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EM BRASÍLIA

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O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, viaja nesta tarde a Brasília, para reuniões com executivos da área governamental e na OCB, para tratar de diversos assuntos de interesse do cooperativismo paranaense. A pendência no pagamento do seguro da Cosesp e o Recoop estão entre os temas das reuniões.

CÂMBIO ACELERA EXPORTAÇÕES AGROPECUÁRIAS

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As exportações brasileiras de produtos agropecuárias estão sendo estimuladas pelo câmbio favorável, resultado da desvalorização do real em relação ao dólar. A desvalorização do real é um fator importante para reduzir o impacto da queda dos preços de alguns produtos da pauta exportadora brasileira como soja, café, açúcar no mercado internacional. As carnes tiveram um incentivo a mais, que foi o crescimento da demanda devido aos problemas sanitários do rebanho europeu. (tabela)

BRASIL É O ÚNICO DO MERCOSUL LIVRE DA AFTOSA

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Na última sexta-feira o governo federal determinou o fechamento da fronteira com o Uruguai. Com a medida, o Brasil passa a ser o único país no Mercosul onde não há casos da aftosa. Segundo o chefe da Divisão de Febre Aftosa do Ministério da Agricultura, Jamil Gomes de Souza, estão proibidos de entrar em território brasileiro animais vivos e qualquer produto que possa ser transmissor do vírus, como material de reprodução (sêmen e embrião), carne com osso e produtos de origens animal e vegetal (incluindo grãos, como arroz, soja e milho) procedentes do Uruguai.

FMI REDUZ PREVISÃO DE CRESCIMENTO ECONÔMICO MUNDIAL

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A desaceleração da economia mundial será mais pronunciada que o previsto neste ano, mas deverá ser temporária, estimou o Fundo Monetário Internacional (FMI) no informe semestral sobre a perspectiva econômica mundial publicado ontem. As informações são da AFP. O organismo multilateral reviu para baixo as previsões de crescimento mundial situando-as em 3,2%, depois de ter previsto 4,2% em outubro passado. Para 2002, o FMI anuncia um crescimento mundial de 3,9%. A baixa se explica fundamentalmente pela queda do crescimento nos Estados Unidos. A primeira economia do mundo não deverá registrar em 2001 um crescimento mais elevado que 1,5% em vez dos 3,2% previstos há seis meses. Para 2002, o prognóstico é de 2,5%. "As perspectivas de crescimento mundial são significativamente pequenas, devido em primeiro lugar à desaceleração nos Estados Unidos, à paralisação na reativação no Japão e a uma moderação do crescimento na Europa", destaca o informe. No entanto, o FMI se mostra relativamente otimista sobre as possibilidades de reativação. Confira as projeções do FMI para este ano. As informações são da Reuters Investor. (tabela)

