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TRIBUTO II: Declaração do ITR começa neste mês

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A Receita Federal fixou prazo para declaração do Imposto Territorial Rural (ITR) de 22 de agosto a 30 de setembro. A Federação da Agricultura do Paraná (Faep) realiza nos dias 12 e 13 e 19 e 20 de julho, em Curitiba, cursos para funcionários dos sindicatos rurais que desejam conhecer as regras do tributo. Os auxiliares que já têm experiência na orientação de produtores terão palestra dia 14 sobre o tema. Mesmo os produtores que obtiveram isenção do ITR por terem em suas propriedades reservas legais ou áreas de proteção permanente deverão preencher ato declaratório ambiental (ADA). A declaração pode ser feita pela internet e o programa poderá ser acessado pelo endereço www.receita.fazenda.br. Quem não tem acesso à internet deve procurar os Correios. O formulário para declaração custa R$ 6. A multa para quem não declarar ITR no prazo é de R$ 50. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

CONJUNTURA: Resposta do Brasil à crise deve começar por alívio monetário

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Com a nova rodada de deterioração dos mercados globais, o Banco Central brasileiro deve interromper o ciclo de alta dos juros iniciado em janeiro, que levou a taxa Selic a subir de 10,75% para 12,5% ao ano, recomendam analistas. Em caso de agravamento da situação internacional, que piorou muito nos últimos dias devido aos temores de recessão nos EUA e de que a crise da dívida europeia atinja a saúde do sistema financeiro do continente, a maior parte dos economistas sugere que o Brasil corte os juros e reduza os depósitos compulsórios dos bancos - em suma, a resposta deve ser preferencialmente monetária, e não fiscal.

Diferença - Uma diferença importante entre a situação atual e a da crise de 2008 é que hoje não se vê - pelo menos ainda - uma paralisia no mercado de crédito internacional, como ressalta a economista Monica de Bolle, da Galanto Consultoria. Está em curso um movimento abrupto de ajuste de preços, mas, por enquanto, não há semelhanças com a interrupção do mercado interbancário observada depois da quebra do Lehman Brothers. Assim, não haveria motivos para uma resposta apressada do BC e do Ministério da Fazenda. O melhor seria o BC ser cauteloso, optando pela manutenção da Selic, defendem tanto Monica como o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, da Quest Investimentos.

 

Inflação - A situação inflacionária hoje é mais delicada do que em 2008. Nos 12 meses até julho, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está em alta de 6,87%, acima do centro da meta, de 6,5%, com as cotações de serviços (como aluguel, empregado doméstico, mensalidades escolares e conserto de automóvel) subindo quase 9%, reflexo em grande parte do mercado de trabalho aquecido, com desemprego perto das mínimas históricas, na casa de 6%, feito o ajuste sazonal. Nos 12 meses até setembro de 2008, o IPCA avançava 6,25%, com os serviços em alta de 6,27%. O desemprego estava próximo de 8%. Com isso, ainda não seria o caso para começar a cortar imediatamente os juros, avalia o ex-presidente do BC Gustavo Loyola, sócio da Tendências Consultoria.

 

Situação global mais complicada - Mendonça de Barros diz que a situação global ficou muito mais complicada, temendo novas complicações no mercado de crédito global. O forte tombo das ações dos bancos americanos pode provocar receios quanto à saúde dessas instituições, acredita. Nesse cenário difícil, diz ele, o melhor para o Brasil seria uma redução do ritmo crescimento dos países desenvolvidos que não gerasse pânico nos mercados e provocasse uma queda moderada dos preços de commodities. Isso daria algum alívio sobre a inflação, abrindo espaço para, dentro de algum tempo, o BC começar a cortar a Selic.

 

Commodities - Loyola vai na mesma direção, ressaltando que o importante é observar a evolução em reais dos preços de commodities, por considerar na conta também o impacto do câmbio. Para ele, o principal risco hoje é que haja uma "saída não organizada" do imbróglio europeu, com a crise da dívida de alguns países periféricos se transformando numa crise bancária, com grave questionamento da saúde das instituições financeiras do continente. Aí sim a situação ficaria mais parecida com a de 2008, mudando de nível e exigindo uma resposta mais firme do Brasil.

 

Rumos da política monetária - Nesse cenário mais delicado, o Brasil deveria mudar a direção da política monetária, cortando juros e reduzindo os depósitos compulsórios exigidos dos bancos, como diz o economista Carlos Eduardo Gonçalves, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. É a mesma solução preconizada por Mendonça de Barros, Loyola e Monica. Um dos remédios usados pelo BC na crise de 2008, a diminuição dos compulsórios eleva a liquidez no mercado, podendo ajudar bancos pequenos e médios que enfrentem eventuais dificuldades num mundo mais instável.

 

Resposta fiscal - A resposta fiscal é vista com menos entusiasmo por esses economistas. Gonçalves acha que cortes de impostos para bens de capital ou bens duráveis podem até ser uma solução razoável, porque tendem a estimular a economia, além de serem transitórios. Em 2008 e 2009, o governo diminuiu a alíquota do IPI de bens duráveis como veículos e eletrodomésticos, ajudando a impulsionar a venda desses produtos. Loyola e Monica veem com maus olhos eventual elevação de gastos do governo ou uma nova ampliação da atuação dos bancos públicos, como fez o governo em 2008. "Aumentar os recursos para o BNDES elevaria a dívida bruta, um conceito que deverá passar a ser mais escrutinado pelo mercado", diz Loyola. A dívida bruta chegou a bater em 64% do Produto Interno Bruto (PIB) em outubro de 2009 - em junho deste ano, contudo, estava em 56% do PIB, nível quase idêntico ao de setembro de 2008.

 

Espaço - Fernando Sarti, da Unicamp, discorda dessa avaliação. Para ele, há espaço para medidas fiscais em caso de agravamento da crise global. As contas públicas brasileiras, segundo Sarti, estão em situação bem melhor que as de grande parte do mundo. Ele vê como positivos eventuais cortes de impostos, desde que sejam exigidas contrapartidas das empresas, como manutenção do nível de emprego.

