MEIO AMBIENTE: Cooperativas ajudam no recolhimento de embalagens de agrotóxicos

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Neste domingo (05/06) foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente e, ao longo da semana, o Informe Paraná Cooperativo vai publicar exemplos de ações desenvolvidas pelas cooperativas paranaenses em benefício da preservação ambiental visando melhorar as condições de sustentabilidade dos setores onde atuam. Esse trabalho é feito interagindo com órgãos governamentais, sociedade, organizações não governamentais, funcionários e cooperados. "A gestão ambiental faz parte da cultura das cooperativas", salienta o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski. A destinação correta das embalagens usadas de agrotóxicos é um dos focos de atuação do cooperativismo e que tem contribuído para manter o país em posição de destaque nessa área.

Referência - Atualmente, o Brasil é referência mundial na logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos com 95% das embalagens primárias retiradas do campo e enviadas para a destinação ambientalmente correta, segundo dados do inpEV- Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias. Entre os anos de 2002 e 2010 foram recolhidas 168.652 toneladas em todo o País e, somente nos quatro primeiros meses de 2011, foram 11.507 toneladas.  No Paraná, são comercializadas cerca de 14 milhões de embalagens a cada ano e aproximadamente 96% delas estão sendo devolvidas pelos agricultores.

 

Legislação - O analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti, lembra que, desde junho de 2000, o País conta com a lei 9.974, que imputa responsabilidades em relação ao recolhimento das embalagens utilizadas de agrotóxicos aos fabricantes, distribuidores, entre eles as cooperativas e revendas, e ao usuário final. "Para que as cooperativas e cooperados fizessem frente às exigências legais, a Ocepar sempre esteve mobilizada no sentido de organizar o setor. Hoje, existem cerca de 15 associações regionais que fazem o recolhimento das embalagens vazias no Paraná, além de cooperativas que  realizam esse trabalho individualmente. Os técnicos também orientam a fazer a tríplice lavagem, que consiste em retirar os resíduos dos produtos químicos das embalagens antes de encaminhá-las para a reciclagem. Essas práticas representam um grande avanço. Todo esse cuidado visa não somente o atendimento à lei, mas faz parte da política de sustentabilidade que norteia as atividades executadas pelas cooperativas paranaenses", completa Mafioletti.

 

Produtos veterinários - As cooperativas paranaenses também adotaram uma alternativa para destinar corretamente as embalagens de produtos veterinários usadas no tratamento e manejo de animais, como suínos e aves. "A estratégia utilizada foi a formação de um grupo de trabalho com técnicos das cooperativas do Oeste, centralizado pela Cotriguaçu, em Cascavel. A proposta do grupo foi terceirizar os serviços, através da contratação de empresa especializada em recolhimento e destinação de resíduos, como frascos de medicamentos, vacinas, entre outros, reduzindo custos por meio do ganho de escala", afirma o médico veterinário e assessor técnico da Ocepar, Alexandre Amorim Monteiro. O contrato com a empresa prestadora do serviço foi aprovado em março de 2011 e abrange as cooperativas C.Vale, Coopavel, Copacol, Lar, Coasul e Copagril.  O valor médio cobrado por quilo de resíduos era de R$ 4 e, com a contratação em conjunto, passou a R$ 2,10 por quilo, dependendo do tipo do material descartado.

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