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COASUL II: Restauradas cinco nascentes

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AGRICULTURA I: Clima chuvoso prejudica a safra de grãos na região dos Campos Gerais

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As freqüentes chuvas registradas nos últimos dias têm causado temor nos produtores dos Campos Gerais. As condições climáticas adversas, conforme o Departamento de Economia Rural (Deral), do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), estão impedindo a colheita e o plantio de algumas culturas, bem como as pulverizações. Para o engenheiro agrônomo do Deral, José Roberto Tosato, as chuvas terão forte impacto no feijão das águas e na batata da primeira safra. "O excesso de água impede que as máquinas entrem no campo para realizarem a colheita. Como a batata já está madura e o solo está encharcado o produto apodrece e perde qualidade", explica. Conforme o Deral, em torno de 60% da área foi colhida até o momento. Além de impedir a colheita, a chuva também impede o produtor a fazer aplicações fúngicas. "A chuva causa doenças que diminuem a produtividade", conta. A expectativa do Deral é que a área da batata da primeira safra chegue a até 2,2 mil hectares, com produtividade média de 28 mil quilos por hectare. Os principais produtores na região estão concentrados em Castro e Piraí do Sul. (Diário da Manhã)

COCAMAR I: Jovens têm futuro promissor no agronegócio

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Em entrevista ao Cocamar Notícias, o vice-presidente da Cocamar, José Fernandes Jardim Júnior, disse que os jovens agricultores estão diante de uma oportunidade histórica para aproveitar o grande potencial do agronegócio brasileiro, que se apresenta como um dos principais provedores de alimentos para o mundo. Segundo ele, a liderança do país na produção agropecuária e o seu reconhecimento por mercados exigentes e seletivos se fizeram não só da porteira para fora, mas também além das fronteiras. O país é hoje o principal exportador mundial de café, açúcar, etanol e suco de laranja e desponta no mercado de carnes bovina e de frango. Tudo isso sem falar, entre outros, da soja e do milho. "O peso da agricultura no mercado internacional de alimentos é crescente e, com certeza, iremos ampliar cada vez mais essa participação como fornecedores de produtos agropecuários. A agricultura é a atividade do presente e do futuro e, nesse contexto, o Brasil tem papel importantíssimo", frisou Fernandes. Nos últimos anos, as exportações brasileiras cresceram 111%, passando de US$ 30 bilhões em 2003 para US$ 75 bilhões em 2010.

 

Bom momento - "O bom desempenho do agronegócio deve ser mantido em 2011 e nos anos seguintes. Aos fatores positivos, somam-se os estoques mundiais de alimentos em baixa e a tendência de elevação no consumo das famílias, principalmente nos países emergentes", acrescentou. Ao seu ver, "as perspectivas para o setor são as melhores possíveis e, no âmbito da Cocamar, que atravessa o melhor período de sua história, os cooperados têm a oportunidade de fortalecer ainda mais os seus negócios, realizando os necessários investimentos para aprimorar a tecnologia e ampliar a sua competitividade".

 

Entusiasmo - Dirigindo-se especificamente ao público jovem, formado por filhos e filhas de cooperados, "cada vez mais entusiasmados com essa atividade que é essencial para a economia brasileira", ele disse que "o entusiasmo se verifica nas realizações promovidas pela cooperativa, como cursos, encontros técnicos, debates e viagens de imersão. Eles têm consciência de seu papel no trabalho da família e do que lhe reserva o futuro".  Ao contrário do que se via em um passado recente, quando os jovens se sentiam atraídos pela cidade, o momento agora é de dar ao campo o seu devido valor e aproveitar os caminhos para o crescimento que ele oferece, na opinião do vice-presidente. "Como qualquer segmento em expansão, o que ele mais precisa agora é de profissionais bem preparados e capazes de manter o seu processo de evolução. Precisa de empresários modernos e ousados, honrando o pioneirismo de seus desbravadores e valorizando a sua história".

 

Prioridade - Segundo Fernandes, o investimento no futuro do jovem empresário rural é uma prioridade na Cocamar. "Não se pode deixar de participar desse momento histórico - e de crescer em uma das áreas que tendem a valorizar-se cada vez mais". Completando, lembrou que os jovens de hoje "contam com recursos tecnológicos fantásticos, que podem ser potencializados ainda mais com o seu espírito arrojado, a vontade de fazer um mundo melhor e o sonho de empreender, ampliar fronteiras, escrever a sua própria história". (Imprensa Cocamar)

TRANSPORTES: Portos do Paraná fecham 2010 com aumento na movimentação de cargas

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Os portos de Paranaguá e Antonina fecharam o ano de 2010 com aumento de 22% na movimentação de mercadorias. Foram 38,16 milhões de toneladas de mercadorias. A receita cambial - que é o valor gerado pelas exportações de mercadorias - foi de US$ 14,48 bilhões. "Os números registrados em 2010 nos deixam otimistas para crescer ainda mais em 2011. Com a realização das obras de dragagem e os investimentos anunciados recentemente pelo governador Beto Richa, para recuperar cargas perdidas nos últimos anos, acredito que os Portos de Paranaguá e Antonina fecharão 2011 com números ainda mais expressivos", afirmou o superintendente dos portos Airton Vidal Maron.


