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SOJA II: Venda antecipada chega a 30% no país

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A alta no preço internacional da soja, principalmente em função da redução da safra norte-americana e do aumento da demanda mundial, levou os produtores brasileiros a fechar parcela significativa da produção antes mesmo do plantio da safra de verão 2011/12. Especialistas ouvidos pela reportagem calcularam que pelo menos 30% da produção nacional estão com destino certo, o equivalente a 22 milhões de toneladas de um total de 73 milhões de toneladas previstos para este ano. O índice atual ultrapassa até mesmo o da safra 2007/08, quando a oleaginosa atingiu o maior valor da história da Bolsa de Chicago, mais de US$ 16 por bushel (27,2 quilos). “Neste ano, o preço motivou os produtores a fechar mais contratos antecipados do que em 2010, quando a soja também exibia preços convidativos”, afirma o técnico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e professor da UFPR, Eugênio Stefanelo.

 

Mato Grosso - No Mato Grosso, estado com tradição nesta forma de negócio, 48% da safra de soja já estão comercializados, 12% maior que o índice do ano passado (36%), aponta levantamento do Ins­­­tituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A consultoria Safras e Mercado, de Porto Alegre (RS) confirma que um terço da produção nacional foram vendidos até o momento. Para o Mato Grosso, a consultoria projeta comercialização de 42%, mesmo número do ano passado. “Além do preço alto, o dólar no Brasil deu suporte para as cotações internas e também contribuiu com essa antecipação das vendas”, explica o analista do mercado de soja, Adriano Machado.

 

Sul - Nos estados da região Sul, onde a venda antecipada não é tão forte como no Centro-Oeste, os índices também apresentam crescimento. No Rio Grande do Sul, onde ao menos 20% da soja já foram vendidos, o que atraiu os produtores foram cotações de R$ 48 por saca. Os produtores Robson Paloschi e Antônio José Rizzardi, que plantam 1.210 hectares da oleaginosa no município gaúcho de Cruz Alta, conseguiram aproveitar o momento em que a cotação estava a R$ 50,20 para vender 40% da produção. Nesta mesma época do ano passado, haviam comercializado apenas 20% e, no final das contas, fizeram média de R$ 44,20 por saca. Conhecidos por vender a produção somente após a colheita, os produtores paranaenses também entraram na onda da venda antecipada nesta safra. A estimativa do mercado é que pelo menos 25% do volume a ser colhido pelo estado já foram comprometidos até agora. A Secretária de Estado da Agricultura e do Abastecimento revela porcentual mais conservador: 18%. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

AGRÁRIA I: Desfile de tratores antigos em Entre Rios marca lançamento do Wintershow

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O WinterShow deste ano, que ocorre nesta semana em Entre Rios, Distrito de Guarapuava (PR), terá um lançamento que promete chamar a atenção da comunidade: na manhã desta terça-feira (18/10), cooperados da Agrária realizarão um desfile de tratores antigos em frente à sede da cooperativa, na Colônia Vitória. O desfile terá início às 10h, na Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (Fapa), reunindo maquinário de cooperados da Agrária e também algumas máquinas de um pequeno acervo histórico que a fundação de pesquisas da cooperativa mantém até hoje.

 

Percurso - De lá, os tratores seguirão pela PR 540 (rodovia que interliga as comunidades de Entre Rios), entrarão na Colônia Vitória, e, ao passar ao lado da Igreja São Miguel, o cortejo dobrará à esquerda, desfilando em frente ao prédio da Agrária e depois seguindo pela Avenida Michael Moor até retornar à Fapa.

 

Resgate - Os organizadores do desfile são cooperados reunidos num grupo de amigos que se propôs a resgatar as seis décadas de história da Agrária por meio da restauração de maquinário agrícola de outros tempos. Eles lembram que a participação no lançamento do WinterShow, no dia 18, é aberta a todas as pessoas que possuam tratores ou outras máquinas antigas. Com o desfile, a Agrária lembrará também os primeiros passos de uma busca por tecnologia que ao longo de 60 anos transformou a cooperativa numa referência na produção de grãos. Maquinário de ponta, modernas técnicas de plantio e novas cultivares de cereais de inverno poderão ser vistos durante o WinterShow 2011, nos dias 19 e 20.

 

Programação - Na parte da manhã, o evento apresenta palestras de especialistas no Centro Cultural Mathias Leh. À tarde, a programação prossegue na Fapa, com estações para apresentação de resultados de pesquisa e visitação a estandes de empresas do agronegócio, incluindo dinâmica de maquinário e implementos. Promovido pela Agrária, o WinterShow conta também com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava e Sescoop/PR. (Imprensa Agrária)

COMPETITIVIDADE III: PAC não evita piora da infraestrutura

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Nos últimos três anos, o Brasil destinou R$ 259 bilhões a obras de infraestrutura, o que corresponde a uma média anual de 2,62% do PIB. O índice é superior às taxas observadas antes do lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que raramente iam muito além de 2%, mas não é suficiente nem mesmo para evitar a degradação da infraestrutura que já existe – a manutenções das condições atuais exige aportes de 3% do PIB ao ano, segundo o Banco Mundial. A última vez que o Brasil cumpriu esse requisito foi em 2001 (3,32%), com o impulso de fortes gastos do setor de telecomunicações.

