Notícias economia

PESQUISA I: Ciência a serviço do agronegócio

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Responsável por 25% do Pro­­duto Interno Bruto (PIB) nacional e um terço dos empregos, o agronegócio começa o ano em clima de expectativa. 2011 anuncia um novo ci­­clo de expansão do setor, que en­­frentou, nos últimos anos, preços baixos, quebras de safras e crises econômicas. Mas reagiu se profissionalizando e, há uma década, sus­­tenta praticamente sozinho o saldo positivo da balança comercial brasileira. Nos bastidores das estatísticas está o avanço tecnológico, que dinamizou produção e mercado e transformou o Brasil em uma potência agropecuária internacional.

Evolução - Com a pesquisa, o país potencializou sua vocação natural para a agropecuária e é hoje uma das maiores economias agro do mundo. A transformação da roça rumo à modernidade começou na década de 70, quando o melhoramento genético convencional fez a soja prosperar no solo ácido e arenoso do Cerrado. Recobrando o fôlego a cada nova técnica revelada desde então - como a análise de solo, o plantio direto na palha, a adubação de sistema, o plantio de culturas consorciadas, para citar algumas -, a revolução tecnológica voltou a explodir no campo na última década, depois que a engenharia genética tornou as plantas mais resistentes a pragas e doenças. Em quarenta anos, o Brasil am­­pliou em 29% o plantio de grãos, mas, graças a um ganho de 147% na produtividade, a produção triplicou. A soja, que tinha área inexpressiva, é hoje o carro-chefe da pauta de agroexportações do país. A cana-de-açúcar que antes servia apenas para fazer caldo, cachaça e rapadura agora é transformada em açúcar e etanol e ganha o mundo. O ca­­fezinho virou gourmet e hoje serve até aos mais refinados e exigentes paladares europeus.

Embrapa - Os ganhos foram alicerçados em tecnologias geradas nos laboratórios da Empresa Brasileira de Pes­­­­quisa Agropecuária (Em­­bra­­pa) e de instituições públicas e privadas que integram o Sistema Na­­cio­nal de Pesquisa Agrope­­cuária (SNPA) e que ajudam a promover a profissionalização do setor. Ao produtor, a biotecnologia proporciona maior rentabilidade via aumento de produtividade e redução de custos. À indústria, oferece maior eficiência e qualidade. Ao consumidor, apresenta os alimentos funcionais, enriquecidos com nutrientes e mais saudáveis. "Os desafios da agricultura são cada vez mais complexos e o arsenal tecnológico da biotecnologia é um grande aliado. O que vai definir o sucesso da agricultura neste século serão características mais complexas", diz o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Claudio Brondani, referindo-se às sementes modificadas que combinam mais de um atributo, como tolerância a herbicida e resistência a insetos.

Novidades - Hoje existe apenas um evento de milho transgênico combinado no mercado brasileiro. Para a safra que vem, as empresas de biotecnologia preparam mais variedades combinadas, tanto de milho como de soja de algodão. Mas a próxima grande promessa são mesmo as linhagens de culturas capazes de florescer mesmo com escassez de água. Nos Estados Unidos, a indústria promete para os próximos cinco anos o lançamento de uma semente de soja to­­lerante à seca. No Brasil, a Embra­pa Soja trabalha, desde 2003, no de­­­­sen­­volvimento de uma variedade capaz de enfrentar períodos mais secos, mas o início dos testes a campo ainda aguarda de autorização da Comissão Técnica Na­­cional de Biossegurança (CTNBio).

Agricultura fora da porteira - Benefícios agronômicos como facilidade de manejo, ganho de produtividade e redução de custos e fizeram as sementes transgênicas se expandirem pelas lavouras brasileiras. Neste verão, 81% da soja do e milho cultivados no Brasil são GM, apurou a Expedição Safra Gazeta do Povo. Mas essa é apenas a ponta do iceberg, uma amostra do que a biotecologia pode fazer pela agricultura, diz o pesquisador da Embrapa especializado em Biologia Molecular Elibio Rech. Pioneiro na pesquisa de plantas transgênicas no Brasil, Rech faz parte da nata da ciência nacional. Depois de desenvolver as primeiras variedades GM de soja e feijão verde-amarelas, resolveu le­­var o agronegócio para além da por­­teira. Hoje coordena uma linha de pesquisa com plantas utilizadas como biofábricas na produção de medicamentos contra doenças como câncer de mama, HIV e he­­mofilia. "Elas agem como incubadoras para a produção das moléculas", explica o cientista.  (Gazeta do Povo)

SEAB: Ortigara apresenta novos nomes da Secretaria e das vinculadas

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

C.VALE: Lideranças visitam abatedouro da C.Vale

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Gerentes de agência do trabalhador e de secretarias de ação social de municípios da área de ação da C.Vale visitaram o abatedouro de aves, em Palotina. Eles conheceram a estrutura de abate e industrialização de frangos e foram informados sobre os benefícios sociais que a atividade gera. O grupo soube dos valores que os funcionários levam para cada município na forma de salários e que ajuda a movimentar a economia das localidades. A comitiva também foi informada sobre as perspectivas do abatedouro para 2011. Os visitantes foram recebidos pelo vice-presidente da C.Vale, Ademar Pedron, gerente da unidade industrial, Neivaldo Burin, gerente do Departamento de Recursos Humanos, Laudinei Wanderer, pelo supervisor do abatedouro Anderson Marques e pelo analista administrativo João Paulo de Souza.

