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LAR: Projeto Escola do Campo premia alunos

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Os três melhores desenhos e frases de autoria dos estudantes que participam do projeto Escola no Campo em municípios do Oeste do Estado foram premiados no último dia 10 de novembro, em um evento realizado na Associação Recreativa Lar, em Medianeira. Cada aluno recebeu uma bicicleta. Na oportunidade, um grupo da Escola João Guimarães Rosa, do Bairro Frimesa, de Medianeira, encenou a peça “Guardiões da Natureza”, transmitindo a mensagem da vida sustentável, apesar da grande quantidade de lixo gerada pelo homem diariamente. Depois, os alunos se deslocaram a uma propriedade rural onde fizeram o plantio de mudas de árvores, com o objetivo de fortalecer as ações de preservação e conscientização ambiental.

 

Premiados – Na categoria frase, os estudantes premiados foram: Amanda Elisa Debarba, da Escola Municipal Angelo Darolt; Alex Junior Rech, da Escola Municipal Grizelde Romig Fischbom, e Carla Regina Alexandre Petik, da Escola Municipal Angelo Darol, todos de Medianeira. Na categoria desenho ganharam a bicicleta Eduardo Balzan, da Escola Municipal Anita Garibaldi, de Santa Helena; Cleyton Paglarine dos Santos e Lucas Fernando da Silva, ambos da Escola Municipal São Luiz, de Medianeira.

 

Escola no Campo - Na região, o Escola no Campo é desenvolvido pela Cooperativa Lar e Syngenta, em parceria com 21 escolas de Medianeira, Santa Helena e Serranópolis do Iguaçu, atendendo aproximadamente 120 alunos. O projeto foi criado em 1991 para conscientizar as novas gerações de agricultores sobre a necessidade de se preservar o meio ambiente, do uso correto de defensivos agrícolas com segurança para o ser humano e o meio-ambiente. As atividades são desenvolvidas com o apoio de uma cartilha, usada nas escolas com a participação ativa dos professores, que inserem os conteúdos educativos do projeto na grade curricular das séries atendidas.

 

Estímulo - No Escola no Campo, os jovens são estimulados a transmitir o que aprendem para suas famílias e para a sociedade em que vivem. Dessa forma, o projeto também assume papel importante na conscientização dos adultos sobre os conceitos de agricultura sustentável e o principal resultado prático, é o aumento da qualidade nas práticas agrícolas. Ao final de cada ano, os alunos envolvidos criam frases e desenhos com os conteúdos trabalhados, culminando com a premiação daqueles que mais se destacaram em cada categoria.

 

Declarações - O aluno Eduardo Balzan agradeceu pela bicicleta e disse que transmitiu a mensagem do uso correto e seguro de defensivos agrícolas, além da preservação do meio ambiente a todos da família e colegas. A professora Karla Freier, da Escola Anita Garibaldi, de Vila Celeste, Santa Helena, afirmou que é muito gratificante esse trabalho pois vem ao encontro do conteúdo programático da 4ª série. “Trabalho toda a apostila desse programa pois tem um excelente conteúdo”, ressaltou ela. Já o representante técnico e comercial da Syngneta, Sebastião Silvrestre, agradeceu aos alunos pela participação, aos professores e professoras pela dedicação e disse contar com todos para o próximo ano porque o trabalho não vai parar. O engenheiro agrônomo da Lar, Vitor Hugo Zanella, além de parabenizar a todos, destacou que o trabalho educativo com as crianças assegura que teremos cidadãos mais conscientes e responsáveis quanto ao uso racional e seguro dos insumos agrícolas, que é também uma premissa da cooperativa. (Com informações da Assessoria de Imprensa da Cooperativa Lar)

BANCO CENTRAL: Novo mínimo eleva renda em 3% com reflexo no PIB

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O já contratado reajuste de 14% do salário mínimo em janeiro de 2012 terá um impacto adicional de cerca de três pontos percentuais na massa de rendimentos do trabalho, que exclui os ganhos com a Previdência. A estimativa do Banco Central, publicada nesta terça-feira (22/11) no Boletim Regional, foi feita com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, cuja amostragem é maior que a da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do mesmo instituto.

 

Diferentes impactos - Em um box dentro do boletim, o BC calcula diferentes impactos do aumento do mínimo, dependendo da indexação do reajuste sobre faixas salariais que vão até dois mínimos. Caso ele alcançasse todos os trabalhadores com rendimentos até dois salários mínimos, a massa de rendimentos poderia crescer até 4,5% em 2012, somente como efeito do reajuste. Mas o estudo do BC, com base no que aconteceu em outros anos, conclui que o impacto deve ser de 3%.

 

Aquecimento da demanda - O diretor de política econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, avalia que o reajuste deve provocar um aquecimento da demanda no ano que vem. "Certamente o aumento do salário mínimo, na medida que aumenta a massa de rendimentos, terá um impacto sobre a demanda agregada. Mas em termos de inflação, esse impacto já está contemplado no nosso cenário [de evolução dos preços]", disse durante apresentação do Boletim Regional em Belo Horizonte.