 

Nível de desenvolvimento - Os cálculos são de Cláudio Frischtak, presidente da Inter.B Consultoria Internacional de Negócios e ex-economista sênior do Banco Mundial. Autor de estudos sobre o assunto, Frischtak afirma que o Brasil tem de investir de 4% a 6% do PIB em infraestrutura ao longo de duas décadas para então alcançar o nível de desenvolvimento que a Coreia do Sul exibe hoje. Se a meta for se igualar aos padrões que a Coreia e demais economias emergentes mais avançadas terão daqui a 20 anos, a taxa terá de ser ainda maior, de algo entre 5% e 7% ao ano.

 

Indutor - As obras de infraestrutura não são apenas um mero componente dos investimentos totais. Elas também são indutoras dos demais investimentos, como explicam os economistas Antonio Lanzana e Luiz Martins Lopes, da FEA/USP. “A disponibilidade de infraestrutura é um fator fundamental nas decisões de investimento do setor privado”, afirmam, em artigo publicado em setembro no Boletim Informações Fipe, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas. “Como as empresas vão investir se há deficiências nos portos, aeroportos, rodovias, risco de escassez de energia elétrica e assim por diante?”

 

Despolitização - Em estudo publicado em 2008, Frischtak afirma que uma forma de o governo federal melhorar a execução de seus investimentos é promover uma completa “despolitização e profissionalização” de órgãos, autarquias e estatais, citando o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) – recentemente envolvido em escândalos – como um “caso paradigmático” a ser atacado. Além disso, o economista sugere uma reforma previdenciária e a redução permanente dos gastos correntes do governo, medidas que abririam espaço para mais investimentos. A julgar pelos sinais que o governo vem emitindo nos últimos anos, as recomendações parecem longe de ser colocadas em prática. (Gazeta do Povo)

SELIC: Analistas esperam redução de meio ponto percentual na taxa básica de juros

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Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) esperam por mais uma redução de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, este mês. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reúne-se nesta terça-feira (18/10) e na próxima quarta-feira para definir a taxa básica, que atualmente está em 12% ao ano. Na reunião anterior, em agosto, o comitê reduziu a taxa em 0,5 ponto percentual. Os analistas esperam uma nova redução no mesmo patamar na última reunião do ano, marcada para 29 e 30 de novembro. Assim, a Selic encerrará o período em 11% ao ano, estimativa mantida há cinco semanas. Para o fim de 2012, a expectativa para a Selic segue em 10,50% ao ano, há duas semanas.

 

Controle - A Selic é um dos instrumentos usados pelo BC para controlar a demanda por bens e serviços e, por consequência, a alta dos preços. A meta de inflação para este ano é de 4,5%, com limite superior de 6,5%. A expectativa dos analistas para este ano é que o teto da meta seja ultrapassado, já que a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está em 6,52%, projeção mantida há três semanas.

 

Meta - Para 2012, a estimativa está se distanciando do centro da meta. Os analistas elevaram pela sétima semana seguida a projeção, que subiu de 5,59% para 5,61%. Enquanto as estimativas para os preços sobem, a previsão para o crescimento da economia (Produto Interno Bruto - PIB) cai. Para este ano, a estimativa foi reduzida pela segunda semana seguida, ao passar de 3,50% para 3,42%. Em 2012, a expectativa caiu de 3,70% para 3,60%. Segundo o último Relatório de Inflação, a expectativa do BC é que a crise econômica externa contribuirá para intensificar e acelerar o processo de moderação da atividade econômica do Brasil. Ao reduzir a taxa básica de juros, o BC estimula a economia do país. (Agência Brasil)

CÂMBIO: Dólar deve fechar o ano a R$ 1,75, estimam analistas do mercado financeiro

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Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) mantiveram em R$ 1,75 a estimativa para a cotação do dólar ao final deste e do próximo ano. Há quatro semanas, essa projeção estava em R$ 1,65, tanto para 2011 quanto para o próximo ano. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) subiu de US$ 26 bilhões para US$ 26,40 bilhões, este ano, e de US$ 18 bilhões para US$ 18,45 bilhões, em 2012. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o superávit comercial de janeiro até a primeira semana de outubro, com 194 dias úteis, foi de US$ 23,606 bilhões, crescimento de 81,2% em relação ao mesmo período de 2010 (US$ 13,030 bilhões), com 189 dias úteis.