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Projeções atuais

Anos 2001 2002

Produto Interno Bruto (PIB) 3,2 3,9

Economias mais avançadas

Estados Unidos 1,5 2,5

Japão 0,6 1,5

Alemanha 1,9 2,6

França 2,6 2,6

Itália 2,0 2,5

Reino Unidos 2,6 2,8

Canadá 2,3 2,4

EUROPA

União Européia 2,4 2,8

Região Européia 2,4 2,8

Espanha 2,9 3,2

Holanda 2,9 2,7

Bélgica 2,4 2,4

Suécia 2,6 2,8

Áustria 2,2 2,6

Dinamarca 2,1 2,3

Finlândia 4,2 4,0

Grécia 3,8 3,8

Portugal 2,4 2,8

Irlanda 7,0 6,2

Luxemburgo 4,2 4,3

Outras economias européias

Suíça 2,0 2,0

Noruega 1,9 2,3

Islândia 1,9 2,1

ÁSIA

Economias industrial recentes 3,8 5,5

Hong Kong 3,5 4,8

Coréia do Sul 3,5 5,5

Cingapura 5,0 5,8

Taiwan 4,1 5,6

Países em desenvolvimento 5,9 6,3

China 7,0 7,1

Índia 5,6 6,1

Indonésia 3,5 4,6

Malásia 4,5 6,0

Filipinas 3,3 4,5

Tailândia 3,0 4,5

Bangladesh 4,5 4,5

Paquistão 4,4 5,0

Vietnã 5,0 6,0

Austrália 1,9 3,5

Nova Zelândia 2,6 2,7

ORIENTE MÉDIO 2,9 4,6

Israel 1,8 4,3

Chipre 4,5 4,0

ÁFRICA 4,2 4,4

África do Sul 3,8 3,8

AMÉRICA LATINA 3,7 4,4

Brasil 4,5 4,5

Argentina 2,0 3,8

Chile 4,8 5,5

Colômbia 3,2 3,8

Equador 3,4 3,0

Peru 2,5 5,0

Uruguai 2,0 4,0

Venezuela 3,3 2,8

República Dominicana 6,5 6,4

Guatemala 3,0 2,9

México 3,5 4,7

Países em transição 4,0 4,2

Europa Central e do Leste 3,9 4,4

Mongólia 4,1 4,1

Rússia 4,0 4,0

Excluindo Rússia 4,2 4,4

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PRESIDENTE URUGUAIO PREVÊ PROPAGAÇÃO DA AFTOSA

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O presidente do Uruguai, Jorge Batlle, não disfarçou o pessimismo em relação à propagação do vírus da aftosa no país, afirmando que os 22 focos da epidemia detectados até a noite da última sexta-feira em fazendas de cinco departamentos podem ser 50. "Não sei se vamos ganhar a batalha ou perder, o que sei é que vamos ter um ano de dificuldades; não tenho dúvidas", disse Batlle em pronunciamento na emissoras de televisão.

PALESTRA SOBRE COOPRATIVISMO EM MARINGÁ

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No mesmo dia 21 de abril, atendendo a um convite da Prefeitura Municipal de Maringá, o economista e assessor cooperativista do Sistema Ocepar, Izaias Gonçalves Lopes, encarregado do Programa de Apoio Integral às Pequenas Cooperativas - Procoope, participou de um debate com 20 mulheres interessadas na constituição de cooperativas de trabalho. Segundo José Ricardo Fucidji, da Secretaria de Governo de Maringá, a atual administração assumiu como linha prioritária de política pública o incentivo à criação de cooperativas produtivas nos mais diversos segmentos. Foi até constituído um grupo de técnicos capaz em dar apoio às iniciativas de formação e estruturação destas sociedades. O grupo já está dando total apoio a diversos interessados, micro e pequenos empreendedores do setor têxtil dispostos a se organizarem em empreendimentos cooperativos. A presença do assessor da Ocepar na reunião foi de grande valia no sentido de esclarecer o grupo sobre todos os aspectos legais para a constituição de uma cooperativa e o que a Ocepar e o Sescoop-PR podem oferecer para a viabilização deste projeto da Prefeitura de Maringá.

GUAIRAÇÁ REALIZOU ENCONTRO DE COOPERATIVAS

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Um dos principais desafios dos municípios é a geração de renda e de trabalho para a população. O sistema cooperativista vem sendo encarado pelos administradores municipais como uma excelente alternativa para solucionar tais problemas. Pensando assim é que a Prefeitura Municipal de Guairaçá, região Noroeste do Paraná, com apoio da Ocepar/Sescoop-PR, Universidade de Maringá, Governo do Estado e Sebrae realizou, no último dia 21 de abril, o 1º Encontro Regional de Cooperativas, com a finalidade de promover a integração e difundir os princípios básicos do cooperativismo dentro dos preceitos legais. O Economista e assessor cooperativista do Sistema Ocepar encarregado do Programa de Apoio Integral às Pequenas Cooperativas - Procoope, Izaias Gonçalves Lopes participou do evento como palestrante convidado, quando explicou sobre o funcionamento da Ocepar, do sistema cooperativista e atuais programas desenvolvidos no sentido de auxiliar a constituição de cooperativas e seu funcionamento. Diversas cooperativas já foram constituídas, destacando-se àquelas que atuam no ramo de confecção com expressiva presença de mulheres, já que na região existe muitas indústrias de tecelagem.

SESCOOP-PR REALIZA TREINAMENTO PARA COOPERATIVISTAS

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Com presença de 21 dirigentes cooperativistas, foi realizado em Curitiba, na última quinta e sexta-feira, um treinamento para conselheiros fiscais, organizado pelo Procoope - Programa Integral de Apoio às Pequenas Cooperativas, numa promoção da Ocepar e Sescoop-PR. Participaram cooperativas que atuam em áreas urbanas como prestadoras de serviços nas mais diferentes atividades profissionais. Uma das participantes foi a Cotral ? Cooperativa de Trabalho Agroindustrial da Lapa, com apenas um ano de vida, 70 cooperados e que realiza trabalhos de conservação, limpeza, carga e descarga. Segundo seu diretor-financeiro, Gilberto Cavalaro, o evento foi bastante proveitoso, principalmente pela troca de informações e intercâmbios com outras cooperativas. Para a suplente de conselheira fiscal da Cooperativa de Psicólogas do Estado do Paraná, Renata Queiroz Gonçalves dos Santos, está sendo de grande valia o apoio que a Ocepar, através do Procoope, vem dando às pequenas cooperativas urbanas. ?Este treinamento nos traz conhecimentos importantes e nos dá a tranqüilidade de como atuar e agir como conselheiras fiscais da cooperativa?, destacou.

