Na terça-feira foi Londrina, ontem, dia 25, Curitiba; hoje à noite será a vez dos varejistas e da imprensa de Cascavel conhecerem o mais novo lançamento da Copacol, a linha Single, porção individual de frango, destinada para pessoas que vivem sozinhas ou necessitam fazer uma refeição rápida e com qualidade. Na solenidade realizada em Curitiba, no Hotel Bourbon, um número significativo de supermercadistas prestigiaram o lançamento da Copacol. A Ocepar foi representada pelo seu diretor executivo, José Roberto Riken. Na ocasião, o presidente da cooperativa, Valter Pitol, afirmou que a expectativa é comercializar inicialmente em torno de 10 toneladas por mês do produto, podendo dobra-la no segundo mês. A linha Single tem quatro versões de 300 gramas: filé de coxa e sobre-coxa ao molho de queijo; filé de peito ao molho oriental; filézinho com tempero tradicional e filé de peito com tempero amanteigado. A grande vantagem é que a embalagem pode ser levada direta ao forno microondas.

Ocepar protocolou, no dia 24, mandado de segurança coletivo com pedido de liminar, objetivando afastar a cobrança da taxa do Ibama para as cooperativas paranaenses. A Ocepar estava aguardando o julgamento de duas Adins no STF sobre a mesma matéria. Todavia, a diretoria decidiu pelo ingresso do mandado de segurança. Desta forma, nos próximos dias a Ocepar deve obter uma resposta da justiça, o que será prontamente comunicado às filiadas. É a quarta tentativa do Ibama em instituir taxas, as quais a Ocepar considera ilegais.

O presidente Fernando Henrique Cardoso convocou os empresários a fazer uma ?agressiva? campanha de divulgação da ?excelência da nossa carne?. Ele acredita que o Brasil tem condições de bater mais um recorde este ano exportando, só em carne, US$ 2 bilhões. ?Os canadenses nos ajudaram quando colocaram em dúvida a qualidade do pasto que alimenta nosso rebanho, pois a União Européia abriu as portas para a exportação de carnes bovina, suína e de frangos?.

Tomou posse ontem (24) o novo presidente do FNSA - Fórum Nacional da Secretaria de Agricultura, Odacir Zonta, atual secretário da Agricultura de Santa Catarina. No seu discurso de posse, Zonta prometeu defender a integração de todos os estados brasileiros para o desenvolvimento da agricultura nacional. Entre os objetivos do novo dirigente é a concretização do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa. Além disso, desenvolver o plano de pesca e piscicultura de forma conjunta com todas as secretarias, sempre respeitando as peculiaridades de cada Estado.

O ministro da Agricultura e do Abastecimento, Pratini de Moraes, confirmou ontem (24) que o presidente Fernando Henrique Cardoso autorizou a liberação de R$ 72 milhões para a sanidade agropecuária dos produtos brasileiros. Pratini participou da posse do presidente do Fórum Nacional da Secretaria de Agricultura (FNSA), Odacir Zonta. Os recursos liberados destinam-se prioritariamente à sanidade animal, com o objetivo de combater a febre aftosa, a brucelose e a tuberculose bovinas, newcastle (doença de aves) e peste suína clássica. Hoje o ministro deve reunir-se com secretários de Agricultura do nordeste, para discutir o combate à aftosa na região.

O procurador da República Osmar Veronese ajuizou no começo da noite de segunda-feira, na Justiça Federal de Santo Ângelo (RS), Ação Civil Pública com pedido de liminar contra a União e os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O objetivo da ação é a liberação da vacinação dos rebanhos bovinos, bubalinos, suínos, ovinos e caprinos contra a febre aftosa. O procurador quer também afastar a obrigatoriedade do disposto na instrução normativa nº 13 da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (MA), que veda a aplicação, manutenção e venda de vacinas contra a febre aftosa nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Osmar Veronese justifica que a volta da vacinação como instrumento de defesa coletiva dos direitos dos consumidores, da ordem econômica e como medida preventiva com relevantes fins sociais. O fato gerador dessa ação civil pública foi a representação apresentada ao Ministério Público Federal de Santo Ângelo, em 17 de abril, pela Associação Regional dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais da Grande Santa Rosa, que pediam a liberação da vacinação no RS.