 

Efeito no rendimento - Economistas ouvidos pelo Valor consideram forte o efeito do mínimo na massa de rendimentos projetado pelo BC e, consequentemente, na atividade econômica em 2012. A estimativa da autoridade monetária, no entanto, não provocou alteração das projeções feitas para o ano que vem, já que o fôlego extra dado pelo mínimo à economia já estava quantificado.

 

Mitigação - Em um momento de recrudescimento do cenário global, o aumento do mínimo ajudará a mitigar uma desaceleração forte da renda dos trabalhadores e também dos aposentados cujos rendimentos são reajustados pelo mínimo, jogando a favor da economia junto com o ciclo de afrouxamento monetário e com a reversão das medidas macroprudenciais. E o impacto não é apenas para os empregos privados. Há categorias no setor público cujos salários são calculados em múltiplos do mínimo.

 

Mercado de trabalho - "A impressão que se tinha é que o impacto do salário mínimo era apenas fiscal, mas esse aumento de 3% na massa projetado pelo BC mostra sua relevância no mercado de trabalho", avalia o economista-chefe da corretora Convenção Tullett Prebon, Fernando Montero. "Se considerarmos um ano com crescimento da economia em torno de 3,5%, esse impacto é muito grande", diz.

 

PIB - Segundo os cálculos de Fernanda Consorte, economista do Santander, esse impacto na massa de rendimentos do trabalho deve representar 0,5 ponto percentual do crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) projetado pelo Santander para 2012. "Cerca de 40% do PIB é referente aos salários. Considerando os reajustes para o próximo ano e os dissídios, chegamos a 0,5 ponto, o que é bem alto", afirma.

 

Menos - O economista Fabio Romão, da LCA Consultores, também considera o impacto no PIB, mas calcula que ele será um pouco menor. A consultoria estima que a economia crescerá 3,1% em 2012, apresentando ligeira aceleração em relação a 2011, quando a expansão deve ser de 2,8%. "Sem o mínimo, o PIB também iria crescer 2,8% no ano que vem", calcula.

 

Aposentados - Romão afirma que não projetaria um aumento da renda real dos trabalhadores parecido com o deste ano para 2012 sem o impulso extra do mínimo. Com base em dados da PNAD, o economista espera que, descontada a inflação, o crescimento médio real da renda será de 3% em 2012, diante de 2,6% em 2011. Ele lembra que o cálculo do BC não leva em conta a renda dos aposentados, que representam nada menos do que 21,4% da massa total de rendimentos do país. "Dois terços dos aposentados ganham um salário mínimo e terão seu benefício reajustado em 14%. É mais um impulso de renda e consumo", diz.

 

Consumo das famílias - Segundo Rafael Bacciotti, da Tendências Consultoria, o reajuste do mínimo terá importante influência no consumo das famílias, que crescerá mais em 2012 do que em 2011. Para um PIB de 3,7% no ano que vem, Bacciotti projeta que a demanda das famílias crescerá 4,4%, frente a um avanço de 4,2% neste ano, com PIB de 3,3%. "Ainda que o investimento sofra com o cenário global, a renda e o consumo domésticos parecem estar contratados", diz Montero.

 

Pressão inflacionária - Fernanda, do Santander, também considera uma pressão inflacionária. "Considerando esse impulso adicional sobre a renda para o ano que vem, acredito que a inflação fique em torno de 6,0%, acima do centro da meta." Na contramão, o economista da LCA diz que seus cálculos já previam o impacto do mínimo. "Já era sabido que o aumento real do mínimo no ano que vem seria de 7,5%. Essa nova conta do BC só vem confirmar nossas estimativas. Minha projeção de inflação está em 5,2% para 2012, já quantificando o efeito do aumento de 14% do salário mínimo", diz Romão. (Valor Econômico)

AGROINDUSTRIALIZAÇÃO III: Estratégia é diversificar

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A industrialização de produtos primários como a soja e o milho costuma predominar quando se fala em agregar valor às matérias-primas da agricultura paranaense. Mas o atual momento de apostas na agroindústria tem sido marcado também pela diversificação. Segmentos como papel, madeira, lácteos e sucos cada vez mais são contemplados com os investimentos, das cooperativas e empresas convencionais, oriundos das linhas de financiamento.

 

Moagem de trigo - O gerente de operações do Banco Regional do Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) no Paraná, Paulo César Starke Júnior, cita como exemplo a procura por financiamentos para moagem de trigo. Só em 2010, dos R$ 216,5 milhões que o banco desembolsou à agroindústria de alimentos no estado, R$ 55 milhões foram destinados a investimentos na moagem do cereal, assinala.

 

Leite - No segmento do leite, o caso mais recente é o da nova unidade da Batavo Cooperativa Agroindustrial, em Ponta Grossa. Inaugurada em setembro, a fábrica produz leite concentrado para indústrias parceiras. Dos R$ 60 milhões investidos pela cooperativa, 60%, ou R$ 36 milhões, saíram de crédito do BRDE.

