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A superação das dificuldades enfrentadas pela agricultura familiar no Paraná depende da unificação das agendas das instituições do governo do Estado, do governo federal, dos municípios e das instituições que representam a iniciativa privada e os movimentos sociais. A mensagem defendendo a união de ações é do secretário da Agricultura e presidente do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Cedraf), Norberto Ortigara, que nesta terça-feira (22/03) presidiu a primeira reunião do conselho.
Composição - O Cedraf é composto por 33 entidades do governo, iniciativa privada e movimentos sociais, e deverá ganhar mais duas representações com a entrada da Câmara Setorial da Juventude Rural e da Cooperativa Central dos Assentados da Reforma Agrária.
Fórum qualificado - Para Ortigara, o Cedraf é o fórum qualificado para discussões que tem como objetivo o avanço da agricultura familiar. Ele salientou que vai conduzir as ações em nome do Estado, o que é responsabilidade do governo, independente das questões partidárias. Assim como Ortigara, 50% dos integrantes do conselho estavam participando da reunião pela primeira vez, em função do processo de renovação do órgão.
Presenças - Participaram da reunião o delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Paraná, Reni Denardi, o presidente da Associação dos Municípios do Paraná e prefeito de São Jorge do Patrocínio, Claudio Palozi, entre outras lideranças.
Assistência técnica - A preocupação dos conselheiros é a manutenção da assistência técnica pública nos municípios. Ortigara lembrou que o governo do Estado autorizou a reposição de quadros da Emater-PR, numa programação de 100 novos técnicos por ano até atingir o limite de funcionários que a legislação permite.
Estratégias - Como representante do governo, Ortigara expôs as estratégias que vão favorecer o desenvolvimento da agricultura familiar e o enfrentamento de suas dificuldades no Paraná. Ele destacou a necessidade de levar uma condição de vida melhor para as famílias do campo, proprietários e trabalhadores rurais. Segundo o secretário, haverá mais atenção aos jovens e idosos no campo, por meio de programas de qualificação técnica e geração de renda para complementação de aposentadorias dos idosos.
Estradas rurais - Na questão da infraestrutura, Ortigara anunciou que a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento vai concentrar esforços na readequação de estradas rurais, que ajudam as propriedades a ganhar competitividade. Assumiu o compromisso de constituir cerca de 60 patrulhas rurais por meio de consórcios municipais que irão atuar na readequação de estradas.
Outras preocupações do governo que deverão ser enfrentadas para melhorar a competitividade da agricultura familiar são o investimento em transporte por ferrovias e em armazenagem. Ortigara admitiu que atualmente o déficit de armazenagem ultrapassa 10 milhões de toneladas e que a intenção do governo é atrair investimentos para ajudar a conservar e proteger a safra e evitar a armazenagem em caminhões. (AEN)
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento redefiniu nesta terça-feira (22/03), os procedimentos de vigilância veterinária que serão executados nas áreas de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia. A medida foi publicada no Diário Oficial da União, por meio da Instrução Normativa n° 13. As mudanças estão relacionadas ao reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em fevereiro de 2011, da região de fronteira internacional do estado (antiga Zona de Alta Vigilância - ZAV) como livre de febre aftosa com vacinação.
Unidade - "O serviço veterinário oficial manterá uma unidade veterinária em cada município da região de fronteira com, no mínimo, dois médicos veterinários, além de postos fixos e equipes móveis de fiscalização atuando de forma permanente", informa o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques. A partir de agora, a região será denominada zona livre de febre aftosa, porém continuará contando com atenção especial, para evitar a reintrodução da doença. Os pecuaristas dessa região terão mais agilidade nos processos de comercialização do rebanho e poderão destinar os animais a mercados que exigem procedência de áreas livres da febre aftosa.
Disponíveis - A identificação de todas as propriedades rurais e mapas com os limites da região deverão estar disponíveis nos escritórios de atendimento à comunidade. Além disso, esses locais deverão dispor de adequada estrutura e comunicação. "O serviço veterinário oficial também deverá manter o cadastro georreferenciado de todas as propriedades e a identificação individual de bovinos, búfalos, ovinos e caprinos", acrescenta Marques.
Sistema - O sistema de fiscalização e acompanhamento da vacinação contra a doença continuará efetivo, porém com maior delegação de responsabilidades aos produtores e entidades privadas. O serviço veterinário estadual terá de estabelecer um plano específico de monitoramento que deverá conter, por exemplo, inspeção em propriedades consideradas de maior risco sanitário e fiscalização de trânsito, com definição de procedimentos e metas. O plano será submetido à avaliação da Secretaria de Defesa Agropecuária.
Limites - Os limites da nova zona livre de febre aftosa permanecerão inalterados, abrangendo uma faixa de aproximadamente 15 km de largura, a partir da fronteira internacional em 13 municípios. São eles: Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Corumbá, Japorã, Ladário, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porá, Porto Murtinho e Sete Quedas. (Mapa)
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A produção global de cereais deve aumentar 3,4% este ano, de acordo com estimativa anunciada hoje pela Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), podendo atenuar o ritmo de alta dos preços.Após um forte recuo no rastro do tsunami no Japão, os cereais voltaram a obter preços elevados em razão da baixa de estoques. No caso do milho, os estoques representam agora 14% do consumo anual, num nível historicamente baixo. A FAO estima que a produção de cereais em 2011 poderá chegar a 676 milhões de toneladas, numa alta em resposta aos fortes preços e recuperação em áreas afetadas pela seca em 2010, especialmente na Rússia. Na América do Sul, a entidade observa que as perspectivas são pouco favoráveis para a colheita de milho na Argentina e Uruguai por causa de efeitos de La Niña. No Brasil, em contrapartida, as condições são favoráveis para o desenvolvimento da expansão de cereais. Em todo caso, a fatura de importação de países com déficit de alimentos continuará a subir este ano. (Valor Econômico)
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Um fator interessante em relação ao mercado do milho é que não havia nenhuma perspectiva para a melhoria dos preços como acabou acontecendo. Segundo Robson Mafioletti, analista técnico econômico da Ocepar, existem diversos fatores internos e externos que influenciaram neste espaço de tempo. Entre os pontos a serem destacados, estão a intervenção governamental quando os estoques estavam elevados e a queda de produção na safra dos Estados Unidos, que ao invés dos 339 milhões de toneladas aguardados, acabou ficando na casa dos 316 milhões. ''O apoio governamental para a exportação, principalmente relacionado à produção do Mato Grosso, foi muito importante'', analisa Mafioletti.