 

Bancos públicos - Uma atuação mais incisiva dos bancos públicos também pode ser bem-vinda, caso o setor financeiro privado se retraia, afirma Sarti, que considera como grande trunfo do Brasil na crise a perspectiva favorável para o investimento autônomo nos próximos anos, referindo-se às inversões menos dependentes do ciclo econômico, como as da Petrobras, as ligadas à exploração do pré-sal e as referentes à infraestrutura. Além do efeito anticíclico, isso pode garantir a atratividade do país num quadro de crise global, avalia. (Valor Econômico)

EVENTO I: Amapar promove I Congresso Jurídico Internacional do Agronegócio

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Entre os dias 18 e 19 de agosto, a Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) promove, em Curitiba, no auditório do Museu Oscar Niemeyer, o I Congresso Jurídico Internacional do Agronegócio. O evento terá como temas centrais "Perspectiva Jurídica, Política e Economia", em conferências com representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário, além de especialistas no assunto principal. "O encontro pretende ser um marco para a compreensão do tema no Brasil, diante da importância social, econômica e política desse segmento, que representa significativa parcela do nosso PIB e colabora para a soberania nacional. Por meio de abordagens multidisciplinares, apresentaremos aspectos jurídicos, comerciais e institucionais desse importante vetor da economia nacional, da agricultura familiar à agroindústria, contribuindo para o avanço do pensamento nacional acerca do tema", explicam os organizadores.

Participantes - Com programação diversificada, confirmaram presença no I Congresso Jurídico Internacional do Agronegócio nomes como Osmar Dias, vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil; Letícia Bourges, diretora executiva do Comitê Europeu e Direito Rural; Lutero de Paiva, advogado especialista na área; Antônio Fonseca, procurador da República; Moacir Micheletto, deputado federal; Ricardo Hassson Sayeg, advogado especialista; Brazílio Bacellar Neto, advogado especialista; Gamaliel Scaff, desembargador do TJ Paraná; Antônio da Cunha Ribas, desembargador do TJ Paraná; Gil Guerra, juiz de Direito Substituto em 2º Grau e presidente da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar), Reinhold Stephanes, deputado fedederal e Massami Uyeda, ministro do Superior Tribunal de Justiça.

 

Site - As inscrições ao evento e toda a programação estão no site www.amapar.com.br/agronegocios. (Assessoria de Imprensa Fecomércio)

FOCUS: Mercado reduz previsão de Selic neste ano

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O mercado financeiro reduziu sua previsão para a taxa de juro Selic neste ano, em meio à intensificação da crise global, de 12,75% na semana passada para 12,50%, segundo o relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (08/08). Também foram reduzidas as previsões para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano - de 6,31 para 6,28% - e do próximo - de 5,30 para 5,27% (Reuters/ Gazeta do Povo)

ECONOMIA MUNDIAL: Índice da OCDE mostra desaceleração em países desenvolvidos e Brasil

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O índice de indicadores antecedentes da Organização para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento (OCDE) recuou de 102,5 em maio para 102,2 em junho, indicando que a atividade econômica no grupo formado por 34 países deverá desacelerar. "Os indicadores antecedentes compostos continuam apontando para um arrefecimento da atividade na maior parte dos países da OCDE e em importantes economias de fora do grupo", disse a organização.

Países desenvolvidos - Entre os países desenvolvidos, a OCDE disse que os indicadores "continuam sinalizando desaceleração da atividade econômica" no Canadá, França, Alemanha, Itália e Reino Unido. O mesmo ocorre para Brasil, China e Índia, que não integram o grupo. Para EUA, Japão e Rússia, a OCDE afirma que "em comparação com a avaliação do mês passado, apareceram sinais mais fortes de pontos de inflexão nos ciclos de crescimento". O indicador antecedente para os EUA caiu para 103,1 em junho, de 103,3 em maio, quando havia ficado estável ante abril. O do Japão cedeu de 103,8 para 103,6.

 

Longo prazo - Para cada economia, 100 pontos marcam a taxa de crescimento tendencial de longo prazo. No caso do Brasil, o nível atingido em junho foi de 96,6, abaixo do de 97,7 de maio. China (99,9) e Índia (96,1) também registraram pontuações abaixo de 100. (Dow Jones / Valor Econômico)

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses

Agosto - 2011

COCAMAR: Cooperativa integra ofensiva para combate à formiga cortadeira

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Representantes da Cocamar e de entidades que representam a agricultura regional reuniram-se, na manhã desta quinta-feira (04/08), na sede do Sindicato Rural, em Maringá, para definir detalhes sobre a Semana de Conscientização Para o Combate às Formigas Cortadeiras, programada para o período de 12 e 16 de setembro.

Trabalho coletivo - A iniciativa, direcionada aos agricultores do município, tem como foco um con-junto de ações para o controle da praga. Segundo o presidente do Conselho Sanitário Agropecuário de Maringá (CSA), Francisco Valias Didie, o primeiro passo é conscientizar proprietários rurais a se integrarem num trabalho coletivo. "As formigas cortadeiras, que eram mais comuns na região do arenito, estão alastradas também pelo basalto [terra roxa], causando estragos", disse.

Infestação - Os insetos atacam principalmente gramíneas. Estudos apontam que dez formigueiros con-somem vegetação equivalente a um boi. "Em algumas propriedades foram constatados mais de 200 formigueiros. A principal forma de controle é a reforma da pastagem, seguido do controle químico", recomendou o engenheiro agrônomo Jurandir Castaldo, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab). Ele orientou que se o formigueiro tiver menos de quatro meses, a escavação e a eliminação da rainha, que fica a uma profundidade de 20 centímetros, pode ser o método mais eficaz.

