminuíram na mesma magnitude, recuando para 0,2% no terceiro trimestre e 0,1% no quarto. “As recuperações após crises financeiras são geralmente lentas e conturbadas”, disse Rehn. “Para que a recuperação volte aos trilhos, é fundamental garantir a estabilidade financeira e colocar os orçamentos em um caminho sustentável. As reformas estruturais continuam mais importantes do que nunca para construir o potencial de crescimento do amanhã”, acrescentou.

 

Medidas insuficientes - A comissão disse que as medidas adotadas para acalmar a crise, incluindo a extensão da capacidade de empréstimo da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) e a reintrodução de medidas emergenciais pelo Banco Central Europeu (BCE), podem não ser suficientes.

 

Economia global fraca - Embora a comissão acredite que uma nova recessão seja “improvável”, o órgão destacou que a economia global está fraca e que o pior pode ainda estar por vir. “A correção dos preços das ações parece ir além do que se esperaria apenas de uma reavaliação da perspectiva de crescimento e pode refletir uma mudança geral no sentimento de risco”, apontou a comissão. “Embora a turbulência financeira já tenha causado um impacto sobre a confiança, uma contaminação mais substancial de outros segmentos do mercado e da economia real não pode ser descartada.” (Valor Econômico, com Dow Jones Newswires)

COMMODITIES: Cotações do milho e do trigo caem na Bolsa de Chicago

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As incertezas da economia global e a redução da demanda derrubaram os preços do milho nesta terça-feira (13/09) na bolsa de Chicago. Os contratos futuros do grão encerraram o dia a US$ 7,23 por bushel, queda de 22,50 centavos de dólar sobre o dia anterior, a maior em mais de uma semana. Na última segunda-feira (12/09), o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) revisou para baixo as previsão de consumo de milho. Analistas consultados pela agência Bloomberg ressaltaram a proximidade de uma crise bancária na Europa e a desaceleração da demanda da China desde o início do ano, quando o país asiático elevou sua taxa de juros. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para o milho fechou o dia valendo R$ 31,54 a saca, retração de 0,57% sobre a segunda-feira.

 

Trigo - As chuvas esperadas para esta semana nas regiões produtoras dos EUA, após meses de precipitações abaixo do normal, levaram à maior queda dos contratos futuros de trigo negociados no mercado americano. Em Chicago, os papéis para dezembro fecharam a US$ 7,02 por bushel, queda de 25,25 centavos de dólar. Na bolsa de Kansas, o mesmo vencimento encerrou a US$ 8,02 por bushel, queda de 23,50 centavos. De acordo com analistas consultados pela agência Bloomberg, as chuvas serão bem-vindas. Apesar da boa notícia, Larry Glenn, da Frontier Ag, diz que muitas áreas precisarão de muito mais umidade, em especial no sul de Kansas. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para o trigo do Rio Grande do Sul ficou em R$ 450,43 a tonelada, com valorização de 0,10%. (Valor Econômico)

RAMO CRÉDITO III: Lideranças visitam o Centro Administrativo do Sicredi

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TRIGO: Colheita chega a um terço com perdas em 15% no Paraná

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O Paraná vem registrando produtividade 15% menor nas áreas de trigo nesta colheita. As máquinas percorreram perto de 25% das lavouras, reduzidas a 1 milhão de hectares neste ano, com recuo de 13% em relação ao ciclo anterior. O rendimento menor – 2,5 mil quilos por hectare – deve limitar a safra paranaense a 2,48 milhões de toneladas. Nos cerca de 750 mil hectares que ainda precisam ser colhidos, 60% das plantações encontram-se em bom estado, mas perto de 12% estão ruins e 28%, regulares. A avaliação foi feita pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab). O Paraná continua sendo responsável por metade da produção nacional do cereal. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

PRODUÇÃO NACIONAL DE GRÃOS: Safra alcança 162,9 milhões de toneladas

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AGRÁRIA III: Grupo mantém tradições que remontam ao século XVIII

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Em seus 60 anos de existência, a Agrária manteve a tradição e a cultura das famílias que vieram da Europa, com música, idioma, cursos e um museu dedicado ao assunto. Nele, a assistente cultural Lore Schneiders rememora, por meio de fotos, objetos e documentos, a história dos antepassados. Os suábios, a partir de 1720, foram do sudoeste da Alemanha para o sudeste da Europa (ex-Iugoslávia, Romênia e Hungria), onde permaneceram por 250 anos e ganharam o nome de suábios do Danúbio, por estarem perto do rio de mesmo nome. Após a Segunda Guerra, fugiram para a Áustria, onde viveram em abrigos para refugiados. Até que a instituição Ajuda Suíça para a Europa idealizou um projeto para 500 famílias, com imigração para outro país. Foi assim que chegaram ao Brasil. 