A Organização Internacional de Epizootias (OIE), com sede em Paris, na França, divulgou em sua página na Internet que até 14 de abril havia na Argentina 291 focos de febre aftosa. Segundo um informe divulgado em 20 de abril a província mais afetada é Buenos Aires, com 219 focos. Além dos 182 focos já existentes, outros 109 surgiram em sete províncias: Buenos Aires, Córdoba, Entre Rios, Santa Fe, La Pampa, San Luis e Santiago del Estero.

O Ministério de Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai anunciou ontem (24) uma suspeita de foco de febre aftosa no Departamento de Soriano (veja mata), a 15 quilômetros da localidade de Palmitas, situada na fronteira com a província argentina de Entre-Rios, onde a existência da doença é confirmada. O lote com 250 novilhos da raça Holandês que apresentaram sinais clínicos da doença será sacrificado ainda hoje. A decisão foi tomada durante reunião entre o ministro da Pecuária, Gonzalo Gonzales, e o presidente em exercício do Uruguai, Luiz Hierro Lopez. Segundo o jornal gaúcho, Correio do Povo, o resultado dos exames sorológicos do material coletado será divulgado em dois dias.

O governo acredita que o vírus seja o A24, o mesmo identificado no rebanho bovino argentino. Também como medida preventiva, o Uruguai está proibindo o trânsito de animais em todo o país, assim como a realização de feiras e exposições agropecuárias. A intenção é realizar um trabalho semelhante ao que foi feito em Artigas, no Norte do país, onde surgiu foco em 23 de outubro do ano passado, e retomar a condição de zona livre de aftosa sem vacinação em 90 dias junto à Organização Internacional de Epizootias.

O deputado federal Moacir Micheletto (PMDB-PR), relator da comissão parlamentar encarregada de propor a criação do novo Código Florestal Brasileiro, disse ontem (25), em Brasília, que as ONGs ambientalistas mentem, ?orquestradas por interesses internacionais?, ao afirmarem que seu anteprojeto permitiria reduzir para 20% a reserva legal (ou seja, a área que não pode ser desmatada) em propriedades rurais da região amazônica. Micheletto apresentou na semana passada uma nova proposta para transformar o código - que hoje é regulado por medida provisória - em uma lei que estabeleça o uso das florestas no País. A proposta deve ser votada no plenário do Congresso na primeira quinzena de junho. Uma análise feita pela assessoria jurídica do ISA (Instituto Sócio-ambiental) afirma que, em alguns casos, a reserva legal de mata - que a MP havia fixado em 80% - poderia ser reduzida a até 20% em seis estados. Segundo o deputado, a interpretação do ISA está errada. ?O limite (de reserva) poderá ser reduzido para 50% quando se tratar de pequenas propriedades - com até 150 hectares - na Amazônia. Como as ONGs mentem, mas mentem descaradamente, estão dizendo que eu estou tentando colocar 80% na Amazônia?, desabafa o deputado paranaense.

Em conversa hoje pela manhã com Fábio Florêncio Fernandes responsável pela área de classificação de produtos vegetais do Ministério da Agricultura, informou que nos próximos dias estará saindo duas novas Instruções Normativas uma sobre Arbitragem e outra sobre Cadastro Geral de Classificação, quanto a que tratará das especificações dos produtos vegetais a serem classificados sairá provavelmente em meados de junho.

Em reunião ontem na CER, o Presidente da CER/PROAGRO em exercício Sr. José Wilman da Silva, informou que os produtores e/ou cooperativas interessadas em verificar o andamento da análise do processo, podem fazer através dos telefones (61) 218-2189 e 226-9206 das 08h00 às 18h00 com Flávia ou José Wilman, ou através do site: www.agricultura.gov.br, após, clicar em zoneamento agrícola / Proagro / processos e, enfim, digitar o número do processo ou o nome do produtor.

O dólar comercial abriu em alta, mantendo a tendência do fechamento de ontem, novo recorde no real, e marcando na abertura outra cotação recorde. Às 9h30, a moeda norte-americana estava a R$ 2,29 na cotação média de compra e venda, uma valorização de 1,08% ante o fechamento de ontem. Ontem a moeda norte americana encerrou cotada a R$ 2,2655 na média de compra e venda, a cotação de fechamento em relação ao real, uma valorização de 0,18% em relação ao fechamento de segunda-feira. Prevaleceu no mercado a espera pela decisão do congresso argentino sobre a remoção do presidente do BC, Pedro Pou, acusado de fazer vista-grossa em um caso de lavagem de dinheiro. Pou, envolvido também em uma disputa política com o todo-poderoso Domingo Cavallo, ministro da Economia, deve ser substituído pelo banqueiro Roque Maccarone. Essa substituição seria bem aceita, segundo analistas, já que Pou não concorda com algumas idéias de Cavallo. Além disso, Maccarone já trabalhou com Cavallo nos anos 90, quando ele era ministro da Economia do presidente peronista Carlos Menem.