Colônias mais antigas - Já as colônias mais velhas podem ter mais de oito metros de profundidade. As formigas operárias não vivem muito: pouco menos de um ano. Já as chegam aos 18 anos, gerando centenas de milhares de formigas por ano. Das que alçam voo, em épocas de reprodução, 2% formam novas colônias. Há mais 20 espécies de cortadeiras no país. (Imprensa Cocamar)

INTERNACIONAL:Vigiagro terá escritório no Paraguai

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento inaugurou, no dia 29 de julho, um escritório da Superintendência Federal de Agricultura do Paraná (SFA/PR) na Área de Controle Integrado Para-guai/Brasil. A nova sede é uma das ações previstas no Acordo de Facilitação do Comércio Internacional (Acordo de Recife), com a finalidade de estabelecer as medidas técnicas e operacionais para regular os controles aduaneiros, migratórios, sanitários e de transporte nessas regiões.

Funcionamento - O escritório funcionará nas instalações da Administração Nacional de Navegação e Portos (ANNP), em Ciudad Del Este (Paraguai), e será coordenado pelo Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro). O objetivo é alcançar níveis satisfatórios de segurança zoofitossanitária para os dois países e simplificar os trâmites nos processos de despacho aduaneiros. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, será representado na cerimônia pelo secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Erikson Chandoha.

Inspeção de verduras e frutas - "A inspeção de verduras e frutas exportadas do Brasil para o Paraguai, que era realizada na Central de Abastecimento (Ceasa) de Foz do Iguaçu, será feita num mesmo local, pelas autoridades dos dois países, o que vai reduzir tempo e facilitar a troca de informações", ressalta o fiscal federal agropecuário do Vigiagro Bernardo Sayão Neto.

Competitividade - As autoridades fiscalizadoras também esperam melhorar a competitividade do agronegócio brasileiro e paraguaio com a redução dos custos no desembaraço de cargas agropecuárias. O aumento do fluxo no corredor de exportação vai elevar o Produto Interno Bruto (PIB) da economia do estado, com aumento da utilização dos serviços diretos e indiretos decorrentes do trânsito internacional nos portos de Paranaguá e Antonina e no terminal de granéis sólidos Franco Paraguaio, com capacidade estática de 200 mil toneladas.

Soja - "Hoje, 95% da soja exportada pelo Paraguai são embarcadas por portos da Argentina. Com essa integração, pretendemos ampliar em 30% as exportações de grãos paraguaios somente por meio dessa fronteira", destaca o superintendente federal de Agricultura no Paraná, Daniel Gonçalves Filho. Dois fiscais federais agropecuários e três auxiliares de inspeção brasileiros serão os responsáveis pelas ativi-dades de fiscalização e controle na nova unidade. (Mapa)

PERDAS CLIMÁTICAS I: Enxurrada dá novo tombo na produção

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Os produtores de milho e trigo começaram o mês de agosto com perdas climáticas ampliadas. Já choveu 150 milímetros nos Campos Gerais - a região agrícola mais afetada pelas enxurradas concentradas no dia 1º. O volume é 50% maior que o esperado para os 31 dias do mês. Ainda não há calculos exatos, mas as lavouras dos municípios de Ponta Grossa, Campo Mourão, Toledo, Cascavel e Maringá foram as mais afetadas, conforme levantamento preliminar da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abaste­cimento. As geadas previstas para hoje devem ampliar as quebras, acumuladas desde junho.

Maior prejudicado - "O milho safrinha é o maior prejudicado, porque perde qualidade, rendimento e peso", avalia a agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral) Margorete Demarchi. As chuvas começaram dia 30 de julho e duraram quatro dias, interrompendo a colheita no Oeste e no Sudoeste. Em todo o estado, estima-se que 23% das lavouras foram colhidas até o momento. Nesta mesma época de 2010, o índice ficavam entre 35% e 40%. Antes das enxurradas e das geadas desta semana, as perdas eram de 37% no milho e de 12% no trigo. Mesmo assim, poderiam ser colhidos 5,1 milhões e 2,5 milhões de toneladas, respectivamente. Uma nova projeção da safra paranaense será divulgada até o dia 22 deste mês.

 

Temor - Após contabilizar quebra de 40% na produção de milho, o agricultor Arno Dresch, de Toledo (Oeste), agora teme perdas na lavoura de trigo. "Toda a área está suscetível. O que não foi embora na primeira geada, pode ir agora (hoje)", lamenta. O produtor e vice-presidente do Sindicato Rural do município, Vitorino Rigo, diz que, "daqui pra frente, a produtividade das lavouras tende a cair ainda mais na região". Segundo ele, a quebra de produção está calculada em 38% para o milho e em 25% para o trigo. (Gazeta do Povo)

PERDAS CLIMÁTICAS II: Geada amplia risco no Paraná

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Depois da chuva torrencial do início desta semana, a geada preocupa os triticultores da região de Ponta Grossa. Foram registrados 200 milímetros num único dia para lavouras que deveriam receber 80 mm durante o mês inteiro. Perto de um terço das plantações de trigo está em floração e pode render menos por causa do frio e da enxurrada, conforme monitoramento da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Produtor - É o caso de 30 dos 400 hectares de trigo plantados por Rubinho Selski em Ipiranga. O Rio Tibagi encheu e tomou parte da produção. "A perda vai ficar entre 10% e 15%", aponta. O Rio Pitangui subiu cinco metros e atingiu a lavoura de Geraldo Slob, em Carambeí. Ele acredita que, dos 750 hectares de trigo plantados, cerca de 15 foram alagados. As lavouras localizadas em pontos altos teriam escapado. "Vamos saber se haverá prejuízos mais perto da colheita", afirma o produtor Roberto Buhrer, de Ponta Grossa.

 

Doenças - O agricultor de Tibagi Ivo Arnt diz que a chuva em si não causou tanto impacto. Ele mostra-se preocupado com a saúde da plantação. "O excesso de chuva favorece as doenças. Temos que esperar o resultado da geada, porque ela pode estrangular o cacho do trigo." As previsões são de mínima de 1°C para hoje de 2°C para amanhã na região. (Gazeta do Povo)

RAMO CRÉDITO I: Sicredi superou as metas do Plano Safra 2010/2011

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Com a liberação de mais de R$ 4,32 bilhões no Plano Safra 2010/2011, em cerca de 140 mil operações, o Sicredi bateu um recorde histórico na liberação de recursos em um Plano Safra, conquistando a 5ª posição entre os maiores agentes de crédito rural no Brasil. Deste montante, R$ 3,26 bilhões foram liberados para operações de custeio, comercialização e investimento e R$ 1,06 bilhões em operações com recursos do BNDES. O valor liberado representou um montante 44% superior à expectativa do Sicredi para aquela safra, que foi de R$ 3 bilhões.