 

Aves de corte - Para o Norte Pioneiro, o banco financiará R$ 10,8 milhões a produtores de aves de corte, fornecedores da BR Frango Alimentos. “E nos últimos três anos financiamos ainda R$ 12,8 milhões para a indústria de couro, R$ 15,9 milhões para a de madeira e R$ 27 milhões para a de papel e celulose”, acrescenta Starke Júnior, ilustrando a demanda mais diversificada.

 

Gargalos - Além dos projetos que envolvem recursos do setor (financiandos ou acumulados), o desenvolvimento da agroindústria depende de investimentos públicos em infraestrutura, afirma o doutor em Economia Agrícola Eugênio Stefanelo. Os gargalos logísticos (ferrovias insuficientes, portos no limite das operações) somam-se às questões tributárias, aponta. Ele considera ainda que a eliminação de barreiras tarifárias e sanitárias é imprescindível para a exploração do mercado externo e a expansão da agroindústria nacional. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

INFRAESTRUTURA: Eficiência da agropecuária fica perdida no caminho

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O Brasil pode dobrar a sua produção de grãos nos próximos anos, como fez na década anterior, e superar a marca das 300 milhões de toneladas em 2020. Dispõe de área, água, clima e tecnologia adequados para até ir além dessa marca, segundo a maioria dos especialistas. Mas o produto que é extraído da terra continuará enfrentando gargalos da infraestrutura precária, estrutura tributária inadequada e, entre outros, burocracia na concessão de crédito, caso não haja vontade e força política para mudar essa realidade.

 

Câmbio - O pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e professor da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (Esalq), Mauro Osaki, acha que o menor dos problemas é o câmbio, apesar da valorização. "Temos de nos habituar ao real forte". Para ele, a dificuldade está na deficiência da infraestrutura. Escoar a produção até os portos de Santos e Paranaguá a partir das regiões produtoras de Mato Grosso chega a custar quatro vezes mais que nos Estados Unidos, embora as distâncias sejam similares.

 

Modais - A maioria das cargas vai de caminhão porque é inviável por ferrovia, acrescenta Osaki. "Nossos modais não se conversam", declarou se referindo às bitolas das ferrovias, que são diferentes, o que impede que um mesmo vagão trafegue longas distâncias, e ainda às hidrovias (que não dispõem de eclusas) e às rodovias, esburacadas de maneira recorrente. Quando as mercadorias chegam aos portos, novos obstáculos: além das longas filas de caminhões que se formam para a transferência das cargas, há ainda o impedimento de os grandes navios atracarem por causa do baixo calado.

 

Eficiência perdida - Para o pesquisador do Cepea, toda a eficiência das fazendas se perde no caminho até o consumidor, seja do Brasil ou do exterior. Se a via, no caso das frutas, for aérea, a dificuldade é ainda maior, diante da atual situação dos aeroportos "totalmente travados", insuficientes para atender a demanda, seja para mercadorias ou passageiros.

 

Brasil - E, no entanto, é no Brasil que o mundo deposita suas esperanças para alcançar a segurança alimentar necessária para atender a uma população que não para de crescer, afirma o ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro do Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Rodrigues. Pelo menos, é o que estabelece a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que atribui ao país a missão de elevar a sua produção agrícola em pelo menos 40% até 2020.

 

Lição de casa - Na visão dos analistas estrangeiros, o Brasil já fez sua lição de casa, uma vez que dispõe de três condições essenciais para atender à demanda mundial por alimentos: área agricultável, tecnologia e gente capaz de explorar os 89 milhões de hectares que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) afirma estarem disponíveis, além dos 72 milhões de hectares utilizados atualmente. A constatação toma como base o fato de o país ter 170 milhões de hectares de pastagens, que podem ser parcialmente liberadas para a agricultura de grãos, mediante a aplicação de tecnologia na pecuária.

 

Eficiência - O Brasil já exibiu a sua eficiência, lembra Rodrigues. "Em 20 anos, a área de cultivo de grãos cresceu 20% e a produção aumentou 180%. Nesse período, a oferta brasileira de carnes aumentou 404%". Isso, em sua opinião, significa que o país preservou 57 milhões de hectares em florestas. A façanha, diz Rodrigues, foi feita com "protecionismo zero". Foi possível graças à estabilidade da moeda e à boa gestão das atividades na propriedade rural. "Temos sim gente muito competente."

 

Estratégia - Para o ex-ministro, o que falta é estratégia. "O poder público não tem noção dessa riqueza." Para superar esse impasse, Rodrigues sugere ao governo que defina estratégias, a começar por uma política de renda para o campo, para evitar que o produtor rural fique a mercê das intempéries. Em segundo lugar, a tão falada infraestrutura. Para ele, isso já está em andamento por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que, bem ou mal, busca implantar recursos de logística para transporte e armazenamento da produção. (Valor Econômico)

AGENDA: Mestre em Economia discute impactos da crise internacional no Brasil

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O mestre em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Robson Ribeiro Gonçalves, estará na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, no dia 25 de novembro, para discorrer sobre os cenários e desdobramentos da atual crise internacional e os possíveis impactos para o Brasil. Será durante o Fórum Financeiro, evento promovido pelo Sescoop/PR e dirigido a diretores, gerentes e analistas da área financeira das

cooperativas do Paraná. O palestrante também é consultor da Fundação Getúlio Vargas, professor do Ibmec-São Paulo e especialista em análise e elaboração de cenários macroeconômico e empresarial.