A chegada - Com 22 mil hectares, a Agrária foi criada pouco antes da chegada dos suábios à região de Guarapuava. Eles viajaram em sete navios só com roupas e poucos pertences - cada família podia trazer 200 quilos. Partiram de Gênova (Itália) e desembarcaram em Santos. O primeiro grupo, com 221 pessoas, ficou dois meses morando em uma escola, até que os primeiros barracões ficaram prontos. Depois, foram erguidas 500 casas e o trabalho foi comunitário até 1953, quando houve a distribuição das terras. Cada família recebeu de 25 a 30 hectares, em média, e tinha seis anos para pagar pela área. 

Dificuldades - Muitos não conseguiram, devido a quebras de safras e outros problemas, e até 1970 metade do grupo deixou o local e foi atrás de outras oportunidades. Uma espécie de reforma agrária foi feita com os que ficaram e foi dado maior prazo para quitação das dívidas.

Como não havia nada na área rural, a Agrária construiu escola, hospital e uma rádio, que continuam em funcionamento. Na escola, o alemão faz parte das disciplinas e o mesmo acontece com a rádio, que tem duas horas de programação diária com músicas e informações no idioma.

As placas da cidade são escritas em português e em alemão, a arquitetura típica daquele país está presente nas casas e o relatório anual da cooperativa está escrito em português, inglês e alemão. Em casa, os moradores usam o dialeto dos suábios. De acordo com os moradores, o distrito de Entre Rios é a única comunidade existente na atualidade em moldes semelhantes às que existiam no sudeste da Europa. Em outros países, os suábios estão dispersos.

Museu - Roupas da época, peças de decoração, malas, máquinas de costura, instrumentos musicais e de agricultura estão entre as peças do museu. Um jornal de Santos datado de 1951 narra a chegada de 514 imigrantes, "a maior leva do pós-guerra", para a colônia de Guarapuava. Os pais de Lore, por exemplo, casaram na Áustria em abril e, em maio de 1951, estavam em um navio. No local foi reconstituído o interior das primeiras casas, com móveis feitos em madeira e decoração que lembrava a origem dos moradores. Atualmente cerca de 10 mil pessoas vivem em Entre Rios. (Valor Econômico)

INFRAESTRUTURA: Logística encarece escoamento de soja no Brasil

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O potencial hidroviário subutilizado e a ênfase no transporte rodoviário tornam a produção brasileira de soja mais cara. Essa é uma constatação da Associação de Produtores de Soja do Mato Grosso (Aprosoja), após conhecer a infraestrutura de logística dos Estados Unidos, país em que as hidrovias respondem por 61% das opções de transporte. No Brasil, apenas 7% do escoamento é feito por hidrovias. 

Custos - Segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), feito com base em dados da Agência Nacional de Transportes Aquáticos (Antaq), são necessários US$ 17 para se escoar uma tonelada de grãos por hidrovia. Esse valor sobe para US$ 55 e US$ 65 nos transportes ferroviário e rodoviário, respectivamente. De acordo com a Aprosoja, um produtor brasileiro gasta US$ 174,57 por tonelada para levar um produto do Mato Grosso até o porto, enquanto um produtor dos EUA percorre a mesma distância, partindo de Minnesota, por exemplo, por um valor 43% menor. (Valor Econômico)

AGRICULTURA: Preços elevados desafiam PR a ampliar lavouras

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O plantio do milho começa nesta semana no Paraná com preço 40% acima do oferecido ao produtor um ano atrás (a R$ 23 por saca de 60 kg). O cereal avança sobre a área da soja, que está 15% mais valorizada (R$ 44/sc) e pode ser semeada a partir do dia 21. Mesmo com motivos de sobra para ampliar o cultivo de verão, o estado esbarra no limite de 5,6 milhões de hectares preparados para a produção de grãos. Os especialistas do setor afirmam que, nesta temporada, o mercado desafia os produtores a ampliarem o tamanho das lavouras, reduzindo pastagens ou investindo em áreas degradadas. “Em área apropriada, o Paraná não tem mais para onde ampliar a produção”, afirma a agrônoma Margore­­te Demarchi, do Depar­­tamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Conforme o Deral, o milho terá 882 mil hectares (+15,3%) e a soja, 4,43 milhões (-1%).