Projeção - Para a safra 2011/2012, o Sicredi projeta liberar 3,8 bilhões para custeio, investimento e comercialização, com linhas do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) e voltadas para os demais produtores. Além disto, a previsão é de que sejam financiados mais de R$ 1,1 bilhões em operações de BNDES, regidas por novas normas do Conselho Monetário Nacional, que ampliam os limites de enquadramento e financiamento já existentes. (Imprensa Sicredi)

PORTO DE PARANAGUÁ: Trânsito paraguaio pode render R$ 145 milhões

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O retorno da soja paraguaia ao Porto de Paranaguá, anunciado na semana passada, deve trazer à economia do Paraná uma quantia significativa de dinheiro nos próximos meses, principalmente às regiões de fronteira. Se considerados os custos arrecadados com frete, utilização do porto e estiva - calculados em R$ 131 por tonelada embarcada -, a soma chegaria a R$ 144,8 milhões. Maior parte dessa cifra - R$ 123 milhões - será gerada com frete rodoviário e, portanto, ficará no caminho entre a origem e o destino das cargas. O valor total considera a movimentação de 1,1 milhão de toneladas de grãos, volume que deve ser atingido entre agosto deste ano e o final de 2012, conforme a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).

Reaproximação logística - Essa seria apenas a primeira resposta à reaproximação logística entre os dois países e, segundo especialistas, a cifra tende a triplicar nos próximos anos. "A previsão é que o volume exportado alcance 5 milhões de toneladas dentro de três ou quatro anos", informa Nilson Hanke, assessor técnico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep). A estimativa está baseada no porcentual da produção paraguaia que era exportada quando o país ainda utilizava o canal paranaense. "Na época (2003), quase metade das exportações de soja do Paraguai saia por Paranaguá", lembra Hanke.

 

Vendas externas - De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as vendas externas de soja do Paraguai somaram 3 milhões de toneladas na temporada 2002/03, o equivalente a 68% da produção nacional naquela safra. No ano passado, ainda conforme o USDA, as exportações paraguaias saltaram para 6,18 milhões de toneladas, ou 75% da produção do país.

 

Perigo logístico - Apesar de aumentar o faturamento do Porto de Paranaguá e impulsionar a economia de municípios que ficam na divisa com o Paraguai, a reabertura das operações de trânsito elevará também o fluxo de caminhões nas rodovias brasileiras. A movimentação pode agravar ainda mais a situação de afogamento no corredor de exportação do estado, principalmente durante o pico da safra brasileira, entre março e abril.

 

Congestionamento - Para o superintendente da Appa, no entanto, o risco de aumento do congestionamento no porto "não existe". Maron acredita que as reformas em Paranaguá vão dar conta do aumento da demanda. "Continuamos trabalhando no ‘repotenciamento' dos equipamentos. Em oito meses, aumentaremos a capacidade de embarque do porto dos atuais 1,5 mil toneladas por hora para 2,5 mil toneladas", afirma.

 

Conquista emblemática - Na sua avaliação, a retomada da relação comercial com o Paraguai é mais uma conquista mais "emblemática" do que financeira. "Não teremos um faturamento significativo. O importante é estarmos abertos para todas as demandas. E tem muita gente querendo voltar a Paranaguá e investir no porto", revela o superintendente.

 

Appa - Dos quase R$ 145 milhões previstos para circular entre as aduanas paraguaia e brasileira até o fim do ano que vem, cerca de R$ 7 milhões devem ficar com a Appa. O montante será arrecadado através das tarifas Inframar e Infraporto, que contemplam desde os custos para atracação do navio até a utilização de equipamentos para carregamento. Juntas, as duas taxas somam R$ 6,80 por tonelada, em média.

 

Opção cara, porém ágil - Apesar de gerar mais custos, a abertura das portas de Paranaguá para os grãos paraguaios é considerada uma importante conquista para exportadores do país vizinho. "Com a proibição da entrada de grãos estrangeiros na Argen­­tina, através de taxações, a nossa única alternativa estava sendo exportar pelo Uruguai", afirma Ovídio Zanguete, gerente da Cooperativa Lar, que tem unidades no Paraguai e exporta anualmente 200 mil toneladas do grão.

 

Frete - Zanquete lembra que o principal encarecimento da operação será com o frete, que deve variar de US$ 70 a US$ 80 por tonelada, conforme o tamanho do trecho. Mas afirma que a nova opção para embarque de mercadorias pode alavancar as vendas de grãos do Paraguai. "Quando você só tem uma alternativa acaba reprimindo as exportações e, por conseqüência, a produção. Com certeza agora o trânsito entre os dois países será agilizado, já que há também uma parceria com a Receita Federal", avalia.

 

Custo - De acordo com a Faep, o embarque de uma tonelada de grão na Argentina custa, em média, US$ 20, enquanto no Brasil o valor previsto para a próxima safra é de US$ 85 por tonelada. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

8° Prêmio Ocepar de Jornalismo

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Durante o Fórum dos Presidentes das Cooperativas do Paraná também houve a entrega do VIII Prêmio Ocepar de Jornalismo. Os autores dos 14 trabalhos selecionados no concurso receberam os troféus, entregues pelo governador Beto Richa; pelo presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski; pelo presidente da Sicredi Agroparaná e Conselheiro da Central, Paulo Buso Junior, que representou o presidente da Sicredi Central Paraná e São Paulo, Manfred Dasenbrock e pelo vice-presidente da Federação das Unimeds do Paraná, Robertson D´Agnoluzzo, representando o presidente da Federação, Orestes Medeiros Pullin.