PARANÁ INICIA CAMPANHA DE VACINAÇÃO

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Com a meta de vacinar 100% do rebanho de 9,5 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos, o Paraná inicia nesta terça-feira (1º de maio) a primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa. A campanha vai até 20 de maio. Na última campanha de vacinação, realizada em novembro de 2000, o índice de cobertura vacinal foi de 98,5%.

Ocepar participou de fórum do Conesa - Na última semana, uma comitiva que incluiu o secretário da Agricultura, Antonio Poloni, os presidentes da Ocepar, João Paulo Koslovski e da Faep, Ágide Meneguette, e outras lideranças, percorreram todas as regiões do Paraná realizando encontros com técnicos, produtores e lideranças regionais para divulgar a importância da campanha de vacinação. "O compromisso de manter a febre aftosa longe do nosso Estado não é apenas do governo, mas de toda a sociedade", destacou Poloni. Ele lembra que no ano passado o Paraná conquistou o reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa com vacinação. "Precisamos continuar vacinando e cumprindo nossa meta de vacinação para podermos, em 2003, requisitarmos à Organização Internacional de Epizootias (OIE) o reconhecimento de área livre sem vacinação", disse Poloni.

Criação do fundo de saúde animal - O secretário da Agricultura considera importante que todos os pecuaristas do Estado colaborem com o Fundo de Saúde Animal. O Fundo, criado e administrado pela iniciativa privada, vai funcionar como um seguro para a indenização de pecuaristas caso haja necessidade de sacrifício de animais em função da ocorrência da doença. O seguro contra a aftosa foi lançado na semana passada, durante a realização do Fórum Paraná Sem Aftosa: Direito e Compromisso de Todos, que percorreu todas as grandes regiões do Estado. O seguro é constituído por uma taxa de R$ 0,25 por animal, a ser recolhida pelo criador nas duas etapas de vacinação ? em maio e novembro ? este ano e em 2002. Ao final deste prazo, o fundo terá arrecadado R$ 9 milhões. A taxa de contribuição foi definida pelos próprios pecuaristas e o recurso será administrado por entidades privadas, representantes do setor pecuário. Seguros semelhantes já foram instituídos em outros Estados e são comuns em países da Europa.

Livro: ?MANUAL DE TRIBUTOS DA ATIVIDADE RURAL?

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Esta obra analisa, de forma inédita, os tributos incidentes sobre a atividade rural, exercida pelas pessoas físicas e jurídicas domiciliadas no Brasil e no exterior. O autor, Pedro Einstein dos Santos Anceles, auditor fiscal da Receita Federal, é mestre em integração latino-americana e professor do Departamento de Contabilidade da Universidade Federal de Santa Maria (RS) e da Escola Superior de Administração Fazendária (Brasília, DF). É supervisor técnico e normatizador dos atos legais e responsável técnico pela elaboração de ?Perguntas e Respostas? do Imposto de Renda pessoa física e jurídica na área rural.

Tudo sobre o assunto - ?Na esfera federal, o leitor vai encontrar a orientação de como proceder em relação ao Imposto de Renda, ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, à Contribuição sobre o Lucro Líquido e às contribuições para o PIS/Cofins, bem como às contribuições previdenciárias. No âmbito estadual, são dissecadas as diversas nuanças do principal tributo de competência dos Estados: o ICMS. Nem mesmo a Contribuição Sindical devida pelo setor rural foi esquecida. O capítulo dedicado ao plano de contas, serve como instrumento gerencial da atividade econômica do contribuinte rural e como facilitador do cumprimento de suas obrigações tributárias... e, além de estar de acordo com a legislação do I.R., permite adaptações às várias situações individuais?. Editado em 2001, pela Editora Atlas, é o manual mais completo sobre o assunto surgido no mercado nos últimos anos, e encontra-se à disposição das cooperativas, para consulta, na Biblioteca da Ocepar.