TENDÊNCIA: O novo ciclo de expansão do agronegócio

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O mundo de olho na China, onde cresce a demanda, e na América do Sul, liderada pelo Brasil, onde cresce a oferta de grãos. Players de produção e consumo, de alimentos e energia, num cenário cada vez mais competitivo, onde sustentabilidade, econômica e ambiental, vão fazer a diferença. Dentro e fora da porteira, nas relações domésticas e internacionais, 2011 será um ano de oportunidades, mas também de mudanças estruturais no mundo do agronegócio. Teoricamente, o Brasil entra na nova década preparado para consolidar seu espaço no mercado global, não apenas na área de grãos, como no segmento de carnes e, por que não, agroenergia. A base de sustentação e posicionamento para os próximos anos vem de ações e decisões que mudaram a maneira de fazer agricultura. Investimentos e avanços tecnológicos, como o marco legal de 2005, com o advento da biotecnologia aplicada à agricultura, serão agora decisivos ao país. Assim, 2011 anuncia um novo ciclo de expansão do agronegócio, pautado não tanto pela incorporação de novas áreas ao processo produtivo, mas pela eficiência nos sistemas de produção e comercialização, com tecnologia, planejamento e informação. (Gazeta do Povo)

RAMO SAÚDE: Unimed Ponta Grossa disponibiliza transporte aeromédico para beneficiários

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Os clientes da Unimed Ponta Grossa contam agora com os serviços da Uniair, especializada em transporte aeromédico. Através de uma parceria realizada com a empresa do Complexo Empresarial Unimed, o paciente que apresentar alguma patologia que exija imediato transporte para outra cidade, poderá utilizar de mais este serviço exclusivo da operadora local. A Uniair dispõe de estrutura composta por médicos, enfermeiros e pilotos treinados para o transporte de pacientes. Ela oferece infraestrutura de atendimento 24h por dia e conta com frota composta por aeronaves aparelhadas com o que há de mais moderno em equipamentos aeromédicos - configuradas para atendimento de UTI - com kits completos aeromédicos do tipo adulto, pediátrico e neonatal.

Adesão - Cada beneficiário da Unimed terá direito ao suporte do transporte aeromédico através de adesão voluntária com custo de R$ 2,49 ao mês por pessoa, acrescido na fatura do plano de saúde. Os interessados deverão dirigir-se até a Unimed para assinar contrato e formalizar adesão.

Atendimento - O serviço de remoção aeromédica é realizado mediante requisição do transporte através do médico que assiste o paciente, desde que o beneficiário esteja a 50 Km rodoviários do hospital de destino e apresente condições clínicas que não possam ser acompanhadas e tratadas na cidade de origem. O serviço 24 horas é solicitado através de um telefone 0800 e compreende translado hospital/aeroporto/hospital com equipe treinada e recursos materiais necessários. (Imprensa Unimed Ponta Grossa)

SOJA: Paraná deve receber prêmio por colher mais cedo

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O produtor de soja do Paraná, segundo maior Estado produtor do país, deverá se beneficiar de preços melhores, porque a colheita do Estado deve chegar mais cedo ao mercado este ano, avaliaram analistas do setor nesta quarta-feira (30/12). Com condições climáticas mais favoráveis, os produtores paranaenses realizaram o plantio mais cedo que de costume, concentrando a semeadura em outubro. O resultado é que esta safra chegará mais cedo ao mercado, entre o final de janeiro e início de fevereiro, e poderá ser negociada a preços mais firmes, por conta da demanda de curto prazo no período, antes do pico da colheita, explica o analista de mercado da Agrosecurity, Felipe Prince.

Perspectiva positiva - O analista ressalta que, tradicionalmente, os produtores que conseguem negociar a soja com melhores prêmios estão no Mato Grosso, maior produtor da oleaginosa no país. Os municípios do oeste e norte, Sorriso, Sapezal e Lucas do Rio Verde, normalmente, começam a colheita e janeiro e conseguem preços mais altos. O analista observa que o setor trabalha com a perspectiva positiva, de que os preços em Chicago se mantenham na faixa de 13 a 14 dólares. "Mas pode até subir dependendo de como se consolidar a atual safra argentina, afetada pela seca", ressalta.  Prince observa que as tradings acompanham de perto as condições climáticas para o Sul do país por causa da ocorrência do fenômeno climático La Niña. Relatório da Somar Meteorologia indica que as chuvas devem se normalizar nos Estados do Centro-Oeste e Sudeste do país, mas o tempo mais seco prevalecerá até o início de 2011. A meteorologista da Somar Cassia Beu pondera que o clima mais seco deve se concentrar na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Para Mato Grosso e Goiás, dois importantes produtores do Centro-Oeste, as chuvas irregulares em outubro e novembro devem ter melhor distribuição pelas áreas produtoras até a primeira quinzena de janeiro.