Quebra de safra - Outro fator que acabou auxiliando nos preços foram a quebra de safra na Rússia, Cazaquistão e Argentina. ''Quem plantou se deu muito bem, tanto o milho quanto a soja, não ficou ruim para ninguém. Muito disso é pelo fato do La NiÀa não ter se concretizado. Neste momento, o cenário é extremamente positivo, mas não podemos deixar de pensar nos próximos seis meses'', ressalta Robson.
Japão - A cautela do especialista é justificada principalmente porque o Japão é o maior comprador de milho do mundo, importando por volta de 16 milhões de toneladas anualmente. Após o desastre natural que atingiu o país, além do eminente problema nuclear que a região está enfrentando, fica a incógnita de como vão continuar essas importações. ''Pode ser que nada mude, mas não sabemos qual é a situação exata dos portos no país''. (Folha Rural / Folha de Londrina)
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O advogado Renato de Mello Vianna tomou posse como presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), nesta quinta-feira (17/03), na sede da instituição em Porto Alegre. Renato Vianna irá ocupar o cargo até 14 de julho de 2012, período que cabe ao Estado de Santa Catarina à presidência do BRDE, levando em conta o sistema de rodízio que regra a ocupação do quadro diretivo do banco entre os Estados controladores da instituição (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
Honra - "Tenho a honra de retornar a presidência do banco no ano em que a instituição completa 50 anos. Ninguém tem dúvida sobre o importante papel do BRDE como banco de fomento, e na promoção do desenvolvimento dos três Estados do Sul e também de Mato Grosso do Sul9. Nesse momento, temos que manter nosso objetivo tanto na oferta de crédito a médio e longo prazo, como também, no aumento do número de nossas operações. O nosso elogiável quadro técnico, tenho certeza, é que nos garantirá sucesso nessa missão", garantiu Renato Vianna, que também irá acumular a Diretoria Financeira.
Sucesso - Ao transmitir o cargo ao novo presidente, José Moraes Neto, ex-presidente do BRDE, que assume a Diretoria de Acompanhamento e Recuperação de Créditos, desejou ao novo mandatário do cargo sucesso no comando do Banco nos próximos 16 meses, lembrando que "essa é uma prática democrática da instituição e que respeita o rodízio entre os Estados controladores", disse José Moraes. (Imprensa BRDE)
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O mercado de commodities parece ter superado o susto do início da semana, quando o preço de todos os grãos negociados nas bolsas americanas tiveram quedas expressivas. O temor que os recentes desastres ocorridos no Japão atrapalhassem a recuperação da economia mundial deu lugar novamente aos efeitos dos fundamentos que já vinham garantindo suporte às cotações e voltaram a se destacar. Na bolsa de Chicago, os preços da soja para entrega em julho subiram 3,7% a US$ 13,435 por bushel. Essa foi a maior alta em dois meses, sustentada pela expectativa de que a demanda por soja americana aumentará, isto que a produção no Brasil será prejudicada pelo excesso de chuvas que atinge o país. Analistas disseram à Bloomberg que as chuvas foram fortes o suficiente para danificar as estradas que ligam as regiões produtoras aos portos, limitando os embarques.
Milho e trigo - Ainda em Chicago, as cotações do milho e do trigo retomaram o movimento de alta, depois da queda dos últimos dois dias. Os contratos de milho para julho subiram ontem 4,8% para US$ 6,5375 por bushel, enquanto os de trigo com o mesmo vencimento subiram 7,1%, a US$ 7,4525 por bushel. O relatório semanal de exportações americanas divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apresentou dados animadores para os dois cereais. As exportações de trigo foram de 858,2 mil toneladas na semana encerrada em 10 de março, aumento de 31% sobre a semana anterior.
Vendas em dobro- No caso do milho, as vendas semanais mais que dobraram de uma semana para outra, sendo que um único negócio de 116 mil toneladas foi fechado para ser entregue até o fim de agosto para um destino desconhecido. "Os dados de exportação sugerem que a demanda está melhorando", disse Mark Schultz, analista da Northstar Commodity à Bloomberg.
Nova York - Em Nova York, o café subiu pelo segundo dia seguido, resultado do tom positivo do mercado. Os contratos para maio subiram 2,1% (555 pontos) para US$ 2,709 por libra-peso. Sobre o Japão, o mercado já começa a reduzir os temores em relação a um possível desastre nuclear. "Quando a situação se estabilizar no Japão, eles terão que elevar suas compras durante o processo de reconstrução das áreas mais atingidas", disse Tim Hannagan, analista da PFGBest à Bloomberg. (Valor Econômico)
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A emissão das senhas para caminhões carregados de granéis irem ao Porto de Paranaguá já está normalizada. Com a liberação da BR-277 no Km-26 para tráfego contínuo em pista simples, a expectativa é que nesta sexta-feira (18/03) a estrada volte a receber fluxo normal de veículos. "O esforço conjunto do Governo do Paraná, da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística e da Ecovia permitiu que fosse realizado um rápido restabelecimento das vias de acesso ao porto. Nossa operação não foi prejudicada em nenhum momento e, a partir de agora, vamos começar a recompor os nossos estoques", disse o superintendente Airton Vidal Maron.