LANÇADO O PROJETO ARENITO

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Cerca de 700 pessoas compareceram à solenidade de lançamento do Programa Arenito ? Nova Fronteira Agrícola, lançado em Umuarama. A adesão de todas as entidades envolvidas com a agropecuária ao programa, como a Cocamar, a Prefeitura de Umuarama, a Ocepar, a Faep, Seab e vinculadas, especialmente Emater e Iapar, a Universidade Estadual de Maringá, associação, Faciap, Fiep, Associação Comercial de Maringá. Todas estas entidades hipotecaram total apoio ao Programa de Desenvolvimento do Noroeste do Paraná. O governador do Paraná, Jaime Lerner, o secretário da Agricultura, Antonio Poloni, o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, o presidente da Faep, Ágide Meneguette e o presidente da Faciap, Ardison Akel, entre outras autoridades, compareceram à solenidade. Lerner se comprometeu a dar apoio integral ao programa, reforçando a parceria do Estado.

Mais us$ 250 milhões no arenito - O conhecimento científico desenvolvido pelo Iapar, Emater e Cocamar e outras entidades permite que se alcance alta produtividade nas diversas culturas, em especial na soja. O produtor Luiz Formentini, de Iporá, por exemplo, em 110 alqueires de soja conseguiu uma produtividade media de 4.200 kg/hectare, enquanto a produtividade média do Paraná é de 2800 kg/hectares. Formentini tem sua propriedade numa região que estava em decadência econômica, mas que agora passa a ser beneficiada por um programa que objetiva sua recuperação. Da área total de 3,2 milhões de hectares distribuídos por 107 municípios, o programa pretende incorporar à produção de grãos cerca de 1 milhão de hectares. Um milhão de hectares de soja propiciaria uma receita extra de US$ 250 milhões, sem contar os inúmeros benefícios advindos com a venda de insumos, transportes e outros serviços. A pecuária, por outro lado, será amplamente beneficiada, pois terá suas pastagens renovadas, permitindo ampliar a lotação média de 1 para 3,5 cabeças por hectare.

Uma nova fronteira com infra-estrutura - A primeira vantagem do programa é permitir a recuperação econômica da região do arenito, que nas últimas décadas vem empobrecendo e perdendo a população. Segundo, a região é apta, tem solos de boa fertilidade, sem acidez, apesar de exigir excelente controle da erosão, tecnologia amplamente dominada. A região apresenta a vantagem de ter à sua disposição toda a infra-estrutura de apoio, da assistência técnica à industrialização, além dos benefícios das cooperativas. Assim, os agricultores e seus filhos, em vez de se aventurarem em novas fronteiras, podem fazer investimentos na região onde moram.

UM CÓDIGO FLORESTAL PARA O BRASIL

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Se dependesse das lideranças do agronegócio reunidas em Toledo na última sexta-feira para a audiência pública sobre as alterações do Código Florestal (Medida Provisória 2080-62), o texto do relator, deputado federal Moacir Micheletto, seria aprovado com poucas emendas, visando seu aperfeiçoamento final. Os cerca de 2.300 presentes à audiência conheceram a luta da Comissão Mista encarregada de dar novo formato ao Código Florestal, cuja principal inovação introduzida é o Zoneamento Econômico-Ecológico (ZEE), baseado em critérios técnicos e científicos, que estabelecerá a vocação de cada região brasileira. Essa alteração pretende facilitar o gerenciamento da questão ambiental, que no seu texto atual deixa poucas alternativas aos agricultores senão cumprir uma legislação que engessa a produção. O texto mantém a reserva legal de 80% em vigor atualmente (Amazônia), até a conclusão do Zoneamento Econômico-Ecológico, e propõe alterações sem descuidar da preservação ambiental.

Ouvindo lideranças - A reunião, coordenada pelo presidente da Comissão Mista, senador Jonas Pinheiro, teve como objetivo ouvir o Brasil na reformulação do atual Código Florestal. Micheletto, que denunciou a distorção do seu relatório por algumas entidades ambientalistas, especialmente multinacionais, afirmou que o objetivo é ?fazer um relatório para o Brasil?, de acordo com as peculiaridades regionais. A reunião contou também com a presença do senador Amir Lando, do secretario da Agricultura Antonio Poloni, dos presidente da Ocepar e Faep, João Paulo Koslovski e Ágide Meneguette, o deputado estadual Duílio Genari (representante da Assembléia Legislativa), os deputados federais Osmar Serraglio e Dilceu Sperafico, entre inúmeras outras autoridades de todo o Estado. Durante quatro horas o público ouviu o pronunciamento e propostas de mais de uma dezena de pessoas, inclusive do representante da Ocepar, Guntolf van Kaick, que apresentou algumas sugestões para aperfeiçoamento do texto. Várias cooperativas estiveram presentes à audiência através de seus presidente e comitivas de agricultores, entre as quais a Cooperlac (Toledo), Coamo (Campo Mourão) e Coopervale (Palotina).