Veículos - Os números foram impulsionados pelo bom desempenho de mercadorias como o açúcar, que em 2010 teve 4,46 milhões de toneladas exportadas, volume 21% superior ao ano anterior. A movimentação de veículos fechou o ano com 181.459 unidades movimentadas - quantidade 30% superior à registrada em 2009. A movimentação de contêineres também cresceu: foram 7% em relação ao ano anterior, fechando 2010 com 672.262 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 metros) movimentados. A carga geral teve um aumento de 19% na movimentação. Foram 9,51 milhões de toneladas de mercadorias.


Granéis - A movimentação de granéis sólidos chegou a 24,2 milhões de toneladas, volume 26% maior que de 2009. Só o milho apresentou aumento nas exportações na ordem de 77%, fechando 2010 com 3,15 milhões de toneladas exportadas. A exportação de soja cresceu 12% (5,35 milhões de toneladas) e a importação de fertilizantes foi 49% maior, no comparativo com 2009 (6 milhões de toneladas).


Antonina - O Porto de Antonina fechou 2010 com a movimentação de 313,6 mil toneladas de mercadorias, registrando um aumento de 255% na movimentação em comparação com 2009. (AEN)

AGRICULTURA: Nova ordem no setor pede planejamento estratégico, defende OCB

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Um novo panorama no mercado internacional de produtos agrícolas está em formação com a emergência de milhões de novos consumidores de alimentos e a crescente demanda de segmentos industriais, como o químico. Isso exigirá do Brasil planejamento estratégico, um conjunto de ações de longo prazo, coordenado pelo Estado, que defina políticas para o desenvolvimento do setor, responsável por 40% do PIB brasileiro, afirmam especialistas. Na mesma equação também entram o desafio de assegurar estabilidade de renda ao produtor e garantir a segurança alimentar interna. Para além dos pleitos recorrentes, como reforma tributária e a melhoria da infraestrutura e da logística, as políticas para o setor têm que passar da fase de "apagar incêndio" para a de formulação de objetivos e programas de ação, defende Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e um dos representantes do setor no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Programas - "A agricultura precisa de programas de médio e longo prazos e não esquemas pontuais de socorro. Falta saber onde queremos chegar. Estamos sempre respondendo a demandas pontuais de mercado e de clima e, nesse caminho, estamos perdendo a capacidade de fazer planejamento estratégico", argumenta Freitas. Embora cada segmento do agronegócio tenha a sua própria agenda, falta estabelecer um planejamento de Estado que contenha metas articuladas com políticas que vão do financiamento e incentivo à produção, verticalização, comercialização, até logística e abertura de mercados.

Olho no mundo - Na avaliação de José Roberto Mendonça de Barros, sócio-diretor da MB Associados, a agropecuária precisa de uma "nova agenda", que olhe para uma igualmente nova ordem mundial na oferta e na demanda de produtos agrícolas. "As grandes oportunidades para o agronegócio brasileiro decorrem de três fatores: entrada no mercado de consumo de alimentos de centenas de milhões de pessoas na Ásia, aumento da demanda por biocombustíveis e crescente demanda por parte da indústria química (plásticos, solventes, etc). Temos que estar preparados para isso", afirma Barros, que foi ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda (1995-1998).

Inteligência - Para Freitas, da OCB, falta uma "inteligência" no setor. "Roberto Rodrigues (ex-ministro da Agricultura) falava da necessidade de uma secretaria de inteligência e estratégia por causa disso. Temos condições de ser o maior produtor mundial de alimentos, mas temos que ter estratégia". Nos grãos, por exemplo, o País precisa definir se quer agregar valor à produção, ou ser apenas exportador. "Falta uma política estruturante de médio e longo prazo. Tenho 52 anos, sou agricultor desde que nasci. Meu pai e, antes dele, meu avô foram agricultores. Nunca vi esse tipo de política ser colocada em prática. (Diário de Cuiabá)

EXPEDIÇÃO SAFRA: Oásis para a produção de soja e milho

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Com mais estrutura que a nova fronteira agrícola do Norte e do Nordeste do país, Minas Gerais faz campanha para atrair os agricultores do Paraná e do Rio Grande do Sul interessados em expandir suas lavouras. O estado do Sudeste quer que os produtores do Sul alavanquem a produção de grãos da região de Pirapora como fizeram no Centro-Oeste e nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia nas últimas décadas. Essa é a meta central do programa Pró-Noroeste de Minas, que inclui a "importação" de gaúchos e paranaenses.