Carga Online - As senhas estão sendo liberadas pelo sistema Carga Online, que faz o gerenciamento do fluxo logístico dos veículos até o porto, estabelecendo quotas diárias de recebimento de caminhões e vagões para cada terminal/operador, dimensionando os fluxos e diminuindo filas. As cargas só são liberadas para virem ao porto quando existe local disponível em armazém para receber o produto e navio nominado para receber a carga.
Pátio de triagem - O pátio de triagem do Porto de Paranaguá recebeu 522 caminhões da meia-noite do dia 16 até às 7h desta quinta-feira (17/03). Durante a manhã, 200 caminhões ocupavam o pátio de triagem, sendo que o normal neste período do ano é receber 1.200 caminhões/dia. O corredor de exportação embarcou 35,5 mil toneladas de granéis na quarta-feira (16/03), produtividade ainda baixa se comparada com o dia anterior e causada pela chuva que prejudicou os embarques. Em dias normais, com condições climáticas adequadas, são movimentadas 100 mil toneladas por dia de granéis no porto.
Tráfego - De acordo com as informações da Ecovia, na quarta-feira, 3.960 caminhões passaram pela BR-277 nos dois sentidos, o que representa 60% do fluxo normal para o período. Com a liberação para tráfego nos dois sentidos no km-26, a BR-277 continuará com 17 quilômetros de lentidão e tráfego em pista simples. Mas a expectativa da concessionária é diminuir este trecho gradativamente no menor espaço de tempo possível.
Trem - A ALL segue fazendo testes nos trechos de instabilidade da ferrovia ao longo da Serra do Mar. A previsão é de retomada das atividades nesta sexta-feira (18/03). (AEN)
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Dividido entre fundamentos e especulações, o mercado de grãos vive dias de alta volatilidade na Bolsa de Chicago. O terremoto que atingiu o Japão na semana passada e a crise nuclear que ameaça o país estão fazendo as cotações da soja e do milho trabalharem em ritmo de montanha russa, reagindo com oscilações intensas a cada notícia que chega do oriente. A oleaginosa, que começou o mês na casa dos US$ 14, atingiu o limite de baixa e rompeu a barreira dos US$ 12 na terça (15/03), voltou a operar acima de US$ 13 nesta quarta-feira (16/03) e terminou o dia valendo US$ 12,87 por bushel (27,2 quilos), o equivalente a US$ 28,39 a saca de 60 quilos. O cereal recuou ao menor patamar em mais de dois meses, saindo de mais de US$ 7 no início de março para US$ 6,165 o bushel (25,4 quilos) nesta quarta, ou US$ 14,56 a saca.
Onda de venda - "O terremoto causou colapso não apenas nos reatores nucleares da usina de Fukushima, mas também nos preços futuros dos grãos. Especuladores acharam mais seguro vender primeiro e perguntar depois. Isso provocou uma onda de venda de contratos agrícolas na terça e outra no final do pregão de quarta, após leves altas na sessão noturna e durante boa parte do pregão diurno", relata o analista Jack Scoville, vice-presidente do grupo Price Futures, de Chicago.
Impacto - Ele explica que, num primeiro momento, a tragédia japonesa impactou os preços dos grãos em duas frentes: alimentando a aversão ao risco nos mercados financeiros globais e disseminando preocupações com uma possível diminuição ou até suspensão temporária das importações de commodities agrícolas pelo país asiático.
Fuga de capital - Após a primeira explosão na usina de Fukushima, no sábado (12/03), fundos de investimento procuraram por ativos mais seguros, provocando fuga massiva do capital especulativo das commodities agrícolas. O movimento teria sido engrossado por seguradoras, que precisam liquidar suas posições enquanto os preços ainda estão altos para fazer caixa a fim de honrar as pesadas indenizações a que serão submetidas.
Demanda - Do lado da demanda, o temor inicial era de que o comércio de grãos fosse comprometido pela destruição de portos, armazéns e indústrias de processamento de grãos no Nordeste do Japão. A agência Reuters reportou nesta quarta que o desembarque em Kashima e outros portos japoneses foi suspenso e que, por isso, cargas de milho vindas dos Estados Unidos e de soja da América do Sul estariam tendo dificuldade para chegar ao país. Maior importador mundial de milho, o Japão detém 17% do comércio global do cereal. Por isso, uma interrupção nas compras teria impacto severo para os exportadores de milho, como Estados Undidos, Brasil e Argentina.
Opiniões divididas - Agora, contudo, as opiniões começam a se dividir. "É possível que parte da demanda seja perdida no curto prazo, mas os piores cenários apontam para uma redução de 2,5 milhões de toneladas. Se isso ocorrer, elevaria os estoques de milho dos EUA para algo entre 19,1 milhões e 19,7 milhões de toneladas, uma situação ainda muito apertada e, portanto, positiva para os preços", ameniza Scoville. Ele explica que, ainda que haja redução nas importações japonesas, a queda deve ser pontual e momentânea."Eventualmente essa demanda vai voltar, ao menos parte dela. Afinal, as pessoas precisam comer e os japoneses vão querer alimentos limpos", pontua.
Fim - Há quem acredite que o tsunami japonês terá vida ainda mais no mercado de grãos. É o caso de Terry Roggensack, da consultoria Hightower Report, de Chicago, para quem a temporada de liquidações já teria chegado ao fim. "Acredito que, no médio prazo, as commodities agrícolas não serão significativamente afetadas pela situação no Japão", considera. Para Roggensack, o agravamento da crise nuclear seria positivo para o mercado de grãos. "Se uma nuvem de radiação se propagar no Japão, atingindo também a Coreia do Sul e a Ásia como um todo, mudaria a psicologia do mercado, que passaria a ver os Estados Unidos como uma fonte segura de alimentos livres de radioatividade", explica. Nesse caso, o Brasil também poderia ser beneficiado, pois colhe neste ano uma safra recorde de grãos e tem excedente exportável de soja e milho para atender a parte da demanda extra. (Gazeta do Povo)
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A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) recomeçou nesta quarta (16/03) a liberar senhas para caminhões que transportam a safra de grãos voltarem a deixar os armazéns dos exportadores em direção ao terminal paranaense. A liberação de senhas estava interrompida desde o dia 9, primeiro em razão da fila que tinha se formado ao longo do acostamento da BR-277 e, depois, devido às chuvas que derrubaram pontes e provocaram deslizamento de terra sobre a pista.