 

Transações correntes - Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) a estimativa passou de US$ 55,75 bilhões para US$ 55,30 bilhões, em 2011, e de US$ 68,20 bilhões para US$ 68 bilhões, no próximo ano. 

 

Investimento estrangeiro - A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) subiu de US$ 59 bilhões para US$ 60 bilhões, este ano, e segue em US$ 50 bilhões, em 2012.  Já a projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu de 39,10% para 39%, este ano, e segue em 38%, em 2012.

 

Produção industrial - A expectativa para o crescimento da produção industrial este ano caiu pela sétima semana seguida, ao passar de 2,26% para 2,04%. Para 2012, a estimativa passou de 4,30% para 4,15%.

 

IPC-Fipe - A pesquisa do BC também traz a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 5,58% para 5,65%, este ano, e de 5% para 5,10%, em 2012.

 

IGP-DI - A estimativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 5,95% para 5,92%, em 2011, e subiu de 5,08% para 5,15%, em 2012. No caso do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a estimativa foi mantida 5,87%, este ano, e subiu de 5,24% para 5,26%, em 2012.

 

Preços administrados - A estimativa dos analistas para os preços administrados segue em 5,80%, em 2011 e em 4,55%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros. (Agência Brasil)

COOPERATIVISMO: Setor responde por cerca de 20% do PIB do Paraná

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Com 230 cooperativas distribuídas por vários ramos, o cooperativismo paranaense vai fechar o ano de 2011 com uma movimentação econômica superior a 30 bilhões de reais. Esse número ganha ainda mais destaque se levarmos em consideração que 11 cooperativas do estado são responsáveis por transações superiores a R$ 1 bilhão/ano. A análise foi feita pelo presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski. “Quando falamos em agricultura, 55% do PIB do Paraná passa por cooperativas. E a nossa presença no processo agroindustrial chega a 42%”, pontuou Koslovski ressaltando a expressiva participação das cooperativas na economia do estado.

 

Números - Segundo o presidente, hoje o cooperativismo paranaense provê 1.450.000 postos de trabalho, diretos e indiretos, e envolve mais de 2.350.000 pessoas. Gera, em exportações, um volume de US$ 2 bilhões, divididos entre aproximadamente 45 produtos enviados para mais de 90 países, contribuindo de forma efetiva para o desenvolvimento local. E, para ele, a consolidação dessa representatividade será determinante para o contínuo crescimento do setor.

 

Formação - Koslovski, que também é presidente da unidade estadual do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR), defende a constante formação e atualização de todos os profissionais envolvidos no sistema cooperativista. “Foco na profissionalização. Esse é o ponto principal do trabalho do sistema Ocepar para que possamos melhorar cada vez mais a qualidade da gestão das sociedades cooperativas”, afirma. Ao elencar as principais ações da instituição, Koslovski ressalta a importância do trabalho realizado pelo Sescoop para garantir o contínuo desenvolvimento do cooperativismo paranaense: “O Sescoop foi o melhor instrumento que tivemos nos últimos 20 anos do cooperativismo. Com sua criação, foi possível dinamizar o processo de profissionalização e a previsão é encerramos o ano de 2011 com mais de 4.500 eventos realizados e mais de 120 mil pessoas treinadas”.

 

Radiocoop - Confira mais informações sobre o cenário do cooperativismo paranaense na entrevista de Koslovski à RádioCoop.  (Informe OCB)

COCAMAR II: Dia de campo, no dia 18, sobre integração lavoura, pecuária e floresta

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Com a previsão de reunir cerca de 200 participantes, entre produtores e técnicos, a Cocamar promove, no próximo dia 18, no município de Maria Helena, região de Umuarama, um dia de campo sobre integração lavoura, pecuária e floresta. A programação inicia às 14h30 na Fazenda Santa Felicidade, de propriedade de Antonio César Formigheri. O especialista Sérgio Alves, do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), fará palestra sobre o cultivo de soja no sistema, seguida de apresentação em detalhes dos trabalhos desenvolvidos na propriedade, considerada um exemplo de sucesso na área. “Estamos investindo fortemente na disseminação desse programa de integração”, citou o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, que estará no evento. Segundo ele, integrar várias atividades, conforme modelo preconizado pela Embrapa, garante sustentabilidade. “O potencial para implantar esse sistema é muito grande em nossa região”, acrescentou.

 

Melhores resultados - No entender de Sérgio Alves, do Iapar, não se fala em insucesso para quem faz integração – somando agricultura, pecuária e cultivo de eucaliptos. “É a receita para explorar a propriedade com os melhores resultados.”