 

ABCO Fórum também vai debater o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), com a participação do gerente de Agronegócios da superintendência de varejo do Banco do Brasil, Pablo Ricoldy

 

Inscrições e informações - As inscrições devem ser feitas até o dia 21 de novembro, por meio do site www.ocepar.org.br. Mais informações com Marcelo Martins (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1122) ou

Devair Mem (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1131).

 

Serviço – Fórum Financeiro / Data: 25 de novembro / Horário: 14h às 17h30 / Local: Sistema Ocepar

Av. Cândido de Abreu, 501- Curitiba (PR)

LOGÍSTICA: Estudo apresentado pela Faep mostra que frete rodo-ferroviário é inviável

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A Federação da Agricultura do Estado do Paraná – Faep apresentou, na manhã desta segunda feira (21/11), dois estudos analíticos fundamentais ao desenvolvimento do Estado. Trata-se das “Perspectivas de exportação de granéis sólidos pelo Porto de Paranaguá”, realizado pelo economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, e “Análise das tarifas ferroviárias e rodoviárias do Agronegócio do Paraná”, da Esalq-LOG/USP, liderada pelo professor José Vicente Caixeta Filho. A Faep contou com o apoio da Ocepar e Alcopar na realização dessas avaliações.

 

Apresentação - A apresentação ocorreu durante o “Fórum de Logística do Agronegócio Paranaense”, no Hotel Radisson, em Curitiba, com a presença do Secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato. “Dentro da porteira a economia demonstra pujança, fora dela temos muitos problemas”, afirma Ágide Meneguette, presidente da FAEP, “nossa intenção com esses estudos foi demonstrar o que estrangula o desenvolvimento do agronegócio e por consequência do Estado, num momento de grandes oportunidades”.

 

Produtos agrícolas - Anualmente cerca de 35 milhões de toneladas de produtos agrícolas (soja, milho, açúcar, etc) circulam pelas rodovias e ferrovias no território paranaense. As primeiras incompletas, sobrecarregadas e com pedágios caros. As ferrovias com tarifas exorbitantes, traçados obsoletos e o Porto de Paranaguá emperrado. Os dois estudos, resumidamente, concluem que os serviços de transporte, tanto rodoviário como ferroviário, apresentam várias deficiências na sua infraestrutura e na atuação das concessionárias.

 

Frete caro - Os gastos no frete rodo-ferroviário devem ser menores do que o preço do frete rodoviário direto de uma origem para o Porto, tornando o preço do frete intermodal competitivo. E isso não ocorre, demonstra o estudo. Uma carga de açúcar, por exemplo, que saia de uma cidade no Centro Norte paranaense, dirige-se até o terminal de Maringá onde é carregada por ferrovia até o Porto de Paranaguá. Este trajeto intermodal citado deve custar menos do que levar diretamente o produto entre a cidade de origem e o Porto, por rodovia.

 

Outros problemas - Além disso, a Esalq-LOG apresenta outros problemas no transporte ferroviário: elevado “transit time” da carga (que demora mais dias para chegar ao porto quando comparada ao modal rodoviário) o grande número de operações a serem realizadas (frete de ponta, transbordo e frete ferroviário), enquanto que para o frete rodoviário direto é necessário apenas uma operação (contratação do frete rodoviário).

 

Inviável economicamente - O estudo mostra que “o preço do frete rodo-ferroviário representa, em média, 103% do frete rodoviário direto. Em outras palavras, a alternativa intermodal torna-se inviável economicamente ao se analisar todo o conjunto de gastos necessários”. Aponta ainda que as “tarifas teto” estipuladas pela ANTT (Agência Nacional de Transporte terrestre) devem ser revistas, estabelecendo-se realidades mais próximas dos usuários do transporte ferroviário, garantindo adequada prestação do serviço de transporte (como a própria missão da ANTT sugere). São apontados ainda  como gargalos no modal ferroviário “ a ineficiência e má organização dos transbordos, falta de investimento em material rodante, perda de vagão durante o transporte, extravio de documentação, atrasos, erros de informação, entre diversos outros fatores”.

 

Rodovias e porto - O transporte rodoviário dos produtos agrícolas também apresenta gargalos, segundo o estudo. Entre eles: deficiência na infraestrutura e elevados tempos de carga e descarga, grande sazonalidade na procura por serviço de transporte, preços do pedágio e elevado preço de frete.