EVENTO: Setor produtivo discute paradigmas para o agronegócio

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O 10º Congresso Brasileiro de Agronegócio (CBA), que ocorre no próximo dia 8 de agosto, vai debater a competitividade das cadeias produtivas do agronegócio, com ênfase no tema sustentabilidade.  O evento, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), terá como apoiadora a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). "É importante o setor cooperativista fazer parte dessas discussões, pois praticamente 50% da produção agrícola no país passam, direta ou indiretamente, por uma cooperativa. No setor de lácteos, por exemplo, o movimento é responsável por cerca de 40% do leite sob inspeção", avalia o superintendente da OCB, Renato Nobile. Segundo ele, hoje, existem 1548 cooperativas agropecuárias que, em 2010, geraram uma receita de US$ 4,417 bilhões em exportações. O crescimento foi recorde, de 21,76. Em toneladas, foram cerca de 7,9 milhões.

Paradigmas - Entre os paradigmas que devem ser definidos pelos participantes do 10º CBA estão a energia e alimento baratos, e a relação estabelecida pelo agronegócio com o Estado e a sociedade. O elevado custo dos derivados do petróleo sugere uma profunda reflexão sobre o lento processo de substituição dessa fonte de combustível por alternativas energéticas renováveis. A inversão da tendência de queda dos preços agrícolas provocada pelo crescimento da demanda e pela alta dos preços do petróleo, cujos derivados são cada vez mais demandados pelas práticas de cultivo intensivo, será outro tema a ser debatido no 10º CBA, porque põe em risco a oferta de alimentos.

 

Participação - O evento contará com a participação de técnicos, analistas e alguns de seus representantes mais significativos e atuantes. Estão previstas, ainda, as presenças da presidente Dilma Rousseff, do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi.(Informe OCB)

SAFRA 2010/11: Geadas reduzem em 6% produção de grãos no Paraná

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As geadas ocorridas no Paraná no final de junho provocaram redução da safra de grãos colhidos no Estado. Levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), divulgado nesta quinta-feira (28/07) revela que a produção total de grãos da safra 2010/11 está estimada em 30,77 milhões de toneladas, com uma queda de 6% em relação à safra anterior, que foi de 32,82 milhões de toneladas. Houve redução de cerca de dois milhões de toneladas no volume total de grãos.

Safra de verão - O levantamento aponta que a safra de verão foi bem sucedida em todo o ciclo de desenvolvimento, resultando na colheita de 22,03 milhões de toneladas de grãos, 3% a mais do que o colhido no mesmo período da safra anterior. A produção de soja - que registrou recorde de área plantada, produtividade e produção, com colheita de 15,26 milhões de toneladas - foi decisiva para os bons resultados da safra de verão 2010/11. O desempenho positivo foi assegurado pelo clima favorável e por uma combinação de fatores que inclui a profissionalização dos agricultores, assistência técnica pública e privada e trabalho das instituições de pesquisa, que juntos vêm apostando na difusão e adoção das tecnologias disponíveis de genética, biotecnologia e práticas integradas de manejo.

 

Inverno - Mas, durante o inverno, fatores climáticos adversos - estiagem entre os meses de abril a junho, seguida de geadas severas nos dias 27 e 28 de junho e depois chuvas - provocaram quebras expressivas de produção. A redução da safra de grãos de inverno no Estado deverá chegar a 24% em relação à safra passada. Em 2011, deverão ser colhidas 3,15 milhões de toneladas, 1 milhão de toneladas a menos que em igual período do ano passado, quando foram colhidas 4,15 milhões de toneladas. A quebra atinge principalmente o milho da segunda safra e o trigo, que são as principais culturas em campo nesse período do ano. No milho da segunda safra a quebra de produção foi de 37%, superior, portanto, à apontada na primeira avaliação após as geadas, que indicava perda de 35% . No trigo, a quebra de produção, inicialmente estimada em 9%, foi de 12%.

 

Área recorde - Segundo o Deral, o Paraná plantou uma área recorde de 1,72 milhão de hectares de milho da segunda safra, 26% acima da safra anterior (2009/10), com um potencial de produção de 8,19 milhões de toneladas, que acabou não se concretizando. O levantamento mensal da produção referente ao mês de julho revela que deverão ser colhidos 5,19 milhões de toneladas. Só nessa cultura, são 3 milhões de toneladas de grãos a menos, provocando prejuízos da ordem de R$ 1,22 bilhão aos produtores.

 

Regiões mais atingidas - As regiões mais atingidas com a quebra de produção de milho da segunda safra foram a Oeste, Centro-Oeste e Norte do Estado. As regiões Oeste e Centro-Oeste, que concentram 52% da produção do milho-safrinha, registraram quebras de produção de 37% e de 26%, respectivamente. A região Norte, responsável por 36% da produção, registrou uma quebra de 45% da produção.

 

Risco maior - Para a engenheira agrônoma Margorete Demarchi, do Deral, os plantios de milho da segunda safra fora do período de zoneamento agrícola expuseram ainda mais a cultura aos riscos das geadas. Além das perdas em quantidade, a preocupação agora é com a qualidade dos grãos, situação ainda difícil de mensurar. Somente com o avanço da colheita é que serão verificadas as condições de qualidade dos grãos. Uma redução na oferta poderá provocar aumentos de custos nas cadeias produtivas dos suínos e aves, alertou a técnica.

 

Trigo - A produção de trigo registrou quebra de 12% na produção. A expectativa era de colher 2,87 milhões de toneladas, mas foi reduzida para 2,53 milhões de toneladas, com prejuízo avaliado em R$ 147 milhões de toneladas ao produtor. De acordo com o economista Marcelo Garrido, do Deral, a produção de trigo ainda pode ser recuperada e as perdas provocadas pelas geadas, minimizadas. Isso porque o plantio no Paraná foi concluído recentemente, após a ocorrência das geadas em outras regiões do Estado.