 

Apoio - O dia de campo tem o apoio da UEM, Unipar, Iapar, Banco do Brasil e Embrapa. (Imprensa Cocamar

RAMO CRÉDITO: 2º Pense Sicoob discute futuro do segmento no País

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Mais de 800 pessoas se reuniram, no dia 22 de setembro, em Brasília, durante o 2º Pense Sicoob, para falar sobre cooperativismo de crédito e mercado financeiro nacional O evento, que teve transmissão simultânea via internet, foi acompanhado por quase 2 mil pessoas. O encontro, realizado pelo Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) reuniu autoridades e representantes de cooperativas de todo o nets, além de líderes cooperativistas e especialistas do mercado financeiro nacional.

 

Integração - O encontro, que teve como mestre de cerimônia a jomalista Renata Vasconcelos, foi aberto com o discurso do presidente do Sicoob Confederação, José Salvino de Meneses, que ressaltou a importância em integrar o maior sistema de cooperativas de credito do Brasil. 'Tenho orgulho de dizer que somos a sexta maior rede de atendimento do sistema financeiro do país, com quase 2 mil pontos de atendimento e mais de 2 milhões de associados".

 

Futuro - O futuro da instituição e do cooperativismo de crédito no Brasil foram temas abordados no talk show mediado por Renata Vasconcelos, cujos participantes foram Jose Salvino de Menezes, Marco Aurélio Almada, presidente do Bancoob, e Ricardo Antônio de Souza Batista, diretor de tecnologia da informação do Sicoob Confederação.

 

Painel econômico - O painel econômico mediado pelo jornalista Paulo Henrique Amorin discutiu o mercado financeiro nacional e o futuro do cooperativismo de crédito. Os participantes do painel, Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, o jornalista de economia, Luis Nassif, avaliaram com otimismo as perspectivas de crescimento e expansão do setor de crédito cooperativo no país, mesmo diante do atual cenário econômico global.

 

Risco menor - Gustavo Franco afirmou que o risco de uma cooperativa, se comparada a um banco, e infinitamente menor, neste contexto. “Momentos como esse, em que os bancos perdem competitividade, é a oportunidade que o cooperativismo tem de avançar. Ele cresce quando o mercado retrai, ganhando mais associados”, afirma. Luis Nassif reforçou o crescimento do cooperativismo de crédito e se mostrou otimista em suas perspectivas. “Se reduz a oferta de crédito no mercado, o cooperativismo cresce. Este cenário de ascensão continuará forte e consistente, pois é um setor que se solidificou e tem visão estratégica. Não vejo um fato que mude cose ritmo" (Preso Comunicação Empresarial)

CONAB: Safra de soja está sob ameaça com previsão de estiagem no Sul

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O clima do país durante a safra 2011/2012 será determinante para superar ou não o recorde de 2010/2011, quando se colheu 163 milhões de toneladas de grãos, disse o diretor de Política Agrícola e Informação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Silvio Porto. As condições climáticas preveem chuvas regulares principalmente na região Centro-Oeste e a ocorrência de estiagem no Sul.Essa estiagem no Sul do país pode prejudicar a produção regional, principalmente, de soja. Com essa hipótese houve um aumento da área plantada de milho de verão no Sul, após três anos seguidos de quedas expressivas, segundo dados da Conab.

 

Proteção de renda - De olho em possíveis prejuízos ao produtor, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, José Carlos Vaz, disse que o governo está preocupado na proteção de renda do produtor com a contratação de seguro rural. “Vamos trabalhar nos próximos meses na construção de mecanismos de proteção de renda para 2011/2012 principalmente na região Sul”, explicou. (Valor Econômico)

INFRAESTRUTURA: Ferroeste recupera mais uma locomotiva

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Técnicos da Ferroeste concluíram nesta quinta-feira (06/10) a recuperação da locomotiva 9128, até então era considerada inservível. “Quando assumimos, tínhamos somente três máquinas operando, e com muita dificuldade”, lembrou o presidente Mauricio Querino Theodoro. A nova máquina vai reforçar a movimentação de cargas pela ferrovia, incrementando a oferta de tração para os clientes da empresa.

 

Teste - A locomotiva 9128 será submetida ainda a um breve período de teste, em que realizará operações de manobra. O objetivo é permitir aos técnicos fazer os ajustes finais. Quando tudo estiver resolvido, dentro de uma semana, a locomotiva será colocada no trecho para reforçar o material rodante.

 

Em operação - Com o reforço da 9128, a Ferroeste passará a operar com cinco locomotivas – as outras são as de número 9139, 9141, 9144 e 9120 (utilizada para manobras). “Até o final de novembro, estarão em operação mais três locomotivas”, informou Theodoro. As máquinas que estão na oficina são as de número 9138, a 9142 e a 9127.