Gradativa - Segundo a Appa, as senhas serão liberadas de forma gradativa, conforme a necessidade do estoque nos armazéns do porto. O maior problema enfrentado pelos caminhoneiros fica entre os quilômetros 26 e 29 da BR-277, em razão de problemas estruturais em uma ponte. Nesse local, os carros precisam se deslocar um a um pela única pista que permite passagem. A subida e a descida são alternadas.
Fila - De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), havia fila até o km 30. Havia um intervalo no trecho de serra e a fila voltava a se formar do km 50 ao 59. Uma nova interrupção ocorria por conta do posto da PRF e da praça de pedágio e os caminhões voltavam a se acumular no km 61.
Caminhões - De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas (Setcepar), cerca de três mil caminhões circularam em direção a Paranaguá nesta terça (15/03), nos dois sentidos. Esse volume é 48% da movimentação normal da safra.
Armazenagem - O recomeço do transporte da safra, ainda que de forma lenta, pode ajudar os produtores e cooperativas que já começavam a ficar preocupados com o armazenamento dos grãos. O maior problema era sentido nas regiões oeste, centro-oeste e sudoeste do Paraná, onde a colheita já ultrapassa 70%. De acordo com o analista técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Robson Mafioletti, o Estado tem capacidade para 25,5 milhões de toneladas, dos quais 55% estão em cooperativas.
Gargalo - "Se houvesse um fluxo normal não teríamos problemas este ano", acredita Mafioletti. De uma safra prevista de cerca de 31 milhões de toneladas, aproximadamente 22 milhões entram no primeiro semestre. Mas nos armazéns já há produto de safras anteriores. Por isso a interrupção do transporte para Paranaguá preocupa. "A situação tem que se resolver o quanto antes, senão dá gargalo", disse o analista da Ocepar.
Trens - Os trens da América Latina Logística (ALL), que também estavam impedidos de descer ao litoral desde sexta-feira passada, em razão de problemas causados pelas chuvas, voltaram a fazer o transporte hoje, segundo a assessoria de comunicação da empresa. Os trens levam cerca de 30% da safra. Além disso, o tempo permaneceu bom no litoral do Paraná, garantindo que os embarques de grãos em navios fossem feitos normalmente.
Embarques - Nos últimos dias, em razão da chuva, eram embarcadas, em média, 25 mil toneladas, o que representa 25% da capacidade diária. Nesta terça (15/03), com a melhora do tempo, já foi possível embarcar 48,6 mil toneladas. De acordo com a assessoria da Appa, dois navios de soja e um de milho estão sendo carregados nesta quarta. Ao largo, 24 navios aguardavam a vez para atracar no cais e carregar granéis. Todos estão dentro do prazo de contratação. (Agência Estado)
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Para restabelecer a normalidade de tráfego entre a BR-277 e o município de Morretes, no Litoral do Estado, o 5º Batalhão de Engenharia do Exército começou nesta terça-feira (15/03) a instalação de uma ponte metálica sobre o Rio Sagrado Três, na PR-408, na região da Martha. No local havia uma ponte de cimento que não resistiu às intensas chuvas. Cerca de 60 oficiais trabalham na estrutura de 32 metros de comprimento. A montagem da nova ponte deve ser concluída até o final da tarde desta quarta-feira (16/03) e a utilização será provisória - cerca de um mês - até que a antiga seja reconstruída. A rodovia faz parte do Anel Integração e sua manutenção é feita pela Concessionária Ecovia, que opera a BR-277 no trecho Curitiba-Paranaguá.
Recomendação - As demais rodovias estaduais do litoral estão dando acesso a todos os municípios da região, mas o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) recomenda que as viagens só sejam feitas em casos de extrema necessidade. As rodovias ainda operam em meia-pista na grande parte de sua extensão, e os motoristas precisam redobrar a atenção. O DER ainda recomenda que todo deslocamento só seja feito após consulta à Polícia Rodoviária Estadual pelo fone 198. (AEN)
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O agronegócio brasileiro é reconhecido por sua competência na produção agropecuária, mas com gargalos de logística e infraestrutura para competir com mais força nos mercados internacionais. Trata-se de problemas que prejudicam drasticamente o escoamento da produção e principalmente a rentabilidade do produtor. Com as dimensões territoriais do país, a intermodalidade na matriz de transporte aparece como ponto essencial para assegurar melhores resultados para as cadeias produtivas.
Fórum - Para discutir a competitividade do Sistema Ferroviário Brasileiro, a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja) realizam o XX Fórum ABAG, no dia 25 de março, a partir das 8h30, no Hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo.
Participantes - Participam do encontro o diretor da ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres, Bernardo Figueiredo, o professor e diretor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), José Vicente Caixeta, o consultor para logística de transportes da CNA - Confederação Nacional de Agricultura, Luiz Antonio Fayet e o Presidente da ANUT - Associação Nacional dos Usuários de Transportes de Carga, Luís Valdez.
Transporte ferroviário - Em razão de baixos investimentos na via permanente e de uma estrutura regulatória inadequada, o transporte ferroviário apresenta desempenho muito aquém da necessidade do agronegócio e do País. Consultas públicas recentes da ANTT poderão estimular a concorrência e reverter esta situação. Segundo o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, o sistema ferroviário é de fundamental importância para o país, beneficiando toda a população quanto à produção de grãos. "O modal ferroviário gera economia em fretes, o que possibilita redução dos custos ao produtor", afirma.