Floração - O agrônomo Otmar Hubner, do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão da Secretaria de Agricultura, observa que 50 por cento das lavouras do Paraná já passaram da fase de floração e começam a formar grãos. "É mais um estágio mais crítico e precisa acompanhar o clima", afirma. Hubner destaca que o produtor da região já trabalha com um cenário bem mais favorável do que no ano passado. Levantamento do Deral nas principais praças de referência no Estado indica que o preço médio da saca estava em 39,81 reais no Paraná em dezembro de 2009. Neste mês, o valor médio está em 43,87 reais por saca e nesta quarta-feira oscila próximo de 46 reais a saca. (Reuters)

SAFRA: Paraná recupera posto de maior produtor agrícola do Brasil

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A safra de grãos de verão e inverno 2009/10 atingiu o volume de 32,6 milhões de toneladas, recolocando o Paraná no primeiro lugar do ranking nacional da produção agrícola. O resultado da produção paranaense, divulgado na terça-feira (28/12), é um dos melhores dos últimos quatro anos, e foi propiciado por fatores como condições climáticas favoráveis e investimentos em  tecnologia, que melhoraram a produtividade e a qualidade dos produtos. Nas exportações do agronegócio, o Paraná também se destacou este ano, deslocando-se do quarto para o segundo lugar no ranking nacional, com um uma receita de US$ 9,1 bilhões referente ao volume exportado no período janeiro a novembro deste ano. Neste ano houve também redução dos custos de produção com a queda dos principais insumos utilizados na agricultura como adubos e fertilizantes.

Preços - Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento Erikson Camargo Chandoha, mais importante que a recuperação da produção de grãos foi a recuperação dos preços pagos ao produtor. "Assumimos novamente a liderança de grãos no País, mas o que deve ser mais comemorado são os preços praticados pelo mercado, principalmente a partir do segundo semestre quando o produtor passou a ser melhor remunerado pelo seu trabalho". Chandoha apontou a recuperação do preço do milho, que estava sendo vendido abaixo do preço mínimo durante o primeiro semestre do ano. Outros produtos importantes como soja, carnes bovina e suína, leite e derivados e também o feijão tiveram uma recuperação importante nos preços este ano, frisou o secretário. "Leite e derivados, inclusive, tiveram recuperação nos preços em plena safra, o que é uma situação inédita e nunca tinha acontecido", lembrou.


Exportação - Com essa recuperação nos preços, o Paraná se destacou como segundo maior exportador do agronegócio, perdendo só para o estado de São Paulo que entre janeiro e novembro de 2010 acumulou o valor de US$ 17,6 bilhões em exportações. Este ano o Estado está exportando mais soja, carnes, café, milho e produtos do setor sucroalcooleiro. Com isso avançou de uma participação de 12,4% para 13% até novembro de 2010 na pauta de exportações brasileiras do agronegócio. Para o secretário a tendência aponta que a recuperação no volume de produção e dos preços deve continuar em 2011. As condições climáticas permanecem favoráveis e o mercado externo e interno está comprando.


Programas - O Departamento de Economia Rural (Deral) que faz o acompanhamento da safra agrícola no Paraná desempenhou programas importantes que contribuíram para o aumento da produção de alimentos e proteínas no Estado. Entre eles está o programa Fundo de Aval, Trator Solidário e de Subvenção ao Trigo. Segundo o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni, no período 2007 a 2010 foram financiados cerca de 6550 tratores em praticamente todos (399) municípios paranaenses. Foram aplicados cerca de R$ 315 milhões em recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e os financiamentos aos produtores foram feitos em equivalência produto, operações garantidas pelo Tesouro do Estado com bônus/equivalência no valor de R$ 4,5 milhões em recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE/Tesouro do Estado) para os próximos 8 anos.


Fundo de Aval - No programa Fundo de Aval foram realizadas 13 mil operações de aval ao pequeno produtor no período de 2005 a 2010, que possibilitou o financiamento de R$ 95 milhões em recursos do Pronaf. Sem esse aval, os produtores contemplados não teriam como acessar a linha de crédito junto aos bancos por falta de patrimônio. Segundo Simioni, existe em caixa atualmente R$ 3 milhões em conta específica do Fundo de Aval, que poderão avalizar R$ 30 milhões em novos investimentos. Os recursos são do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE/Tesouro do Estado).


Trigo - O programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural do Trigo foi criado em 2009 com o objetivo de alavancar a produção de trigo no Paraná, dando maior competitividade, redução de custos e melhoria de qualidade. O programa beneficiou 2.700 triticultores com o pagamento de R$ 3,9 milhões em subvenção de prêmios. Atualmente existe em caixa cerca de R$ 2,8 milhões para subvenção de prêmios em 2011, também em recursos do FDE/Tesouro do Estado. Simioni atribuiu o sucesso dos programas às parcerias estabelecidas com a Agência de Fomento do Paraná, ao Banco do Brasil, ao BRDE - Sicredi e Cresol e Instituto Emater-PR, todos trabalhando com um objetivo comum para a viabilidade dos programas de forma sustentável. (AEN)

EXPORTAÇÃO: Porto seco do terminal da Ferroeste em Cascavel/PR é reinaugurado

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O governador do Paraná Orlando Pessuti reinaugurou nesta terça-feira (28/12) o porto seco instalado no terminal da Ferroeste, em Cascavel. Alvo de um incêndio, o terminal enfrentava uma série de problemas para voltar a funcionar. A reforma, a ampliação e a compra de equipamentos para o porto seco receberam investimentos de R$ 4 milhões. Do total de recursos, R$ 2,3 milhões são de responsabilidade de um pool paraguaio, formando pela Central Nacional de Cooperativas do Paraguai (Unicoop) e pelas empresas Agro Silos El Produtor, Dekalpar e Trebol Agrícola, responsáveis por 60% da produção de soja no Paraguai. "Tivemos vários transtornos por conta deste incêndio, mas com recursos do governo do Estado e da parceria envolvendo empresários paraguaios conseguimos reconstruir esta estrutura da Codapar e, ao mesmo tempo, restabelecer a estação aduaneira", afirmou Pessuti.