 

Prestação de serviço - A Ferroeste recuperou, em junho, a primeira das locomotivas que estavam paradas nos pátios da empresa (9139), que hoje se encontra em operação normal entre Cascavel e Guarapuava. O conserto faz parte do esforço da atual diretoria, engenheiros e técnicos da Ferroeste no sentido de melhorar o desempenho operacional da ferrovia. “Assim, prestamos um serviço mais eficiente aos nossos clientes e parceiros”, afirmou o presidente. (AEN)

MDCI: Um terço dos investimentos anunciados é da indústria

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Os anúncios de investimento para o Brasil durante o primeiro semestre concentraram-se na indústria de transformação, para a qual foram divulgados projetos no valor total de US$ 55,1 bilhões, o que representa praticamente um terço do total de US$ 165,6 bilhões divulgados. O segundo setor com maior valor em anúncios de investimento foi a indústria extrativa, com US$ 36,5 bilhões.

 

Dados - Os dados são da Rede Nacional de Informações sobre o Investimento (Renai), órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento (Mdic). Com o objetivo de refletir a intenção de investimentos, o relatório do Renai consolida dados de novos projetos anunciados no período em análise, mesmo que sejam executados ao longo de vários anos. O relatório reúne divulgações oficiais na mídia, além de dados fornecidos pelo Banco do Nordeste, por federações de indústrias e pelas Secretarias de Desenvolvimento e Indústria de todos os Estados e do Distrito Federal.

 

Destinação -  Dos US$ 165,6 bilhões anunciados no primeiro semestre deste ano, 40% devem ser direcionados para projetos de expansão enquanto outros 40% são novos empreendimentos. Dentro da indústria de transformação, o setor que recebeu o maior volume de anúncios de investimento foi o eletroeletrônico, com US$ 13,7 bilhões, seguido por derivados de petróleo e biocombustíveis.

 

Outros setores - Atrelados à expectativa de aumento da demanda doméstica, os investimentos anunciados no setor de alimentos e bebidas ficaram como terceiro maior volume de recursos, com US$ 6,8 bilhões. Os segmentos de metalurgia e de máquinas e equipamentos devem receber, cada um, US$ 6 bilhões.

 

Investimentos estrangeiros - Entre os investimentos estrangeiros, o Reino Unido está no topo da lista levando em consideração a origem de recursos, com um total de US$ 32 bilhões em projetos divulgados no primeiro semestre. O segundo país mais representativo é a Espanha, com US$ 16,6 bilhões e Taiwan, com US$ 12 bilhões.

 

Concentração - Há grande concentração de recursos nas faixas de maior valor nos projetos anunciados. De um total de 374 projetos divulgados, apenas 27 totalizam US$ 120,4 bilhões em investimentos.

 

Liderança - Em número de anúncios por empresas de capital estrangeiro, os Estados Unidos lideram, com 41 projetos em segmentos diversos. "A diversidade de setores encontrada é reflexo da tradicional presença de empresas norte-americanas de diferentes segmentos econômicos no Brasil", diz Eduardo Celino, coordenador-geral da Renai. Entre os setores mais representativos estão máquinas e equipamentos, alojamento, armazenamento e eletroeletrônicos. Juntos, os quatro segmentos representam 64,2% do valor total anunciado pelos americanos no Brasil no primeiro semestre.

 

Interesse americano - "O destaque para a indústria de máquinas e equipamentos reflete o interesse americano pelo dinâmico mercado de construção, pelas oportunidades no setor automotivo e no de petróleo e gás." Os investimentos americanos anunciados de janeiro a junho somam US$ 9,6 bilhões. O segmento de máquinas e equipamentos representa 28,6% desse valor.

 

Alemanha - Além dos Estados Unidos, a Alemanha também é importante origem de anúncios, com total de 13 projetos, nos quais os recursos projetados para setores intensivos em tecnologia, como máquinas e equipamentos, são importantes. Do US$ 1,6 bilhão anunciado em investimentos pelos alemães durante o primeiro semestre, cerca de US$ 1 bilhão está destinado para o segmento de máquinas e equipamentos, além de veículos, carrocerias e reboques.

 

China - A China é o terceiro país em número de investimentos anunciados, mas com perfil de interesse diverso do americano e do alemão, com nove projetos no valor total de US$ 4 bilhões. Desse valor, US$ 2,4 bilhões devem ser destinados a um projeto na Bahia, para esmagamento de soja e refino de óleo.

 

Percepção - Para Celino, a nova crise global trouxe a percepção de que a economia doméstica tem crescido enquanto há desaceleração em outros mercados. Isso, acredita, continuará contribuindo de forma positiva até o fim de 2011 e deve levar a um novo recorde no investimento total anunciado no ano.