Modais - Nossa matriz logística é composta em 58% pelo modal rodoviário, enquanto o ferroviário responde por 25%, segundo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em países como os Estados Unidos, de grande dimensão territorial, onde a produção percorre grandes extensões, o modal ferroviário é o principal meio de transporte da produção. Os norte-americanos possuem mais de 200 mil quilômetros de ferrovias, com crescimento de 3% ao ano. Já no Brasil é inferior a 30 mil quilômetros, desde metade do século passado.
Problemas - "O transporte da produção é tema de extrema importância para o produtor brasileiro. A redução dos custos logísticos no Brasil passa por investimentos e melhorias dos serviços do sistema ferroviário. A precificação dos valores de frete é sempre um assunto sensível. Outros pontos dizem respeito à contratação de cargas de acordo com a capacidade de movimentação das empresas, bem como o transporte na data estipulada pelo contrato. Como a colheita da soja 2010/11 já esta em curso, esses problemas precisam ser dirimidos", explica o Presidente da Abag e da Abiove, Carlo Lovatelli.
Serviço - Tema do Fórum: Competitividade do Sistema Ferroviário Brasileiro / Data: 25 de março de 2011
Horário: 8h30 às 11h30 / Local: Hotel Tivoli Mofarrej - Alameda Santos, 1437 - Cerqueira César - São Paulo. (Assessoria de Imprensa Abag)
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* Zeca Dirceu
Nesta semana, o IBGE confirmou que o Paraná retomou a posição de liderança na produção nacional de grãos. São 31 milhões de toneladas na safra 2010/2011. Mais do que espetacular, é sempre bom lembrar que o Estado, com apenas 2,3% do território nacional, participa com 20% na produção e já chegou a representar 25% na última década.
A performace paranaense exemplifica o ótimo momento da agropecuária brasileira. Nos últimos anos, o setor contribui, e muito, com o desenvolvimento, com a geração de empregos e com o crescimento da economia do país. É a atividade que mais cresceu nos últimos dez anos. A média do PIB (Produto Interno Bruto) do setor aponta um crescimento anual de 3,67%, enquanto o PIB geral do país mostra avanço de 3,59% (média por ano). Em 2010, o PIB brasileiro totalizou R$ 3,7 trilhões, e o PIB da agropecuária, R$ 180,8 bilhões.
Esse desempenho é resultado do empenho e do esforço dos produtores, somados às grandes mudanças da última década no setor. Entre elas, notadamente, o aumento do crédito rural. Foram mais de R$ 270 bilhões entre 2003 e 2010. O governo federal, atento às mudanças, aumentou ainda mais o volume de recursos ao crédito para acompanhar o crescimento da produção. Nesta safra, os produtores rurais têm R$ 100 bilhões em crédito para custeio e investimentos. A agricultura familiar tem R$ 16 bilhões. Na safra passada, o total do crédito agrícola foi de R$ 107,5 bilhões.
Além do crédito, as mudanças vieram com a modernização do parque de máquinas e com a inserção brasileira no mercado internacional. O país se fortaleceu no comércio de produtos em que antes não tinha tradição, como o de carnes e sucos, entre outros. No setor, as exportações brasileiras chegam hoje em 215 países.
Todas as medidas e ações, das empresas e do setor público, potencializaram o agronegócio brasileiro, que fechou 2010 com superávit superior a U$ 60 bilhões. O setor é responsável por quase metade das exportações brasileiras, que totalizaram US$ 72 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 12 bilhões.
No entanto, há gargalos consideráveis que precisam ser enfrentados para baixar os custos de produção e tornar o produto brasileiro mais competitivo no mercado internacional. É preciso investimentos significativos em logística, armazenamento, nas estradas rurais, nas rodovias e em novos modais no transporte de safras, substituindo, por exemplo, o transporte rodoviário por ferrovias, portos e aeroportos.
Na outra ponta se faz necessário, além do crédito e de incentivos, dotar os pequenos e médios produtores de informação, tecnologia e assistência técnica. São ações que vão assegurar à agricultura familiar atributos e qualidades empresariais, evitando que ela degenere numa agricultura de subsistência.
Há bons exemplos nos municípios brasileiros. Em Cruzeiro do Oeste, no Noroeste do Paraná, o programa Terra Fértil subsidia a produção, reduz custos, aumenta a produtividade, aumenta a renda e o emprego no campo. A doação de mudas, a distribuição de calcário e adubo, a adequação das estradas rurais, a mecanização agrícola trazem resultados significativos e de excelência nas pequenas e médias propriedades.
Com investimentos em vários níveis nas duas pontas da produção - do pequeno ao grande produtor -, o país vai resolver seus gargalos e se tornar, como prevê a FAO, o maior produtor de alimentos do mundo. A produção agrícola brasileira aumentará 40% até 2019 - crescimento superior ao da Rússia, Ucrânia, China e Índia, que devem registrar percentual médio superior a 20% no mesmo período.
É esse o desafio que se apresenta nesta década.
*Zeca Dirceu, 32 anos, é deputado federal pelo PT do Paraná - www.zecadirceu.com.br / www.twitter.com/zeca_dirceu
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O município de Francisco Beltrão está realizando o 1º Concurso de Redução de Perda na Colheita de Soja. Diversos cooperados da Coasul Cooperativa Agroindustrial estão participando da ação. Um deles, o cooperado de Boa Esperança do Iguaçu, Luiz Biavatti, já recebeu no dia 11 de março a Comissão de avaliação, composta por integrantes da Emater, Departamento de agricultura, Safras e da Coasul. A área d o produtor é de 31 ha. O cooperado, Osvaldir Magnagnagno, do mesmo município, também está concorrendo, e no dia 07 de março a Comissão avaliou a área de 38 ha em sua propriedade.