Conhecimento - Mais do que a fama nacional de colonizadores, os produtores paranaenses e gaúchos têm o conhecimento tecnológico que Minas considera necessário para transformar áreas de pastagem degradada e Cerrado em plantações de soja e milho. "Eles abriram o Centro-Oeste. Quem se manteve no Sul cultiva áreas de médio porte com tamanho parecido com o das terras disponíveis em Minas. Vai ser mais fácil vir para cá", argumenta o agrônomo Alexandre Lobo Machado, da Campo Consultoria e Agro­negócio, um dos articuladores do Pró-Noroeste.

Apelos - A Expedição Safra Gazeta do Povo percorreu 700 quilômetros na região na fase de plantio e verificou que os dois apelos mais fortes são os preços das terras e a estrutura logística de exportação de Pirapora. Em relação ao clima, faltam chuvas nas regiões baixas, onde boa parte dos produtores investe em irrigação. Nas regiões altas, com mais de 1.400 milímetros por ano, as condições são boas à produção de grãos, relatam os produtores mineiros.

Efervescência - A região acredita que vai viver uma fase de efervescência, por contar com área estimada de 2,5 milhões de hectares disponíveis à agricultura - 3,8 vezes maior que a área atual, considerando 25 municípios. Trata-se de um oásis para a produção de grãos no coração do mapa brasileiro. Os 2,5 milhões de hectares equivalem a 55% da área de soja do Paraná neste verão. Existem áreas de Cerrado e pastagens degradadas à venda por menos de R$ 3 mil o hectare. Terras agrícolas saem por R$ 8 mil/ha, um terço do preço praticado em Cascavel e Guarapuava, no Paraná.

Novo terminal - Pirapora ganhou, em 2009, novo terminal de embarque ferroviário para exportação pelo Porto de Vitória, no Espírito Santo. A 300 quilômetros dali, em municípios como Unaí, o preço da soja subiu R$ 1 por saca, relata o produtor Juliano Zancanaro. A diferença atualmente é de R$ 45 para R$ 46 a saca, com desvantagem para quem exporta por Uberlândia.

Visitas - Consultor do Pró-Noroeste de Minas, o agrônomo Alexandre Machado percorreu durante três semanas os dois estados do Sul divulgando o potencial mineiro. Agora, recebe grupos de produtores sulistas e técnicos interessados em avaliar a região. Quatro caravanas foram a Pirapora e visitaram fazendas produtivas.

Grãos - O aumento da produção de grãos é que vai viabilizar a estrutura logística montada na região. A Vale e a Ferrovia Centro-Atlântica investiram R$ 300 milhões no corredor ferroviário de exportação. No ano passado, o terminal de Pirapora recebeu 700 mil toneladas de grãos (80% soja e o restante milho), mas a capacidade é para 2 milhões. O Pró-Noroeste conta também com apoio da Federação da Agricultura e Pecuária (Faemg) e representa promessa de desenvolvimento para cidades que enfrentam problemas sociais como alta concentração de renda e baixa escolaridade, relata o secretário de Planejamento de Pirapora, Dalton Figueiredo. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

TRANSPORTES: Empossados os novos diretores da Ferroeste

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Maurício Querino Theodoro foi confirmado na presidência da Ferroeste, nesta segunda-feira (10/01), em Curitiba, pelo Conselho de Administração da empresa. O novo presidente é da região oeste do Estado e substitui a Neuroci Antonio Frizzo. Radicado em Cascavel desde o início dos anos 1990, Maurício Querino Theodoro é empresário ligado ao setor cooperativista. Ele tem 50 anos, nasceu em Londrina, onde atuou na Sercomtel. Também foi eleito o novo diretor administrativo e financeiro, Abelardo Cirico, e reconduzido ao cargo de diretor de produção, o engenheiro civil Mauro Fortes Carneiro.


Importância - Após a reunião do Conselho de Administração, o secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, destacou a importância do modal ferroviário para atender a exportação da produção agrícola e a circulação de outros produtos em direção ao interior do Estado. "A nova diretoria terá a missão de desenvolver a ferrovia e promover a integração com os demais modais que formam a rede logística do Estado", destacou. O presidente eleito disse que a Ferroeste é extremamente importante para o desenvolvimento do agronegócio na região. "Assumimos a Ferroeste para atender as necessidades das cooperativas e do setor produtivo", disse. (AEN)

OPINIÃO: A balança comercial e a contribuição do agronegócio

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Dilceu Sperafico*

 

O agronegócio vem sustentando a economia nacional já há 10 anos. É o que confirma relatório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, divulgado no final de dezembro último. O levantamento mostra que em 2010, já pelo décimo ano consecutivo, o campo voltou a garantir superávit da balança comercial, beneficiando diretamente todos os demais setores econômicos e sociais do País.

 

O desempenho positivo da agropecuária vem desde 2001, quando as exportações voltaram a apresentar saldo favorável sobre as importações. A partir de então, as vendas externas do agronegócio vêm crescendo e compensando os déficits dos demais setores produtivos.