 

Olimpíada e Copa - Os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo também estão dando sua contribuição na expectativa de aumento de demanda doméstica. Nesse caso, diz ele, esses eventos não contribuem somente com projetos de investimento para infraestrutura e logística, mas também com investimentos voltados para atender uma disponibilidade de renda direcionada a aumento de consumo de bens e serviços. O segmento de alojamento e alimentação, exemplifica, é o sétimo na classificação de investimentos anunciados por setor, com US$ 3,5 bilhões em projetos divulgados. (Valor Econômico)

EXPEDIÇÃO SAFRA 2010/11: Soja e milho socorrem Estados Unidos diante da crise

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Enquanto os Estados Unidos lutam para evitar que a economia nacional mergulhe em uma recessão, o Meio-Oeste do país atravessa o período de turbulências sem grandes solavancos e prospera em meio à crise. Ancorada no campo, a região é fortalecida pela alta dos preços agropecuários e exibe índices econômicos e financeiros melhores que os nacionais, conferiu a Expedição Safra 2011/12 Gazeta do Povo em sua primeira parada no Cinturão de Produção norte-americano.

 

Mais rica - Em Iowa, a safra que a imprensa local está chamando de “a mais rica da história do estado”, deve injetar cerca de US$ 33 bilhões na economia regional – 34% acima do ano passado e quase três vezes mais do que há dez anos. Desse total, US$ 20 bilhões (61%) vêm dos grãos e o restante das carnes.  “O agronegócio e as atividades relacionadas a ele movimentam perto de 25% da economia do estado. E, como o setor vai bem, isso nos dá sustentação e nossa economia está em melhor forma, inclusive em relação a situação nacional”, conta o Secretário de Agricultura de Iowa, Bill Northey.

 

Peso - Não por acaso, Iowa é um dos estados de maior peso no agronegócio norte-americano. Tem um dos maiores rebanhos bovinos dos EUA e encabeça o ranking de produção suína e de ovos. Também é o maior produtor nacional de soja e milho, o que, por si só, já quer dizer muita coisa, considerando que anualmente saem dos campos do país ao menos 400 milhões de toneladas desses dois grãos. Iowa participa com aproximadamente 18% desse total, algo como 70 milhões de toneladas, quase uma safra inteira de soja do Brasil.

 

Valor Bruto - Com VPB (Valor Bruto da Produção) estimado em 6,5 bilhões para este ano, é um dos estados que mais gera riquezas no campo. No ano em que o faturamento do agronegócio norte-americano ultrapassará, pela primeira vez, a marca dos US$ 100 bilhões, Iowa terá papel fundamental neste processo. O estado gera 6% da renda agrícola do país, que segundo previsão do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) deve somar US$ 103,6 bilhões em 2011.

 

Receita- Em 2010, a receita norte-americana com a produção agropecuária somou R$ 79,1 bilhões e a de Iowa US$ 5,1 bilhões. O avanço estimado para este ano é de, respectivamente, 31% (+US$ 24,5 bi) e 27% (+US$ 1,4 bi). Produção dribla o clima - Ironicamente, o salto de prosperidade nos campos norte-americanos vem em um ano considerado decepcionante para a produção de grãos. Do plantio à colheita, a safra de soja e milho dos EUA enfrentou todo tipo de desafio climático, mas conseguiu driblar os problemas. “Acho que tudo de ruim que poderia ocorrer aconteceu neste ano. Mas, apesar de tudo isso, o resultado não está sendo ruim”, relata o secretário Northey, que também é produtor rural.

 

Surpreendentes - Na propriedade de 250 hectares que administra em Spirit Lake, no Noroeste de Iowa, uma das regiões mais produtivas do país, Northey tem obtido média de 3,6 mil quilos por hectare de soja. No milho, cuja colheita deve começar nas próximas semanas, espera 11,3 mil quilos por hectare. “Os resultados são surpreendentemente bons”, diz enquanto pilota uma colheitadeira.

 

Segunda melhor safra - “Se continuar tudo como está, teremos neste ano a nossa segunda melhor safra de milho e talvez a melhor safra de soja”, revela o produtor Randy Caviness. A colheita do milho, iniciada há poucos dias na propriedade que mantém com o pai, Harold e o filho, Marritt, em Greenfiel, no Nordeste de Iowa, tem revelado produtividade surpreendente de 12,6 mil quilos por hectare. “Só em 2004 tivemos resultado melhor”, comemora Harold. No ano passado, os Caviness fecharam a temporada com média de 10 mil quilos do cereal por hectare. Na soja, esperam 4 mil quilos por hectare, desempenho que, se alcançado, “vai ficar para a história”, diz.

 

Renda - “Meu avô nunca ganhou tanto dinheiro assim”, diz Merritt, mirando o monitor da colheitadeira que pilota pela lavoura de milho. Há três anos, o menino, hoje com quinze anos de idade, ajuda a família com os trabalhos de campo. Sobre a declaração do neto, Harold confirma a afirmação com um sorriso largo no rosto. “Ainda lembro quando o bushel de milho [medida norte-americana equivalente a 25,4 quilos] valia US$ 0,10. E a gente achava bom. No outro dia, chegou a quase US$ 8. Tá muito bom mesmo”, diz. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

CITRICULTURA: PR confirma vocação para a laranja

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Com produção 20% maior que a do ano passado, o Paraná colhe sua maior safra de laranja da história. Estão sendo apanhadas 12 milhões de caixas da fruta (40,8 kg), numa safra de 489 mil toneladas. O crescimento deve-se à boa produtividade e aos projetos de expansão das indústrias e cooperativas do setor. Enquanto São Paulo, maior centro de produção de laranja do mundo, reduz a área plantada, o Paraná amplia seus pomares e tenta ganhar competitividade.