Paraguai - O governador disse ainda que tudo isso vai facilitar o desembaraço de cargas destinadas ao Paraguai, Argentina e ao Porto de Paranaguá. "Com isto, teremos mais agilidade nas importações e exportações", disse o governador. Segundo ele, a estação promove uma aproximação do Paraná com o Paraguai, que pretende aumentar suas exportações pelo porto de Paranaguá. "Queremos ampliar a presença dos paraguaios no porto, mas temos que colocar a disposição deles a Ferroeste, a estação aduaneira, rodovias em condições".

Ampliação - O presidente da Ferroeste, Neuroci Frizzo, informou que as obras de ampliação do porto seco não param. Depois, da reconstrução do barracão, as atenções se voltam para os silos de recebimento de grãos. As obras estão bem adiantadas. Os silos estarão concluídos até abril do ano que vem. "Nós já estamos oferecendo ao Governo do Estado uma área de 17 mil metros quadrados, para novas obras de ampliação. Portanto, o porto seco será expandido em praticamente 100%. Estas obras vão beneficiar os empresários, importadores e exportadores, trazendo para o Oeste do Paraná uma condição de comércio internacional bem melhor". Jânio Dalla Costa, presidente da Codapar, disse que a grande vantagem do acordo firmado pelo governo do Estado com os investidores paraguaios é que parte deste projeto será pago com a prestação de serviço público do Paraná. Existe um contrato, através do qual a Codapar devolverá o dinheiro investido no decorrer de um período bem longo.

 

Frete - Segundo ele, o interesse dos paraguaios pelo porto seco de Cascavel está no fato de que representará uma redução significativa no frete, o que tornará os produtos agrícolas daquele país mais competitivos no mercado internacional. Hoje, para exportar sua produção agrícola, o Paraguai usa os portos da Argentina e Uruguai, através de chatas, que demoram em média 20 dias e só levam 20 toneladas de cada vez. Com a estação aduaneira, o trabalho de exportação será feito em no máximo 8 dias. Os produtores paraguaios vão utilizar a ferrovia para exportar soja, milho e trigo, para o Brasil e o mercado internacional, além de importar insumos agrícolas como adubos, fertilizantes e calcário. Atualmente, o Paraguai utiliza os portos de Nova Palmeira, no Uruguai, e de Rosário, na Argentina.


Projeto - Os paraguaios entram como os principais colaboradores e usuários do porto seco, segundo revelou o diretor técnico-operacional da Codapar - Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná, empresa que administra o porto seco, Davi Pinezi.  O grupo deve começar a operar com a importação de fertilizantes. A partir da safra de 2011, a previsão é de movimentar 200 mil toneladas de grãos com destino ao Porto de Paranaguá, podendo chegar a 400 mil toneladas por ano, em 2012. O projeto envolve a Ferroeste, Codapar, Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), Ministério da Agricultura, Claspar (Empresa Paranaense de Classificação de Produtos), Receita Federal e o grupo de investidores paraguaios. (AEN)

FOMENTO: Financiamentos do BRDE somam R$ 4,5 bilhões

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Responsável por boa parte da oferta de financiamentos de longo prazo no Paraná, a agência de Curitiba do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), está encerrando em 2010 um ciclo aonde se transformou no mais importante agente financeiro do desenvolvimento paranaense. Nos últimos oito anos, o aumento dos desembolsos à atividade econômica foi generalizado, abrangendo praticamente todos os segmentos da economia estadual, entre eles os mais tradicionais e intensivos em mão de obra, atingindo um volume final de R$ 4,5 bilhões em valores atualizados. Com isso, o BRDE conseguiu atingir um desempenho financeiro compatível às suas atividades de banco de desenvolvimento: enquanto a economia paranaense através de seu PIB - Produto Interno Bruto apresentou crescimento de 45% no período, os financiamentos do banco cresceram 76% nos últimos oito anos.

Perfil - Por se tratar de instituição de fomento, o BRDE atua, fundamentalmente, no financiamento a investimentos produtivos com tempo de maturação e consequentemente de retorno, de longo prazo. Isso está marcado nos 50 anos de história da instituição. Entre 2008 e 2009, no entanto, a crise econômica mundial obrigou o banco a responder fortemente e rapidamente às novas necessidades dos empresários locais, já que as instituições de crédito privadas cortaram bruscamente a oferta de crédito.  Nos últimos três anos foram os de maior expansão na oferta de financiamentos pela agência do BRDE no Paraná. Enquanto em 2007 a faixa anual de crédito liberado estava ao redor de R$ 400 milhões, em 2008 ela subiu para R$ 711 milhões, atingindo R$ 1,13 bilhão em 2009, no auge da crise econômica, voltando ao patamar de R$ 800 milhões em 2010, sem sintomas da crise mundial e com a retomada da trajetória de crescimento tendo como base o aumento dos investimentos e da produção industrial voltada, principalmente, para o mercado doméstico.