 

Mesmo apresentando redução de 9,82% no superávit em 2009, o agronegócio teve desempenho muito superior aos demais segmentos exportadores, com queda de 23,08% em seus negócios no mesmo período. Em 2010, o superávit da agropecuária voltou a crescer e a expectativa é que some 62 bilhões de dólares, batendo o recorde de 2008, quando chegou a 59,99 bilhões de dólares. Somente entre janeiro e novembro de 2010, o saldo positivo foi de 58,33 bilhões de dólares, 6,18% maior que o resultado de 54,93 bilhões em 2009. Os dados demonstram que o agronegócio sustenta a balança comercial, apresentando sempre a maior parcela do saldo positivo, o suficiente para até mesmo reverter índices negativos de outros setores.

 

Na última década, somente em 2005 e 2006 o superávit do agronegócio foi menor que o saldo geral do País, mas mesmo nessas oportunidades o campo acabou sendo responsável por 85,7% e 92,1%, respectivamente, do resultado final da balança comercial. Nos demais oito anos o resultado do campo sempre foi maior, o que demonstra que sem o desempenho do agronegócio o Brasil voltaria a enfrentar déficits, como aconteceu entre 1995 a 2000.

 

Graças aos investimentos, trabalho e competência do agricultor, já em 2001 o saldo do agronegócio foi de 19,06 bilhões de dólares ou sete vezes mais que o resultado nacional, de 2,69 bilhões. O agronegócio brasileiro, vale ressaltar, vem garantindo superávits na balança comercial apesar da elevação também recorde de importações de cereais, farinhas, pescados e produtos florestais.

 

Os gastos do País com essas aquisições somaram 12,05 bilhões de dólares até novembro último, com aumento de 35,6% em relação ao mesmo período de 2009. O Brasil, para quem não sabe, importa trigo da Argentina, Estados Unidos, Canadá e até da Turquia, enquanto o produtor nacional teve o preço mínimo reduzido e mesmo assim não encontra comprador para sua safra. As compras brasileiras no exterior em 2010 cresceram 43,9% na comparação com 2010, atingindo 166 bilhões de dólares, até o final de novembro.

 

Para nós, defensores do agronegócio, o novo recorde das exportações do campo merece ser comemorado com o reconhecimento das autoridades e da sociedade para a contribuição do produtor rural ao desenvolvimento do País.

 

O Ministério da Agricultura, é bom destacar, prevê resultado ainda melhor em 2011, com a ampliação do Valor Bruto da Produção Agrícola (VBP) de 173 bilhões para 185 bilhões de reais. Isso demonstra que o agronegócio retomou o crescimento, apresentando expansão de 7% no Produto Interno Bruto (PIB) da Agropecuária em 2010, previsto para 972 bilhões de reais, segundo estudo encomendado pela Confederação Nacional da Agricultura à Fundação Getúlio Vargas.

 

*O autor é deputado federal pelo Paraná/ e-mail: Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

ECONOMIA: Mercado eleva para 5,34% estimativa da inflação oficial em 2011

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A estimativa de consultores financeiros da iniciativa privada para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano passou de 5,32% para 5,34%, segundo o boletim Focus, divulgado hoje (10) pelo Banco Central (BC). A projeção é inferior aos 5,91% registrados no ano passado, mas a perspectiva tem aumentado gradativamente há cinco semanas. Enquanto cresce a expectativa para o IPCA, que mede a inflação oficial, os outros dois índices pesquisados para preços no varejo mantêm-se estáveis. Os preços administrados (água, luz, combustíveis e outros) devem subir 4,5% no ano e o Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) deve atingir 4,90%. A expectativa média do boletim Focus mostra estabilidade nos índices de preços no atacado, medidos pela Fundação Getulio Vargas. O Índice Geral de Preços por Disponibilidade Interna (IGP-DI) deve ficar em 5,50% e o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), em 5,53%. Para o ano que vem, todos os indicadores preveem 4,50%, tanto no varejo quanto no atacado. (Agência Brasil)

GOVERNO: Secretário da Agricultura nomeia novos diretores da Claspar e Codapar

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O secretário da Agricultura e do Abastecimento Norberto Anacleto Ortigara empossou na quinta-feira (06/01) o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Scotti na presidência da Empresa Paranaense de Classificação e o engenheiro agrônomo Silvestre Dimas Staniszewski na presidência da Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná. Segundo Ortigara, a diretoria que assume a Claspar tem a missão de dar uma nova feição para a empresa que ajude a agroindústria paranaense a competir no mercado. "A empresa tem que estar preparada para fazer chegar ao consumidor de qualquer parte do mundo produtos de qualidade produzidos no Paraná", orientou o secretário.