 

Gargalos logísticos - Operacionalmente, os armazéns antigos, o número reduzido de balanças rodoviárias e o pátio de triagem inferior a capacidade demandada pelo porto foram destacados como gargalos logísticos importantes nesta fase da logística das cargas agrícolas. O estudo da MB Associados aponta a necessidade de expansão do terminal com a construção de 2 armazéns e 2 linhas de carregamento e três novos berços de atracação, no Porto de Paranaguá, diante da expansão da movimentação no terminal.

 

Esforço - O estudo da Esalq-LOG indica que para o aumento da produtividade logística do estado é desejável o esforço das empresas do setor (investimentos próprios em infraestrutura) e do Governo. Este, de forma direta, através de incentivos fiscais e tributários e em parcerias público-privadas. “O governo também é um agente importante neste processo de melhoria, podendo investir de forma direta no setor, ou através de incentivos (fiscais, tributários, entre outros) governamentais, viabilizando, eventualmente, parcerias público-privadas”, relata o estudo da Esalq-LOG, “quando se fala em investimento em infraestrutura logística, a maior parte das melhorias efetuadas são usufruídas pela sociedade como um todo”, disse. (Imprensa Faep)

MDA: Governo cria crédito para renegociar dívidas com Pronaf e Proger

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O governo federal criou uma linha de crédito para agricultores inadimplentes com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Programa para Geração de Emprego e Renda Rural (Proger Rural). A medida foi aprovada sexta-feira (18/11) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), segundo nota divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Custeio e investimento - O objetivo é recompor e renegociar dívidas de agricultores familiares em operações de custeio e investimento. O limite de crédito por agricultor é de R$ 30 mil, com prazo para pagamento de até 10 anos e taxa de juros de 2% ao ano. O mínimo estabelecido para quitação da dívida é de 3% do valor total.

 

Em dia - Mesmo o agricultor com todos os pagamentos em dia pode acessar a linha de crédito para prolongar os prazos e reduzir as prestações dos recursos já contratados.

 

Prazo para inadimplentes - Para renegociar os débitos, o agricultor inadimplente tem prazo para solicitar o crédito é até o dia 28 de fevereiro de 2013. No caso dos adimplentes, a data limite é 29 de fevereiro do próximo ano. Para acessar a nova linha, é preciso apresentar Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) dentro do prazo de validade. “A linha vai beneficiar um conjunto de famílias, tanto inadimplentes, como as adimplentes com dificuldade de pagamento. É uma nova chance para os agricultores familiares voltarem a acessar o crédito, melhorar a produção e gerar renda”, explicou, em nota, o secretário de Agricultura Familiar do MDA, Laudemir Müller.

 

Dívidas - O ministério explica ainda que as dívidas que podem ser quitadas com a linha de crédito são: contratações de custeio do Pronaf até 30 de junho de 2010; e de custeio ou investimento do Proger Rural Familiar até 26 de junho de 2003 a 28 de junho de 2004. Os agricultores sem dívidas com os programas têm direito aos recursos se tiverem feitos contratos de investimento do Pronaf até 30 de junho de 2008. (Valor Econômico)

CARNES: EUA encerram o ano com queda na produção de frango

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Pelas últimas projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a produção norte-americana de carne de frango do quarto trimestre de 2011 deve ficar em torno dos nove bilhões de libras (4,082 milhões de toneladas), caindo cerca de 5% em relação ao que foi produzido entre outubro e dezembro do ano passado. A despeito desse recuo trimestral, o total anual – previsto em 37,3 bilhões de libras ou 16,9 milhões de toneladas – será cerca de 1% maior que o produzido em 2010.

 

2012 - Não são boas, porém, as perspectivas para 2012. Em função dos altos preços das matérias-primas (milho e farelo de soja, principalmente) e da lenta evolução da economia norte-americana, o USDA entende que a produção de carne de frango não deve passar dos 36,7 bilhões de libras (16,6 milhões de toneladas), recuando cerca de 1,7% sobre 2010. Se as previsões do USDA se confirmarem (por ora, as projeções vão só até o terceiro trimestre de 2012), o volume estimado será o menor do triênio 2010/2012, ficando abaixo, até, do que foi produzido em 2008. Ou seja: será o segundo menor volume desde que eclodiu a crise econômica mundial no final da década passada. (Agrolink)

FOCUS: Mercado reduz para 5,55% estimativa para inflação em 2012

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O mercado financeiro reduziu levemente a projeção para a inflação em 2012, segundo o Boletim Focus, divulgado na manhã desta segunda (21/11) pelo Banco Central (BC). A expectativa para a inflação oficial no ano que vem caiu de 5,56% para 5,55%, em um patamar ainda acima do centro da meta de inflação para o ano, que é de 4 50%. A meta tem margem de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.

 

2011 - A projeção para a inflação em 2011 seguiu em 6,48%. A previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro deste ano permaneceu em 0,50%. A estimativa para o IPCA de dezembro também seguiu em 0,50%.

 

PIB - O mercado financeiro também manteve a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, em 3,16%, segundo o boletim Focus. Para o ano que vem, a projeção para o crescimento da economia seguiu em 3,50%. A estimativa para o crescimento da produção industrial em 2011 recuou de 1,55% para 1,37%. Para 2012, a projeção para a expansão da indústria recuou de 3,74% para 3,68%.