 

Pequenos investimentos - E para quem pensa que o BRDE é uma instituição ligada sobretudo aos grandes negócios e grandes projetos, os dados do desempenho do banco nos últimos oito anos mostram exatamente o contrário: entre 2003 e 2010, os maiores tomadores de recursos foram as cooperativas, que absorveram financiamentos de R$ 2 bilhões no período, e os produtores rurais, que absorveram R$ 1,5 bilhão. Ressalte-se também o papel do banco junto ao financiamento de micros, pequenas e médias empresas paranaenses: entre 2003 a 2010: este segmento absorveu créditos num volume de R$ 863,7 milhões, enquanto os grandes empreendimentos ficaram com R$ 586 milhões. "Assim, o BRDE apoiou as políticas governamentais do estado de fortalecimento das micro e pequenas empresas, de apoio à agricultura familiar e a geração de emprego e renda em todo o território paranaense", afirma o presidente do Banco, José Moraes Neto.

 

Parceria com cooperativas - Para obter estes resultados, contudo, o banco teve de ir a campo para conseguir a capilaridade necessária ao desenvolvimento de projetos no setor agrícola e agroindustrial: montou uma bem sucedida parceria com as cooperativas de crédito que atuam no Paraná, como o Sicredi, Sicoob e Cresol, com o que interiorizou sua atuação em quase todos os municípios paranaenses. (AEN)

INFRAESTRUTURA: Os gargalos do transporte

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O governo Luiz Inácio Lula da Silva realizou muito na área de transportes, algo em torno de R$ 62 bilhões. Mas deixa um desafio ainda maior para a sua sucessora, Dilma Rousseff. Os investimentos previstos para os próximos oito anos somam R$ 350 bilhões. Só no setor de rodovias serão necessários R$ 220 bilhões para colocar todas as estradas em dia até 2018, incluindo obras de restauração, construção e duplicação de vias. Outra demanda pesada está no setor de ferrovias, em que serão necessários R$ 46,8 bilhões para terminar obras como a Norte-Sul e o trem bala Rio-São Paulo e mais R$ 46 bilhões para o Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2). A presidente eleita vai precisar de dois mandatos para fazer tudo isso. A segunda etapa do PAC reserva R$ 109 bilhões para transportes, sendo R$ 50,4 bilhões para o sistema rodoviário. No PAC 1, que vai até 2014, foram executados 70% dos R$ 37 bilhões previstos para rodovias. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) afirma que foi muito pouco. Seriam necessários R$ 183 bilhões para atender a toda a demanda do setor.

Contestação - O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagout, considera esses números irreais. Ele afirma que será preciso R$ 220 bilhões para atender o atual deficit. Pagout explica como o governo Lula conseguiu ampliar os recursos na área de transportes. Primeiro, regulamentou a utilização dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). O governo federal fica com 35% dessa verba. Em segundo lugar, destinou 5% do superavit primário para infraestrutura a partir de 2005, dentro do Programa-Piloto de Investimentos (PPI). Finalmente, reservou R$ 27 bilhões para rodovias no PAC. Com as suplementações, esses recursos chegaram a R$ 37 bilhões.

 

Comparação com FHC - O diretor do Dnit também aponta gargalos que precisam ser equacionados no próximo governo. Ele acha necessário ampliar e profissionalizar o quadro de servidores no departamento: "Preci-samos de 40 auditores, mas temos quatro ou cinco. O quadro de funcionários prevê 4.980 vagas, mas temos 2.911 servidores de carreira. Com isso, temos 1,2 mil terceirizados". Pagout também defende a mudança de regras nas licitações: "Hoje, temos licitações por preços unitários. Que-remos o preço global. A vantagem? Termo de referência consistente, projeto bem elaborado e sem possibilidade de alteração. O empresário vai executar sem amarras. Depois, vai ter que dar manutenção por cinco ou 10 anos".

 

Mais obras - Apesar da deficiência, Lula realizou mais do que o antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), na área de transportes. Considerando rodovias, portos e mobilidade urbana, foram R$ 50,8 bilhões do petista contra R$ 38,6 bilhões do tucano, em valores atualizados. O governo anterior fez muito pouco na área de ferrovias. Lula não fez tudo o que prometeu, mas realizou bem mais. Foram cerca de R$ 7 bilhões, a maior parte na Norte-Sul (R$ 4,9 bilhões), uma obra que se arrasta desde 1988. A Transnordestina vai consumir R$ 2,1 bilhões até o fim do ano. O maior desafio de Dilma será executar o trem bala Rio-São Paulo, uma obra de R$ 33 bilhões. Mas o projeto será tocado com recursos da iniciativa privada.

 

Setor aeroviário - Já as seguidas crises no setor aeroviário são consequência dos baixos investimentos nos últimos anos. Foram aplicados apenas R$ 4,3 bilhões na construção, na ampliação e na reforma de aeroportos. No último ano do governo petista, foram investidos apenas R$ 399 milhões. Menos do que os R$ 570 milhões aplicados no primeiro ano, em 2003. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) afirma que foram investidos R$ 4,3 bilhões em aeroportos nos últimos oito anos. Até a Copa de 2014, pretende aplicar mais R$ 5,3 bilhões. Mas, para atender toda a rede de 67 aeroportos, serão necessários investimentos de R$ 9 bilhões.

 

 

Os desafios de Dilma

 

1) Para colocar todas as rodovias em dia, será necessário investir R$ 220 bilhões até 2018, incluindo restaurações, adequações, duplicações e novas estradas;

 

2) No setor ferroviário, será preciso gastar mais R$ 46,8 bilhões para terminar a Norte-Sul, a Les-te-Oeste, a Transnordestina e o Trem-Bala, além de executar mais R$ 46 bilhões do PAC 2;

 

3) Na área de mobilidade urbana, o PAC 2 prevê investimentos de R$ 18 bilhões, incluindo os metrôs de Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte;

 

4) A ampliação e a modernização em portos vão consumir R$ 5,1 bilhões do PAC 2;

 

5) Investir R$ 5,3 bilhões em aeroportos até a Copa de 2014. Para atender toda a rede de 67 ae-roportos será preciso R$ 9 bilhões.