De interesse do Brasil - Em seu discurso no encerramento da reunião, o relator, deputado Moacir Micheletto, frisou que o novo código florestal tem que ser do interesse do Brasil, sem descuidar do meio ambiente. Micheletto rechaçou a interferência das organizações internacionais que atuam livremente no Brasil e impedem, com sua ação, da construção de hidrelétricas à estruturação de hidrovias, impedindo ainda o aumento da área plantada de cereais. Denunciou que enquanto o governo Bush se recusa a atender às determinação do Protocolo de Kioto quanto à emissão de gás carbônico ou de cumprir legislação ambiental que reduz o emprego, ongs patrocinadas pelo capital estrangeiro estão boicotando a construção de dez hidrelétricas e dizendo o que o Brasil tem ou não tem que fazer na área ambiental. Lembrou que o cerrado, com potencial de produção de 200 milhões de toneladas de grãos, corre o risco de permanecer como área intocável graças à ação dessas organizações.

OPINIÃO: DESENVOLVIMENTO ECOLOGICAMENTE RESPONSÁVEL É POSSÍVEL

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Moacir Micheletto (*)

Muito tem se falado ultimamente na preservação ambiental. E, ainda bem, que se tem falado nesta questão. Nós, seres humanos, temos que ter responsabilidade sobre a natureza. Não podemos sair por aí explorando como fazíamos até o século passado. Temos que preservá-la sim. Porém, nos últimos anos, tem acontecido algo muito interessante para refletirmos. O mundo se viu ameaçado pelo efeito estufa e a partir daí as potências do primeiro mundo começaram a se preocupar com a situação ecológica. A Amazônia se tornara então o último santuário ecológico não explorado do planeta. Os países desenvolvidos se aperceberam então que ficariam de fora da exploração da rica e extensa região amazônica e preocupados com isso embarcaram na onda da preservação ambiental da maior floresta do globo. Mas, a intenção destes países, é evitar que o Brasil, país com maior área da Amazônia também não possa explorar a Amazônia. Por isso tem se falado tanto sobre uma possível internacionalização da nossa floresta.

Para os países desenvolvidos o importante é não deixar o Brasil explorar a Amazônia. Esses países, representantes do capitalismo internacional, aproveitam as Organizações Não Governamentais ambientalistas, as chamadas ONGs verdes, para tentar bloquear qualquer ação de desenvolvimento econômico nacional na floresta amazônica. O mais interessante disso tudo é que ONGs com várias atividades prestadas para o bem da humanidade não se aperceberam que estão sendo utilizadas pelo velho imperialismo ianque e europeu. E o pior de tudo isso é que o Brasil mais uma vez acaba sendo vítima do mais puro imperialismo espoliativo. E, dessa vez grande parte da esquerda que sempre lutou contra o imperialismo acaba se aliando aos antigos inimigos quando se apresentam tão contrários a qualquer desenvolvimento econômico na região amazônica.

A Amazônia não é área internacional. A Amazônia é brasileira. Quando nós falamos em desenvolvimento naquela região, nós não estamos dizendo que é preciso desmatar a floresta amazônica para que esse desenvolvimento ocorra. Nós, simplesmente, queremos realizar um desenvolvimento econômico, ecológico e sustentável para aquela região. Ao contrário do que fizeram as grandes potências que exploraram e devastaram florestas pelo mundo afora, nós, queremos que o nosso país realize a primeira grande experiência ecológica-economicamente sustentável do planeta terra.

E porque as ONGs e as potências do mundo capitalista não querem o desenvolvimento da Amazônia? Os primeiros não querem porque acreditam que a Amazônia deva ser simplesmente preservada e não explorada por hipótese nenhuma, demonstrando assim um radicalismo da pior espécie que veta qualquer tipo de desenvolvimento. Os segundos querem na verdade provar que nós brasileiros não podemos cuidar da Amazônia, e, a pretexto disso querem internacionalizá-la.