 

Juros e dólar - De acordo com a pesquisa Focus, os analistas mantiveram a previsão para a Selic (a taxa básica de juros da economia) para o fim de 2011 em 11,00% ao ano. Já a projeção para a Selic no fim de 2012 permaneceu em 10,00% ao ano. Para o mercado de câmbio, os analistas preveem que o dólar encerre 2011 em R$ 1,75, patamar igual ao estimado na semana anterior. A projeção do câmbio médio no decorrer de 2011 seguiu em R$ 1,66. Para o fim de 2012, a previsão para o câmbio permaneceu em R$ 1,75. A média prevista para o dólar no ano que vem permaneceu em R$ 1,75.

 

Contas externas - A previsão do mercado financeiro para o déficit em conta corrente neste ano seguiu em US$ 55,00 bilhões. Para 2012, o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos estimado seguiu em US$ 68,63 bilhões. A previsão de superávit comercial em 2011 seguiu em US$ 28,00 bilhões. Para 2012, a estimativa para o saldo da balança comercial passou de US$ 18,90 bilhões para US$ 18,00 bilhões. Analistas mantiveram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2011 em US$ 60,00 bilhões. Para 2012 a previsão passou de US$ 54,00 bilhões para US$ 55,00 bilhões. (Agência Estado)

AGENDA: Mestre em Economia discute impactos da crise internacional no Brasil

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O mestre em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Robson Ribeiro Gonçalves, estará na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, no dia 25 de novembro, para discorrer sobre os cenários e desdobramentos da atual crise internacional e os possíveis impactos para o Brasil. Será durante o Fórum Financeiro, evento promovido pelo Sescoop/PR e dirigido a diretores, gerentes e analistas da área financeira das

cooperativas do Paraná. O palestrante também é consultor da Fundação Getúlio Vargas, professor do Ibmec-São Paulo e especialista em análise e elaboração de cenários macroeconômico e empresarial.

 

ABCO Fórum também vai debater o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), com a participação do gerente de Agronegócios da superintendência de varejo do Banco do Brasil, Pablo Ricoldy

 

Inscrições e informações - As inscrições devem ser feitas até o dia 21 de novembro, por meio do site www.ocepar.org.br. Mais informações com Marcelo Martins (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1122) ou

Devair Mem (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1131).

 

Serviço – Fórum Financeiro / Data: 25 de novembro / Horário: 14h às 17h30 / Local: Sistema Ocepar

Av. Cândido de Abreu, 501- Curitiba (PR)

 

Curso vai tratar sobre fechamento de balanço

Profissionais das áreas de controladoria e de auditoria interna das cooperativas paranaenses participam do curso sobre fechamento de balanço, dias 22 e 23 de novembro, na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. A capacitação, promovida pelo Sescoop/PR, visa transmitir, discutir e estudar o levantamento adequado das

demonstrações contábeis das cooperativas, especialmente o Balanço Patrimonial, Demonstração de  Sobras ou Perdas, Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Notas Explicativas. Tudo isso observando a legislação e as normas contábeis específicas das sociedades cooperativas, bem como os Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e normas editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), além de temas atuais nas áreas societárias e fiscais que influenciem nas demonstrações contábeis do corrente ano.

 

Inscrições e informações - As inscrições deverão ser efetuadas pelo agente de Desenvolvimento Humano da cooperativa diretamente no site www.ocepar.org.br. Mais informações com Emerson Barcik (41-32001137 / Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.) ou com Cristina Moreira (41- 32001186 / Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.).

 

Clique aqui e confira a programação completa do Curso de fechamento de balanço

COMÉRCIO: África já é o quarto maior parceiro econômico do Brasil

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As trocas de bens e serviços entre a África e o Brasil somaram US$ 20 bilhões de dólares em 2010, o que torna o Continente o quarto parceiro comercial mais importante do país, segundo dados da Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). O organismo apresentou nesta quinta-feira (17/11) em Genebra o "Relatório 2011 sobre os Países Menos Desenvolvidos", no qual destacou que desde a última década a cooperação econômica e comercial do Brasil com os países do Sul vem aumentando. Apesar disso, o estudo afirma que o volume de negócios do país com a África ainda está longe dos números da China (mais de US$ 100 bilhões) e da Índia (US$ 32 bilhões).

 

Agricultura - Segundo a Unctad, a agricultura é um dos setores-chave desta cooperação, como foi evidenciado com a realização em 2010, em Brasília, do primeiro Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate a Fome e Desenvolvimento Rural.

 

Biocombustível - Outro setor destacado foram as trocas relativas à produção de biocombustíveis procedentes da cana-de-açúcar. O Brasil também vem aumentando seu investimento no desenvolvimento da infraestrutura africana. Um exemplo é o investimento de US$ 1,700 bilhões da mineradora Vale do Rio Doce em Moçambique. Espera-se que a mina de carvão instalada no país contribua para o aumento do PIB local e gere cerca de 7.500 vagas de trabalho.