 

 

Os investimentos - Confira quanto o governo federal aplicou desde 2003*

 

Ano             Valor histórico (em R$ bilhões)         Valor atualizado** - (em R$ bilhões)

 

2003                            0,9                                           1,3

2004                            2,2                                           3,5

2005                            2,8                                           4,1

2006                            4,4                                           5,9

2007                            5,5                                           7,3

2008                            6,0                                           7,4

2009                            8,9                                           11,1

2010                            8,9                                           10,2

 

Total***                        39,7                                          50,8

 

 

(*) Incluídos investimentos do Ministério dos Transportes, Cidades e da Secretaria de Portos

 

(**) Valores atualizados com base no IGP-DI, da Fundação Getulio Vargas

 

(***) Valores pagos até 16 de outubro

 

Fonte: Levantamento da ONG Contas Abertas a partir de dados do Siafi, ministérios dos Trans-porte e das Cidades e da Secretaria de Portos (Correio Braziliense)

ENTREVISTA: Delfim Netto: e agora, Dilma?

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Maestro da política econômica no período recente em que a economia brasileira mais cresceu, o milagre econômico dos anos 1970, o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto agora olha para o futuro. Principal conselheiro econômico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) está mais do que otimista em relação à expectativa de o Brasil entrar, enfim, no clube dos países mais ricos. "O caminho está aberto para que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça mais de 5% e próximo de 6%, anualmente, por toda a década, e continuar de forma robusta por 25 ou 30 anos. Sem maiores turbulências", aposta. Tanta certeza vem da superação das dificuldades em duas áreas cruciais, que interromperam a trajetória em outras ocasiões: o fornecimento de energia e o financiamento externo.

Petróleo - Na visão de Delfim, o passaporte para o mundo desenvolvido é o petróleo do pré-sal. Mas, para chegar lá, o governo deve estimular investimentos privados em infraestrutura, diminuir o ritmo de expansão das despesas públicas e reduzir a taxa real de juros a 2% ou 3% por ano, ensina o economista. A seguir, os principais trechos da entrevista ao Correio.

 

O Brasil tirou tudo o que poderia do cenário global favorável até o surgimento da crise econômica?

Até 2008, o Brasil se beneficiou de ventos favoráveis vindos do exterior, com o crescimento da economia mundial e o aumento das transações comerciais. Embora não tenhamos praticado uma política de comércio exterior capaz de tirar proveito de todo esse crescimento, recebemos o bônus da valorização dos produtos agrícolas e dos minerais. Mesmo sem ter reduzido os juros ao nível necessário para evitar a sobrevalorização do real, a combinação de preço e quantidade dos produtos minerais e da agropecuária garantiu uma balança comercial positiva e o acúmulo de reservas suficiente para acabar com o problema da dívida externa.

 

Como o país pode aproveitar esse momento único em que a maior parte da população entra em idade produtiva?

Dominamos a tecnologia que viabiliza a exploração dessa riqueza enorme que são as reservas de petróleo do pré-sal. Essa é uma janela de oportunidades para a jovem população que começa a entrar no mercado de trabalho. A extração do óleo e do gás vai exigir muito trabalho e enorme volume de recursos. Não há dúvida sobre a viabilidade dos investimentos, mas o grosso do retor-no só vai maturar lá por 2017. O importante do pré-sal é que ele afasta a ameaça das crises que no passado abortaram o processo de desenvolvimento brasileiro: o estrangulamento na oferta de energia e as interrupções do financiamento externo, crises derivadas da dependência das impor-tações de petróleo.

 

Os entraves energéticos para o crescimento estão superados?

O Brasil deu um outro grande passo no governo Lula ao quebrar as resistências à construção de hidrelétricas na Região Amazônica, iniciando o processo de reconstituição da matriz energética de fontes renováveis estupidamente interrompido há duas décadas.

 

Que problemas estão no horizonte?

Como em todo processo de desenvolvimento, há problemas que se renovam e precisam ser enfrentados desde agora para não comprometer as gerações futuras. Em 2030, nós seremos 216 milhões de habitantes e teremos que oferecer trabalho de boa qualidade para 150 milhões de homens e mulheres entre 16 e 65 anos. Quem pode oferecer esses empregos é o setor industrial, complementado pelos serviços. Não podemos continuar na dependência só da exportação de produtos agrícolas e minerais.

 

Qual deve ser o papel do Estado?

Ele deve ser indutor do desenvolvimento. Os governos não podem abrir mão da estabilidade monetária, devem manter vigilância constante para que as despesas de custeio cresçam sempre menos que o PIB e reduzir paulatinamente a relação dívida pública/PIB. Com isso, estarão dando a um Banco Central autônomo a musculatura para participar do objetivo de reduzir a taxa real de juros interna aos níveis da praticada no exterior, algo como 2% ou 3% reais ao ano, sem perder as condições de controle da inflação. Os governos não podem continuar errando na sustentação de uma taxa de juros vexaminosa, como se a economia brasileira tivesse sido vítima de uma deformidade sem retorno.

