O EFEITO DO MILHO NAS FILAS

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Ontem, autoridades acusaram algumas cooperativas de contribuírem para aumentar a fila no Porto de Paranaguá. Na reunião realizada em Paranaguá, ontem, o superintendente Osires Stenghel Guimarães aventou a possibilidade de aplicar as penalidades previstas nas normas de funcionamento do Porto às empresas que estariam ocupando a maior parte da capacidade do pátio de triagem, causando um problema aos demais terminais. Enquanto caminhões de um terminal estariam superlotando o pátio, outros terminais privados tiveram que retirar caminhões das filas para descarregarem. No entanto, ainda não se sabia que penalidades estão previstas e a administração do Porto até prefere resolver essa questão através do diálogo com os representantes dos terminais. O próprio Terminal do Pool, administrado pelo Porto, tem contribuído com as filas em função de receber grande parte da produção. Pela Internet, no endereço www.pr.gov.br/ports pode-se acompanhar o tempo estimado para descarga dos terminais. Hoje, às 9 horas da manhã, a situação era a seguinte:

* Centro Sul ? 37 horas

* Terminal do Pool ? 22 horas

* Cotriguaçu ? 14 horas

* Coimbra ? 5 horas

* Coamo ? zero hora

É preciso compreender, porém, que nem sempre esses terminais têm controle sobre as filas, pois recebem cargas não programadas de outros Estados, cujas empresas enviam seus caminhões diretamente ao Porto assim que conseguem os transportadores. Além do mais, se são os terminais que mais movimentam cargas, também são os que ocupam o maior espaço do pátio de triagem. Todos concordam, no entanto, que a solução às filas é difícil neste momento, e que só um sistema informatizado pode resolver esse problema. As mais de 700 mil toneladas de milho que foram levadas ao Porto causaram um movimento extra de caminhões que exigiriam o uso exclusivo dos terminais por mais de 15 dias.

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