Concurso - O Concurso é coordenado pela Seab e Emater, com apoio de outras entidades. A área de abrangencia da ação são os 27 municípios da Região Sudoeste. O objetivo é avaliar a perdas de grãos no momento da colheita realizadas pelos produtores. O resultado final será revelado no dia 20 de maio em Francisco Beltrão, com premiação aos concorrentes. (Imprensa Coasul)
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Os problemas para escoamento da safra de grãos pelo porto de Paranaguá, que começaram com filas de caminhões carregados na BR-277, ganharam proporções maiores nos últimos dias. As chuvas intensas levaram à suspensão de transporte pela ferrovia e rodovias que passam pela Serra do Mar. Houve queda de barreiras e de pontes. A América Latina Logística (ALL), que reteve desde sexta-feira (11/03) cerca de mil vagões carregados com grãos que seguiriam para Paranaguá, espera liberar o trecho hoje no fim do dia. Para recuperar o tempo em que os trens ficaram parados por causa de alagamentos e desmoronamentos, a empresa pode reduzir o espaço entre as descidas, conforme a necessidade.
BR 277 - Na BR-277, que liga Curitiba ao porto, parte da pista cedeu no quilômetro 13 e duas pontes caíram, nos quilômetros 18 e 24. A reconstrução, segundo a Ecovia, concessionária que administra a rodovia, pode demorar até seis meses. Ontem o trânsito foi liberado em uma das pistas, mas com restrições, porque uma ponte no quilômetro 26 está com a estrutura prejudicada e só era permitida a passagem de um veículo por vez.
BR 376 - Na BR-376, que liga a capital paranaense ao litoral de Santa Catarina, também houve queda de barreiras e a rodovia foi totalmente interditada. O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), criou um gabinete de emergência para ajudar a população do litoral que foi atingida e está isolada. Segundo ele, o ministro Nelson Jobim informou que o Exército pode disponibilizar uma ponte metálica para ajudar a resolver o problema.
Falta de cargas - A direção do porto de Paranaguá emitiu nota informando que, caso as interdições se prolonguem, pode haver falta de cargas para exportação e problemas para o descarregamento de fertilizantes. A movimentação de mercadorias pelo terminal ainda não foi afetada e há estoque de grãos nos armazéns para embarque nos próximos dias.
Solução emergencial - O gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flavio Turra, comentou que é preciso encontrar uma solução emergencial, com desvios e pontes provisórias, para que a exportação possa ser feita por Paranaguá e São Francisco do Sul (SC), portos onde são embarcados 32% e 13% da produção de soja do Estado, respectivamente. "Boa parte da soja já está vendida e com contratos para esses portos", disse. "Um plano B [que envolva outros portos] é muito difícil e só seria viável no médio e no longo prazo". Turra acrescentou que a liberação de trens vai ajudar e, como o escoamento de milho aconteceu mais cedo, os armazéns estão em melhores condições na origem. (Valor Econômico)
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A dificuldade de acesso ao litoral pode dificultar ainda mais o escoamento da safra paranaense, que já vinha sendo prejudicado pela lentidão no carregamento dos navios atracados no Porto de Paranaguá. Como os caminhões já não conseguem chegar ao porto e a ferrovia - responsável pelo transporte de 30% da colheita - tende a ficar bloqueada até amanhã, pode faltar espaço para armazenar grãos no interior. Algumas cooperativas afirmam que têm condições de estocar a colheita por apenas mais uma semana. Na outra ponta, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) admite que poderá faltar carga para os navios, o que geraria uma fila de embarcações.
Navios - Nesta segunda-feira (14/03) à noite, 23 navios aguardavam liberação para atracar - normalmente, são 15. Estipulado em contrato, o prazo para carregamento normalmente é maior em Paranaguá do que em outros terminais, em razão do histórico de chuvas no porto na época de safra. Passado o prazo, que chega a 20 dias, os exportadores têm de pagar a "demourrage", espécie de multa diária pelo atraso, que pode ser de até US$ 50 mil por dia.
Tráfego - O tráfego na BR-277 estava liberado ontem para veículos leves, mas os caminhões estão sendo retidos no acostamento, antes da praça de pedágio, na altura do km 60. A fila se prolongava até o km 70 e continuava por mais 4 quilômetros na BR-116, que cruza a BR-277, totalizando 14 quilômetros.
Emissão - A Appa suspendeu a emissão de senhas do sistema Carga On-line ainda na semana passada, mas ontem - três dias após a tragédia que interrompeu o tráfego na rodovia - ainda havia caminhões seguindo para o litoral. O Carga On-line controla o fluxo de cargas em direção ao porto e, em tese, os caminhões só devem sair da origem com uma senha liberada. A Appa fez um apelo aos produtores e às cooperativas para que não enviem carga sem autorização.
Liberação - Segundo a Ecovia, concessionária que administra a BR-277, o tráfego de caminhões será liberado "nos próximos dias", de forma lenta. A ponte do km 26 sofreu danos na estrutura e a concessionária, junto com a Polícia Rodoviária Federal, optou por não permitir a passagem de veículos pesados até que haja uma solução provisória - a reforma completa deve durar 6 meses.
Sem carga - O temor da Appa é que a BR-277, mesmo após liberada para caminhões, não comporte fluxo grande o bastante para manter cheios os armazéns do porto. A carga disponível até ontem era suficiente para carregar quatro navios. "Depois disso, e se for prolongada a interrupção da BR-277, pode faltar carga para exportar", afirmou o superintendente da Appa, Airton Vidal Maron. Ontem, o pátio de triagem do porto, que tem capacidade para mil caminhões e esteve lotado nas últimas semanas, tinha 600 vagas desocupadas.
Sol - "Havendo sol, haverá espaço nos armazéns em quatro a cinco dias", afirma o gerente da unidade da Cooperativa Agropecuária Mourãoense (Coamo) em Paranaguá, Alexandro Cruzes. A Coamo é uma das nove empresas que têm silo próprio no porto. Outra delas, a Cargill, afirmou que suspendeu o envio de caminhões ao porto e "estuda alternativas logísticas, considerando a capacidade de recebimento de outros portos".
Mobilização - A Ocepar, representante das cooperativas, pediu mobilização do governo e da concessionária. "Precisamos de um programa emergencial para viabilizar o escoamento da safra de forma mais rápida", afirmou Flavio Turra, gerente técnico e econômico da Ocepar.