 

Outros prejuízos - As geadas provocaram ainda prejuízos às pastagens, e redução na captação do leite nas propriedades da ordem de 20%. De acordo com o médico veterinário Fabio Mezadri, do Deral, esse índice pode variar entre as regiões mais ou menos afetadas. O veterinário destacou que existem regiões onde os produtores estão dando alimentação suplementar aos animais para não prejudicar o volume de produção nesse período do ano. (AEN)

FISCALIZAÇÃO: Novo sistema facilita fluxo de produtos agropecuários

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O Sistema de Informações Gerenciais de Importação e Exportação (SIGVIG) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento registrou crescimento no número de operações desde o início da sua implantação, no ano passado. Em janeiro de 2011, o uso obrigatório do sistema tornou-se obrigatório. O banco de dados informatizado gerencia as informações relativas ao recebimento e envio de produtos e insumos agropecuários. Até o dia 25 de julho, aproximadamente 118 mil processos haviam sido formalizados dentro do programa, que já está em funcionamento em 15 pontos do Brasil, entre portos, aeroportos, postos de fronteiras e aduanas especiais. No porto de Santos - onde o SIGVIG foi instalado de forma opcional em agosto de 2010 - mais de 50 mil formulários já foram encaminhados pela internet neste ano.

Ganhos - "Em novembro do ano passado, já estávamos com 50% das operações dentro do modelo eletrônico, que trouxe ganhos como o acompanhamento online dos requerimentos e a unificação de procedimentos para a coordenação de todos os locais de fiscalização", avalia o chefe do Serviço de Vigilância Agropecuária (SVA) do porto de Santos, Daniel Rocha.

 

Etapas - O programa está sendo implantado por módulos e as próximas etapas prevêem a utilização da certificação digital na fiscalização. O mecanismo será adotado para bagagens de passageiros em aeroportos e portos, na emissão de termos e certificados fitossanitários e no controle de produtos de madeira e de animais de companhia.

 

Funcionamento comprovado - "Os números comprovam que o sistema funciona e atende às nossas necessidades. O SIGVIG oferece segurança, transparência e ganho gerencial. O próximo desafio será integrá-lo com outros sistemas da Secretária de Defesa Agropecuária", salienta a fiscal federal agropecuária da Coordenação-geral do Vigiagro, Rogéria Oliveira Conceição. A estimativa do Vigiagro é alcançar 250 mil procedimentos pela internet até o final de 2011 e estender o novo sistema às 71 unidades do serviço. Nos locais onde a ferramenta ainda não está disponível, o procedimento ainda é feito em formulários de papel, na forma convencional. (Mapa)

OPINIÃO: Commodities ainda devem dar novo fôlego à inflação

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 *Geraldo Barros

Desde que, em março de 2011, seus preços internacionais deixaram de crescer, poderia parecer que o efeito das commodities sobre a inflação no Brasil teria se esgotado.  Entretanto, esses preços não devem retroceder significativamente, podendo mesmo voltar a crescer, dando mais fôlego à inflação.

A inflação atual decorre de não ter havido presteza para conter a propagação dos choques de commodities a outros setores, o que se dá em proporção ao aquecimento da economia e ao seu grau de indexação, inclusive do salário mínimo. O problema pode ir além da forte aceleração ocorrida nos preços dos serviços, alcançando até outros setores, a menos que a demanda seja suficientemente desaquecida.

A favor de preços de commodities elevados e, provavelmente, em alta, pesa a continuidade do forte crescimento dos países emergentes e em desenvolvimento. Conta também a extraordinária liquidez, que se acompanha de taxas juros e dólar muito baixos. Pode-se ainda adicionar dois fatores altistas do lado da oferta: as mudanças climáticas e a evolução mais lenta da produtividade.

Depois de três anos da quebra do Lehman Brothers, os Estados Unidos seguem patinando numa trilha de baixo crescimento e elevado desemprego. Porém, como o atual embate político-partidário deixa claríssimo, são mínimas as chances de que estímulos fiscais venham a ser utilizados. Resta seguir mantendo a liquidez, levando conseqüentemente a juros muito baixos e dólar enfraquecido (em valor e credibilidade) e, logo, altos preços de commodities.

Na Europa, a área do euro balança. A proposta de reestruturação das dívidas, se mal dimensionada, pode apenas mudar a natureza da crise. De Estados relativamente pequenos pode passar para instituições financeiras de porte, com potencial destrutivo, mundialmente falando, talvez maior que o atual. Uma possível saída envolveria a China entrar em cena mitigando a quebradeira. Não é certo que ela o faça de imediato, mas a médio prazo é mais provável que China, assim como outros emergentes, reduzam suas exposições nos Estados Unidos dando, ao mesmo tempo, mais força à Europa, um de seus principais mercados. Quando os ajustes evoluírem, é provável que o euro se valorize em relação ao dólar, reforçando a alta das commodities.

Quanto à China, encontra-se em meio a descontrole inflacionário, diante de um mercado de trabalho apertado. O crescimento terá de ser desacelerado (talvez, um ou dois pontos percentuais) via aumento de juros e cortes fiscais. Salários mais altos e moeda provavelmente mais valorizada poderão aumentar o ímpeto importador de uma China pouco mais voltada para o mercado interno, outra força no sentido de aumento de preços das commodities.

Não ocorrendo o pior nos Estados Unidos e na Europa, é concreta a ameaça de recrudescimento da inflação no Brasil nos próximos meses e anos. Para que seja combatida, juros altos e câmbio valorizado deverão prevalecer na impossibilidade de acionar eficazmente a política fiscal.

*Geraldo Barros é professor titular da USP/Esalq e coordenador científico do Cepea/Esalq/USP

PRÊMIO OCEPAR: Comissão julgadora divulga relação dos finalistas 2011

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Dos 92 trabalhos inscritos no VIII Prêmio Ocepar de Jornalismo, a Comissão Julgadora selecionou os 14 finalistas, nesta segunda-feira (25/07), em Curitiba. Veja abaixo a lista dos vencedores, que está por ordem de autoria dos trabalhos inscritos e não de classificação. A colocação de cada um deles será revelada nesta quinta-feira (28/07), durante o Fórum dos Presidentes das Cooperativas Paranaenses, quando acontece a entrega dos troféus e dos prêmios em dinheiro para os três primeiros lugares em cada uma das quatro categorias: R$ 6.000,00 (1º lugar); R$ 3.000, (2º lugar) e R$ 2.000 (3º lugar). As categorias especiais dos ramos crédito e saúde serão premiadas com R$ 3.500,00 cada uma. O VIII Prêmio Ocepar de Jornalismo é promovido em parceria com o Sicredi e Unimed Paraná.