 

Capacidade instalada - De acordo com o relatório da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Paraná tem capacidade instalada para industrializar 14 milhões de caixas de laranja (58 mil toneladas de suco). Os pomares não param de crescer desde a década de 80, quando a produção comercial foi regulamentada. O Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab calcula que eles ocupam atualmente 24 mil hectares, envolvendo 530 produtores em cerca de 85 municípios. Mais de 70% das plantações estão na região Noroeste do estado.

 

Pomares - O Paraná detém 3% dos pomares do país, mas surpreende em rendimento. São Paulo, um gigante no cultivo e na industrialização de citros, chegou a 609 mil hectares de laranja dez anos atrás e agora colhe 535 mil hectares (-12%), devido à concentração das plantações nas mãos das indústrias e da eliminação das lavouras menos produtivas. Já o Paraná avançou em 30% na última década, alcançando 489 mil toneladas no ano passado. O estado é o sexto em área, mas está ao lado de São Paulo em produtividade no país, alcançando perto de 25 toneladas por hectare colhido. A produção nacional deste ano alcança 15,382 milhões de toneladas, a segunda maior da história, com crescimento de 10% sobre a média de 14 milhões de toneladas esperadas de cada safra.

 

Preços em baixa - O setor produtivo paranaense tem sua renda determinada pelas outras regiões produtivas. Com a oferta em alta em São Paulo, o preço da caixa de laranja caiu de R$ 11 para R$ 9 no último ano – há dois anos o preço era de R$ 7. Houve também redução do consumo em mercados importantes como os Estados Unidos. A queda nos preços consumiu a renda extra que viria da produção recorde, afirma o produtor e industrial José Gilberto Pratinha, de Paranavaí. “A cotação paga apenas o custo de produção.”

 

In natura - Quem consegue comercializar a fruta no mercado in natura recebe um pouco mais. Na venda para o consumidor a caixa varia entre R$ 14 e R$ 15. Mas em torno de 90% da produção estadual têm como destino as três indústrias de suco do estado.

 

Próxima safra - A expectativa é de recuperação dos ganhos na próxima safra. Isso porque, a previsão é de queda na safra brasileira do ano vem, o que ampliaria os preços. Já o Paraná deve seguir na contratendência e pode registrar novo aumento na produção, conforme o setor. “Temos pomares mais novos”, explica Pratinha.

 

Dólar - Outro fator positivo para os produtores de laranja é a valorização do dólar frente ao real. “Mais de 90% da produção de suco de São Paulo são exportados”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), Flávio de Carvalho Pinto Viegas. O setor espera ultrapassar a marca de US$ 2 bilhões com as vendas externas, como em 2007. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

INFRAESTRUTURA: Fórum Futuro 10 levará pauta à bancada federal

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O Fórum Permanente Futuro 10 Paraná, iniciativa do grupo GRPCom que congrega 14 organizações e entidades de classe do estado, vai se reunir, na segunda quinzena de outubro, com ministros e a bancada federal em Brasília para reforçar a necessidade de investimentos na área de infraestrutura no estado. A intenção é elaborar uma pauta de obras prioritárias, com projetos que possam ser encaixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012 e no Plano Plurianual (PPA) nos próximos quatro anos. A reunião deve ter a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e do governador Beto Richa.

 

Gargalos - Nos últimos meses, representantes do Fórum se reuniram com Infraero, Porto de Paranaguá, Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e secretarias de Estado para levantar gargalos de infraestrutura que comprometem o desenvolvimento do estado. Entre as prioridades está o Porto de Paranaguá, que precisa de investimentos de pelo menos R$ 2,5 bilhões, mas também há pedidos nas áreas de ferrovias, rodovias e aeroportos.

 

Desenvolvimento - O Fórum, que nasceu há seis anos, tem como objetivo reunir sociedade civil e governos em prol do desenvolvimento do Paraná. A primeira fase, ocorrida em 2005, contou com a participação de 5 mil lideranças regionais. Na etapa atual, o Fórum elegeu como temas prioritários infraestrutura, educação, ética na gestão pública, empreendedorismo e inovação. (Gazeta do Povo)

GRÃOS I: Paraná deve colher 31,52 milhões de toneladas na safra 2010/11

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A produção de grãos no Paraná na safra 2010/11 deve atingir 31,52 milhões de toneladas. A informação é do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, que divulgou nesta quinta-feira (29/09) balanço do volume colhido até o mês de setembro, que já projeta a colheita de trigo e milho da segunda safra, que está em fase final.