Áreas degradadas - Existem áreas degradadas passíveis de aproveitamento não só no Arenito Caiuá (área de 3 milhões de hectares concentrada no Noroeste), mas também nas regiões Norte e Norte Pioneiro, aponta a agrônoma e doutora Vania Di Addario Guimarães, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR). No entanto, observa, a cana-de-açúcar tem se antecipado aos grãos. O índice anual de expansão da cana foi de 7% na última década. A cultura toma espaço de outras culturas e áreas degradadas e deve atingir 600 mil hectares em dois anos. “O produtor opta pelo que dá mais lucro, considerando o investimento necessário e o rendimento possível”, pontua Vânia.

Números - Mesmo assim, o aproveitamento das áreas degradadas tem ficado abaixo do esperado pelos defensores da integração lavoura-pecuária-floresta. Os números do Deral mostram que, no início da década, os grãos de verão cobriam 5,8 milhões de hectares. Nos últimos cinco anos, a área se manteve em 5,6 milhões. A variação tem sido praticamente nula. Segundo a Companhia Na­­cional de Abastecimento (Conab), desde 2002/03, o Paraná cultiva entre 8 milhões e 9 milhões de hectares (verão e inverno). Esta é a décima safra em que a extensão das lavouras segue nessa mesma faixa. O estado levou os dez anos anteriores para ultrapassar a barreira de 8 milhões de hectares. (Caminhos do Campo – Gazeta do Povo)

MILHO II: Área plantada cresce no Paraná

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Impulsionada pela demanda aquecida no exterior e no Brasil e pelos elevados patamares de preços, a área plantada de milho deverá crescer 15,3% no Paraná na próxima safra de verão (2011/12). Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura do Estado, os produtores deverão semear 882 mil hectares, ante 765 mil no ciclo anterior. A produção deverá atingir 6,86 milhões de toneladas, 14% maior.

A previsão de crescimento da área paranaense de milho significa uma mudança na tendência de queda da área plantada durante a chamada safra de verão. Nos últimos anos, o Paraná, principal produtor nacional de milho, vinha reduzindo a área plantada durante a primeira safra, deixando para plantar o grão na segunda safra. Apesar do avanço, a soja continuará sendo a principal cultura de verão no Estado em 2011/12. Mesmo com previsão de queda, a área plantada com a oleaginosa deverá representar 78% da área total prevista. (Valor Econômico)

SAFRA 2011/12 II: Geadas afetam trigo

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Assim como deve acontecer com toda a safra paranaense, a produção de trigo da Coamo será prejudicada pelas geadas que atingiram o Estado do Sul. Segundo o presidente da cooperativa, José Aroldo Galassini, a quebra da safra do cereal será de 16% a 20%, sendo que parte da produção será colhida com qualidade ruim. Na safra que está sendo colhida (2010/11), a Coamo plantou 285 mil hectares de trigo. Esperava colher 420 mil toneladas, mas terá de se contentar com 350 mil. Por conta da crônica falta de liquidez que caracteriza a comercialização de trigo no país, a área cultivada em 2011/12 não deverá aumentar para a Coamo.

 

Quebra - Em todo o Paraná, maior produtor nacional de trigo, há previsão de forte quebra na safra. O Departamento de Economia Rural (Deral) passou a estimar a colheita em 2,48 milhões de toneladas, abaixo das 2,53 milhões previstas em 25 de julho. A produtividade deverá recuar 15%, para 2.515 quilos por hectare.