Comissão Julgadora - A seleção dos materiais ficou a cargo dos jornalistas Márcio de Oliveira Rodrigues, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor/PR); Roberto Júnior Monteiro, do Instituto Emater; e André Franco, diretor da AJAP - Associação de Jornalistas do Agronegócio do Paraná. Também integrou a Comissão Julgadora, o gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra. Os trabalhos foram coordenados pelo responsável da área de Comunicação da Ocepar, Samuel Milléo Filho.

Finalistas por ordem de autoria dos trabalhos inscritos e não de classificação:

TELEVISÃO:

- TV Sudoeste - Rede Celinauta de Comunicação/ Autoria: Marilena Chociai /Cinegrafista: José Carlos Tumelero / Editor: André Lessei / Tema: "Cooperar, uma questão de atitude".

 

- RPCTV - Londrina / Autor: Wilson Kirsche / Tema: "A força da organização das cooperativas do Paraná".

- RIC TV - TV Record - Maringá / Autor: Sérgio Mendes / Tema: "A história de sucesso das cooperativas de produção do Paraná".

- RIC TV - TV Record - Maringá / Autora: Rose Machado / Tema: "Cooperativa de crédito inclui 2,5 mil cortadores de cana no Sistema Financeiro".

 

RÁDIO:

- Rádio Jornal de Assis Chateaubriand / Autor: Germano Aparecido de Oliveira / Co-autores: Claudenir Honório da Silva e Willian Lara Borges / Tema: "Cooperativas e cooperados, uma parceria que evolui a cada dia".

 

- Rádio Banda B - Curitiba / Autoria: Denise de Mello / Tema: "Da terra da saúva, da samambaia, do sapé nasceu a Coamo, a maior cooperativa da América Latina".

 

- Rádio Celinauta AM - Pato Branco / Autor: Edson Honaiser / Tema: "Cooperativas de saúde garantem qualidade de vida e marcam presença na comunidade".

 

- Informativo Coamo / Veiculado numa rede de 23 emissoras do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul / Autor: Wilson Bibiano Lima / Tema: "Assistência técnica que gera lucro, transforma pessoas e garante progresso no campo e na cidade".

IMPRESSO:

- Revista Aldeia de Cascavel / Autora: Rejane Martins Pires / Tema: "O tesouro de Palotina".

- Jornal do Povo de Maringá / Autor: Hermínio Rogério Recco / Tema: "No Paraná, cooperativa promove inclusão financeira".

- Folha de Londrina / Autor: Ricardo Maia Barbosa / Tema: "Cooperativismo vertical".

MÍDIA COOPERATIVA:

- Revista Frimesa / Autora: Elis D´alessandro / Tema: "A essência de transformar".

 

- Revista Copacol / Autores: Fernanda Vacari e João Paulo Triches / Tema: "União sela parceria inédita no cooperativismo".

 

- Revista C.Vale / Autores: Sára Ferneda Messias e Almir Trevisan / Tema: "Olho no produtor, foco no mercado".

ECONOMIA: Mercado volta a elevar estimativa para inflação em 2012

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No primeiro boletim Focus após a elevação de 0,25 ponto percentual da taxa Selic pelo Banco Central (BC), as expectativas para a inflação do próximo ano voltaram a se deteriorar. A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2012 passou de 5,20%, na semana passada, para 5,28%.

Alguns analistas atribuíram esse ajuste ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) publicado após o encontro, que teria deixado a porta aberta para uma interrupção do processo de aumento da taxa básica. A versão, no entanto, não é aceita por integrantes da equipe econômica. De acordo com fontes do governo, das 111 amostras coletadas para a elaboração da expectativa para o IPCA, apenas 11 indicaram projeção mais elevada para os preços em 2012, enquanto 8 reduziram suas apostas para o próximo ano. A variação, portanto, seria mais estatística do que propriamente uma piora das expectativas.

 

Piora - Outros indicadores também apresentaram piora na semana. O IPCA esperado para os próximos doze meses subiu de 5,37% para 5,4%, na expectativa suavizada. Foi a sexta alta seguida. Por outro lado, a previsão para este ano permaneceu estável em 6,31%, pela segunda semana consecutiva. Na quarta-feira passada (20/07), o BC elevou os juros e soltou comunicado considerado "muito breve" pelo mercado, sem indicações claras sobre os próximos passos da autoridade monetária. O BC retirou do texto a expressão aperto "suficientemente prolongado" e incluiu um enigmático "neste momento" para justificar o aumento dos juros.

 

Ata - O mercado aguarda agora a ata do encontro, que será divulgado na quinta-feira, para entender a mudança no discurso. Mas a presidente Dilma Rousseff colocou mais molho nessa discussão ao dizer, em entrevista a um grupo de jornalistas na sexta-feira, que "fazer a convergência da inflação para a meta de 4,5% no curtíssimo prazo seria danoso. Derrubaria o crescimento econômico para zero e não resolveria a inflação."

 

Selic - Os analistas e especialistas que respondem ao Focus ainda mantiveram inalterada a expectativa de mais uma elevação da Selic, na reunião de agosto, o que levaria a taxa para 12,75% ao ano. O patamar permaneceria inalterado até 2013, segundo a mediana das projeções de mercado. O mercado de juros, no entanto, mais dinâmico, já se posicionou para uma manutenção da taxa a partir de agora. (Valor Econômico)

COOPERATIVISMO: Setor detém 50% do agronegócio

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Partir das pequenas produções agrícolas para as cooperativas, e deste estágio avançar para verdadeiros conglomerados agropecuários, com a criação de grandes marcas e empresas. Esta é a tendência do setor agrícola no Brasil, prevê a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Hoje, mais de 50% de toda a produção agropecuária do País passam, direta ou indiretamente, por uma cooperativa. Já no patamar de grandes "marcas cooperativadas", a Coopercentral Aurora, em Santa Catarina, e a Coamo, no Paraná, apostam em mais associados para continuar lançando novos produtos.