 

Consolidação dos números - Segundo o Deral, os dados do levantamento permitem prever a consolidação dos números da atual safra, que terá um resultado inferior à produção de 2009/10, que teve o volume recorde de 32,82 milhões. A quebra é atribuída ao clima, mas as perdas dos produtores estão sendo compensadas pelos preços, que estão melhores que no ano anterior.

 

Safra recorde - A pesquisa mostra que a safra recorde de soja, de 15,31 milhões de toneladas, foi o fator fundamental para o resultado final, correspondendo a quase a metade do volume de produção esperado para a safra 2011. O desempenho da produção de grãos 2010/11 foi frustrado a partir da segunda safra, quando a safrinha de milho e as lavouras de inverno sofreram com a estiagem seguida de geadas severas ocorridas entre maio e junho.

 

Perdas menores - As perdas decorrentes do clima foram menos intensas do que se esperava para o milho da segunda safra. Para o trigo, porém, as perdas se agravaram. Conforme reavaliação do Deral, a previsão de quebra do milho da segunda safra, que era de 32%, caiu para 26%. Com isso, as perdas estimadas em 3 milhões de toneladas foram reduzidas para 2,17 milhões de toneladas, cerca de 820 mil toneladas de milho a mais que ficaram nas mãos dos produtores.

 

Safrinha - Com a reavaliação, a segunda safra de milho deverá apresentar um volume de 6,03 milhões de toneladas, com perda financeira avaliada em R$ 855 milhões. Antes os prejuízos previstos eram de R$ 1,1 bilhão. Segundo a engenheira agrônoma do Deral, Margorete Demarchi, o maior uso de tecnologia na produção, que levou ao plantio de híbridos com maior potencial de produtividade, foi fundamental na resistência aos efeitos das geadas.

 

Trigo - Para o trigo, porém, a reavaliação feita em fim da colheita ampliou as perdas. O volume colhido deverá atingir 2,38 milhões de toneladas, cerca de 498 mil toneladas a menos do que o previsto. As perdas financeiras estão avaliadas atualmente em R$ 211,3 milhões.

 

Preços - Apesar da quebra de produção, as cotações reagiram no mercado e estão compensando as perdas aos produtores. Segundo o Deral, o preço do milho está 42% acima dos preços praticados há um ano, o preço da soja está 17% acima que há um ano e os preços do trigo estão 3%, em média, acima dos preços praticados há um ano.

 

Safra 2011/12 - Para a safra 2011/2012, a pesquisa do Deral aponta para o aumento de 17% na área plantada de milho, redução na área ocupada com feijão da primeira safra e um leve decréscimo na área plantada de soja. A área destinada ao plantio de milho deve evoluir de 769.834 hectares na safra passada para 901.720 hectares neste ano. Esse avanço revela o otimismo dos produtores com a cultura, cujos preços reagiram no mercado, justificou o diretor do Deral, Otmar Hubner. No plantio de feijão da primeira safra a área cai 18%, de 344.177 hectares e para 281.024 hectares, conforme intenção de plantio verificada junto aos produtores.

 

Desânimo - De acordo com o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador, do Deral, os produtores estão desanimados com os preços do produto que se mantiveram baixos desde o início do ano. O feijão carioca está com preço 24% abaixo do praticado há um ano, e o feijão preto 14% abaixo considerando o mesmo período.

 

Custos de produção - Além da queda nos preços, os custos de produção cresceram 6,8% em relação à safra anterior. A combinação na queda no preço do feijão, o aumento no custo de produção e o preço competitivo do milho influenciaram a decisão do produtor em optar pelo milho, afirmou Salvador. Segundo ele, o mercado de feijão começa ensaiar uma reação, mas a decisão do produtor já está tomada.

 

Plantio adiantado - A pesquisa do Deral revela que o plantio da safra de verão está adiantado em relação ao mesmo período do ano passado. A primeira safra de milho está com 46% da área plantada e o plantio de soja foi antecipado por causa de ajustes no zoneamento da soja autorizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Cerca de 4% da área prevista para o plantio, de 4,43 milhões de hectares, foram plantados em setembro, ao contrário de anos anteriores, quando o plantio se iniciava em outubro.

 

Satisfeitos - Os produtores estão satisfeitos com essa medida que foi solicitada pela Secretaria da Agricultura. Isso porque eles podem planejar melhor o plantio para todo o ano agrícola que envolve duas safras no Paraná: a de verão e de inverno. Com a antecipação no plantio de soja, a colheita será feita mais cedo e os produtores podem também antecipar o plantio do milho safrinha em 2012, procedimento que dá mais condições para escapar dos rigores das geadas.

 

Câmbio - Além disso, os produtores estão animados com a valorização do câmbio, o que aponta para boas perspectivas na comercialização da produção, informou Hubner. (AEN)