Transportadoras - Em nota, o Setcepar, que representa as transportadoras, criticou a falta de investimentos em infraestrutura portuária. "O porto deveria receber mais investimentos em armazéns." (Gazeta do Povo)
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A indefinição sobre a situação das estradas preocupa as cooperativas do estado, que temem não cumprir os contratos de exportação. Sem ter uma posição concreta do governo ou das concessionárias que administram as rodovias, a Cooperativa Castrolanda, que tem sede em Castro, nos Campos Gerais, prevê dificuldades. "A grande incerteza é em relação ao Porto de Paranaguá. Não temos previsão de quando a situação vai se normalizar. Não há nenhuma resposta. Além disso, a safra de milho atrasou e acumula agora com a de soja. Também não há caminhos alternativos", lamenta o gerente agrícola da cooperativa, Márcio Copacheski.
Outros portos - Sobre a possibilidade de desviar o carregamento para outros portos, a hipótese é descartada por Copacheski. "Se pudéssemos desviar, iríamos para Santa Catarina, mas a BR-376 também está com problemas. Mesmo assim, depois que se inicia um embarque, não há como mudar o navio de porto", explica.
Cocamar - A Cocamar, de Maringá, informou que a concentração de cargas da cooperativa é na região Norte e Noroeste do estado. Segundo sua assessoria de imprensa, os produtores estão entregando a safra nos 56 entrepostos e a cooperativa está fazendo o transbordo para o parque industrial, em Maringá. Por enquanto, não há registro de falta de espaço para armazenar os grãos. A Cocamar exporta café, farelo de soja e suco concentrado e congelado de laranja.
Cargil - Em nota, a Cargill, que tem unidade nos Campos Gerais, informou que teve de suspender o envio de caminhões, o que "provocará mudanças também na cadeia de produção, tais como o atraso na colheita da soja e alteração na qualidade dos grãos por causa do aumento da umidade, além de um possível atraso no plantio de milho na safrinha".
Preço bom - Outro agravante da atual safra é o bom preço dos grãos, que fez com que boa parte da produção já tenha sido negociada. "No ano passado, a safra foi negociada num espaço maior de tempo", afirma Nilson Hanke Camargo, assessor técnico-econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). (Gazeta do Povo)
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Beneficiado pelo clima, o Paraguai registra nova expansão da safra de soja, commodity que sustentou o crescimento de 14,5% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 - o maior índice registrado no continente americano. As 8,1 milhões de toneladas que estão sendo colhidas são recordes e consolidam um levante capaz de mudar o perfil socioeconômico do país.
Arrendamento - A cada 500 hectares plantados, os produtores estão arrecadando cerca de R$ 1 milhão, com rentabilidade que passa de 50% nas áreas mais produtivas, apurou a Expedição Safra Gazeta do Povo. A equipe de técnicos e jornalistas percorreu 800 quilômetros em território paraguaio e encontrou o setor em clima de euforia, pela produção e pelos bons preços da commodity.
Invasões - A ligação do presidente Fernando Lugo, eleito em 2008, com os movimentos sociais paraguaios não agravou o quadro de invasões de terras por campesinos como temiam os produtores de soja. O governo estaria dando mais atenção à população pobre - um terço dos 6 milhões de habitantes. A onda de invasões anunciada para esta safra vem sendo controlada pelo governo, conforme o ABC Color, jornal de maior tiragem no Paraguai.
Capitalização - Os produtores e cooperativas querem aproveitar o bom momento para se capitalizar e ganhar legitimidade enquanto alicerce da economia. A Federação de Cooperativas de Produção (Fecoprod) defende que uma das saídas para o desenvolvimento é o fortalecimento do campo, onde se concentram os casos de extrema pobreza. "A expansão da atividade agrícola favorece os pequenos produtores, que são a maioria", argumenta a diretora-executiva da Fecoprod, Ruth Martínez.
Entidade - A entidade representa 33 cooperativas agrícolas, que têm 18 mil associados. Mais da metade deles são produtores familiares, com menos de 50 hectares, e estariam melhorando de renda no embalo da cadeia da soja, em atividades como a produção de leite, carne e grãos. Eles plantam 300 mil hectares do grão, e colhem média de 3,5 mil quilos/ha, índice comparado às áreas mais produtivas dos Estados Unidos, Brasil e Argentina.
Fortes - As próprias cooperativas estão cada vez mais fortes, afirma Ramón Gauto, coordenador de Desenvolvimento Rural. A Fecoprod acaba de inaugurar sede de US$ 1 milhão em Assunção. O desafio do país é agregar valor à produção. O ministro da Agricultura, Enzo Cardozo Jiménez, sonda cooperativas agroindustriais do Paraná, como a Agrária, de Guarapuava, em busca de investidores. "Fomos ao país e avaliamos a situação. O interessante seria não só industrializar, mas também produzir", afirma Arnaldo Stock, diretor financeiro da Agrária.
Brasileiros - Em boa medida, o levante da soja é puxado por brasileiros, que representam 60% dos produtores. E também por seus filhos, muitos deles nascidos no Paraguai. Aos 24 anos, o brasiguaio Fabiano Borges Bizugnin está entre os líderes em produtividade. Passou de 4 toneladas por hectare e planeja ampliar em 10% a lavoura de 500 hectares na próxima safra. "O clima do último ano foi perfeito", resume ele, agricultor desde a adolescência.
Novas áreas - Quem quer se firmar na agricultura tem pressa em comprar novas áreas. As terras estão cada vez mais valorizadas no Paraguai. O hectare custa o equivalente a R$ 25 mil na região da soja, faixa leste do país. O valor se equipara ao do Oeste paranaense, região que concentra os solos mais produtivos do estado, compra o agrônomo Carlito Ganja, a Lar Paraguay.