O senador Jonas Pinheiro e o deputado Moacir Micheletto estarão em Toledo nesta sexta-feira, para audiência pública com objetivo de apresentar e discutir o relatório do anteprojeto de lei de conversão da Medida Provisória 2060, que trata do Código Florestal. Jonas Pinheiro é o presidente da comissão e Micheletto o relator. O evento será realizado no Teatro Municipal de Toledo, com início previsto para as 9 horas e deverá contar com a participação de mais de mil pessoas. ?Todas as lideranças e agricultores que têm problemas de reserva legal em suas propriedades devem participar, pois é preciso demonstrar à comissão que o Paraná quer mudanças e não se conforma com o texto da Medida Provisória 2060?, afirma Nelson Costa, gerente técnico da Ocepar. A Medida Provisória 2060 cria uma série de obrigações de reposição da área florestal nas propriedades, conhecida como reserva legal.

A Secretaria dos Transportes deverá compor, nos próximos dias, uma comissão com representantes dos usuários do Porto de Paranaguá com objetivo de planejar como solucionar o problema das filas e da modernização dos terminais. Essa comissão analisará, também, as propostas que estão sendo encaminhadas por empresas com objetivo de acabar com as filas no Porto, através de sistema de planejamento informatizado. O Porto quer um sistema que permite a ida aos terminais apenas dos caminhões com garantia de desembarque da produção, poucas horas após sua chegada.

Ontem, autoridades acusaram algumas cooperativas de contribuírem para aumentar a fila no Porto de Paranaguá. Na reunião realizada em Paranaguá, ontem, o superintendente Osires Stenghel Guimarães aventou a possibilidade de aplicar as penalidades previstas nas normas de funcionamento do Porto às empresas que estariam ocupando a maior parte da capacidade do pátio de triagem, causando um problema aos demais terminais. Enquanto caminhões de um terminal estariam superlotando o pátio, outros terminais privados tiveram que retirar caminhões das filas para descarregarem. No entanto, ainda não se sabia que penalidades estão previstas e a administração do Porto até prefere resolver essa questão através do diálogo com os representantes dos terminais. O próprio Terminal do Pool, administrado pelo Porto, tem contribuído com as filas em função de receber grande parte da produção. Pela Internet, no endereço www.pr.gov.br/ports pode-se acompanhar o tempo estimado para descarga dos terminais. Hoje, às 9 horas da manhã, a situação era a seguinte:

* Centro Sul ? 37 horas

* Terminal do Pool ? 22 horas

* Cotriguaçu ? 14 horas

* Coimbra ? 5 horas

* Coamo ? zero hora

É preciso compreender, porém, que nem sempre esses terminais têm controle sobre as filas, pois recebem cargas não programadas de outros Estados, cujas empresas enviam seus caminhões diretamente ao Porto assim que conseguem os transportadores. Além do mais, se são os terminais que mais movimentam cargas, também são os que ocupam o maior espaço do pátio de triagem. Todos concordam, no entanto, que a solução às filas é difícil neste momento, e que só um sistema informatizado pode resolver esse problema. As mais de 700 mil toneladas de milho que foram levadas ao Porto causaram um movimento extra de caminhões que exigiriam o uso exclusivo dos terminais por mais de 15 dias.

Ontem à noite havia um total aproximado de 2.500 caminhões entre os estacionados na fila na BR 277 e os do pátio de triagem, indicando que havia mais de 70 mil toneladas de grãos e farelo esperando para serem descarregadas só pelos caminhões. Como parte da safra é levada ao Porto em trens de carga, estima-se que havia mais de 80 mil toneladas para descarga, enquanto a capacidade média de desembarque nas últimas duas semanas foi de 62 mil toneladas. Resumindo, a fila de caminhões que ontem à noite chegou até a praça do pedágio, pode se alongar ainda mais se continuar chovendo em Paranaguá, impedindo o carregamento dos navios, e a liberação dos silos. Ontem, a capacidade do terminal da Cotriguaçu, que movimenta quase 1/3 dos grãos e farelo em Paranaguá, aproximava-se do esgotamento.