 

Milho safrinha - O departamento também previu produção de 5,5 milhões de toneladas de milho safrinha no Paraná, mais que o previsto no levantamento anterior (5,19 milhões). Nesta frente, os cooperados da Coamo também deverão amargar uma queda forte de produção. Conforme Galassini, a quebra será da ordem de 35%. E, segundo adianta o dirigente, também haverá problemas com a qualidade do produto colhido. (Valor Econômico)

INFRAESTRUTURA I: Movimentação de cargas cresce 5,8% nos portos paranaenses em oito meses

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A movimentação de mercadorias no Porto de Paranaguá somou 27,1 milhões de toneladas de janeiro a agosto de 2011, com aumento de 5,8% sobre a movimentação de cargas no mesmo período de 2010. De acordo com a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), houve crescimento em todos os segmentos, de granéis sólidos e carga geral até a movimentação de veículos e contêineres.

 

Granéis sólidos - Dois terços do volume movimentado pelo porto de Paranaguá neste ano correspondem a granéis sólidos produzidos pelo agronegócio, como soja, farelos, milho e açúcar, além da importação de fertilizantes, que movimentaram 5,8% a mais do que em 2010, totalizando 17,4 milhões de toneladas.

 

Força da economia - O superintendente da Appa, Airton Vidal Maron, afirmou que os números representam a força da economia nacional e um sinal claro da retomada da confiança do setor produtivo nos portos paranaenses. “O governo Beto Richa começou o ano fazendo uma dragagem emergencial no porto e tem feito muitos esforços para modernizar o Estado, recuperar a infraestrutura e atrair novos investimentos, que gerem emprego, renda e riqueza ao Paraná e isso se reflete na atividade do porto”, disse Maron.

 

Soja em grãos - O destaque do ano fica por conta da exportação de soja em grão, com 5,4 milhões de toneladas transportadas nos oito primeiros meses do ano — 11 % a mais do que em 2010. Por outro lado, a importação de fertilizantes teve alta de 26% até agosto, passando de 5,25 milhões de toneladas para 6,6 milhões.

 

Milho - No mesmo período, a movimentação de milho cresceu 3,4% e chegou a 1,2 milhões de toneladas e o açúcar teve movimentação 14% maior, alcançando 2,6 milhões de toneladas. A movimentação de carga geral cresceu 2,6%, para 6,3 milhões de toneladas, entre exportação e importação.

 

Veículos - A exportação e a importação de veículos pelo porto de Paranaguá também foram significativas de janeiro a agosto, com crescimento de 20,8% sobre o mesmo período do ano passado, passando de 109,5 mil para 132,4 mil unidades.

 

Antonina — O porto de Antonina passou de 70 mil para 925 mil toneladas movimentadas, sendo 80% em fertilizantes importados. “Tivemos bastante sucesso com a retomada das atividades do porto de Antonina e até o final do ano, devemos superar a marca de um milhão de toneladas operadas pelo terminal, o que representa mais de dez vezes a movimentação de cargas ocorrida no ano passado”, afirmou Airton Maron. (Assessoria de Imprensa Appa)

RECURSOS: Ministro pede liberação de orçamento contingenciado

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O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, informou, nesta quarta-feira (31/08), durante entrevista coletiva, em Porto Alegre, que o ministério está trabalhando pela liberação dos recursos orçamentários contingenciados em março. Mendes Ribeiro Filho disse que a verba é necessária para garantir a eficiência do seguro rural. “O seguro rural é fundamental para o ministério e para a presidência. Temos que descontingenciar o orçamento, buscar formas de fazer isso de comum acordo”, afirmou.

 

Importação de leite - Mendes Ribeiro também informou que pediu a prorrogação do acordo de importação de leite em pó da Argentina. O país vizinho pleiteia a ampliação da cota de 3,3 mil toneladas/mês fixada em 2009. Os produtores nacionais reclamam da invasão do produto argentino no mercado brasileiro e querem a redução da cota.

 

Reunião na Argentina - O assunto será discutido em uma reunião na Argentina, no dia 15 de setembro, com representantes dos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.  “Tenho certeza de que chegaremos a bom termo”, avaliou. “O setor leiteiro tem que manter o seu preço porque isso é importante para a economia do país. Estamos em cima da questão”, completou.

 

Agenda - O ministro permanece no Rio Grande do Sul até o fim de semana. Nesta quinta e sexta-feira (1 e 2/09), cumpre agenda na Expointer, em Esteio. (Mapa)