 

O que faz um Estado indutor?

Estado indutor significa estimular os investimentos privados e manter um comportamento amigável em relação aos setores produtivos de modo a cooptar empreendedores para participar do esforço de construção e reconstrução da infraestrutura física do país, notadamente nas áreas de transportes, onde já existe estrangulamento da atividade econômica. Deve incentivar também a participação em programas de expansão da oferta de energia e de aumento da capacidade logística no interior do país.

 

Quais as amarras que podem impedir a entrada no clube de nações desenvolvidas?

Impedimento, na realidade, eu não vejo. Nem mesmo as crises externas daqui em diante, por causa da superação das restrições energéticas e de balanço de pagamentos. Na crise atual, o governo Lula deu uma enorme demonstração de clarividência. Teve a intuição que faltou ao resto do mundo e acertou na mosca: de nada adianta acudir o sistema financeiro se não salvar o emprego e o mercado consumidor. O correto para salvar a economia era manter o trabalhador no emprego e consumindo e não entupir o caixa dos bancos.

 

Qual a perspectiva de crescimento do Brasil?

O desenvolvimento é um processo em que se resolve um problema e se criam dois. A perspectiva de crescimento é muito favorável porque removemos as duas restrições de que falei. O caminho está aberto para que o PIB cresça mais de 5% e próximo de 6%, anualmente, por toda a década, e continuar de forma robusta por 25 ou 30 anos. Sem maiores turbulências. Vejo com enorme otimismo o modo como a presidente Dilma Rousseff organizou o núcleo da sua equipe e, mais ainda, pelas diretrizes enunciadas que demonstram a noção clara das necessidades do Brasil e dos nossos limites. (Correio Braziliense)

SAFRA I: Mercado antecipa projeções

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Apesar de ainda não haver projeção de safra determinando qual será o tamanho da área do milho de inverno, o mercado atua incentivando o cultivo. Os índices para entrega da produção na colheita da estação fria estão acima de R$ 24 por saca nas negociações que consideram cotações da BM&FBovespa. "O mercado começa a formar posição, apesar de ainda termos pela frente muitas definições a respeito da própria safra de verão. As expectativas são positivas quanto aos preços. Essa tendência vem se firmando sem muitas variações no último mês", relata o consultor em commodities Stefan Tomkiw, que atua em Porto Alegre e monitora a Região Sul do país.

Paraná - As estimativas do Paraná e de Mato Grosso, que prometem destravar os negócios, só devem ser divulgadas em janeiro. Enquanto o Paraná cogita plantio acima da área de 1,3 milhão de hectares registrada no inverno de 2010, Mato Grosso ainda fala em redução de 9,3%, para 1,8 milhão de hectares. O milho vem se firmando como alternativa de inverno no estado do Centro-Oeste, ganhando área mesmo quando os preços parecem pouco lucrativos. Neste ano, no entanto, as chuvas ameaçam atrasar a colheita da soja e impossibilitar o plantio do cereal em algumas regiões. Dessa forma, o clima deve determinar o tamanho da safra de milho nas próximas semanas, conforme o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Cerca de 80% da última safra, que atingiu 8,4 milhões de toneladas, já teriam sido comercializados.


Milho - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) trabalha com possibilidade de redução de 3,1% na produção de milho de segunda safra no país - para 21,2 milhões de toneladas. A colheita do cereal tende a crescer 11% em Mato Grosso e a cair 13,4% no Paraná, depois de um ano de produtividade alta no estado, voltando à casa de 5,7 toneladas por hectare, considera a Conab. (Gazeta do Povo)

CICLO DE PALESTRAS: Informação e análise a mil pessoas em 2010

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Mais de mil pessoas participaram das seis edições deste ano do Ciclo de Palestras Informação e Análise do Agronegócio, encerrado na última quinta-feira em Carambeí (Campos Gerais). Cerca de 70 pessoas participaram da última edição do evento, realizado pelo Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom). A abertura foi realizada pelo presidente da Batavo, Renato Greidanus. Dick Carlos de Geus, presidente da Associação Paranaense de Turismo, falou sobre os 100 anos a imigração holandesa no Brasil, a serem comemorados em abril de 2011. Em seguida, o diretor da Estação Business School, Judas Tadeu Grassi Mendes, tratou dos desafios da economia e das perspectivas do agronegócio. Além de Carambeí, receberam o ciclo Cascavel, Londrina, Maringá, Castro e Pato Branco. A iniciativa do Núcleo de Agronegócio do GRPCom tem apoio da Organização das Cooperativas (Ocepar) e Federação da Agricultura do Paraná (Faep) e patrocínio da Boutin Fertilizantes e da cooperativa Batavo. (Gazeta do Povo)

COOPAVEL: Show Rural esgota hotéis em Cascavel

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Os produtores de fora de Cascavel (Oeste) enfrentam dificuldade para reservar hospedagem para a semana do Show Rural Coopavel 2011, que ocorre de 7 a 11 de fevereiro. Os principais hotéis da cidade não possuem mais vagas, fazendo com que os participantes tenham de recorrer à estrutura de municípios como Toledo, Medianeira e inclusive Foz do Iguaçu. Cerca de 370 expositores devem participar do evento, que tem previsão de 160 mil visitas. O Show Rural abre o calendário de feiras agropecuárias do Paraná, que terá ExpoLondrina (Londrina) de 7 a 17 de abril, Expoingá (Maringá) de 5 a 15 de maio e Efapi (Ponta Grossa) de 14 a 18 de setembro, numa lista de mais de 100 eventos já agendados. (Gazeta do Povo)