Produtor - O presidente da Claspar anunciou que empresa irá propor ao produtor que faça a classificação de seus produtos. Segundo Scotti, a empresa tem enorme capacidade de treinamento e poderá capacitar o produtor a melhorar a qualidade e classificar sua própria produção. Para o presidente, a empresa tem capacidade instalada para fazer as análises dos produtos e em sua gestão, pretende aproximar o produtor desses serviços. Também assumiram na Claspar Osvaldo de Castro Ohlson na diretoria de Fiscalização e Inspeção; Jairo da Silva Rocha como diretor de administração e finanças e João Neto do Prado Souza como diretor técnico de classificação.

Fragilidade - O secretário Ortigara reconhece que a empresa é frágil financeiramente e por isso é dependente do governo. Recomendou à nova diretoria que encontre caminhos para se viabilizar financeiramente e para isso pediu que ouvisse as sugestões da sociedade e dos parceiros para promover as mudanças. "O desafio é tornar o serviço público mais eficiente do que é hoje", sintetizou.  A Claspar é responsável pelos trabalhos de classificação de produtos de origem vegetal, análises e fiscalização da qualidade da importação e exportação e dos produtos agrícolas que são colocados no mercado interno para o consumidor.

Novos Veículos - Durante a solenidade de posse, Scotti e o secretário Ortigara foram surpreendidos pelo anuncio da doação de 10 veículos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O anúncio foi feito pelo superintendente do Mapa no Paraná, Daniel Gonçalves Filho, justificando que está contribuindo para renovar a frota de veículos da Claspar, já que o ministério é o maior cliente da empresa. São 10 caminhonetes Ranger 4 x 4 que vão reforçar o trabalho de fiscalização da Claspar nos portos e aduanas, por onde passam os produtos importados e exportados pelo País. Gonçalves Filho frisou que está identificando a base legal para concretizar a doação. Esse trabalho de análise e fiscalização teria que ser feito pelo ministério da Agricultura, mas por força de convênio firmado com o governo do Paraná, é executado pela Claspar.

Codapar - Na presidência da Codapar assumiu o engenheiro agrônomo Silvestre Dimas Staniszewski. Também assumiram Valter Hiroshi Yokoyama como diretor de Finanças, Sinval Tadeu Amaral como diretor técnico e Jair Vendrúsculo, como diretor de Planejamento. "A diretoria da Codapar terá como desafio ajudar a gestão no porto de Paranaguá", disse Ortigara. A Codapar vai atuar no processo de embarque de grãos na área do conhecido "silão", antecipou o secretário. Ortigara recomendou competência e ousadia para a nova diretoria para ajudar o produtor paranaense a ser mais competitivo. Segundo ele, é com a eficiência do trabalho da empresa que o produtor terá ganhos de renda, por meio da melhoria das condições das estradas rurais, da armazenagem que permite planejar a distribuição de alimentos e do embarque e desembarque de produtos no porto e na estação aduaneira.

Desafio - "Como a agricultura não é formadora de preços, mas sim tomadora de preços, cabe ao serviço público atuar de forma eficiente para que o produtor não perca renda", disse Ortigara. O secretário também pediu para a nova diretoria da Codapar uma atenção especial com as famílias mais pobres que moram no campo para que tenham espaços melhores para distribuição de alimentos. A Codapar tem como desafio estruturar a logística para o produtor rural através da abertura e conservação de estradas rurais, conservação de solos, armazenagem e desembaraço aduaneiro através de estação aduaneira no interior do estado. (AEN)

 

PARANÁ: Investimentos de cooperativas devem somar R$ 1,3 bilhão

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De acordo com dados da Ocepar, o sistema cooperativista do estado investirá R$ 1,3 bilhão nesse ano - cerca de 70% dos aportes (R$ 900 milhões) serão direcionados para projetos agroindustriais. Outros R$ 400 milhões financiarão melhorias na infraestrutura de armazenagem e recebimento, inovação tecnológica e aquisição de máquinas e equipamentos.Os indicadores do setor mostram que as cooperativas paranaenses investiram, de 2001 a 2010, mais de R$ 8 bilhões nas áreas de tecnologia, infraestrutura e processos industriais. Além de agregar renda à produção dos cooperados, a industrialização impulsiona a economia paranaense, sobretudo em municípios do interior do estado, e gera milhares de empregos.  As cooperativas do estado geram cerca de 65 mil empregos diretos. No total, o sistema tem 632 mil cooperados, com 1,4 milhão de postos de trabalho. (Jornal do Estado)

PARANÁ I: Cooperativas vão investir R$ 1,3 bilhão no ano

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Com o plantio da safra de verão bem encaminhado, as cooperativas do Paraná decidiram aumentar a aposta na industrialização. Em 2011, vão investir R$ 1,3 bilhão, 28,6% mais que em 2010 e também um montante recorde. Cerca de R$ 900 milhões serão destinados a projetos agroindustriais, o equivalente a 70% do total, e R$ 400 milhões serão usados para melhorar a estrutura de recebimento e armazenagem de grãos, na aquisição de veículos e equipamentos e em inovações tecnológicas. Feitas as projeções para o exercício, as cooperativas agora dependem do clima para concretizá-las, de acordo com o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski. Além de financiamentos para a construção das unidades industriais. Conforme o dirigente, a safra vai bem, não houve problemas com o La Niña no Estado e está chovendo regularmente. "O milho está garantido, mas a soja ainda depende de chuvas", comenta.