 

Fórum de Cooperação - Junto à Nigéria, o Brasil liderou a criação do Fórum de Cooperação África-América do Sul, que já teve duas edições. Em março desse ano, foram assinados vários acordos na área de comércio, turismo, transporte, mineração, energia, agricultura, meio ambiente e telecomunicações.

 

Haiti e Timor-Leste - A Unctad também lembrou das atividades no Haiti e no Timor-Leste. Na nação caribenha, o Brasil dirige a Minustah, a missão das Nações Unidas para a estabilização do país, e já contribuiu com US$ 300 milhões para ajudar no desenvolvimento econômico do Haiti. Além disso, a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa) iniciou uma série de projetos para revitalizar a agricultura familiar sustentável do país, projeto similar ao que faz no Timor. (EFE / Gazeta do Povo)

RAMO CRÉDITO IV: Credicoamo, 22 anos: o homem do campo assina embaixo

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AGRONEGÓCIO I: Setor investe forte na indústria

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Após duas décadas de estruturação, a agroindústria do Paraná volta a investir pesado em sua expansão, fortalecendo o setor em âmbito nacional. Indicadores como produção, faturamento, recursos destinados a novos empreendimentos e exportações comprovam o crescimento da atividade. Um único setor oferece renda a 550 mil pessoas, 5% da população do estado, caso da avicultura, que registrou verdadeira explosão e exporta mais de 1 milhão de toneladas de carne ao ano.

 

Dados - As apostas se confirmam em dados como os do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). De 2005 para cá, os financiamentos concedidos pela instituição a agroindústrias de alimentos triplicaram, passando de R$ 200 milhões. Das cooperativas do Paraná vem outro indicativo: metade dos R$ 1,1 bilhão de investimentos em 2011 tem sido aplicada diretamente nas atividades agroindustriais.

 

Incremento - De 2004 a 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) da agroindústria nacional registrou um incremento médio de 2% ao ano, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplica (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP), realizado em conjunto com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA). A média só não foi maior porque, em 2009, quando o mundo sentiu os efeitos da crise econômica eclodida no ano anterior, o PIB da agroindústria sofreu retração superior a 5%.

 

IBGE - Também com exceção de 2009, a produção agroindustrial brasileira medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vem acumulando crescimentos sucessivos anualmente, pelo menos desde 2006. Em 2010, o avanço foi de 4,7%, o maior desde 2007, que havia ficado em 5%. No primeiro semestre deste ano, sobretudo pela queda na fabricação de derivados da cana-de-açúcar, a produção agroindústria nacional se retraiu em 3,3%. Em compensação, informa o IBGE, as exportações do agronegócio subiram 23,4% no período, alcançando US$ 43,2 bilhões.

 

Financiamentos - No Paraná, onde lideranças e analistas apontam que a cadeia do agronegócio representa um terço de toda a economia do estado, a expansão pode ser medida pelos valores que vêm sendo financiados pelo BRDE. Para novos empreendimentos na indústria de alimentos e bebidas, a mais representativa dentro da agroindústria, o montante liberado saltou de R$ 72 milhões, em 2005, para R$ 216,5 milhões em 2010. Com os R$ 107,8 milhões de janeiro a outubro de 2011, são R$ 854 milhões em financiamentos nos últimos seis anos, informa o gerente de operações do banco no estado, Paulo César Starke Júnior.

 

Cooperativismo - Responsável por 42% da capacidade agroindustrial do estado, o cooperativismo local prevê para este ano faturamento de R$ 30 bilhões e investimentos da ordem de R$ 1,1 bilhão – 50% disso, para a indústria agro, assegura o superintendente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken. “Se formos considerar investimentos em armazenagem, logística e distribuição, que atendem as unidades industriais também, temos mais da metade dos investimentos das cooperativas destinados à agroindústria”, ressalta

 

Exportações - Outro dado ilustrativo vem do comércio exterior. As exportações de produtos da agroindústria estadual seguem em ascensão neste ano. De acordo com relatório da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), no primeiro trimestre deste ano cresceram as vendas ao exterior de alimentos (13,87%), bebidas (39,59%), papel e celulose (8,68%), madeira (13,65%) e carnes bovinas, suínas e de aves (25,67%). (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

INTERNACIONAL: Inflação já recua em 20 países que adotam meta

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A inflação acima da meta ainda é um fenômeno generalizado no mundo, mas os índices de preços acumulados em 12 meses já dão sinais de desaceleração em grande parte dos países. De um levantamento do Bradesco com 27 países mais a zona do euro, 23 ainda estão com a inflação em 12 meses rodando acima do alvo, mas em 20 deles o pior já ficou para trás - como no Brasil, na China e no Chile.