Serviço - Acompanhe a Expedição Safra no blog www.gazetadopovo.com.br/expedicaosafra. Nesta semana as equipes passam por SC, RS, MA e TO. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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No dia em que analistas ainda tentavam entender o real impacto do terremoto e do tsunami no Japão sobre o mercado internacional de grãos, os contratos de milho, soja e trigo fecharam em alta nas bolsas americanas. A soja com vencimento em maio subiu 5,50 centavos de dólar, para US$ 13,40 por bushel na bolsa de Chicago. Os contratos de milho, com o mesmo vencimento, fecharam com ganho de 1,75 centavo a US$ 6,66 e os de trigo, com alta de 2 centavos a US$ 7,2075 por bushel.
Impacto - Analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires disseram que a localização do terremoto e do tsunami que afetaram o Japão deve limitar o impacto na comercialização de commodities agrícolas dos EUA. Ele admitem, porém, ainda não ter uma avaliação clara sobre danos na infraestrutura. O Japão é o maior consumidor de milho e carne suína dos EUA e também um grande consumidor de soja e trigo. A expectativa é de que o desastre afete o fluxo de produtos para o país. A área mais afetada foi o norte do Japão.
Armazenagem - Segundo a AgResource Co., de Chicago, a capacidade de armazenagem de grãos do Japão pode ser reduzida em 15% a 20%, o que limitaria as importações. A empresa estima que as compras externas japonesas de milho poderiam cair entre 500 mil e 1 milhão de toneladas. O país compra quase 30% do milho exportado pelos EUA - 15,4 milhões de toneladas na última safra.
Portos - Mas, segundo a Dow Jones, o maior dano parece ter ocorrido nos portos do norte do Japão, pequenos para movimentar navios americanos. Já os portos maiores, no sul, podem voltar a operar nas próximas semanas, conforme nota do Morgan Stanley. Se esse cenário se confirmar, não deve haver impacto no fluxo de comércio. Além de portos, unidades de processamento de ração também foram afetadas, segundo analistas, o que pode interromper as importações. Mas as fábricas estão localizadas principalmente na parte central do país, que foi menos destruída. (Valor Econômico)
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Desde a segunda quinzena de fevereiro, as máquinas estão no campo colhendo a safra 2011. Até agora, mais de metade da área total plantada com soja, de 575 mil hectares, já foi colhida na região. O receio de muitos produtores quanto a estragos com a seca no período de plantio e as chuvas que marcaram as primeiras semanas de colheita não tem se confirmado e os resultados preliminares são ainda melhores do que em 2010, considerado um ano muito bom para a cultura.
Produtividade - No ano passado a área plantada com a cultura era 570 mil hectares, um crescimento de pouco mais de 1%. Nos 24 municípios que pertencem ao Núcleo Regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), a média está sendo de 130 sacos por alqueire. "O ano passado já foi um ano excepcional para a agricultura em termos de rendimento e estamos um pouco acima da média de 2010 e este número ainda pode aumentar com o fechamento da safra", coloca Anderson dos Santos, economista do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab.
Ponto de colheita - O economista apontou que a maioria da produção está em ponto de colheita e que chuvas prolongadas poderiam trazer prejuízos aos agricultores. "Para ter problema seriam precisos de 10 a 15 dias com chuva seguidos. Mas os produtores não precisam se preocupar, as previsões apontam que até amanhã a possibilidade de chuva ainda é grande, mas para a próxima semana o céu volta a ficar limpo", coloca.
Poucas perdas - Até o momento, poucas perdas foram registradas na safra. "Somente em casos isolados. No começo da colheita, em regiões que normalmente são colhidas mais cedo, atrasou um pouco pela chuva e alguns produtores registraram perdas, mas agora normalizou isso e na média geral está sendo muito positivo o resultado." O produtor ganha com a produtividade e, ao contrário de anos anteriores, ganha também com o preço. Neste mesmo período, na safra 2010, a saca de soja de 60 quilos era vendida a R$ 31,00. Hoje a mesma saca está a R$ 43,50.
Motivos - Para o diretor presidente da Coamo Agroindustrial Cooperativa, José Aroldo Gallassini o bom momento vivido pela agricultura pode ser explicado, entre outros fatores, pelos estoques mundiais baixos, o comportamento do dólar e a crise em alguns países. "Os preços já estão altos hoje e podem continuar assim durante o ano. Quando a produção é boa já é meio caminho andado; porém é na hora de vender a safra que o agricultor define se a comercialização será lucrativa ou não", analisa.
Tendência de alta - No início da colheita, o grão chegou a R$ 48,00. "A tendência é que volte a subir esse preço", acrescenta Santos. A comercialização, grande gargalo da produção agrícola, também está vivendo um bom momento. "Tivemos um avanço de vendas antecipadas este ano. Na média geral do Estado, já é mais de 30% comercializado. Muitos produtores aproveitaram no começo que o preço estava muito alto e já garantiram o rendimento."
Milho ganha espaço - Motivados pelo preço, muitos agricultores estão voltando a apostar no milho safrinha e as máquinas precisam dividir seu tempo entre a colheita da soja e o plantio da safrinha. "Virou basicamente uma febre, muita gente está plantando. O preço é o grande incentivador. Para se ter uma ideia da mudança na situação para a cultura, no ano passado, nesta época o milho era comercializado a R$ 13,00 a saca", elenca Santos. Hoje o produto é vendido até por R$ 23,40, alta de 70% no valor de mercado.
Comemoração - Em 2010, muita área que agora recebe as sementes de milho estava parada. "Muita gente tinha plantado aveia ou com áreas sem produção. Nossa primeira estimativa aponta que o milho safrinha vai ter uma área de 250 mil hectares, uma elevação de 20% com relação ao ano passado e este número pode aumentar, conforme avança o plantio." Segundo ele, após anos de sucessivas perdas, o produtor hoje só tem a comemorar. "Não tem do que ele reclamar, o rendimento está bom e o preço também tem ajudado", finaliza. (Tribuna do Interior)