 

Projetos - Entre os investimentos em andamento está a construção de um abatedouro e de uma fábrica de ração pela Cocari, cooperativa de Mandaguari, no noroeste do Paraná, orçados em R$ 115 milhões. A Coopavel, de Cascavel, no oeste, está construindo um moinho de trigo. A Cotriguaçu, que reune quatro cooperativas (C.Vale, Lar, Coopavel e Copacol), vai modernizar a estrutura que possui no porto de Paranaguá. E a Integrada, a Coamo(maior cooperativa do país) e a Agráriadevem tocar projetos na área de milho. Além disso, a Frimesaestá ampliando a estrutura de abate de suínos. Koslovski lembra que as cooperativas paranaenses têm como meta para 2015 obter 50% das receitas com produtos industrializados - hoje a fatia é de 40%, e dez anos atrás, era de 29%. Dados da Ocepar mostram que o alvo está sendo levado a sério. De 2001 a 2010, quase R$ 8 bilhões foram investidos pelas associadas nas áreas de tecnologia, infraestrutura e indústrias. Uma das motivações, além da agregação de valor aos produtos, é reduzir os efeitos das oscilações de preços de commodities agrícolas no mercado internacional.

 

Varejo - Com a industrialização, os produtos das cooperativas estão ganhando mais espaço nas gôndolas de supermercados brasileiros e de fora do país. Em 2009, as exportações somaram US$ 1,47 bilhão e, em 2010, US$ 1,65 bilhão. Outra meta é alcançar a R$ 30 bilhões de faturamento em 2011, sendo R$ 28 bilhões com cooperativas agropecuárias. Para isso, o crescimento previsto para o ano é de 7%, já que as receitas somaram R$ 28 bilhões em 2010 - R$ 25 bilhões no segmento agropecuário - e foram 12% maiores que no exercício anterior. Outro dado do levantamento da Ocepar chama a atenção: as cooperativas do Estado geram 65 mil empregos diretos e contam com 632 mil cooperados. Para Koslovski, as condições de mercado estão favoráveis para as cooperativas e medidas anunciadas na segunda-feira pelo novo secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, foram bem recebidas, como a criação de uma Agência de Defesa Agropecuária. Ortigara acredita que é possível obter a certificação de Estado livre de aftosa sem vacinação em 2012 ou 2013 e colocou a questão como uma das prioridades da pasta, o que deve abrir mais mercados para as carnes produzidas no Estado. (Valor Econômico)

GOVERNO I: Foco da Agricultura será a modernização

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O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, reforçou, na terça-feira (04/01), que a modernização da pasta será o foco central de sua gestão. "O Ministério da Agricultura precisa responder de forma mais eficiente às demandas dos produtores rurais e da sociedade", afirmou Rossi. Ele tomou posse no dia 1º de janeiro juntamente com outros ministros do governo da presidente Dilma Rousseff. À frente do ministério desde abril de 2010, Wagner Rossi lembra que o trabalho de modernização do órgão já foi iniciado com a isenção de registro prévio de 20 mil produtos destinados à alimentação animal, como suplementos e rações. A medida, em vigor desde o mês passado, desburocratiza o processo sem reduzir o rigor para garantir a segurança e a qualidade dos produtos. De acordo com o ministro, outras ações na mesma linha serão anunciadas, em breve. Ele avalia que o governo terá condições de acompanhar a expansão do agronegócio que avançou muito, principalmente nos últimos dez anos. "A representatividade do setor na economia, com 26% do PIB e mais de 40% das exportações, mostra que a modernização da estrutura do ministério é fundamental", completou.

 

Novas medidas - O projeto de gestão do Ministério da Agricultura para os próximos quatro anos inclui ainda um novo modelo de financiamento do crédito rural, a ampliação do seguro rural e a abertura de novos mercados para a carne brasileira. Ele informa que o ministério estuda novas modalidades de financiamento para a pecuária e a fruticultura, por exemplo. Segundo Rossi, a intenção é combater o desenvolvimento desigual na agropecuária e incentivar a organização de setores com grande potencial. O ministro defendeu a ampliação do seguro rural, como forma de garantir a renda para os produtores. Também reforçou o empenho da equipe do ministério para que a carne brasileira possa ser comercializada em novos mercados, especialmente os do Extremo Oriente, englobando Japão, China e Coreia. Os três países estão entre os maiores consumidores de carne suína do mundo.  (Imprensa Mapa)