Por esse motivo, nós temos que provar a essas ONGs e a esses países representantes do capitalismo internacional que somos um povo capaz de explorarmos a Amazônia com responsabilidade ambiental. E ao contrário dos Estados Unidos da América e dos países europeus não destruiremos nossas áreas florestais como eles fizeram.

Essa questão que estamos discutindo no Congresso Nacional para instituirmos um novo modelo para o Código Florestal Brasileiro é uma questão acima de tudo de soberania nacional. Obviamente que nós congressistas não vamos permitir que a Amazônia se transforme num deserto futuro por conta de ações desenvolvimentistas irresponsáveis. O que queremos é chegar a um modelo responsável ecológico e economicamente para a região amazônica. A luta que estamos travando no Congresso Nacional para aprovar o novo Código Florestal Brasileiro é uma luta contra o velho imperialismo ianque e europeu que não aceita que o Brasil se desenvolva. Nós não podemos aceitar qualquer ingerência externa sobre nossa política de desenvolvimento. Os países desenvolvidos não querem que nós iniciemos um desenvolvimento sustentável econômico e responsável ecologicamente na região amazônica. Por isso, essas ONGs ambientalistas, testas-de-ferro, do capitalismo internacional, algumas ingenuamente e outras por ligações financeiras, querem evitar ao máximo que o Brasil explore economicamente a Amazônia, para defenderem daqui a alguns anos com mais intensidade a internacionalização, vide principalmente a americanização dos recursos encontrados na Amazônia. E isso nós não podemos permitir. Além disso gostaria de lembrar que existem no Brasil muitas ONGs sérias que trabalham por um país mais justo e soberano. As verdadeiras ONGs ecológicas que não contribuem com o capitalismo estrangeiro são as nossas maiores aliadas no avante deste projeto.

(*) 58 anos, engenheiro agrônomo e deputado federal pelo PMDB-PR é o relator do Projeto de Lei que instituirá o novo Código Florestal Brasileiro

CÓDIGO FLORESTAL II: KOSLOVSKI PARTICIPA DOS DEBATES

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O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski está em Toledo participando dos debates, ele está acompanhado pelos assessores, Guntolf van Kaick e Eloy Setti e diversos dirigentes cooperativistas. Nesta audiência participam, além do relator, deputado Moacir Micheletto, o presidente da comissão mista, senador Moreira Mendes, senadores Jonas Pinheiro, Almir Lando e Gilberto Mestrinho, os deputados federais, Osmar Serraglio e Dilceu Sperafico. Em seu pronunciamento Micheletto afirmou que audiências como esta de Toledo estão acontecendo em diversas regiões do país, com a finalidade ouvir o Brasil sobre o assunto. O deputado em conjunto com as demais lideranças presentes no debate, repudiaram o desvirtuamento que algumas Ong?s internacionais estão fazendo sobre o Código Florestal. ?Elas não conhecem nossa realidade e não podem querer interferir em nossos destinos?, frisou. O deputado federal Dilceu Sperafico lembrou que existem no Paraná cerca de 370 mil propriedades com menos de 50 hectares e que elas receberão um tratamento específico dentro da nova legislação. Todas as propriedades devem adotar práticas ecologicamente corretas, mas para isso o novo código terá que respeitar as características de cada região.

CÓDIGO FLORESTAL I: AUDIÊNCIA EM TOLEDO SUPERA TODAS EXPECTATIVAS

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Até o fechamento desta edição, acontecia na cidade de Toledo, Oeste do Paraná, a audiência pública que discute a nova legislação do Código Florestal Brasileiro. O evento, promovido pela comissão mista que propõe alterações na Medida Provisória nº 2080/62 reúne mais de 2.500 pessoas, superando todas as expectativas dos organizadores. No auditório onde acontece os debates, estão reunidos cerca de 1.500 produtores, técnicos, prefeitos, vereadores, deputados e lideranças do setor rural. No lado de fora, através de um sistema de som instalado, concentram-se mais de mil participantes, demonstrando o grande interesse pelo assunto.

FINANCIAMENTO A EXPORTAÇÃO

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O aumento das taxas de juros cobradas nos empréstimos ao comércio exterior, a escassez de linhas de crédito especificas e a antecipação de fechamentos de câmbio no inicio do ano estão mantendo as empresas exportadoras longe dos contratos de ACC (Adiantamento de contrato de câmbio). Quando a cotação do dólar passou de R$ 1,98 para R$ 2,12, nos primeiros meses do ano, os exportadores, principalmente de soja, anteciparam nos bancos recursos de suas vendas ao exterior.