 

Principal fator - A dissipação da pior parte do choque de commodities do fim do ano passado é um dos principais fatores que explicam a perda de força da inflação no Brasil e no mundo, nota o economista-sênior do Bradesco Daniel Weeks. Além disso, a atividade econômica mais fraca, tanto nos países desenvolvidos e nos emergentes, contribui para uma inflação mais comportada nos últimos meses. A expectativa dominante é que a inflação em 2012 deve preocupar menos do que em 2011. Uma forte recuperação global parece fora de cogitação, e as commodities devem no mínimo não atrapalhar a inflação.

 

Meta explícita - O levantamento do Bradesco inclui países que têm uma meta de inflação explícita, como Brasil, Chile e Austrália, e outros com alvo implícito, caso dos Estados Unidos, onde o nível de 2% é tido como a referência do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

 

Disparada das commodities - No fim do ano passado e no começo deste ano, a disparada das commodities jogou para cima a inflação global, pressionando os preços de alimentos e combustíveis. No caso brasileiro, isso fez o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ter variações bastante elevadas especialmente a partir de outubro de 2010. Naquele mês, o IPCA subiu 0,75%, impulsionado pelo aumento de 1,89% dos preços de alimentos e bebidas.

 

Situação mais tranquila - Agora, a situação das commodities é bem mais tranquila. Houve queda na comparação com os níveis do primeiro trimestre. Em outubro deste ano, os alimentos no IPCA subiram 0,56%, enquanto o índice "cheio" avançou 0,43%.

 

Variação mais modesta - Nesse cenário, sai um índice salgado no acumulado em 12 meses - o 0,75% de outubro de 2010 - e entra uma variação mais modesta - o 0,43%. Com isso, o IPCA em 12 meses recuou de 7,31% em setembro para 6,97% em outubro, acima dos 6,5% do teto da meta, e bem distante do centro, de 4,5%.

 

Menos força - Esse fenômeno ajuda a explicar também a perda de força da inflação em países como a China, que viu o índice de preços ao consumidor nessa base de comparação recuar de 6,3% em setembro para 5,6% em outubro, nota Weeks. "É uma tendência global, que se deve ao arrefecimento dos preços de commodities nos últimos meses", diz a economista Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria.

 

Desaceleração econômica - Outra influência importante é a desaceleração da atividade econômica. Weeks observa que vários países emergentes apertaram a política monetária ao longo do primeiro semestre, para combater um aquecimento que, no começo do ano, era visto como excessivo. Como os aumentos de juros atuam com defasagem, o impacto sobre a atividade econômica e sobre os preços ocorreu com mais força nos últimos meses, diz Alessandra.

 

Agravamento da crise - No caso dos países desenvolvidos, a atividade se enfraqueceu devido ao agravamento da crise, e não por novas rodadas de aperto monetário. Há casos em que a inflação em 12 meses segue bem acima da meta, mas por motivos específicos. No Reino Unido, por exemplo, o índice de preços subiu 5,22% nos 12 meses até setembro, uma alta influenciada em parte pelo aumento da alíquota do imposto sobre valor agregado, ocorrido em janeiro deste ano.

 

Tendência - Daqui para a frente, a tendência é de que a inflação em 12 meses continue a perder força. Segundo levantamento da LCA Consultores com 27 países que adotam o regime de metas de inflação, o consenso das projeções mostra que em 19 deles os índices de preços em 2012 ficarão abaixo do nível de 2011. Isso não quer dizer, porém, que as metas serão cumpridas: a inflação só deve ficar no alvo ou abaixo dele em sete países. A questão é que em nenhum dos 27 o teto da meta de 2012 deverá ser "furado", ao passo que neste ano isso deve acontecer em 11 casos.

 

Atividade industrial - Não por acaso, o economista-chefe da LCA, Bráulio Borges, acredita que a inflação vai preocupar menos de agora em diante, com a fraqueza da economia ganhando mais atenção. A atividade industrial em diversos países emergentes, incluindo a China, tem mostrado um ritmo fraco nos últimos meses, em parte como reflexo da piora da crise na Europa, diz ele.

 

Percentual - Com um cenário de fraco crescimento global, os três analistas projetam inflação mais baixa para o Brasil em 2012, inferior ao percentual de cerca de 6,5% esperado para este ano. Contudo, enquanto Weeks e Alessandra ainda veem um IPCA na casa de 5,5%, Borges acha que há uma possibilidade não desprezível de o indicador fechar 2012 entre 4,5% e 5%. Para ele, se o crescimento brasileiro ficar em torno de 3% neste ano e no ano que vem, o IPCA pode buscar esse intervalo, considerando preços de commodities convertidos em reais estáveis e uma alta de preços administrados (como tarifas públicas) de 4% a 4,5%, comparados com 6,5% em 2011.

 

PIB - Projetando uma expansão do PIB um pouco mais forte em 2012, de 3,7%, Alessandra prevê um IPCA de 5,6% no ano que vem. Já Weeks estima alta de 5,5%, esperando um crescimento brasileiro também de 3,7% e uma atividade mais fraca no mundo, que produzirá "efeitos desinflacionários" no ano que vem, principalmente para commodities metálicas e energéticas. (Valor Econômico)

IAPAR: Livro discute aplicação de homeopatia na agropecuária

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