SAFRA: Usinas reduzem em 50% a moagem de cana-de-açúcar

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Usinas desaceleram a moagem de cana no fim da safra. A informação foi divulgada na terça (04/01), pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica). O relatório referente à primeira quinzena de dezembro mostra redução de mais de 50% no processamento da matéria-prima. A diminuição da moagem acontece pela queda contínua do número de usinas em operação. Até o dia 15 de dezembro do ano passado, a estimativa é de que 60 usinas devem prosseguir as atividades. Na safra anterior este número era de 220 unidades. Com isso, só na primeira metade de dezembro, a moagem caiu mais 53% em relação aos últimos 15 dias de novembro. No acumulado da safra até a segunda quinzena de dezembro, a moagem somou 552,48 milhões de toneladas, 7,21% maior do que no mesmo período de 2009. Confirmando a previsão da própria Unica, de que a quantidade de cana-de-açúcar moída nesta safra ficaria abaixo das 560 milhões de toneladas. Mesmo com as usinas moendo menos cana que o previsto pela Unica, a produção de etanol desde o início da safra supera os 25 bilhões de litros. É um aumento de 12% em relação à safra 2009/2010. A produção de açúcar está perto dos 40 milhões de toneladas, aumento de quase 20% em relação à safra passada. (Canal Rural)

PERSPECTIVAS 2011: Mercado prevê estabilidade do câmbio e aumento de juros para 2011

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A queda do dólar prejudicou as exportações em 2010, fazendo muitos segmentos voltarem seus negócios para o mercado interno. Mas 2011 começa com uma perspectiva um pouco melhor para os exportadores. Os especialistas acreditam numa estabilidade do câmbio e o desafio deve ser atrair mais investimentos e menos especuladores. A paisagem em Andradas, cidade mineira que faz divisa com o Estado de São Paulo é marcada por cafezais. Os pequenos cafeicultores da região começam bem o ano de 2011. Vão exportar café verde para o Canadá pela primeira vez. Para eles, o momento é tão importante que vale até registrar em foto. "É a realização de um sonho o pequeno produtor conseguir exportar esse café", diz o presidente da Associação de Cafeicultores de Andradas, Sebastião Benevene.

Embarques - Três contêineres vão deixar a cooperativa nos próximos meses. O primeiro foi abastecido com 320 sacas de café. Os cafeicultores conseguiram fechar o negócio, depois que se reuniram e aderiram a práticas sustentáveis no campo, obtendo assim o certificado do comércio justo, um sistema que beneficia pequenos produtores de países em desenvolvimento. "É  muito bom porque a gente trabalha em grupo, um ajudando o outro. Nada mais bonito que um ajudando para conseguir realizar um sonho igual a esse que nós estamos realizando hoje", diz o cafeicultor Maria Kavassini.

 

Competitividade - Os exportadores e principalmente os produtores esperam que esta cena se repita várias vezes ao longo de 2011. Porém, para que isso aconteça, é preciso manter a competitividade. A exportadora de alimentos Daros BR negociou com canadenses e teve seis contratos cancelados em 2010 por causa da queda do dólar. A valorização da moeda norte-americana é fundamental para que os pequenos produtores continuem vendendo para o exterior em 2011. "Se continuar o dólar do jeito que está agora. Nós vamos ter que reduzir realmente o nosso volume, substancialmente", avalia o diretor da Daros BR, Marcio Eduardo Bertin.

 

Preocupação - O dólar nos atuais patamares preocupa os diferentes segmentos do setor agrícola. "O fator cambial é imperioso para a competitividade de qualquer setor", afirma o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Camardelli. "O governo deveria gastar menos ou gastar melhor. O efeito dos gastos, o aumento dos gastos do governo só complica essa equação. Mas eu acho que o resultado dela é que em 2011 o câmbio vai ser um câmbio valorizado", diz o presidente da Citrus BR, Christian Lohbauer. Câmbio valorizado significa real mais forte e produto brasileiro mais caro no Exterior. Por isso, os exportadores temem perder mercado para a concorrência. Mas os especialistas acreditam que o dólar deve estabilizar em 2011.

 

Europa - A crise na Europa mantém o euro enfraquecido, o que dá vantagem à moeda norte-americana. A perspectiva é que Europa deve continuar muito fraca e EUA em recuperação. Isso significa que dólar deve apreciar em relação ao euro. Consequentemente isso cria um piso natural na nossa taxa de câmbio. Então a gente deve ver a taxa de câmbio aqui no Brasil ao longo de 2011 ficando em redor de R$ 1,70 um pouco menos, eventualmente, dependendo da entrada de capital que você tiver ou um pouco mais", diz o economista Sérgio Valle. No Brasil, a economia deve continuar aquecida. Os juros devem subir de novo para conter a inflação. "Você tem outros mecanismos, outros movimentos que fazem com que entre capital no Brasil. Por exemplo, taxa de juros deve subir ano que vem para combater inflação, então capital de curto prazo deve entrar aqui. Você tem investimento direto entrando de forma bastante forte no Brasil também. Então você tem mecanismos pra depreciar e mecanismos para apreciar", explica Valle.