Origem - Muitos não sabem, mas aquele iogurte fresquinho tomado pela manhã, o filé de frango do almoço e o cafezinho da tarde são originários de cooperativas, agentes de produção fundamentais para o abastecimento do mercado doméstico. Segundo dados da OCB, o País possui hoje mais de 1.546 cooperativas, formadas por aproximadamente 943 mil produtores, e geram uma receita de exportação na acima dos US$ 4,4 bilhões por ano.

 

Organizações - As cooperativas agropecuárias são organizações criadas por iniciativa dos próprios produtores rurais, que se unem com um interesse em comum. Juntos eles podem comprar insumos a preços menores e vender seus produtos em quantidades maiores. Segundo o analista de mercado da OCB, Marco Olívio Morato, o conceito fundamental do cooperativismo é minimizar os riscos para os agentes envolvidos. "A cooperativa é como se fosse uma empresa socialista, ou seja, os lucros e os problemas são divididos entre todos. Os cooperativados têm um diferencial na compra conjunta, nas exportações, nas vendas, na criação de contratos e nos custos do transporte", frisou ele.

 

Crescimento - O volume da produção agrícola brasileira que passa por cooperativas deve crescer em média 8% ao ano, acredita Morato; já o número de cooperativas deve ficar mais enxuto. "O número de cooperativas tem diminuído ano a ano, pois existe o movimento de união entre as cooperativas, o que fortalece esses grupos. Isso mostra que aquele intuito de apenas se unir para reduzir custos foi substituído pela maior profissionalização do setor", garantiu o analista.

 

Tendência - No setor, o primeiro passo é diminuir os riscos do negócio para, em seguida, crescer, a exemplo de grupos como a Aurora e a Coamo. "A tendência agora é que as grandes cooperativas, que já garantem a sua qualidade de serviços, agreguem mais valor à sua produção, e com isso passem a investir na industrialização de seus produtos. São as cooperativas sendo transformadas em grandes empresas comunitárias."

 

Aurora - Este é o caso da Coopercentral Aurora, que surgiu há 42 anos, da fusão de oito cooperativas de Santa Catarina, com um abate de 250 suínos por dia. Mário Lanznaster, presidente do grupo, contou que o primeiro frigorífico surgiu da compra de uma massa falida em Chapecó (SC) que comercializava somente carne in natura. "Quando começamos tínhamos poucos produtos, que eram vendidos em São Paulo. Depois, com o correr dos anos, passamos a fabricar embutidos e crescemos. Hoje abatemos 14 mil suínos ao dia, sem contar os frangos e a produção de leite", lembrou.

 

Estrutura - Hoje a Aurora possui 13 cooperativas anexadas, com pouco mais de 70 mil produtores, que dividem entre si os lucros da megaempresa. Lansznaster explica que o sucesso dessas "supercooperativas", já é uma tendência no mundo, e diz que no Brasil não será diferente. "Lá no Paraná, por exemplo, existem diversas cooperativas que abatem frangos; se eles se unirem irão formar uma central bem forte, e com isso aumentar seus negócios. O Paraná tem grande potencial. E eu particularmente gostaria de ver todas essas cooperativas do Paraná junto com a Aurora, aí teríamos força dobrada no Brasil", assegurou o executivo da Aurora.

 

No Paraná - Com o fim do ciclo na região de Campo Mourão, no centro-oeste do Paraná, o engenheiro agrônomo recém-formado José Aroldo Gallassini chegou ao município. Era maio de 1968. Ele era funcionário da extinta Acarpa (hoje Emater) e foi enviado a Campo Mourão com a missão de levantar a realidade rural da região. Isso gerou nos agricultores uma preocupação com as vendas, e foi assim que começou a ganhar força a ideia de se montar uma cooperativa de produtores rurais.

 

União - A Coamo irá completar 41 anos de existência este ano, e também surgiu da fusão entre 79 produtores rurais com o intuito de comprar insumos e maquinários mais baratos e reduzir consideravelmente os custos de transporte. "Como engenheiro agrônomo, eu sabia que a união entre os produtores era extremamente fundamental para o desenvolvimento da agricultura na região. Foram identificadas as lideranças do setor e iniciou-se uma série de reuniões e encontros para debater o assunto. Foi assim que, em 28 de novembro de 1970, nasceu a Cooperativa Agropecuária Mourãoense Ltda.", contou ao DCI o presidente José Aroldo Gallassini.

 

Soja - Entretanto, com pouco tempo de atuação o grupo investiu na industrialização da soja, e com isso atraiu ainda mais agricultores interessados no processo. "Em meados de 1983 surgiu o interesse de agregar mais valor à produção, e de criarmos a nossa linha de produtos acabados. Começamos com trigo, soja, e recentemente, café. Queríamos ampliar a linha para os supermercados. Com isso a cooperativa Coamo atingiu hoje 23 mil associados", contou.

 

Projeção - De um pequeno grupo de agricultores que produziam somente a matéria-prima, a Coamo já projeta um faturamento de R$ 5,2 bilhões este ano, o que representa um incremento de 10% ante o ano passado. "Poderíamos faturar ainda mais, mas o clima acabou diminuindo a nossa previsão. Nas exportações prevemos um faturamento de US$ 1 bilhão. Queremos sempre ampliar, e vamos criar mais produtos dentro dessa linha. Também estudamos adquirir novas indústrias. Mas isso não acontece da noite para o dia", afirmou.

 

Integração - Por fim, o analista da OCB afirmou que da mesma forma que ocorre nas cidades, o cooperativismo no campo integra pessoas, simultaneamente no mercado de trabalho e na sociedade. (DCI - Diário do Comércio & Indústria)