MEIO AMBIENTE: Paraná terá eliminação gradativa da queima da cana-de-açúcar

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso - juntamente com o presidente da Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar), Miguel Rubens Tranin, assinou nesta terça-feira (21/12) a resolução n° 076/2010-SEMA que prevê a eliminação gradativa da despalha da cana-de-açúcar através da queima controlada em todo o Paraná. De acordo com a nova resolução, os plantadores de cana-de-açúcar - que utilizam a queima controlada como método para a despalha - serão obrigados a eliminar a prática, nas áreas mecanizáveis nos seguintes prazos e percentuais: até 31 de dezembro de 2015 deverá ser eliminada a queima da cana em 20% do total da área mecanizável do plantio; até 31 de dezembro de 2020, a queima da cana deverá ser eliminada em 60% do total da área mecanizável e até 31 de dezembro de 2025, os produtores terão que eliminar 100% da queima em área mecanizável do plantio da cana de açúcar.

Poluição - O secretário do Meio Ambiente, Jorge Augusto Callado Afonso, disse que a medida se deve à preocupação com o aumento da poluição atmosférica, causada pela despalha da cana-de-açúcar, através da queima. "Esta atividade reflete sobre a sociedade, a economia e o meio ambiente. Por isso vimos à necessidade de uma estratégia para controlar e reduzir de forma gradativa e equilibrada a emissão de gases provenientes da queima, preservando e recuperando a qualidade do ar nas regiões onde ocorre o plantio", declara o secretário.

Inclusão social - Segundo ele, os prazos podem ser mais curtos, desde que haja evolução da tecnologia e de outras formas de inclusão social dos trabalhadores que atuam na atividade. São consideradas áreas mecanizáveis plantações em áreas acima de 150 hectares, com declividade igual ou inferior a 12%, além de solos com estruturas que permitam a adoção de técnicas usuais de mecanização da atividade de corte da cana. Já nas áreas não mecanizáveis - plantações em áreas de até 150 hectares - a utilização da queima controlada deverá ser eliminada até 31 de dezembro de 2030, desde que haja tecnologia viável.

Controle - Os plantadores de cana deverão apresentar ao Instituto Ambiental do Paraná - 30 dias antes do início da safra - uma planilha contendo o total dos imóveis rurais com áreas cultivadas, o percentual de áreas mecanizáveis e o percentual de áreas não mecanizáveis. A medida servirá para controle dos percentuais relativos as datas de eliminação da queima controlada. Além disso, a resolução prevê que os plantadores de cana-de-açúcar terão que respeitar as Áreas de Preservação Permanente e os percentuais mínimos em áreas de Reserva Legal, dentro dos limites e confrontações de cada imóvel rural das áreas mecanizáveis ou não. O não cumprimento da resolução poderá resultar em sanções penais e administrativas previstas na legislação federal, estadual e municipal. (AEN)

FINANCEIRO: BC sobe para cerca de 6% estimativa de inflação para 2010

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O Banco Central subiu a sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano de 5% para um valor próximo de 6%, e, ao mesmo tempo, também elevou a sua projeção para 2011 de 4,6% para 4,8%, informou a autoridade monetária nesta quarta-feira (22), por meio do relatório de inflação do quarto trimestre. Já em 2012, a estimativa da autoridade monetária para o IPCA está em 4,5%. Deste modo, apesar de ter subido as previsões frente ao relatório de setembro deste ano, elas ainda mantém uma trajetória de queda ao longo dos próximos anos.

Cenários - O BC utiliza dois cenários para projetar a inflação: o de referência (no qual a taxa de juros é mantida estável em 10,75% ao ano no horizonte de projeção e o câmbio permanece em R$ 1,70 por dólar) e o de mercado - que considera as estimativas dos economistas do mercado para a trajetória de juros e câmbio nos próximos meses.

Cenário de mercado - No chamado "cenário de mercado", que utiliza as projeções dos economistas das instituições financeiras e que, portanto, é considerado mais factível, a projeção do BC para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5%, em setembro, para 5,9% no documento divulgado nesta quarta-feira (22). Para 2011, a projeção subiu de 4,6% para 4,8%. Em 2012, porém, o BC prevê um recuo maior da inflação: para 4,5%.

 

Cenário de referência - No chamado "cenário de referência", a projeção do Banco Central para o IPCA passou de 5% para 5,9% em 2010, e subiu de 4,6% para 5% em 2011. Para 2012, a expectativa é de inflação, que ainda não havia sido divulgada para o ano fechado, ficou em 4,8%. Este cenário não considera a expectativa dos economistas do mercado financeiro de subida dos juros por parte do BC. O mercado acredita que os juros subirão para 12,25% ao ano até o fim de 2011.

 

Metas de inflação - No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tem de calibrar a taxa de juros para atingir uma meta pré-determinada com base no IPCA. Quando sobe os juros, julga que a expectativa de inflação está incompatível com a trajetória das metas. Para 2010 e 2011, a meta central de inflação é de 4,50%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Com isso, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Deste modo, a previsão de inflação do BC está bem acima da meta central de 4,5% neste ano, embora ainda esteja dentro do intervalo de tolerância, mas já recua para um valor mais próximo do objetivo central em 2011 e chega mais perto da meta somente em 2012. (Gazeta do Povo)