 

Investimentos - "A gente pode ter um ano mais duro em relação a ingresso no país. Quanto à taxa de câmbio, na minha opinião, permanece nesses níveis inalterados a menos que aconteça alguma coisa que a gente não saiba", analisa o gerente de câmbio João Medeiros. Para o economista André Sacconato, que acompanhou o desempenho do dólar ao longo de 2010, o desafio é atrair mais investimentos em produção e menos capital especulativo. "O que a gente tem que fazer é tentar fazer medidas para atrair esse investimento como produção, como aumento da qualidade do capital no Brasil. E tentar puxar esse dinheiro para melhorar a competitividade dos setores produtivos no Brasil", diz Sacconato.

 

Taxa de Juros - O mercado financeiro prevê aumento da taxa de juros já agora em janeiro para conter a inflação. Os economistas esperam que as altas e o aperto monetário durem pelo menos até abril. Por outro lado, o Ministério da Fazenda diz que o Banco Central terá espaço para baixar a Selic durante o ano. Promessas e especulações à parte, para o consumidor os preços subiram bastante em 2010. Ele espera um alívio para o bolso em 2011. "A gente tem percebido um aumento de preços mesmo. Os sucos, o feijão, algumas frutas, tomates têm alguns outros alimentos que é bem imperceptível a mudança do aumento, principalmente, porque eles vêm em bandejinha separados os gramas e às vezes a gente não percebe, mas quando a gente está comprando o quilo, a gente percebe que tem realmente uma diferença de preço", diz a professora Ilda Gomes.

 

Aumentos pesam no bolso - O servidor público Pedro de Alcântara também percebeu que a ida ao mercado pesou no bolso: está gastando mais com as compras da semana. "Normalmente daria R$ 70. Agora está dando às vezes R$ 80, R$ 120, R$ 110. Oscila nesse patamar", diz Alcântara. A queixa dos consumidores faz sentido. Os preços dos alimentos dispararam e, em 2010, foram os responsáveis pela maior inflação registrada nos últimos cinco anos. "Foi um conjunto de coisas que aconteceram no mundo e aqui dentro internamente. No mundo, houve frustração de safras de principais produtores exportadores de grãos. É o caso, por exemplo, da Rússia, dos Estados Unidos, e isso diminuiu a oferta. E no caso do Brasil também houve frustrações de safras e com excesso de chuvas ou mesmo falta de chuvas e houve também uma pressão de demanda porque muitas classes de renda tiveram ascensão. Pessoas que estavam abaixo da linha da pobreza passaram a consumir e dentro também daqueles que já vinham consumindo houve uma melhora. Um maior poder de compra e houve uma pressão de demanda", afirma o economista Newton Marquese.

 

Campeões de aumentos - As carnes foram as campeãs de aumento em 2010. A culpa é do abate de matrizes entre 2004 e 2006, do período prolongado de seca e, principalmente, do aumento do consumo. "O brasileiro tem consumido mais e hoje, cerca de 70% da produção do agronegócio brasileiro é consumida no próprio mercado brasileiro. Então, há uma tendência, mesmo, e há uma preocupação com relação à inflação de alimentos", explica a economista Rosimeire dos Santos. O feijão também esteve salgado: a safra foi menor. E não é só. "A gente tem uma política já algum tempo de estímulo do salário mínimo, que melhora a qualidade de vida do brasileiro mais pobre. Se você aumenta o salário mínimo, em termos reais, as pessoas que ganham o salário mínimo vão aumentar o seu consumo, e os bens que essas pessoas consomem são bens primários: arroz e feijão", avalia o economista José Ricardo.

 

Então, o que esperar para este ano? - "A agricultura, a agropecuária e o agribusiness não reagem imediatamente. Tem o momento de safra. Tem o momento do plantio. Tem o momento também dos investimentos. Então, tudo isso daí tem um impacto que é mais dilatado. Então não é imediato. A gente acredita que até o início do semestre que vem de 2011, o primeiro semestre você tenha essas pressões", conclui Marquese.

"A situação é que alguns preços são formados no mercado externo isso acaba se internalizando no mercado interno e aí sim poderia gerar inflação", completa Rosimeire. As próximas ações do governo, dizem os economistas, podem reverter a tendência de alta dos preços. "O governo tem que atuar no financiamento da produção e numa política de estoques reguladores para permitir com que esse problema não aconteça tão flagrantemente no futuro. Porque mesmo que tiver um impacto em termos do mercado externo, se o governo tiver condições de fazer as políticas domésticas, pra evitar com que a elevação dos preços internacionais contamine internamente, ele acaba regulando aqui dentro. É essa combinação que vai permitir uma regularização da oferta desses produtos e evitar com que a demanda, mesmo que esteja crescendo, não provoque essa forte elevação dos preços que nós estamos assistindo no momento", finaliza Marquese. (Canal Rural)